Ministro da Cultura do Reino Unido saúda talentos britânicos do Oscar 2021
O Ministro da Cultura do Reino Unido, Oliver Dowden, saudou os talentos britânicos premiados no Oscar 2021 em dois posts em seu Twitter oficial. “Sir Anthony Hopkins e Daniel Kaluuya – dois atores britânicos fenomenais, que deixaram o Reino Unido orgulhoso. Muitos parabéns por suas vitórias e obrigado por compartilharem seus extraordinários talentos com o mundo”, ele escreveu na primeira postagem, exaltando as vitórias de Hopkins, Melhor Ator por “Meu Pai”, e Kaluuya, Melhor Ator Coadjuvante por “Judas e o Messias Negro”. Dowden ainda elogiou Emerald Fennell por seu prêmio de Melhor Roteiro Original por “Bela Vingança”. “Também é fantástico ver o brilhante talento britânico por trás das câmeras sendo reconhecido no Oscar”, ele acrescentou. “Parabéns a Emerald Fennell pela vitória de Melhor Roteiro Original – uma jovem promissora, de fato”, completou, referindo-se ao título original do longa em inglês, “Promising Yount Woman” (mulher jovem promissora). Sir Anthony Hopkins, Daniel Kaluuya – two phenomenal British actors who have done the UK proud today. Huge congratulations on your #Oscars wins and thank you for sharing your extraordinary talents with the world. — Oliver Dowden (@OliverDowden) April 26, 2021 It’s fantastic to see the brilliant British talent behind the camera being recognised at the #Oscars too. Congratulations to @EmeraldFennell on her Best Original Screenplay win – a promising young woman indeed. https://t.co/s3JHx6mUTG — Oliver Dowden (@OliverDowden) April 26, 2021
Presidente da Coreia do Sul homenageia vitória de Youn Yuh-jung no Oscar 2021
A vitória da veterana estrela sul-coreana Youn Yuh-jung foi festejada como feito histórico em seu país natal. Ela virou foco de atenção da mídia nacional e recebeu congratulações até do presidente da república, Moon Jae-in. “Acima de tudo, é um grande consolo para as pessoas que estão cansadas da covi-19”, escreveu o presidente da Coreia do Sul num comunicado postado em sua conta oficial do Twitter. Ele ainda disse que a vitória escreveu um novo capítulo na história do cinema sul-coreano. Depois que “Parasita” se tornou a primeira produção do país a vencer o Oscar de Melhor Filme, Melhor Diretor e Melhor Filme Internacional, a conquista de Youn Yuh-jung como Melhor Atriz Coadjuvante por “Minari” foi considerada um reconhecimento contínuo de Hollywood à qualidade dos talentos da indústria cinematográfica local. Moon também escreveu que a história de “Minari”, sobre uma família de imigrantes coreanos nos EUA, demonstrou que “estamos todos intimamente conectados, mesmo se moramos em lugares diferentes”. O governo sul-coreano apoia fortemente a indústria de cinema nacional por meio de incentivo público, cotas e patrocínios de festivais – quase tudo que também existia no Brasil antes do governo Bolsonaro. 배우 윤여정 님의아카데미 여우조연상 수상을국민과 함께 축하합니다. pic.twitter.com/IkqWIL0SRj — 문재인 (@moonriver365) April 26, 2021
Dinamarca celebra suas vitórias no Oscar 2021
Ao contrário da China, que censurou a conquista de Chloé Zhao no Oscar 2021, a Dinamarca celebrou as conquistas de seus cidadãos no Oscar 2021 com elogios em sua conta oficial no Twitter. Posts exaltando as conquistas do Oscar de Melhor Filme Internacional e Melhor Edição celebraram o feito. “Isto é imenso para um país pequeno como a Dinamarca”, assinalou a publicação. Foi a quarta vez que o país venceu a categoria internacional, desta vez com “Druk – Mais uma Rodada”, de Thomas Vinterberg, e a primeira conquista de um editor dinamarquês no Oscar, atingida por Mikkel E. G. Nielsen por seu trabalho em “O Som do Silêncio”. Em seu discurso de agradecimento, Nielsen fez questão de destacar o investimento do governo dinamarquês no ensino público de cinema no país. “Sou da Dinamarca e gostaria de cumprimentá-la porque o governo é extremamente ousado em financiar a Escola Nacional de Cinema da Dinamarca”, disse ele. “Isso é incrível e é isto [o Oscar] que você ganha [com o investimento], então continue fazendo isso.” Fundada em 1966, a Escola Nacional de Cinema da Dinamarca (Den Danske Filmskole) é uma instituição independente subordinada ao Ministério da Cultura da Dinamarca, que ensina direção de ficção, direção de documentário, cinematografia (direção de fotografia), roteiro, edição, direção de som, animação e produção de filmes.O projeto final dos alunos é um filme produzido a nível profissional e apresentado ao público na TV nacional. Graças ao apoio de seu governo, a “pequena” Dinamarca já recebeu 39 indicações e venceu 19 estatuetas do Oscar ao longo dos anos. Also big congrats to Mikkel E. G. Nielsen for winning an Oscar for Best Film Editing for "Sound of Metal'. It is the first time ever that a Dane wins in this category 🥳🎞️ pic.twitter.com/OiE5Day23L — Denmark.dk (@denmarkdotdk) April 26, 2021
Anthony Hopkins agradece Oscar que “não esperava” e homenageia Chadwick Boseman
Assim que acordou na manhã desta segunda (26/4), o ator britânico Anthony Hopkins publicou no Instagram seu primeiro agradecimento pela vitória no Oscar 2021. Ele estava dormindo quando seu nome foi anunciado como Melhor Ator do ano. O favorito ao prêmio era Chadwick Boseman pelo último papel de sua carreira, em “A Voz Suprema do Blues”. Hopkins reconheceu isso ao homenagear o colega em seu discurso, gravado em vídeo de sua casa na região rural do País de Gales. Ele repetiu duas vezes que não esperava ganhar aos 83 anos de idade. A vitória por seu desempenho em “Meu Pai”, do francês Florian Zeller, transformou Hopkins no ator mais velho a vencer o Oscar. “Bom dia. Aqui estou eu, na minha terra natal. Aos 83 anos, não esperava vencer este prêmio, realmente. Estou muito grato à Academia: obrigado. Quero homenagear Chadwick Boseman, que foi tirado de nós muito cedo. Novamente, muito obrigado a todos. Não esperava por isso, e me sinto privilegiado e honrado”, disse Anthony. Veja o vídeo original abaixo. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Anthony Hopkins (@anthonyhopkins)
Anthony Hopkins estava dormindo quando venceu o Oscar 2021
Aparentemente, nem o próprio Anthony Hopkins acreditava em sua vitória no Oscar 2021. O agente do ator revelou que ele estava dormindo quando seu Oscar foi anunciado na premiação. Ele venceu o favorito Chadwick Boseman, que disputava o troféu de Melhor Ator pelo último papel de sua carreira, em “A Voz Suprema do Blues”. A diferença de fuso horário e a idade de Hopkins, que conquistou o Oscar por “Meu Pai”, explicam a reação do ator. Eram 4 horas da manhã no Reino Unido quando o ator de 83 anos foi acordado por seu empresário com a notícia. “Tony estava no País de Gales, onde cresceu, e estava dormindo às 4 da manhã quando eu o acordei para lhe contar a notícia”, disse o agente do ator, Jeremy Barber, em declaração para a imprensa. Barber garantiu que o astro veterano ficou contente com a vitória. “Ele estava tão feliz e tão grato”, afirmou. “Depois de um ano em quarentena e vacinado com duas doses (contra a covid-19), ele finalmente conseguiu retornar ao País de Gales e, aos 83 anos, foi um grande alívio após um ano tão difícil”, explicou Barber. “Mas ele amou o papel em ‘Meu Pai’ – é a atuação da qual ele mais se orgulha – e ser o ator vivo mais velho a vencer na categoria significa muito para ele”, destacou o agente, lembrando do recorde de idade batido pelo ator. A conquista foi o segundo Oscar da carreira de Hopkins, que já tinha um Oscar por “O Silêncio dos Inocentes” (1991). Na disputa de domingo (25/4), ele superou, além de Boseman, os atores Riz Ahmed (“O Som do Silêncio”), Gary Oldman (“Mank”) e Steven Yeun (“Minari”). “Meu Pai”, do diretor e roteirista francês Florian Zeller, também recebeu o prêmio de Melhor Roteiro Adaptado.
Veja as fotos oficiais do pós-Oscar da Academia de Hollywood
A pandemia criou um pós-Oscar diferente em 2021, com a troca das aglomerações festivas por eventos virtuais como o organizado por Elton John e, no caso da Vanity Fair e da Academia, a troca completa das festas por uma sessão distanciada de fotos. Conhecida por organizar o pós-Oscar mais badalado de Hollywood, a revista Vanity Fair investiu em criar um estúdio temporário, em parceria com a Academia, onde os astros do Oscar registraram suas poses vencedoras e vestidos de gala logo após descerem do palco na estação de trem Union Station, em Los Angeles. Os cliques foram feitos pelo fotógrafo Quil Lemmons e disponibilizados simultaneamente no Instagram da Academia e da Vanity Fair. A página da rede social da revista também publicou vídeos do making of da produção, que podem ser vistos abaixo. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Vanity Fair (@vanityfair) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Vanity Fair (@vanityfair)
Saiba porque Frances McDormand uivou ao receber o Oscar
Um dos momentos mais inusitados da cerimônia de premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA, realizado no domingo (26/6) em Los Angeles, aconteceu quando Frances McDormand literalmente uivou no palco. A atriz terminou o discurso de agradecimento pelo Oscar de Melhor Filme, conquistado por “Nomadland”, que ela co-produziu, dizendo que o prêmio era “dedicado aos lobos” e imitando um lobo. Foi inesperado, mas tinha um significado. O gesto foi uma homenagem a Michael Wolf Snyder, que foi o responsável pela captação e mixagem de som de “Nomadland”. Ele se suicidou aos 35 anos, no mês passado, e sua foto apareceu durante o segmento In Memoriam do evento. Em inglês, o sobrenome do técnico, Wolf, significa “lobo”. Frances McDormand também venceu o Oscar de Melhor Atriz e a diretora do filme, Chloé Zhao, tornou-se a segunda mulher a conquistar o Oscar de Melhor Direção – 11 anos após a vitória pioneira de Kathryn Bigelow por “Guerra ao Terror”.
Com recorde de prêmios, Oscar 2021 reconhece qualidade dos filmes de streaming
O streaming foi o principal vencedor do Oscar 2021. Graças à pandemia, a distribuição digital consolidou-se como forma utilizada por um número recorde de filmes premiados. Líder do mercado, a Netflix também liderou as plataformas no Oscar, conquistando sete troféus por cinco filmes na noite de domingo (26/4) – e vencendo a categoria de Melhor Documentário pelo segundo ano consecutivo. A Amazon Prime Video ganhou outros dois prêmios por “O Som do Silêncio. Com títulos originalmente feitos para o cinema, a Disney+ e a HBO Max atingiram o mesmo número com “Soul” e “Judas e o Messias Negro”, embora o segundo longa também tenha sido disponibilizado simultaneamente nas salas de exibição. Além disso, a Hulu também distribuiu o vencedor do Oscar “Nomadland” nos EUA, em paralelo ao circuito cinematográfico. Seja qual for a conta – se apenas os 7 da Netflix ou os 16 prêmios totais – , a quantidade de troféus conquistados por filmes distribuídos em streaming eclipsa o recorde anterior de quatro vitórias estabelecidas pela Netflix nas cerimônias realizadas em 2017 e 2019. Em um ano atípico, a Academia permitiu que mais filmes exibidos em streaming disputassem o Oscar, sem ter pelo menos a contrapartida de uma semana de exibição nas salas de cinema. E até agora os organizadores da premiação não indicaram se esse processo excepcional será interrompido ou mantido no próximo ano, podendo virar uma norma regular daqui para frente. Independente de ser ou não exceção, a premiação inevitavelmente reconheceu a qualidade dos lançamentos digitais, dificultando que argumentos contrários à sua incorporação no Oscar possam prosperar no futuro.
Nomadland vence o Oscar 2021. Confira todos os premiados
Voltando aos eventos presenciais com público reduzido na noite de domingo (25/4), a cerimônia do Oscar 2021 mudou seu palco habitual, evocando um salão de festas na estação de trem Union Station, em Los Angeles. O clima mais intimista permitiu maiores improvisos e naturalidade. Em compensação, a distribuição dos convidados em mesas lembrou o Globo de Ouro, e o ambiente descontraído resultou em agradecimentos mais longos que o habitual. A sucessão de falas só foi aliviada brevemente quando Glenn Close resolveu dançar um rap clássico, criando um momento antológico. Além de discursiva, a cerimônia também buscou confirmar expectativas e premiar os filmes que todos esperavam. Mas não deu o prêmio mais cantado, de Chadwick Boseman como Melhor Ator por “A Voz Suprema do Blues”. Anthony Hopkins ficou com o troféu por “Meu Pai”. O que não pode ser considerado injusto, mas causou desconforto desnecessário graças a uma mudança estratégica na ordem da apresentação dos troféus. A entrega por último do Oscar de Melhor Ator sugeria um encerramento diferenciado, concebido como forma de homenagear Boseman. Entretanto, faltou combinar com os eleitores. Foi um grande anticlímax. Dormindo na hora da premiação, que não teve discursos, Hopkins fez história. Aos 83 anos, tornou-se o ator mais velho premiado pela Academia. Vitórias como a da chinesa Chloé Zhao, segunda mulher a receber o troféu de Melhor Direção – por “Nomadland” e 11 anos após o feito de Kathryn Bigelow com “Guerra ao Terror” – e de Yuh-jung Youn, primeira sul-coreana a vencer um Oscar de interpretação, como Melhor Atriz Coadjuvante por “Minari”, além do Oscar para as primeiras mulheres negras (Mia Neal e Jamika Wilson) na categoria de Maquiagem e Cabelo pelo filme “A Voz Suprema do Blues”, também se destacaram numa cerimônia que avançou a agenda progressista de inclusão em Hollywood. Ao todo, 17 troféus foram conquistados por mulheres, um recorde na Academia, superando os 15 de 2019, até então a maior quantidade de vitórias femininas. Graças ao terceiro Oscar da carreira de Frances McDormand, “Nomadland” também se tornou o filme mais premiado da noite, com três troféus. Um deles, o prêmio principal: Melhor Filme do ano – culminando uma trajetória vencedora que começou em setembro do ano passado com o Leão de Ouro no Festival de Veneza. Em geral, porém, os prêmios foram bem divididos, numa pulverização que não permitiu que nenhuma produção abrisse grande vantagem sobre as demais. Confira abaixo a lista completa dos vencedores do Oscar 2021. Melhor Filme “Nomadland” Melhor Direção Chloé Zhao, por “Nomadland” Melhor Ator Anthony Hopkins, por “Meu Pai” Melhor Atriz Frances McDormand, por “Nomadland” Melhor Ator Coadjuvante Daniel Kaluuya, por “Judas e o Messias Negro” Melhor Atriz Coadjuvante Yuh-jung Youn, por “Minari” Melhor Roteiro Original Emerald Fennell, por “Bela Vingança” Melhor Roteiro Adaptado Christopher Hampton & Florian Zeller, por “Meu Pai” Melhor Fotografia Erik Messerschmidt, por “Mank” Melhor Figurino Ann Roth, por “A Voz Suprema do Blues” Melhor Trilha Sonora Jon Batiste, Trent Reznor & Atticus Ross, por “Soul” Melhor Canção Original “Fight for You” – H.E.R. (“Judas e o Messias Negro”) Melhor Design de Produção Donald Graham Burt e Jan Pascale, por “Mank” Melhor Edição Mikkel E.G. Nielsen, por “O Som do Silêncio” Melhores Efeitos Visuais Andrew Jackson, David Lee, Andrew Lockley e Scott Fisher, por “Tenet” Melhor Cabelo & Maquiagem Sergio Lopez-Rivera, Mia Neal, Jamika Wilson, por “A Voz Suprema do Blues” Melhor Som Nicolas Becker, Jaime Baksht, Michelle Couttolenc, Carlos Cortés e Phillip Bladh, por “O Som do Silêncio” Melhor Documentário “Professor Polvo” Melhor Filme Internacional “Druk – Mais uma Rodada” (Dinamarca) Melhor Animação “Soul” Melhor Curta-metragem “Dois Estranhos” Melhor Curta-metragem de Animação “Se Algo Acontecer… Te Amo” Melhor Documentário em Curta-metragem “Colette”
Maria Beltrão completa 15 anos como apresentadora do Oscar na Globo
A jornalista Maria Beltrão vai completar neste domingo (25/4) 15 anos como apresentadora da premiação do Oscar na rede Globo. Ao lado do comentarista Artur Xexéo e da atriz Dira Paes, Beltrão voltará a comandar a transmissão da cerimônia deste ano, que pela primeira vez terá exibição multiplataforma, ao vivo pelo G1 e Globoplay à partir das 19h30, e em versão compacta pelo canal Globo após o “BBB21”. Nos últimos 15 anos, Beltrão só não apresentou o Oscar três vezes: em 2009, 2014 e 2017, quando a cerimônia coincidiu com os desfiles do Carnaval. Além da transmissão multiplaforma da Globo, o canal pago TNT e a plataforma TNT Go também vão exibir o evento ao vivo.
Onde assistir ao Oscar 2021 no Brasil
A transmissão oficial do Oscar 2021 começa neste domingo (25/4) às 20h (horário de Brasília). Em vez do tradicional tapete vermelho, que acontece antes da premiação, a premiação será aberta por um evento musical, com a apresentação dos cinco indicados ao Oscar de Melhor Canção. Não está claro como o canal de TV por assinatura TNT, que fará a transmissão do evento ao vivo na TV brasileira, irá cobrir esta abertura, pois programou para o mesmo horário um “Esquenta TNT”, um aquecimento com informações sobre a cerimônia, apresentado por Tiago Abravanel e Carol Ribeiro. Em paralelo, no canal de YouTube da emissora, também vai acontecer uma live comentada por Carol Moreira, Jhordan Matheus e convidados. A transmissão da cerimônia no Brasil está oficialmente marcada para começar às 21h, com apresentação da jornalista Aline Diniz e Michel Arouca, na TNT e na TNT Series, com exibição simultânea na plataforma TNT Go. A Globo é responsável pela transmissão na TV aberta. A emissora incluirá flashes durante a transmissão do “Fantástico”, mas só vai começar a exibição em si depois do “BBB 21” – previsto para acabar às 23h35 – com apresentação de Maria Beltrão e comentários de Artur Xe Xéo e Dira Paes. Após a entrega da última estatueta, a Globo ainda mostrará uma edição dos melhores momentos da noite. A Globoplay, plataforma oficial da emissora, também prepara uma cobertura evento, que recebeu divulgação confusa. O que se sabe é que a programação vai começar cedo, a partir das 19h30, junto com o portal G1. No site do grupo Globo, consta a informação de que haverá transmissão ao vivo do “tapete vermelho” (que será azul e acontecerá na estação de trem Union Station, em Los Angeles) e dos shows previstos. Um programa humorístico temático (um “Sinta-se em Casa no Oscar”) com os humoristas Marcelo Adnet, Luciana Paes e Paulo Vieira ainda está programado para o mesmo horário na Globoplay. Mas nas últimas horas o G1 anunciou que a plataforma também fará uma transmissão ao vivo da cerimônia, que contará com o trio de apresentadores oficiais da Globo, em exibição conjunta com o G1. Ou seja, este ano vai ter Oscar ao vivo, do começo ao fim, com a equipe da Globo – no G1 e no Globoplay. O sinal da plataforma de streaming estará aberto para não assinantes.
Oscar 2021 abre mais espaço para streaming e diversidade
A disputa do Oscar 2021 é um retrato da situação do mercado cinematográfico atual, impactado pela pandemia de coronavírus, em que faltam blockbusters e cada vez mais filmes são lançados diretamente em streaming. O título com mais indicações, “Mank”, é da Netflix. E dos oito que disputam a categoria principal, apenas um foi produzido por um grande estúdio tradicional, “Judas e o Messias Negro”, da Warner. A retração do mercado causada pela covid-19 sepultou todos os argumentos contra o streaming, que tinha um detrator declarado em Steven Spielberg. O famoso cineasta chegou a esboçar um movimento para barrar produções do gênero no Oscar. Mas a natureza agiu de forma inesperada, mudando o destino da humanidade e da Academia. A pandemia também precipitou um grande aumento na compra de Smart TVs de tamanho família, diminuindo as diferenças entre as telas grandes do cinema e as da sala de estar. A questão de se o Oscar estaria pronto para aceitar o streaming foi superada com as 35 indicações conquistadas pela Netflix, um total não visto desde a “era de ouro” da Miramax de Harvey Weinstein, que acumulou 40 em 2003. Além disso, só o streaming tem apostado no mais cinematográfico de todos os formatos: o filme em preto e branco. Após produzir dessa forma o premiado “Roma”, de Alfonso Cuarón, a Netflix emplacou o preto e branco “Mank”, de David Fincher, na disputa de Melhor Filme. Antes da Netflix, o último filme em preto e branco a disputar – e vencer – o Oscar tinha sido “O Artista” em 2012, uma produção francesa. O último longa americano foi “A Lista de Schindler” em 1994 – dirigido adivinhe por quem? – , de Steven Spielberg. A falta de blockbusters também resgatou a participação do cinema independente na premiação da Academia. Desde a consagração de “Moonlight”, em 2017, os indicados vinham privilegiando produções de distribuição ampla e grandes bilheterias. A vitória de “Parasita”, no ano passado, foi notável não apenas por destacar um filme estrangeiro, mas por destoar do sucesso comercial de todos os demais concorrentes, a começar pelo longa com mais indicações, “Coringa” (US$ 1 bilhão nas bilheterias). A guinada pós-“Moonlight” se deu por pressão da rede ABC, que exibe o Oscar na TV americana, em reação à queda da audiência da cerimônia. Por conta disso, a Academia chegou até a cogitar, brevemente, a inclusão de uma categoria de Oscar de Filme Popular, mas abandonou as discussões após o tema se provar controverso entre seus membros. Com a relação dos indicados deste domingo (25/4), com excesso de filmes indies de distribuição precária devido à pandemia, a ABC já espera pelo inevitável recorde negativo. Mas até que ponto bilheteria realmente representa público em 2021? O Oscar também servirá para avaliar se o streaming é um fator diferencial. Com muitos candidatos disponíveis na Netflix, Amazon, Disney Plus e até em VOD, o público dos EUA (e em certa medida também do Brasil) tem, na verdade, maior acesso aos indicados – e no conforto do lar. O fato de o streaming e o cinema indie voltarem a ser temas principais das discussões acerta do Oscar revela outro detalhe da premiação deste ano: como ela se distanciou das críticas do #OscarSoWhite. Os questionamentos raciais ficaram para outros prêmios, enquanto a Academia avança cada vez mais em sua política de inclusão. O Oscar 2021 marca muitos avanços. Pela primeira vez, um longa com uma equipe de produtores totalmente negra, “Judas e o Messias Negro”, está sendo recebida na competição de Melhor Filme. Pela primeira vez, um intérprete de descendência asiática, Steven Yeun (“Minari”), e um muçulmano, Riz Ahmed (“O Som do Silêncio”), vão concorrer ao prêmio de Melhor Ator. E pela primeira vez duas mulheres, Chloé Zhao (“Nomadland”) e Emerald Fennell (“Bela Vingança”), disputarão o Oscar de Melhor Direção – prêmio até hoje vencido apenas por uma cineasta, Kathryn Bigelow por “Guerra ao Terror” em 2010. Chloé Zhao, a diretora de “Nomadland”, ainda entrou na lista seleta de cineastas com quatro indicações individuais num único ano – número inferior apenas à façanha do fenômeno Walt Disney, indicado seis vezes em 1954. Para aumentar a representatividade, Chloé Zhao é chinesa. E pelo segundo ano consecutivo (depois de “Parasita” no ano passado), um filme com um elenco central composto por atores de ascendência coreana, “Minari”, vai disputar a categoria principal. De fato, o impulso por maior diversidade não se limitou a raça, gênero e até idade, seguindo ainda a inclinação recente da Academia para se tornar um órgão mais internacional. Isto pode ser visto na inclusão do grande cineasta dinamarquês Thomas Vinterberg na disputa de Melhor Direção por “Druk – Mais uma Rodada” (que também foi nomeado como Melhor Filme Internacional), no lugar de nomes como Aaron Sorkin, por “Os Sete de Chicago”, ou Regina King, por “Uma Noite em Miami”. Neste contexto, vale reparar que “Collective”, de Alexander Nanau, vencedor da Competição Internacional do É Tudo Verdade 2020, tornou-se não só o primeiro longa romeno a disputar o prêmio de Melhor Filme Internacional, mas também o segundo título já nomeado simultaneamente para esta categoria e Melhor Documentário, depois do turco-macedônio “Honeyland” no ano passado. Entre os intérpretes, o falecido Chadwick Boseman é favoritíssimo a vencer um Oscar póstumo de Melhor Ator por seu desempenho no último papel de sua carreira, em “A Voz Suprema do Blues”. O fato dele levar vantagem numa categoria que ainda inclui Riz Ahmed (“O Som do Silêncio”) e Steven Yeun (“Minari”), além de reconhecer os veteranos Anthony Hopkins (“Meu Pai”) e Gary Oldman (“Mank”), serve de resumo para o tamanho da inclusão e diversidade atingidos pelos Oscar 2021. Mesmo assim, ainda não é o Oscar ideal, por continuar a deixar conservadores ditarem pauta comportamental e barrar alguns dos melhores candidatos. Impossível esquecer como eleitores conservadores transformaram o medíocre “Crash” em Melhor Filme de 2005 ao se recusarem a assistir ao principal candidato, “O Segredo de Brokeback Mountain”, por ser um romance gay. Ainda mais porque a história voltou se repetir em 2021, com muitos votantes se recusando a considerar “Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre” por retratar o aborto adolescente. Premiado nos festivais de Sundance e Berlim, entre outros, o filme da cineasta Eliza Hittman não foi lembrado em nenhuma categoria do Oscar 2021. Detalhe: com 99% de aprovação em mais de 220 resenhas avaliadas no Rotten Tomatoes, “Nunca, Raramente, Às Vezes, Sempre” supera com folga as supostas qualidades da grande maioria dos candidatos ao prêmio principal da noite deste 25 de abril, inclusive de “Nomadland”, o grande favorito, que atingiu “apenas” 94% na média das avaliações dos críticos da América do Norte e do Reino Unido. Os vencedores da premiação serão conhecidos durante a transmissão televisiva, marcada para começar a partir das 20h nos canais pagos TNT e TNT Séries e na plataforma TNT Go. A rede Globo também vai exibir o Oscar 2021, mas só levará a cerimônia ao ar após o “Big Brother Brasil”, em sua reta final.
Oscar 2021 quer ser o mais cinematográfico de todos
Afinal de contas, o Oscar é um evento cinematográfico ou um programa de TV? A questão é relevante porque, embora premie os melhores do cinema, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA sofre pressão constante da rede ABC para que sua cerimônia tenha grande audiência. E historicamente esta pressão tem influenciado várias decisões, inclusive a seleção dos indicados. Desde a vitória de “Moonlight” em 2017, os organizadores do Oscar têm recebido orientações explícitas da rede televisiva do grupo Disney para ter mais artistas e filmes populares em sua seleção. Isto levou até à discussão da criação de uma categoria de Melhor Filme Popular em 2018 – prontamente rechaçada pela crítica. A pressão acabou resultando na inclusão de cada vez mais blockbusters, inclusive filmes de super-heróis, na disputa do prêmio principal. Só que isso não teve o efeito desejado. A audiência, na verdade, desabou de vez. Vale a pena comparar. A vitória de “Moonlight”, um filme independente de temática LGBTQIA+, com diretor e elenco negros, foi vista por 32,9 milhões de pessoas – o pior público da premiação até então. No ano passado, com o blockbuster “Coringa” no páreo, a audiência foi de 23,6 milhões. Quem apontar que a vitória histórica de “Parasita”, uma produção sul-coreana, alienou o público vai ignorar que os demais candidatos representavam as maiores bilheterias já reunidas numa lista de indicações – além disso, o resultado surpreendente só foi conhecido ao fim da transmissão. A conclusão é óbvia. O que torna o Oscar duro de assistir não são os candidatos. É o formato. Durante anos, o evento foi influenciado pelos musicais da Broadway, com shows de dança e canções entre seus anúncios de premiados. Vestidos em trajes de gala, os apresentadores também evocam bailes de elite de dois séculos atrás. O Oscar é antiquado, careta, cafona, porque muitos de seus eleitores e seu comitê organizador são da época em que se falava careta e cafona. Nos últimos seis anos – desde que a hashtag #OscarSoWhite abalou a Academia – , várias mudanças de bastidores foram feitas no processo de votação, em busca de maior representatividade entre os eleitores, que conseguiram de fato assegurar indicados mais inclusivos. Ao mesmo tempo, porém, pouco mudou no palco do Dolby Theatre – fora sua mudança de nome, diante das dificuldades financeiras da Kodak, que batizava o local. A pandemia de coronavírus proporcionou um novo desafio e uma alternativa radical ao Oscar de sempre. Afinal, com poucos blockbusters no mercado, por opção dos próprios estúdios, o período acabou trazendo de volta o cinema independente ao primeiro plano, além de abrir de vez as portas da Academia para o streaming. Logicamente, grandes bilheterias ficaram de fora da premiação. Sem saída senão inovar, o Oscar inovou – uma aposta que pode dar certo ou errado, mas que finalmente foi feita. Entre outras coisas, a cerimônia vai se passar numa estação de trem, a Union Station de Los Angeles, mudando toda a expectativa do ambiente. Mais que isso: a premiação está sendo encarada, pela primeira vez, com uma visão cinematográfica – em vez da tradicional abordagem de programa de variedades. Haverá um cenário, tema, enquadramentos e roteiros com padrões de cinema, garantem os organizadores. Os responsáveis pela cerimônia incluem um cineasta indie, Steven Soderbergh, uma produtora de filmes cults, Stacey Sher, e o produtor Jesse Collins, que este ano encenou a melhor cerimônia de premiação da indústria do entretenimento americano, o Grammy Awards. A experiência de Collins, ao realizar o primeiro evento de premiação presencial do ano, influenciou a decisão de fazer um Oscar sem participações por videochamadas – artistas europeus que não puderam viajar a Los Angeles contracenarão com os colegas em cenários especiais preparados em Londres e Paris. Esta proposta coincidiu com a expertise de Soderbergh como diretor de “Contágio”, que já o tinha colocado à frente dos esforços de Hollywood na elaboração de protocolos de trabalho durante a pandemia. Soderbergh também é ousado por natureza, sempre buscando formatos diferentes para contar suas histórias. Para completar, Sher (a produtora de “Pulp Fiction”!) trouxe a capacidade de transformar projetos inovadores em realizações factíveis. A maioria dos detalhes estão sendo guardados para o público descobrir ao vivo, durante a noite deste domingo (25/4), mas uma coisa os três fizeram questão de reforçar: o Oscar 2021 será o mais cinematográfico de todos, ainda que continue a ser exibido pela televisão. A transmissão está marcada para começar a partir das 20h nos canais pagos TNT e TNT Séries, na plataforma TNT Go e na rede Globo (somente o final, após o “Big Brother Brasil”).












