Stephen King polemiza ao defender “qualidade” sobre diversidade no Oscar
O escritor Stephen King causou polêmica nas redes sociais ao decidir opinar sobre o que muitos chamam de “mimimi” da diversidade no Oscar 2020. Neste ano, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA voltou a sofrer críticas por indicar poucos atores de “cor” (negros, latinos, asiáticos, etc) e poucas mulheres em áreas de maior impacto criativo. “Como um escritor, eu posso ser indicado em apenas três categorias: Melhor Filme, Melhor Roteiro Adaptado, e Melhor Roteiro Original. Para mim, o problema da diversidade – da forma que se aplica aos atores e diretores individualmente – não surgiu. Dito isto, eu nunca consideraria a diversidade quando o assunto é arte. Somente a qualidade. Para mim, fazer o contrário é errado”, ele escreveu. O post dividiu opiniões. Angie Thomas, autora do livro “O Ódio Que Você Semeia”, foi uma das milhares de questionou o colega de profissão. “E quem determina o que é qualidade?”, ela ponderou. Outra seguidora escreveu: “Com todo respeito, eu acho que isso é injusto. Quando filmes criados por pessoas de cor são constantemente ignorados por instituições que são predominantemente formadas por homens brancos, há uma parcialidade explícita.” “Como sua fã, é doloroso ler isso vindo de você. Isso implica que diversidade e qualidade não podem ser simultâneas. Estes não são conceitos separados. Qualidade está em todo lugar, mas a maioria das indústrias só acredita na qualidade de uma parcela da população”, questionou outra. A escritora brasileira Bel Rodrigues também se manifestou, obtendo quase 5 mil curtidas em sua mensagem: “É fácil considerar só a qualidade quando você consegue se ver em todos os trabalhos de arte que existem.” Diante da reação, King resolveu mudar a abordagem, esquecendo o posicionamento conservador anterior e partindo para uma visão de mundo liberal. “A coisa mais importante que podemos fazer como artistas e pessoas criativas é garantir que todos tenham as mesmas chances, independentemente de sexo, cor ou orientação sexual”, escreveu o autor. “Neste momento, estas pessoas estão muito mal representadas, e não apenas nas artes. Ninguém consegue ganhar prêmios se estiver excluído do jogo”, completou Stephen King, sem sugerir soluções. Uma dessas soluções, quem diria, é fazer exatamente aquilo que ele considerava “errado” no tuíte anterior: chamar atenção para a injustiça social de indicações que priorizam obras de homens brancos aos trabalhos artísticos dos demais segmentos da sociedade, tão bons quanto e muitas vezes melhores que os das classes privilegiadas. Conservadores não gostam disso, porque afeta os privilégios de que usufruem, como homens e/ou brancos. Neste ano, Lupita Nyong’o (em “Nós”) e Awkwafina (“A Despedida”) deram shows de interpretações e foram totalmente ignoradas pela Academia, assim como os diretores de seus filmes, respectivamente Jordan Peele e Lulu Wang, porque não têm a cor da qualidade. Já Martin Scorsese fez um longa que, mesmo com 3h30 e a ambição de cobrir décadas da história dos EUA, dá voz apenas a homens brancos. Com essa visão preconceituosa de mundo, “O Irlandês” recebeu 10 indicações ao Oscar!
Doutor Sono tenta equilibrar os irreconciliáveis Stephen King e Stanley Kubrick
Terá sido uma escolha feliz de Mike Flanagan aceitar a missão de fazer uma continuação de “O Iluminado” (1980), de Stanley Kubrick? Como “Doutor Sono” (2019) é a adaptação de um novo livro de Stephen King, que dá seguimento à vida, agora adulta, do garoto iluminado Dan Torrence (Ewan McGregor), parece haver uma tentativa de agradar tanto ao romancista – que não gosta do filme de Kubrick – quanto aos fãs do filme. As duas visões, porém, são irreconciliáveis. Até então, Flanagan só havia trabalhado em produções mais modestas, mas de qualidade, que lhe renderam acólitos como um dos melhores cineastas novos do terror. Filmes como “Absentia” (2011), “O Espelho” (2013), “Hush – A Morte Ouve” (2016), “O Sono da Morte” (2016), “Ouija – Origem do Mal” (2016) e “Jogo Perigoso” (2017) têm uma elegância formal admirável, além de uma obsessão por lidar com questões familiares, que apresentam um autor respeitável. Um autor que fez a sua obra-prima em formato de minissérie, “A Maldição da Residência Hill” (2018), que conta histórias de pessoas de uma mesma família tendo que lidar com traumas do passado, numa trama narrada em três eixos temporais. Diante desse currículo admirável, “Doutor Sono” acaba decepcionando quem esperava que fosse o grande terror do ano, ainda que os problemas pareçam ter mais relação com a origem literária – uma história muito confusa – do que com a adaptação. Por isso, Flanagan talvez tivesse feito melhor se recusasse a oferta tentadora de dirigir uma produção com tanta visibilidade e com tantas cascas de banana. O lançamento fracassou nas bilheterias. Mas nem tudo é ruim em “Doutor Sono”. Na verdade, há grandes qualidades que merecem ser ressaltadas. Temos dois filmes em um: o que pretende ser a continuação direta de “O Iluminado” e o que parece algo totalmente novo, apresentando um grupo de vampiros de energia, liderados por uma elegante Rebecca Ferguson. Essas histórias se entrecruzam, já que esse grupo de vampiros tem um interesse especial nos iluminados. Uma das primeiras cenas do filme mostra Rose Cartola, a personagem de Ferguson, seduzindo uma garotinha para matá-la. Algumas cenas de assassinato desses iluminados, inclusive, são bem violentas e perturbadoras, já que esses vampiros vão se alimentando da dor e do medo. E isso é um ponto positivo do filme. Para muitos, porém, o momento mais interessante de “Doutor Sono” talvez seja o retorno de Dan ao famoso hotel em que se passa “O Iluminado”, com direito a reinterpretações de cenas do primeiro filme com atores diferentes – outra solução questionável e que torna este trabalho de Flanagan/King ainda mais bizarro. Devido a tantos problemas, as qualidades e a elegância na direção de Flanagan têm pouco espaço para se sobressaírem. Uma pena. Mas “Doutor Sono” vai ganhar uma segunda versão, com cerca de 30 minutos a mais, totalmente reeditada por Flanagan para o lançamento em Bluray. Quem sabe, assim, resulte num filme mais iluminado, capaz de resolver os conflitos de sua concepção.
Novos livros de Stephen King vão virar séries: Carrie e Jerusalem’s Lot
Stephen King vai ter novos livros transformados em série. O canal pago Epix desenvolve a produção de “Jerusalem’s Lot” e o FX estaria em estágio inicial de negociações para produzir uma adaptação de “Carrie, a Estranha”. O projeto de “Carrie” chama mais atenção, mas é o que possui menos detalhes conhecidos. Segundo apurou o site Collider, para se diferenciar das adaptações anteriores do célebre romance – duas no cinema, duas na TV – a personagem seria interpretada por uma atriz negra ou transexual, visando evidenciar o preconceito que ela sofre. Vítima de bullying, Carrie se vinga de toda sua escola com poderes telecinéticos, num dos finais mais famosos do terror moderno. Por sua vez, o conto “Jerusalem’s Lot” nunca foi adaptado anteriormente – apesar do título ser parecido com o do romance “Salem’s Lot”, já filmado duas vezes. Esta produção está em processo avançado e já escalou seu protagonista. O ator Adrien Brody, vencedor do Oscar por “O Pianista”, vai estrelar a atração no papel do capitão Charles Boone. Passada nos anos de 1850, a trama segue Boone, que se muda com sua família para a pequena e aparentemente monótona cidade de Preacher’s Corners, no Maine, depois que sua esposa morre em um acidente marítimo. No entanto, Charles logo terá que enfrentar os segredos da sórdida história de sua família e lutar para acabar com a escuridão que atormenta os Boones há gerações. Nenhuma das duas produções tem previsão de estreia.
Doutor Sono vai ganhar versão estendida com 3 horas de duração
O filme “Doutor Sono” vai ganhar uma versão estendida do diretor Mike Flanagan, com 180 minutos – isto é, três horas de duração! Isto representa quase meia hora a mais de filme, em relação ao que foi exibido no cinema. O anúncio foi feito pelo próprio Flanagan em seu Twitter, com a capa do lançamento. Veja abaixo. Chamada de “edição do diretor”, a nova versão será lançado apenas em vídeo e streaming. A versão digital estará disponível em 21 de janeiro nos Estados Unidos, enquanto o bluray sai em 4 de fevereiro, num box que também incluirá uma versão em 4K da edição dos cinemas. Continuação do clássico “O Iluminado” (1980), “Doutor Sono” foi um dos filmes de terror mais elogiados do ano, com 77% de aprovação da crítica no site Rotten Tomatoes. Agradou muito mais que as outras duas adaptações cinematográficas de obras do escritor Stephen King em 2019, “It: Capítulo 2” (63%) e “Cemitério Maldito” (57%). Entretanto, rendeu muito menos nas bilheterias. Com apenas US$ 71 milhões de arrecadação mundial, “Doutor Sono” se tornou um dos grandes fracassos do cinema em 2019. Teorias para o fracasso incluem desde a saturação de adaptações de Stephen King – além das citadas, houve várias produções para streaming e até séries – , o título muito ruim e o fato de remeter a um filme com 39 anos, que a maioria dos frequentadores atuais de cinema não lembra ou nem sequer assistiu. Por isso, o lançamento de uma versão estendida chega a surpreender. Logicamente que a Warner não vai colocá-la no cinema após o desempenho original. Mas é interessante que tenha financiado mais tempo de pós-produção para um fracasso, em vez de conter o prejuízo. Assim, o diretor tem a chance de mostrar a verdadeira extensão de sua visão, cortada para acomodar um tempo de exibição mais rentável, dando ao público uma edição ainda melhor de um filme que já é muito bom. Para quem perdeu no cinema, o longa traz Ewan McGregor (“Trainspotting”) como a versão adulta de Danny Torrence, filho do personagem de Jack Nicholson no clássico de terror de 1980. E Mike Flanagan chega a recriar cenas do longa dirigido por Stanley Kubrick. Na trama, Danny cresceu traumatizado após seu pai enlouquecer e tentar matar a família no Overlook Hotel. Já adulto, enfrenta problemas com álcool, até que volta a manifestar poderes mediúnicos e entra em contato com uma garota (a estreante Kyliegh Curran) perseguida por um perigoso grupo de paranormais. O elenco ainda inclui Rebecca Ferguson (“Missão Impossível: Efeito Fallout”) como a vilã da história – Rose, a Cartola (no original, Rose the Hat) – , além de Emily Alyn Lind (“A Babá”), Jacob Tremblay (“O Quarto de Jack”), Cliff Curtis (“Fear the Walking Dead”), Bruce Greenwood (“Star Trek”), Zahn McClarnon (“Westworld”), Carel Struycken (“Twin Peaks”) e Carl Lumbly (“Supergirl”). The Director’s Cut of #DoctorSleep (TRT 180 mins) lands on Digital (4K streaming) 1/21, and on Blu-ray (with 4K UHD Theatrical Cut) on 2/4. Hope you enjoy! pic.twitter.com/3hxyr6kCEk — Mike Flanagan (@flanaganfilm) December 19, 2019
The Outsider: Novo trailer da adaptação de Stephen King capricha na tensão
A HBO divulgou o pôster e um novo trailer legendado de “The Outsider”, minissérie baseada no livro mais recente (da fonte inesgotável) de Stephen King. A prévia é extremamente tensa. Começa como uma investigação criminal comum, mas logo as pistas começam a entrar em contradição e apontar para o impossível. Publicado no Brasil em junho como “Outsider” (sem o “The”), o livro foi adaptado por Richard Price (criador de “The Night of”) e gira em torno da investigação do assassinato de um menino 11 anos, encontrado morto num parque. Testemunhas e impressões digitais apontam como principal suspeito uma das figuras mais conhecidas da cidade – o treinador da Liga Infantil de beisebol, que também é professor, casado e pai de duas filhas. Entretanto, ele tem um álibi que o coloca bem longe da cena do crime no momento do assassinato. Conforme a investigação policial avança, mais situações inexplicáveis começam a aparecer. É quando entra em cena uma detetive diferente, especializada no paranormal. O elenco destaca Ben Mendelsohn (“Rogue One”) como o detetive policial, Jason Bateman (“A Noite do Jogo”) como o principal suspeito e Cynthia Erivo (“As Viúvas”) como a investigadora paranormal, além de Bill Camp (“Coringa”), Mare Winningham (“American Horror Story”), Paddy Considine (“A Morte de Stalin”), Julianne Nicholson (“Àlbum de Família”), Summer Fontana (“The Originals”), Derek Cecil (“House of Cards”), Michael Esper (“Trust”), Max Beesley (“Mad Dogs”) e Marc Menchaca (“Ozark”). Além de estrelar, Jason Bateman também dirigiu os dois primeiros episódios da série, que serão exibidos simultaneamente no dia 12 de janeiro.
Dane Dehaan entra em série da Apple escrita por Stephen King
O ator Dane Dehaan (“Valerian e a Cidade dos Mil Planetas”) entrou na série “Lisey’s Story”, adaptação do livro “Love – A História de Lisey”, de Stephen King, que será exibida na plataforma de streaming Apple TV+. O próprio Stephen King vai escrever o roteiro da adaptação, que terá oito capítulos, todos dirigidos pelo diretor chileno Pablo Larraín (“O Clube”, “Neruda” e “Jackie”). Dehaan vai se juntar ao elenco central, formado por Julianne Moore (“Kingsman: O Círculo Dourado”) e Clive Owen (também de “Valerian e a Cidade dos Mil Planetas”). Moore vive a protagonista Lisey Landon, viúva recente de um escritor célebre e cheio de segredos (Owen), que precisa desvendar os papéis deixados pelo marido no escritório da casa isolada onde os dois moravam, tendo que enfrentar certas realidades sobre o marido que ela reprimiu e esqueceu. Dehaan interpretará Jim Dooley, um grande fã dos livros do escritor, que tem uma opinião forte a respeito de seus lançamentos póstumos. “Lisey’s Story” tem produção do cineasta J.J. Abrams (“Star Wars: O Despertar da Força”), que também é responsável pelo lançamento da série de antologia “Castle Rock”, inspirado no universo de King, na plataforma Hulu. A Apple ainda não deu uma previsão para a estreia.
Doutor Sono e Parasita são as principais estreias de cinema da semana
O fim de semana vai receber 12 estreias e mais da metade são opções de boa qualidade. Com maior distribuição, “Doutor Sono” é o terceiro terror baseado em Stephen King a chegar nos cinemas em 2019 – e o melhor. Continuação de “Iluminado”, o filme do diretor Mike Flanagan (“Ouija: Origem do Mal”) também é uma homenagem ao clássico dirigido por Stanley Kubrick em 1980, mostrando o que aconteceu com o menino Danny, que sobreviveu ao surto do pai para crescer traumatizado e ganhar interpretação de Ewan McGregor (“Trainspotting”). A estreia acontece simultaneamente com os Estados Unidos, onde atingiu 74% de aprovação crítica, na contabilização do site Rotten Tomatoes. Mas o grande destaque – disparado – desta quinta (7/11) é “Parasita”, obra-prima do diretor sul-coreano Bong Joon-ho, que chega em circuito limitado após vencer o Festival de Cannes com votação unânime e o prêmio do público da recente Mostra de São Paulo. O suspense envolvente e cheio de reviravoltas acompanha uma família de aproveitadores que se infiltra na residência de outra família bem-sucedida para conseguir empregos e assim sair da miséria. O plano dá certo, até esbarrar em outros parasitas em situação pior. Impactante, tem 99% de aprovação no site Rotten Tomatoes e realmente merece sua fama como um dos melhores filmes deste ano. Ainda merecem atenção na programação “Link Perdido”, animação em stop motion do estúdio Laika (“Coraline e o Mundo Secreto”, “ParaNorman”, “Kubo e as Cordas Mágicas”), o drama “O Relatório”, em que Adam Driver (“Star Wars: Os Últimos Jedi”) denuncia as táticas de tortura da CIA, o tenso thriller “Ventos da Liberdade”, sobre uma família que tentou fugir da Alemanha Oriental num balão em 1975, e “Retablo”, drama peruano que expõe a homofobia numa comunidade religiosa, vencedor do prêmio Teddy (Melhor Filme de temática LGBTQIA+) no último Festival de Berlim – e que celebra 100% no RT. Para completar, fãs de documentários musicais ainda podem apreciar “Meu Amigo Fela”, sobre o ídolo nigeriano Fela Kuti (1938-1997), premiado no festival É Tudo Verdade. São tantas alternativas que seria muito azar optar pelas roubadas da semana. Mas quem preferir, pode escolher na lista abaixo, que reúne todas as estreias com suas sinopses e trailers. Doutor Sono | EUA | Terror Na infância, Danny Torrance conseguiu sobreviver a uma tentativa de homicídio por parte do pai, um escritor perturbado pelos espíritos malignos do Hotel Overlook. Danny cresceu e agora é um adulto traumatizado e alcoólatra. Sem residência fixa, ele se estabelece em uma pequena cidade, onde consegue um emprego no hospital local. Mas a paz de Danny está com os dias contados a partir do momento em que cria um vínculo telepático com Abra, uma menina com poderes tão fortes quanto aqueles que ele bloqueia dentro de si mesmo. Parasita | Coreia do Sul | Suspense Toda a família de Ki-taek está desempregada, vivendo num porão sujo e apertado. Uma obra do acaso faz com que o filho adolescente da família comece a dar aulas de inglês à garota de uma família rica. Fascinados com a vida luxuosa destas pessoas, pai, mãe, filho e filha bolam um plano para se infiltrarem também na família burguesa, um a um. No entanto, os segredos e mentiras necessários à ascensão social custarão caro a todos. Link Perdido | EUA | Animação Sir Lionel Frost (Hugh Jackman na versão legendada) se considera o melhor investigador de mitos e monstros do mundo. O problema é que nenhum dos seus colegas o leva a sério. Sua última chance para ganhar respeito é provar a existência de um ancestral primitivo do homem, conhecido como o link perdido. O Relatório | EUA | Drama Após os atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, a CIA passou a adotar o uso da tortura como meio de obter informações de pessoas consideradas ameaças ao país, sob a justificativa de evitar a todo custo que um ataque do tipo acontecesse mais uma vez. Trabalhando para a senadora Dianne Feinstein (Annette Bening), o agente Daniel J. Jones (Adam Driver) inicia, em 2007, uma investigação interna acerca de denúncias sobre a destruição de fitas de interrogatório por parte da CIA, divulgadas através de reportagem publicada pelo jornal New York Times. Com muita dificuldade em conseguir os documentos necessários, Daniel dedica-se ao relatório por quase uma década, sem saber se um dia as descobertas por ele feitas serão expostas ao público. Ventos da Liberdade | Alemanha | Drama No verão de 1979, na Alemanha Oriental, uma família bola um ousado plano para finalmente conseguir deixar o local: montar um grande balão caseiro que irá flutuar até a fronteira ocidental e repousar naturalmente logo depois. No entanto, na primeira tentativa, o clima instável faz com que eles pratiquem um pouso forçado e as autoridades são avisadas, fazendo com que a família corra contra o tempo. Retablo | Peru, Alemanha | Drama Segundo Paucar (Junior Bejar) é um menino de 14 anos que, ao mesmo tempo inquieto por seguir uma tradição familiar, admira o trabalho de seu pai Noé (Amiel Cayo), um exímio construtor de retábulos, pequenas caixas que narram histórias religiosas ou eventos cotidianos. Mas quando um segredo de Noé vem à tona, Segundo enfrenta a dura realidade de uma sociedade extremamente religiosa e conservadora. Cadê Você, Bernadette? | EUA | Comédia Antes de viajar com sua família para a Antártica, uma arquiteta que sofre de agorafobia – o medo de estar em lugares abertos ou em meio à multidões – some sem deixar pistas para trás. Sua filha, então, através de emails, sessões com sua psicóloga, cartas e outros documentos, tenta descobrir para onde sua mãe foi e quais foram as razões de seu desaparecimento. Sarafad | Portugal | Religioso Em 1496, o rei D. Manuel proibiu o judaísmo em Portugal e, por este motivo, a religião desaparece do país. 400 anos depois, Barros Basto, capitão do exército português convertido, ajuda a resgatar para o judaísmo os portugueses que se tornaram cristãos-novos para fugir da intolerância racial e religiosa Bate Coração | Brasil | Comédia Sandro (André Bankoff) é um homem conquistador e preconceituoso, acostumado a uma vida de luxo. Quando sofre um ataque cardíaco, precisa urgentemente de um coração novo e recebe o transplante da travesti Isadora (Aramis Trindade), recém-falecida devido a um acidente. Enquanto se recupera e tenta conquistar a médica que realizou a cirurgia, Sandro precisa repensar o seu preconceito. Meu Amigo Fela | Brasil | Documentário A história do músico nigeriano Fela Kuti, em contrapartida à perspectiva comum de sua imagem como um excêntrico pop star. Através de conversas com seu amigo pessoal e biógrafo oficial Carlos Moore, o documentário constrói um complexo olhar sobre suas influências, seus relacionamentos, sua espiritualidade e o contexto cultural e histórico em que o músico viveu sua vida. Cine São Paulo | Brasil | Documentário Desde 1940, quando seu pai comprou um cinema na cidade de Dois Córregos, São Paulo, a vida de Francisco Teles, o Chico, passou a ser dedicada a esse lugar. A sala é o símbolo da transição do projetor a carvão ao digital, da resistência diante da TV e do videocassete e também da memória afetiva da cidade. O edifício, que está muito deteriorado, precisa ser restaurado e Chico tem a obsessão de fazer o velho cinema voltar a funcionar. Mama Colonel | Congo, França | Documentário A Coronel Honorine Munyole é uma robusta viúva de 44 anos e mãe de sete filhos pequenos. Ela usa seu uniforme, boina e bolsa preta como um escudo protetor, no trabalho diário de dirigir uma unidade policial dedicada a proteger as mulheres que foram estupradas e as crianças que sofreram abusos nas regiões do Congo, que estão assoladas pela guerra.
Diretor de Doutor Sono já desenvolve nova adaptação de Stephen King
O diretor Mike Flanagan (“Ouija: Origem do Mal”), responsável por “Doutor Sono”, revelou que já está trabalhando em uma nova adaptação de Stephen King. “Estou conversando com Stephen sobre o que podemos fazer a seguir, e já temos uma grande ideia do que pode ser. Ainda não posso revelar, mas é realmente ótimo. Espero ter a oportunidade de continuar trabalhando nessa caixinha de areia”, disse o cineasta, em entrevista ao site CinemaBlend. Flanagan já tinha filmado outro livro de Stephen King, “Jogo Perigoso” (lançado na Netflix em 2017), e se tornou bastante amigo do escritor – que por sinal não se cansa de elogiar a adaptação de “Doutor Sono”. O filme “Doutor Sono”, que estreia nesta quinta-feira (7/11) no Brasil, é a continuação oficial de “O Iluminado”, também inspirado na obra de King, e traz Ewan McGregor (“Trainspotting”) como a versão adulta de Danny Torrence, filho do personagem de Jack Nicholson no clássico de 1980. O elenco ainda inclui Rebecca Ferguson (“Missão Impossível: Efeito Fallout”) como a vilã da história, além de Emily Alyn Lind (“A Babá”), Jacob Tremblay (“O Quarto de Jack”), Cliff Curtis (“Fear the Walking Dead”), Bruce Greenwood (“Star Trek”), Zahn McClarnon (“Westworld”), Carel Struycken (“Twin Peaks”) e Carl Lumbly (“Supergirl”).
Creepshow é renovada para a 2ª temporada
O serviço de streaming Shudder renovou a série “Creepshow” para sua 2ª temporada. A novidade foi contada com auxílio de uma ilustração, compartilhada nas redes sociais, que pode ser vista abaixo. Adaptação do filme homônimo de 1982, a série é uma antologia com contos de monstros astros clássicos de filmes de terror e agradou em cheio público e crítica, com 92% de aprovação no site Rotten Tomatoes. “‘Creepshow’ atendeu a todas as expectativas que tínhamos para a primeira série original do Shudder e até mais, ao registrar números recordes de audiência”, disse Craig Engler, diretor do canal, que pertence ao grupo AMC. “Greg Nicotero e sua equipe fizeram um programa incrível que é diferente de tudo na TV, e estamos emocionados e felizes por trazê-la de volta para mais uma temporada”. Para quem não lembra, o filme “Creepshow” era uma antologia de cinco contos assustadores, reunidos numa estrutura que prestava homenagem aos quadrinhos de terror dos anos 1950, como “Contos da Cripta”. Mas a produção também se tornou celebrada por juntar dois mestres do gênero, rendendo um dos poucos roteiros originais escritos por Stephen King para o cinema, com direção de George A. Romero (o criador dos zumbis modernos). Fez tanto sucesso que gerou duas continuações, em 1987 e 2006. A série mantém a estrutura de antologia, contando uma história completa por episódio, inspirada por contos de vários escritores famosos, como o próprio Stephen King e Joe R. Lansdale (“Julho Sangrento”), com produção a cargo de um dos mais conhecidos discípulos de Romero: Greg Nicotero, diretor, produtor e responsável pela maquiagem dos zumbis de “The Walking Dead”. Nicotero tem forte ligação com o original. Foi durante uma visita ao set da produção que ele conheceu o seu mentor Tom Savini, de quem virou assistente de maquiagem no clássico de zumbis “Dia dos Mortos” (1985), dirigido por Romero. Ele também trabalhou nos efeitos de “Creepshow 2”, antes de virar um mestre da maquiagem de terror. Como homenagem, o elenco da 1ª temporada incluiu até uma atriz do filme original, Adrienne Barbeau – que recentemente também participou da série do “Monstro do Pântano” após estrelar a versão cinematográfica em 1982. Outros nomes “assustadores” vistos na produção incluem Tobin Bell (o Jigsaw da franquia “Jogos Mortais”), David Arquette (da franquia “Pânico”) e Jeffrey Combs (o eterno “Re-Animator”), entre outros. A plataforma Shudder, especializada em terror, foi lançada há quatro anos pelo canal pago AMC – que exibe “The Walking Dead” nos Estados Unidos – e “Creepshow” foi sua primeira produção de ficção original. O final da 1ª temporada será exibido nesta quinta (31/10), em pleno Halloween.
Doutor Sono: Continuação de O Iluminado ganha 25 imagens novas
A Warner divulgou dois pôsteres e 25 fotos de “Doutor Sono”, aguardada continuação de “O Iluminado”, que traz Ewan McGregor (“Trainspotting”) como a versão adulta de Danny Torrence, filho do personagem de Jack Nicholson no clássico de terror de 1980. As imagens chegam a recriar cenas do longa dirigido por Stanley Kubrick, mas se dedicam principalmente aos novos personagens. Assim como “O Iluminado”, o novo filme também é baseado num livro de Stephen King – a sequência oficial da obra original e premiada com o Bram Stoker Award (o “Oscar” das publicações de terror) de Melhor Romance de 2013. Na trama, Danny cresceu traumatizado após seu pai enlouquecer e tentar matar a família no Overlook Hotel. Já adulto, o rapaz enfrenta problemas com álcool, até que volta a manifestar poderes mediúnicos e entra em contato com uma garota (a estreante Kyliegh Curran) perseguida por um perigoso grupo de paranormais. A direção do filme está a cargo de Mike Flanagan (“Ouija: Origem do Mal”), que recentemente filmou outro livro de Stephen King, “Jogo Perigoso”, e a elogiada série “A Maldição da Residência Hill”. Ele também reescreveu o roteiro – originalmente encomendado para Akiva Goldsman (responsável por destruir “A Torre Negra”, mais uma obra de Stephen King). O elenco ainda inclui Rebecca Ferguson (“Missão Impossível: Efeito Fallout”) como a vilã da história – Rose, a Cartola (no original, Rose the Hat) – , além de Emily Alyn Lind (“A Babá”), Jacob Tremblay (“O Quarto de Jack”), Cliff Curtis (“Fear the Walking Dead”), Bruce Greenwood (“Star Trek”), Zahn McClarnon (“Westworld”), Carel Struycken (“Twin Peaks”) e Carl Lumbly (“Supergirl”). A estreia está marcada para 7 de novembro no Brasil, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.
Stephen King decide transformar sua casa em retiro para escritores
O escritor Stephen King decidiu transformar sua casa em Bangor, no Maine (EUA), em um retiro para escritores e pesquisadores. King e sua mulher, Tabitha, receberam a aprovação do município para transformar sua área residencial em uma organização sem fins lucrativos, permitindo visitas a arquivos sobre seu trabalho enquanto a casa ao lado será convertida em uma “pensão”. “Estamos no começo do planejamento do retiro dos escritores, fornecendo moradia para até cinco escritores na residência por vez. A mudança de zoneamento foi o primeiro passo. Mas ainda estamos a um ou dois anos de distância de um retiro operacional”, contou King em sua página no Facebook. “Os arquivos anteriormente mantidos na Universidade do Maine estarão acessíveis apenas a visitas restritas mediante agendamento. Não haverá museu e nada será aberto ao público, mas os arquivos estarão disponíveis para professores e pesquisadores”. A localização da residência de King não é segredo, com fãs sempre tirando fotos em frente aos portões de casa. Agora, ele quer que os fãs mais sérios, que também aspiram virar escritores ou estudar sua obra mais a fundo, sejam bem-vindos para fazer isso a seu lado. Desde que, claro, não se revelem Annie Wilkes enrustidas – a personagem obcecada pelo escritor de “Louca Obsessão”, que atualmente está sendo vivida por Lizzy Caplan na 2ª temporada de “Castle Rock”. Além de morar na cidade há várias décadas, King baseou seus livros na região, criando cidades fictícias do Maine para contar histórias que poderiam ter acontecido no seu vizinho ou no seu próprio porão. “A família King foi maravilhosa para a cidade de Bangor ao longo do tempo e doou literalmente milhões de dólares para várias causas na comunidade”, compartilhou o vereador Ben Sprague em comunicado. “Preservar seu legado aqui em Bangor é importante para esta comunidade.”
The Outsider: Nova série baseada em terror de Stephen King ganha primeiro trailer
A HBO divulgou o trailer de “The Outsider”, minissérie baseada no livro mais recente (da fonte inesgotável) de Stephen King. Publicada no Brasil em junho, a trama de “The Outsider” foi adaptada por Richard Price (criador de “The Night of”) e será estrelada e coproduzida por Ben Mendelsohn (“Rogue One”). Além disso, seus dois primeiros episódios são dirigidos pelo ator Jason Bateman (“A Noite do Jogo”), vencedor do Emmy de Melhor Diretor por “Ozark”. Bateman também interpreta um dos personagens da série, suspeito do crime que dá início ao mistério. A série gira em torno da investigação do assassinato de um menino 11 anos, encontrado morto num parque de Flint City. Testemunhas e impressões digitais apontam como principal suspeito uma das figuras mais conhecidas da cidade – o treinador da Liga Infantil de beisebol, que também é professor, casado e pai de duas filhas – , vivido por Bateman. Entretanto, ele tem um álibi que o coloca bem longe da cena do crime no momento do assassinato. Conforme a investigação do detive policial interpretado por Mendelsohn avança, mais situações inexplicáveis começam a aparecer. É quando entra em cena uma detetive diferente, vivida por Cynthia Erivo (“As Viúvas”), especializada no paranormal. O elenco também inclui Bill Camp (“Coringa”), Mare Winningham (“American Horror Story”), Paddy Considine (“A Morte de Stalin”), Julianne Nicholson (“Àlbum de Família”), Summer Fontana (“The Originals”), Derek Cecil (“House of Cards”), Michael Esper (“Trust”), Max Beesley (“Mad Dogs”) e Marc Menchaca (“Ozark”). Com 10 episódios, “The Outsider” tem estreia marcada para 12 de janeiro.









