Diretor de “007 – Sem Tempo Para Morrer” é acusado de assédio sexual
O cineasta Cary Joji Fukunaga, diretor de “007 – Sem Tempo Para Morrer”, virou alvo de denúncias de assédio sexual de três atrizes. A primeira a se manifestar foi Rachelle Vinberg, da série “Betty”. Em um Stories publicado em seu Instagram na semana passada, ela relatou que foi convencida a ter um relacionamento com o diretor aos 18 anos de idade. Na época, ele tinha 38. Ela desabafou afirmando que seu envolvimento com Fukunaga a fez procurar ajuda psiquiátrica e foi diagnosticada com estresse pós-traumático. “Passei anos com medo dele. Ele é um aliciador e tem feito isso há anos. Cuidado, mulheres”, disse ela. Após verem a publicação, as irmãs gêmeas Hannah e Cailin Loesch, que trabalharam com Fukunaga na série “Maniac”, revelaram que ele foi grosseiro durante as gravações, com várias insinuações sexuais, tendo inclusive sugerido ficar com as duas ao mesmo tempo. De acordo com as irmãs, na época elas tinham 20 anos e o cineasta questionava se elas eram virgens e chegou a forçar Hannah a sentar no seu colo com Cailin do lado. Em um determinado momento, Fukunaga teria convidado as duas irmãs para verem um versão inicial de “007 – Sem Tempo Para Morrer” em seu apartamento. Quando chegaram na casa do diretor, “era uma festa a três em sua cama”. Depois de se recusarem a deitar com o cineasta, ele ainda teria lhes oferecido drogas para ficarem em sua casa – ácido e MDMA. As acusações de Vinberg e das irmãs Loesch vêm poucos meses depois de Raeden Greer (“Magic Mike XXL”) acusar Fukunaga de dimití-la da série “True Detective” por se recusar a fazer uma cena nua. Nem Fukunaga nem seus representantes se manifestaram após as postagens. there’s a lot more in her story but yeah. this is just so revolting. pic.twitter.com/NJBiZEyPPG — carey (@brokebackstan) May 4, 2022 Sharing our story in solidarity with Rachelle Vinberg Read: https://t.co/1455WxTi18 — Hannah & Cailin Loesch (@loeschtwins) May 5, 2022
Astro de “The Resident” assume papel de ator demitido em minissérie de terror
A produção de “The Fall of the House of Usher”, minissérie de terror da Netflix, definiu o substituto de Frank Langella (“Os 7 de Chicago”), demitido no mês passado após a investigação de uma denúncia de conduta inaceitável no set. O ator Bruce Greenwood, atualmente no ar na série “The Resident”, foi o intérprete escolhido para o importante papel de Roderick Usher, possibilitando a retomada da produção, baseada no clássico da literatura gótica “A Queda da Casa Usher”, de Edgar Allan Poe. A produção da minissérie, comandada por Mike Flanagan (“Missa da Meia-Noite”), já tinha concluído metade das gravações previstas. Mas agora as cenas realizadas por Langella precisarão ser refeitas com Greenwood. De acordo com o site TMZ, Langella teria feito uma piada inapropriada de natureza sexual e tocado na perna de uma atriz, questionando se ela havia gostado. Ela não apenas detestou. Denunciou o ator. Após a análise de depoimentos sobre o acontecimento, foi tomada a decisão de substituir o veterano ator, indicado ao Oscar por “Frost/Nixon” (2008) e vencedor de quatro Tony Awards, o prêmio maior do teatro americano. Publicado em 1893, o conto de Poe é um mergulho na loucura, isolamento e identidades metafísicas, que gira em torno de uma visita à casa de Roderick Usher, onde os irmãos moradores encontram-se sob uma estranha maldição. A obra já ganhou várias adaptações no cinema. A mais antiga foi produzida em 1928 com roteiro do mestre do surrealismo Luis Buñuel. Já a mais famosa é de 1960, lançada no Brasil com o título de “O Solar Maldito” e considerada a obra-prima das carreiras do diretor Roger Corman e do ator Vincent Price (o Roderick Usher da época). Ainda não há previsão para o lançamento da versão da Netflix.
Frank Langella é demitido de série após acusação de assédio sexual
O veterano ator Frank Langella foi demitido da produção de “The Fall of the House of Usher”, minissérie de terror da Netflix baseada no clássico da literatura gótica “A Queda da Casa Usher”, de Edgar Allan Poe. Langella foi objeto interna de uma investigação, após uma denúncia, que foi concluída nesta quarta (13/4). A decisão foi tomada após a constatação de que o ator esteve envolvido em conduta inaceitável no set. De acordo com o site TMZ, ele supostamente fez uma piada inapropriada de natureza sexual e tocou na perna de uma atriz, questionando se ela havia gostado. Após a análise de depoimentos sobre o acontecimento, foi tomada a decisão de reformular o papel do ator na atração. A produção da minissérie, comandada por Mike Flanagan (“Missa da Meia-Noite”), já tinha concluído metade das gravações previstas. Mas agora as cenas já realizadas por Langella precisarão ser refeitas com um novo ator. Indicado ao Oscar por “Frost/Nixon” (2008), Langella venceu quatro Tony Awards, o prêmio maior do teatro americano, e seu trabalho mais recente era outra produção da Netflix, “Os 7 de Chicago” (2020), onde interpretou um juiz intransigente. A minissérie representava seu primeiro terror deste século – ele não trabalhava no gênero desde “O Último Portal” (1999), de Roman Polanski. O ator veterano, que já viveu Drácula em 1979, dava vida a Roderick Usher, papel famosamente interpretado por Vincent Price na adaptação do texto de Poe dirigida por Roger Corman em 1960. Publicado em 1893, o conto de Poe é um mergulho na loucura, isolamento e identidades metafísicas, que gira em torno de uma visita à casa de Roderick Usher, onde os irmãos moradores encontram-se sob uma estranha maldição. A obra já ganhou várias adaptações no cinema. A mais antiga foi produzida em 1928 com roteiro do mestre do surrealismo Luis Buñuel. A mais famosa foi justamente a de 1960, lançada no Brasil com o título de “O Solar Maldito” e considerada a obra-prima das carreiras do diretor Roger Corman e do ator Vincent Price. Não há previsão para o lançamento da versão de Flanagan.
Cuba Gooding Jr. se declara culpado de assédio sexual
O ator Cuba Gooding Jr. (o O.J. Simpson de “American Crime Story”) se declarou culpado num julgamento de assédio sexual que ele enfrenta na justiça de Nova York. Em sua declaração, ele assume ter forçado um toque (“forcible touching”), uma acusação menos grave do que outros crimes sexuais, que pode lhe resultar no máximo um ano de prisão. Vencedor do Oscar por “Jerry Maguire: A Grande Virada” (1996), o ator foi preso em 2019 após uma mulher acusá-lo de apalpar seus seios sem permissão em um bar na cidade. O caso teve grande repercussão e, depois de pagar fiança para responder o processo em liberdade, outras mulheres acusaram o ator publicamente de atos semelhantes. Gooding acabou acusado em mais dois casos adicionais, por beliscar as nádegas de uma garçonete e tocar de forma inapropriada outra mulher, ambas em 2018 em Nova York. Até se declarar culpado, Gooding negava as acusações. Seus advogados argumentavam que os promotores tinham se tornado zelosos demais, apanhados no fervor do movimento #MeToo, ao transformar “gestos comuns” ou mal-entendidos em crimes. A linha da defesa mudou após o juiz decidir que, caso Gooding fosse a julgamento, os promotores poderiam chamar mais mulheres que o denunciaram para testemunhar sobre suas alegações de que Gooding também as tocou sem permissão. Ao todo, 19 acusadoras vieram à público denunciar o comportamento do ator. Ele também é acusado em outro processo de estuprar uma mulher na cidade de Nova York em 2013. Depois que um juiz emitiu uma sentença de condenação à revelia em julho passado, porque Gooding não respondeu ao processo, o ator contratou um advogado e está lutando contra as alegações. O último trabalho do ator foi o filme “A Vida em Um Ano”, lançado em 2020. Quatro anos antes, em 2016, ele foi indicado ao Emmy por interpretar O.J. Simpson na minissérie “American Crime Story”.
Frank Langella é investigado por assédio sexual em série da Netflix
O veterano ator Frank Langella, de 84 anos, indicado ao Oscar por “Frost/Nixon” (2008), tornou-se alvo de uma investigação interna de assédio sexual no set de uma nova produção da Netflix, a série de terror “The Fall of the House of Usher”, desenvolvida por Mike Flanagan (“Missa da Meia-Noite”). De acordo com o site TMZ, o ator supostamente fez uma piada inapropriada de natureza sexual e tocou na perna de uma atriz, questionando se ela havia gostado. A série segue sendo gravada no Canadá e nenhum registro de acusação formal foi feito. Langella tem papel coadjuvante na trama e não havia cenas programadas para ele esta semana. Um porta-voz da Netflix disse que a empresa “não comenta sobre questões de emprego ativo”. Além da indicação ao Oscar, Langella venceu quatro Tony Awards, o prêmio maior do teatro americano, e já participou de uma produção da Netflix anteriormente, como o juiz intransigente de “Os 7 de Chicago” (2020).
Sion Sono é acusado de assédio por várias atrizes japonesas
Sion Sono, diretor japonês de obras cultuadas como “O Pacto” (Suicide Club, 2001), “Exposição de Amor” (2008), “Himizu” (2011) e “Por Que Você Não Vai Brincar no Inferno?” (2013), foi acusado de assédio sexual em um artigo assinado por diversas atrizes. Publicada pelo site japonês Shukan Josei PRIME (Jprime), a acusação traz declarações anônimas que denunciam um comportamento predatório do cineasta. Segundo o artigo, Sono assediava todas as atrizes protagonistas de seus filmes. Nesta terça (5/4), a empresa produtora do diretor se manifestou sobre as acusações sem fazer defesa de Sono. “Para quem isso possa interessar, obrigado pelo apoio contínuo. Nós pedimos sinceras desculpas por qualquer inconveniente que isso pode ter causado para qualquer um envolvido. Nós faremos um novo pronunciamento após averiguar os fatos”, disse a produtora em comunicado. No domingo, o ator Matsuzaki Yuki se referiu ao histórico de assédio sexual de Sono em um post no Twitter, antes da denúncia do Jprime viralizar. “Este sempre foi o método de operação habitual de Sono – existem dezenas de vítimas”, escreveu ele. Sono fez sua estreia em inglês no ano passado, com o lançamento de “Ghostland: Terra Sem Lei”, estrelado por Nicolas Cage e Sofia Boutella. A indústria japonesa de cinema e TV foi pouco afetada pelo movimento #MeToo, que varreu pessoas poderosas do entretenimento em vários países. Apesar disso, cada vez mais denúncias têm vindo à tona. Alegações de assédio sexual foram recentemente levantadas contra o ator Kinoshita Houka e o diretor Sakaki Hideo, levando ao cancelamento dos dois filmes mais recentes deste último.
Justiça francesa confirma investigação de Gérard Depardieu por estupro
Com o último recurso negado, a Justiça francesa confirmou nesta quinta-feira (10/3) a acusação de Gérard Depardieu por “estupro” e “agressão sexual” contra a atriz Charlotte Arnould em agosto de 2018. “A câmara de inquérito [do tribunal de recurso] considera que existem, nesta fase, indícios graves ou concordantes que justifiquem que Gérard Depardieu continue sendo investigado”, disse um comunicado do Ministério Público sobre a recusa do recurso tentado pelos advogados do ator para encerrar as investigações. Arnould denunciou Depardieu em 2018, ocasião em que a polícia abriu investigações. Os fatos teriam ocorrido nos dias 7 e 13 de agosto em uma das residências parisienses do ator, durante o que foi descrito como uma “colaboração profissional”. Em sua queixa, a jovem afirmou ter sido abusada durante o ensaio informal de uma peça. Amigo de seu pai, Depardieu a teria convidado a visitá-lo para ouvir dicas e auxiliar sua carreira de atriz, já que ela é iniciante e só trabalhou em curtas. A polícia francesa chegou a arquivar a denúncia por falta de provas em 2019, mas Arnould pediu que o caso fosse reconsiderado, o que acabou acontecendo em dezembro de 2020, com a reabertura das investigações. Mas desde então o processo vem transcorrendo sem novidades. Um dos astros de cinema mais famosos da França, Depardieu nega as acusações. Nos últimos anos, ele vem acumulando escândalos. Foi surpreendido dirigindo embriagado, agrediu um paparazzi e quase foi preso ao urinar dentro da cabine de um avião em um voo entre Paris e Dublin em 2011. Depardieu também ameaçou abrir mão do passaporte francês para adotar a nacionalidade russa, visando escapar dos impostos de seu país.
Equipe de Jessi retira nota de repúdio a Eli
A equipe de administradores das redes sociais de Jessilane Alves retratou-se após emitir sua nota de repúdio ao participante Eliezer do Carmo Neto. Na quinta (3/3), os responsáveis pelos perfis sociais da participante do “BBB 22” publicaram um texto criticando uma suposta importunação sexual cometida por Eli na piscina durante a última Festa do Líder. A situação, que chegou a viralizar nas redes sociais, foi destacada na edição do programa exibida na TV aberta na noite passada, mostrando o suposto assédio e as reclamações de Jessi, mas também o contexto com o antes e o depois. A retratação teve como base uma fala de Jessi, que disse não ter sentido constrangimento com a atitude de Eli, tendo levado o avanço do colega de confinamento “na brincadeira”. “Ontem durante a edição vimos a Jessi verbalizando que apesar de ter sido “acuada” ela não se sentiu constrangida, levou na brincadeira”, diz o texto. “Assim, seguido as regras, retiraremos o posicionamento sobre [o] episódio.” De acordo com as regras do programa, estabelecidas a partir deste ano, a equipe do participante fora da casa não pode contradizer os posicionamentos do próprio participante. Isto vale também para declarações de apoio ou repúdio a outros do elenco. O texto dos administradores conclui com um entretanto. “Entretanto, reforçamos o repúdio a qualquer tipo de invasão de espaço e ações que gerem incômodo de qualquer forma. Ainda assim, não é não, em qualquer situação!”.
Tópico “Assédio no BBB” viraliza após Festa do Líder
O tópico “Assédio no BBB” viralizou no Twitter após um avanço indesejado de Eliezer do Carmo Neto sobre Jessilane Alves na piscina do programa, durante a Festa do Líder que começou na noite de quarta e se estendeu até às 6 horas da manhã desta quinta (3/3). Durante a madrugadas, as câmeras do programa flagraram Eliezer perseguindo Jessi dentro da piscina, enquanto ela pedia que ele parasse. “Sai, Eli. Para. Ô Lina, me ajudaaaaa. Ô Lina, me ajuda. Para, Eli, é sério. Por favor, para”, disse a professora, pedindo ajuda à amiga Linn da Quebrada. A produção do BBB interviu e mandou um alerta de advertência para Eliezer, que mudou de atitude no mesmo instante e ficou preocupado com a possível repercussão. Na hora, Jessi o tranquilizou. “Eli, tá tudo bem. Eu já falei que tá tudo bem e que era brincadeira”, comentou Jessi. Pouco depois, ela ainda explicou para Douglas Silva que não estava realmente incomodada com a “brincadeira”, mas com a possibilidade de sua amiga Natália Deodato, ficante de Eliezer, aparecer naquele momento e criar uma situação de conflito. “Eu não fiquei falando isso porque ele estava me acuando de fato, era por medo de a Natália aparecer. Era uma brincadeira e eu estava entendendo como uma brincadeira”, continuou ela. “Foi brincadeira, e eu entendi como brincadeira. Pelo que eles viram, eles acharam que ele estava realmente me acuando”, completou a sister. Entretanto, os perfis da professora no Twitter e Instagram publicaram uma nota de repúdio, criticando a “relativização” e a “contestação” do “direito de negar”. “Não é não! Até quando o não vai ser relativizado?”, questiona o texto. “Todos sabemos que brincadeiras existem entre homens e mulheres, porém, no momento em que um dos dois pede para parar, o que passar dali não faz mais parte de uma brincadeira.” “Nas imagens, vemos uma mulher desconfortável, tentando sair de uma situação para ela constrangedora de alguma forma”, descreve a nota. “O fato é que houve incômodo e, se houve incômodo, houve invasão do seu espaço.” “Por ela e pelas mulheres que diversas vezes se encontram em situações que não queriam estar, tentam sair delas e ainda assim são taxadas de ‘coniventes’ ou ‘exageradas'”, que “não é não” e a negativa não deve ser contestada ou relativizada”, conclui o texto. A equipe de Jade Picon também se manifestou, chamando o caso de “invasão do espaço e de privacidade”. O perfil da influenciadora comparou o ocorrido com matérias e publicações insinuando um possível romance entre Jade e seu rival no jogo, Arthur Aguiar. Já a equipe de Eliezer saiu em defesa do confinado, reforçando que tudo não passou de uma “brincadeira em consenso entre os dois”. “Na festa de ontem, rolaram várias brincadeiras, inclusive do Eli com a Jessilane na piscina. Foi uma brincadeira, mas na hora o Eli levou um atenção e ficou encucado com a situação. E, como podem ver nos vídeos, a própria Jessi disse que era brincadeira pra ele ficar tranquilo”, inicia nota. “Alguns meios de comunicação estão divulgando somente uma parte da brincadeira e distorcendo a ação do Eli. É muito importante ter a chamada de Atenção pois isso evita assédio na casa, o que não foi o caso, pois era uma Brincadeira em Consenso entre os dois. Mas agimos aqui com transparência, se estiver errado não passamos pano, mas nesse caso precisamos defender sim!”, finaliza o comunicado.
Jerry Lewis é acusado de assédio por atrizes de seus filmes
O comediante americano Jerry Lewis está sendo acusado de assédio e abuso sexual por atrizes com quem trabalhou em seus filmes, quatro anos após sua morte. As acusações foram reunidas num curta documental produzido pela revista Vanity Fair e dirigido por Amy Ziering e Kirby Dick, a dupla de “Allen contra Farrow”, da HBO. Uma das atrizes que acusa Lewis é Karen Sharpe, hoje com 87 anos, que atuou ao lado do comediante em “O Bagunceiro Arrumadinho”, de 1964. Ela diz que, durante as filmagens, o ator a chamou em seu escritório e começou a se aproximar dela. “Ele me agarrou. Começou a me acariciar. Desabotoou a calça. Francamente, fiquei estupefata.” A atriz afirma ter dito: “Eu não sei se isso é um requerimento para suas atrizes principais, mas não é algo que eu vou fazer”. Isto teria deixado o comediante “furioso”. “Eu senti que isso nunca acontecia com ele”, contou Sharpe, lembrando que a equipe de filmagem foi proibida de falar com ela depois do incidente. A atriz seguiu carreira por mais três anos, até se casar com o diretor Stanley Krammer e se aposentar, voltando a atuar apenas recentemente, após a morte do marido. Hope Holiday, hoje com 91 anos de idade, diz ter temido que suas cenas fossem inteiramente cortadas do filme de 1961 “O Terror das Mulheres”, depois que Lewis a assediou durante as filmagens. “No primeiro dia de trabalho, ele disse: ‘Você pode ir ao vestiário depois? Quero discutir o que vamos filmar amanhã’. Eu me sento e ele me tranca no vestiário. Então ele começa a dizer: ‘Sabe, você poderia ser muito atraente se não usasse calça toda hora. Nunca vi você em uma saia, você tem belas pernas e peitos’. Então ele começou a falar comigo sobre sexo”, descreveu. A partir daí, ele teria começado a se tocar na frente dela. “Eu estava com muito medo, apenas sentei ali e queria tanto sair”, acrescentou. Mais adiante, ela revelou ter sido estuprada por outro ator, sem revelar seu nome. As atrizes dizem não terem denunciado Lewis na época porque ele tinha influência demais na Paramount Pictures. Outras mulheres foram procuradas pelos documentaristas, incluindo Anna Maria Alberghetti, que viveu a princesa de “Cinderelo sem Sapato” (1960), e até as famosas Jill St. John e Connie Stevens. Jill St. John respondeu ao pedido de entrevista dizendo que não queria falar mal dos mortos, limitando-se a comentar que teve “uma experiência infeliz e desapontadora” ao trabalhar com Lewis em “Errado pra Cachorro” (1963). Já Connie Stevens foi uma voz contrastante. Principal protagonista feminina de dois filmes do comediante, “Bancando a Ama-Seca” (1958) e “Um Biruta em Órbita” (1966), ela respondeu: “Eu ouvia falar que ele era difícil com as mulheres. Mas nunca foi comigo”. E completou: “Por consequência, eu fui a única atriz em seu funeral”. Jerry Lewis faleceu em agosto de 2017, aos 91 anos. Veja o curta com as denúncias abaixo.
Marcius Melhem contesta acusações de assédio publicadas pela revista Piauí
O humorista Marcius Melhem respondeu à reportagem da revista Piauí, que trouxe à tona novas acusações de assédio e documentos que comprovariam que a Globo sabia sobre o suposto comportamento tóxico de seu ex-Diretor de Departamento de Humor. Uma longa nota com o posicionamento de Melhem e de seus advogados foi divulgada por sua assessoria. O texto rebate vários pontos do artigo, como Melhem já vinha feito anteriormente em relação à reportagem inicial, centrada em supostos abusos contra Dani Calabresa. O humorista está processando a revista devido àquela publicação, que detalhou supostos fatos com erros de informação. Leia abaixo a nova manifestação na íntegra. “Em mais uma edição completamente parcial, a revista Piauí disse ter tido acesso à investigação que corre em segredo de justiça, mas publica apenas parte do processo, distorce a realidade e omite fatos e provas da defesa de Marcius Melhem. Aos fatos: A cena do flat da atriz não aconteceu da forma descrita pela Piauí. A revista omite que a atriz seguiu amiga de Marcius por muitos anos após o episódio, convidando seu suposto abusador para seu casamento e para ir à sua casa conhecer sua filha recém-nascida, para citar dois exemplos. A relação só estremeceu 5 anos depois, quando ela não foi convidada para o programa ‘Fora de Hora’. A troca de mensagens entre ambos nesse período é a prova de que não houve nada de traumático na relação entre eles, até que ela fosse recrutada. Quando descreve as brincadeiras que ocorriam no ambiente do humor, algumas em tom sexual, a Piauí não revela o farto material probatório apresentado pela defesa de Marcius Melhem de que as brincadeiras ocorriam dos dois lados. A atriz que o acusa de “exigir um boquete”, por exemplo, foi sua namorada por mais de um ano e ambos trocavam mensagens picantes da intimidade típica de casais. Há farto material comprobatório do namoro, cujo término não foi bem recebido pela atriz conforme dezenas de áudios e mensagens anexados ao processo. Até pouquíssimo tempo antes da denúncia de Dani Calabresa esta atriz ainda estava inconformada de ser apenas amiga. Depois assumiu a frente da vingança. Nos emails internos da TV Globo, a própria Piauí afirma que como resultado do compliance Melhem não foi demitido, mas sim afastado das suas funções de gestor. Em seguida afirma que foi demitido. Uma narrativa errática e confusa. A Piauí, que tem acesso a todo material que está sob sigilo, estranhamente disse não ter acesso a anexos do email do advogado Helcio Alves Coelho, membro do departamento de Compliance do Grupo Globo, onde estariam as conclusões do compliance. Tivesse a Globo apurado que houve assédio sexual teria feito homenagens a Melhem em sua saída? A Piauí chega a citar como testemunha de acusação um ator que em depoimento desmentiu a Piauí do começo ao fim. Esses são apenas alguns exemplos de mais um festival de absurdos da Piauí, que, no papel de assessoria de comunicação da acusação, vai tentar provar que não está errada desde o início. Não dará certo. Por respeito à Justiça, Melhem não pode expor suas provas nesse momento. Parece que o segredo só vale para Melhem, mas não será para sempre. Quando a Justiça autorizar, a opinião pública irá conhecer toda a verdade, sem versões parciais e distorcidas. E muitos irão se chocar com o que está por trás das acusações na justiça e dos vazamentos fora dela”.
Novas acusações de assédio contra ex-diretor da Globo vêm à tona
A revista Piauí publicou nesta segunda (14/2) uma nova reportagem sobre o escândalo de assédio sexual envolvendo o comediante e ex-diretor do Departamento de Humor da Globo Marcius Melhem. A publicação chegou a ser proibida por seis meses pela Justiça do Rio, sendo liberada por decisão do ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal, garantindo à Piauí o direito à liberdade de imprensa. Em sua investigação jornalística, o repórter João Batista Jr. teve acesso aos depoimentos judiciais das denunciantes e a documentos da rede Globo. Os relatos chocam por descrever em detalhes os até aqui supostos assédios cometidos por Melhem, que teria agarrado e tentado beijar uma atriz à força apenas de toalha, num flat da Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, ao estilo do produtor americano e Harvey Weinstein. O nome da atriz – assim como os das demais mulheres que denunciaram o ator – segue mantido sob sigilo. Entre os depoimentos, há acusações de que, no flat que a Globo alugava para funcionar como redação do núcleo de humor, Melhem recebia atrizes de “cuecas, com as calças abaixadas ou sem calças”, chamava mulheres de “piranha” e chegou a dizer para uma novata que merecia receber um boquete por tê-la contratado para a Globo. As denúncias apontam um ambiente tóxico, em que Melhem falava de sexo o tempo inteiro, insinuando-se para atrizes com falas como “Você faz parte das minhas fantasias sexuais” ou “Como você está gostosa com essa roupa”. Uma acusação diz que ele também pegava as mãos de mulheres e as colocava sobre sua genitália. Mais de uma das vítimas disseram que foram profissionalmente boicotadas por terem resistido às investidas sexuais. Confrontado, Melhem disse em seu próprio depoimento judicial que era tudo “brincadeira”. A Piauí contou seis respostas com a palavra “brincadeira” para acusações de comportamento inadequado. A reportagem também jogou luz sobre a “operação abafa” da Globo. Segundo documentos obtidos pela publicação, Melhem foi demitido em 2020 após uma investigação interna concluir que o então diretor do Departamento de Humor teve comportamento inadequado com suas subordinadas. Só que, na ocasião, a emissora divulgou um comunicado dizendo que a iniciativa de sair da Globo tinha sido do humorista. Esta informação foi posteriormente retificada para uma saída “em comum acordo”, seguida por elogios rasgados a Melhem por sua “importante contribuição para a renovação do humor nas diversas plataformas da empresa”. Um documento assinado por Helcio Coelho, o advogado que colheu os depoimentos das vítimas de Melhem na Globo, incluindo Dani Calabresa, revela que a história foi muito diferente. Não houve nada de comum acordo. Melhem foi sumariamente demitido. “Com base na apuração realizada, a Comissão de Ética e a gestão da empresa decidiram pela rescisão imediata do contrato do executivo, perdendo desta forma o seu cargo de gestão, e pela suspensão por quatro meses dos seus contratos de ator e roteirista. Após o período de afastamento, [o então diretor da emissora] Carlos Henrique Schroder avaliará o seu retorno”, diz o memorando oficial. Após o período citado, a Globo soltou a agora notória nota do “comum acordo”. Em uma carta endereçada à Delegacia de Atendimento à Mulher, por ocasião da denúncia criminal de abuso, a diretora do Compliance da Globo, Ana Carolina Bueno Junqueira Reis confirmou que o tema da investigação interna da emissora eram “alegações de práticas abusivas por parte do sr. Marcius Melhem”, e que a Comissão de Ética decidiu recomendar “a perda do cargo de gestão, com efeitos imediatos” e o “afastamento completo do profissional por um período de 180 dias”. Procurado pela revista para oferecer sua versão dos fatos, Melhem mandou uma nota assinada por seus advogados, cuja íntegra diz o seguinte: “A revista Piauí se tornou assessora de imprensa da acusação. Não apura corretamente fatos importantes, publica inverdades, ignora provas e sequer faz desmentidos de situações comprovadamente falsas. Agora publica uma matéria seis meses desatualizada de informações fundamentais que a investigação trouxe à tona. Sendo assim, que publique as suas inverdades e distorções. A Justiça a desmentirá.”











