Vem aí no streaming: As 20 melhores estreias previstas para a semana
Seleção reúne os principais lançamentos de Netflix, Prime Video, Disney+, Max, Apple TV+, Mubi e VoD para assistir em casa
Leonardo DiCaprio retorna como protagonista em filme de Paul Thomas Anderson. Veja o trailer
Produção marca o primeiro papel do ator desde “Assassinos da Lua das Flores”, indicado a 10 Oscars no ano passado
Retrospectiva: Os 50 melhores filmes de 2022
Listar os melhores filmes do ano é sempre uma atividade de mergulho cinéfilo profundo. Afinal, o cinema não se resume aos blockbusters que todo mundo viu. Nem mesmo à sala de cinema propriamente dita, já que alguns filmes fundamentais chegam direto pelo streaming. Além de apresentar os destaques, a seleção abaixo também tem o objetivo de despertar a curiosidade dos leitores para os filmes eleitos, que por ventura não foram vistos em 2022. Por isso, a amplitude de 50 títulos. Um listão para desbravar. Foram considerados apenas filmes lançados comercialmente no Brasil em 2022, tanto nos cinemas como nos serviços digitais. A organização é por ordem alfabética, de “A Lenda do Cavaleiro Verde” a “X – A Marca da Morte”, sem distinção hierárquica ou de gêneros. E para quem quiser conferir melhor, ainda há indicações de onde assistir (se disponíveis em streaming). Siga abaixo. | A LENDA DO CAVALEIRO VERDE | AMAZON PRIME VIDEO, VOD* Em clima de terror medieval e repleto de imagens impressionantes, “A Lenda do Cavaleiro Verde” oferece uma visão alternativa para a fábula dos Cavaleiros da Távola Redonda. Na trama, Sir Gawain (Dev Patel, de “Lion”) parte em uma jornada condenada e cheia de desafios para enfrentar uma criatura sobrenatural gigante, mesmo sabendo que viaja rumo à morte certa, com a esperança de que seja uma morte com honra. O filme tem direção de David Lowery (“Meu Amigo, O Dragão”), especialista em fantasias de visual deslumbrante, e ainda destaca em seu elenco Alicia Vikander (“Tomb Raider”), Joel Edgerton (“O Rei”), Sean Harris (“Missão: Impossível – Efeito Fallout”) e Barry Keoghan (“Eternos”). | A MULHER DE UM ESPIÃO | MUBI O cineasta japonês Kiyoshi Kurosawa alterna sua filmografia entre terrores cultuados e dramas premiados. O novo trabalho pertence ao segundo grupo e conquistou nove prêmios internacionais, inclusive Melhor Direção no Festival de Veneza de 2020. A trama gira em torno da decisão de um comerciante de deixar sua esposa no Japão para viajar até a China no começo da 2ª Guerra Mundial, onde testemunha um ato de barbárie. Suas ações causam mal-entendidos, ciúmes e problemas legais para a mulher. | A MULHER REI | VOD* O épico de ação traz Viola Davis (“O Esquadrão Suicida”) como líder de um exército de guerreiras africanas do século 19 – que foram a inspiração real das Dora Milaje dos quadrinhos e filmes do “Pantera Negra”. Durante dois séculos, as Agojie defenderam o Reino de Daomé, uma das nações africanas mais poderosas da era moderna, contra os colonizadores europeus e tribos vizinhas que tentavam invadir o país, mas sua transformação em personagens de cinema pela diretora Gina Prince-Bythewood (“The Old Guard”) deve mais à ficção dos quadrinhos mesmo, evocando as amazonas de “Mulher-Maravilha”, com todas as cenas de lutas e adrenalina que isso implica. A trama se concentra na relação da general Nanisca (Davis) com uma nova geração de guerreiras, destacando a ambiciosa Nawi (Thuso Mbedu, de “The Underground Railroad”), enquanto combatem lado a lado contra forças escravagistas. Há ainda uma interessante conexão com o tráfico de escravos para o Brasil. Elogiadíssimo, o filme atingiu 95% de aprovação entre a crítica do Rotten Tomatoes e um raro A+ entre o público americano no CinemaScore. E seu elenco ainda destaca Lashana Lynch (“007 – Sem Tempo Para Morrer”), a cantora Angélique Kidjo (“Arranjo de Natal”), Hero Fiennes Tiffin (“After”) e John Boyega (“Star Wars: A Ascensão Skywalker”) como o rei de Daomé. | A PIOR PESSOA DO MUNDO | VOD* A obra mais premiada do dinamarquês Joachim Trier (“Mais Forte que Bombas”), vencedora de 19 prêmios internacionais, indicada a dois Oscars (Melhor Roteiro Original e Melhor Filme Internacional) e com 97% de aprovação no Rotten Tomatoes, acompanha uma mulher que se aproxima dos 30 anos com uma crise existencial. Vários de seus talentos foram desperdiçados e seu namorado está pressionando para que eles se estabeleçam. Uma noite, ela invade uma festa, conhece um homem charmoso e se joga em um novo relacionamento, esperando encontrar uma perspectiva diferente em sua vida. Elogiadíssima pelo desempenho, a norueguesa Renate Reinsve (“Oslo, 31 de Agosto”) foi consagrada como Melhor Atriz no Festival de Cannes e se tornou assediadíssima por Hollywood para novos projetos. | ADEUS, IDIOTAS | AMAZON PRIME VIDEO, VOD* Esta comédia de humor sombrio foi a grande vencedora do prêmio César, considerado o “Oscar francês”. O longa conquistou ao todo cinco estatuetas na cerimônia de 2021, incluindo Melhor Filme, Direção e Roteiro Original para o cineasta Albert Dupontel. A trama absurda acompanha uma mulher gravemente doente (Virginie Efira, de “Benedetta”) que tenta encontrar seu filho há muito perdido com a ajuda de um burocrata suicida (o próprio Dupontel) e um ativista cego (Nicolas Marié). Os três se aliam após a tentativa de suicídio do burocrata ser confundida com um ataque armado à repartição pública em que se encontram. Com o esvaziamento súbito do prédio cercado pela polícia, os homens decidem ajudar a mulher sem a frieza dos funcionários da instituição que a embarreiravam. | AFTERSUN | MUBI (6/1) O premiado drama britânico acompanha as lembranças de uma mulher chamada Sophie. Ela recorda a alegria e a melancolia de um feriado de verão na Turquia, que passou com o pai 20 anos atrás, quando era criança. Nesse passeio pela memória, eventos reais se misturam a fragmentos e fatos imaginários, enquanto ela busca preencher lacunas e reconciliar a imagem do pai com quem conviveu com as verdades sobre o homem que nunca conheceu. A estreia da diretora Charlotte Wells venceu 15 prêmios internacionais, inclusive nos festivais de Cannes e Deuville, além de concorrer a mais cinco troféus no Spirit Awards 2023 (o Oscar do cinema independente) e render uma indicação a Paul Mescal (“A Filha Perdida”), intérprete do pai, ao troféu de Melhor Ator Europeu do Ano no European Film Awards. | ARGENTINA, 1985 | AMAZON PRIME VIDEO O drama histórico é inspirado na luta real dos promotores Julio Strassera e Luis Moreno Ocampo, que ousaram investigar e processar a ditadura militar da Argentina no ano de 1985. Sem se deixar intimidar pela influência dos militares, que continuava poderosa na nova democracia a ponto de amedrontar os profissionais do Ministério Público, os dois reuniram uma equipe jurídica de jovens, que, sem ter carreira para perder, viraram heróis improváveis na luta contra a impunidade. Sob constante ameaça a si mesmos e suas famílias, eles enfrentaram tudo até trazer justiça às vítimas da junta militar – ao contrário do que aconteceu no Brasil, onde a “anistia” escondeu os crimes da ditadura brasileira. A direção é do premiado Santiago Mitre (“Paulina”) e o elenco repleto de estrelas destaca Ricardo Darín (“O Segredo de Seus Olhos”) e Peter Lanzani (“O Clã”) como Strassera e Ocampo. Premiado nos prestigiosos festivais de Veneza (Itália) e San Sebastián (Espanha), e finalista no Oscar 2023 como representante da Argentina, atingiu 97% de aprovação no Rotten Tomatoes. | ATHENA | NETFLIX Premiado no Festival de Veneza, o filme ultraviolento apresenta uma batalha campal entre os moradores de um subúrbio francês, o Athena do título, e tropas de choque da polícia, após a morte acidental de uma criança gerar uma revolta popular. Visualmente impressionante, o filme é uma extensão dos clipes do diretor Roman Gavras, que já tinha abordado a tensão das periferias no clipe “Stress”, da dupla eletrônica Justice, e mostrado seu forte apuro estético em “Gosh”, de Jamie XX. Para seu longa-metragem, o filho do famoso cineasta político Costa-Gavras (“Z”, “Estado de Sítio”, “Os Desaparecidos”) se juntou ao malinês Ladj Ly, autor do roteiro de “Athena” – que venceu uma prateleira de prêmios com seu longa de estreia, “Os Miseráveis” (2019), também sobre conflito entre polícia e garotos do subúrbio. Opção porrada. | BATMAN | HBO MAX, VOD* A superprodução da Warner Bros. foi uma das maiores bilheterias de 2022. Longo, ambicioso e sombrio, também é o filme que os fãs esperavam que fosse. Nem pior nem melhor, seu tom extremamente sério combina com a abordagem de Christopher Nolan, enquanto o visual expressionista o aproxima do “Batman” de Tim Burton. A maior diferença é que o novo diretor, Matt Reeves, mostra-se mais integrado à visão sinergética do conglomerado, introduzindo vários elementos na trama para multiplicá-los em séries de streaming e na inevitável continuação. Se Robert Pattinson interpreta o primeiro Batman emo, por outro lado demonstra a melhor química com uma Mulher-Gato do cinema, papel desempenhado por Zoe Kravitz com um visual inspirado na Selina Kyle dos quadrinhos de “Batman: Ano Um”. Esta fase, por sinal, é exatamente a época explorada pela trama, antes da fama do herói se solidificar no submundo do crime. O período ainda permite apresentar os demais vilões em seus primeiros passos – e bem diferentes dos quadrinhos – , como um Pinguim mafioso (Colin Farrell) e principalmente um Charada serial killer (Paul Dano), mais perigoso que nas publicações da DC Comics – cometendo crimes tão brutais que tornam este “Batman” nada apropriado para crianças. | BELFAST | VOD* Vencedor do Festival de Toronto e do Oscar de Melhor Roteiro Original de 2022, o novo filme de Kenneth Branagh (“Morte no Nilo”) recria as lembranças da infância do diretor-roteirista na cidade do título durante os anos 1960. Predominantemente em preto e branco, a trama de época é apresentada pelo olhar de um menino de uma família trabalhadora e alterna momentos de nostalgia alegre com cenas de tensão, evocando os sonhos, as músicas e até as séries do período, mas também os perigos da era dos “troubles”, quando enfrentamentos entre nacionalistas que queriam a independência do país e as autoridades leais ao Reino Unido costumavam virar batalhas campais. A tensão da ameaça de confrontos nas ruas e a cobrança constante de posicionamentos políticos levam o pai do menino a considerar mudar-se com a mulher e os filhos para a Inglaterra. Mas essa possibilidade aperta o coração da criança, que não quer separar-se dos avôs que adora e da menina que finalmente começou a reparar nele. O elenco da produção destaca Jamie Dornan (“Cinquenta Tons de Cinza”) e Caitriona Balfe (“Outlander”) como os pais, Judi Dench (“007 – Operação Skyfall”) e Ciaran Hinds (“Game of Thrones”) como os avôs, Lewis McAskie (“Here Before”) como o irmão mais velho e o menino Jude Hill no papel de alter-ego mirim de Branagh em sua estreia no cinema. | BELLE | VOD* Versão futurista da fábula de “A Bela e a Fera”, “Belle” também é uma parábola crítica sobre as farsas da internet e os perigos das redes sociais. A trama gira em torno de uma cantora virtual chamada Belle, que tem sua turnê interrompida no metaverso pela viralização de uma criatura batizada pela mídia de a Fera. Nada, porém, é o que parece, já que Belle é o avatar de uma adolescente “caipira” e pouco popular chamada Suzu, e a criatura misteriosa que surge em seu caminho não é realmente uma ameaça, mas uma vítima de bullying digital e cancelamento. O anime é assinado por Mamoru Hosoda, responsável por “Mirai”, filme indicado ao Oscar de Melhor Animação em 2019 e diretor de obras cultuadas como “Crianças Lobo” (2012), “Guerras de Verão” (2009) e “A Garota que Conquistou o Tempo” (2006). | BENEDETTA | GLOBOPLAY, VOD* A nova provocação de Paul Verhoeven (“Instinto Selvagem”) é das mais polêmicas de sua trajetória, ao trazer cenas de sexo lésbico e blasfêmias variadas em um convento do século 15. O roteiro de David Birke, que volta a trabalhar com o cineasta após a parceria em “Elle” (2016), é supostamente inspirado na história real de Benedetta Carlini, uma noviça que desde muito cedo foi considerada milagrosa. Seu impacto na vida da comunidade de Toscana é imediato e chama atenção do Vaticano. Mas logo sua pureza é confrontada pela chegada de uma jovem tentadora ao convento, que decide seduzi-la. Segunda produção consecutiva em francês do cineasta holandês, “Benedetta” é estrelada por Virginie Efira (“Elle”) e Daphné Patakia (“Versailles”),...
Os 10 melhores filmes que estreiam em casa
O premiado “Licorice Pizza” e a aventura de ação “Uncharted” são as principais estreias digitais, mas a seleção dos lançamentos também inclui dramas adolescentes em várias línguas – inclusive em português – , filmes europeus consagrados, um anime deslumbrante e um documentário para fãs do Britpop dos anos 1990. Confira abaixo as 10 sugestões de títulos que chegam ao VOD e às plataformas de assinatura nesta semana, com seus respectivos trailers. LICORICE PIZZA | VOD* Indicado a três Oscars, inclusive de Melhor Filme, e vencedor de 58 prêmios internacionais, o novo longa de Paul Thomas Anderson (“O Mestre” e “Trama Fantasma”) gira em torno do crush de um adolescente extremamente bem resolvido por uma mulher mais velha nos anos 1970. Tentando capitalizar sua incipiente carreira de ator, o jovem consegue manter a mulher por perto ao convencê-la a embarcar com ele em empreendimentos mirabolantes, levando-a a conhecê-lo melhor. Este romance entre um casal desencontrado poderia render polêmica, mas acaba se mostrando fofo na tela, justamente por tudo o que tem de equivocado, e acabou cativando a crítica americana, que o aclamou com 90% de aprovação no Rotten Tomatoes. A produção marca a estreia da cantora Alana Haim (do grupo musical Haim), de 30 anos, em seu primeiro papel no cinema. O diretor é muito amigo das irmãs Haim e já dirigiu nada menos que 9 clipes do trio musical (por sinal, Danielle e Heste Haim também aparecem no filme como irmãs da protagonista). Seu parceiro em cena também é estreante: Cooper Hoffman, filho do falecido ator Philip Seymour Hoffman, que fez o filme com 18 anos. O pai do jovem estrelou cinco longas de Anderson. Em contraste com o casal de iniciantes, o elenco de apoio é uma constelação de estrelas, incluindo Bradley Cooper (“Nasce uma Estrela”), Sean Penn (“O Gênio e o Louco”), Maya Rudolph (“O Halloween do Hubbie”), Ben Stiller (“A Vida Secreta de Walter Mitty”), John C. Reilly (“Kong: A Ilha da Caveira”), Emma Dumont (“The Gifted”), Skyler Gisondo (“Santa Clarita Diet”), Benny Safdie (“Bom Comportamento”), Mary Elizabeth Ellis (“Lodge 49”) e o cantor Tom Waits (“Os Mortos Não Morrem”). UNCHARTED – FORA DO MAPA | NOW, VIVO PLAY, VOD* Baseado num game de sucesso, “Uncharted” traz Tom Holland como Nathan Drake, que nos jogos da Naughty Dog é um arqueólogo aventureiro. Só que este Indiana Jones digital é completamente diferente no filme, porque o ator não tem a idade nem a aparência física do papel. Para contornar esse “detalhe”, a trama é apresentada como uma história de origem – nunca vista nos games – , em que Drake ainda é um jovem diletante e tem seu primeiro encontro com um caçador de tesouros que irá se tornar seu mentor na busca por uma fortuna perdida. Mark Wahlberg (“O Grande Herói”) vive o segundo protagonista, após ser cotado para viver Drake numa versão anterior do projeto – em desenvolvimento há mais de uma década. O elenco também inclui Antonio Banderas (“Dor e Glória”), Sophia Ali (“Grey’s Anatomy”) e Tati Gabrielle (“O Mundo Sombrio de Sabrina”). Lançado logo após Holland encabeçar o fenômeno de “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”, “Uncharted” sofreu o peso de muita expectativa. Sua missão era simplesmente lançar uma nova franquia para a Sony. Mas apesar do entusiasmo dos executivos do estúdio e da bilheteria de estreia, teve sucesso apenas modesto nos cinemas, praticamente se pagando. E foi considerado medíocre pela crítica, com apenas 40% de aprovação no Rotten Tomatoes, mantendo a baixa média dos filmes dirigidos por Ruben Fleischer (o diretor dos 30% de “Venom”). Mesmo assim, fãs de aventuras mirabolantes à la “Piratas do Caribe” podem se satisfazer ao matar a saudade de uma produção repleta de ação, efeitos, piadinhas e buracos narrativos. MEU NOME É BAGDÁ | STAR+ Premiado no Festival de Berlim, o filme de Caru Alves de Sousa (“De Menor”) gira em torno de uma jovem skatista, interpretada pela novata Grace Orsato. Aos 16 anos, ela passa os dias ao lado dos amigos, fazendo manobras na pista local, fumando maconha e jogando baralho. Como a única menina a frequentar a pista de skate do bairro, ela sofre assédio e preconceito, inclusive da polícia. Mas, com sua atitude, abre caminho para outras. Aos poucos, ela conhece mais meninas skatistas, se aproxima de Vanessa (Nick Batista) e estreita novos laços de amizade. A trama é livremente inspirada no livro “Bagdá — O Skatista”, de Toni Brandão, lançado em 2009, mas centrado na figura de um menino. A versão cinematográfica mudou de ponto de vista da trama para incorporar questionamentos de gênero e a opção tem grande importância no desenvolvimento do longa, um dos melhores dramas adolescentes brasileiros recentes. APENAS NÓS | NOW, VIVO PLAY, VOD* O longa de estreia do cineasta inglês Tom Beard é um elogiadíssimo drama familiar, que narra as dificuldades de uma adolescente para lidar com as complexidades de sua família disfuncional e perturbada. Durante a estadia em uma cidade litorânea, a jovem protagonista passa a ter que cuidar da mãe, que está doente, e de seu desobediente irmão mais novo, além de conviver com novos vizinhos com comportamentos que não consegue processar. Com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, o filme impressiona pela qualidade realista das interpretações, não apenas de seus atores famosos, mas de suas crianças. Na verdade, já era um sinal do que aguardava sua atriz principal. A produção é de 2018 e destacava uma inspiradíssima Emilia Jones, então com 16 anos, que agora é mundialmente conhecida por comover o mundo em “No Ritmo do Coração”, filme vencedor do Oscar 2022. O resto do elenco inclui Samantha Morton (“The Walking Dead”), Billie Piper (“Penny Dreadful”), Daniel Mays (“Belas Maldições”) e as crianças Badger Skelton (“O Último Ônibus do Mundo”) e Bella Ramsey (“Game of Thrones”). LOLA E O MAR | FILMICCA Indicado ao César (o Oscar francês) de 2020, o drama belga conta a história de Lola, uma adolescente trans que conta com o apoio de sua mãe para fazer a transição e mudar de vida. Só que a mãe morre repentinamente, o que leva Lola a bater de frente com seu pai distante e homofóbico, embarcando com ele numa jornada rumo ao mar para cumprir o último desejo da pessoa mais querida de sua vida. A estreante Mya Bollaers, que interpreta Lola, é um grande achado do diretor Laurent Micheli e sua performance valoriza muito a produção. ESPÍRITO INDOMÁVEL | NOW, VIVO PLAY, VOD* O drama juvenil de esportes acompanha a vida do indígena canadense Saul Indian Horse, da infância à maturidade, enquanto ele sobrevive ao internato e ao racismo dos anos 1970 para se tornar um talentoso jogador de hóquei. Mas para alcançar seus sonhos, o jovem precisa encontrar seu próprio caminho, superando obstáculos ao lutar contra estereótipos e o alcoolismo. A adaptação do romance de Richard Wagamese (1955–2017) tem direção de Stephen S. Campanelli, que em sua carreira oscilante já comandou até trash de Nicolas Cage (“A Ilha”), mas consagrou-se com esta produção, vencedora de 10 troféus no circuito de festivais e premiações canadenses – a maioria em votação do público. LUZIFER | MUBI O cineasta austríaco Peter Brunner é obcecado por personagens torturados por condições especiais, sejam doenças ou obsessões patológicas. Sua nova vítima é Johannes, um homem com o coração de riança, que vive isolado numa cabana alpina com sua mãe. Sua vida diária é regida por orações e rituais. Mas, de repente, a modernidade se intromete em seu mundo de natureza e adoração divina, quando um projeto turístico ameaça envenenar seu paraíso e despertar o diabo. O grande destaque desta fábula moderna sobre a inocência perdida é o ator Franz Rogowski (“Undine”), numa performance que equilibra o encantamento infantil com a raiva extrema. Ele foi premiado como Melhor Ator no Festival de Sitges do ano passado – o festival espanhol é um dos principais eventos mundiais do cinema fantástico. IN THE AISLES | MUBI A plataforma MUBI está realizando um ciclo dedicado ao ator Franz Rogowski, que também inclui o último longa-metragem do alemão Thomas Stuber – lançado há quatro anos. Exibido nos cinemas brasileiros com o título traduzido para “Nos Corredores”, o filme traz Rogowski como um homem recluso que começa a trabalhar como estoquista no turno da noite em um supermercado. Ele logo se vê cativado por sua misteriosa colega de trabalho (Sandra Hüller, de “Toni Erdmann”), encontrando nesta atração uma forma de amenizar a opressão do ambiente, repleto de corredores longos e imponentes com empilhadeiras giratórias, que simbolizam a monotonia do trabalhado de baixa renda. Só que a mulher possui segredos desconhecidos e resolve sair subitamente de licença, deixando o novo funcionário sozinho com seus demônios noturnos. O filme venceu 12 prêmios em importantes festivais europeus, como Berlim, Atenas, Valladolid e Nápoles, além de render o Lola (o Oscar alemão) para Rugowski. BUBBLE | NETFLIX Com um visual de tirar o fôlego, “Bubble” reúne em sua equipe alguns dos maiores nomes do anime atual. A direção é de Tetsurô Araki, responsável por “Ataque aos Titãs”, o roteiro foi escrito por Gen Urobuchi, criador de “Psycho-Pass” e da trilogia animada de “Godzilla” na Netflix, e o responsável pelo design dos personagens é ninguém menos que Takeshi Obata, o autor de “Death Note”. A produção não é baseada em nenhum mangá existente, mas se inspira da fábula de “A Pequena Sereia”, transformada num conto sci-fi pós-apocalíptico. Era uma vez um futuro em que uma chuva de bolhas (bubbles) sugou toda a gravidade de Tóquio, deixando o local proibido, abandonado e sem moradores. Mas não totalmente desabitado. Por conta de suas particularidades, a cidade vira um refúgio de jovens órfãos praticantes de parkour, que desafiam as restrições após perderem os pais na inversão gravitacional. Após um salto arriscado, um dos meninos acaba caindo no mar, à margem da capital japonesa, apenas para ser salvo por uma garota com poderes especiais, que parece surgir de suas próprias bolhas de respiração na água, e esse encontro acaba impactando a vida de todos. OASIS KNEBWORTH 1996 | VOD* O documentário celebra os shows mais famosos da banda Oasis, que ocorreram no Knebworth Park, na Inglaterra, em 10 e 11 de agosto de 1996. As apresentações reuniram mais de 250 mil fãs e são considerados os maiores concertos já realizados no Reino Unido em todos os tempos. Organizados logo após o lançamento do disco “(What’s the Story) Morning Glory?”, que tinha hits como “Wonderwall”, “Don’t Look Back in Anger” e “Champagne Supernova”, os shows esgotaram rapidamente, com 2,5 milhões de pessoas candidatando-se a comprar os ingressos – também a maior procura por um espetáculo na história da cultura britânica. Na época, não havia banda mais popular na Inglaterra. Nem mais arrogante. E o sucesso sem precedentes acabou alimentando egos que já eram grandes antes mesmo da fama. As brigas dos irmãos Liam e Noel Gallgher pelo controle do grupo levaram à mudanças de integrantes e trocas de farpas públicas, mas o Oasis persistiu até 2009. A celebração do auge do Britpop tem direção de Jake Scott (do cult “Corações Perdidos”) e foi lançada nos cinemas no ano passado para comemorar os 25 anos das apresentações. * Os lançamentos em VOD (video on demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Google Play, Looke, Microsoft Store, Amazon e YouTube, entre outras, sem necessidade de assinatura mensal.
“Ataque dos Cães” vence Critics Choice
O filme “Ataque dos Cães” venceu o Critics Choice Awards na noite de domingo (13/3) em Los Angeles, completando um fim de semana perfeito, após conquistar o BAFTA, prêmio da Academia Britânica. Além disso, a diretora Jane Campion venceu o troféu do Sindicato dos Diretores, o BAFTA e agora levou o Critics Choice de Melhor Direção, além de Melhor Roteiro Adaptado. Com essa avalanche, “Ataque dos Cães” e sua cineasta viraram grandes favoritos para faturar também o Oscar, que será entregue em 27 de março. “Estamos muito orgulhosos e muito agradecidos ao Critics Choice Awards por nos escolher. Ainda tenho um pouco de transtorno de estresse pós-traumático pelas críticas do início de minha carreira”, brincou Campion, ao receber os prêmios. “Agora sou como a avó no movimento das mulheres no cinema. Mas ainda estou aqui”, acrescentou a diretora neozelandesa. Dirigindo-se a Venus e Serena Williams que estavam no evento, Jane Campion completou: “Serena e Venus, vocês são maravilhosas, porém vocês não jogam contra os caras como eu tenho que jogar”. Mais tarde, ela pediu desculpas para as duas pela declaração “impensada”: “Eu celebro vocês”. Por falar nas irmãs Williams, Will Smith levou o prêmio de Melhor Ator por “King Richard: Criando Campeãs”, filme sobre as jovens tenistas, enquanto Jessica Chastain ficou com o prêmio de Melhor Atriz por “Os Olhos de Tammy Faye”. Nas categorias coadjuvantes, os vencedores também repetiram o BAFTA: Troy Kotsur por “No Ritmo do Coração” e Ariana DeBose por “Amor, Sublime Amor”. Para completar, entre as séries “Succession” venceu como Melhor Drama, “Ted Lasso” na categoria de Comédia, “Round 6” foi a Melhor Série Internacional, “Mare of Easttown” foi eleita a Melhor Minissérie e “What If…?” a Melhor Animação. Melhor Filme “Ataque dos Cães” Melhor Ator Will Smith – “King Richard” Melhor Atriz Jessica Chastain – “Os Olhos de Tammy Faye” Melhor Ator Coadjuvante Troy Kotsur – “No Ritmo do Coração” Melhor Atriz Coadjuvante Ariana DeBose – “Amor, Sublime Amor” Melhor Ator/Atriz Jovem Jude Hill – “Belfast” Melhor Elenco “Belfast” Melhor Direção Jane Campion – “Ataque dos Cães” Melhor Roteiro Original Kenneth Branagh – “Belfast” Melhor Roteiro Adaptado Jane Campion – “Ataque dos Cães” Melhor Fotografia Ari Wegner – “Ataque dos Cães” Melhor Design de Produção Patrice Vermette, Zsuzsanna Sipos – “Duna” Melhor Edição Sarah Broshar and Michael Kahn – “Amor, Sublime Amor” Melhor Figurino Jenny Beavan – “Cruella” Melhor Cabelo e Maquiagem “Os Olhos de Tammy Faye” Melhores Efeitos Especiais “Duna” Melhor Comédia “Licorice Pizza” Melhor Animação “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas” Melhor Filme em Língua Estrangeira “Drive My Car” (Japão) Melhor Canção No Time to Die – “007 – Sem Tempo para Morrer” Melhor Trilha Sonora Hans Zimmer – “Duna” Melhor Série – Drama “Succession” (HBO) Melhor Ator em Série – Drama Lee Jung-jae – “Round 6” Melhor Atriz em Série – Drama Melanie Lynskey – “Yellowjackets” Melhor Ator Coadjuvante em Série – Drama Kieran Culkin – “Succession” Melhor Atriz Coadjuvante em Série – Drama Sarah Snook – “Succession” Melhor Série – Comédia “Ted Lasso” (Apple TV+) Melhor Ator em Série – Comédia Jason Sudeikis – “Ted Lasso” Melhor atriz em Série – Comédia Jean Smart – “Hacks” Melhor Ator Coadjuvante em Série – Comédia Brett Goldstein – “Ted Lasso” Melhor Atriz Coadjuvante em Série – Comédia Hannah Waddingham – “Ted Lasso” Melhor Minissérie “Mare of Easttown” (HBO) Melhor Telefilme “Oslo” (HBO) Melhor Ator em Minissérie ou Telefilme Michael Keaton – “Dopesick” Melhor Atriz em Minissérie ou Telefilme Kate Winslet – “Mare of Easttown” Melhor Ator Coadjuvante em Minissérie ou Telefilme Murray Bartlett – “The White Lotus” Melhor Atriz Coadjuvante em Minissérie ou Telefilme Jennifer Coolidge – “The White Lotus” Melhor Série em Língua Estrangeira “Round 6” (Netflix) Melhor Série Animada “What If…?” (Disney+) Melhor Talk Show “Late Night With Seth Meyers” (NBC) Melhor Especial de Comédia “Bo Burnham: Inside” (Netflix)
Bafta Awards: “Ataque dos Cães” vence o Oscar britânico
A Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas (BAFTA, na sigla em inglês) premiou “Ataque dos Cães”, de Jane Campion, como Melhor Filme do ano. A cerimônia dos BAFTA Awards, realizada em Londres na tarde deste domingo (13/3), ainda reconheceu o talento da cineasta neozelandesa com o troféu de Melhor Direção. Astro do filme, Benedict Cumberbatch recebeu os prêmios por Campion, que está em Los Angeles, onde há poucas horas conquistou o troféu do Sindicato dos Diretores dos EUA (DGA Awards). Indicado na categoria de Melhor Ator, Cumberbatch acabou sem seu troféu. A disputa foi vencida por Will Smith, com seu desempenho como pai e treinador das tenistas Vênus e Serena Williams em “King Richard”. O prêmio de Melhor Atriz ficou com a veterana estrela galesa Joanna Scanlan por “After Love”, produção de 2020 que só teve distribuição na Europa. Já entre os coadjuvantes, venceram os favoritos: Ariana DeBose, por “Amor, Sublime Amor”, e Siân Heder, por “No Ritmo do Coração”. Outro trabalho favorito da premiação, “Belfast”, de Kenneth Branagh, foi eleito o Melhor Filme Britânico. E “Duna” varreu as categorias técnicas, tornando-se o filme mais premiado da noite com cinco vitórias – Melhor Fotografia, Efeitos Visuais, Desenho de Produção, Trilha Sonora e Som. Confira abaixo a lista completa dos premiados. Melhor Filme “Ataque dos Cães” Melhor Filme Britânico “Belfast” Melhor Filme de Língua Não Inglesa “Drive My Car” (Japão) Melhor Direção Jane Campion, por “Ataque dos Cães” Melhor Roteiro Original Paul Thomas Anderson, por “Licorice Pizza” Melhor Roteiro Adaptado Siân Heder, por “No Ritmo do Coração” Melhor Atriz Joanna Scanlan, por “After Love” Melhor Ator Will Smith, por “King Richard: Criando Campeãs” Melhor Atriz Coadjuvante Ariana DeBose, por “Amor, Sublime Amor” Melhor Ator Coadjuvante Troy Kotsur, por “No Ritmo do Coração” Melhor Documentário “Summer of Soul (… ou, Quando a Revolução Não Pode Ser Televisionada)” Melhor Animação “Encanto” Melhor Trilha Sonora Hans Zimmer, por “Duna” Melhor Fotografia Greig Fraser, por “Duna” Melhor Edição Tom Cross e Elliot Graham, por “007 – Sem Tempo Para Morrer” Melhor Design de Produção Patrice Vermette e Zsuzsanna Sipos, por “Duna” Melhor Figurino Jenny Beavan, por “Cruella” Melhor Cabelo e Maquiagem Linda Dowds, Stephanie Ingram e Justin Raleigh, por “Os Olhos de Tammy Faye” Melhor Som Mac Ruth, Mark Mangini, Doug Hemphill, Theo Green e Ron Bartlett, por “Duna” Melhores Efeitos Especiais Brian Connor, Paul Lambert, Tristan Myles e Gerd Nefzer, por “Duna” Melhor Diretora de Casting Cindy Tolan, por “Amor, Sublime Amor” Melhor Estreia de Roteirista, Diretor ou Produtor Britânico Jeymes Samuel, diretor/roteirista de “Vingança & Castigo” Melhor Estrela em Ascensão (Voto do Público) Lashana Lynch, por “007 – Sem Tempo Para Morrer” Melhor Curta Britânico “The Black Cop” Melhor Curta Britânico em Animação “Do Not Feed the Pigeons”
Cinemas recebem novo blockbuster e filme do Oscar
Os cinemas exibem cinco filmes novos nesta quinta (17/2), mas o grande público pode só encontrar um deles, que recebeu a maior distribuição do ano até aqui. “Uncharted – Fora do Mapa” chega em nada menos que 1.250 salas. A Sony aposta alto na produção, especialmente após estrear na liderança das bilheterias em 15 países no fim de semana passado. Isto deixa os demais lançamentos na sombra, inclusive “Licorice Pizza”, que disputa o Oscar 2022 de Melhor Filme, e “Sempre em Frente”, primeiro filme de Joaquin Phoenix após vencer o Oscar por “Coringa”. Os dois títulos que completam a programação são produções brasileiras. Confira abaixo todas as estreias, com mais detalhes e seus respectivos trailers. UNCHARTED – FORA DO MAPA Tom Holland volta a estrelar uma nova franquia de ação após o fenômeno de “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”. Desta vez, ele vive Nathan Drake, que nos jogos da Naughty Dog é um arqueólogo aventureiro. Só que o personagem aparece diferente no filme, porque o ator é muito novo para o papel, reconfigurado para ser uma história de origem nunca apresentada nos games. O que impulsiona a trama é seu primeiro encontro com um caçador de tesouros que se torna seu mentor na busca por uma fortuna perdida. Mark Wahlberg (“O Grande Herói”) vive o segundo protagonista, após ser cotado para viver Drake numa versão anterior do projeto – há mais de uma década. O elenco também inclui Antonio Banderas (“Dor e Glória”), Sophia Ali (“Grey’s Anatomy”) e Tati Gabrielle (“O Mundo Sombrio de Sabrina”). Ao contrário de “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”, no entanto, a crítica não se empolgou. Foram apenas 40% de aprovação no Rotten Tomatoes, mantendo a baixa média dos filmes dirigidos por Ruben Fleischer (dos 30% de “Venom”). LICORICE PIZZA Indicado a três Oscars, inclusive de Melhor Filme, o novo longa de Paul Thomas Anderson (“O Mestre” e “Trama Fantasma”) gira em torno da atração polêmica entre um adolescente, que começa sua carreira de ator, e uma mulher mais velha nos anos 1970. A produção marca a estreia da cantora Alana Haim (do grupo musical Haim), de 30 anos, em seu primeiro papel no cinema. O diretor é muito amigo das irmãs Haim e já dirigiu nada menos que oito clipes do trio musical. Seu parceiro em cena também é estreante: Cooper Hoffman, filho do falecido ator Philip Seymour Hoffman, que tem 18 anos na vida real. O pai do jovem estrelou cinco filmes de Anderson. Em contraste com o casal de iniciantes, o elenco de apoio é uma constelação de estrelas, incluindo Bradley Cooper (“Nasce uma Estrela”), Sean Penn (“O Gênio e o Louco”), Maya Rudolph (“O Halloween do Hubbie”), Ben Stiller (“A Vida Secreta de Walter Mitty”), John C. Reilly (“Kong: A Ilha da Caveira”), Emma Dumont (“The Gifted”), Skyler Gisondo (“Santa Clarita Diet”), Benny Safdie (“Bom Comportamento”), Mary Elizabeth Ellis (“Lodge 49”) e o cantor Tom Waits (“Os Mortos Não Morrem”). SEMPRE EM FRENTE Primeiro filme de Joaquin Phoenix após vencer o Oscar por “Coringa”, o drama em preto e branco traz o ator como um documentarista que pretende entrevistar crianças sobre a situação do mundo. Nesse processo, ele estabelece um relacionamento tênue, mas transformador, com seu sobrinho sem filtros de 8 anos, que ele leva em suas viagens. “Sempre em Frente” tem roteiro e direção de Mike Mills, que não lançava uma nova obra desde “Mulheres do Século 20” em 2016. E embora tenha passado ao largo do Oscar, o menino Woody Norman (“Troia: A Queda de Uma Cidade”), que vive o sobrinho, foi indicado ao BAFTA (o Oscar britânico) como Melhor Ator Coadjuvante. Elogiadíssimo pela crítica, atingiu uma avaliação até mais positiva que “Licorice Pizza” – 94% contra 91% de aprovação no Rotten Tomatoes. A JAULA A produção brasileira da Star+ é um remake do thriller argentino “4×4” (2019). Na trama, Chay Suede (“Amor de Mãe”) vive um ladrão que arromba um carro de luxo sem saber que está entrando numa armadilha. O empresário vivido por Alexandre Nero (“Império”) instalou no veículo um sistema especial, que prende em seu interior quem entrar sem autorização e impede que alguém possa ver ou ouvir os pedidos de ajuda. A adaptação do longa original de Mariano Cohn (“Querida, Vou Comprar Cigarros e Já Volto”) foi escrita por João Candido Zacharias (“Danado de Bom”) e marca a estreia na ficção do diretor João Wainer, responsável pelos documentários “Pixo” (2009) e “Junho — o Mês que Abalou o Brasil” (2014). PRIMAVERA O longa de estreia de Carlos Porto de Andrade Jr chegou a ser apontado como a volta de Ana Paula Arósio ao cinema. Na verdade, a atriz não filma há quatro anos, época em que a obra foi finalizada. Tanto que a produção é coestrelada por Ruth de Souza, falecida em 2019. A projeção se apresenta em forma de mosaico, refletindo memórias da história de uma família que são transmitidas para o filho, momentos antes da morte do pai. A estrutura picotada também é fruto da forma como foi realizada: ao longo de 20 anos, por meio de Leis de Incentivo. O resultado condiz com o tom experimental do projeto. RIO DE VOZES O novo documentário rodado no Nordeste pela dupla Andrea Santana e Jean-Pierre Duret (“No Meio do Mundo”) conta histórias dos ribeirinhos do Rio São Francisco, que corta a região mais árida do Brasil. Os registros mostram a vanguarda das mulheres na luta pela preservação, exprimindo o sentimento geral de que se o rio morrer, toda a vida do sertão desaparecerá com ele.
BAFTA Awards: “Duna” lidera indicações do “Oscar britânico”
A Academia Britânica de Artes Cinematográficas e Televisivas (BAFTA, na sigla em inglês) divulgou nesta quinta-feira (3/2) a lista de filmes, artistas e técnicos indicados à 75ª edição de seu prêmio anual. De forma surpreendente, a relação é liderada pela sci-fi “Duna”, citada em 11 categorias, incluindo Melhor Filme. Em seguida, aparecem o western dramático “Ataque dos Cães”, de Jane Campion, com 7 indicações, e “Belfast”, de Kenneth Branagh, mencionado em 6 categorias. Três filmes atingiram 5 indicações: “Licorice Pizza”, “007 – Sem Tempo Para Morrer” e “Amor, Sublime Amor”. Mas os dois últimos não entraram na disputa para Melhor Filme do ano. Quem se juntou a “Duna”, “Ataque dos Cães”, “Belfast” e “Licorice Pizza” foi o superestrelado “Não Olhe Pra Cima”, que concorre a 4 troféus, incluindo Melhor Ator, com Leonardo DiCaprio. A lista de atores ainda destaca Benedict Cumberbatch (“Ataque dos Cães”), Mahershala Ali (“O Canto dos Cisnes”) e Will Smith (“King Richard: Criando Campeãs”), que pela primeira vez na carreira vai disputar o chamado “Oscar britânico”. Mas deixou de fora o elogiado desempenho de Andrew Garfield em “Tick Tick… Boom!”. Já na relação de atrizes, o que mais chama a atenção é a disputa entre duas cantoras: Lady Gaga (“Casa Gucci”) e Alana Haim (“Licorice Pizza”), do trio das irmãs Haim, que ocuparam espaço de duas favoritas da crítica, Olivia Colman (“A Filha Perdida”) e Kristen Stewart (“Spencer”). A premiação está marcada para o dia 13 de março, no tradicional palco do Royal Albert Hall, em Londres, com apresentação da comediante australiana Rebel Wilson. Confira abaixo a lista completa de indicados ao BAFTA Awards de 2022. Melhor Filme “Belfast” “Não Olhe Para Cima” “Duna” “Licorice Pizza” “Ataque dos Cães” Melhor Filme Britânico “After Love” “Ali & Ava” “Belfast” “Boiling Point” “Cyrano” “Everybody’s Talking About Jamie” “Casa Gucci” “Noite Passada em Soho” “007 – Sem Tempo Para Morrer” “Identidade” Melhor Filme de Língua Não Inglesa “Drive My Car” (Japão) “A Mão de Deus” (Itália) “Mães Paralelas” (Espanha) “Petite Maman” (França) “A Pior Pessoa do Mundo” (Noruega) Melhor Direção Aleem Khan, por “After Love” Ryûsuke Hamaguchi, por “Drive My Car” Audrey Diwan, por “Happening” Paul Thomas Anderson, por “Licorice Pizza” Jane Campion, por “Ataque dos Cães” Julia Ducournau, por “Titane” Melhor Roteiro Original Aaron Sorkin, por “Apresentando os Ricardos” Kenneth Branagh, por “Belfast” Adam McKay, por “Não Olhe Para Cima” Zach Baylin, por “King Richard: Criando Campeãs” Paul Thomas Anderson, por “Licorice Pizza” Melhor Roteiro Adaptado Siân Heder, por “No Ritmo do Coração” Ryûsuke Hamaguchi, por “Drive My Car” Denis Villeneuve, por “Duna” Maggie Gyllenhaal, por “A Filha Perdida” Jane Campion, por “Ataque dos Cães” Melhor Atriz Lady Gaga, por “Casa Gucci” Alana Haim, por “Licorice Pizza” Emilia Jones, por “No Ritmo do Coração” Renate Reinsve, por “The Worst Person in the World” Joanna Scanlan, por “After Love” Tessa Thompson, por “Identidade” Melhor Ator Adeel Akhtar, por “Ali & Ava” Mahershala Ali, por “O Canto do Cisne’ Benedict Cumberbatch, por “Ataque dos Cães” Leonardo DiCaprio, por “Não Olhe Para Cima” Stephen Gragam, por “Boiling Point” Will Smith, por “King Richard: Criando Campeãs” Melhor Atriz Coadjuvante Citriona Balfe, por “Belfast” Jessie Buckley, por “A Filha Perdida” Ariana DeBose, por “Amor, Sublime Amor” Ann Dowd, por “Mass” Aunjanue Ellis, por “King Richard: Criando Campeãs” Ruth Negga, por “Identidade” Melhor Ator Coadjuvante Mike Faist, por “Amor, Sublime Amor” Ciarán Hinds, por “Belfast” Troy Kotsur, por “No Ritmo do Coração” Woody Norman, por “Sempre em Frente” Jesse Plemons, por “Ataque dos Cães” Kodi Smit-McPhee, por “Ataque dos Cães” Melhor Elenco “Boiling Point” “Duna” “A Mão de Deus” “King Richard: Criando Campeãs” “Amor, Sublime Amor” Melhor Documentário “Becoming Cousteau” “Cow” “Flee” “The Rescue” “Summer of Soul (… ou, Quando a Revolução Não Pode Ser Televisionada)” Melhor Animação “Encanto” “Flee” ‘Luca” “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas” Melhor Trilha Sonora “Apresentando os Ricardos” (Daniel Pemberton) “Não Olhe Para Cima” (Nicholas Britell) “Duna” (Hans Zimmer) “A Crônica Francesa” (Alexandre Desplat) “Ataque dos Cães” (Jonny Greenwood) Melhor Fotografia Greig Fraser, por “Duna” Dan Laustsen, por “O Beco do Pesadelo” Linus Sandgren, por “007 – Sem Tempo Para Morrer” Ari Wegner, por “Ataque dos Cães” Bruno Delbonnel, por “A Tragédia de Macbeth” Melhor Edição “Belfast” (Úna Ní Dhonghaíle) “Duna” (Joe Walker) “Licorice Pizza” (Andy Jurgensen) “007 – Sem Tempo Para Morrer” (Tom Cross & Elliot Graham) “Summer of Soul (… ou, Quando a Revolução Não Pode Ser Televisionada)” (Joshua L. Pearson) Melhor Design de Produção “Cyrano” (Sarah Greenwood & Katie Spencer) “Duna” (Patrice Vermette & Zsuzsanna Sipos) “A Crônica Francesa” (Adam Stockhausen & Rena DeAngelo) “O Beco do Pesadelo” (Tamara Deverell & Shane Vieau) “Amor, Sublime Amor” (Adam Stockhausen & Rena DeAngelo) Melhor Figurino Jenny Beavan, por “Cruella” Massimo Cantini Parrini, por “Cyrano” Robert Morgan & Jacqueline West, por “Duna” Milena Canonero, por “A Crônica Francesa” Luis Sequeira, por “O Beco do Pesadelo” Melhor Cabelo e Maquiagem “Cruella” “Cyrano” “Duna” “Os Olhos de Tammy Faye” “Casa Gucci” Melhor Som “Duna” “Noite Passada em Soho” “007 – Sem Tempo Para Morrer” “Um Lugar Silencioso: Parte II” “Amor, Sublime Amor” Melhores Efeitos Especiais “Duna” “Free Guy: Assumindo o Controle” “Ghostbusters: Mais Além” “Matrix Resurrections” “007 – Sem Tempo Para Morrer” Melhor Curta Britânico em Animação “Affairs of the Art” “Do Not Feed the Pigeons” “Night of the Living Dead” Melhor Curta Britânico “The Black Cop” “Femme” “The Palace” “Stuffed” “Three Meetings of the Extraordinary Committee” Melhor Estreia de Roteirista, Diretor ou Produtor Britânico Aleem Khan, por “After Love” James Cummings & Hester Ruoff, por “Boiling Point” Jeymes Samuel, por “Vingança & Castigo” Posy Dixon & Liv Procter, por “Keyboard Fantasies” Rebecca Hall, por “Identidade”
Nova data do Critics Choice coincide com premiação britânica
A premiação Critics Choice Awards 2022 definiu sua nova data, após o adiamento devido ao aumento de casos de coronavírus nos EUA. Previsto originalmente para 9 de janeiro, a cerimônia agora acontecerá em 13 de março. Com isso, o evento vai acontecer no mesmo dia do BAFTA 2022, outra premiação importante, considerada o “Oscar britânico”. Dessa forma, alguns indicados terão que escolher entre as duas cerimônias, o que deve gerar desfalques no comparecimento de ambas. Joey Berlin, presidente da organização que coordena o Critics, pediu desculpas pelo agendamento inconveniente, mas disse que “olhou o calendário e concluiu que não tinha nenhuma outra escolha”, tendo em vista o contrato com a rede americana The CW, que exibe cerimônia nos EUA, exigir que ela aconteça em um domingo. A relação dos filmes indicados ao prêmio da crítica americana é liderada pelo musical “Amor, Sublime Amor”, de Steven Spielberg, e por “Belfast”, drama semibiográfico de Kenneth Branagh, ambos com 11 nomeações, seguidos por “Duna” e “Ataque dos Cães”, que também empataram com 10 menções cada um, e mais um empate, entre “Licorice Pizza” e “O Beco do Pesadelo” com 8 indicações. Já as categorias televisivas são dominadas por “Succession”, da HBO, que concorre a 8 prêmios. A apresentação do Critics Choice Awards 2022 será realizada pelos atores Taye Diggs (“All American”) e Nicole Byer (“Loosely Exactly Nicole”). Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Critics Choice (@criticschoice)
Prêmio Critics Choice destaca “Amor, Sublime Amor” e “Belfast”
Brigando desde os anos 1990 com o Globo de Ouro, o Critics Choice Awards foi para cima do prêmio rival nesta segunda-feira (13/12). Aproveitando o vexame da falta de prestígio da cerimônia da Associação de Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA, na sigla em inglês), que não será televisionada em 2022, a Associação do Critics Choice fez alarde de seus indicados cinematográficos, que foram revelados praticamente na mesmo instante em que o Globo de Ouro anunciou sua lista. A relação dos filmes indicados ao prêmio da crítica americana foi liderada pelo musical “Amor, Sublime Amor”, de Steven Spielberg, e por “Belfast”, drama semibiográfico de Kenneth Branagh, com 11 nomeações, seguidos por “Duna” e “Ataque dos Cães”, que também empataram com 10 menções cada um. Logo atrás, houve mais um empate, entre “Licorice Pizza” e “O Beco do Pesadelo”, com 8 indicações. A lista das atrações das categorias televisivas foi anunciada na semana passada, destacando “Succession”, da HBO, na disputa por 8 prêmios. Além de revelar os concorrentes no mesmo dia do Globo de Ouro, o Critics Choice Awards 2022 também vai acontecer na mesma data, em 9 de janeiro. Quem vacilou, neste caso, foi o Globo de Ouro, que marcou sua premiação para o dia anteriormente reservado pelos críticos americanos, esperando que o evento rival alterasse seus planos. Isto não aconteceu e ainda acirrou os ânimos. Era a exibição televisiva que fazia o Globo de Ouro ser respeitado. Mas agora é o Critics Choice que tem a TV ao seu lado, ocupando inclusive a vaga do evento da HFPA na programação do canal pago TNT no Brasil. A implosão do Globo de Ouro é dramática, consequência de boicote não só da rede NBC, que decidiu deixar de exibir o evento em 2022, mas também de estúdios e das principais agências de talentos da América do Norte e do Reino Unido, que proibiram as maiores estrelas de Hollywood de prestigiar sua cerimônia. A reação inédita foi consequência de várias denúncias contra a HFPA, que até o ano passado não tinha integrantes negros, o que também trouxe à tona acusações de histórico sexista e falta de ética de integrantes da organização – em suma, a votação tinha cartas marcadas. Mesmo comprometendo-se a mudar, para não perder seus privilégios e os milhões do contrato televisivo, a HFPA decepcionou os poucos que acreditaram em suas promessas, anunciando a impressionante integração de seis críticos negros em 1 de outubro – um resultado pífio, que tornou os eleitores do Globo de Ouro apenas 5,7% mais diversos que no ano passado. Exibida em meio à polêmica, a premiação do Globo de Ouro de 2021 teve a pior audiência do prêmio em todos os tempos, assistida por 6,9 milhões de pessoas. Uma catástrofe quase apocalíptica em comparação aos 18,3 milhões que sintonizaram no ano anterior. Se o Critics Choice Awards render boa audiência em 2022, o prêmio dos críticos estrangeiros de Hollywood pode não ter mais volta. Para contrastar ainda mais com a percepção negativa do Globo de Ouro, os responsáveis pela cerimônia dos críticos americanos escalaram dois apresentadores negros, os atores Taye Diggs (“All American”) e Nicole Byer (“Loosely Exactly Nicole”), para comandar o evento. E devem contar com a participação da maioria dos astros indicados, ao contrário do Globo de Ouro. Veja abaixo a lista dos indicados nas categorias de cinema. Melhor Filme “Belfast” “No Ritmo do Coração” “Não Olhe Para Cima” “Duna” “King Richard – Criando Campeãs” “Licorice Pizza” “O Beco do Pesadelo” “Ataque dos Cães” “tick, tick… BOOM!” “Amor, Sublime Amor” Melhor Ator Nicolas Cage – “Pig” Benedict Cumberbatch – “Ataque dos Cães” Peter Dinklage – “Cyrano” Andrew Garfield – “tick, tick… BOOM!” Will Smith – “King Richard” Denzel Washington – “The Tragedy of Macbeth” Melhor Atriz Jessica Chastain – “Os Olhos de Tammy Faye” Olivia Colman – “A Filha Perdida” Lady Gaga – “Casa Gucci” Alana Haim – “Licorice Pizza” Nicole Kidman – “Being the Ricardos” Kristen Stewart – “Spencer” Melhor Ator Coadjuvante Jamie Dornan – “Belfast” Ciarán Hinds – “Belfast” Troy Kotsur – “No Ritmo do Coração” Jared Leto – “Casa Gucci” J.K. Simmons – “Being the Ricardos” Kodi Smit-McPhee – “Ataque dos Cães” Melhor Atriz Coadjuvante Caitríona Balfe – “Belfast” Ariana DeBose – “Amor, Sublime Amor” Ann Dowd – “Mass” Kirsten Dunst – “Ataque dos Cães” Aunjanue Ellis – “King Richard” Rita Moreno – “Amor, Sublime Amor” Melhor Ator/Atriz Jovem Jude Hill – “Belfast” Cooper Hoffman – “Licorice Pizza” Emilia Jones – “No Ritmo do Coração” Woody Norman – “Sempre em Frente” Saniyya Sidney – “King Richard” Rachel Zegler – “Amor, Sublime Amor” Melhor Elenco “Belfast” “Não Olhe Para Cima” “Vingança & Castigo” “Licorice Pizza” “Ataque dos Cães” “Amor, Sublime Amor” Melhor Direção Paul Thomas Anderson – “Licorice Pizza” Kenneth Branagh – “Belfast” Jane Campion – “Ataque dos Cães” Guillermo del Toro – “O Beco do Pesadelo” Steven Spielberg – “Amor, Sublime Amor” Denis Villeneuve – “Duna” Melhor Roteiro Original Paul Thomas Anderson – “Licorice Pizza” Zach Baylin – “King Richard” Kenneth Branagh – “Belfast” Adam McKay, David Sirota – “Não Olhe Para Cima” Aaron Sorkin – “Being the Ricardos” Melhor Roteiro Adaptado Jane Campion – “Ataque dos Cães” Maggie Gyllenhaal – “A Filha Pedida” Siân Heder – “No Ritmo do Coração” Tony Kushner – “Amor, Sublime Amor” Jon Spaihts, Denis Villeneuve, Eric Roth – “Duna” Melhor Fotografia Bruno Delbonnel – “The Tragedy of Macbeth” Greig Fraser – “Duna” Janusz Kaminski – “Amor, Sublime Amor” Dan Laustsen – “O Beco do Pesadelo” Ari Wegner – “Ataque dos Cães” Haris Zambarloukos – “Belfast” Melhor Design de Produção Jim Clay, Claire Nia Richards – “Belfast” Tamara Deverell, Shane Vieau – “O Beco do Pesadelo” Adam Stockhausen, Rena DeAngelo – “A Crônica Francesa” Adam Stockhausen, Rena DeAngelo – “Amor, Sublime Amor” Patrice Vermette, Zsuzsanna Sipos – “Duna” Melhor Edição Sarah Broshar and Michael Kahn – “Amor, Sublime Amor” Úna Ní Dhonghaíle – “Belfast” Andy Jurgensen – “Licorice Pizza” Peter Sciberras – “Ataque dos Cães” Joe Walker – “Duna” Melhor Figurino Jenny Beavan – “Cruella” Luis Sequeira – “O Beco do Pesadelo” Paul Tazewell – “Amor, Sublime Amor” Jacqueline West, Robert Morgan – “Duna” Janty Yates – “Casa Gucci” Melhor Cabelo e Maquiagem “Cruella” “Duna” “Os Olhos de Tammy Faye” “Casa Gucci” “O Beco do Pesadelo” Melhores Efeitos Especiais “Duna” “Matrix Resurrections” “O Beco do Pesadelo” “007 – Sem Tempo para Morrer” “Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis” Melhor Comédia “Barb & Star Go to Vista Del Mar” “Não Olhe Para Cima” “Free Guy” “A Crônica Francesa” “Licorice Pizza” Melhor Animação “Encanto” “Flee” “Luca” “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas” “Raya e o Último Dragão” Melhor Filme em Língua Estrangeira “A Hero” (Irã) “Drive My Car” (Japão) “Flee” (Dinamarca) “A Mão de Deus” (Itália) “The Worst Person in the World” (Noruega) Melhor Canção Be Alive – “King Richard” Dos Oruguitas – “Encanto” Guns Go Bang – “Vingança & Castigo” Just Look Up – “Não Olhe Para Cima” No Time to Die – “007 – Sem Tempo para Morrer” Melhor Trilha Sonora Nicholas Britell – “Não Olhe Para Cima” Jonny Greenwood – “Ataque dos Cães” Jonny Greenwood – Spencer” Nathan Johnson – “O Beco do Pesadelo” Hans Zimmer – “Duna”
Críticos de Nova York elegem filme japonês como melhor do ano
O drama japonês “Drive My Car”, de Ryusuke Hamaguchi, foi eleito o Melhor Filme de 2021 pelo Círculo de Críticos de Cinema de Nova York (NYFCC, na sigla em inglês) na noite de sexta-feira (3/12). Vencedor do prêmio de Melhor Roteiro do Festival de Cannes deste ano e indicado pelo Japão a disputar uma vaga no Oscar de Melhor Filme Internacional, o longa acompanha um diretor viúvo que, ao ser convidado a comandar uma peça em Hiroshima, passa a contar com os serviços de uma motorista estoica, com quem começa a dividir histórias e segredos. Os críticos de Nova York também votaram em Lady Gaga (por “Casa Gucci”) e Benedict Cumberbatch (por “Ataque dos Cães”) como melhores atores do ano. Título mais premiado da lista, “Ataque dos Cães” ainda rendeu citações a Jane Campion pela Melhor Direção e a Kodi Smit-McPhee como Melhor Ator Coadjuvante. Kathryn Hunter foi eleita Melhor Atriz Coadjuvante por sua atuação em “The Tragedy of Macbeth”. A lista ainda incluiu os vencedores de outras duas votações desta semana. “Licorice Pizza” (Melhor Filme da votação do National Board of Review, na quinta) como Melhor Roteiro e “A Filha Perdida” (Melhor Filme do Gotham Awards, na segunda) como Melhor Direção de Estreia – premiando, respectivamente, os cineastas Paul Thomas Anderson e Maggie Gyllenhaal. O musical “Amor, Sublime Amor”, de Steven Spielberg, levou o prêmio de Melhor Fotografia, “A Família Mitchell e a Revolta das Máquinas” foi a Melhor Animação, o dinamarquês “Flee”, de Jonas Poher Rasmussen, foi eleito Melhor Documentário, e o norueguês “The Worst Person in the World”, de Joachim Trier, destacou-se como Melhor Filme Estrangeiro. Fundado em 1935, o NYFCC inclui críticos de jornais, revistas e blogs especializados, mas não integrantes da crítica televisiva, por isso tende a favorecer uma produção mais independente. No ano passado, o vencedor de sua votação foi o drama indie “First Cow”, de Kelly Reichardt, que nem sequer foi indicado ao Oscar. Veja abaixo o trailer de “Drive My Car”, que ainda não tem previsão de estreia no Brasil.
Críticos dos EUA elegem “Licorice Pizza” como filme do ano
Dois dias depois do Gotham Awards abrir a temporada de premiações de cinema nos EUA, a National Board of Review (NBR) apresentou nesta quinta (2/12) os resultados da primeira votação da crítica americana. A mais antiga associação de críticos, cinéfilos e acadêmicos dos Estados Unidos, que em 1930 inaugurou o hoje tradicional costume de criar listas de melhores do ano, destacou em sua seleção de melhores de 2021 a comédia dramática “Licorice Pizza” como o filme do ano e seu diretor, de Paul Thomas Anderson, como diretor do ano. A preferência da NBR não costuma indicar favorito para a eleição da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. Para se ter noção, neste século apenas um vencedor da votação dos críticos foi também vencedor do Oscar: “Green Book”, em 2018. No ano passado, o filme agraciado pela NBR, “Destacamento Blood”, nem entrou na disputa de Melhor Filme do Oscar. Por outro lado, “Destacamento Blood” também foi uma exceção em outra tendência, já que os filmes premiados pela NBR costumam, sim, geralmente disputar o Oscar. Isto aconteceu com “A Invenção de Hugo Cabret” (2011), “A Hora Mais Escura” (2012), “Ela” (2013), “Mad Max: Estrada da Fúria” (2015), “Manchester à Beira-Mar” (2016), “O Irlandês” (2019) e muitos outros. Além das vitórias de “Licorice Pizza”, que incluíram um prêmio de revelação para os atores estreantes Alana Haim (da banda Haim) e Cooper Hoffman (Filho de Philip Seymour Hoffman), a NBR também destacou Will Smith por seu papel em “King Richard – Criando Campeãs” e a novata Rachel Zegler por sua estreia no musical “Amor, Sublime Amor”. Entre as surpresas, deu ainda reconhecimento ao cineasta iraniano Asghar Farhadi, duas vezes premiado com o Oscar de Melhor Filme Internacional, como roteirista do ano por seu novo filme, “A Hero”. Vale apontar que os críticos da associação histórica não incluíram nenhum filme da Netflix em sua votação, em contraste com a eleição do Gotham Awards, vencida por “A Filha Perdida” e totalmente dominada por produções de streaming. Veja abaixo a lista completa, que inclui os tradicionais Top 10 de fim de ano da NBR. Melhor Filme “Licorice Pizza” Melhor Diretor Paul Thomas Anderson (“Licorice Pizza”) Melhor Ator Will Smith (“King Richard – Criando Campeãs”) Melhor Atriz Rachel Zegler (“Amor, Sublime Amor”) Melhor Ator Coadjuvante Ciarán Hinds (“Belfast”) Melhor Atriz Coadjuvante Aunjanue Ellis (“King Richard – Criando Campeãs”) Melhor Roteiro Original Asghar Farhadi (“A Hero”) Melhor Roteiro Adaptado Joel Coen (“A Tragédia de Macbeth”) Desempenho Inovador Alana Haim e Cooper Hoffman (“Licorice Pizza”) Melhor Estreia na Direção Michael Sarnoski (“Pig”) Melhor Animação “Encanto” Melhor Filme Estrangeiro “A Hero” (Irã) Melhor Documentário “Summer of Soul (…ou, Quando A Revolução Não Pode Ser Televisionada)” Melhor Conjunto de Elenco e Direção “Vingança & Castigo” Realização Notável em Cinematografia Bruno Delbonnel (“A Tragédia de Macbeth”) Prêmio NBR de Liberdade de Expressão “Flee” Top 10: Melhores Filmes de Hollywood (em ordem alfabética) “Amor, Sublime Amor” (West Side Story) “O Beco do Pesadelo” (Nightmare Alley) “Belfast” “Duna” (Dune) “King Richard – Criando Campeãs” “Licorice Pizza” “Não Olhe para Cima” (Don’t Look Up) “Red Rocket” “A Tragédia de Macbeth” (The Tragedy of Macbeth) “O Último Duelo” (The Last Duel) Top 5: Melhores Filmes em Língua Estrangeira (em ordem alfabética) “Benedetta” (França) “Lamb” (Islândia”) “Lingui” (França, Chade) “Titane” (França) “The Worst Person in the World” (Noruega, Dinamarca) Top 6: Melhores Documentários (em ordem alfabética) “Ascension” “Attica” “Flee” “The Rescue” “Roadrunner: A Film About Anthony Bourdain” “Summer of Soul (…ou, Quando A Revolução Não Pode Ser Televisionada)” Top 10: Melhores Filmes Independentes (em ordem alfabética) “The Card Counter” “O Cavaleiro Verde” (The Green Knight) “Holler” “Jockey” “No Ritmo do Coração” (CODA) “Old Henry” “Pig” “Shiva Baby” “Sempre em Frente” (C’mon C’mon) “The Souvenir – Part II”










