Ela Disse: Trailer recria bastidores da reportagem que derrubou Harvey Weinstein
A Universal divulgou o trailer legendado de “Ela Disse”, drama baseado nas denúncias de assédio, abuso e estupro contra um dos mais poderosos produtores de Hollywood, Harvey Weinstein. A prévia mostra Carey Mulligan (“Bela Vingança”) e Zoe Kazan (“Doentes de Amor”) no papel das jornalistas do New York Times que investigaram e publicaram pela primeira vez as denúncias contra Weinstein, que abalaram Hollywood e deram início ao movimento #MeToo. Apesar da dificuldade inicial para conseguir quem assumisse as denúncias – conforme o trailer mostra – , uma vez publicada a reportagem inspirou uma centena de mulheres, inclusive estrelas de primeira grandeza de Hollywood, a revelar as tentativas de abusos e até mesmo estupros praticados impunemente pelo produtor – e dono de estúdio de cinema – por mais de três décadas. A sucessão de acusações fez ruir um esquema de proteção que incluía pagamentos por baixo dos panos, acordos de confidencialidade, ameaças de retaliação profissional e até serviços de vigilância e intimidação profissional, levando o magnata à julgamento e para a cadeia. Ao vir à tona, os crimes de Weinstein também tiveram um efeito dominó, inspirando novas denúncias contra poderosos chefões que abalaram os alicerces da indústria do entretenimento e as relações trabalhistas em todo o mundo – com ecos até na queda do presidente da CBF e da Caixa Econômica Federal no Brasil. O é baseado no livro de mesmo nome, lançado em 2019, que conta os detalhes da investigação sobre os boatos que circulavam há anos a respeito da conduta sexual de Weinstein. A história foca nos bastidores de meses de investigações e obstáculos legais que as jornalistas enfrentaram para publicar suas reportagens, lutando contra a fortuna e o poder de um homem que ganhou mais agradecimentos que Deus na História do Oscar. As personagens principais são as jornalistas Megan Twohey e Jodi Kantor, que fizeram a apuração, publicaram a reportagem, escreveram o livro e ganharam o prêmio Pulitzer (o Oscar do jornalismo) com a história. Mulligan vive Twohey e Kazan é Kantor na adaptação cinematográfica, que tem roteiro da inglesa Rebecca Lenkiewicz (“Desobediência”) e direção de Maria Schrader (da minissérie “Nada Ortodoxa”). Weinstein, que argumentou em sua defesa ter feito apenas sexo consensual, foi condenado em março de 2020 em Nova York a 23 anos de prisão por estupro e abuso sexual. Ele ainda enfrenta outras acusações de estupro em Los Angeles. “Ela Disse” estreia em 18 de novembro nos EUA e ainda teve a data de lançamento confirmada no Brasil.
Kevin Spacey se declara inocente de acusações de abuso sexual na Inglaterra
O ator americano Kevin Spacey se declarou inocente nesta quinta-feira (14/7) na audiência preliminar do julgamento de abuso sexual que corre contra ele na justiça britânica. Ele é acusado de abusar sexualmente três homens entre 2005 e 2013 em Londres e Gloucestershire, um deles duas vezes, além de se envolver em “atividade sexual com penetração sem consentimento”, segundo denúncia apresentada pela Divisão de Crimes Especiais da Procuradoria da Coroa britânica (CPS, na sigla em inglês). Um homem na faixa dos 40 anos afirmou ter sido agredido sexualmente por Spacey duas vezes em março de 2005. Outro homem, com cerca de 30 anos, disse que o crime contra ele ocorreu em agosto de 2008. Ambas situações teriam ocorrido em Londres. Já a vítima de Gloucestershire, também na casa dos 30 anos, contou que o abuso sexual contra ele foi cometido em abril de 2013. Ele responde ao processo em liberdade, por ter se apresentado voluntariamente na Inglaterra e se prontificado a colaborar com a Justiça. Já o julgamento propriamente dito só vai começar em junho do ano que vem, com duração estimada entre três e quatro semanas. Apesar de sua declaração de inocência, com as queixas atuais passam de 20 as denúncias de homens que acusam Spacey de assédio, abuso e agressão sexual no período entre 1995 e 2013. Durante este tempo, muitos dos acusadores eram menores de idade, como o primeiro denunciante, o ator Anthony Rapp (“Star Trek: Discovery”), que, ao acusar publicamente Spacey, deu início a uma mudança vertiginosa na carreira do vencedor de dois Oscars (por “Os Suspeitos” e “Beleza Americana”). Após as primeiras denúncias, o ator de 62 anos foi sumariamente demitido da série “House of Cards”, com integrantes da produção se juntando às acusações de assédio, e teve um filme pronto como protagonista arquivado pela Netflix. A plataforma preferiu perder o dinheiro a lançar outra obra estrelada por ele. Além disso, o diretor Ridley Scott fez questão de refilmar “Todo o Dinheiro do Mundo” para retirar o ator do longa, que já estava finalizado quando o escândalo estourou. Ele foi substituído por Christopher Plummer, que chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pelo desempenho. Mas Spacey também teve muita sorte. Dois acusadores que o processaram morreram antes de seus casos chegarem nos tribunais. O escritor norueguês Ari Behn, ex-marido da princesa da Noruega, cometeu suicídio no Natal de 2019, três meses após um massagista que acusava o ator falecer subitamente. Para completar, ele teve outro processo, movido por um rapaz que tinha 18 anos na época do assédio, retirado abruptamente na véspera de ir a julgamento. Graças à falta de condenação, Spacey conseguiu voltar a atuar. Ele participou de um filme italiano, “L’Uomo che Disegnò Diò”, dirigido e estrelado pelo astro Franco Nero, e interpretou um vilão no filme de baixo orçamento “Peter Five Eight”, que foi levado ao Marché du Film, o mercado de negócios do Festival de Cannes, para conseguir distribuidores internacionais. As novas denúncias devem manter estes filmes inéditos, ou ao menos guardados por um bom tempo.
R. Kelly é condenado a 30 anos de prisão
Após inúmeras denúncias e um série documental bombástica, a Corte Federal do Brooklyn, em Nova York, condenou nesta quarta-feira (29/6) Robert Sylvester Kelly, mais conhecido pelo nome artístico de R. Kelly, a 30 anos de prisão. Considerado o Rei do R&B romântico dos anos 1990, Kelly era acusado de liderar uma rede de tráfico e abuso sexual. O júri, composto por cinco mulheres e sete homens, considerou o artista de 55 anos culpado por todas as acusações que tinha contra si, acusando-o de usar sua fama para recrutar vítimas para fins sexuais, com a colaboração de sua equipe. Como resultado, a pena da juíza do tribunal do Brooklyn, Ann Donnelly, foi superior à pedida pela própria promotoria, que buscava 25 anos de prisão. Os promotores descreveram um “universo centrado em Robert Kelly”, que fez com que seus assessores apoiassem ou fechassem os olhos para o comportamento do cantor, ajudando a encobrir, ao longo dos anos, diversos problemas decorrentes de atividade sexual criminosa com acordos financeiros com algumas das vítimas. Três vezes vencedor do Grammy, R. Kelly vendeu em sua carreira mais de 75 milhões de discos, tornando-se um dos músicos de maior sucesso comercial da história do R&B, com hits como “I Believe I Can Fly” (da trilha do filme “Space Jam”) e “Ignition”. No auge de seu sucesso, R. Kelly trabalhou com Michael Jackson (“You Are Not Alone”), Janet Jackson (“Any Time, Any Place”), Jennifer Lopez (“Baby I Love U”), Toni Braxton (“I Don’t Want To”) e Britney Spears (“Outrageous”), Jay-Z (“The Best of Both Worlds”), além de ter gravado um dueto com Celine Dion (“Gotham City”) para a trilha do filme “Batman e Robin” (1997). Mas os boatos de abuso sexual também começaram a surgir em meio a essa fase bem-sucedida, envolvendo inclusive a falecida cantora Aaliyah. Diversos casos foram relatados, com testemunhos, na série documental “Surviving R. Kelly”, lançada pelo canal pago Lifetime em 2019. A produção teve tanta repercussão que inspirou novas denúncias e uma 2ª temporada em 2020. R. Kelly ainda vai enfrentar outro julgamento em agosto, desta vez em Chicago, onde é acusado de manipular um julgamento por pornografia em 2008, além de esconder evidências da prática de abuso infantil.
Ex-agente que teria assediado Terry Crews é acusado de abusos pela esposa
Quatro anos depois de sofrer denúncia de assédio por Terry Crews (“Brooklyn Nine-Nine”), Adam Venit, ex-funcionário da poderosa agência de talentos WME, está sendo acusado de diversos abusos sexuais por sua esposa, Trina Venit. As informações são do Deadline. “O ataque público descarado de Adam a um imponente ex-atleta profissional masculino empalidece em comparação com o abuso que ele cometeu e continua infligindo à sua esposa a portas fechadas”, diz um trecho do processo aberto no último domingo (26/6). As acusações são fortes e a descrição delas é graficamente chocante. No documento, Trina alega violência doméstica, agressão física e sexual, difamação e perseguição. “Ao longo de seu casamento de mais de 20 anos, Adam abusou fisicamente, sexualmente, mentalmente, emocionalmente e verbalmente, além de perseguir e monitorar insistentemente Trina”, diz a queixa. “Adam a estrangulou, socou, chutou, drogou e agrediu sexualmente, deixando-a ensanguentada, machucada e com cicatrizes em inúmeras ocasiões”, segue o texto. “E se tudo isso não fosse pesadelo o suficiente, e apesar dos repetidos apelos dela para que parasse, ele busca controlar seus movimentos, comunicações, acesso a dinheiro, crédito e outros assuntos pessoais, e muito mais”, afirma a reclamação. O casamento entre Adam e Trina teve início em 6 de agosto de 1999 e o processo de divórcio foi iniciado em março de 2021. O escritório de advocacia que representa Trina é o mesmo que foi contratado por Terry Crews durante o processo que o ator moveu contra o ex-agente. Em 2017, Crews acusou Venit de apalpá-lo durante um evento do Globo de Ouro. Em documentos obtidos pelo jornal USA Today, a interação entre os dois teria se dado da seguinte forma: “Venit encarou Crews intensamente, mostrando sua língua para ele provocativamente”. Em seguida, “Venit agarrou o pênis e os testículos de Crews com tanta força que causaram dor imediata.” Pelo processo, Crews destacou que foi ameaçado e sua participação no quarto filme de “Os Mercenários” foi cancelada, devido às conexões do empresário. Mas meses depois as partes chegaram a um acordo privado, e Adam Venit aceitou pagar uma quantia não revelada a Crews. Após este escândalo, ele anunciou que se aposentaria da função de empresário de artistas e atualmente trabalha na empresa de investimentos 890 Fifth Avenue Partners. Procurado pelo Deadline, Adam Venit não quis comentar o assunto.
Juliana Paes e Gabi Brandt revelam que também tiveram dados médicos vazados
Depois da invasão de privacidade sofrida por Klara Castanho, a atriz Juliana Paes e a influenciadora Gabi Brandt revelaram que também já tiveram dados médicos vazados para a imprensa. Em participação no programa “Encontro” desta segunda (27/6), Juliana disse que o episódio aconteceu quando estava grávida de um de seus dois filhos. “Foi o próprio laboratório que acabou divulgando. Isso nem se compara com o caso de Klara Castanho, claro”, afirmou. “Não é porque a pessoa é pública que ela faz um apelo para ter a vida esmiuçada em todos os momentos. A gente escuta muito isso: ‘ah, quem manda ser famoso?’. Não existe nada mais cruel do que escutar isso”, lamentou a atriz. “Você é menos gente por ser famoso? Parem de julgar e achar que o famoso tem que ter toda a vida esmiuçada, falada”, acrescentou. “Como defensora para prevenção e eliminação de assuntos para a violência para mulher da ONU, eu escuto muitos casos assim. Isso acontece mais do que a gente imagina”, completou Juliana Paes. Dando novos exemplos, Gabi Brandt contou que teve dados vazados duas vezes, quando fez uma biópsia no final de 2020 e quando foi hospitalizada para tratar uma infecção nos rins em abril de 2021. “Esse negócio de hospital vazar coisa de paciente… Vocês têm ideia de quanto é absurdo?”, ela desabafou no Stories de seu Instagram. A influenciadora explicou que a família possui histórico de câncer de útero e ela fez exames para investigar se estava com a doença. “Tive suspeita e minha médica me indicou fazer uma biópsia. Fiquei internada no hospital. Eu não queria passar a notícia para a minha família, sobre a suspeita, porque eu não tinha certeza. Por que eu ia preocupar todo mundo?”, contou “Fui fazer a biópsia em segredo. Uma funcionária do hospital vazou a foto do meu prontuário do hospital”, continuou. “Tinha nome da minha médica, meu plano de saúde, data de entrada, horário de alta. Como não estava especificando que era uma biópsia para investigar um possível câncer, isso abriu margem para as pessoas especularem. Eu estava internada e minha mãe ficou sabendo”. “Até sair o resultado da biópsia levou um tempão, ficou todo mundo preocupado. Eu não podia escolher contar ou não isso. Não foi a primeira vez”, disse, acrescentando que o mesmo aconteceu quando teve infecção no rim. Gabi afirmou que não frequenta mais o hospital que vazou suas informações. “Um momento tão delicado… O mais surreal disso é a pessoa do hospital mandar as coisas. Quem está internado. Eu fiquei muito traumatizada. Nunca mais nem fui no hospital e nem vou. É muita invasão de privacidade, nunca vou entender”. Nenhuma das duas nomeou os estabelecimentos onde ocorreram os vazamentos. No caso de Klara Castanho, a enfermeira responsável pelo vazamento da informação teria sido demitida. Além disso, o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) informou nesta segunda-feira (27/6) que está apurando sua conduta. O nome dela está sendo mantido em sigilo, ao contrário do que aconteceu com a atriz de 21 anos.
Alec Baldwin vai entrevistar Woody Allen no Instagram
O ator Alec Baldwin anunciou que vai entrevistar Woody Allen ao vivo em seu Instagram. Ao fazer a revelação, ele repudiou críticas que possa receber pela iniciativa, já que o diretor é acusado de abuso sexual por sua filha adotiva, Dylan Farrow. “Deixe-me introduzir isso declarando que eu tenho zero interesse nos julgamentos e publicações hipócritas de qualquer um aqui. Eu sou alguém que obviamente tem suas próprias crenças e não poderia me importar menos com as especulações de qualquer outra pessoa. Se você acredita que um julgamento deva ser conduzido por meio de um documentário da HBO, isso é problema seu”, escreveu, fazendo referência à série documental “Allen contra Farrow”, que foi totalmente realizado sob o ponto de vista da acusação, ignorando contrapontos. Nos comentários, a maior parte dos seguidores criticou a atitude de Baldwin. “Te apoiei 100% em tudo, mas Woody Allen? Tchau!”, escreveu uma pessoa. “Quem? O cara que casou com a própria filha? Ah, não! Amo você, mas isso, não. Desculpe”, comentou outra, citando o casamento de mais de quatro décadas de Allen com Soon-Yi Previn, que nunca foi filha de Allen – era filha adotiva do compositor André Previn, ex-marido de Mia Farrow. A maioria das pessoas que torceu a favor de Johnny Depp, apesar da vasta coleção de evidências contrárias, tem realmente se recusado a ouvir Allen, que passou por duas investigações e um julgamento sobre o suposto abuso nos anos 1990, e foi inocentado. Desde então, ele adotou mais duas filhas com Soon-Yi, que já são jovens adultas e nunca se voltaram contra o diretor. A entrevista está programada para acontecer na terça-feira (28/6), às 11h30 (horário de Brasília), no Instagram de Baldwin. A dupla deve abordar o novo livro de Allen, “Zero Gravity”, lançado no início do mês. Baldwin, que trabalhou em três filmes de Allen, tem seguidamente defendido o diretor contra o “cancelamento”, que considera “injusto e triste”. Ele chegou a comparar Dylan Farrow, que acusa o diretor de ter abusado dela em 1992, quando tinha sete anos de idade, à personagem Mayella, de “O Sol É para Todos”, que mente sobre um estupro, levando um homem negro inocente à prisão. No ano passado, o ator também criticou a série da HBO. “Quem precisa de tribunais quando podemos ter julgamento pela mídia?”, ele ironizou. “Eu sou totalmente a favor de leis rígidas sobre pessoas que assediam ou abusam sexualmente, mas o crime tem que ser provado”, completou. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Alec Baldwin (@alecbaldwininsta)
Kevin Spacey vai a tribunal sob acusações de crimes sexuais
O ator Kevin Spacey (da série “House of Cards”) compareceu num tribunal de Londres nesta quinta-feira (16/6) para ouvir como réu as acusações de quatro crimes sexuais. Calmo e sorridente, ele participou voluntariamente do processo, fazendo a promotoria reconhecer sua “total cooperação” na investigação, mas pediu que ele entregasse seu passaporte e dormisse em sua residência em Londres até a próxima audiência, marcada para 14 de julho no Tribunal da Coroa de Southwark, no sul de Londres. Ele foi liberado sem nenhuma outra medida cautelar e responderá às acusações em liberdade. “Ele deverá responder a essas acusações se quiser seguir em frente com sua vida”, argumentou seu advogado à imprensa. “Onde vai se esconder? Ele mora nos Estados Unidos e pode ser extraditado. Sua família, seu cachorro de nove anos estão nos Estados Unidos”. “Seu trabalho exige que ele vá a reuniões, compareça a castings, encontre-se com diretores e roteiristas”, acrescentou, justificando a decisão de Spacey de “comparecer” à justiça britânica. O ator de 62 anos é acusado de abusar sexualmente três homens entre 2005 e 2013 em Londres e Gloucestershire, um deles duas vezes, além de se envolver em “atividade sexual com penetração sem consentimento”, segundo denúncia apresentada pela Divisão de Crimes Especiais da Procuradoria da Coroa britânica (CPS, na sigla em inglês). Um homem na faixa dos 40 anos afirmou ter sido agredido sexualmente por Spacey duas vezes em março de 2005. Outro homem, com cerca de 30 anos, disse que o crime contra ele ocorreu em agosto de 2008. Ambas situações teriam ocorrido em Londres. Já a vítima de Gloucestershire, também na casa dos 30 anos, contou que o abuso sexual contra ele foi cometido em abril de 2013. Com essas queixas, passam de 20 as denúncias de homens que acusam Spacey de assédio, abuso e agressão sexual no período entre 1995 e 2013. Durante este tempo, muitos dos acusadores eram menores de idade, como o primeiro denunciante, o ator Anthony Rapp (“Star Trek: Discovery”), que, ao acusar publicamente Spacey, deu início a uma mudança vertiginosa na carreira do vencedor de dois Oscars (por “Os Suspeitos” e “Beleza Americana”). Após as primeiras denúncias, Spacey foi prontamente demitido da série “House of Cards”, com integrantes da produção se juntando às acusações de assédio, e teve um filme pronto como protagonista arquivado pela Netflix. A plataforma preferiu perder o dinheiro a lançar outra obra estrelada por ele. Além disso, o diretor Ridley Scott fez questão de refilmar “Todo o Dinheiro do Mundo” para retirar o ator do longa, que já estava finalizado quando o escândalo estourou. Ele foi substituído por Christopher Plummer, que chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pelo desempenho. Mas Spacey também teve muita sorte. Dois acusadores que o processaram morreram antes de seus casos chegarem nos tribunais. O escritor norueguês Ari Behn, ex-marido da princesa da Noruega, cometeu suicídio no Natal de 2019, três meses após um massagista que acusava o ator falecer subitamente. Para completar, ele teve outro processo, movido por um rapaz que tinha 18 anos na época do assédio, retirado abruptamente na véspera de ir a julgamento. Graças à falta de condenação, Spacey conseguiu voltar a atuar. Ele participou de um filme italiano, “L’Uomo che Disegnò Diò”, dirigido e estrelado pelo astro Franco Nero, e interpretou um vilão no filme de baixo orçamento “Peter Five Eight”, que foi levado ao Marché du Film, o mercado de negócios do Festival de Cannes, para conseguir distribuidores internacionais. As novas denúncias devem manter estes filmes inéditos, ou ao menos guardados por um bom tempo.
Ator de “Andi Mack” é condenado a dois anos de prisão por assédio a menor
O ator Stoney Westmoreland (da série “Andi Mack”) foi condenado a dois anos de prisão federal e dez anos de liberdade supervisionada, após ser detido em 2018 por suspeita de fazer sexo com um menor de 13 anos de idade. Na época, ele tinha 48 anos. Intérprete de Henry “Ham” Mack, o avô de Andi Mack na atração homônima do Disney Channel, o ator foi detido em Salt Lake City, cidade onde a série é gravada. Ele foi acusado de “guardar materiais prejudiciais a menor” e “seduzir menor por internet ou texto”, e sua sentença poderia chegar a 10 anos de prisão. Admitindo sua culpa, ele conseguiu um acordo judicial com os promotores, que reduziu sua sentença. De acordo com os documentos do caso no 3º Tribunal Distrital, ele teve contato com a vítima por meio de um aplicativo “usado para namorar e conhecer pessoas com o propósito de se envolver em atividade sexual”. Em conversa com o adolescente assediado, a polícia local descobriu que Westmoreland enviou fotos pornográficas e pediu ao menor de idade se envolver em atos sexuais com ele e enviar fotos nuas. O ator planejava levá-lo a um quarto de hotel quando o Departamento de Polícia de Salt Lake City e a Força Tarefa de Exploração Infantil do FBI o prenderam. Após a prisão, a Disney informou que o ator foi desligado de “Andi Mack”. Mesmo assim, ele apareceu até quase metade da 3ª e última temporada da atração. O cancelamento foi considerado precoce na época, já que a série era um dos dos maiores sucessos do Disney Channel. “Andi Mack” acompanha a personagem-título e seus amigos pré-adolescentes em uma jornada de descobertas, e incluiu o primeiro personagem gay jovem de uma produção do estúdio Disney.
Atriz diz que SBT abafou caso de pedofilia em equipe de novela infantil
A atriz mirim Duda Wendling, que participou da novela “Cúmplices de um Resgate”, disse que dois membros da equipe da novela eram pedófilos. Em entrevista ao podcast BarbaCast, ela acusou o SBT de, mesmo demitindo os homens, abafar o caso. Segundo a atriz, um dos profissionais era o preparador de elenco Beto Silveira, que morreu no mês passado e estaria cumprindo prisão domiciliar pelo crime. Ela não deu o nome do outro, que chegou a lhe dar um selinho, mas fazia parte da equipe de Silveira. “Dentro do SBT, na época que eu trabalhava lá, tiveram dois pedófilos. Um era o nosso preparador de elenco infantil, para vocês terem uma ideia de como era o lugar”, disse a atriz, atualmente com 15 anos. Quando atuou em “Cúmplices de um Resgate”, Duda tinha entre 8 e 9 anos. Ela diz que, pela falta de uma figura paterna em sua vida, chamava Beto Silveira de pai. “Ele morreu há um mês, estava passando por uma doença. Não lembro se era câncer, então não tenho 100% de certeza para falar. Ele já estava na prisão domiciliar […] E tinha um pedófilo que acompanhava o preparador, preso em flagrante com dois figurantes da novela. Ele estava em chamada de vídeo com as duas crianças, as mães entenderam, chamaram a polícia. A polícia foi lá, fez revista e achou roupas de crianças”, relatou. Os casos de pedofilia não teriam acontecido no SBT, mas sim numa academia privada de preparação de atores. “Ele tinha uma academia de atores chamada Beto Silveira, que hoje não tem mais esse nome, porque não vai manter um nome de pedófilo. Várias pessoas começaram a denunciar e ele foi preso”, contou a atriz. Wendling explicou que as crianças faziam exercícios de preparação em que era necessário estar com os olhos fechados. Silveira aproveitava esses momentos para tocar nas regiões íntimas das crianças. “Era o momento em que tinha mais relatos de que ele mexia com as crianças, tocava nas partes íntimas das crianças”, disse, ressaltando que isso não aconteceu com ela. Quando a produção da emissora anunciou que Silveira havia sido demitido, não revelou ao elenco o motivo da saída. “Dois dias depois uma amiga da minha mãe mandou o processo [pelo crime de pedofilia] para ela e perguntou se ela tinha visto”, disse a atriz. Ao questionar a psicóloga da emissora, a mãe de Duda teria sido repreendida. “A minha mãe foi até a psicóloga perguntar se [a história] era verdade, ela disse que não e que se minha mãe ficasse espalhando e apavorando outros pais, eu iria ser mandada embora da novela. Obviamente que calei minha boca. Quando ele morreu, minha mãe fez um desabafo na internet e as outras mães começaram a procurar ela”, continuou. “Eu acho que tem gente da novela que vai assistir isso e descobrir agora, porque não foi divulgado”, acrescentou. “É assunto proibido no SBT. Muitas mães só foram descobrir que ele era pedófilo agora. Eu sinto muito se algum ator ou atriz de ‘Chiquititas’, novela antes da minha, passou por alguma coisa. Eles não vão lembrar, passou muito tempo”, disse a atriz. A atriz diz que nunca sofreu qualquer tentativa de abuso do preparador, afirmando inclusive que aprendeu muito com ele. “Comigo, ele nunca tentou nada, graças a Deus”. Entretanto, reclamou do assédio do outro funcionário. “Ele tentou me dar um selinho e eu liguei na hora para minha mãe. Na hora de se despedir ele me roubou um selinho. Minha mãe ficou ligada e tentou não me deixar preocupada, porque ela estava no Rio e eu em São Paulo”, contou a atriz, que não mencionou o nome do segundo homem. A assessoria de imprensa do SBT emitiu uma nota após a entrevista. “O SBT tomou conhecimento hoje da entrevista da atriz mirim Duda Wendling e de sua mãe a um podcast, e vem esclarecer que as situações retratadas, que supostamente envolvem a emissora, são totalmente infundadas. A emissora condena com severidade qualquer tipo de assédio e comportamento abusivo e mantém canais de denúncias voltados para seus colaboradores, e tomará as medidas cabíveis.” No ano passado, Duda Wendling revelou que entrou em depressão após sair do elenco de “Cúmplices de um Resgate”. Ela interpretava a personagem Dóris e foi trocada no meio da novela. Na época, a mãe de uma colega a ofendeu nas redes sociais. Ela tinha apenas nove anos de idade. Questionada pelo motivo de sua saída, a atriz explicou em janeiro passado que, mesmo recebendo um bom salário, decidiu deixar a produção em nome da saúde mental. “O dinheiro que eu recebia era bom, mas isso não pagava o trauma que eu estava sofrendo lá. Eu e minha mãe decidimos não assinar a renovação de contrato”, afirmou. Depois de sair do SBT, ela estrelou a série “Valentins”, do canal infantil Gloob, e a novela “Verão 90”, na Globo.
Jada Pinkett Smith deseja que Will Smith e Chris Rock façam as pazes
A atriz Jada Pinkett Smith abordou o tapa de seu marido Will Smith no comediante Chris Rock num novo episódio de seu programa, o “Red Table Talk”. A agressão aconteceu durante a transmissão do Oscar 2022, após Rock fazer uma piada sobre a careca da atriz, que sofre de alopecia. Ao abordar o tapa, que fez seu marido ser expulso da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA e banido do Oscar, Jada disse torcer por uma reconciliação entre os dois: “Sobre a noite do Oscar, eu espero profundamente que esses dois homens inteligentes e capazes tenham a oportunidade de se curar, falar sobre isso e se reconciliar”. “Com o estado do mundo hoje, nós precisamos dos dois. Nós todos precisamos uns dos outros mais do que nunca, na verdade. Enquanto isso, Will e eu estaremos fazendo o que fazemos há 28 anos, que é encarar a vida juntos”, prosseguiu ela. O episódio do programa foi centrado, justamente, em alopecia, uma condição que leva à queda de cabelos e com a qual Pinkett Smith já lida há alguns anos. Por conta da alopecia, a atriz raspou os cabelos – o que inspirou a piada de Rock durante o Oscar.
Kevin Spacey é indiciado após novas acusações de abuso sexual
No momento em que tentava retomar sua carreira, com seus primeiros trabalhos após as acusações de abuso sexual de 2017, o ator americano Kevin Spacey foi novamente indiciado pelo Serviço de Procuradoria da Coroa britânica (CPS, na sigla em inglês). A investigação da Polícia Metropolitana de Londres começou em 2017, quando as primeiras denúncias surgiram, e após longas diligências viraram processo criminal nesta quinta-feira (26/5). O ator de 62 anos teria agredido três homens entre 2005 e 2013 em Londres e Gloucestershire, um deles duas vezes, além de envolver “atividade sexual com penetração sem consentimento”, afirmou Rosemary Ainslie, chefe da Divisão de Crimes Especiais do CPS. Um homem na faixa dos 40 anos afirmou ter sido agredido sexualmente por Spacey duas vezes em março de 2005. Outro homem, com cerca de 30 anos, disse que o crime contra ele ocorreu em agosto de 2008. Ambas situações teriam ocorrido em Londres. Já a vítima de Gloucestershire, também na casa dos 30 anos, contou que o abuso sexual contra ele foi cometido em abril de 2013. Com as novas queixas, passam de 20 as denúncias de homens que acusam Spacey de assédio, abuso e agressão sexual no período entre 1995 e 2013. Durante este tempo, muitos dos acusadores eram menores de idade, como o primeiro denunciante, o ator Anthony Rapp (“Star Trek: Discovery”), que, ao acusar publicamente Spacey, deu início a uma mudança vertiginosa na carreira do vencedor de dois Oscars (por “Os Suspeitos” e “Beleza Americana”). Após as primeiras denúncias, Spacey foi prontamente demitido da série “House of Cards”, com integrantes da produção se juntando às acusações de assédio, e teve um filme pronto como protagonista arquivado pela Netflix. A plataforma preferiu perder o dinheiro a lançar outra obra estrelada por ele. Além disso, o diretor Ridley Scott fez questão de refilmar “Todo o Dinheiro do Mundo” para retirar o ator do longa, que já estava finalizado quando o escândalo estourou. Ele foi substituído por Christopher Plummer, que chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pelo desempenho. Mas Spacey também teve muita sorte. Dois acusadores que o processaram morreram antes de seus casos chegarem nos tribunais. O escritor norueguês Ari Behn, ex-marido da princesa da Noruega, cometeu suicídio no Natal de 2019, três meses após um massagista que acusava o ator falecer subitamente. Para completar, o ator teve outro processo, movido por um rapaz que tinha 18 anos na época do assédio, retirado abruptamente na véspera de ir a julgamento. Graças à falta de condenação, Spacey conseguiu voltar a atuar. Ele participou de um filme italiano, “L’Uomo che Disegnò Diò”, dirigido e estrelado pelo astro Franco Nero, e interpretou um vilão no filme de baixo orçamento “Peter Five Eight”, que foi levado ao Marché du Film, o mercado de negócios do Festival de Cannes, para conseguir distribuidores internacionais. As novas denúncias devem manter estes filmes inéditos, ou ao menos guardados por um bom tempo.
Will Smith é banido do Oscar por 10 anos
Vencedor do Oscar 2022, Will Smith foi proibido de ir às próximas cerimônias de premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas por 10 anos, além de outros eventos oficiais da entidade. A decisão foi anunciada nesta sexta-feira (8/3) pelos diretores da instituição como punição pelo tapa que ele deu em Chris Rock, após uma piada sobre sua esposa, Jada Pinkett Smith, durante o evento deste ano. Por conta própria, o ator também já havia renunciado sua filiação à Academia. Apesar da punição, a decisão não impede que Will Smith seja indicado novamente ao Oscar, durante o período de banimento, e nem tira a estatueta que ele ganhou, como Melhor Ator por “King Richard” em 27 de março. Em comunicado sucinto enviado à imprensa dos EUA, Will Smith disse: “Eu aceito e respeito a decisão da Academia”. O Conselho da Academia é formado por integrantes destacados da instituição, muitos deles famosos como os diretores Steven Spielberg e Ava DuVernay e as atrizes Laura Dern e Whoopi Goldberg, entre outros. Confira abaixo o texto oficial da decisão, assinada pelo presidente da Academia, David Rubin. “A 94ª edição do Oscar deveria ser uma celebração dos muitos indivíduos em nossa comunidade que fizeram um trabalho incrível no ano passado; no entanto, esses momentos foram ofuscados pelo comportamento inaceitável e prejudicial que vimos o Sr. Smith exibir no palco. Durante nossa transmissão, não abordamos adequadamente a situação no local. Por isso, lamentamos. Esta foi uma oportunidade para darmos um exemplo para nossos convidados, espectadores e nossa família da Academia em todo o mundo, e ficamos aquém – despreparados para o fato inédito. Hoje, o Conselho de Diretores convocou uma reunião para discutir a melhor forma de responder às ações de Will Smith no Oscar, além de aceitar sua renúncia como membro. O Conselho decidiu, por um período de 10 anos, a partir de 8 de abril de 2022, que o Sr. Smith não poderá participar de nenhum evento ou programa da Academia, pessoalmente ou virtualmente, incluindo, entre outros, o Oscar. Queremos expressar nossa profunda gratidão ao Sr. Rock por manter a compostura em circunstâncias extraordinárias. Também queremos agradecer aos nossos anfitriões, indicados, apresentadores e vencedores por sua postura e graça durante nossa transmissão. Esta ação que estamos tomando hoje em resposta ao comportamento de Will Smith é um passo em direção a um objetivo maior de proteger a segurança de nossos artistas e convidados e restaurar a confiança na Academia. Também esperamos que isso possa iniciar um tempo de cura e restauração para todos os envolvidos e impactados.”









