Universal suspende produção de 35 séries, inclusive as franquias Chicago, Law & Order e FBI
Na reação mais abrangente à pandemia de coronavírus, a NBCUniversal suspendeu a produção na maioria de suas séries de TV, em todas as unidades de produção, que incluem Universal Television, UCP, Universal Television Alternative Studios e First Run Syndication. A paralisação soma cerca de 35 atrações. A lista inclui todos os dramas do produtor Dick Wolf: “Chicago Fire”, “Chicago PD”, “Chicago Med” e “Law & Order: SVU”, na rede NBC, e “FBI” e “FBI: Most Wanted” na CBS. Também será afetada a produção do hit médico “New Amsterdam” da NBC. As séries de “Chicago” têm locações na cidade do título, que registrou o primeiro caso de um integrante de produção de TV com coronavírus – um membro da equipe de “NeXt”, da Fox. Já os “FBI” são gravados em Nova York, onde o governador Andrew M. Cuomo declarou estado de emergência, devido à rápida proliferação do surto. Além da paralisação das séries que estavam em produção, o conglomerado suspendeu o início de todas as gravações previstas para os próximos dias, entre elas das séries “Russian Doll”, da Netflix, e “Little America”, da Apple TV+. Da mesma forma, interrompeu as gravações de novos projetos, como a série limitada “Angelyne”, estrelada por Emmy Rossum na vindoura plataforma de streaming Peackock, e “Rutherford Falls”, com Ed Helms. Sem esquecer reality shows e programas de variedades, como “Kelly Clarkson Show” e “World of Dance”. “A segurança e a saúde de nosso elenco, equipe e funcionários é nossa principal prioridade”, disse a NBCUniversal em comunicado emitido na noite de quinta-feira (12/3). “Sempre que possível, estaremos interrompendo as produções por duas semanas como medida de precaução, período após a qual iremos reavaliar e determinar uma data de início apropriada. Em alguns casos, estamos acelerando os planos para encerrar a produção”. O trecho final se fere aos dramas de Dick Wolf, que estão prestes a encerrar suas temporadas e devem ser dados como finalizados. A ideia é encerrar as produções mais avançadas em seu último capítulo gravado, deixando os episódios que faltaram para exibição no começo da próxima temporada. Essa é uma estratégia que também deve ser empregada pela CBS TV Studios em seus dramas processuais, como a franquia “NCIS”.
Sony e Paramount suspendem passeios turísticos nos estúdios
A Sony e a Paramount decidiram suspender os passeios turísticos por seus estúdios tradicionais em Hollywood até segundo aviso. A decisão acompanha o fechamento de outras duas atrações ligadas aos grandes estúdios de cinema, os parques temáticos Disneylândia e Universal Studios Hollywood. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, proibiu eventos com mais de 250 pessoas no estado, o que tem levado ao cancelamento de várias atrações turísticas do estado.
Parque da Universal fecha devido ao coronavírus
Acompanhando a decisão da Disneylândia, o parque Universal Studios Hollywood também anunciou seu fechamento. A princípio, a Universal pretende manter o parque fechado por apenas duas semanas na Califórnia. O anúncio diz que as atrações devem voltar a funcionar em 26 de março. “A saúde e a segurança dos membros da nossa equipe e dos convidados são sempre a nossa principal prioridade”, disse um porta-voz do Universal Studios Hollywood nesta quinta (12/3). “Com muita cautela e em resposta às orientações fornecidas pelo Departamento de Saúde Pública da Califórnia, o Universal Studios Hollywood fechará temporariamente a partir de sábado, 14 de março”, continuou, acrescentando que “o parque temático antecipa sua reabertura em 28 de março, enquanto continuamos a monitorar a situação.” Não foi divulgado se o parque Universal Orlando, da Flórida, também será afetado pela medida. Na tarde de quinta (12/3), a Disney anunciou que a Disney World de Orlando também seria fechada. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, proibiu eventos com mais de 250 pessoas no estado, o que levou ao inevitável fechamento dos parques.
Paramount cancela mais duas estreias de cinema previstas para as próximas semanas
Poucas horas depois de anunciar o adiamento da estreia de “Um Lugar Silencioso – Parte II” por tempo indeterminado, a Paramount tirou mais dois filmes do calendário devido à pandemia de coronavírus: “The Lovebirds” e “Blue Story”. Previamente agendado para 20 de março em circuito limitado nos EUA, “Blue Story” é uma adaptação de baixo orçamento da série homônima de Rapman no YouTube sobre dois jovens amigos que se tornam rivais em uma guerra de rua. E “The Lovebirds” é uma comédia estrelada por Issa Rae (“Insecure”) e Kumail Nanjiani (“Silicon Valley”), cujo lançamento estava marcado para 3 de abril na América do Norte. Assim como “Um Lugar Silencioso – Parte II”, nenhum dos dois filmes recebeu nova previsão de estreia. Eles não tinham lançamento agendado no Brasil. Embora os cinemas permaneçam abertos nos EUA, há uma expectativa crescente de que eles serão fechados a qualquer momento, após o governo da Califórnia proibir, na quarta-feira (11/9), que eventos com mais de 250 pessoas sejam realizados no estado. Uma das primeiras medidas anunciadas pela China, durante o início do surto viral, foi o fechamento de todos os cinemas. A Itália seguiu a orientação, ordenando o fechamento de cinemas nas regiões mais afetadas pela pandemia, assim como a Coréia do Sul e a França. Os estúdios estão se antecipando a um possível anúncio do governo americano, em meio à crescente crise global. O primeiro filme adiado foi “007 – Sem Tempo Para Morrer”, que foi empurrado para o mês de novembro, seguido na quarta por “Pedro Coelho 2: O Fugitivo”, remarcado para agosto. Há poucos minutos, “Um Lugar Silencioso – Parte II” perdeu sua previsão de estreia e “Velozes e Furiosos 9” escapou para 2021. Até filmes brasileiros começaram a ser remarcados. Os dois filmes sobre o crime de Suzane von Richthofen, “A Menina que Matou os Pais” e “O Menino que Matou Meus Pais”, que chegariam aos cinemas na próxima quinta-feira (19/3) agora não tem mais previsão de estreia. Apesar disso, a distribuidora espera que eles entrem em cartaz ainda em 2020.
Velozes e Furiosos 9 é adiado para 2021 devido ao coronavírus
“Velozes e Furiosos 9”, um dos filmes mais aguardados de 2020, só será visto em 2021. O lançamento foi adiado em quase um ano por conta da pandemia de coronavírus. A conta oficial da franquia no Twitter anunciou o adiamento nesta quinta (12/8). Previsto para chegar aos cinemas em maio, o longa teve sua estreia remarcada para 2 de abril de 2021 nos EUA e Cadaná. Essa mudança deve afetar todo o mundo, mas o estúdio Universal ainda não oficializou a nova data para o Brasil. “Para nossa família e os fãs em todo o mundo, saibam que sentimos o amor e a ansiedade de vocês pelo próximo capítulo da nossa saga. É por isso que é especialmente difícil dizer que precisamos adiar o lançamento do nosso filme”, diz o texto. “Ficou claro que não será possível para todos os nossos fãs ao redor do mundo assistirem ao filme em maio. Sabemos que há decepção em ter que esperar um pouco mais, mas esta decisão foi tomada com a segurança de todo mundo em mente”. “A mudança vai permitir que a nossa família global experimente este novo capítulo unida. Nos vemos no ano que vem”, completa o comunicado. “Velozes e Furiosos 9” é o quarto candidato a blockbuster adiado devido ao covid-19, e o que teve o maior adiamento entre todos. O primeiro foi “007 – Sem Tempo Para Morrer”, adiado para novembro, seguido por “Pedro Coelho 2: O Fugitivo”, remarcado para agosto, e há poucos minutos “Um Lugar Silencioso – Parte II” perdeu sua previsão de estreia. #F9 pic.twitter.com/agQAFNLm9w — #F9 (@TheFastSaga) March 12, 2020
Diretora de Garota Infernal vai filmar Drácula para a produtora de O Homem Invisível
A Universal deve fechar uma nova parceria com a produtora Blumhouse. Após o sucesso da reimaginação de “O Homem Invisível”, que na segunda-feira (9/9) cruzou a marca dos US$ 100 milhões de arrecadação global, os dois estúdios estão negociando voltar a se juntar para tirar outro monstro clássico da tumba: “Drácula”. Segundo o site The Hollywood Reporter, a Blumhouse já deu início ao projeto, contratando a diretora Karyn Kusama, conhecida dos fãs de terror por “Garota Infernal” (2009), estrelado por Megan Fox. Caso a Universal demore a entrar na produção, o estúdio fará o filme por conta própria, já que “Drácula” pertence ao domínio público. Assim como “O Homem Invisível”, esse novo “Drácula” se passaria nos tempos atuais, segundo as fontes do THR. O roteiro está a cargo de Matt Manfredi e Phil Hay, que colaboraram com Kusama em vários filmes, incluindo o suspense psicológico “O Convite” (2015) e o thriller “O Peso do Passado” (2018). Neste ano, “Drácula” já ganhou uma minissérie coproduzida por BBC e Netflix e está escalado no piloto do “derivado” “The Brides”, projeto de série de terror centrado em suas três noivas vampiras.
Dois Irmãos tem uma das piores estreias de animação da Pixar nos EUA
A nova animação da Disney/Pixar, “Dois Irmãos – Uma Jornada Fantástica”, estreou em 1º lugar nas bilheterias dos EUA e Canadá com arrecadação de US$ 40 milhões. O valor correspondeu à expectativa do mercado, que já calculava que o novo lançamento do estúdio não repetiria fenômenos anteriores por não fazer parte de uma franquia. Mesmo assim, foi uma das piores estreias para uma animação da Pixar na América do Norte, com desempenho similar ao de “O Bom Dinossauro”, que abriu com US$ 39,2 milhões em 2015 e deu prejuízo. Para preocupar não apenas a Disney, mas todos os grandes estúdios de Hollywood, o faturamento internacional foi bem pior. O surto mundial de coronavírus impactou a arrecadação do lançamento, que rendeu apenas US$ 28 milhões em 47 mercados (incluindo US$ 1,1 milhão no Brasil). Todos os cinemas da China estão fechados, assim como boa parte do parque exibidor da Coreia do Sul, Japão e Itália. Ao todo, “Dois Irmãos” teve uma estreia global de US$ 68 milhões. A produção recebeu uma nota A- no CinemaScore, pesquisa de opinião feita junto ao público americano, e conquistou 86% de aprovação entre os críticos no Rotten Tomatoes, o que pode ajudar a animação a se manter entre os filmes mais vistos nas próximas semanas. Líder da semana passada, “O Homem Invisível” caiu para o 2º lugar, somando mais US$ 15,1 milhões na sua conta para superar os US$ 50 milhões na América do Norte e se aproximar dos US$ 100 milhões em todo o mundo. Orçado em apenas US$ 7 milhões, o terror da Universal é um sucesso bastante visível e extremamente lucrativo. A outra grande estreia da semana na América do Norte ficou com o 3º lugar. Ainda sem título em português, “The Way Back”, que traz Ben Affleck lutando contra o alcoolismo, num paralelo com sua vida real, rendeu US$ 8,5 milhões em 2,7 mil cinemas. Muito abaixo das projeções. Mas os críticos se impressionaram o suficiente para dar ao drama 87% de aprovação no Rotten Tomatoes. A estreia no Brasil vai acontecer apenas em 24 de abril. Outros números relevantes do ranking são a aproximação de “Sonic: O Filme” da marca dos US$ 300 milhões mundiais, o avanço de “O Chamado da Floresta” para os US$ 100 milhões mundiais – ainda longe de cobrir seu orçamento de US$ 135 milhões – , a chegada lenta de “Aves de Rapina” na vizinhança dos US$ 200 milhões globais e o sucesso incontestável de “Bad Boys para Sempre”, que superou os US$ 200 milhões tanto nas bilheterias domésticas quanto no mercado internacional para atingir mais de US$ 400 milhões de arrecadação total. Confira abaixo mais detalhes dos rendimentos dos 10 filmes mais vistos no fim de semana no mercado norte-americano – e clique em seus títulos para ler mais sobre cada produção. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. Dois Irmãos – Uma Jornada Fantástica Fim de semana: US$ 40M Total EUA e Canadá: US$ 40M Total Mundo: US$ 68M 2. O Homem-Invisível Fim de semana: US$ 15,1M Total EUA e Canadá: US$ 52,6M Total Mundo: US$ 98,2M 3. The Way Back Fim de semana: US$ 8,5M Total EUA e Canadá: US$ 8,5M Total Mundo: US$ 9,1M 4. Sonic: O Filme Fim de semana: US$ 8M Total EUA e Canadá: US$ 140,8M Total Mundo: US$ 295,6M 5. O Chamado da Floresta Fim de semana: US$ 7M Total EUA e Canadá: US$ 57,4M Total Mundo: US$ 99,5M 6. Emma Fim de semana: US$ 5M Total EUA e Canadá: US$ 6,8M Total Mundo: US$ 20,8M 7. Bad Boys para Sempre Fim de semana: US$ 3M Total EUA e Canadá: US$ 202M Total Mundo: US$ 415M 8. Aves de Rapina Fim de semana: US$ 2,1M Total EUA e Canadá: US$ 82,5M Total Mundo: US$ 195,7M 9. Impractical Jokers: The Movie Fim de semana: US$ 1,8M Total EUA e Canadá: US$ 9,6M Total Mundo: US$ 9,6M 10. My Hero Academy: Heroes Rising Fim de semana: US$ 1,5M Total EUA e Canadá: US$ 12,7M Total Mundo: US$ 27,8M
James Wan vai produzir novo filme de monstro clássico da Universal
Depois do sucesso de “O Homem Invisível”, a Universal já planeja seu próximo lançamento baseado num de seus monstros clássicos. O site The Hollywood Reporter apurou que James Wan, diretor de “Invocação do Mal”, vai produzir uma nova adaptação das propriedades do estúdio. Maiores detalhes sobre o filme não foram revelados, mas a descrição sugere uma abordagem moderna de “Frankenstein”, que seria tão diferente da trama clássica quanto o reboot de “O Homem Invisível”. Segundo a sinopse apurada pelo site, a trama acompanharia um grupo de jovens que descobre que um de seus vizinhos está construindo um monstro no porão da sua casa. E o monstro escapa. Wan não vai dirigir o filme, que será coproduzido por sua empresa, Atomic Monster. O roteiro foi escrito por Robbie Thompson, roteirista e produtor da série “Supernatural”.
O Homem Invisível transforma masculinidade tóxica em terror
A Universal Pictures já foi a principal referência do cinema de horror em Hollywood, lar do primeiro “Drácula”, depois “Frankenstein”, “A Múmia”, “O Homem Invisível”, “O Lobisomem” e “O Monstro da Lagoa Negra”, que renderam variadas continuações e derivados. Foi um sucesso estrondoso que durou mais de duas décadas, entre os anos 1930 e 1950. E que nunca mais se repetiu. Tanto que as tentativas de retomar essa era de ouro resultou numa sucessão de fracassos – tendência comprovada, recentemente, entre as refilmagens de “O Lobisomem” de 2010 e “A Múmia” de 2017. “O Homem Invisível”, inspirado na obra centenária do escritor W.G. Wells, jamais foi um personagem tão marcante quanto os demais. Mas o australiano Leigh Whannell, apesar de ter dirigido apenas dois longas, já tinha originado duas franquias de terror bem-sucedidas, “Jogos Mortais” e “Sobrenatural”. E ao reinventar completamente a premissa do personagem, deu à luz o primeiro remake/reboot digno do legado clássico da Universal. Seu grande acerto foi proporcionar uma mudança completa de ponto de vista. Sua história passa a acompanhar a esposa do cientista-monstro, uma mulher que foge de um casamento abusivo, escapando literalmente de sua prisão, uma moderna e sofisticada casa de vidro em uma primeira sequência cheia de tensão. Vivida pela excelente Elisabeth Moss (de “Handmaid’s Tale”), Cecilia Kass consegue unir a fragilidade e a fortaleza em um único personagem, uma mulher tão profundamente traumatizada pelo marido que duvida até que ele esteja morto, quando essa notícia lhe é apresentada. Mas a verdade é que ele deu um jeito de forjar a própria morte e se tornou invisível para atormentá-la. Obviamente ninguém acredita nessa história e ela é tida como louca. O próprio filme explora a possibilidade de que tudo não passa de loucura da personagem. O interessante é que jamais vemos os maus tratos sofridos por Cecilia durante o casamento. Ele é expresso apenas pelo medo intenso que ela sente do marido sádico. Tampouco vemos o terror que a apavora nos momentos mais intensos da produção. Um dos feitos mais fantásticos do filme é sua capacidade de transmitir um clima de medo e tensão constantes, com a simples sugestão de que há uma ameaça invisível à solta em qualquer parte da tela. Whannell explora os cenários e enfatiza os espaços amplos da residência, enquadrando a protagonista sempre nos cantos das cenas, enquanto os móveis e as paredes ocupam os dois terços restantes da imagem. Quem tiver a oportunidade de ver o filme em uma sala IMAX, deve aproveitar essa chance para absorver o impacto cinematográfico dessa opção. A elegância dos planos, quase sem close-ups, é um dos destaques da encenação, assim como o uso magnífico do som e da trilha musical, que amplificam o horror da situação sofrida pela desacreditada personagem. Vale destacar o nome do compositor: o inglês Benjamin Wallfisch, que havia trabalhado em filmes como “Blade Runner 2049” e “It – A Coisa”, entre outros. Mas é neste “O Homem Invisível” que vemos a excelência de seu trabalho. Em entrevista ao site Moviemaker, ele contou que se inspirou na trilha de Bernard Herrmann para “Psicose”. Ou seja, há momentos de completo silêncio e outros em que a música irrompe como uma faca nas mãos de alguém louco ou desesperado. Há outros elementos hitchcockianos em “O Homem Invisível”, como as reviravoltas e surpresas. Diferente de muitos filmes do gênero, isso ajuda a trama a chegar ao seu clímax sem perder força e intensidade, fazendo o espectador prender a respiração. Há também uma dose generosa de gore e pelo menos uma cena de ação fora de série, passada num manicômio. Claro que ter uma atriz como Elisabeth Moss, que já interpretou outras mulheres sofridas em séries como “Top of the Lake” e “The Handmaid’s Tale”, faz uma diferença e tanto, e ela entrega a alma nas cenas, ao manifestar fisicamente a luta contra a violência doméstica e o abuso sexual, numa performance que simboliza o embate de inúmeras vítimas de feminicídio, assédio e masculinidade tóxica.
O Homem Invisível estreia em 1º lugar nos EUA
“O Homem Invisível” se tornou o primeiro filme de terror a liderar as bilheterias da América do Norte em 2020. A reimaginação do clássico da Universal faturou US$ 29 milhões em sua estréia, atraindo público com críticas elogiosas e 92% de aprovação no Rotten Tomatoes. Trata-se do melhor desempenho do gênero desde “It: Capítulo Dois” em setembro passado, e uma das melhores aberturas de uma coprodução da Blumhouse, a produtora especializada em terrores baratos de Jason Blum. Mantendo a característica econômica dos orçamentos da produtora, o filme foi rodado com apenas US$ 7 milhões (sem P&A, as despesas de marketing e divulgação) e já registra lucro em seu lançamento. Além dos US$ 29 milhões nos EUA e Canadá, “O Homem Invisível” faturou mais US$ 20,2 milhões no exterior e soma US$ 49,2 milhões mundiais. São números excelentes para um mercado enfraquecido, que não conta com os cinemas da China, devido ao coronavírus, e sofre diminuição de público em vários países pelo mesmo motivo. Também representa uma reação importante diante do quadro de filmes de terror que o antecederam, grandes fracassos de crítica e bilheteria, que criavam risco de generalização em relação a novos lançamentos. Campeão por duas semanas consecutivas, “Sonic: O Filme” caiu para o 2º lugar com US$ 16 milhões, mas ainda manteve sua liderança no exterior, onde somou outros US$ 26,8 milhões. Ao todo, a adaptação do videogame já faturou US$ 265,4 milhões em todo o mundo. O Top 3 se completa com “O Chamado da Floresta”, que fez mais US$ 13,2 milhões e totaliza US$ 79,3 milhões mundiais. Entretanto, por causa de seu pesado orçamento de US$ 150 milhões, deve terminar como mais um prejuízo na fatura da compra da Fox pela Disney. As bilheterias ainda registraram, em 4º lugar, a estreia do anime “My Hero Academy: Heroes Rising”, baseado na popular franquia animada japonesa, que fez US$ 6,3 milhões em 1,2 mil cinemas. Trata-se de um desempenho acima da média para um anime que, mesmo dublado em inglês, ocupa apenas um terço do circuito habitual dos blockbusters americanos. Outra curiosidade, “Impractical Jokers: The Movie”, versão de cinema de um reality show televisivo, atingiu o 7º lugar com U$ 3,5 milhões. Lançado na semana passada em circuito limitado, o longa já soma US$ 6,6 milhões no circuito doméstico. O fim de semana ainda registrou algumas marcas importantes para outros filmes em cartaz. “Bad Boys para Sempre” superou os US$ 400 milhões globais, confirmando seu potencial lucrativo. A produção da Sony foi orçada em US$ 90 milhões e, mesmo com despesas altas de marketing, já rendeu o suficiente para justificar os planos de uma nova sequência. A marca mais impressionante, porém, ficou com “Parasita”. O suspense sul-coreano vencedor do Oscar 2020 tornou-se o quarto filme não falado inglês a superar os US$ 50 milhões em ingressos vendidos no mercado norte-americano. Ao todo, faturou US$ 51,6 milhões nos EUA e Canadá e continua movimentando as bilheterias – foram US$ 1,5 milhão de arrecadação nos últimos três dias, em 12º lugar. Confira a seguir os rendimentos dos 10 filmes mais vistos no fim de semana no mercado norte-americano – e clique em seus títulos para ler mais sobre cada produção. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. O Homem-Invisível Fim de semana: US$ 29M Total EUA e Canadá: US$ 29M Total Mundo: US$ 49,2M 2. Sonic: O Filme Fim de semana: US$ 16M Total EUA e Canadá: US$ 128,2M Total Mundo: US$ 265,4M 3. O Chamado da Floresta Fim de semana: US$ 13,2M Total EUA e Canadá: US$ 45,8M Total Mundo: US$ 79,3M 4. My Hero Academy: Heroes Rising Fim de semana: US$ 6,3M Total EUA e Canadá: US$ 8,4M Total Mundo: US$ 23,5M 5. Bad Boys para Sempre Fim de semana: US$ 4,3M Total EUA e Canadá: US$ 197,3M Total Mundo: US$ 405,3M 6. Aves de Rapina Fim de semana: US$ 4,1M Total EUA e Canadá: US$ 78,7M Total Mundo: US$ 188,3M 7. Impractical Jokers: The Movie Fim de semana: US$ 3,5M Total EUA e Canadá: US$ 6,6M Total Mundo: US$ 6,6M 8. 1917 Fim de semana: US$ 2,6M Total EUA e Canadá: US$ 155,8M Total Mundo: US$ 362,3M 9. Brahms: O Boneco do Mal 2 Fim de semana: US$ 2,6M Total EUA e Canadá: US$ 9,7M Total Mundo: US$ 16,1M 10. Ilha da Fantasia Fim de semana: US$ 2,3M Total EUA e Canadá: US$ 24M Total Mundo: US$ 40,4M
Law & Order: SVU e séries de Chicago são renovadas por mais três temporadas
A rede NBC renovou todas as séries produzidas por Dick Wolf por mais três anos. Isto significa um aumento significativo no recorde de exibição de “Law & Order: SVU”, que ao chegar a seu 21º ano, em setembro passado, tornou-se a série live action mais duradoura da História da televisão americana. Com a renovação, o longevo drama policial estrelado por Mariska Hargitay e o rapper Ice-T vai chegar até a 24º temporada. A mesma renovação trienal foi estendida para a franquia “Chicago”, que atualmente consiste de três séries diferentes. A primeira e ainda carro-chefe “Chicago Fire”, atualmente exibindo seu oitavo ano de produção, teve sua duração confirmada até a 11ª temporada, “Chicago PD””, que atravessa o sétimo ano, garantiu-se até a 10ª e “Chicago Med, em seu quinto ano, chegará até a 8ª temporada. As renovações maciças fazem parte de um super-acordo fechado entre Wolf e o estúdio Universal Television. O megaprodutor assinou um contrato de cinco anos e nove dígitos, que inclui a produção de novas séries para streaming, visando o lançamento da plataforma Peackock, da NBCUniversal. O acordo inclui liberação de direitos para o catálogo de séries de Dick Wolf para a plataforma. Segundo cálculos do site Deadline, a soma de valores de todas as aquisições, direitos e encomendas giram em torno de US$ 1 bilhão. “Estamos muito satisfeitos, empolgados e orgulhosos por, como parte desse acordo épico com a Wolf Entertainment, o público leal da NBC saber que seus programas favoritos têm um futuro garantido nos próximos três anos”, disse Paul Telegdy, presidente da NBC Entertainment, em comunicado sobre o acordo. “Gostei muito de trabalhar com Dick ao longo de décadas e nem é preciso dizer que ele continua sendo um dos produtores mais influentes da história”, acrescentou Bonnie Hammer, presidente do NBCUniversal Content Studios. “Ele é um visionário diferente de qualquer outro, cujo impacto mudou todo o cenário da televisão. Estamos muito felizes em ver Dick e sua equipe permanecerem na família NBCUniversal por muitos anos.” Além das séries de Dick Wolf, a NBC também já tinha renovado o drama médico “New Amsterdam” e o melodrama familiar “This Is Us” para três temporadas de uma vez.
Mister: Novo livro da escritora de Cinquenta Tons de Cinza vai virar filme
A Universal decidiu continuar sua parceria com a escritora E.L. James, autora de “Cinquenta Tons de Cinza”, após adaptar suas obras numa trilogia de filmes bem-sucedidos comercialmente. O estúdio adquiriu os direitos do novo romance best-seller de James, “The Mister”. O acordo também prevê que James produza a adaptação, como fez nos filmes de “Cinquenta Tons”. A história é um melodrama romântico de homem rico que se apaixona pela empregada. A diferença para as telenovelas fica por conta de um detalhe. No livro, o rico aristocrata britânico se apaixona por sua empregada albanesa, sem saber que ela está fugindo de traficantes de escravas sexuais. “The Mister” esteve na lista dos livros mais vendidos do New York Times por nove semanas e já se encontra comercializado para 33 territórios internacionais. No Brasil, foi batizado de “Mister” e lançado em junho passado pela Intrínseca. Assim como aconteceu com as continuações de “Cinquenta Tons de Cinza”, o novo livro foi destruído pela crítica americana. “Muito pior que ’50 Tons'”, chegou a declarar a revista Entertainment Weekly. “Já respondendo à principal pergunta: não há elementos de BDSM no livro (se você quiser saber, o casal nunca passa de nada mais pesado do que Maxim pegando Alexia por trás). Em vez disso, ‘The Mister’ é uma versão certinha de E L James para um romance. Não sobra nem espaço para os momentos engraçadinhos de Christian Grey da série ’50 Tons’. ‘The Mister’ é banal e entediante”, escreveu a crítica Dana Schwartz assina na revista.











