Preacher ganha pôster e dois teasers de sua temporada final
O canal pago americano AMC divulgou o pôster e dois teasers da 4ª e última temporada de “Preacher”, que estreia em 4 de agosto. A arte reúne os protagonistas: o pastor Jesse Custer (Dominic Cooper), sua ex-namorada pistoleira Tulip (Ruth Negga) e seu amigo vampiro Cassidy (Joseph Gilgun). “Preacher” estreou em 2016, mostrando a jornada desse trio, após Jesse, pastor de uma pequena cidade dos EUA, ser possuído por uma entidade chamada Genesis e se tornar capaz de fazer qualquer pessoa obedecer a suas ordens. Em busca de respostas para esse milagre, eles partem em busca de Deus, que sumiu misteriosamente do Céu, e em sua jornada viram alvo de fanáticos religiosos liderados por Herr Starr (Pip Torrens), do Santo dos Assassinos (Graham McTavish) e do próprio diabo. A produção televisiva ainda está longe do final original dos quadrinhos. A 4ª temporada inicia o arco conhecido como “War in the Sun”, quinto volume de um total de oito publicados pela Vertigo (linha adulta da DC Comics). Assim, a série deve deixar sem adaptação o último terço da trama de Garth Ennis e Steve Dillon. Por outro lado, como o cancelamento foi anunciado com antecedência, os produtores devem ter encontrado uma forma de encerrar a história de algum modo. A série foi desenvolvida por Sam Catlin (roteirista de “Breaking Bad”) em parceria com a dupla Evan Goldberg e Seth Rogen (“A Entrevista”). “Preacher” é exibida no Brasil pelo canal pago AXN.
Divorce: Série estrelada por Sarah Jessica Parker vai acabar na 3ª temporada
A HBO decidiu se divorciar da série “Divorce”. A atração estrelada por Sarah Jessica Parker (“Não Sei Como Ela Consegue”) e Thomas Haden Church (“Compramos um Zoológico”) vai acabar em sua 3ª temporada. Criada por Sharon Horgan (série “Pulling”), a série retorna para seus últimos episódios nesta segunda (1/7) nos Estados Unidos. E será uma temporada abreviada, após menos de 500 mil telespectadores assistirem à produção no ano passado. É interessante reparar na contagem regressiva que levou ao cancelamento. A 1ª temporada teve 10 episódios, a 2ª diminuiu para 8 e a 3ª terá apenas 6 capítulos para encerrar a trama. A produção marcou a volta de Parker para a HBO, mais de uma década após o fim de “Sex and the City”. Mas sem o mesmo sucesso. Na nova série, ela interpretava uma mulher recém-divorciada, que precisa lidar com o longo processo de separação do ex-marido (Church) e iniciar uma nova etapa em sua vida. O elenco também incluía Molly Shannon (série “Enlightened”), Talia Balsam (série “Mad Men”), Sterling Jerins (“Inovocação do Mal 2”) e Tracy Letts (série “Homeland”). Além destes, Becki Newton (“Ugly Betty”), introduzida como intérprete recorrente na 2ª temporada, integra o elenco fixo dos capítulos finais.
Showrunner avisa fãs que Netflix não vai reverter cancelamento de Lucifer
Quando a Netflix anunciou a renovação de “Lucifer”, muitos perceberam que, na verdade, o que a plataforma estava anunciando era o cancelamento da série, que terá uma 5ª e última temporada para encerrar sua história em 2020. O detalhe levou os “lucifans” a se mobilizarem e iniciar campanhas precoces para pressionar por mais episódios. Afinal, a tática já tinha dado certo antes, quando “Lucifer” foi cancelado pela Fox ao final de sua 3ª temporada e resgatado pela Netflix. Mas a showrunner da série tratou de jogar água fria nesses planos. Ildy Modrovich foi ao Twitter dizer que o jogo acabou e nada vai mudar o placar. Ela explicou que a decisão da Netflix é irreversível e que “uma luta não mudaria as coisas agora”, garantindo que não existe a possibilidade de “Lucifer” ganhar uma 6ª temporada. “Sabemos que houve muita confusão sobre o recente anúncio de que essa será nossa última temporada. Muitos estão se perguntando se deveriam lutar por mais. E, por mais que estejamos tão tristes quanto muitos de vocês que essa jornada maravilhosa esteja acabando, lutar não vai mudar as coisas agora”, ela escreveu. “Conversamos com nossos parceiros na Netflix e Warner Bros, e vocês deveriam saber que essa decisão foi tomada com muito cuidado e consideração”, acrescentou, sem explicar de onde veio a iniciativa de encerrar a produção com apenas mais 10 episódios. Mas ela deixou claro que a ideia de anunciar simultaneamente a renovação e o cancelamento foi uma forma de neutralizar as manifestações de protestos dos fãs. “É porque sabemos o quão apaixonados e devotos são nossos fãs (e nós!) que quiseram dar a vocês (e a nós!) o tempo necessário para processar as notícias. E, por isso, somos incrivelmente gratos”, escreveu Modrovich, dando a entender que os produtores também foram surpreendidos. Na prática, o cancelamento comprova a falta de interesse da Netflix em cultivar produções longevas. Apesar de ir para 5ª temporada, “Lucifer” só virou série exclusiva da Netflix neste ano. Ou seja, a plataforma encerrará o programa após produzir apenas duas temporadas da atração. Esta é a média de duração das séries da Netflix, que – à exceção de suas primeiras produções – não investe em mais do que três temporadas por programa. A vida curta das produções já chama atenção da imprensa e dos estúdios, e deve se tornar o principal entrave na briga da Netflix para conseguir projetos cobiçados por seus rivais – Apple, Disney e WarnerMedia vêm fortes para disputar conteúdo no streaming. É pura aritmética. Para os produtores, vale mais a pena manter uma série no ar, com cenário pronto, redação e elenco estáveis, do que investir para criar novos produtos a cada três anos, ficando reféns da voracidade por novidades da Netflix. Além disso, vale fazer outra conta. Os 10 episódios da 4ª temporada somados aos 10 do 5º ano totalizam menos capítulos que uma temporada simples de série da TV aberta. Em seu último ano na Fox, a 3ª temporada rendeu 26 episódios. Em números frios, o salvamento da Netflix produziu 20 episódios extras, equivalente a uma temporada a mais, dividida em duas partes. Muito pouco a ser comemorado pelos fãs. Pelo menos, o planejamento antecipado permitirá aos roteiristas realizar uma conclusão definitiva para a história. A message of love for our #Lucifans ??❤️ from me… @Henderson_Joe all the #Lucifer writers and our beautiful cast… @tomellis17 @LaurenGerman @LesleyAnnBrandt @RachaelEHarris @kevinmalejandro @dbwofficial @Aimee_Garcia and @ScarMestevez pic.twitter.com/8aXb6yfJ7c — Ildy Modrovich (@Ildymojo) 26 de junho de 2019
Cancelada pela Netflix, One Day at a Time é salva pela TV paga americana
A série “One Day at a Time”, cancelada pela Netflix em março, foi resgatada pelo canal pago americano Pop. A 4ª temporada vai estrear em 2020, com mais 13 episódios. Com esse salvamento, a Netflix experimentou o reverso de uma tendência que parece ter mão única. Acostumada a salvar séries canceladas da TV, a plataforma viu pela primeira vez uma série que cancelou ganhar sobrevida na televisão. E tem mais. Após a temporada ser exibida no Pop, um canal de poucos assinantes, os episódios da série começarão a ser transmitidos pela primeira vez na TV aberta, via rede CBS, cujo conglomerado é dono do Pop. Com o negócio, a Sony, que produz “One Day at a Time”, também assume os direitos de distribuição internacional da atração, que até então pertenciam à Netflix. O canal Pop ainda vai exibir as três primeiras temporadas de “One Day at a Time”, que, apesar disso, continuarão a fazer parte do acervo da Netflix. Elogiadíssima pela crítica, a série é um reboot latino da atração homônima, um marco da TV americana, exibido ao longo de nove temporadas entre 1975 e 1984, com produção de Norman Lear, um dos principais roteiristas-produtores de sitcoms de famílias americanas dos anos 1970 – também criou “Os Jefferson”, “Maude”, “Tudo em Família” e “Good Times”. A versão original acompanhava uma mãe divorciada (Bonnie Franklin), após ela se mudar com suas duas filhas (Mackenzie Phillips e Valerie Bertinelli) para um prédio de apartamentos em Indianápolis, onde a família conta com a ajuda do zelador Schneider (Pat Harrington) para lidar com os problemas do dia-a-dia. Já o remake gira em torno de três gerações de uma família de origem cubana que vive sob um mesmo teto. A mãe e veterana militar Penélope (Justina Machado) alista a “ajuda” de sua mãe cubana Lydia (a lendária Rita Moreno, de “Amor, Sublime Amor”) e do rico proprietário do imóvel Schneider (Todd Grinnell), enquanto cria dois adolescentes: sua filha radical Elena (Isabella Gomez) e o filho introvertido Alex (Marcel Ruiz). Sim, a produção mudou diversos detalhes, incluindo o sexo de um dos filhos. Com isso, além de fazer graça com situações do cotidiano familiar, a série também discutiu raça e imigração. Mais que isso, como a filha assumiu uma namorada, também pautou homofobia, sem esquecer de alcoolismo, drogas, ansiedade e estresse pós-traumático, em seu – por incrível que pareça – bom humor. “One Day at a Time” tem média de 98% de aprovação no site Rotten Tomatoes. Mas o terceiro ano, disponibilizado em fevereiro em streaming, atingiu nota máxima: 100%.
Criadora de Transparent substitui Bryan Singer na direção de Red Sonja
A cineasta indie Jill Soloway, mais conhecida como criadora da série “Transparent”, vai escrever e dirigir seu primeiro filme de grande orçamento. Ela foi contratada para substituir o cineasta Bryan Singer (“Bohemian Rhapsody”) à frente da adaptação dos quadrinhos de “Red Sonja”. Singer foi dispensado pelos produtores no começo do ano, após o surgimento de novas acusações de assédio sexual contra ele. O presidente da produtora Millennium, Avi Lerner, chegou a garantir a manutenção do diretor no projeto. Mas depois voltou atrás, quando o BAFTA (a Academia Britânica das Artes Cinematográficas e Televisivas) retirou o nome de Singer das indicações do filme “Bohemian Rhapsody” em seu prêmio anual. A mudança deve impactar a abordagem do filme. Os quadrinhos da Marvel já tiveram uma adaptação convencional em 1985, chamada de “Guerreiros de Fogo”, que foi estrelada por Brigitte Nielsen e Arnold Schwarzenegger. “Eu mal posso esperar para trazer o mundo épico de ‘Red Sonja’ para a tela”, disse Soloway em comunicado oficial. “Explorar essa mitologia poderosa, e poder evoluir o significado do heroísmo, é um sonho realizado para mim”. Apesar de viver no mesmo universo hiboriano de Conan, a guerreira ruiva não é uma criação literária de Robert E. Howard, o autor de Conan. Red Sonja foi criada pelo escritor e editor Roy Thomas, o substituto de Stan Lee na Marvel, como coadjuvante de uma história em quadrinhos de “Conan”, desenhada por Barry Windsor-Smith em 1973. Thomas se inspirou em diferentes personagens femininas de Howard – como a pirata Red Sonya de Rogatino – , mas sua criação é original e também teve grande contribuição do espanhol Esteban Maroto, que mais tarde desenhou o famoso biquíni de metal vestido pela heroína. Sua história pode ser resumida com o texto usado por Roy Thomas para introduzi-la nos anos 1970: “Cerca de 12 mil anos atrás, nos mesmos dias em que Conan da Ciméria caminhava sobre a Terra, surgiu Sonja, a Guerreira Hirkaniana de cabelos cor de fogo. Forçada a abandonar sua nação por ter assassinado um rei, ela fugiu para o leste… Onde tornou sua espada uma lenda e imortalizou seu nome em todos os reinos hiborianos”. Os leitores se apaixonaram e ela acabou promovida a protagonista de sua própria revista, que durou de 1975 a 1986. Vale observar que uma personagem com o mesmo nome voltou aos quadrinhos em 2005, editada pela Dynamite Comics. Mas não é a mesma heroína e sim uma parente distante da Red Sonja original. O projeto de refilmar Red Sonja começou a tomar corpo em 2008, quando o cineasta Robert Rodriguez (“Sin City”) escalou sua então namorada Rose McGowan (“Planeta Terror”) como a guerreira. Ilustrações da atriz no biquíni de bolinhas metálicas chegaram a ser divulgadas numa Comic-Con, mas o casal brigou e McGowan virou bruxa, literalmente, em “Conan, o Bárbaro” (2011). Rodriguez tentou manter o filme em pé, com Megan Fox (“As Tartarugas Ninja”) no papel principal. Mas a Millennium preferiu recomeçar do zero, contratando Simon West (“Lara Croft: Tomb Raider”) como diretor e Amber Heard (“3 Dias para Matar”) como Sonja. Os planos previam começar as filmagens logo após o lançamento de “Conan”, estrelado por Jason Momoa, mas não contavam com o fracasso daquele filme, que fulminou a produção. Uma ironia é que, seis anos depois, Amber Heard e Jason Momoa foram fazer par em “Liga da Justiça”. Quem estava escrevendo a nova versão do roteiro era Ashley Miller, de “Thor” e “X-Men: Primeira Classe”. Mas Jill Soloway deve filmar sua própria história. A contratação de Soloway representa uma reviravolta completa no filme, já que a personagem, que luta em trajes mínimos, é musa de fantasias adolescentes masculinas. Soloway é conhecida por trazer uma forte perspectiva feminina e por temas de gênero e inclusão em seus projetos. Além de criar “Transparent” e já cancelada “I Love Dick”, ambas na plataforma da Amazon, ela produziu várias séries, mas tem apenas um longa-metragem em seu currículo de direção: “As Delícias da Tarde” (2013), em que uma dona de casa estabelece amizade com uma adolescente dançarina de striptease.
The Good Place vai acabar na próxima temporada
A excelente série de comédia “The Good Place” vai acabar em sua 4ª temporada. O anúncio foi feito na noite de sexta-feira (7/6), durante um evento da rede ABC para divulgar suas melhores séries para os votantes do Emmy. A decisão de concluir a trama foi do próprio criador da atração, Mike Schur. Em entrevista feita em dezembro para a revista The Hollywood Reporter, ele já tinha sugerido que a série não duraria muito. “Obviamente, por conta do DNA da trama, onde o status quo é desafiado frequentemente, essa não é uma série que duraria por nove anos. Não é como ‘Friends’, que teria 200 episódios. Então, nós refletimos e chegamos a um plano definitivo, que vocês vão perceber no futuro próximo”, disse Schur. Novamente falando ao THR, já com o final divulgado, o showrunner destacou a importância de concluir a série na hora certa. “Após sobrevivermos à renovação da 1ª temporada, consideramos que esta não era uma série tradicional, que ela precisava ter fim… E desde que fizemos um mapa sobre a narrativa, ela sempre concluía na 4ª temporada”, explicou. “A coisa boa sobre programas de TV hoje em dia é que não é preciso forçar uma continuidade infinita. Você pode deixar a história ditar o número de episódios, o que é ótimo para a criatividade”. “The Good Place” é a oitava série da TV aberta americana a anunciar seu final para a próxima temporada, após “Modern Family”, “Criminal Minds”, “Madam Secretary”, “Blindspot”, “Empire”, “Supernatural” e “Arrow”. A atração gira em torno de Eleanor Shellstrop (Kristen Bell, de “Veronica Mars”), que chega a seu destino final após morrer. Ao receber as boas-vindas de Michael (Ted Danson, de “CSI”), descobre que foi parar no “Lugar Bom”, eufemismo para o paraíso. O detalhe é que Eleanor deveria ter ido para o “Lugar Ruim”, por tudo que aprontou na vida. Mas ela logo descobre que o céu é um inferno. Cercada por gente boazinha, ela quer enlouquecer, até perceber que aquele era seu tormento e o “Lugar Bom” era na verdade uma versão do “Lugar Ruim” criada pelo demônio vivido por Danson. Mas esta foi apenas a primeira reviravolta da série, que a cada temporada apresenta uma mudança brusca de situação. Uma não, várias, com uma revelação inesperada atrás da outra. Em meio a esse jorro de criatividade, Eleanor se junta a outros três pecadores, vividos por William Jackson Harper (“Paterson”), Manny Jacinto (“The Romeo Section”) e a revelação Jameela Jamil, que era jornalista e DJ antes da série. Fazendo de tudo para evitar o “Lugar Ruim” tradicional, aquele com torturas e tormentos físicos, eles negociarem sua salvação com uma ajuda surpreendente de Michael e sua assistente (D’Arcy Carden, que também está em “Barry”). E conseguem uma segunda chance, ponto em que a história foi retomada na 3ª temporada… de volta à Terra. A NBC não revelou a quantidade de episódios da 4ª temporada, mas os três primeiros anos tiveram 13 capítulos.
Trailer do final de Transparent mata Jeffrey Tambor e comemora com música e dança
A Amazon divulgou o pôster e o primeiro teaser do final da série “Transparent”, que vai acabar com um episódio especial, o primeiro e único sem o protagonista Jeffrey Tambor, demitido após denúncias de assédio sexual. O destino de seu personagem, um pai de família que inicia a transição de gênero na Terceira Idade, assumindo a identidade social de Maura Pfefferman, é revelado logo no começo do vídeo. “Maura morreu”, revela Davina (Alexandra Billings) num telefonema para Shelly (Judith Light), a esposa do falecido. E qual a reação da viúva – e de todo o elenco da produção? Cantar e dançar. Depois do choque, é claro. A criadora da série, Jill Soloway, decidiu encerrar “Transparent” com um episódio musical em vez de produzir uma 5ª temporada completa – ou uma versão encurtada dela. Tambor foi demitido em fevereiro do ano passado, após uma investigação interna, que apurou denúncia de uma ex-assistente pessoal, Van Barnes, feita em uma publicação no seu perfil privado do Facebook, na qual relatava comportamento inadequado por parte do ator. Logo em seguida, a colega de elenco Trace Lysette acusou o ator de ter feito comentários sexuais e tentado abusar dela em ocasiões diferentes. Ambas são transexuais. Após a primeira acusação, o ator de 73 anos, que venceu dois prêmios Emmy de Melhor Ator de Série de Comédia por “Transparent”, chegou a vir a público negar “de maneira contundente e veemente” qualquer tipo de comportamento inadequado. Mas, diante da segunda denúncia, disse que sua permanência na série tinha se tornado insustentável. “Por conta da atmosfera politizada que parece ter afetado nosso set, eu não vejo como posso voltar a ‘Transparent'”, ele chegou a desabafar, em comunicado. Ao ser informado por mensagem de texto que tinha sido demitido, ele ainda se declarou “profundamente desapontado” pelas acusações “injustas”. E logo depois foi arranjar confusão no set de “Arrested Development”, que também chegou ao fim na Netflix. Jeffrey Tambor venceu dois Emmys e um Globo de Ouro como Melhor Ator em Série de Comédia por “Transparent”. Mas o zeitgeist cultural evoluiu muito desde então. Após a série pioneira, mais produções passaram a incluir personagens transexuais em suas tramas, e todos elas são, ao contrário de Tambor, interpretadas por atores transexuais. Há atualmente um entendimento de que heterossexuais não devem viver personagens trans – o que levou até Scarlett Johanssen a abandonar um papel no cinema, num filme sobre uma gângster transexual que, sem ela, como queriam politicamente corretos, não será mais feito. O final musical da série “Transparent” será disponibilizado na temporada do outono norte-americano (entre setembro e novembro) no serviço Prime Video da Amazon.
Netflix renova e cancela Lúcifer em anúncio de última temporada
A Netflix anunciou a renovação de “Lucifer” para sua 5ª temporada. A notícia foi compartilhada nas redes sociais, com direito a vídeo da celebração de Tom Ellis, intérprete do personagem-título. Mas se trata de uma comemoração forçada. O anúncio incluiu uma palavrinha que muda todo o sentido do texto: “última”. Ou seja, a Netflix cancelou “Lucifer”. Mas deu aos produtores uma temporada extra para concluir a série. Por um lado, a renovação permite tempo para a história chegar a seu fim (mais) natural. No último episódio produzido, Lúcifer tinha sido enviado ao inferno. E os roteiristas poderão agora explorar o que isso significa, sem que a série termine neste anticlímax. Mas, por outro lado, o cancelamento comprova a falta de interesse da Netflix em cultivar produções longevas. Apesar de ir para 5ª temporada, “Lucifer” só virou série exclusiva da Netflix neste ano. Ou seja, a plataforma encerrará o programa após produzir apenas duas temporadas da atração. Esta é a média de duração das séries da Netflix, que – à exceção de suas primeiras produções – não investe em mais do que três temporadas por programa. A vida curta das produções já chama atenção da imprensa e dos estúdios, e deve se tornar o principal entrave na briga da Netflix para conseguir projetos cobiçados por seus rivais – Apple, Disney e WarnerMedia vêm fortes para disputar conteúdo no streaming. É pura aritmética. Para os produtores, vale mais a pena manter uma série no ar, com cenário pronto, redação e elenco estáveis, do que investir para criar novos produtos a cada três anos, ficando reféns da voracidade por novidades da Netflix. No comunicado desta quinta (6/6), os produtores foram diplomáticos, exaltando a mesma felicidade vista no vídeo de Tom Ellis. “Somos incrivelmente gratos à Netflix por ter ressuscitado nosso programa na última temporada, e agora vamos terminar a história de Lúcifer em nossos termos”, disseram Joe Henderson e Ildy Modrovich no anúncio oficial. “Mais importante, queremos agradecer aos fãs por sua incrível paixão e apoio. O melhor ainda está por vir!”, completaram. Por sua vez, a plataforma disse: “Estamos muito felizes que os fãs de Lúcifer em todo o mundo tenham abraçado esta série na Netflix, e mal podemos esperar para dar a eles o grande final pelo qual todos estavam esperando”. Ver essa foto no Instagram Vocês pediram e eu invoquei a quinta e última temporada de Lucifer! Agora com licença que eu vou sair gritando pelas ruas com o meu diabão! ? Uma publicação compartilhada por Netflix Brasil (@netflixbrasil) em 6 de Jun, 2019 às 3:40 PDT Posso descansar agora? Lucifer foi renovada para sua 5ª e última temporada. ?? pic.twitter.com/fi7eFegT6G — Netflix Brasil (@NetflixBrasil) June 6, 2019
2ª temporada de Deadly Class teria episódio gravado no Brasil
O cancelamento de “Deadly Class” pelo canal pago SyFy deixou fãs inconsoláveis em todo o mundo, mas os fãs brasileiros têm um motivo a mais para lamentar. Ao comentar o destino na série no Twitter, a atriz María Gabriela de Faría (intérprete de Maria Salazar) revelou que havia planos para filmar um episódio no Brasil na 2ª temporada. Ela completou a informação dizendo que, se a série conseguir ser resgatada em outro local, os planos serão seguidos e os brasileiros poderão ver o elenco de perto. “Quer conhecer uma coisinha? Planos para ir ao Brasil estavam sendo feitos antes do cancelamento, então, se conseguirmos uma 2ª temporada, é muito provável que vocês nos veja lá em breve!”, ela postou, junto da hashtag #SaveDeadlyClass “Deadly Class” foi cancelada pelo canal pago Syfy na noite de quarta (5/6), junto de “Happy!”, e fãs já se mobilizaram criando campanhas para salvar a série. A Sony, que produz a atração, pretende levá-la para outra plataforma, aproveitando que a hashtag #deadlyclass entre no Top 10 das mais usadas do Twitter logo após a notícia chegar na mídia. Baseada nos quadrinhos homônimos de Rick Remender, a série girava em torno de alunos de uma escola de Ensino Médio para assassinos. Passada em 1987, era repleta de tribos urbanos marcantes, como punks e góticos, e sua trilha sonora (sensacional!) se destacava por incluir muitas músicas do underground da época. Também tinha algumas das melhores coreografias de lutas já vistas na TV. E entre os destaques do elenco, estavam Lana Condor (a estrela de “Para Todos os Garotos que Já Amei”) e Benedict Wong (o Wong de “Vingadores: Ultimato”). Os roteiros eram do próprio autor dos quadrinhos. E, para completar, a produção estava a cargo de ninguém menos que os irmãos Russo (os diretores de “Vingadores: Ultimato”), que contavam com uma equipe de apoio invejável nos episódios disponibilizados, como os cineastas Lee Toland Krieger (de “A Incrível História de Adaline”) e Ami Canaan Mann (“Em Busca de um Assassino”). No Brasil, todos os episódios da 1ª e única temporada entraram na plataforma Globosat no final de abril. Wanna know a little something? Plans on going to Brazil were being made before the cancellation so, if we get a season 2 is very very likely you’ll see us there soon! #SaveDeadlyClass — Maria Gabriela (@mgabrieladfc) June 5, 2019
SyFy cancela as séries Deadly Class e Happy!
O canal pago Syfy anunciou o cancelamento das séries “Deadly Class” e “Happy!”, ambas baseadas em quadrinhos. A reação dos fãs já congestiona as redes sociais após a notícia. A hashtag #deadlyclass entrou no Top 10 das mais usadas nos Estados Unidos. Além de campanhas de resgate das séries, centenas resolveram anunciar outro cancelamento: do Syfy em suas casas. As duas séries não eram apenas adaptações de quadrinhos. Eram adaptações feitas pelos próprios autores das publicações originais. E isso carrega um fandom pesado em sua esteira. “Deadly Class”, de Rick Remender, encerrou sua 1ª e agora única temporada em março e precisou esperar três meses pela definição do canal, enquanto “Happy!”, de Grant Morrison, ganhou mais consideração, recebendo o aviso apenas uma semana após o final de sua 2ª temporada. Ambas eram melhores que a média das atrações do canal. Mas “Deadly Class” estava num patamar acima. Era excepcional, uma das séries mais brilhantes da atualidade. A trama de Rick Remender girava em torno de alunos de uma escola de Ensino Médio para assassinos. Passada em 1987, era repleta de tribos urbanos marcantes, como punks e góticos, e sua trilha sonora (sensacional!) se destacava por incluir muitas músicas do underground da época. Também tinha algumas das melhores coreografias de lutas recentes. E entre os destaques do elenco, estavam Lana Condor (a estrela de “Para Todos os Garotos que Já Amei”) e Benedict Wong (o Wong de “Vingadores: Ultimato”). Para completar, a produção era de ninguém menos que os irmãos Russo (os diretores de “Vingadores: Ultimato”), que contaram com uma equipe de apoio invejável nos episódios disponibilizados, como os cineastas Lee Toland Krieger (de “A Incrível História de Adaline”) e Ami Canaan Mann (“Em Busca de um Assassino”). Por sua vez, “Happy!” apostava no surrealismo ultraviolento. A série seguia Nick Sax (Chris Meloni, de “Law & Order: SVU”), um ex-policial corrupto transformado em matador, que passava os dias enchendo a cara até ter uma experiência de quase morte e começar a ver um unicórnio azulado voador chamado Happy (voz de Patton Oswalt, de “Agents of SHIELD”). O bicho é o amigo imaginário da filha que Sax não sabia que tinha, e o contata em busca de ajuda para salvá-la. Além de Grant Morrison, a série tinha produção e direção do cineasta Brian Taylor (de “Adrenalina” e “Motoqueiro Fantasma: Espírito de Vingança”). As produtoras das duas atrações, respectivamente Sony e Universal, pretendem oferecê-las para outras emissoras e plataformas. A Globosat disponibilizou recentemente os episódios de “Deadly Class” no Brasil. Já “Happy!” chega por aqui via Netflix.
Amazon cancela Sneaky Pete após três temporadas
A Amazon cancelou a série “Sneaky Pete”, cerca de um mês após disponibilizar sua 3ª temporada. Apesar de pouco badalada, a série criada pelo ator Bryan Cranston (o Walter White de “Breaking Bad”) em parceria com o produtor David Shore (criador da série “House”) era uma das melhores do serviço Prime Video, com 96% de aprovação no site Rotten Tomatoes. Além disso, a 3ª e agora última temporada superou as anteriores e atingiu 100%. “Sneaky Pete” trazia Giovanni Ribisi (“Caça aos Gângsteres”) como o personagem-título. Mas apesar de se apresentar como Pete, a identidade do protagonista era outra. Seu verdadeiro nome era Marius Josipovic, um vigarista que, após ouvir as histórias do verdadeiro Pete, seu ex-companheiro de cela (Ethan Embry, da série “Once Upon a Time”), resolve aparecer na casa da família do outro, fingindo ser o rapaz que desapareceu há muito tempo sem dizer que estava preso. O golpista recém-saído da cadeia convence a todos que é quem diz ser, encontrando um lugar para se esconder até conseguir levantar dinheiro para quitar uma dívida milionária. O problema é que fica cada vez mais enrolado por conta de suas mentiras. O elenco ainda incluía Margo Martindale (série “The Americans”), Marin Ireland (série “The Slap”), Peter Gerety (“O Ano Mais Violento”), Shane McRae (“Para Sempre Alice”), Libe Barer (série “Parenthood”) e chegou a ter participações do próprio Cranston. Os 10 episódios da 3ª temporada foram disponibilizados em 10 de maio. O cancelamento de “Sneaky Pete” segue uma tendência preocupante. Um recente estudo da revista The Hollywood Reporter descobriu que apenas 7% das produções originais da Amazon duraram mais de três temporadas. Para piorar o quadro, a Netflix tem seguido o mesmo rumo, com poucas séries aprovadas para mais de três temporadas e muitos cancelamentos precoces. As duas plataformas já começam a virar alvo de críticas negativas devido à essa prática, que reflete uma preferência superficial por valorizar novidades sobre continuidade, mesmo quando se trata de produtos de qualidade reconhecida – como, por exemplo, “Sneaky Pete”.
NBC cancela todas as suas séries novatas da midseason
A rede NBC desceu a guilhotina sobre toda as suas séries novas desta midseason. A comédia “Abby’s”, o drama “The Village” e o thriller “The Enemy Within” foram cancelados. Estes cancelamentos se juntam ao corte da série de comédia “AP Bio”, em sua 2ª temporada, para zerar quase completamente a programação da emissora no período que equivale à primavera norte-americana (entre março e maio). Apenas “Good Girls” sobreviveu ao massacre, renovada para sua 3ª temporada – ao lado dos programas de competição “The Voice” e “World of Dance”. A decisão não é surpreendente, já que nenhuma dessas séries ganhou muitos elogios da crítica ou se provou um sucesso de público. “The Village” e “The Enemy Within” encerraram suas primeiras temporadas na semana passada, enquanto “Abby’s” ainda tem mais cinco episódios antes de seguir para o cemitério das séries. Todas eram produções da Universal. Criada por Mike Daniels (roteirista-produtor de “Shades of Blue” e “Sons of Anarchy”), “The Village” era um drama lacrimoso ao estilo de “This Is Us”. Girava em torno dos residentes de um prédio de Manhattan, diferentes em idade, raça, cultura e estilo de vida, que têm suas vidas entrelaçadas para provar o velho clichê de que os desafios da vida são melhores quando enfrentados junto a quem se ama. O elenco incluía Lorraine Toussaint (série “Orange Is the New Black”), Warren Christie (série “Chicago Fire”), Moran Atias (série “Tyrant”), Daren Kagasoff (série “The Secret Life of the American Teenager”), Grace Van Dien (série “Greenhouse Academy”), Dominic Chianese (série “The Sopranos”), Michaela McManus (série “Aquarius”), Jerod Haynes (“Benji”) e Frankie Faison (série “Banshee”). “The Enemy Within” era uma espécie de “The Blacklist” feminino. Criada por Ken Woodruff (produtor-roteirista de “The Mentalist” e “Gotham”), trazia Jennifer Carpenter (de “Dexter” e “Limitless”) como a protagonista Erica Shepherd, a maior traidora da história da CIA. A trama começa com ela saindo da prisão para trabalhar com o agente do FBI Will Keaton (Morris Chestnut, da série “Rosewood”) numa missão que lhe permitiria se vingar do homem responsável por sua situação. “Abby’s”, por sua vez, provou-se um raro fracasso do produtor Michael Schur (criador de “Brooklyn Nine-Nine” e “Parks and Recreation”). Desenvolvida por Josh Malmuth (roteirista-produtor de “New Girl” e “Superstore”), Abby’s é o nome de um bar improvisado no quintal da casa da personagem-título, vivida por Natalie Morales (das séries “Parks and Recreation” e “Santa Clarita Diet”), com o objetivo de ser o oposto de tudo que a incomoda nas noitadas de hoje em dia. Sim, lembra “Cheers”, a famosa série de bebuns dos anos 1980, com um diferencial do século 21. Agora, a principal personagem feminina não é garçonete, mas dona do bar. É fácil constatar que nenhuma das três atrações se destacava por sua originalidade. Mas, apesar da lógica comercial por trás dos cancelamentos, a opção radical de zerar a programação pode ter efeitos colaterais. Além de desapontar os anunciantes que apostaram nas séries – e todo ano são convidados a investir nas novidades do canal – , não há pesquisas sobre o impacto psicológico produzido por cancelamentos em massa nos hábitos do público televisivo. Sem final, as produções só podem ter decepcionado sua pequena, mas fiel audiência. O detalhe é que a radicalização da NBC representa apenas o pico de uma tendência que marcou o final da atual temporada, com vários cancelamentos de séries estreantes na ABC, CBS e Fox. O efeito disso é o oposto da fidelização da audiência. Sem garantia de continuidade, o público não tem estímulo para se dedicar a séries estreantes na TV aberta – o que, a longo prazo, tende a trazer consequências muito sérias para o setor. Vale apontar ainda que, exceção à regra, a rede The CW não cancelou nenhuma série novata em 2019. Todas as suas séries atuais, das estreantes às mais antigas, voltarão ao ar no outono norte-americano.











