Warner cancela passeios turísticos em seu estúdio
A Warner é o último grande estúdio de Hollywood a cancelar atividades turísticas em suas imediações. “Embora não tenha havido nenhum caso relatado de covid-19 (coronavírus) na Warner Bros. Studio Tour Hollywood, com muita cautela e no interesse da saúde e bem-estar de nossos convidados, funcionários e parceiros da comunidade, tomamos a decisão de encerrar temporariamente o Studio Tour em Burbank a partir da manhã de 13 de março”, diz um comunicado do estúdio. A Sony e a Paramount já tinham anunciado mais cedo a suspensão dos passeios turísticos por seus estúdios tradicionais em Hollywood até segundo aviso. Estas decisões acompanham o fechamento de outras duas atrações ligadas aos grandes estúdios da Califórnia, os parques temáticos Disneylândia e Universal Studios Hollywood. O governador da Califórnia, Gavin Newsom, proibiu eventos com mais de 250 pessoas no estado, o que tem levado ao cancelamento de várias atrações turísticas do estado.
Paramount cancela mais duas estreias de cinema previstas para as próximas semanas
Poucas horas depois de anunciar o adiamento da estreia de “Um Lugar Silencioso – Parte II” por tempo indeterminado, a Paramount tirou mais dois filmes do calendário devido à pandemia de coronavírus: “The Lovebirds” e “Blue Story”. Previamente agendado para 20 de março em circuito limitado nos EUA, “Blue Story” é uma adaptação de baixo orçamento da série homônima de Rapman no YouTube sobre dois jovens amigos que se tornam rivais em uma guerra de rua. E “The Lovebirds” é uma comédia estrelada por Issa Rae (“Insecure”) e Kumail Nanjiani (“Silicon Valley”), cujo lançamento estava marcado para 3 de abril na América do Norte. Assim como “Um Lugar Silencioso – Parte II”, nenhum dos dois filmes recebeu nova previsão de estreia. Eles não tinham lançamento agendado no Brasil. Embora os cinemas permaneçam abertos nos EUA, há uma expectativa crescente de que eles serão fechados a qualquer momento, após o governo da Califórnia proibir, na quarta-feira (11/9), que eventos com mais de 250 pessoas sejam realizados no estado. Uma das primeiras medidas anunciadas pela China, durante o início do surto viral, foi o fechamento de todos os cinemas. A Itália seguiu a orientação, ordenando o fechamento de cinemas nas regiões mais afetadas pela pandemia, assim como a Coréia do Sul e a França. Os estúdios estão se antecipando a um possível anúncio do governo americano, em meio à crescente crise global. O primeiro filme adiado foi “007 – Sem Tempo Para Morrer”, que foi empurrado para o mês de novembro, seguido na quarta por “Pedro Coelho 2: O Fugitivo”, remarcado para agosto. Há poucos minutos, “Um Lugar Silencioso – Parte II” perdeu sua previsão de estreia e “Velozes e Furiosos 9” escapou para 2021. Até filmes brasileiros começaram a ser remarcados. Os dois filmes sobre o crime de Suzane von Richthofen, “A Menina que Matou os Pais” e “O Menino que Matou Meus Pais”, que chegariam aos cinemas na próxima quinta-feira (19/3) agora não tem mais previsão de estreia. Apesar disso, a distribuidora espera que eles entrem em cartaz ainda em 2020.
CinemaCon 2020 é cancelada devido ao coronavírus
A Associação Nacional dos Proprietários de Cinemas dos EUA anunciou o cancelamento da edição 2020 da CinemaCon devido ao coronavírus. A convenção anual reúne profissionais e empresas da indústria cinematográfica e geralmente apresenta novidades do setor. O evento deste ano iria acontecer entre 30 de março e 2 de abril em Las Vegas (EUA). Em comunicado oficial, o presidente da associação, John Fithian, disse que, apesar da gravidade do surto de coronavírus variar de um país para o outro, as circunstâncias atuais “tornam impossível montar o programa que os participantes esperam”. “Este ano, devido à proibição de viagens da União Europeia, as dificuldades únicas de viagens em muitas outras áreas do mundo e outros desafios apresentados pela pandemia de coronavírus, uma parcela significativa da comunidade mundial de filmes não poderia participar do CinemaCon”, explicou John. O anúncio da CinemaCon segue-se a outros cancelamentos e adiamentos de grandes eventos americanos causados pela pandemia de coronavírus, incluindo os festivais SXSW e Coachella, a convenção de games E3, o campeonato de basquete da NBA, a premiação Kids’ Choice Awards e outros, devido à alta capacidade de contágio do covid-19.
Cancelamento Cultural: Globo desiste de série sobre crime do goleiro Bruno
A patrulha politicamente correta comemora seu primeiro cancelamento cultural importante no Brasil. A Globo desistiu de produzir uma série sobre o crime do goleiro Bruno, condenado por assassinar Eliza Samúdio, modelo com quem teve um filho, após pressão da escritora de novelas Gloria Perez e da mãe da vítima. A produção estava em fase embrionária, mas deveria ser protagonizada por Vanessa Giácomo (“Divã a 2”), dirigida por Amora Mautner (“Assédio”) e escrita por Lucas Paraizo (“Sob Pressão”). Para este projeto, a emissora chegou a adquirir os direitos do livro “Indefensável – O Goleiro Bruno e a História de Morte de Eliza Samúdio”, lançado em 2014. Após descobrir o projeto da Globo, Gloria Perez usou seu perfil no Twitter para reclamar. “Oi? Só pode ser piada! E de mau gosto!”, ela postou em resposta a uma reportagem sobre a produção. A repercussão negativa ganhou força após a divulgação de que a primeira cena da produção teria cachorros da raça rottweiler devorando o corpo de Eliza, simulando parte do crime. Vale lembrar que Perez também é mãe de uma vítima de feminicídio e reage com extrema sensibilidade ao tema. Mas muitos também esquecem que uma das séries mais premiadas dos últimos tempos abordou uma história real com muitos paralelos em relação ao caso de Bruno. Lançada em 2016, “The People v. OJ Simpson: American Crime Story” contou a história de um atleta famoso dos EUA que teria matado a ex-mulher e, pior do que aconteceu no Brasil, se safado na justiça americana. O canal pago FX jamais cogitou cancelar a produção. O resultado foram 13 prêmios Emmy (o Oscar da televisão), inclusive como Melhor Série Limitada. Mais que isso: lançou outra temporada de “American Crime Story” em 2018, focada em novo assassinato famoso: o do estilista Gianni Versace, enfrentando a ira da poderosa família italiana. “The Assassination of Gianni Versace” voltou a vencer 13 troféus no Emmy, entre eles, novamente, o de Melhor Série Limitada. Nenhuma das duas temporadas glorificou os crimes ou os assassinos. Ao contrário, ajudou a denunciar o machismo, a impunidade gerada pela fama e pelo dinheiro e até a má vontade da polícia em investigar certos casos que, como diria o governo Bolsonaro, são de minorias. Tudo indica que a série sobre o assassinato de Eliza Samúdio faria parte de uma iniciativa da Globoplay para dramatizar crimes brasileiros famosos, que será inaugurado por uma minissérie centrada no assassinato da vereadora Marielle Franco – contra a qual não há registro de protesto da turba politicamente e seletivamente correta. É um filão que sempre fez sucesso na imprensa nacional, mas ainda permanece pouco explorado no audiovisual. “O Assalto ao Trem Pagador” (1962), “O Bandido da Luz Vermelha” (1968), “Lúcio Flávio, o Passageiro da Agonia” (1977), “O Caso Cláudia” (1979), que inclusive retrata um feminicídio, o recente “O Sequestro do Ônibus 174” (2002) e a própria série “Assédio” (2018), da Globo, são exemplos de produções brasileiras do gênero “true crime”, que na próxima semana receberá mais dois exemplares, “A Menina que Matou os Pais” e “O Menino que Matou Meus Pais”, sobre o caso de Suzane von Richthofen. Mas talvez o mais importante de todos esses filmes venha a ser o vindouro “Ângela”, de Hugo Prata (“Elis”), que pretende contar a história do assassinato da socialite Ângela Diniz, a “Pantera de Minas”, pelo “playboy” Doca Street em 1976, a história mais famosa de feminicídio do país, que ao usar a tese da “defesa da honra” em seu julgamento deu origem ao movimento “quem ama não mata” e à primeira grande mobilização de mulheres contra a violência doméstica no Brasil. Os politicamente corretos serão contra esse conteúdo?
Resgatada do cancelamento, One Day at a Time ironiza a Netflix
O Pop TV antecipou a primeira cena da 4ª temporada de “One Day at a Time”, série que o canal pago americano “salvou” do cancelamento, após ser dispensada pela Netflix. O vídeo mostra logo nos primeiros segundos uma alfinetada na plataforma de streaming, ironizando sua programação após o cancelamento. “E aí, já decidimos o que vamos assistir?”, pergunta a personagem Penelope (Justina Machado) ao entrar na sala onde sua família a espera. “Não. Não tem nada mais de bom na Netflix”, responde o filho Alex (Marcel Ruiz). A piada, entretanto, também vale para a própria Pop TV, que na semana passada cancelou três de suas cinco séries originais – e a quarta acaba em 7 de abril. Antes de terminar, a prévia de um minuto ainda introduz a participação especial de Ray Romano (“Everybody Loves Raymond”), na pele de um pesquisador de censo demográfico. Ao contrário do que acontecia na Netflix, a nova temporada de “One Day at a Time” terá seus episódios disponibilizados semanalmente na TV americana. A estreia está marcada para 24 de março e não há expectativa de transmissão no Brasil. Allow us to reintroduce: The Alvarezs. 😂 Here's your first look at the season premiere of #ODAAT, returning March 24th on @PopTV! pic.twitter.com/LSquYoZOWQ — One Day at a Time (@OneDayAtATime) March 10, 2020
Perdidos no Espaço é renovada e cancelada pela Netflix
A Netflix anunciou a renovação de “Perdidos no Espaço” (Lost in the Space) para sua 3ª temporada. E também seu cancelamento. A próxima será a última temporada. A notícia foi dada com muita cara de pau nas redes sociais. “Eu amo dar boas notícias de galáxias distantes”, disse um post da plataforma sobre o final da série. Uma das melhores atrações da Netflix, “Perdidos no Espaço” deu um salto gigante de qualidade em sua 2ª temporada, lançada em 24 de dezembro, graças a efeitos visuais de dar inveja a blockbusters cinematográficos, elenco inspirado e muita ação, em ritmo intenso de aventura. Infelizmente, a Netflix não tem demonstrado interesse em prolongar muito as histórias de suas produções, em contraste com as atrações que importa da TV, que, ao serem exibidas em streaming, lideram sua audiência – como “Friends”, de 10 temporadas, ou “The Office”, de 9. A série renovada e cancelada é uma releitura moderna da produção homônima, lançada em 1965 pelo lendário produtor Irwin Allen (o mesmo de “Viagem ao Fundo do Mar”, “Túnel do Tempo” e “Terra de Gigantes”). Mas mesmo esta também era uma versão moderna de outro clássico, “A Família Robinson”, história de uma família que naufragava numa ilha deserta, escrita pelo pastor suíço Johann David Wyss em 1812. Na trama televisiva, a ilha é substituída por outro planeta. Por coincidência, a série original também durou três temporadas. A diferença é que, como o cancelamento foi anunciado com antecedência, a nova versão deve dar um final para a viagem da família Robinson, algo que a produção dos anos 1960 nunca ofereceu aos fãs. O novo “Perdidos no Espaço” se passa 30 anos no futuro (no final dos anos 2040) e traz Toby Stephens (série “Black Sails”) como John Robinson, Molly Parker (série “House of Cards”) como Maureen Robinson, o menino Maxwell Jenkins (série “Sense8”) como Will, a adolescente Taylor Russell (série “Falling Skies”) como Judy, Mina Sundwall (“O Plano de Maggie”) como Penny, o argentino Ignacio Serricchio (série “Bones”) como o piloto Don West e Parker Posey (“O Homem Irracional”) como a Dra. Smith. As maiores mudanças em relação ao casting original ficaram por conta da troca de sexo do vilão Dr. Smith, imortalizado por Jonathan Harris, e a inclusão de um latino (Serricchio) e uma mulher negra (Russell) na tripulação. Por sinal, Don e Judy formavam um casal na série clássica. Além disso, o robô, que imortalizou a frase “Perigo, Will Robinson”, agora é alienígena. O remake foi desenvolvido por Matt Sazama e Burk Sharpless, autores dos filmes “Dracula – A História Nunca Contada” (2014), “O Último Caçador de Bruxas” (2015) e “Deuses do Egito” (2016), em parceria com Zack Estrin, roteirista-produtor de “Prison Break” e criador de “Once Upon a Time in Wonderland”. A data de estreia dos últimos episódios ainda não foi marcada. Eu amo dar boas notícias de galáxias distantes: Perdidos no Espaço foi renovada pra sua terceira e última temporada. pic.twitter.com/WOpn76n3HP — Netflix Brasil (@NetflixBrasil) March 9, 2020
Chuck Norris fará participação especial no final de Hawaii Five-0
O veterano ator Chuck Norris vai fazer uma participação especial no final da série “Hawaii Five-0”. Na season finale de duas horas de duração, ele vai interpretar um sargento aposentado, chamado Lee Phillips, que ajudará o personagem Lincoln Cole (interpretado por Lance Gross, ex-“MacGyver”) a se esconder das autoridades e proteger seu anonimato. Phillips treinou Lincoln, um sargento condecorado da Marinha dos EUA que trabalha na segurança antiterrorismo da frota. Chuck Norris não aparecia na TV há cinco anos, desde que fez uma pequena participação como ele mesmo na série “Os Goldbergs”, em 2015. Seu último personagem diferente dele próprio tinha sido no filme “Os Mercenários”, O final também trará de volta o vilão do primeiro episódio da série, Victor Hesse, interpretado por James Marsters (o eterno Spike de “Buffy: A Caça-Vampiros”, que recentemente estrelou “Fugitivos”/”Runaways”), além do principal inimigo dos Five-0, Wo Fat, vivido por Mark Dacascos (de “O Pacto dos Lobos” e “Wu Assassins”). O último capítulo da série será exibido em 3 de abril nos EUA. “Hawaii Five-0” é exibida no Brasil pelo canal pago AXN.
Flack é cancelada na véspera da estreia da 2ª temporada, junto com mais duas séries em produção avançada
O canal pago americano Pop TV cancelou inesperadamente três das suas cinco séries. Duas delas tinham sido renovadas para 2ª temporada e a terceira, que estava em produção, ainda não havia estreado. Os títulos cancelados foram “Flack”, “Florida Girls” e “Best Intentions”. A decisão foi tomada após a ViacomCBS assumir completamente o controle do canal, que era uma joint venture com o estúdio Lionsgate. Todas as séries canceladas eram feitas por produtoras de fora do conglomerado da rede CBS, incluindo a própria Lionsgate, e seus destinos refletem a linha adotada por Bob Bakish, CEO da ViacomCBS, que em fevereiro determinou priorizar franquias e conteúdo produzido pelo próprio conglomerado. “Nossa estratégia não é gastar mais, mas valorizar nosso conteúdo por toda a nossa vasta base de comunicação”, ele discursou em fevereiro passado. O cancelamento mais chocante foi o de “Flack”. A produção da comédia estrelada por Anna Paquin (de “True Blood”), no papel de uma profissional de relações públicas especializada em resolver escândalos de celebridades, recebe a notícia de que deixaria de ser exibida a uma semana da estreia de sua 2ª temporada, prevista para 13 de março. Renovada para a 2ª temporada, “Florida Girls”, sobre quatro amigas numa cidade litorânea arruinada e cheia de alcoólatras, encontrava-se em fase avançada de gravação dos novos episódios. Já “Best Intentions” estava iniciando seus trabalhos, após ter sido encomendada pelo canal. Os estúdios responsáveis pelas três séries vão agora buscar canais alternativos para exibir o trabalho feito. A 2ª temporada de “Flack” tem garantia de exibição no Reino Unido, já que está toda gravada e é uma coprodução do canal pago britânico UKTV. Mas as demais não tem destino garantido. Para completar, outra série do Pop, “Schitt’s Creek”, vai se encerrar em 7 de abril, ao final de sua 6ª temporada. Com isso, a última série remanescente do canal passa a ser, ironicamente, “One Day at a Time”, que foi resgatada do cancelamento na Netflix. A 4ª temporada e primeira produzida para a TV tem estreia marcada para 24 de março. O desmonte do Pop remete ao que aconteceu recentemente com outro canal do conglomerado ViacomCBS, o TVLand, que atualmente também só tem uma série original no ar, “Younger”. Além dos cancelamentos, a equipe do Pop também encolheu com várias demissões.
Festival SXSW é cancelado nos Estados Unidos devido ao coronavírus
Os organizadores do Festival SXSW (South by Southwest) anunciaram o cancelamento do evento nesta sexta (6/3). Trata-se do segundo grande festival do audiovisual cancelado em meio à epidemia do coronavírus e o primeiro americano, após o francês MIPTV desistir de realizar sua edição de 2020 na quarta passada. O cancelamento do festival dedicado à tecnologia, ao audiovisual e à música ocorreu por determinação do município de Austin, Texas, onde o evento aconteceria a partir de 13 de março. Mas antes disso, várias empresas, como Apple, Netflix e Amazon, já tinham desistido de participar, esvaziando sua programação. Em sua porção cinematográfica, o festival deveria apresentar a première mundial do brasileiro “Medida Provisória”, primeiro longa dirigido por Lázaro Ramos. A programação também incluía “The King of Staten Island”, de Judd Apatow (“Ligeiramente Grávidos”), que não filmava há cinco anos, além de novos lançamentos dos cineastas Michael Showalter, Frank Oz, Kevin Willmott, Amy Seimetz e longas dirigidos pelos atores Alex Winter e John Leguizamo. “A situação [do coronavírus] evoluiu rapidamente e nós honramos e respeitamos a decisão da cidade de Austin”, anunciou a organização do evento em comunicado. “Nós estamos comprometidos em fazer a nossa parte para ajudar a proteger nossos funcionários, visitantes e os moradores de Austin.” Atualmente, os organizadores pensam em alternativas para reagendar o SXSW ou permitir que parte da programação planejada seja disponibilizada pela internet. “Nós vamos continuar a trabalhar duro para trazer a vocês os eventos únicos que vocês amam. É verdade que nosso evento de março de 2020 não vai mais acontecer do modo como gostaríamos, mas vamos continuar focados em nossa proposta — ajudar pessoas criativas a alcançarem seus objetivos”, finaliza o comunicado.
Netflix cancela a série brasileira Samantha!
A Netflix cancelou a série “Samantha!”, produção brasileira estrelada por Emanuelle Araújo (a Gretchen de “Bingo: O Rei das Manhãs”), após duas temporadas. A plataforma não costuma anunciar seus fracassos, e as notícias de cancelamentos acabam surgindo em revelações da equipe e do elenco das produções dispensadas. Segundo “vazamento” de fontes ligadas à série, um dos fatores que pesaram para o cancelamento foi a decisão de Emanuelle Araújo de voltar a fazer novelas. A atriz, que foi uma das coadjuvantes de “Órfãos da Terra”, da rede Globo, teria pedido um afastamento temporário de “Samantha!” para se dedicar a esse papel. Como a série não teve a mesma repercussão em sua 2ª temporada – porque a Netflix decidiu não fazer muita divulgação – , a plataforma teria optado por cancelar a atração. O cancelamento de “Samantha!” vem à tona um dia depois da notícia do fim de “Ninguém Tá Olhando”, outra produção nacional da Netflix, encerrada após apenas uma temporada. Criada por Felipe Braga (“Latitudes”), “Samantha!” era uma produção da empresa Losbragas, do cineasta e da atriz Alice Braga, e evocava em sua trama eventos similares à trajetória de vida da ex-cantora Simony. A série girava em torno da personagem-título, uma ex-celebridade infantil dos anos 1980 que tenta retornar aos holofotes com planos absurdos. Para completar, Samantha era casada com Dodói (Douglas Silva, o Acerola de “Cidade dos Homens”), um ex-jogador de futebol que acabou de voltar para casa depois de passar mais de dez anos na prisão. O elenco ainda incluía os dois filhos do casal, Cindy (Sabrina Nonato) e Brandon (Cauã Gonçalves). A 2ª temporada de “Samantha!” foi lançada há quase um ano, em 19 de abril de 2019, e terminou sem dar um final para a história da personagem.
Lucifer: Tom Ellis fecha contrato para provável 6ª temporada da série
“Lucifer” deve mesmo ganhar uma 6ª temporada. O ator Tom Ellis, que vive o personagem-título, assinou contrato para retomar o papel em novos episódios. Seu contrato se segue a um novo acordo com os showrunners Ildy Modrovich e Joe Henderson para continuarem à frente da produção, que chegou a ter seu final anunciado e gravado pela Netflix no ano passado. Essas negociações confirmam a viabilidade da continuação da série, permitindo à Netflix avançar nas negociações com a WBTV (Warner Bros Television) para realizar a 6ª temporada de “Lucifer”. A decisão de encerrar a série foi anunciada em junho passado pela própria Netflix. Tanto que Ildy Modrovich tratou de acalmar os fãs revoltados, avisando que, daquela vez, o cancelamento era irreversível e que “uma luta não mudaria as coisas”, já que não existia a possibilidade de “Lucifer” ganhar uma 6ª temporada. “Conversamos com nossos parceiros na Netflix e Warner Bros, e vocês deveriam saber que essa decisão foi tomada com muito cuidado e consideração”, acrescentou, sem explicar de onde veio a iniciativa de encerrar a produção. Vale lembrar que “Lucifer” tinha sido cancelada pela Fox ao final da 3ª temporada e foi resgatada pela Netflix, que exibiu sua 4ª temporada em maio do ano passado. Desde o anúncio de que a 5ª temporada encerraria a série, os episódios finais foram desmembrados em duas partes. O detalhe é que essa divisão quase dobrou o número de capítulos encomendados, valendo praticamente por duas temporadas. A reta final de Lucifer teria inicialmente apenas 10 episódios, mas a Netflix decidiu estender o total para 16, visando permitir aos produtores encerrar a trama de forma apropriada – e quase já assumindo o arrependimento. A estreia dos oito episódios iniciais está prevista para maio de 2020. Outro detalhe importante é que a WBTV negociou com a Netflix a permissão para o ator Tom Ellis aparecer como Lúcifer no crossover “Crise nas Infinitas Terras”, exibido na rede americana The CW. Como a participação foi um sucesso imenso, com grande repercussão na mídia, pode ter sido decisiva para convencer a plataforma a reconsiderar o cancelamento. Embora as principais partes envolvidas aparentemente já tenham se acertado, a Netflix ainda não fez anúncio oficial sobre a 6ª temporada.
MIPTV: Maior evento internacional do mercado de televisão é cancelado por temor do coronavírus
O evento MIPTV, voltado ao mercado internacional de televisão, foi cancelado devido aos receios despertados pela epidemia de covid-19, o novo coronavírus que a OMS (Organização Mundial de Saúde) ainda não considera pandemia. A empresa responsável pelo evento, Reed Midem, confirmou que a edição 2020, prevista para durar de 30 de março a 2 de abril em Cannes, na França, não vai mais acontecer. “No contexto atual, muitos de nossos clientes expressaram preocupação em viajar neste momento. Não é possível remarcar o MIPTV nos próximos meses, portanto, o curso de ação mais apropriado é cancelar o MIPTV de 2020 ”, disse Paul Zilk, diretor executivo da Reed Midem. Já o CanneSeries, o festival de televisão que acontece em paralelo ao MIPTV, foi transferido para os dias 9 e 14 de outubro junto com o evento de outono da empresa, o MIPCOM, que também é realizado em Cannes. “Dada a situação em rápida evolução, tomamos a difícil decisão de adiar o festival. É nossa responsabilidade proteger a saúde dos convidados, profissionais e público”, disse Fleur Pellerin, diretor do CanneSeries. O cancelamento da MIPTV ocorre no momento em que o coronavírus se espalha por toda a Europa. Na França, tem havido um número crescente de casos confirmados do vírus e mortes relacionadas. O primeiro caso conhecido de coronavírus em Cannes ocorreu no dia 28 de fevereiro, mas a Reed Midem manteve sua programação até esta semana. Foi preciso que as autoridades francesas emitissem restrições de viagem e proibição de aglomerações em grandes eventos para os organizadores mudarem de atitude. O risco de milhares de executivos de televisão vindos de todo o mundo para uma cidade com caso confirmado de coronavírus foi considerado grande demais.











