The Looming Tower: Série sobre ataque às Torres Gêmeas ganha trailer de “filme de Oscar”
A plataforma Hulu divulgou o pôster e o primeiro trailer de “The Looming Tower”, sua próxima série obrigatória. A prévia é instigante e chama atenção pela aparência de “filme de Oscar”, devido ao tema, ao elenco estelar e à qualidade da equipe envolvida. A trama adapta o livro homônimo de não ficção de Lawrence Wright, que venceu o prêmio Pulitzer e foi lançado no Brasil como “O Vulto das Torres: A Al-Qaeda e o Caminho até 11/9”. A adaptação foi feita por Dan Futterman (roteirista indicado ao Oscar por “Foxcatcher” e “Capote”) e Alex Gibney (vencedor do Oscar com o documentário “Um Táxi para a Escuridão”). A série promete cenas de tensão, ação e intriga, envolvendo a CIA e o FBI, agências federais americanas responsáveis por investigar suspeitas de terrorismo, relatando como o ciúmes entre oficiais superiores evitou o compartilhamento de informações cruciais em 2001, que poderiam ter evitado os ataques do dia 11 de setembro em Nova York. Entre os nomes escalados para a produção estão Jeff Daniels (“Steve Jobs”), Tahar Rahim (“O Profeta”), Peter Sarsgaard (“Jackie”), Michael Stuhlbarg (“A Chegada”), Alec Baldwin (“Missão Impossível: Nação Secreta”), Wrenn Schmidt (série “Outcast”), Ella Rae Peck (série “Gossip Girl”) e Virginia Kull (série “Gracepoint”). A estreia está marcada para 28 de fevereiro.
Novo vídeo e pôsteres de Homeland exploram paranoia, repressão e reviravoltas
O canal pago Showtime divulgou três pôsteres e um novo vídeo de “Homeland”, que relembra acontecimentos da temporada anterior, apresenta cenas inéditas e traz entrevistas com o elenco. O vídeo também confirma que a 7ª temporada vai retomar a história do ponto em que foi interrompida, logo após um atentado contra a Presidente Keane (Elizabeth Marvel) e a reação duríssima de repressão contra os dissidentes. Por conta disso, Carrie (Claire Danes) abandona o trabalho na Casa Branca para buscar justiça para os colegas de trabalho encarcerados sem qualquer prova. Mas Saul (Mandy Patinkin) não ficará preso por muito tempo. E as reviravoltas voltarão a levar a protagonista ao limite de sua sanidade para, mais uma vez, provar que sua paranoia não é apenas paranoia. A série retorna em 11 de fevereiro nos Estados Unidos. A temporada anterior foi exibida simultaneamente no Brasil pelo canal pago Fox Premium.
Liberty Crossing: Nova série de comédia com atriz de Teen Wolf ganha primeiro trailer
Há mais serviços de streaming que supõe a vã filosofia. Um deles é o go90, lançado em 2015 nos Estados Unidos pelo conglomerado de telecomunicações Verizon e reiniciado no ano passado após a confirmação de que ninguém o assistia – um exagero, já que conta com 2 milhões de assinantes. O reboot do serviço está a cargo de Richard Tom, criador do Hulu (e do Vessel, comprado e fechado pela Verizon), que encomendou novas séries para tentar chamar atenção do público. Uma delas é a comédia “Liberty Crossing”, que ganhou o primeiro trailer. Criada por Daniel Radosh (roteirista do programa de variedades “The Daily Show”) e coproduzida por Mason Novick (produtor de “Juno” e “(500) Dias com Ela”), a série faz comédia com o terrorismo. A trama acompanha analistas de inteligência numa agência de contra-terrorismo, que inventam teorias malucas para superar o tédio da burocracia de escritório. O elenco destaca Shelley Hennig (série “Teen Wolf”) como a jovem chefe da agência, além de Pete Ploszek (também de “Teen Wolf”), Calum Worthy (“American Vandal”), Adam Faison (“Here and Now”), Ashley Argota (“The Fosters”) e Chris Mulkey (“Whiplash – Em Busca da Pefeição”). Com oito episódios dirigidos pelo cineasta indie Todd Berger (“It’s a Disaster”), “Liberty Crossing” já estreia na segunda (8/1) nos Estados Unidos.
Ator inglês de Agent Carter entra na série Homeland
O ator inglês James D’Arcy, que viveu Edwin Jarvis na série da Marvel “Agent Carter”, vai voltar à espionagem televisiva. Ele entrou no elenco da 7ª temporada de “Homeland”. Seu personagem será um antigo colega da protagonista Carrie Mathison (Claire Danes), da época em que ambos participavam do programa de treinamento da CIA. A 7ª temporada vai retomar a história do ponto em que foi interrompida, logo após um atentado contra a Presidente Keane (Elizabeth Marvel) e a reação duríssima de repressão contra os dissidentes. Por conta disso, Carrie abandona o trabalho na Casa Branca para buscar justiça para os colegas de trabalho encarcerados sem qualquer prova. Mas Saul (Mandy Patinkin) não ficará preso por muito tempo. E as reviravoltas voltarão a levar a protagonista ao limite de sua sanidade para provar que sua paranoia não é apenas paranoia. A série retorna em 11 de fevereiro nos Estados Unidos. A temporada anterior foi exibida simultaneamente no Brasil pelo canal pago Fox Premium. James D’Arcy também foi visto recentemente nos filmes “Dunkirk” e “Boneco de Neve”, e estará na minissérie “Das Boot”, inspirada pelo clássico cinematográfico “O Barco: Inferno no Mar” (1981).
The Looming Tower: Fotos e vídeo da série sobre ataque às Torres Gêmeas revelam próximo hit do Hulu
A plataforma Hulu divulgou 16 fotos e o primeiro vídeo de “The Looming Tower”, sua próxima série obrigatória. A prévia é instigante e chama atenção pelo tema e elenco estelar. Com depoimentos dos atores e do produtor, o vídeo apresenta cenas de tensão, ação e intriga, envolvendo as agências federais americanas responsáveis por investigar suspeitas de terrorismo, relatando como o ciúmes entre oficiais superiores evitou o compartilhamento de informações cruciais em 2001, que poderiam ter evitado os ataques do dia 11 de setembro em Nova York. Entre os nomes escalados para a produção estão Jeff Daniels (“Steve Jobs”), Tahar Rahim (“O Profeta”), Peter Sarsgaard (“Jackie”), Michael Stuhlbarg (“A Chegada”), Alec Baldwin (“Missão Impossível: Nação Secreta”), Wrenn Schmidt (série “Outcast”), Ella Rae Peck (série “Gossip Girl”) e Virginia Kull (série “Gracepoint”). A série adapta o livro homônimo de não ficção de Lawrence Wright, que venceu o prêmio Pulitzer e foi lançado no Brasil como “O Vulto das Torres: A Al-Qaeda e o Caminho até 11/9”. A adaptação foi feita por Dan Futterman (roteirista indicado ao Oscar por “Foxcatcher” e “Capote”) e Alex Gibney (vencedor do Oscar com o documentário “Um Táxi para a Escuridão”), e este assegura que tentou ser o mais fiel possível aos fatos, ao tratar da rivalidade entre a CIA e o FBI, que possibilitou o ataque mais impressionante sofrido pelos Estados Unidos. A estreia está marcada para 28 de fevereiro.
Vídeo explora decisão de filmar 15h17 – Trem para Paris com trio que viveu a história real
A Warner divulgou um vídeo de bastidores de “15h17 – Trem para Paris” (The 15:17 to Paris), novo filme de Clint Eastwood, que explora a curiosa decisão do diretor de filmar a trama, baseada numa história verídica, com os três jovens que viveram os fatos reais. Não se trata de um documentário. O filme é um thriller de ação, que marca a estreia de Anthony Sadler, Alek Skarlatos e Spencer Stone como atores, interpretando a si mesmos. Spencer revelou ter tido um insight durante a produção: “Uma hora eu olhei em volta, vi o Sr. Eastwood e caí em mim: ‘Meu Deus, estou aqui mesmo, me interpretando num filme de Clint Eastwood sobre a minha vida”. A trama acompanha três americanos de férias na Europa, que usam seu treinamento militar para impedir o ataque de um terrorista armado em um trem que viaja de Amsterdã para Paris. Além do incidente que os tornou famosos, o filme vai mostrar como eles se conheceram desde a infância, em Carmichael, na Califórnia, e o treinamento militar de Alek e Spencer, respectivamente como Guarda Nacional do Oregon e aviador da Força Aérea dos Estados Unidos. A história foi adaptada para a tela pela roteirista Dorothy Blyskal, assistente de produção de “Sully: O Herói do Rio Hudson” (2016), que também estreia na nova função. Além do trio de protagonistas, fazem parte do elenco os atores Tony Hale (série “Veep”), Jenna Fischer (“O Estado das Coisas”), Judy Greer (“Homem-Formiga”), PJ Byrne (série “Big Little Lies”), Thomas Lennon (“Uma Noite no Museu”) e os meninos Paul-Mikel Williams (série “Westworld”), Bryce Gheisar (“Quatro Vidas de um Cachorro”) e William Jennings (“Wheels”), que interpretam as versões mais jovens de Anthony, Alek e Spencer. A estreia está marcada para fevereiro.
Trailer legendado de Em Pedaços destaca interpretação premiada de Diane Kruger
A Imovision divulgou o trailer legendado do suspense alemão “Em Pedaços” (In the Fade), um dos filmes mais aplaudidos do Festival de Cannes 2017, que rendeu o prêmio de Melhor Atriz para Diane Kruger (“Bastardos Inglórios”). A prévia mostra como ela vai da felicidade com a família ao desespero, após seu marido turco e filho serem vítimas de um atentado de neonazistas. Na trama, depois do período de luto e espera por justiça, a protagonista se cansa das desculpas da polícia e decide procurar vingança. Dirigido pelo alemão Fatih Akin (“Soul Kitchen”), que é filho de imigrantes turcos, o longa ilumina a outra face do terrorismo na Europa, que tem olhos azuis e ataca muçulmanos. A trama foi inspirada por atentados cometidos pelo NSU, um grupo neonazista que explodiu diversas bombas contra imigrantes desde 1999. Além do prêmio em Cannes, “Em Pedaços” concorre ao Globo de Ouro de Melhor Filme em Língua Estrangeira, Já em cartaz na Alemanha, o filme estreia em 23 de dezembro nos Estados Unidos e apenas em 8 de fevereiro no Brasil.
Novo filme de Clint Eastwood ganha primeiro trailer com heróis da vida real
A Warner divulgou o primeiro trailer de “15h17 – Trem para Paris” (The 15:17 to Paris), novo filme de Clint Eastwood. Depois de contar a história do herói do Rio Hudson em seu drama de acidente aéreo “Sully”, aclamado pela crítica, o veterano cineasta recria outro evento heroico da vida real, mas levando a adaptação a um novo nível de precisão. Para contar a história, Eastwood dirigiu os personagens que a viveram de verdade: Anthony Sadler, Alek Skarlatos e Spencer Stone, que estreiam como atores interpretando a si mesmos. A trama acompanha três americanos de férias na Europa, que usam seu treinamento militar para impedir o ataque de um terrorista armado em um trem que viaja de Amsterdã para Paris. Além do incidente que os tornou famosos, o filme vai mostrar como eles se conheceram desde a infância, em Carmichael, na Califórnia, e o treinamento militar de Alek e Spencer, respectivamente como Guarda Nacional do Oregon e aviador da Força Aérea dos Estados Unidos. A história foi adaptada para a tela pela roteirista Dorothy Blyskal, assistente de produção de “Sully: O Herói do Rio Hudson” (2016), que também estreia na nova função. Além do trio de protagonistas, fazem parte do elenco os atores Tony Hale (série “Veep”), Jenna Fischer (“O Estado das Coisas”), Judy Greer (“Homem-Formiga”), PJ Byrne (série “Big Little Lies”), Thomas Lennon (“Uma Noite no Museu”) e os meninos Paul-Mikel Williams (série “Westworld”), Bryce Gheisar (“Quatro Vidas de um Cachorro”) e William Jennings (“Wheels”), que interpretam as versões mais jovens de Anthony, Alek e Spencer. A estreia está marcada para fevereiro.
Trailer da 7ª temporada de Homeland entra em ritmo de 24 Horas
“Homeland” aprimorou a fórmula das séries de terrorismo após “24 Horas”, mas o trailer da próxima temporada revela um trama conhecida dos fãs da série do agente Jack Bauer. Além do ritmo frenético, a prévia divulgada pelo canal pago Showtime revela uma conspiração para eliminar a Presidente dos Estados Unidos – que foi o mote de praticamente todas as temporadas de “24 Horas”. Além disso, conta com a mesma reviravolta do quinto ano da antiga atração, explorando a corrupção do poder na Casa Branca. Vale lembrar que Howard Gordon e Alex Gansa, criadores de “Homeland”, também são produtores de “24 Horas”. O vídeo também confirma que a 7ª temporada vai retomar a história do ponto em que foi interrompida, logo após um atentado contra a Presidente Keane (Elizabeth Marvel) e a reação duríssima de repressão contra os dissidentes. Por conta disso, Carrie (Claire Danes) abandona o trabalho na Casa Branca para buscar justiça para os colegas de trabalho encarcerados sem qualquer prova. Mas Saul (Mandy Patinkin) não ficará preso por muito tempo. E as reviravoltas voltarão a levar a protagonista ao limite de sua sanidade para provar que sua paranoia não é apenas paranoia. A série retorna em 11 de fevereiro nos Estados Unidos. A temporada anterior foi exibida simultaneamente no Brasil pelo canal pago Fox Premium.
Filme de guerra com Chris Hemsworth ganha primeiro trailer legendado
A Diamond Films divulgou o trailer legendado de “12 Heróis” (12 Strong), filme de guerra estrelado por Chris Hemsworth (“Thor: Ragnarok”) e Michael Shannon (“O Homem de Aço”), com direito a muito melodrama e patriotismo americano, mas também cenas de ação intensas. Baseado no livro “Horse Soldiers” de Doug Stanton, o longa conta a história real da primeira equipe militar dos Estados Unidos enviada ao Afeganistão após o ataque de 11 de setembro de 2001. A trama acompanha 12 soldados que tomaram a frente da guerra para derrubar o regime talibã, tendo que aprender a montar a cavalo para avançar pelas montanhas, onde descobrem que suas montarias só os tornam alvos melhores para tiros de tanques dos inimigos. O filme tem roteiro de Peter Craig (“Jogos Vorazes: A Esperança”) e direção do dinamarquês Nicolai Fuglsig, que estreia no cinema após uma carreira premiada como fotógrafo de guerra e diretor de comerciais. O elenco ainda inclui Elsa Pataky (franquia “Velozes e Furiosos”), que é casada na vida real em Hemsworth, Michael Peña (“Homem-Formiga”), Austin Stowell (“Colossal”), Trevante Rhodes (“Moonlight”), Geoff Stults (série “Enlisted”), Rob Riggle (“Anjos da Lei”) e o ator e cineasta Taylor Sheridan (“A Qualquer Custo”). “12 Heróis” estreia em 29 de março no Brasil, mais de dois meses após o lançamento nos cinemas americanos.
Novo filme internacional de José Padilha ganha primeiro trailer com tensão, política e tiroteios
A Focus Features divulgou o trailer de “7 Days in Entebbe”, segundo filme internacional dirigido por José Padilha (“Tropa de Elite”) – após estrear em Hollywood com o remake de “RoboCop” (2014) e fazer sucesso com a série “Narcos”. A nova produção também é uma espécie de remake, pois é a quarta filmagem da história, que já rendeu um filme israelense, “Operação Thunderbolt” (1977), com direção de Menahem Globus (dono do estúdio Cannon), além dos telefilmes americanos “Resgate Fantástico” (1976), estrelado por Charles Bronson (“Desejo de Matar”) e dirigido por Irvin Kershner (“O Império Contra-Ataca”), e “Vitória em Entebbe” (1976), com Kirk Douglas (“Spartacus”) e Linda Blair (“O Exorcista”). A trama dramatiza uma das missões de resgate e combate ao terror mais famosas de todos os tempos: o salvamento dos passageiros de um voo da Air France vindo de Tel Aviv, que teve sua trajetória desviada para Entebbe, em Uganda, por quatro sequestradores (dois palestinos e dois alemães) em 1976. Ameaçando matar a tripulação e os israelenses presentes no voo, os terroristas exigiam a libertação de dezenas de palestinos aprisionados por Israel, e contavam com o apoio do ditador de Uganda, Idi Amin Dada. Em resposta, o governo israelense mobilizou uma tropa de elite, composta por 100 combatentes, que invadiu o aeroporto, enfrentou o exército ugandense, matou os sequestradores e libertou os passageiros, deixando um saldo de 53 mortos. Entre as baixas, contam-se apenas três passageiros e um único militar israelense, justamente o comandante da invasão, Yonatan Netanyahu, irmão do atual Primeiro Ministro de Israel Benjamin Netanyahu. Toda a ação durou menos que a metragem da produção: 90 minutos. O roteiro está a cargo do britânico Gregory Burke (de “71: Esquecido em Belfast”) e o elenco destaca os atores Daniel Bruhl (“Capitão América: Guerra Civil”) e Rosamund Pike (“Garota Exemplar”) como terroristas alemães, Nonso Anozie (série “Zoo”) como Idi Amin, Angel Bonanni (série “Absentia”) como Netanyahu e Eddie Marsan (série “Ray Donovan”) como político israelense. A estreia está marcada para 16 de março nos Estados Unidos e apenas em maio no Brasil.
Radicais indianos querem matar atriz de xXx: Reativado por papel em filme inédito
Grupos extremistas indianos estão apelando para o terrorismo para impedir o lançamento do épico “Padmaavat” (anteriormente intitulado “Padmavati”) na Índia. Um dos mais radicais, denominado Karni Sena, ameaçou queimar os cinemas que exibirem o filme no país e também no exterior. E após os integrantes do elenco e da equipe sofrerem ameaças físicas, com a queima de bonecos representando o diretor e atores, um cadáver foi encontrado na sexta-feira (24/11) perto de um dos locais de filmagem, com uma nota sobre seu corpo referenciando o filme. A intérprete da protagonista, Deepika Padukone, vista recentemente em “xXx: Reativado”, é o principal alvo da fúria dos radicais e está com a cabeça à prêmio. Uma recompensa para quem decapitá-la foi endossada e teve seu valor aumentado pelo líder do partido político de direita Bharatiya Janata no começo da semana. Ela já tinha sido atacada no set do filme em janeiro, por radicais do Karni Sena. Em março, uma turba invadiu as filmagens e queimou cenários, figurino e jóias usadas na produção. Segundo o site Deadline, tudo isso está acontecendo com base em boatos a respeito de cenas que “Padmaavat” teria. Ninguém ainda viu o filme. E tampouco há consenso sobre os motivos dos protestos violentos. Alguns grupos o acusam de ter conteúdo sexual ofensivo, enquanto outros alegam que há imprecisões históricas. Mas a trama nem sequer é histórica. Ela é baseada numa ficção. “Padmaavat” conta a história de Rani Padmavati, uma rainha Mewar imaginada no poema épico homônimo do século 16, escrito por Malik Muhammad Jayasi. Ao longo de séculos, o relato do poema assumiu um significado histórico, embora haja pouca evidência de que os eventos envolvendo Padmavati tenham realmente ocorrido. Não há sequer registros de que a rainha tenha existido, embora o sultão descrito seja uma figura histórica e sua conquista militar tenha ocorrido. A trama gira em torno do desejo do sultão de Dheli por sua beleza, a ponto de sitiar sua fortaleza, no Forte Chittor, para tomá-la do Rei Ratan Sen. Após a conquista do forte, ela prefere o suicídio a ser capturada. O filme é baseado na versão operística que o diretor do filme, Sanjay Leela Bhansali, um dos mais premiados da Índia, transformou num espetáculo musical, exibido sem problemas em Paris e Roma na década passada. O poema também já foi filmado no passado, nos anos 1960, sem nenhum protesto. Os grupos extremistas alegam que o filme inclui uma sequência de sonhos em que o sultão muçulmano seduz a rainha hindu, transformando-a em sua amante – o que hindus consideram ofensivo. O diretor Bhansali negou repetidamente que tal cena exista, sem aplacar a ira dos radicais. Outros protestam contra a transformação do sultão de Dheli num “Khal Drogo indiano”, em referência ao bárbaro da série “Game of Thrones” – o que muçulmanos consideram ofensivo. Como pano de fundo para tanta fúria, há uma motivo que nada tem a ver com a história mostrada nas telas. Chama-se machismo. Para estrelar o filme, Deepika Padukone se tornou a primeira atriz indiana a receber um salário maior que os dos colegas masculinos de elenco. Isto pode ter irritado os grupos altamente conservadores, liderados por homens que não aceitam a igualdade feminina. Digno de nota é o fato de que a recompensa por sua cabeça ser exatamente o montante que ela recebeu pelo papel. Em comunicado, a produtora Viacom18 anunciou ter adiado o lançamento indiano indefinidamente e a Paramount, que adquiriu o filme para o resto do mundo, decidiu aguardar antes de marcar qualquer estreia internacional. “A Viacom18 Motion Pictures, o estúdio atrás de ‘Padmaavat’ adiou voluntariamente a data de lançamento do filme de 1 de dezembro de 2017”, diz o texto da produtora. “Junto com Sanjay Leela Bhansali, um dos cineastas mais talentosos de sua geração, a Viacom18 Motion Pictures criou uma bela obra-prima cinematográfica em ‘Padmaavat’, que captura o valor, dignidade e tradição de Rajput em toda a sua glória. O filme é um retrato eloquente de um poema que preencherá todos os indianos com orgulho e mostrará a proeza de contar histórias de nosso país em todo o mundo. Somos uma corporação responsável e respeitador ada lei e temos o maior respeito pela lei do país e todas as instituições e órgãos estatutários, incluindo o Conselho Central de Certificação de Filmes”. Confira abaixo o trailer do filme, que obteve mais de 48 milhões de visualizações desde que foi disponibilizado, no início de outubro.
A Trama alerta para a radicalização perigosa da juventude
Embora tenha uma filmografia relativamente curta, Laurent Cantet se especializa em filmes que abordam questões sociais. Sua obra mais conhecida, “Entre os Muros da Escola” (2008), que lhe deu a Palma de Ouro, era um retrato incômodo e barulhento da rotina de um professor de uma escola pública em uma França que convive com múltiplas etnias e que parece estar em constante atrito. Ele explorou o tema antes dos vários ataques terroristas que se tornaram rotina no país. Falar sobre etnias e ao mesmo tempo citar terroristas pode soar reducionista, como se a culpa dos vários atos criminosos fosse dos muçulmanos em geral, ou dos árabes como um todo. E esta radicalização é justamente o tema de “A Trama” (2017), o novo filme de Cantet. O filme acompanha o trabalho de uma escritora idealista, Olivia (Marina Foïs, de “Polissia”), que desenvolve um workshop para a realização de um romance coletivo, escrito em parceria com vários jovens de diferentes etnias e posicionamentos políticos e sociais conflitantes. Um dos adolescentes, Antoine (o estreante Matthieu Lucci), se destaca nas discussões, devido principalmente à sua tendência ao fascismo, o que inclusive o torna agressivo com alguns colegas. Quando ele entrega sua redação a respeito de um tema que possa servir de base para a elaboração do romance, sua escrita incomoda os colegas mais sensíveis. Seu pequeno trecho de ficção sobre um banho de sangue em um iate soa quase criminoso. Alguém diz que é como se o rapaz tivesse prazer quase sexual ao escrever sobre algo tão violento. Como o espectador não vê o filme apenas pelos olhos de Olivia, acompanhando um pouco da rotina de Antoine, é convidado a também relativizar a figura do rapaz, que gosta de crianças e que é um tanto enigmático em sua solidão, em sua preferência por estar só naquela cidadezinha costeira. Ou a solidão não seria uma opção, mas algo imposto por seu destino? A questão de perspectiva é bastante explorada pela trama de “A Trama”, que aborda as várias possibilidades de se contar uma história, nas discussões entre professora e alunos. Mas, num determinado momento, o filme opta por uma virada concreta no enredo, que lhe faz mudar de gênero, aproximando-o do suspense. Uma decisão inteligente, já que o andamento fora paralisado no choque de diferenças de opiniões, que freavam as tentativas de algum aprofundamento. Até o ataque à casa de espetáculos Bataclan, em Paris, é citado, embora apenas superficialmente. Em seu filme, Cantet aproxima-se de um rapaz confuso que, com ideias pouco saudáveis de ódio e slogans fascistas do tipo “a Europa para os europeus”, demonstra potencial para virar um terrorista ou mesmo um psicopata. Mas, ao enquanto o representa como alguém de quem se deve manter distância, as palavras finais do rapaz chamam a atenção para a necessidade de cuidado, no sentido mais afetivo do termo.











