Zoe Saldana homenageia Nichelle Nichols: “Um ícone”
Um dia após a morte de Nichelle Nichols, a Uhura da série original “Jornada nas Estrelas”, a atriz Zoe Saldana, que interpretou a mesma personagem em três filmes, escreveu uma longa homenagem à atriz em seu Instagram. Dizendo que “perdemos uma verdadeira estrela – uma artista única que sempre esteve à frente de seu tempo”, Saldana descreveu Nichols como “um ícone, uma ativista e, mais importante, uma mulher incrível – que abriu um caminho que mostrou a tantos como ver as mulheres de cor sob uma luz diferente”. “Sua luta pela igualdade foi inabalável”, acrescentou. Saldana também lembrou seu primeiro encontro com Nichols depois de ser escalada como Uhura no filme “Star Trek” de 2009, que reiniciou a franquia. Chamando-o de um “momento muito especial” em sua vida, ela disse que o encontro a ajudou a se sentir confiante interpretando a personagem icônica. “A energia dela era contagiante toda vez que eu estava na presença dela. Ela me convenceu a acreditar que tudo era possível, se você colocar seu coração nisso”, escreveu Saldaña. “Quero dizer, ela inspirou Mae Jemison a seguir seus sonhos de se tornar uma astronauta e foi exatamente isso que Mae fez. Eu sabia que teria grandes dificuldades para preencher o papel quando fui escolhido para interpretar Uhura, e Nichelle me fez sentir segura, me disse para interpretá-la com toda a confiança do mundo”. “Minha esperança é que continuemos a manter sua memória viva, celebrando seu incrível corpo de trabalho e espalhando a mensagem de paz e igualdade entre todas as pessoas. Ela viveu uma vida longa e impactante e não apenas prosperou, mas ajudou muitos outros a prosperar também”, completou. A atriz deverá retornar ao papel de Uhura em uma próxima sequência da franquia cinematográfica, recentemente anunciada pela Paramount. Além dela, Celia Rose Gooding também estreou este ano como uma versão mais jovem de Uhura, na série “Star Trek: Strange New Worlds”, que encerrou sua 1ª temporada no mês passado. Em seu próprio tributo nas redes sociais, Gooding escreveu: “Ela abriu espaço para muitos de nós. Ela foi o lembrete de que não apenas podemos alcançar as estrelas, mas nossa influência é essencial para a sobrevivência delas. Esqueça a sacudida de mesa, ela construiu a mesa!”. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Zoe Saldana (@zoesaldana)
Astros celebram pioneirismo de Nichelle Nichols, a Uhura de “Jornada nas Estrelas”
A morte da atriz Nichelle Nichols, intérprete da tenente Uhura na série clássica “Jornada nas Estrelas” (Star Trek) e seus filmes derivados, emocionou a comunidade artística e fãs do universo “Star Trek” nos EUA. As redes sociais encheram de homenagens e manifestações de tristeza por ocasião do falecimento da atriz de 89 anos, num tributo ao pioneirismo e importância de seu desempenho na franquia sci-fi. As publicações no Twitter juntaram diversas estrelas do universo trekker, bem como outras celebridades que foram inspiradas por Nichols, que também desempenhou um papel importante para a NASA na vida real, ajudando a recrutar mulheres e negros para o programa espacial dos EUA. Entre os comentários, George Takei, que interpretou o Sr. Sulu ao lado de Nichols na série original de “Jornada nas Estrelas”, foi um dos mais emocionados. “Terei mais a dizer sobre a pioneira e incomparável Nichelle Nichols, que dividiu a ponte de comando conosco como tenente Uhura da USS Enterprise, e que faleceu hoje aos 89 anos. Mas hoje meu coração está pesado e meus olhos brilham como as estrelas entre as quais você agora descansa, minha querida amiga”, escreveu Takei no Twitter. “Vivemos muito e prosperamos juntos”, acrescentou, evocando a tradicional despedida vulcana da série – “Vida longa e próspera”. We lived long and prospered together. pic.twitter.com/MgLjOeZ98X — George Takei (@GeorgeTakei) July 31, 2022 William Shatner, intérprete do Capitão Kirk, com quem Nichelle compartilhou o primeiro beijo interracial da história da TV, testemunhou o impacto do trabalho da atriz na série. “Fico triste em saber da morte de Nichelle. Ela era uma mulher bonita e interpretou uma personagem admirável que fez muito por redefinir as questões sociais tanto aqui nos EUA quanto em todo o mundo. Eu certamente sentirei falta dela. Enviando meu amor e condolências à sua família”, tuitou. I am so sorry to hear about the passing of Nichelle. She was a beautiful woman & played an admirable character that did so much for redefining social issues both here in the US & throughout the world. I will certainly miss her. Sending my love and condolences to her family. Bill — William Shatner (@WilliamShatner) July 31, 2022 A atriz Celia Rose Gooding, que herdou o papel de Nichols, como a novata Nyota Uhura na série prólogo da Paramount+, “Star Trek: Strange New Worlds”, se disse honrada em poder dar continuidade ao legado da atriz. “Ela abriu espaço para muitos de nós. Ela foi o lembrete de que não apenas podemos alcançar as estrelas, mas nossa influência é essencial para a sobrevivência delas. Esqueça a sacudida de mesa, ela construiu a mesa!”, comentou. She made room for so many of us. She was the reminder that not only can we reach the stars, but our influence is essential to their survival. Forget shaking the table, she built it! #RIPNichelleNichols 🕊✨🖖🏾 pic.twitter.com/k1aVw15w3d — ALIEN SUPERSTAR CRG (@celiargooding) July 31, 2022 O ator Wilson Cruz, intérprete do Dr. Culber em “Star Trek: Discovery”, celebrou a importância da atuação de Nichols como Uhura: “Antes que entendêssemos o quanto Representatividade Importa, Nichelle Nichols mostrou para nós. Com sua presença e graça, ela iluminou quem nós, como pessoas de cor, somos e nos inspirou a alcançar nosso potencial. Descanse bem, diamante brilhante no céu”. Before we understood how much #RepresentationMatters #NichelleNichols modeled it for us. With her very presence & her grace she shone a light on who we as people of color are & inspired us to reach for our potential. Rest well glittering diamond in the sky https://t.co/DmeLFbg825 — Wilson Cruz (@wcruz73) July 31, 2022 Kate Mulgrew, que foi a Capitã Janeway da série “Star Trek: Voyager”, compartilhou: “Nichelle Nichols foi a primeira. Ela foi uma pioneira que percorreu uma trilha muito desafiadora com coragem, graça e um fogo lindo que provavelmente não veremos novamente. Que ela descanse em paz.” Nichelle Nichols was The First. She was a trailblazer who navigated a very challenging trail with grit, grace, and a gorgeous fire we are not likely to see again. May she Rest In Peace. #NichelleNichols pic.twitter.com/DONSz6IV2b — Kate Mulgrew (@TheKateMulgrew) July 31, 2022 Marina Sirtis, a conselheira Deanna Troi em “Star Trek: A Nova Geração”, exaltou: “Você liderou o caminho e abriu a porta para o resto de nós, que seguimos em seu rastro. Seremos eternamente gratos. Meu coração está partido”. RIP @NichelleIsUhura. You led the way and opened the door for the rest of us who followed in your wake. We will be forever grateful. My heart is broken💔😢 — Marina Sirtis (@Marina_Sirtis) July 31, 2022 Jeri Ryan, intérprete de Sete de Nove (Seven of Nine) em “Star Trek: Voyager” e “Star Trek: Picard”, a definiu como “uma verdadeira lenda”: “Seu legado viverá para sempre”. RIP to a true legend. Her legacy will live forever.#NichelleNichols — Jeri Ryan (@JeriLRyan) July 31, 2022 O produtor e cineasta JJ Abrams, que dirigiu o reboot de “Star Trek” de 2009 e sua continuação, salientou que ela era “uma mulher notável em um papel notável”. “Nichelle, você fará muita falta”, postou. A remarkable woman in a remarkable role. Nichelle, you will be deeply missed. Sending much love and respect. pic.twitter.com/ZRnMblXx0Z — JJ Abrams (@jjabrams) July 31, 2022 Alex Kurtzman, que escreveu os dois filmes dirigidos por Abrams e atualmente comanda o universo de séries de “Star Trek” da Paramount+, disse que foi a atriz quem lhe abriu os olhos para o significado da franquia. “Nichelle foi uma inspiração singular. Ela foi quem realmente abriu meus olhos para o que é ‘Star Trek’ e o que representa. Eu não posso te dizer quantas pessoas me disseram que ela é a razão pela qual eles se tornaram… uma astronauta, uma cientista, uma escritora, uma linguista, uma engenheira… e continua. Estamos sob sua luz e a honramos hoje e todos os dias. Obrigado, querida Nichelle, por abrir o caminho”, escreveu. We stand in her light and honor her today and every day. Thank you, dear Nichelle, for leading the way. 2/2 — Alex Kurtzman (@Alex_Kurtzman) July 31, 2022 Lynda Carter, que foi a Mulher-Maravilha dos anos 1970, também destacou a importância da intérprete de Uhura: “Muitos atores se tornam estrelas, mas poucas estrelas podem mover uma nação. Nichelle Nichols nos mostrou o poder extraordinário das mulheres negras e abriu caminho para um futuro melhor para todas as mulheres na mídia. Obrigado, Nichelle. Nós sentiremos sua falta”. Many actors become stars, but few stars can move a nation. Nichelle Nichols showed us the extraordinary power of Black women and paved the way for a better future for all women in media. Thank you, Nichelle. We will miss you. pic.twitter.com/KhUf4YM6pX — Lynda Carter (@RealLyndaCarter) July 31, 2022 Jason Alexander, da série “Seinfeld”, assumiu-se um trekker de carterinha ao lamentar a perda: “Meu amor pela ‘Star Trek’ original é profundo. Nichelle Nichols foi uma pioneira e uma embaixadora gloriosa de sua série, de seu papel e da Ciência durante toda a sua vida. E foi uma pessoa verdadeiramente adorável. Que ela tenha uma aventura maravilhosa até a fronteira final”. My love for the original Star Trek is profound. Nichelle Nichols was a ground-breaker and a glorious ambassador for her show, her role and science all her life. And a truly lovely person. May she have a wonderful adventure to the final frontier.#ripnichellenichols — jason alexander (@IJasonAlexander) July 31, 2022 Colman Domingo, ator de “Fear the Walking Dead” e “Euphoria”, escreveu: “Nichelle Nichols nos disse que pertencíamos ao espaço sideral. Nós somos ilimitados. Os céus ganharam um Uhura hoje”. Nichelle Nichols told us that we belonged in outer space. We are limitless. The heavens have gained an Uhura today. — Colman Domingo (@colmandomingo) July 31, 2022 O rapper Chuck D, da banda Public Enemy, também prestou sua homenagem. “Antes de Scotty teleportar, antes de Spock mandar sinais de Vulcan, antes de Kirk dizer a Sulu para levá-lo à velocidade Warp Fator 9… A mana Uhura… Nichelle Nichols tinha que ter aquele cabelo jeitoso, a saia perfeita e os brincos pendurados ANTES de lidar com o espaço sideral…” Before Scotty beamed up , Before Spock threw Vulcan signs, Before Kirk told Sulu take it to Warp Factor 9 .. Sis Uhura.. Nichelle Nichols was gonna have that hair tight , skirt right and earrings dangling BEFORE she was dealing with outer space.. 🙏🏿 pic.twitter.com/bWPR3LJwTQ — Chuck D (@MrChuckD) July 31, 2022 Até a NASA se manifestou: “Celebramos a vida de Nichelle Nichols, atriz de ‘Jornada nas Estrelas’, pioneira e modelo, que simbolizou para muitos o que era possível. Ela fez parceria conosco para recrutar algumas das primeiras mulheres e astronautas de minorias raciais e inspirou gerações a alcançar as estrelas”. We celebrate the life of Nichelle Nichols, Star Trek actor, trailblazer, and role model, who symbolized to so many what was possible. She partnered with us to recruit some of the first women and minority astronauts, and inspired generations to reach for the stars. pic.twitter.com/pmQaKDb5zw — NASA (@NASA) July 31, 2022
Nichelle Nichols, a Uhura de “Jornada nas Estrelas”, morre aos 89 anos
A atriz Nichelle Nichols, que interpretou a oficial de comunicações Nyota Uhura na série clássica “Jornada nas Estrelas” (Star Trek) e seus filmes derivados, morreu na noite de sábado (30/7) em Silver City, Novo México (EUA), aos 89 anos. Nascida Grace Nichols em Robbins, Illinois, em 28 de dezembro de 1932, Nichols começou sua carreira aos 16 anos cantando na big band de Duke Ellington, e após encontrar dificuldades para seguir carreira em musicais, ela virou coelhinha do Playboy Club de Chicago. Paralelamente, insistiu na carreira teatral, sendo indicada duas vezes ao prêmio de Melhor Atriz de Chicago. Ela estreou no cinema em 1959, como figurante dançarina na adaptação do musical “Porgy & Bess”, mas só se dedicou às telas a partir de meados anos 1960, quando emplacou seus primeiros papéis de coadjuvante, no thriller “A Mulher Sem Rosto” (1968), com James Garner, e a comédia “Doutor, O Sr. Está Brincando!” (1967), com Sandra Dee. Ela também chegou a participar de episódios duplos das séries “A Caldeira do Diabo” e “Tarzan” antes de ser escalada em “Jornada nas Estrelas”. Ela entrou para a história da TV ao compartilhar o primeiro beijo interracial das telinhas com seu colega de elenco William Shatner, intérprete do Capitão Kirk, num episódio de 1968 da série de ficção científica. A iniciativa deu muito o que falar na época, em que protestos por igualdade racial sofriam grande repressão, a ponto de seus líderes serem assassinados. Mas o episódio “Herdeiros de Platão” (Plato’s Stepchildren) encontrou uma saída para mostrar a ousadia sem criar reação negativa. Na trama, Uhura e o Capitão Kirk não escolhiam se beijar, mas eram obrigados a fazê-lo por alienígenas com a capacidade de controlar humanos. Nervosa com uma possível rejeição do público, a rede NBC insistiu que a cena tivesse takes alternativos, com e sem beijo, mas Nichols e Shatner erraram de propósito todas as gravações para que a emissora não tivesse opção a não ser transmitir o beijo aparente, deixando no ar se seus lábios realmente se tocaram ou não – segundo Nichols, em seu livro de memórias, o beijo foi pra valer. Mesmo com todas as precauções, o beijo se tornou um momento marcante e muito falado, especialmente por se considerar que, antes disso, o máximo de carinho interracial aceito tinha sido um beijo de Sammy Davis Jr. no rosto de Nancy Sinatra durante um especial da cantora, exibido um ano antes. Mas a importância televisiva de Uhura, cujo nome vem de uma palavra suaíli que significa “liberdade”, foi muito maior que seu beijo interracial. Ela foi uma das primeiras personagens afro-americanas em papel de comando numa série, além de representar o futuro racialmente integrado da utopia trekker, imaginado pelo escritor Gene Roddenberry. Whoopi Goldberg, que mais tarde interpretou Guinan em “Jornada nas Estrelas: A Nova Geração”, descreveu Uhura como seu modelo, dizendo ter ficada encantada na adolescência ao ver uma personagem negra na televisão que não fosse uma empregada doméstica. Goldberg não foi a única a perceber a importância da personagem. Quando Nichols cogitou deixar “Jornada nas Estrelas” após a 1ª temporada para seguir carreira na Broadway, o maior líder negro dos EUA, o reverendo Martin Luther King Jr., a persuadiu a continuar na atração. Fã da série, ele entendia a importância de Uhura para cultura e a sociedade norte-americana, não apenas em termos de representatividade, mas também como fator trabalhista para o mercado de profissionais negros. De fato, até a NASA empregou mais tarde Nichols em uma campanha para encorajar mulheres e afro-americanos a se tornarem astronautas. O Grupo 8 de Astronautas da NASA, selecionado em 1978, incluiu as primeiras mulheres e minorias étnicas a serem recrutadas, incluindo três negras. Dr. Mae Jemison, a primeira mulher negra a voar a bordo do ônibus espacial, citou “Jornada nas Estrelas” como uma influência em sua decisão de ingressar na agência espacial. Nichols interpretou a tenente Uhura nas três temporadas da série original, de 1966 a 1969, e depois retomou a personagem em mais duas temporadas de “Jornada nas Estrelas: A Série Animada” (1973–1975) e nos seis primeiros filmes da franquia, de “Jornada nas Estrelas: O Filme” (1979) a “Jornada nas Estrelas VI: A Terra Desconhecida” (1991). Após a série clássica, a atriz compartilhou as telas com o cantor Iaac Hayes no filme “Truck Turner” (1974) e coestrelou o terror “Os Sobrenaturais” (1986), antes de iniciar uma carreira como dubladora de animações, que incluiu séries como “Gárgulas”, “Homem-Aranha” e “Futurama”. Mais recentemente, ela participou das comédias “Neve pra Cachorro” (2002) e “Querem Acabar Comigo” (2005), e de cinco episódios da série “Heroes” (em 2007), cujo elenco também incluía George Takei (o Sr. Sulu de “Jornada nas Estrelas”). Um de seus últimos trabalhos comerciais foi uma aparição em “Sharknado 5: Voracidade Global” (2017). Mas ela sempre se manteve ligada aos fãs, apoiando várias produções não comerciais inspiradas em “Star Trek”. Nichols chegou até a retomar o papel de Nyota Uhura em “Star Trek: Of Gods and Men” (2007), “Star Trek: First Frontier” (2020) e no podcast “Starship Excelsior” (2016), além de viver uma nova personagem em “Star Trek: Renegades” (2017), todas criadas por fãs. Em 1991, a atriz também se tornou a primeira mulher afro-americana a ter as impressões de suas mãos imortalizadas diante do TCL Chinese Theatre, junto de celebridades da era de ouro de Hollywood.
David Warner: Ator de “A Profecia”, “Tron” e “Titanic” morre aos 80 anos
O ator britânico David Warner, que estrelou vários clássicos e se especializou em viver vilões, morreu no domingo (24/7) numa casa de repouso em Londres, aos 80 anos. Uma nota escrita por seus filhos Luke e Melissa Warner esclareceu que a morte foi decorrência de câncer. “Nos últimos 18 meses, ele abordou seu diagnóstico com uma característica graça e dignidade… pai, cujo legado de trabalho extraordinário tocou a vida de tantos ao longo dos anos. Estamos com o coração partido”, declararam à BBC. David Hattersley Warner nasceu em 29 de julho de 1941 e se formou em artes dramáticas. Sua formação clássica o levou a trabalhar com Peter Hall, responsável pela prestigiosa Royal Shakespeare Company, e com Tony Richardson, um dos mais respeitados diretores do West End londrino. Os dois foram padrinhos de sua transição para as telas. A estreia de Warner no cinema foi em “As Aventuras de Tom Jones” (1963), de Tony Richardson, que lhe deu o papel do irmão antagonista de Tom Jones (Albert Finney) após dirigi-lo no teatro. Foi também o primeiro dos inúmeros vilões da carreira do ator. E após atuar em montagens de Shakespeare – e ser considerado o melhor Hamlet dos palcos – , foi escalado por Peter Hall numa minissérie da BBC que adaptou quatro peças do famoso dramaturgo, “War of the Roses” (1965), além de uma versão de cinema para “Sonhos de uma Noite de Verão” (1968). Por conta disso, só foi viver seu primeiro papel contemporâneo em 1966, como o marido de Vanessa Redgrave na comédia “Deliciosas Loucuras de Amor”. Após trabalhar com os cineastas americanos John Frankenheimer (em “O Homem de Kiev”) e Sydney Lumet (“A Gaivota”) no Reino Unido, Warner foi convidado a filmar em Hollywood por Sam Peckinpah. Mas teve um ataque de pânico ao entrar no avião e ameaçou desistir, sendo convencido pelo diretor a viajar de navio até os EUA e completar de trem o trajeto até o local das filmagens, no deserto de Nevada. Peckinpah insistiu tanto que conseguiu Warner para o papel do pregador itinerante Joshua Duncan Sloane em “A Morte Não Manda Recado” (1970). E ainda estendeu a parceria, indo ao Reino Unido filmar “Sob o Domínio do Medo” (1971), um dos melhores filmes de sua carreira, em que o ator viveu um personagem-chave: um homem ingênuo com problemas mentais, metido no meio de uma disputa entre o turista americano vivido por Dustin Hoffman e os homens violentos de uma cidadezinha rural. Na época, Warner estava envolvido num escândalo – teria quebrado as pernas ao pular da janela de um hotel ao ser flagrado pela esposa com outra mulher, supostamente Claudia Cardinale – e não queria chamar atenção com um filme, mas o diretor não se importou. Aproveitou o ferimento como característica do personagem e ainda sugeriu que ele atuasse sem que seu nome aparecesse nos créditos. Por conta disso, Warner declarou numa entrevista antiga: “Peckinpah tem um lugar, se não no meu coração, na minha vida”. Depois disso, o americano ainda o escalou como um oficial alemão em “Cruz de Ferro” (1977), filme de guerra brutal que Peckinpah filmou na Europa. Os ataques de pânico foram se tornando piores e, em 1972, Warner fugiu de uma montagem mal recebida de “Eu, Claudius”, dirigida por Tony Richardson. Um mês depois, ao assistir outra peça, começou a transpirar e passar mal. “Eu pensava: ‘Como eles podem ficar lá na frente de todas essas pessoas? Como eles aprendem as falas?’ Entrei em pânico e saí no intervalo.” Isto o fez abandonar o teatro. Como resultado, sua filmografia disparou, rendendo-lhe quase 100 participações em filmes, muitos deles considerados clássicos absolutos, como o terror “A Profecia” (1976), de Richard Donner, no qual viveu o malfadado jornalista que descobre a conspiração satanista para colocar o filho do diabo numa família influente. Depois de interpretar o serial killer Jack, o Estripador na fantasia de viagem no tempo “Um Século em 43 Minutos” (1979), de Nicholas Meyer, e o maligno Evil em “Bandidos do Tempo” (1981), de Terry Gilliam, ele ainda se destacou como o vilão de “Tron” (1982), que rouba o trabalho inovador de Kevin Flynn (Jeff Bridges) e o corrompe. Ele também viveu vilões cômicos, como o cientista louco de “O Médico Erótico” (1983), de Carl Reiner, e três personagens diferentes na franquia “Star Trek”. Depois de estrear como um representante humano da Federação em “Jornada nas Estrelas V: A Última Fronteira” (1989), foi um chanceler klingon em “Jornada nas Estrelas VI: A Terra Desconhecida” (1991) e um oficial cardassiano em dois episódios da série “Jornada nas Estrelas: A Nova Geração” (em 1992). Também apareceu em muitas tramas de terror, como “Terrores da Noite” (1979), de Arthur Hiller, “A Companhia dos Lobos” (1984), de Neil Jordan, “A Passagem” (1988), de Anthony Hickox, “À Beira da Loucura” (1994), do mestre John Carpenter, e até na comédia “Meu Doce Vampiro” (1987), chegando a ser sondado por Wes Kraven para viver Freddy Krueger no primeiro “A Hora do Pesadelo” (1984), o que acabou não acontecendo. Mesmo assim, foi dirigido por Kraven em “Pânico 2” (1997). Warner ainda foi um dos vilões do blockbuster “Titanic” (1997), de James Cameron: o implacável guarda-costas do industrial Cal Hockley (Billy Zane). E um dos vilões símios do remake de “O Planeta dos Macacos” (2001), de Tim Burton. Sua especialidade em malvadões estendeu-se para a televisão e lhe rendeu um Emmy de Melhor Ator Coadjuvante pelo desempenho como o perverso Pomponius Falco na minissérie “Masada” (1981). Outros destaques entre seus mais de 100 papéis televisivos incluem ainda participações recorrentes em “Twin Peaks” (em 1991) e “The Larry Sanders Show” (em 1993 e 1994) e a dublagem de dois supervilões: Cerebelo, em “Freakazoid!”, e Ra’s al Ghul em três séries animadas de Batman e Superman nos anos 1990. Seus trabalhos finais foram personagens das séries “Wallander” (de 2008 a 2015), “Ripper Street” (2016) e “O Alienista” (2018), seguidos por uma participação no filme “O Retorno de Mary Poppins” (2018) e uma última dublagem em “Os Jovens Titãs em Ação!” (2020), em que reviveu Cerebelo.
Personagens de “Star Trek: Lower Decks” vão aparecer em “Strange New Worlds”
A franquia “Star Trek” planeja um dos crossovers mais improváveis entre suas séries. A tripulação valorosa da USS Enterprise vai encontrar a tripulação desvalorizada da USS Cerritos. E se isso seria simples de realizar na série animada “Star Trek: Lower Decks”, a opção dos produtores é mostrar o encontro na 2ª temporada da série live-action “Star Trek: Strange New Worlds”. E tem mais. Aparentemente, os personagens de “Lower Decks” vão continuar animados na interação com os atores de “Strange New Worlds”. De acordo com o anúncio feito na Comic-Con Internacional, de San Diego, a alferes Beckett Mariner (dublada por Tawny Newsome) e o alferes Brad Boimler (dublado por Jack Quaid) vão se juntar à USS Enterprise num episódio especial dirigido por Jonathan Frakes, astro de “Star Trek: A Nova Geração” que virou diretor de séries. O anúncio foi reforçado por uma postagem no Twitter oficial de “Star Trek” da Paramount+. Confira abaixo. The Enterprise will collide with #StarTrekLowerDecks in a mind-bending crossover episode during Season 2 of #StarTrek #StrangeNewWorlds, directed by @jonathansfrakes! #SDCC #StarTrekSDCC pic.twitter.com/jlPl4F9J7t — Star Trek on Paramount+ (@StarTrekOnPPlus) July 23, 2022
“Star Trek: Lower Decks” encontra Deep Space 9 no trailer da 3ª temporada
A Paramount+ divulgou o trailer da 3ª temporada de “Star Trek: Lower Decks”, que destaca um encontro com a estação especial Deep Space 9 – da série homônima dos anos 1990. Desenvolvida e criada pelo vencedor do Emmy Mike McMahan (roteirista de “Rick and Morty”), a atração é uma comédia animada que explora a vida dos oficiais menos importantes da Federação, que realizam trabalhos sem glamour nas espaçonaves menos prestigiadas da saga espacial televisiva. “Lower Decks” é a segunda série animada da história de “Star Trek”. A primeira, “Jornada nas Estrelas: A Série Animada”, foi ao ar entre 1973 e 1974 e era escrita por alguns dos roteiristas da série original dos anos 1960, além de trazer o elenco clássico em sua dublagem. Desta vez, porém, o tom é completamente diferente, enfatizando o humor, com dublagem de Jack Quaid (“The Boys”), Tawny Newsome (“Space Force”), Noël Wells (“Master of None”) e Jerry O’Connell (“Carter”), entre outros. Com isso, a produção também é a primeira comédia oficial do universo trekker. A série tira seu título de um dos episódios mais elogiados de “Star Trek: A Nova Geração”. “Lower Decks” foi ao ar na 7ª temporada da série e mostrou uma missão da nave Enterprise pelos olhos dos oficiais em treinamento, todos buscando uma promoção. A 3ª temporada estreia em 25 de agosto e a série já se encontra renovada para seu quarto ano de produção.
Após final da série, Picard pode ganhar filme
Durante o painel da Paramount+ dedicado a “Star Trek: Picard” na Comic-Con Internacional, em San Diego, o astro Sir Patrick Stewart demonstrou não estar pronto para se despedir de Jean-Luc Picard. A 3ª temporada será a última da série, mas Stewart manifestou desejo de voltar a viver o personagem em um novo filme. “Acho que seria algo maravilhoso de fazer”, afirmou. Produtor executivo da franquia “Star Trek”, Alez Kurtzman apoiou a ideia, dizendo que se a recepção à última temporada de “Picard” for positiva, há realmente a possibilidade de um filme dedicado ao personagem. Vale lembrar que Picard já apareceu em quatro filmes entre 1994 e 2002, junto com os demais integrantes da série clássica “Star Trek: A Nova Geração”. E a 3ª temporada de “Star Trek: Picard” marcará justamente o reencontro entre os personagens de “A Nova Geração”, 20 anos desde a última vez em que atuaram juntos no filme “Jornada nas Estrelas: Nemesis”. Por sinal, Stewart disse que não consegue imaginar um reboot de seu personagem como aconteceu com o Capitão Kirk da primeira série clássica de “Jornada nas Estrelas”. “Muito difícil responder isso. Como eu disse, sou cada vez mais Picard. Não sei quem poderia entrar nesse papel”, considerou.
Picard encontra “A Nova Geração” em teaser e pôsters do final da série
A Paramount+ aproveitou a Comic-Con Internacional, em San Diego, para divulgou o primeiro teaser e uma coleção de pôsteres com os personagens da 3ª e última temporada de “Star Trek: Picard”. Os próximos capítulos da série vão reunir o elenco original da série clássica “Star Trek: A Nova Geração”, série que introduziu o personagem-título Jean-Luc Picard nos anos 1980. A trama promoverá o reencontro de Patrick Stewart (Picard) com Jonathan Frakes (Ryker), LeVar Burton (Geordi La Forge), Michael Dorn (Worf), Marina Sirtis (Deanna Troi) e Gates McFadden (Dr. Beverly Crusher), além de manter duas integrantes do elenco das temporadas anteriores de “Picard”, Michelle Hurd (Raffi) e Jeri Ryan (Seven of Nine). Os tripulantes da Enterprise NCC1701-D não compartilham uma missão conjunta há duas décadas, desde que a Paramount lançou o filme “Jornada nas Estrelas: Nêmesis” (2002), mas Picard encontrou Ryker e Troi – e conheceu a filha deles – na 1ª temporada da nova série, que ainda mostrou lembranças de Data. Por sinal, o ator Brent Spiner tem sido visto na série em outros papéis – como o Dr. Altan Inigo Soong, criador de Data, e seu antepassado Adam Soong. Além deles, até Wil Wheaton, que viveu Wesley Crusher nas primeiras temporadas de “A Nova Geração”, retomou brevemente seu papel no final da temporada passada. Vale observar que as baixas no elenco de Isa Briones, Evan Evagora, Santiago Cabrera e Alison Pill aconteceram de forma orgânica, após seus personagens terem destinos definidos no final da 2ª temporada. Infelizmente, a 3ª temporada será a última de “Star Trek: Picard”, com previsão de estreia em 2023. A série é exibida no Brasil pela plataforma Amazon Prime Video.
Gregory Itzin: Presidente vilão de “24 Horas” morre aos 74 anos
O ator Gregory Itzin, que marcou época na TV com o papel do presidente Charles Logan em “24 Horas”, morreu nesta sexta (8/7) aos 74 anos de idade. Jon Cassar, produtor executivo da série de ação, confirmou a notícia no Twitter, mas não informou a causa da morte. “Ele foi um dos atores mais talentosos com quem eu tive a honra de trabalhar, mas, mais do que isso, ele foi um ótimo homem. A sua família de ’24 Horas’, que nutria muito amor e respeito por ele, vai sentir sua falta. Ele fez sua marca. Descanse em paz, amigo”, escreveu. Itzin recebeu duas indicações ao Emmy, em 2006 e 2010, por interpretar Logan na produção da Fox. A princípio um vice-presidente aparentemente covarde, o personagem inspirado em Richard Nixon cresceu e se tornou o vilão da 5ª e melhor temporada de “24 Horas” e o antagonista mais formidável do agente de contraterrorismo Jack Bauer (Kiefer Sutherland). Graças a esse embate, “24 Horas” se consagrou como a Melhor Série de Drama no Emmy de 2006. Nascido em Washington, DC, em 1948, Itzin estreou nas telas aos 31 anos, como figurante da minissérie “Backstairs at the White House” (1979). Seu primeiro filme foi a comédia “Apertem os Cintos, o Piloto Sumiu” (1980), também num pequeno papel. E ele ainda voltou na continuação de 1982, mas como outro personagem sem nome. Sua carreira só começou a deslanchar quando ele optou de vez pelas séries, aparecendo em mais de uma centena de episódios, de “As Panteras” (em 1979) a “NCIS” (em 2020). Ele se tornou um dos atores recorrentes das atrações do megaprodutor Steven Bochco, aparecendo em “Chumbo Grosso” (Hill Street Blues), “LA Law”, “Murder One” e “Nova York Contra o Crime” (NYPD Blue), além de favorito dos produtores de “Star Trek”, que o escalaram em “Deep Space Nine”, “Voyager” e “Enterprise”. Ele também interpretou o pai de Mike Hannigan (Paul Rudd) em “Friends” e teve papéis recorrentes em “Covert Affairs” e “O Mentalista” (The Mentalist). Além dos trabalhos nas telas, Itzin se destacou nos palcos, recebendo uma indicação ao Tony Award em 1994 por seu papel na peça “The Kentucky Cycle”, de Robert Schenkkan e três prêmios dos Círculo dos Críticos de Los Angeles por diferentes produções – “Volta ao Lar” e “A Festa de Aniversário”, de Harold Pinter, e “Esperando Godot”, de Samuel Beckett . Itzin sofreu um ataque cardíaco no palco enquanto interpretava Falstaff de Shakespeare em 2015, mas continuou trabalhando após sua recuperação. Ele deixou o piloto de uma série (“The Pragmatist”) e um filme (“The Requiem Boogie”) inéditos.
As 10 melhores séries de maio
Ninguém consegue acompanhar todas as séries lançadas semanalmente por cada vez mais plataformas digitais. Dá para tentar assistir, no máximo, aos destaques. E mesmo assim, alguma produção importante pode passar batida entre as inúmeras novidades. Esta lista mensal serve de alerta para os interessados, reunindo as 10 melhores estreias recentes de streaming. Encabeçada pelo fenômeno “Stranger Thigs”, a mostra de maio é repleta de títulos de ficção científica. Metade da seleção pertence ao gênero, mas ainda há comédias, suspenses e um drama policial. Confira abaixo o Top 10 com detalhes e trailers de cada destaque. | STRANGER THINGS | NETFLIX Após três anos de espera e expectativa nas alturas, a série sobrenatural adolescente retornou com clima cinematográfico, deixando claro que não foram economizadas despesas na produção de sua 4ª temporada – supostamente mais cara que a temporada final de “Game of Thrones”. São mais efeitos, mais ação e mais personagens, resultando em tramas paralelas e capítulos bastante longos. Em resumo, os episódios exploram uma guerra iminente entre os jovens protagonistas da atração e as ameaças do Mundo Invertido, levando a turma das bicicletas a encarar um novo monstrão batizado com o nome de mais uma criatura de “Dungeons and Dragons”. O jogo, por sinal, se torna ainda mais importante, porque um dos novos personagens é um grande mestre dos calabouços de tabuleiro. Parte do elenco mirim ainda vai lidar com uma casa mal-assombrada relacionada a Freddy Krueger – na verdade, a residência pertence a um personagem atormentado vivido pelo astro da franquia “A Hora do Pesadelo”, Robert Englund. E ainda há as histórias de Eleven (Millie Bobby Brown), que busca recuperar seus poderes, e do xerife Hopper (Jim Harbour) preso na Rússia. Tudo isso é equilibrando com drama e humor, mas com muito mais terror que antes, resultando na temporada mais assustadora de toda a série. Lançada em duas partes, a 4ª temporada da criação dos irmãos Matt e Ross Duffer teve apenas sete de seus nove episódios disponibilizados em maio, com os dois remanescentes guardados para o dia 1º de julho. | OBI-WAN KENOBI | DISNEY+ Sequência direta da trilogia “Star Wars” dos anos 2000, a série se passa dez anos após os eventos de “Star Wars: A Vingança dos Sith” (2005) e mostra a perseguição ao personagem-título, que volta a ser interpretado por Ewan McGregor. Após desafiar o Império e fugir com os filhos de seu ex-pupilo Anakin Skywalker, Obi-Wan Kenobi se esconde no planeta Tatooine, acompanhando à distância o crescimento do jovem Luke. Mas o Império não desistiu de encontrar o velho mestre foragido, um dos poucos remanescentes do massacre da ordem Jedi, o que coloca em risco a segurança da menina Leia, sequestrada para tirar Kenobi de seu esconderijo. O elenco da produção também inclui Joel Edgerton e Bonnie Piesse, retomando seus papéis como os tios que criaram Luke Skywalker, Jimmy Smits como o Senador Organa, pai adotivo de Leia, além de Hayden Christensen, intérprete de Anakin, agora completamente transformado em Darth Vader. Escrita por Joby Harrold (“Rei Arthur: A Lenda da Espada”) e dirigida por Deborah Chow (“The Mandalorian”), a produção ainda inclui participações de Kumail Nanjiani (“Eternos”), Indira Varma (“Game of Thrones”), Rupert Friend (“Homeland”), O’Shea Jackson Jr. (“Straight Outta Compton”), Sung Kang (“Velozes e Furiosos 6”), Simone Kessell (“Terremoto: A Falha de San Andreas”), Maya Erskine (“PEN15”), o ator-cineasta Benny Safdie (“Bom Comportamento”), Moses Ingram (“O Gambito da Rainha”) formidável como vilã e a menina Vivien Lyra Blair (“Bird Box”), que rouba as cenas como a Leia mirim. Após os três primeiros capítulos, a série segue com episódios inéditos todas as quartas. STAR TREK: STRANGE NEW WORLDS | PARAMOUNT+ Nunca houve uma atração tão esperada. Foram nada menos que 58 anos para que “The Cage”, o mítico piloto rejeito de “Jornada nas Estrelas” em 1964, virasse uma série. Até recentemente um rodapé na história da franquia, o conceito original de Gene Roddenberry é a origem da nova série. Antes de criar o Capitão Kirk, Roddenberry concebeu o galante Capitão Pike no comando da nave Enterprise, acompanhado por uma imediata feminina, chamada apenas pelo codinome de Número 1. Entretanto, essa configuração foi rejeitada pelos executivos da NBC, levando o criador da série a mudar tudo. De todos os personagens, apenas um fez a transição do piloto rejeitado para a versão aprovada: o oficial alienígena Spock. Esta história seria mera curiosidade, não fosse a decisão do produtor de reciclar cenas do piloto de 1964 numa trama de duas partes da 1ª temporada de “Jornada nas Estrelas”, que revelou a tripulação perdida da Enterprise. Aquela aparição de 1966 gerou muita curiosidade, mas foi só décadas depois, em 2019, durante a 2ª temporada de “Star Trek: Discovery”, que os personagens esquecidos ganharam um novo e breve arco narrativo. Com os fãs indo a loucura, a Paramount+ percebeu que tinha atingido um nervo, e Akiva Goldsman (criador de “Titãs”), Alex Kurtzman (roteirista do reboot de “Star Trek”, de 2009) e Jenny Lumet (criadora de “Clarice”) receberam aprovação para criar uma série inteira centrada no comando do Capitão Pike. Além de Pike (interpretado por Anson Mount), Número 1 (Rebecca Romijn) e Spock (Ethan Peck), a atração foi vitaminada com outros personagens do cânone, como a jovem cadete Uhura e a enfermeira Christine Chapel, ambas da série de 1966, além do Dr. M’Benga, oficial médico que apareceu em dois episódios de “Jornada nas Estrelas”, e uma novidade curiosa: uma descendente do famoso vilão Khan como uma das três criações inéditas da produção. O detalhe é que a nostalgia não se restringe aos personagens. Ao contrário das narrativas serializadas das novas séries trekkers, o programa tem episódios contidos, uma história completa por semana, como a velha série original. Também é mais leve, divertida e com aventuras que remetem ao espírito dos capítulos dos anos 1960, inclusive se conectando a algumas tramas clássicas, como o noivado de Spock. Como resultado, a série da velha geração, a “Star Trek” antes do Capitão Kirk, consegue ser a melhor “Star Trek” desde “A Nova Geração” do Capitão Picard nos anos 1990. E também a mais “Star Trek” de todas as produções da franquia desde o voo inaugural da Enterprise. TEERÃ | APPLE TV+ Produzida por um dos mentores da premiada “Fauda” e criada pela equipe de “Magpie”, a série de espionagem israelense traz Niv Sultan (“The Stylist”) como uma hacker nascida em Teerã, que se tornou agente do Mossad e volta ilegalmente ao Irã para uma missão secreta: destruir uma usina nuclear. O plano dá errado e na 2ª temporada, enquanto tenta passar despercebida, ela é contatada por uma nova personagem vivida por Glenn Close (“A Esposa”), que lhe transmite uma nova missão perigosa. Só que a chefe pode estar escondendo algo, que inevitavelmente colocará a vida da espiã em risco. Repleto de ação, perseguições e tiroteios, o thriller recebeu críticas muito positivas, atingindo 94% de aprovação no Rotten Tomatoes em sua 1ª temporada, além de ter vencido o Emmy Internacional como Melhor Série de Drama. O elenco também destaca Shaun Toub (de “Homeland”), Navid Negahban (“Aladdin”), Shervin Alenabi (“Gangs of London”) e Liraz Charhi (“Jogo de Poder”). THE WILDS | AMAZON PRIME VIDEO As reviravoltas explodem em tensão na 2ª temporada. Originalmente apresentada como uma variação de “Lost”, a série começou com um grupo de garotas adolescentes numa ilha deserta, após sobreviverem a um acidente de avião. Só que, na verdade, nunca houve acidente. Elas foram colocadas na ilha de forma proposital. E após passarem por desafios físicos e mentais, descobrem que não foram as únicas a participar da experiência ilegal de cientistas sem ética. Um conjunto de rapazes também está em outra ilha. Mas os responsáveis pela experiência jamais imaginaram que os dois grupos pudessem se encontrar. A trama de sobrevivência física e desafio psicológico foi criada pela roteirista-produtora Sarah Streicher (“Demolidor”) e destaca em seu elenco as jovens Sophia Ali (“Grey’s Anatomy”), Jenna Clause (“Cold Brook”), Reign Edwards (“Snowfall”), Shannon Berry (“Hunters”), Helena Howard (“Don’t Look Deeper”), Erana James (“Golden Boy”), Sarah Pidgeon (“Gotham”) e a estreante Mia Healey, além dos adultos Rachel Griffiths (“Brothers & Sisters”), David Sullivan (“Objetos Cortantes”) e Troy Winbush (“Os Goldbergs”). | HACKS | HBO MAX Rara série com 100% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes, “Hacks” venceu três prêmios Emmy em sua temporada inaugural – Melhor Roteiro, Direção e Atriz. Criação de Paul W. Downs, Lucia Aniello e Jen Statsky, todos roteiristas de “Broad City”, a atração traz Jean Smart (“Watchmen”) como uma lendária comediante de Las Vegas. Enfrentando a decadência e a falta de humor, ela se vê compelida a contratar uma jovem estrela da internet para lhe escrever novas piadas, mas as duas se odeiam à primeira vista, até perceberem que o desprezo de uma pela outra é o ingrediente ideal para uma boa parceria. A “estagiária” do humor é interpretada pela novata Hannah Einbinder. Além de co-escrever e co-produzir a série, Aniello também dirige e Downs integra o elenco da atração – que ainda inclui Carl Clemons-Hopkins (“Chicago Med”), Kaitlin Olson (“It’s Always Sunny in Philadelphia”), Christopher McDonald (“Professor Iglesias”), Mark Indelicato (“Ugly Betty”), Poppy Liu (“Sunnyside”), Johnny Sibilly (“Pose”), Meg Stalter (“The Megan Stalter Show”) e Rose Abdoo (“Duas Tias Loucas de Férias”). | MADE FOR LOVE | HBO MAX Baseada no romance homônimo da criadora Alissa Nutting (“False Positive”), a comédia sci-fi com 94% de aprovação no Rotten Tomatoes gira em torno de um casal, Byron e Hazel, que inaugura uma tecnologia capaz de compartilhar pensamentos e manifestá-los com imagens realistas. Tudo parece ir bem, até que Hazel resolve pedir o divórcio. E isso cria um problema crucial: o que fazer com o chip caríssimo e invasivo implantado em seu cérebro? Após escapar do controle do marido megalômano, a 2ª temporada acompanha Hazel provisoriamente de volta ao “lar”, para que Byron use sua tecnologia revolucionária no pai dela, que sofre com câncer terminal. Os personagens são vividos por Cristin Milioti (“Black Mirror”) e Billy Magnussen (“A Noite do Jogo”), além de Ray Romano (“O Irlandês”) como o pai viúvo de Hazel, que mora com uma “garota sintética”. A CIDADE É NOSSA | HBO MAX Criada pela dupla George Pelecanos e David Simon, da cultuada série “A Escuta” (The Wire), e dirigida por Reinaldo Marcus Green, o cineasta de “King Richard: Criando Campeãs”, a minissérie criminal acompanha uma força tarefa do Departamento de Polícia de Baltimore, que utiliza a guerra contra as drogas como fachada para roubar dinheiro do tráfico. A história é real e baseada no livro homônimo escrito por Justin Fenton, repórter do jornal Baltimore Sun. E seu elenco destaca Jon Bernthal (“O Justiceiro”), Wunmi Mosaku (“Loki”), Jamie Hector (“Bosch”), Don Harvey (“The Deuce”), McKinley Belcher III (“The Passage”), Jermaine Crawford (“A Escuta”) e Treat Williams (“Everwood”), entre outros. THE MAN WHO FELL TO EARTH | PARAMOUNT+ Outra sci-fi criada por Alex Kurtzman e Jenny Lumet (“Star Trek: Strange New Worlds”) também é destaque na Paramount+. Trata-se de uma continuação do filme “O Homem que Caiu na Terra” (1976), que traz Chiwetel Ejiofor (“12 Anos de Escravidão”) como um alienígena em busca de salvação para seu mundo. Sua chegada é uma resposta ao sinal enviado há mais de 40 anos pelo extraterrestre original – interpretado por David Bowie em 1976 e por Bill Nighy (“Simplesmente Amor”) como sua versão mais velha – , que abandonou sua missão e vive recluso desde a descoberta de sua identidade. A atração apresenta o protagonista em dois tempos, em flashforward como um inventor-empresário visionário e durante sua chegada à Terra, quando era ingênuo, sem filtro e sempre se metia em confusões – inclusive com a polícia – , tentando aprender o idioma local e habilidades sociais para passar despercebido. Suas aparições iniciais rendem cenas engraçadas, mas também dramáticas, pois seu destino se mostra ligado ao de uma mãe solteira endividada (Naomie Harris, de “007 – Sem Tempo Para Morrer”), que trabalha...
As 10 melhores séries para acompanhar nesta semana
Fãs de sci-fi e fantasia são os maiores privilegiados pela programação de streaming desta semana, graças ao lançamento de séries bastante esperadas do gênero. Mas a lista de estreias também inclui títulos de ação, espionagem, crimes reais e comédia. A lista abaixo reúne as 10 melhores novidades para começar a acompanhar ou, em alguns casos, maratonar no fim de semana. Confira as dicas e seus trailers para encontrar sua nova série favorita. STAR TREK: STRANGE NEW WORLDS | PARAMOUNT+ Nunca houve uma atração tão esperada. Foram nada menos que 58 anos para que “The Cage”, o mítico piloto rejeito de “Jornada nas Estrelas” em 1964, virasse uma série. Até recentemente um rodapé na história da franquia, o conceito original de Gene Roddenberry é a origem da nova série. Antes de criar o Capitão Kirk, Roddenberry concebeu o galante Capitão Pike no comando da nave Enterprise, acompanhado por uma imediata feminina, chamada apenas pelo codinome de Número 1. Entretanto, essa configuração foi rejeitada pelos executivos da NBC, levando o criador da série mudar tudo. De todos os personagens, apenas um fez a transição do piloto rejeitado para a versão aprovada: o oficial alienígena Spock. Esta história seria mera curiosidade, não fosse a decisão do produtor de reciclar cenas do piloto de 1964 numa trama de duas partes da 1ª temporada de “Jornada nas Estrelas”, que revelou a tripulação perdida da Enterprise. Aquela aparição de 1966 gerou muita curiosidade, mas foi só décadas depois, em 2019, durante a 2ª temporada de “Star Trek: Discovery”, que os personagens esquecidos ganharam um novo e breve arco narrativo. Com os fãs indo a loucura, a Paramount+ percebeu que tinha atingido um nervo, e Akiva Goldsman (criador de “Titãs”), Alex Kurtzman (roteirista do reboot de “Star Trek”, de 2009) e Jenny Lumet (criadora de “Clarice”) receberam aprovação para criar uma série inteira centrada no comando do Capitão Pike. Além de Pike (interpretado por Anson Mount), Número 1 (Rebecca Romijn) e Spock (Ethan Peck), a atração foi vitaminada com outros personagens do cânone, como a jovem cadete Uhura e a enfermeira Christine Chapel, ambas da série de 1966, além do Dr. M’Benga, oficial médico que apareceu em dois episódios de “Jornada nas Estrelas”, e uma novidade curiosa: uma descendente do famoso vilão Khan como uma das três criações inéditos da produção. O detalhe é que a nostalgia não se restringe aos personagens. Ao contrário das narrativas serializadas das novas séries trekkers, a atração exibe episódios contidos, uma história completa por semana, como a velha série original. Também é mais leve, divertida e com aventuras que remetem ao espírito dos capítulos dos anos 1960, inclusive se conectando a algumas tramas clássicas, como o noivado de Spock. Como resultado, a série da velha geração, a “Star Trek” antes do Capitão Kirk, consegue ser a melhor “Star Trek” desde “A Nova Geração” do Capitão Picard nos anos 1990. E também a mais “Star Trek” de todas as produções da franquia desde o voo inaugural da Enterprise. THE MAN WHO FELL TO EARTH | PARAMOUNT+ Outra sci-fi criada por Alex Kurtzman e Jenny Lumet também é destaque na Paramount+. Trata-se de uma continuação do filme “O Homem que Caiu na Terra” (1976), que traz Chiwetel Ejiofor (“12 Anos de Escravidão”) como um alienígena em busca de salvação para seu mundo. Sua chegada é uma resposta ao sinal enviado há mais de 40 anos pelo extraterrestre original – interpretado por David Bowie em 1976 e por Bill Nighy (“Simplesmente Amor”) como sua versão mais velha – , que abandonou sua missão e vive recluso desde a descoberta de sua identidade. A atração apresenta o protagonista em dois tempos, em flashforward como um inventor-empresário visionário e em flashback durante sua chegada à Terra, quando era ingênuo, sem filtro e sempre se metia em confusões – inclusive com a polícia – , tentando aprender o idioma local e habilidades sociais para passar despercebido. Suas aparições iniciais rendem cenas engraçadas, mas também dramáticas, pois seu destino se mostra ligado ao de uma mãe solteira endividada (Naomie Harris, de “007 – Sem Tempo Para Morrer”), que trabalha em lixões de material tóxico, mas que no passado foi uma cientista prestes a realizar uma descoberta vital para o objetivo do alienígena. Com capítulos dirigidos pelo próprio Kurtzman, a atração tem visual cinematográfico e ainda inclui em seu elenco Jimmi Simpson (“Westworld”), Kate Mulgrew (“Star Trek: Voyager”), Sonya Cassidy (“The Last Kingdom”) e Clarke Peters (“Destacamento Blood”). THE WILDS | AMAZON PRIME VIDEO As reviravoltas continuam na 2ª temporada. Originalmente apresentada como uma variação de “Lost”, a série começou com um grupo de garotas adolescentes numa ilha deserta, após sobreviverem a um acidente de avião. Só que, na verdade, nunca houve acidente. Elas foram colocadas na ilha de forma proposital. E após passarem por desafios físicos e mentais, descobrem que não foram as únicas a participar da experiência ilegal de cientistas sem ética. Um conjunto de rapazes também está na mesma ilha. Mas os responsáveis pela experiência jamais imaginaram que os dois grupos pudessem se encontrar. A trama de sobrevivência física e desafio psicológico foi criada pela roteirista-produtora Sarah Streicher (“Demolidor”) e destaca em seu elenco as jovens Sophia Ali (“Grey’s Anatomy”), Jenna Clause (“Cold Brook”), Reign Edwards (“Snowfall”), Shannon Berry (“Hunters”), Helena Howard (“Don’t Look Deeper”), Erana James (“Golden Boy”), Sarah Pidgeon (“Gotham”) e a estreante Mia Healey, além dos adultos Rachel Griffiths (“Brothers & Sisters”), David Sullivan (“Objetos Cortantes”) e Troy Winbush (“Os Goldbergs”). A DESCOBERTA DAS BRUXAS | GLOBOPLAY A série sobrenatural estrelada por Teresa Palmer (“Quando as Luzes se Apagam”) e Matthew Goode (“Aliados”) chega à sua 3ª e última temporada com a adaptação de “O Livro da Vida”, volume final da “Trilogia das Almas” (“All Souls” no original), de Deborah Harkness. Batizada com o nome do primeiro livro da trilogia, “A Descoberta das Bruxas” foi a maior audiência do canal britânico Sky em seu lançamento em 2018. Considerada uma mistura de “Crepúsculo” com “Harry Potter”, a trama gira em torno de Diana Bishop, uma jovem professora da Universidade de Oxford que é descendente das bruxas de Salem. Quando desvenda acidentalmente um manuscrito encantado, ela é obrigada a abraçar a magia em seu sangue e descobre um mundo secreto, com direito a um romance proibido com um vampiro encantador chamado Matthew Clairmont, de 1,5 mil anos de idade. Assim como nos livros de Stephenie Meyer, o romance entre os dois desperta a ira dos que governam a aliança do mundo sobrenatural. Até que, no capítulo final, os protagonistas se tornam mais poderosos e determinados a enfrentar os que atacam seu casamento, a união proibida entre uma bruxa e um vampiro, liderando uma revolução contra os clãs que tentam impedir o nascimento de seu filho. A adaptação é uma produção da Bad Wolf, mesma produtora responsável por “His Dark Materials” na HBO, e conquistou por dois anos consecutivos o prêmio de Melhor Fotografia de Série Dramática da Sociedade Britânica dos Cinematógrafos (o sindicato dos diretores de fotografia do Reino Unido). A ESCADA | HBO MAX A minissérie é baseada na história real que originou a atual febre de documentários de “true crime”: o caso de Michael Peterson, um romancista policial acusado de matar sua esposa Kathleen, encontrada morta ao pé de uma escada em sua casa. Transformada numa batalha judicial de 16 anos, a morte dilacerou a família de Peterson e acabou entronizada na cultura pop pela produção francesa “Morte na Escadaria”, uma das primeiras séries documentais sobre crimes verdadeiros a estourar na TV, em 2004. Com três episódios novos acrescentados à produção, o crime voltou a ser discutido ao chegar na Netflix em 2018. E o sucesso dessas versão é apontado como ponto de partida para o interesse mundial pelo gênero “true crime”. A adaptação é assinada pelo cineasta Antonio Campos (“O Diabo de Cada Dia”), filho do jornalista brasileiro Lucas Mendes (“Manhattan Connection”), e reúne um fabuloso casting internacional, encabeçado pelo astro britânico Colin Firth (“Kingsman – Serviço Secreto”) como Michael Peterson e a australiana Toni Collette (“Hereditário”) como sua esposa morta. O elenco grandioso inclui ainda a diva do cinema francês Juliette Binoche (“Acima das Nuvens”), a inglesa Sophie Turner (“Game of Thrones”), Rosemarie DeWitt (“Pequenos Incêndios por Toda a Parte”), Parker Posey (“Perdidos no Espaço”), Michael Stuhlbarg (“Dopesick”), Dane DeHaan (“Valerian e a Cidade dos Mil Planetas”), Odessa Young (“The Stand”), Patrick Schwarzenegger (“Sol da Meia-Noite”) e Olivia DeJonge (“The Society”). Ao longo dos episódios, a atração questiona se Michael Peterson realmente matou a esposa e porquê, mas se prova muito mais do que um mistério, conduzindo a trama para apontar os caprichos do sistema de justiça criminal e o narcisismo de homens abusivos. TEERÃ | APPLE TV+ Produzida por um dos mentores da premiada “Fauda” e criada pela equipe de “Magpie”, a série de espionagem israelense traz Niv Sultan (“The Stylist”) como uma hacker nascida em Teerã, que se tornou agente do Mossad e volta ilegalmente ao Irã para uma missão secreta: destruir uma usina nuclear. O plano dá errado e na 2ª temporada, enquanto tenta passar despercebida, ela é contatada por uma nova personagem, vivida por Glenn Close (“A Esposa”), que lhe transmite uma nova missão perigosa. Só que a chefe pode estar escondendo algo, que inevitavelmente colocará a vida da espiã em risco. Repleto de ação, perseguições e tiroteios, o thriller recebeu críticas muito positivas, atingindo 94% de aprovação no Rotten Tomatoes em sua 1ª temporada, além de ter vencido o Emmy Internacional como Melhor Série de Drama. O elenco também destaca Shaun Toub (de “Homeland”), Navid Negahban (“Aladdin”), Shervin Alenabi (“Gangs of London”) e Liraz Charhi (“Jogo de Poder”). CLARK | NETFLIX O “Clark” do título é Clark Olofsson, um gângster sueco que que se tornou famoso nos anos 1970 por conquistar a boa vontade de suas vítimas com seu charme e boa aparência. Ele é ninguém menos que o bandido que deu origem ao termo “síndrome de Estocolmo”, adotado pela psiquiatria. Para quem não conhece, a “síndrome de Estocolmo” define uma condição de simpatia de vítimas de abuso por aqueles que lhes causam mal. O termo é geralmente utilizado para explicar porque alguns reféns se tornam amigos e até passam a defender os criminosos que os submetem à violência. O estado mental é resultado de um bloqueio e estratégia de sobrevivência. Na trama, Bill Skarsgård (o palhaço Pennywise de “It: A Coisa”) vive o personagem-título, que acaba cercado pela polícia num assalto a banco de 1973 com um parceiro igualmente simpático. Rendendo-se após fazer várias pessoas de reféns, os dois surpreendem a polícia ao conquistar a amizade de todas as suas vítimas. Os reféns não só se recusam a testemunhar contra os ladrões como ainda levantam fundos para ajudá-los em suas defesas. A história é real, mas, de forma diferente das atrações de “true crime”, a produção adota tom cômico para contá-la, resultando numa série bastante estilizada. Surreal, na verdade, graças aos detalhes da inacreditável vida levada pelo criminoso. O diferencial é a abordagem do diretor e roteirista Jonas Åkerlund, o cineasta responsável por “Lords of Caos”, cinebiografia da banda de death metal Mayhem, e que também tem vários clipes musicais famosos no currículo – de Madonna a Lady Gaga. IOSI, O ESPIÃO ARREPENDIDO | AMAZON PRIME VIDEO Criada pelo cineasta Daniel Burman (“O Décimo Homem”), a série argentina é um thriller tenso de espionagem passado na comunidade judaica do país. A trama traz Gustavo Bassani (“Separadas”) como um agente infiltrado, que se passa por judeu para coletar informações de um suposto complô para criar um estado judaico na Patagônia. Mas conforme a missão se torna mais absurda, ele passa a suspeitar que seu trabalho de inteligência possa ter relação com atentados terroristas violentos contra judeus na Argentina. Arrependido por seu envolvimento, o protagonista se vê mudando de lado e inicia uma corrida contra o tempo para obter justiça antes que ele e sua família sejam mortos. A...
“Star Trek: Picard” vai reunir “A Nova Geração” na 3ª temporada
A 3ª temporada de “Star Trek: Picard” vai reunir o elenco original da série clássica “Star Trek: A Nova Geração”, série que introduziu o personagem-título Jean-Luc Picard nos anos 1980. Os próximos capítulos da série, atualmente em produção, voltarão a juntar Patrick Stewart (Picard) com Jonathan Frakes (Ryker), LeVar Burton (Geordi La Forge), Brent Spiner (Data), Michael Dorn (Worf), Marina Sirtis (Deanna Troi) e Gates McFadden (Dr. Beverly Crusher). Os tripulantes da Enterprise não compartilham uma missão conjunta há duas décadas, desde que a Paramount lançou o filme “Jornada nas Estrelas: Nêmesis” (2002), mas Picard encontrou Ryker e Troi – e conheceu a filha deles – na 1ª temporada da nova série, que ainda mostrou lembranças de Data. Por sinal, o ator Brent Spiner em sido visto na série em outros papéis – como o Dr. Altan Inigo Soong, criador de Data, e seu antepassado Adam Soong. A Paramount+ liberou um teaser da produção, com direito à trilha da série clássica, para confirmar o reencontro. Veja abaixo. Infelizmente, a 3ª temporada será a última de “Star Trek: Picard”, com previsão de estreia em 2023. A série é exibida no Brasil pela plataforma Amazon Prime Video. Incoming transmission from #StarTrekPicard season 3! ✨ https://t.co/c1Yma43NE3 pic.twitter.com/0onT2GdOW6 — Star Trek (@StarTrek) April 5, 2022











