Kristen Bell negocia voltar a viver Veronica Mars em revival da série cult
A cultuada série “Veronica Mars” deve ganhar revival. Segundo a revista Variety, o produtor Rob Thomas está negociando com o serviço de streaming Hulu uma nova leva de episódios da atração, que voltará a ser estrelada por Kristen Bell. O contrato ainda não foi fechado, portanto os detalhes são vagos. Mas a trama provavelmente vai reencontrar a personagem-título após os eventos do telefilme de 2014, que marcou o primeiro revival da atração, uma das melhores séries adolescentes já feitas. O que estaria dificultando o projeto é a agenda lotada de Kristen Bell, que atualmente estrela a série de comédia “The Good Place” e se prepara para gravar sua voz em “Frozen 2”. Caso ganhe sinal verdade, a série deve voltar com duração reduzida, entre oito e dez episódios. A notícia coincide com afirmações anteriores da atriz e de Rob Thomas, que em duas ocasiões diferentes de 2017 mencionaram planos de retomar “Veronica Mars” como minissérie. “Veronica Mars” foi originalmente exibida entre 2004 e 2007 e se tornou cultuadíssima, como uma versão irônica de “Nancy Drew”. O humor ácido e auto-referencial revolucionou as séries de adolescentes, influenciando produções tão diferentes quanto “Gossip Girl” e “Riverdale”, sem esquecer, claro, de “iZombie”, do mesmo escritor. No Brasil, a série ganhou o subtítulo equivocado de “A Jovem Espiã”. Mas a personagem sempre foi uma aspirante a detetive, trabalhando com o pai detetive particular (vivido por Enrico Colantoni), para ajudá-lo a limpar seu nome, após ele ser considerado incapaz de continuar como chefe de polícia diante da repercussão de um grande caso de assassinato em sua cidadezinha. Por curiosidade, a intérprete da vítima, que também era a melhor amiga de Veronica, foi ninguém menos que Amanda Seyfried, estrela do musical “Mamma Mia!”. A maioria do elenco original da série voltou a se juntar no telefilme de 2014, filmado graças ao apoio dos fãs, via campanha do Kickstarter, que na época bateu recorde de arrecadação. Ironicamente, a Warner TV achava que não haveria interesse dos fãs num resgate da série, e só percebeu o entusiasmo quando os números surpreenderam o mercado. Agora, o estúdio se prepara para continuar a trama, junto com Bell e Thomas, mostrando as aventuras da Veronica adulta.
John Krasinski diz que adoraria participar do revival da série The Office
O ator John Krasinski deu uma divertida entrevista para o programa de Ellen DeGeneres, em que falou das filhas, da barba, seu medo de filmes de terror, seu recente trabalho como diretor num filme de terror (“Um Lugar Silêncio”) e, por último, a volta da série “The Office”, que ele estrelou por nove temporadas. Veja abaixo. Depois de indicar que soube do projeto de revival “na Internet”, Krasinski se mostrou chateado por não ter sido contatado e imaginou que talvez a presença de seu personagem, Jim Halpert, não fosse desejada na continuação da série. Perguntado se aceitaria voltar ao papel, se convidado, ele foi totalmente positivo. “Oh, meu deus, você está brincando?”, disse. “Eu adoraria juntar de novo aquela gangue”. Krasinski interpretou o vendedor de papel Jim Halpert na série da rede NBC – por sua vez baseada numa sitcom britânica. O romance do personagem com a recepcionista Pam Beesly (interpretada por Jenna Fischer) foi a trama mais marcante durante a evolução do programa.
Série clássica The Office pode voltar a ser produzida com parte do elenco original
A rede NBC está desenvolvendo um revival da série “The Office”, segundo o TVLine. Fontes do site afirmam que os planos são para trazer de volta a produção com integrantes do elenco original e novos funcionários da empresa de papel Dunder Mifflin, da cidade de Scranton. A NBC se recusou a comentar ou confirmar a notícia. Mas embora não haja muitas informações sobre o projeto, é praticamente certo que Steve Carell, que atuou como o gerente Michael Scott, não estará envolvido na nova série. Em janeiro, ele fez uma pegadinha com seus seguidores do Twitter, anunciando a volta de “The Office”. E a internet veio abaixo, com reproduções do tuíte por inúmeros fãs, que comemoraram o retorno da série, exibida entre 2005 e 2013 e vencedora do Emmy. Mas pouco depois, o próprio Carell corrigiu a informação. Em outro post, ele revelou que se tratava de um equívoco: “Espera, desculpa. Eu quis dizer Will & Grace! (erro de digitação)”. Veja abaixo. Um mês antes do relançamento bem-sucedido de “Will & Grace”, o presidente da rede, Bob Greenblatt, revelou a jornalistas que sua lista de desejos de revivals dos anos 2000 incluía ainda “The Office” e “30 Rock”. “Muitas vezes falamos sobre ‘The Office'”, afirmou o executivo ao site Deadline. “Eu conversei com Greg [Daniels] quatro vezes nos últimos anos. É sempre ‘talvez um dia, mas não agora’. Certamente, há um convite aberto. Se ele quiser fazer isso, eu faria isso”. O relançamento de “Will & Grace” foi um dos maiores sucessos críticos e comerciais da NBC em 2017. Na semana passada, a sitcom recebeu várias indicações ao Globo de Ouro 2018, incluindo Melhor Série de Comédia.
Kristen Bell diz que Veronica Mars vai voltar como minissérie
Uma década após o cancelamento de “Veronica Mars”, a atriz Kristen Bell não esquece da série que a projetou e, após voltar a se reunir com o elenco original e o criador Rob Thomas num filme bancado pelo financiamento coletivo de fãs em 2014, ela afirma que retomará o papel em breve. Desta vez, numa minissérie. “Rob e eu estamos em constante contato, nós falamos o tempo todo sobre como vamos trazer a série de volta. Todo mundo está disposto a se esforçar para que isso aconteça”, contou Bell em entrevista ao site Indiewire. Curiosamente, quem lhe perguntou a respeito do revival foi Ryan Hansen, que também ficou conhecido com “Veronica Mars”. Os dois voltaram a trabalhar juntos na nova série do ator, “Ryan Hansen Solves Crimes on Television”, no YouTube Red, e a entrevista era sobre este lançamento. “Não vamos fazer os fãs pagarem pela produção, como aconteceu com o filme, e o nosso formato funciona muito melhor com episódios, como uma série ou minissérie. Mas eu preciso dizer que isso definitivamente vai acontecer”, completou a atriz, que atualmente se multiplica em diferentes telas, como estrela da melhor série de comédia atual da TV aberta americana, “The Good Place”, e na continuação “Perfeita É a Mãe 2”, que estreia em dezembro no Brasil – sem esquecer as dublagens de “Frozen 2”. “Veronica Mars” foi originalmente exibida entre 2004 e 2007 e se tornou cultuadíssima, como uma versão irônica de “Nancy Drew”. O humor ácido e auto-referencial revolucionou as séries de adolescentes, influenciando produções tão diferentes quanto “Gossip Girl” e “Riverdale”, sem esquecer, claro, de “iZombie”, do mesmo escritor. Vale lembrar que “Veronica Mars” chegou a ser exibida na rede CW, no primeiro ano de existência do canal, que atualmente exibe “iZombie”. Mas de Netflix a YouTube Red, não devem faltar interessados no projeto. O maior problema é realmente encontrar uma brecha na agenda de Kristen Bell.
Morgan Freeman vai estrelar cinebiografia do ex-secretário de Defesa dos EUA Colin Powell
O ator Morgan Freeman (“Despedida em Grande Estilo”) vai interpretar o ex-secretário da Defesa dos Estados Unidos Colin Powell em uma cinebiografia, focada em sua atuação no governo de George W. Bush. Segundo o site da revista The Hollywood Reporter, o filme será chamado de “Powell” e terá direção de Reginald Hudlin (“O Príncipe das Mulheres”). Chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas dos EUA durante a presidência de George Bush pai, Powell se tornou o primeiro negro a assumir a chefia da diplomacia americana em 2001, no governo do filho de Bush, período em que os Estados Unidos sofreram seu pior atentado terrorista, com a queda das Torres Gêmeas de Nova York, e entraram em guerra contra o Afeganistão e o Iraque. Considerado um dos heróis da primeira Guerra do Golfo, Powell inicialmente se opôs à invasão americana no Iraque, já que duvidava que Saddam Hussein possuísse armas de destruição em massa. No entanto, mudou de ideia com uma famosa alegação por escrito no Conselho de Segurança da ONU. Essa decisão foi descrita por ele, anos depois, como um dos piores momentos de sua carreira política. Os EUA nunca encontraram os supostos armamentos que justificaram a invasão ao Iraque. O filme focará os motivos que levaram Powell a mudar de ideia sobre a invasão. Ainda não há previsão para a estreia.
Michael Parks (1940 – 2017)
Morreu o ator americano Michael Parks, que era figura constante nos filmes do cineasta Quentin Tarantino. Ele faleceu nesta quarta-feira (10/5) aos 77 anos. Parks nasceu em abril de 1940, na Califórnia, e começou sua carreira no começo dos anos 1960, aparecendo nas séries “Os Intocáveis”, “Gunsmoke”, “Perry Mason” e “Rota 66”, entre outras. Ele estreou no cinema como um jovem rebelde em dois filmes cultuados de 1965, “Na Voragem do Amor” e “Vítima de um Pecado”, pelos quais chegou a ser comparado a James Dean. E até mesmo trabalhou com o diretor John Huston no clássico “A Bíblia” (1966), em que tinha o papel de Adão. Foi ainda um estudante de arte arrogante em “O Ídolo Caído” (1966) e um hippie em “Acontece Cada Coisa” (1967), antes da carreira cinematográfica estagnar. Voltando-se para a TV, acabou estrelando sua primeira série, “Then Came Bronson”, como o repórter desiludido Jim Bronson, que pega a estrada em sua Harley Davidson para se encontrar. A série durou apenas uma temporada, exibida entre 1969 e 1970, mas marcou o jovem Quentin Tarantino, que a descreveu como “a atuação mais naturalista que eu já vi em um programa de TV”. Na época do cancelamento, houve boatos de que uma disputa contratual com a Universal lhe rendeu a fama de ser um ator difícil, o que teria impedido sua carreira de deslanchar, sendo evitado pelos grandes estúdios. Mesmo assim, ele seguiu alternando participações em séries e filmes. Entre as curiosidades dessa filmografia intermediária, destacam-se dois longas de ação de Andrew V. McLaglen com grande elenco, “Missão: Assassinar Hitler” (1979) e “Resgate Suicida” (1980), o thriller “Tocaia no Deserto” (1988) em que fazia parceria com uma policial lésbica, vivida por Denise Crosby, e o terror “A Praia do Pesadelo” (1989), sobre um serial killer motoqueiro que atacava garotas de biquíni, com direção do lendário Umberto Lenzi (“Canibal Ferox”). Mas o renascimento de sua carreira aconteceu pela TV, como o principal antagonista da 2ª temporada de “Twin Peaks”, no papel de Jean Renault, um criminoso charmoso, envolvido em diversas falcatruas da série, que acabava morto pelo protagonista. Logo após este destaque, o diretor Robert Rodriguez o escalou em “Um Drink no Inferno” (1995), filme escrito e coestrelado por Quentin Tarantino, e ambos os cineastas se viram hipnotizados por sua performance como o policial Earl McGraw, à caça de criminosos em fuga, rumo a um desfecho de filme de terror sobrenatural. “Ele sempre foi considerado o ator que deveria substituir James Dean quando James Dean morreu, e seu naturalismo foi incrível de assistir”, chegou a dizer Rodriguez. Quentin Tarantino criou uma continuidade pouco comentada entre “Um Drink no Inferno” e “Kill Bill” (2003), ao escalar Parks no mesmo papel, nos dois volumes de seu thriller de lutas marciais. Além disso, Rodriguez e Tarantino utilizaram o personagem Earl McGraw para estabelecer um universo compartilhado entre seus filmes do projeto “Grindhouse” de 2007, “Planeta Terror” e “À Prova de Morte”. Parks foi, na prática, o responsável por conectar os diferentes filmes do universo cinematográfico de Tarantino. Ele ainda participou de “Django Livre” (2012), de Tarantino, seu segundo western indicado ao Oscar, após se destacar em “O Assassinato de Jesse James pelo Covarde Robert Ford” (2007). Entre um e outro, encontrou outro fã cineasta, Kevin Smith, que o escalou como o líder homofóbico de uma seita religiosa, no polêmico thriller “Seita Mortal” (2011), e como um louco sádico, que transforma cirurgicamente um homem numa morsa, em “Tusk” (2014). Graças à sua interpretação em “Seita Mortal”, Parks ganhou o prêmio de melhor ator no Festival de Cinema Fantástico de Sitges, na Espanha, em 2011. Em um tributo no Instagram, Kevin Smith acrescentou: “Ele elevou qualquer filme ou programa de TV em que esteve e elevou cada diretor para quem atuou. Eu foi tão… abençoado por ter trabalhado com esse gênio de boa-fé”. Entre seus últimos trabalhos, incluem-se ainda o vencedor do Oscar “Argo” (2012), o elogiado terror canibal “Somos o Que Somos” (2013) e o thriller “Herança de Sangue” (2016), com Mel Gibson.
Netflix já iniciou negociações para uma nova temporada de Gilmore Girls
A Netflix já abriu negociações com Amy Sherman-Palladino e Dan Palladino para uma nova temporada de episódios de “Gilmore Girls”. A revelação foi feita por Ted Sarandos, presidente de conteúdo da plataforma de streaming, durante um encontro com a imprensa do Reino Unido no fim de semana. Quando a Netflix reviveu a série para um última temporada, já se imaginava que seria um sucesso. Mas o desempenho superou as expectativas de todos, de modo que a plataforma quer continuar o exibir novos episódios, aproveitando como gancho o desfecho do revival, que deixou os fãs querendo saber mais. Sarandos afirmou que adoraria trazer mais episódios para a Netflix e que está trabalhando pra que isso aconteça o quanto antes. Não fazia parte dos planos iniciais, mas Amy Sherman-Palladino, a criadora da série, também já mostrou atenta à repercussão. Em entrevista à revista The Hollywood Reporter, ela disse que se sente com a missão cumprida, mas tudo pode acontecer. “Nós tínhamos uma jornada bem específica na nossa cabeça e nós completamos a jornada, disse a roteirista-produtora. “Para nós, esse foi o impacto que queríamos causar. E toda essa questão se vai ter mais, vai ter mais, vai ter mais, nós temos que jogar para o universo. Temos que colocar isso para dormir. O que acontecer, vai acontecer”. Refletindo o apelo dos fãs por novos episódios, o ator Scott Patterson, que interpreta Luke na atração, é mais otimista. “Seria legal fazer isso todo ano. Talvez uma vez a cada dois anos, fazer uma coisa de três meses de gravação, fazer mais quatro episódios. Foi fácil fazer isso. Foi divertido”, disse. A minissérie também marcou o terceiro revival de atrações clássicas da TV na Netflix, após o sucesso da 4ª temporada da série de comédia “Arrested Development” e da continuação/spin-off de “Três É Demais”, intitulada em inglês “Fuller House”.
Matthew Broderick vai estrelar a 2ª temporada de American Crime Story
O ator Matthew Broderick, atualmente em cartaz no drama “Manchester à Beira-Mar”, que concorre ao Oscar 2017, vai estrelar sua primeira série televisiva. O eterno Ferris Bueller de “Curtindo a Vida Adoidado” (1986) vai interpretar o diretor da Agência Federal de Gestão de Emergências (FEMA), na 2ª temporada de “American Crime Story”. Após o sucesso de “The People v O.J. Simpson”, a nova temporada da série de antologia vai se concentrar na tragédia da passagem do furacão Katrina por Nova Orleans. O personagem de Broderick é Michael D. Brown, que foi acusado de negligência na resposta à situação catastrófica causada pelo furacão, em 2005. Mais de mil pessoas morreram e os prejuízos totais no sul dos Estados Unidos foram calculados em US$ 81 milhões. Brown chegou a ser publicamente elogiado por George W. Bush na época da tragédia, mas acabou pedindo demissão algumas semanas depois, devido às críticas a seu trabalho. Além de Broderick, a produção tem confirmada a participação de Annette Bening (“Minhas Mães e Meu Pai”) no papel de Kathleen Blanco, governadora da Louisiana na época. Ela também foi severamente criticada pela demora em realizar a evacuação da cidade de Nova Orleans e por não organizar ajuda aos que ficaram. A série vai apresentar a tragédia do Furacão Katrina como um crime cometido por servidores públicos, que possuíam recursos financeiros nas mãos para minimizar o impacto do fenômeno natural.
Richard Hatch (1945 – 2017)
Morreu o ator Richard Hatch, que se tornou conhecido como o Capitão Apollo da série clássica “Galactica: Astronave de Combate” (Battlestar galactica), grande sucesso do fim da década de 1970. Ele lutava contra um câncer avançado no pâncreas e faleceu na terça-feira (7/2), aos 71 anos. “Richard Hatch era um bom homem, amável, e um profissional perfeito. Sua morte é um duro golpe para toda a família ‘BSG’, escreveu Ronald D. Moore, criador da nova versão televisiva da história, em seu Twitter — o reboot ficou no ar entre 2004 e 2009 e também contava com Hatch no elenco. O ator nasceu em 1945, em Santa Monica, na Califórnia, e iniciou a carreira televisiva com uma participação na novela “All My Children” em 1971. Logo se tornou bastante requisitado, aparecendo em inúmeras séries clássicas dos anos 1970, de “Kung Fu” a “Havaí 5-0”, e até teve participação recorrente como um integrante da família de “Os Waltons”, antes de conquistar seu primeiro papel fixo, como o inspetor Dan Robbins, substituindo Michael Douglas na 5ª e última temporada de “San Francisco Urgente”, em 1978. Mas foi por “Battlestar Galactica” que ganhou legiões de fãs. A série foi a primeira tentativa televisiva de realizar uma produção com nível cinematográfico. Tanto que os primeiros episódios foram exibidos nos cinemas em diversos países. A série foi criada por Glen A. Larson, que depois faria “Buck Rogers”, “A Supermáquina”, “Duro na Queda” e “Magnum”, entre outras. Mas tão importante quanto o roteirista foram os efeitos visuais empregados na atração. Um dos produtores era John Dykstra, supervisor de efeitos de “Guerra nas Estrelas” (1977), que trouxe para o projeto um virtuosismo visual até então inédito na TV. A premissa era uma espécie de “Eram os Deuses Astronautas?” misturado à “batalhas navais” que aconteciam no espaço. Combinando mitologias de antigas civilizações, dos egípcios aos gregos, a trama acompanhava um grande êxodo espacial, após um ataque alienígena destruir 12 planetas, com os últimos sobreviventes buscando um novo lar na 13ª colônia, que tinha se tornado perdida há muitos anos. O problema é que os inimigos, chamados de cylons, vinham atrás para destruir as naves que escaparam. E a única nave de combate que restara era a Galactica, uma espécie de porta-aviões espacial, que abrigava pequenos caças capazes de enfrentar as forças alienígenas. O Capitão Apollo, personagem de Hatch, era o líder do esquadrão de caças e filho do Comandante Adama (o veterano Lorne Greene, patriarca de “Bonanza”), principal oficial da Galactica. A série era caríssima e durou só uma temporada de 21 episódios. Graças à sua popularidade, porém, a rede ABC retomou a produção em 1980 com novo título, “Galactica: Batalha nas Estrelas” (1980), e menos efeitos visuais. A redução de custos foi obtida com a chegada da nave à colônia perdida: o planeta Terra. Infelizmente, vários personagens não sobreviveram à transição, entre eles os dois favoritos do público, Apollo e seu parceiro Starbuck. De todo modo, a série voltou a ser cancelada após o novo ciclo e nunca mais voltou ao ar na TV aberta. O ator foi reaparecer na 5ª temporada da série “Dinastia”, além de acumular passagens por atrações da época, de “Ilha da Fantasia” a “SOS Malibu” (Baywatch). Mas jamais superou o reconhecimento obtido por “Galactica”. Diante dos inúmeros convites para participar de convenções de fãs, ele chegou a escrever, produzir e estrelar um curta-metragem em forma de trailer em 1999, intitulado “Battlestar Galactica: The Second Coming”, com vários integrantes do elenco original, para tentar convencer a rede ABC a retomar a série. “The Second Coming” nunca virou realidade. Mas o sucesso do trailer nas convenções mostrou que a franquia tinha potencial para ser revivida. Isto acabou acontecendo em 2003, pelas mãos do produtor e roteirista Donald D. Moore, no canal pago Sci-Fi (atualmente, renomeado SyFy). O revival aconteceu como uma minissérie de dois episódios, que aproveitou a maior liberdade da TV paga para deixar a premissa mais sexy, violenta, política e realista. O sucesso foi tanto que o canal encomendou a produção de uma série semanal. E “Battlestar Galactica” virou a franquia mais importante do Sci-Fi, acumulando picos de audiência, prêmios, telefilmes, quadrinhos e spin-offs. Ciente da importância de Hatch para a série, Moore o trouxe à bordo da nova versão como um novo personagem, um líder rebelde e oportunista, chamado Tom Zarek, que ajudou a movimentar a trama. Ao fim do reboot de “Battlestar Galactica”, o ator voltou ao cotidiano de participações em convenções. Mas não reclamava. “‘Battlestar Galactica’ foi um marco histórico. Ela me permitiu viver meus sonhos e fantasias de infância”, disse, em seu site oficial.
John Hurt (1940 – 2017)
Morreu o ator inglês John Hurt, que marcou a história do cinema e da TV com personagens icônicos. Ao longo da carreira, ele enfrentou alienígenas e ajudou Indiana Jones, caçou espiões e foi caçado pelo Big Brother, viajou no tempo na Tardis e fabricou a varinha mágica de Harry Potter, deixando uma filmografia memorável de mais de cinco décadas de papéis inesquecíveis, vindo a falecer na sexta (27/1) em sua casa, em Norfolk, no interior da Inglaterra, aos 77 anos, após uma longa luta contra um câncer de pâncreas. Sua longa carreira começou nos anos 1960, com pequenos papéis em filmes como “O Homem que Não Vendeu sua Alma” (1966), “O Marinheiro de Gibraltar” (1967), “O Irresistível Bandoleiro” (1969) e “À Procura do Meu Homem” (1969), mas só foi se destacar na década seguinte por uma série de escolhas ousadas, a começar pelo papel de vítima do caso real de “O Estrangulador de Rillington Place” (1971) e o de canibal em “O Carniçal” (1975). O ponto de virada, porém, aconteceu na TV, no telefilme “Vida Nua” (1975) sobre a vida de Quentin Crisp. O escritor que exibia sua homossexualidade com orgulho, andando maquiado pelas ruas, era uma figura popular na Inglaterra, mas Hurt foi aconselhado por seus agentes a não vivê-lo na TV. Disseram que ficaria marcado como gay e nunca mais trabalharia novamente. Hurt ignorou os avisos e estrelou sua primeira obra como protagonista. Como resultado, ganhou seu primeiro reconhecimento da Academia britânica, o BAFTA de Melhor Ator. E, empolgado, assumiu em seguida um papel ainda mais controvertido, como o imperador Calígula na minissérie “Eu, Cláudio” (1976). O destaque obtido nas duas obras levou o diretor Alan Parker a escalá-lo em “O Expresso da Meia-Noite” (1978), como um prisioneiro viciado numa cadeia turca. A interpretação magistral lhe rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante e o seu segundo prêmio BAFTA. O papel pelo qual é mais lembrado, porém, não lhe rendeu troféus, mas fez sua popularidade atingir as estrelas. Em 1979, ele seguiu o diretor Ridley Scott para a morte certa, a bordo de uma nave espacial. Hurt foi a primeira vítima do que viria a se tornar uma franquia, dando “luz” ao terror de “Alien” (1979), literalmente com suas entranhas. A cena em que sua barriga explode, para o surgimento de um bebê alienígena, entrou para a história do cinema. Tornou-se tão famosa que rendeu até paródias – inclusive com o próprio Hurt revivendo o papel do astronauta Kane em “S.O.S. – Tem um Louco Solto no Espaço” (1987), de Mel Brooks. Sua segunda e última indicação ao Oscar veio logo em seguida, desta vez na categoria de Melhor Ator, sob a maquiagem pesada de “O Homem Elefante” (1980), de David Lynch. Para viver John Merrick, Hurt precisou demonstrar capacidade de se comunicar sob as próteses que o deformavam, realçando seu enorme talento para transmitir emoções. Consagrado, foi coadjuvar o western épico “O Portal do Paraíso” (1980), de Michael Cimino, uma das obras mais caras da época. O fracasso do projeto faliu o estúdio United Artists e até hoje rende discussões apaixonadas entre cinéfilos. Mas representou o fim de uma era para o cinema americano. Não por acaso, os próximo trabalhos do ator em Hollywood foram comédias de estilo besteirol, vivendo Jesus Cristo em “A História do Mundo – Parte I” (1981), de Mel Brooks, e um policial gay em “Dois Tiras Meio Suspeitos (1982), de James Burrows. Após estrelar o suspense “O Casal Osterman” (1983), do mestre Sam Peckinpah, Hurt voltou a filmar com cineastas ingleses, rodando o thriller “O Traidor” (1984), com Stephen Frears, e a sci-fi “1984” (1984), com Michael Radford. Seu retorno à ficção científica novamente marcou época, dando à história clássica do Big Brother de George Orwell sua versão definitiva, com uma cenografia retrô, que entretanto não podia ser mais visionária. Hurt continuou se destacando também em produções de época, como “Incontrolável Paixão” (1987), passada na África colonial e dirigida por Radford, e “Escândalo: A História que Seduziu o Mundo” (1989), de Michael Caton-Jones, sobre um affair entre uma stripper e um ministro britânico nos anos 1960. Sua filmografia seguiu crescendo. Entre comédias americanas ligeiras como “Este Advogado É Uma Parada” (1987) e “Rei Por Acaso (1991), e dramas britânicos sérios, como “Terra da Discórdia” (1990), de Jim Sheridan, e “Uma Nova Chance” (1994), de Chris Menges, também encontrou espaço para um terror B, como “Frankenstein – O Monstro das Trevas” (1990), realizado por ninguém menos que Roger Corman, uma sci-fi sofisticada, como “Contato” (1997), de Robert Zemeckis, e um blockbuster épico, como “Rob Roy: A Saga de uma Paixão” (1995), de Caton-Jones. O século 21 ampliou sua galeria de blockbusters, com participações nas franquias “Harry Potter” (2001-2011) e “Hellboy” (2004-2008), na adaptação de quadrinhos “V de Vingança” (2005), na aventura “Indiana Jones e o Reino da Caveira de Cristal” (2008), e mais recentemente no premiado suspense “O Espião Que Sabia Demais” (2011) e na sci-fi “Expresso do Amanhã” (2013). A voz rouca, capaz de soar serena ou ameaçadora, também lhe rendeu diversos trabalhos de dublagem e narração, em obras tão distintas quanto a versão animada de “O Senhor dos Anéis” (1978), de Ralph Bakshi, “Tigrão – O Filme” (2000), da Disney, e até “Dogville” (2003) e “Manderlay” (2005), de Lars Von Trier – sem esquecer a voz do dragão da série “As Aventuras de Merlin” (2008-2012). Entre seus últimos papéis, estão participações nas séries “Doctor Who” em 2013, como o personagem-título, e “The Last Panthers” (2015), além do filme “Jackie” (2016), indicado ao Oscar 2017. Incansável, Hurt deixou três filmes inéditos e trabalhava no quarto, a cinebiografia de Winston Churchill, “The Darkest Hour”, quando faleceu. Sua excepcional filmografia foi reconhecida com um BAFTA especial pela contribuição excepcional para o cinema britânico em 2012, além da distinção de ter sido nomeado cavaleiro da Ordem do Império Britânico pela Rainha Elizabeth II em 2015. Na mesma época, anunciou que lutava contra o câncer. John Hurt possui ainda a distinção de ter sido o ator que mais morreu em cena, na história do cinema. Mas sua lembrança permanecerá viva eternamente em papéis que encantaram gerações, e continuarão encantando por anos a fio. Nas redes sociais, os diversos artistas que se manifestaram sintetizaram suas homenagens basicamente numa palavra-chave: “Inspiração”.
Diretor quer fazer continuação do terror cultuado Donnie Darko
O diretor Richard Kelly foi considerado um visionário por conta de seu longa de estreia, o cultuadíssimo terror “Donnie Darko”, estrelado pelo jovem Jake Gyllenhaal em 2001. Mas nenhum de seus poucos trabalhos posteriores teve a mesma repercussão. Não por acaso, ele agora quer fazer uma continuação. “Acredito que exista algo maior e mais ambicioso para realizar nesse universo. É algo grande e caro e há tempo para chegar lá. Quero ter certeza de que conseguimos o orçamento que faça justiça [à ideia] sem concessões”, contou Kelly, em entrevista ao site HVM. Ele não dirige nenhum longa desde que lançou “A Caixa” em 2009. Entre este e “Donnie Darko”, fez só mais um filme, “Southland Tales: O Fim do Mundo” (2006), uma sci-fi ambiciosa e caríssima, que nem a presença de Dwayne Johnson impediu de se transformar num grande fiasco de público e crítica. Segundo conta, essa demora entre suas produções se deve ao escopo dos projetos. “Tenho trabalhado em projetos diferentes. O problema é que eles são muito ambiciosos e caros (…) Pretendo tirar o atraso e fazer alguns na sequência”, diz o diretor, que promete dirigir um novo filme em 2017, sem dar maiores informações. Vale lembrar que “Donnie Darko” já teve uma sequência: “S. Darko: Um Conto de Donnie Darko” (2009), produzida com baixo orçamento e centrada na irmã do protagonista original. A produção não teve nenhuma participação do diretor e saiu direto em DVD.
Quadrinhos de Witchblade podem ganhar nova série de TV
Os quadrinhos de “Witchblade” podem ganhar uma nova adaptação televisiva. Segundo o site The Hollywood Reporter, a rede NBC encomendou a produção de um roteiro para um possível piloto da atração. A adaptação está a cargo de Carol Mendelsohn (criadora de três spin-offs da franquia “CSI”) e Caroline Dries (showrunner de “The Vampire Diaries”). Criada por Marc Silvestri em 1995, a publicação da Top Cow Comics gira em torno de uma detetive do departamento de homicídios, chamada Sara Pezzini, que usa uma pulseira capaz de lhe dar visões sobrenaturais e se transformar em vários objetos, desde uma armadura até uma espada. “Witchblade” já virou uma série antes, estrelada por Yancy Butler, com duas temporadas produzidas entre 2001 e 2002 para o canal pago TNT, e até um anime de 24 episódios, desenvolvido por um estúdio japonês em 2006, com uma trama completamente diferente.
Continuação de Senhores do Crime começa a ser filmada em março com Viggo Mortensen
A continuação de “Senhores do Crime” (2007), filme sobre a máfia russa dirigido por David Cronenberg, vai enfim sair do papel. De acordo com os sites Digital Spy e Consequence of Sound, um aviso de escalação de elenco aponta que a produção está prestes a ser filmada, com seu início de produção marcado para março. Intitulada “Body Cross”, a sequência foi escrita pelo mesmo roteirista do filme original, Steven Knight, que há anos tenta o projeto do papel. Além de escrever, ele também vai dirigir o filme. Será seu terceiro trabalho na função, após os thrillers “Redenção” (2013) e “Locke” (2013). Segundo o aviso de escalação de elenco, a sequência vai retomar a trama do ponto em que o longa de 2007 parou, com o incompetente sub-chefe do crime Kirill acreditando que ele e Nikolai, seu capanga e motorista, herdaram o trono do pai criminoso dele. Ou seja, Kirill não desconfia que Nikolai é, na verdade, um agente infiltrado com a missão de desbaratar a máfia. Vincent Cassel e Viggo Mortensen estão confirmados no elenco, retornando como seus personagens Kirill e Nikolai, respectivamente. Ambos os atores estão ligados ao projeto da continuação desde o começo da década. Vale lembrar que o original rendeu uma indicação ao Oscar de Melhor Ator para Mortensen.











