Morreu Marty Krofft, criador dos Banana Splits, “A Flauta Mágica” e “O Elo Perdido”
Marty Krofft, um dos nomes mais influentes na programação televisiva infantil, morreu no sábado (25/11) aos 86 anos, vítima de insuficiência renal. Em parceria com seu irmão Sid, Marty criou um império no entretenimento, marcando época com programas inesquecíveis como “Banana Splits” e “O Elo Perdido”. Nascido em Montreal em 9 de abril de 1937, Marty encontrou no teatro de marionetes, juntamente com Sid, um caminho para a criatividade e inovação. Banana Splits Os irmãos Krofft iniciaram sua carreira como fantocheiros e logo foram recrutados pela rede NBC em 1968 para criar as fantasias da parte live-action de “Banana Splits”. Psicodélica e inovadora, a série apresentava segmentos animados e um seriado de aventura live-action (“A Ilha do Perigo”) ancorados pela apresentação de quatro personagens carismáticos – o cachorro Fleegle, o gorila Bingo, o leão Drooper e o elefante Snorky. A genialidade dos Krofft se manifestou na criação desses personagens únicos e no design de suas fantasias. Cada personagem tinha uma personalidade distinta e, juntos, formavam uma banda de rock que encantava crianças – e enfrentava o clube das Uvas Azedas – todas as manhãs de sábado de 1968 a 1970. A série fez História ao introduzir um novo formato de entretenimento, com apresentadores de desenhos e contexto musical, estabelecendo um padrão para futuros programas infantis. Reprisada por várias décadas, é lembrada até hoje. A Flauta Mágica e os Monstros Marinhos O sucesso de “Banana Splits” abriu portas para que em 1969 os irmãos criassem “A Flauta Mágica” (H.R. Pufnstuf), uma série sobre um garoto náufrago em uma ilha mágica, que representou outro avanço significativo na televisão infantil da época. Combinando atores com personagens em fantasias extravagantes e um cenário muito colorido, a produção foi outra explosão psicodélica na telinha. A história girava em torno de Jimmy, um jovem que chega a uma ilha mágica após ser atraído por Witchiepoo, uma bruxa malvada, que deseja roubar sua flauta mágica falante. Logo ao chegar, Jimmy encontra Pufnstuf, um amigável dragão e prefeito da ilha, que o ajuda a tentar retornar para casa enquanto protege sua flauta mágica. Apesar disso, Jimmy nunca saiu da ilha, porque a série foi cancelada após 17 episódios. Em seguida, eles criaram “Buggaloos” (1970), sobre uma banda de rock formada por insetos, e “Lidsville” (1971), em que um adolescente vai parar num mundo de chapéus falantes. Ambas foram inovadoras e muitas vezes surreais, mas o melhor ainda estava por vir. Em 1973, os Krofft voltaram à fantasia sobrenatural com um projeto de dinâmica e visual semelhante à “A Flauta Mágica”: “Sigmund e os Monstros Marinhos”. A série acompanhava Sigmund, um amigável monstro marinho que foi expulso de sua casa por sua família por não querer assustar humanos. Ele logo encontra amizade em dois irmãos surfistas, Johnny e Scott, que o escondem em seu clube secreto. A série explorava temas como aceitação, amizade e a importância de ser verdadeiro consigo mesmo, tudo dentro de um cenário lúdico e colorido. Durou duas temporadas, até 1975, quando os Marty e Sid já estavam priorizando sua atração mais lembrada. O Elo Perdido Lançado em 1974, “O Elo Perdido” (The Land of the Lost) foi o projeto mais ambicioso dos Krofft e representou outro marco na programação infantil. Ambientada em um mundo pré-histórico, a série de aventura narrava as aventuras da família Marshall, que, após um acidente durante um passeio de bote, ia parar em uma terra desconhecida habitada por dinossauros, os misteriosos Pakuni (hominídeos com sua própria língua e cultura) e os temíveis Sleestak (reptilianos humanoides inteligentes que os caçavam). A mistura de ação ao vivo e efeitos especiais inovadores para a época tornaram a atração um fenômeno de audiência. A produção se destacou por seu uso pioneiro de efeitos especiais e animatrônicos, especialmente na criação dos dinossauros e dos Sleestak. Essa abordagem atraiu o público para acompanhar a jornada da família Marshall em busca do caminho de casa. Junto da aventura, a trama apresentava temas como cooperação, resiliência e a importância do conhecimento e da inovação. Além disso, cada personagem da família Marshall – Rick, Will e Holly – tinha suas próprias forças e vulnerabilidades, criando uma dinâmica familiar como poucas séries da época. Com três temporadas, “O Elo Perdido” não foi apenas um sucesso de audiência. Ele se tornou um elemento cultural significativo, evidenciado por sua popularidade duradoura, reprises, adaptações e a presença contínua na cultura pop. Outros projetos Além dessas produções emblemáticas, os Kroffts produziram uma variedade de outros programas nos anos 1970 – incluindo as sci-fi “The Lost Saucer” e “Far Out Space Nuts” em 1975, e vários projetos derivados da sitcom “A Família Brady” (The Brady Bunch). Destacam-se na lista “Mulher Elétrica e Garota Dínamo” (Electra Woman and Dyna Girl), uma série de super-heroínas da era das discotecas, que combatiam o crime com trajes estilosos, e “Dr. Shrinker”, sobre um cientista louco que inventa um raio redutor e encolhe um grupo de jovens. Ambas foram exibidas em 1976 e, embora não tenham repetido o sucesso das anteriores, também influenciaram produções que se seguiram. Nos anos 1980, eles buscaram variar suas produções com “Pryor’s Place”. Lançada em 1984, a atração era ambientada em um ambiente urbano e estrelada pelo renomado comediante Richard Pryor. Misturando humor, música e fantoches para tratar de questões importantes como bullying e inclusão, a produção foi outra iniciativa pioneira dos Krofft, reconhecida com uma indicação ao Emmy. Mas a presença de um astro conhecido por fazer humor adulto num programa infantil foi considerada ousada demais para o público conservador, fazendo com que só durasse uma temporada. Em compensação, os irmãos tiveram um de seus maiores e mais inovadores sucessos logo depois, juntando fantoches e sátira política. Diferentemente de suas produções infantis, “D.C. Follies” foi primeiro programa dos Krofft direcionado a um público adulto. Os episódios se passavam em uma taverna fictícia em Washington, D.C., onde marionetes de figuras políticas conhecidas interagiam com o barman humano, interpretado por Fred Willard. Os personagens representavam figuras políticas reais, como presidentes e jornalistas, e a série comentava, de forma humorística, os eventos e a política da época. Durou duas temporadas, de 1987 a 1989, e recebeu duas indicações ao Emmy. Exibida no começo da década de 1990, “Toby Terrier and His Video Pals” foi uma tentativa dos Krofft de se adiantarem às mudanças tecnológicas. A série girava em torno de Toby Terrier, um cão animado, e seus amigos, e foi uma das primeiras a incorporar interatividade, utilizando uma tecnologia especial que permitia às crianças interagir com o programa por meio de um brinquedo específico. Novamente, demonstraram estar à frente de seu tempo. Últimas produções Eles passaram vários anos fazendo especiais temáticos e programas musicais antes de emplacar outra série original, “Mutt & Stuff”, lançada em 2015 na Nickelodeon. Este programa infantil focava em Cesar Millan, conhecido como um “Encantador de Cães”, e seu filho Calvin, em um ambiente povoado tanto por cães reais quanto por fantoches caninos. Com viés educativo, o programa ensinava às crianças lições valiosas sobre o cuidado com os animais, amizade e respeito pela diversidade. Suas duas temporadas foram indicadas a quatro prêmios Emmy. Nos últimos anos, o catálogo clássico dos Kroffs também tem sido revisitado em vários projetos de remakes, desde o filme “O Elo Perdido” (2009), com Will Ferrell e Danny McBride, até a série “Sigmund e os Monstros Marinhos” (2016) na Amazon, sem esquecer um terror trash estrelado pelos personagens de “Banana Splits” em 2019. O legado de Marty Krofft vai muito além dos programas que ele criou. Produtor e roteirista, ele inspirou gerações de criadores de conteúdo e foi homenageado, junto do irmão Sid, com um Prêmio Especial em 2018 pelas realizações da carreira no Daytime Emmy, o principal prêmio da programação diurna da TV americana. Ainda vivo, seu irmão mais velho se despediu nas redes sociais com um texto emocionado. “Estou desolado com a perda do meu irmão mais novo. Sei o que todos vocês significavam muito para ele. Foram vocês que fizeram tudo isso acontecer. Obrigado por estarem conosco todos esses anos. Com amor, Sid.” Lembre abaixo a abertura de algumas séries clássicas concebidas com a criatividade dos Kroffts.
“La Brea” vai acabar na 3ª temporada
A rede americana NBC confirmou que a série de fantasia “La Brea” vai acabar na 3ª temporada. A última temporada vai estrear em 9 de janeiro nos EUA e terá apenas seis episódios para encerrar sua trama. A temporada curta foi produzida de forma emergencial para que os episódios ficassem prontos antes das greves de Hollywood. A produção foi gravada antes das paralisações, como estratégia do canal para ter um programa inédito para exibir no começo de 2024. “La Brea” – que ganhou o subtítulo nacional de “A Terra Perdida” – foi a primeira série criada por David Appelbaum (produtor-roteirista de “O Mentalista” e “NCIS: New Orleans”), mas apesar da repercussão positiva entre o público, que lhe rendeu boa audiência, sua mistura de trama de catástrofe com aventura clássica de Júlio Verne/Edgar Rice Burroughs não apeteceu a crítica, ficando com apenas 38% de aprovação no Rotten Tomatoes. A história começa com a abertura de um buraco gigante em Los Angeles, que engole várias pessoas. Mas em vez de morrerem, as vítimas da tragédia vão parar no centro da Terra com criaturas pré-históricas e prédios futuristas, em meio à pistas sobre o verdadeiro segredo daquele lugar. A produção tem um grande elenco, que inclui Natalie Zea (“Justified”), Eoin Macken (“Plantão Noturno”), Nicholas Gonzalez (“The Good Doctor”), Jon Seda (“Chicago P.D.”), Karina Logue (“NCIS: Los Angeles”), Catherine Dent (“Agents of SHIELD”), Angel Parker (“Fugitivos da Marvel/Runaways”), Jag Bal (“The Romeo Section”), Ione Skye (“Camping”), Chiké Okonkwo (“O Nascimento de Uma Nação”), Chloe de los Santos (“Tidelands”), Josh McKenzie (“Entre Segredos e Mentiras”) e os adolescentes Jack Martin, Zyra Gorecki e Veronica St. Clair em seus primeiros papéis. No Brasil, a série é disponibilizada pela plataforma Globoplay e exibida na TV Globo. Veja os trailers nacionais das duas primeiras temporadas.
Jeffrey Donovan sai da série “Law & Order”
Jeffrey Donovan não voltará na 23ª temporada de “Law & Order”. Segundo o site TVLine, os produtores já estão em busca de um ator para o elenco regular. A publicação apurou que o ator e os produtores tiveram diferenças criativas. Donovan se juntou ao elenco em 2021, interpretando o detetive o Detetive Cosgrove nas temporadas 21 e 22, as primeiras do revival da série. Cosgrove juntou-se à equipe da NYPD como o novo parceiro do Det. Kevin Bernard (Anthony Anderson). “Frank é um detetive durão que busca justiça por todos os meios necessários. Todo drama procedimental precisa de um policial mau, e Donovan brilha”, diz a descrição oficial do personagem, disponibilizada pela rede americana NBC. Mais conhecido por seu trabalho principal como o ex-agente da CIA Michael Westen na série “Burn Notice”, que durou sete temporadas, Donovan também esteve recentemente em “Fargo” do canal pago FX e “Shut Eye” da plataforma Hulu. Sem Donovan, a série segue com Sam Waterston como o promotor público Jack McCoy, Camryn Manheim como a tenente Kate Dixon, Hugh Dancy como o promotor público assistente Nolan Price e Odelya Halevi como a promotora assistente Samantha Maroun. A saída do ator marca a última baixa da série produzida por Dick Wolf. Anderson, que reprisou seu papel na 21ª temporada, deixou a série assim que seu contrato – de apenas um ano – com a NBC terminou. No Brasil, a atração é disponibilizada por duas plataformas: os episódios antigos na Prime Video e os novos na Globoplay.
Chicago Fire | Taylor Kinney retorna à série na 12ª temporada
Após um hiato de 10 meses, Taylor Kinney vai voltar a “Chicago Fire”, marcando seu retorno no início da 12ª temporada da série. O retorno de Kinney ao papel de Kelly Severide é aguardado com entusiasmo pelos fãs e vem após um período de afastamento do ator, que estava lidando com assuntos pessoais desde janeiro. Segundo o site americano Deadline, a sala de roteiristas de “Chicago Fire” reabriu na semana de 4 de outubro, após o fim da greve em Hollywood. Segundo fontes, o primeiro lote de scripts para a nova temporada já conta com a presença de Severide, interpretado por Kinney. Ainda que as futuras aparições do personagem não estejam confirmadas, há expectativas de que o retorno do ator seja em tempo integral. Desdobramentos anteriores Kinney, que interpreta o bombeiro Kelly Severide desde o lançamento da série em 2012, havia se afastado para lidar com uma questão pessoal – nunca explicada. Com sua saída inesperada, a equipe teve que reescrever os roteiros, que já estavam prontos e não previam sua ausência. Por conta disso, o personagem Matt Casey, interpretado pelo ator Jesse Spencer, retornou em duas participações especiais após se despedir da trama, incluindo no final da 11ª temporada, ajudando a preencher o vácuo deixado pelo protagonista. A última aparição de Severide foi no episódio “Run Like Hell”, exibido em 22 de fevereiro nos EUA, onde foi revelado que ele estava sendo enviado para um treinamento de investigação de incêndios. Na época, Severide havia recém-casado com Stella Kidd, papel de Miranda Rae Mayo, no final da 10ª temporada. Volta com mudanças A 12ª temporada traz mudanças também nos bastidores: Andrea Newman assume como showrunner única, após ter dividido a função na temporada anterior. “Chicago Fire” é uma produção da Universal Television, em associação com a Wolf Entertainment de Dick Wolf. No Brasil, a série tem suas 11 temporadas disponíveis na Globoplay, além de 8 temporadas na Amazon Prime Video. Ainda não há previsão de estreia para os novos capítulos.
Chicago P.D. | Tracy Spiridakos sai da série na 11ª temporada
A série “Chicago P.D.” está sofrendo uma nova baixa em seu elenco. Tracy Spiridakos, que interpreta Hailey Upton, deixará a série após a 11ª temporada, conforme confirmado por múltiplas fontes à Variety. Spiridakos juntou-se à narrativa da atração da NBC na 4ª temporada, inicialmente como uma personagem recorrente. Foi promovida a regular na 5ª temporada e participou de 127 episódios. Sua personagem também marcou presença nos spin-offs “Chicago Med” e “Chicago Fire”, além de participar de um crossover com “FBI”. Conexão com saída de Jesse Lee Soffer A partida de Spiridakos se dá uma temporada depois de Jesse Lee Soffer, intérprete de Jay Halstead, marido de sua personagem na série, que deixou o elenco após uma trajetória de 10 anos. A 10ª temporada mostrou Jay partindo para uma missão do exército na Bolívia e optando por estender sua estadia, decidindo não retornar para sua esposa. Há uma possibilidade de Soffer retornar para uma participação especial antes da saída de Spiridakos, conforme compartilhou o ator em fevereiro. “Nunca diga nunca. Sinto muito pelos fãs que perguntam, ‘Ele vai voltar? O que vai fazer? O que está acontecendo entre ele e Hailey?'”, disse na ocasião à Variety. Desdobramentos e futuro da série A 10ª temporada de “Chicago P.D.” terminou com o personagem Adam Ruzek (Patrick Flueger) entre a vida e a morte após ser baleado e levado às pressas para o hospital. A 11ª temporada ainda não tem data de estreia devido à greve dos atores em Hollywood, mas os escritores retomaram o trabalho no início deste mês (outubro).
Jimmy Fallon pede desculpas após denúncias de ambiente tóxico em seu talk show
O comediante Jimmy Fallon, um dos mais populares apresentadores de talk show dos EUA, responsável pelo programa de entrevistas “The Tonight Show”, fez um pedido formal de desculpas a sua equipe nesta quinta-feira (7/9), após uma reportagem da revista Rolling Stone denunciar um ambiente de trabalho tóxico nos bastidores de seu programa. A conversa com a equipe ocorreu por meio de uma reunião via Zoom, segundo informações apuradas pela Variety. Sala de choro e embriaguez Funcionários antigos e atuais de “The Tonight Show” relataram uma atmosfera de trabalho nociva à Rolling Stone. Alguns alegaram que a sua saúde mental foi prejudicada durante o tempo que trabalharam na produção. Desde que Fallon assumiu o programa em 2014, nove diferentes diretores de produção, conhecidos como showrunners, já passaram pelo programa. A alta rotatividade no cargo seria sinal da gravidade da situação, segundo as fontes da publicação. “Você nunca sabia qual Jimmy iríamos encontrar e quando ele iria perder a compostura”, revelou um ex-funcionário à revista. O programa chegou a dispor de uma “sala de choro” para funcionários lidarem com o ambiente hostil. Além disso, surgiram relatos de que Fallon parecia embriagado durante ensaios e não se lembrava de cortar piadas em suas anotações. Para a Variety, fontes ligadas ao programa indicaram que houve uma melhoria no ambiente de trabalho desde que Chris Miller assumiu como showrunner em março do ano passado. Miller, que já trabalhou com Drew Barrymore e sua produtora Flower Films por 23 anos, concentrou-se em destacar os pontos fortes de Fallon como imitações, esquetes e música. O pedido de desculpas “Sinto-me muito mal. Desculpe se envergonhei vocês, suas famílias e amigos”, declarou Fallon durante a reunião virtual. “Quero que este programa seja divertido, inclusivo para todos, engraçado, deveria ser o melhor programa, com as melhores pessoas”. A rede NBC, que exibe o “Tonight Show”, optou por não comentar o assunto. Mas o showrunner Chris Miller enviou um e-mail à equipe afirmando que se sente “sortudo” e “orgulhoso” de trabalhar com o grupo e contestou a descrição da Rolling Stone sobre o ambiente de trabalho. Status Atual do Programa Atualmente, o “Tonight Show” encontra-se em hiato devido às greves dos sindicatos dos roteiristas e dos atores de Hollywood. Não há previsão para o retorno das atividades, diante do impasse nas negociações com os estúdios.
Globo de Ouro 2024: Sem canal interessado, premiação pode não acontecer
O Globo de Ouro, uma das premiações mais prestigiadas de Hollywood, enfrenta novos desafios em sua busca por um acordo de transmissão para sua próxima edição, programada para 7 de janeiro de 2024. Apesar de manter a data anunciada, a organização não conseguiu fechar um acordo com nenhuma rede de transmissão até o momento, incluindo sua parceira de longa data, a rede NBC. Problemas para transmissão Segundo informações do site jornalístico Puck, a organização responsável pela cerimônia, que recentemente foi comprada pela Eldridge Industries, recusou uma oferta abaixo do valor de sua longa parceria com a NBC em março deste ano. O canal supostamente já havia produzido o evento por uma fração da taxa de licenciamento atual, que gira em torno de US$ 60 milhões. Além da NBC, as redes CBS, Fox, Netflix, Amazon, ABC/Disney+/Hulu, Apple TV+, as redes Turner (dos canais TNT e TBS) e o canal Roku também rejeitaram a transmissão. Todas as redes citaram o alto preço pedido pela Dick Clark Productions como motivo para a recusa. Polêmicas anteriores A premiação já não foi ao ar em 2021, antes de voltar para sua despedida na NBC no começo deste ano. O cancelamento anterior ainda assombra as negociações atuais, pois foi consequência de um repúdio generalizado de Hollywood, após uma reportagem do Los Angeles Times detalhar práticas duvidosas da Associação da Imprensa Estrangeira de Hollywood (HFPA), que organiza o prêmio. Além de constatar que, dos 87 membros, não havia nenhum negro na organização, a reportagem acusou a Associação de aceitar subornos em troca de indicações ao Globo de Ouro. Como exemplo, a denúncia citou que a Netflix presenteou diversos membros com viagens de luxo à Paris para divulgar “Emily In Paris” e, depois disso, a série destruída pela crítica recebeu duas indicações no prêmio. As denúncias geraram boicotes dos estúdios, agências de talento e do próprio canal NBC, e como resultado o Globo de Ouro não foi transmitido no ano passado. Desde então, a HFPA vinha buscando se reorganizar para evitar novos percalços. A entidade adicionou 103 novos votantes, que se somaram aos cerca de 80 anteriormente existentes, e adotou um manual de ética. Mas o fato mais impactante foi ter seu controle adquirido pela empresa de investimentos Eldridge Industries, que também assumiu a propriedade da Dick Clark Productions, a produtora de longa data do evento televisivo.
“Lista Negra” termina após 10 anos com final chocante
O drama criminal “Lista Negra” (The Blacklist) se despediu do público dos Estados Unidos na noite de quinta-feira (13). A série do canal americano NBC exibiu o último capítulo da sua 10ª temporada, que encerrou a atração após 10 anos. As fugas do gênio do crime Raymond Reddington (James Spader) chegaram ao fim no episódio marcado por mortes inesperadas. Para encerrar a trama de forma digna, a série entregou a despedida num episódio duplo de duas horas. “Fiquei muito, muito feliz por termos conseguido terminar exatamente da maneira que queríamos. Foi deliberado e não fomos pegos de surpresa em termos de quando o final viria”, declarou Spader à agência Associated Press no início da semana. A 10ª temporada começou a ser exibida em março deste ano nos Estados Unidos, levando Reddington a enfrentar um perigo inesperado, com antigos integrantes da lista negra se unindo contra ele em um plano de vingança por todos os nomes que ele entregou ao FBI. Final com spoilers! O último episódio começa com o criminoso em fuga, enquanto a equipe da Força-Tarefa do FBI e o congressista Arthur Hudson (Toby Leonard Moore) se esforçam para localizá-lo. Quando finalmente se encontram, Hudson atira no pescoço de Dembe Zuma (Hisham Tawfiq), guarda-costas e confidente de Reddington. Diante do ataque, o protagonista confronta o congressista e o mata com um tiro na cabeça. Em seguida, ele consegue levar Dembe até um lugar em que o pudesse receber os cuidados necessários, antes de continuar sua tentativa de fugir do país. Ao mesmo tempo, a Força-Tarefa continua tentando localizar Reddington, enquanto o Agente Especial Jordan Nixon (Derrick Williams) promete vingar a morte do congressista matando Reddington pessoalmente. O desejo por vingança resulta em um confronto físico entre Nixon e o Diretor Assistente Harold Cooper (Henry Lennix). Enquanto isso, Reddington consegue chegar à Espanha, onde faz uma última ligação para sua neta Agnes (Sami Bray). Mostrando ter sobrevivido, Dembe fica sabendo por Harold que perderá seu emprego, apesar de não importar e falar emocionado sobre seu velho amigo. Nos momentos finais do episódio, enquanto a Força-Tarefa continua em seu encalço, Reddington passa por um campo aberto e se depara com um touro, resultando em uma reviravolta inesperada. O animal dispara em sua direção e mata o protagonista. A última cena mostra o agente do FBI Donald Ressler (Diego Klattenhoff) chegando ao campo em um helicóptero. Ele se aproxima do corpo mutilado de Reddington, já sem vida. O característico chápeu do personagem está a alguns metros de distância, então Ressler coloca o assessório na cabeça do protagonista morto em sinal de respeito. No Brasil, a 10ª e última temporada não tem previsão de estreia. Todas as temporadas anteriores estão disponíveis na Netflix.
“Magnum” é cancelada na 5ª temporada
A rede americana NBC definiu o cancelamento do remake de “Magnum” na 5ª temporada, atualmente em exibição nos EUA. A série é uma releitura da atração homônima, que foi estrelada por Tom Selleck nos anos 1980. Na nova versão, o investigador particular Thomas Magnum é latino, interpretado por Jay Hernandez (“Esquadrão Suicida”). Ex-Navy SEAL, ele passa a resolver crimes no Havaí após retornar do Afeganistão, utilizando suas habilidades militares como detetive junto com alguns colegas ex-militares. Além de Hernandez, Perdita Weeks, que interpretou uma caçadora de vampiros na última temporada de “Penny Dreadful”, reinventou o papel de Higgins. Na nova versão, Jonatham Higgins, o personagem esnobe originalmente vivido por John Hillerman, virou Juliet Higgins, ex-agente secreta britânica, que passa a dividir a ação com Magnum e mais dois coadjuvantes, vividos por Zachary Knighton (série “L.A. to Vegas”) e Stephen Hill (série “Boardwalk Empire”). Segundo cancelamento Este foi o segundo cancelamento de “Magnum”, que chegou ao fim na rede CBS no ano passado, antes de ser resgatado pela NBC. Originalmente, os planos anunciados pela NBC eram de duas novas temporadas, mas a emissora só vai exibir metade dos capítulos previstos, apesar de seu audiência estar no nível das demais atrações da rede. Ao final, pesou na decisão a grave dos roteiristas. Com o fim do contrato dos atores marcado para 30 de junho, a decisão sobre o futuro da série levou em conta a falta de estimativas para a retomada da produção. Em hiato de transmissão, a série tem mais 10 episódios inéditos para concluir a 5ª temporada, mas eles devem ser guardados para exibição apenas em 2024. A série era a última produção ainda ativa do produtor Peter M. Lenkov na TV dos EUA. Também responsável pelos remakes de “Hawai Five-0” e “MacGyver”, Lenkov foi demitido e afastado de suas séries em 2020, após denúncias de mau comportamento no ambiente de trabalho.
Young Rock: Série de Dwayne “The Rock” Johnson é cancelada após três temporadas
A rede americana NBC cancelou “Young Rock”, série sobre a juventude de Dwayne “The Rock” Johnson, lançada em grande estilo há dois anos. O fim da série na 3ª temporada foi anunciado nesta sexta (9/6), junto com o destino de “Grand Crew”. Baseada na vida do astro de “Jumanji”, a série “Young Rock” traçava o percurso de The Rock desde a infância, passando pela carreira de lutador até o estrelato em Hollywood. Os episódios combinavam narrativas em três fases diferentes, cada uma interpretada por um ator diferente: Adrian Groulx (The Rock aos 10 anos), Bradley Constant (aos 15) e Uli Latukefu (aos 20). Com poucos trabalhos na carreira, Adrian Groulx foi visto no telefilme “The Christmas Cure” (2017) e Bradley Constant participou do drama indie “Following Phil” (2018). Já Uli Latukefu é conhecido por diversas séries, de “Marco Polo” a “Doctor Doctor”. O elenco principal ainda conta com Joseph Lee Anderson (“Harriet”) como o pai Rocky Johnson, Stacey Leilua (“Um Cupido Caiu do Céu”) como a mãe Ata Johnson e Ana Tuisla (“Liliu”) como a avó Lia Maivia, sem esquecer o próprio The Rock, atuando como ele mesmo. A série estreou em fevereiro de 2021 e concluiu sua 3ª temporada em fevereiro deste ano. “Grand Crew” também foi cancelada A NBC também anunciou o cancelamento de “Grand Crew”, sitcom que acompanhava um grupo de amigos negros na faixa dos 30 anos. Criada por Phil Augusta Jackson (produtor-roteirista de “Insecure”), a trama seguia jovens profissionais que estavam tentando navegar pelos altos e baixos da carreira e do amor em Los Angeles, mas sem abrir mão de se reunir, nas horas de folga, em seu bar favorito. O elenco destacava Nicole Byer (“Loosely Exactly Nicole”), Justin Cunningham (“Olhos que Condenam”), Aaron Jennings (“Pure Genius”), Echo Kellum (“Arrow”), Grasie Mercedes (“Motel”) e Carl Tart (“Chasers”). A série estreou em dezembro de 2021, com a final da 2ª temporada exibida em abril. Confira abaixo os trailers das duas atrações, que não chegaram a ganhar lançamento nacional.
Barry Newman, astro de “Corrida contra o Destino”, morre aos 92 anos
O ator Barry Newman, que marcou época dirigindo um Dodge Challenger superpotente através do oeste americano em “Corrida contra o Destino” (The Vanishing Point), faleceu aos 92 anos. Newman morreu em 11 de maio no NewYork-Presbyterian Columbia University Irving Medical Center, conforme relatado neste domingo (4/6) por sua esposa, Angela. Nascido em Boston em 7 de novembro de 1930, Barry Foster Newman começou sua carreira na Broadway, interpretando um músico de jazz na comédia “Nature’s Way”, em 1957. Após várias peças, ele se destacou na TV no papel de um jovem advogado na novela “The Edge of Night”, em meados dos anos 1960. E quase foi também o fim de sua carreira, já que teve um desentendimento com um diretor que causou sua demissão – fazendo seu personagem ser enviado para um sanatório. Ele foi dar a volta por cima no cinema, ao interpretar Tony Pretrocelli, um jovem advogado que se envolve num “Crime Perfeito” em 1970. O filme escrito e dirigido por Sidney J. Furie fez grande sucesso e acabou virando uma série da NBC, “Petrocelli”, que Newman estrelou por duas temporadas, de setembro de 1974 a março de 1976. Após “Crime Perfeito”, Newman desempenhou seu papel mais famoso, como Kowalski, o motorista de “Corrida contra o Destino” (1971). “Isso foi muito único”, disse Newman numa entrevista de 2019. “Eu tinha acabado de fazer este filme sobre um advogado, um graduado em Harvard, e pensei que este é um tipo diferente de coisa. O cara era o rebelde, o anti-herói. Eu gostei muito de fazer isso.” Kowalski era um veterano da Guerra do Vietnã, ex-policial e ex-piloto de corrida que virou motorista de entrega de carros. A história começa quando ele aceita uma aposta para entregar um Dodge Challenger branco de 1970 de Denver, Colorado, em São Francisco, Califórnia, em menos de 15 horas. Embora seja uma missão extremamente difícil, ele acredita ser capaz. Mas após cometer várias infrações de trânsito, passa a ser perseguido pelas autoridades. Ainda assim, consegue tempo para encontrar várias personagens, cada uma das quais representando diferentes aspectos da sociedade da época. Além de ser lembrado por suas cenas de perseguição de carros, o filme de Richard C. Sarafian se tornou famoso por focar os temas culturais da época, como percepções de rebelião e alienação social, com a estrada representando a liberdade e a perseguição policial representando a repressão e o controle social. Esta dimensão era extrapolada com o auxílio da narração de um DJ negro, Super Soul (Cleavon Little), que, ao saber das façanhas de Kowalski, passa a estimular o motorista e o transforma em herói em seu programa de rádio. Mas apesar de ter se tornado cultuadíssimo, o lançamento original do longa não chamou atenção nos EUA. O sucesso começou no exterior, quando sua estreia em Londres ocasionou “filas ao redor do quarteirão com pessoas ansiosas para vê-lo”. “Ele foi relançado nos EUA depois de ser exibido na Europa e as pessoas então começaram a se interessar pelo filme. Ele se tornou um filme cult sem que eu mesmo percebesse. Até hoje, estou sempre sendo solicitado a falar sobre o filme em algum lugar”, contou o ator em 2019. Seu filme seguinte tentou capitalizar a popularidade de “Corrida Contra o Destino” ao escalar Newman num conversível em novas cenas de estrada. Mas “O Medo é a Chave” (1972) passou batido por crítica e público. No mesmo ano, o ator ainda foi um espião em “Missão Confidencial”, antes de se dirigir à TV para estrelar o telefilme “Night Games” (1974), que serviu de piloto para a série “Petrocelli”. Newman seguiu alternando-se entre cinema e TV pelo resto da carreira. Mais recentemente, apareceu em filmes como “Daylight” (1996), estrelado por Sylvester Stallone, “Os Picaretas” (1999), com Steve Martin e Eddie Murphy, “O Segredo do Sucesso” (2001), com Charlie Sheen, e na série “The O.C.”, onde interpretou o Professor Max Bloom. Infelizmente, sua carreira foi interrompida em 2009, quando o ator foi diagnosticado com câncer de cordas vocais. No entanto, ele retornou ao sets em 2022, reunindo-se novamente com o diretor de “Crime Perfeito”, Sidney J. Furie, no filme “Finding Hannah”, que ainda não possui previsão de estreia. Graças a “Corrida contra o Destino”, Newman viverá para sempre na cultura pop. Seu personagem inspirou até uma música da banda Primal Scream, “Kowalski”, lançado no álbum “Vanishing Point” (o título do filme em inglês) em 1997. O longa também foi a inspiração do diretor Edgar Wright para criar “Em Ritmo de Fuga” (2017). E Quentin Tarantino o chamou, no roteiro de “À Prova de Morte” (2007), de “um dos melhores filmes americanos já feitos”. Por sinal, o carro daquele filme tinha a mesma placa do Challenger dirigido por Newman. Veja abaixo o trailer clássico de “Corrida contra o Destino”.
“The Office” vai ganhar remake australiano com protagonista feminina
A plataforma Prime Video, da Amazon, está produzindo um remake australiano de “The Office” (2005–2013), que será protagonizado pela atriz Felicity Ward (“The Inbetweeners 2”). Ela interpretará a chefe do escritório, papel que consagrou Ricky Gervais e Steve Carrell famosos, nas versões inglesa e americana da série. Ward vai interpretar Hannah Howard na série, responsável pela má gestão de equipe na empresa de embalagens Flinley Craddick. Quando a matriz informa planos de fechar sua filial e adotar home-office, ela entra em modo de sobrevivência, prometendo o que não pode cumprir para manter sua “família do trabalho” unida. O elenco inclui ainda Edith Poor (“O Senhor dos Anéis: Os Anéis do Poder”), Steen Raskopoulos (“A Duquesa”), Pallavi Sharda (The Twelve), Susan Ling Young (“Reckoning: Ajuste de Contas”), Raj Labade (“Appetite”), Lucy Schmit (“Ele é Demais”), Firass Dirani (“Underbelly”), Josh Thomson (“Como Agradar uma Mulher”), Shari Sebbens e Jonny Brugh (ambos de “Thor: Amor e Trovão”). O remake americano é uma das séries mais amadas do mundo, além de ter conquistado diversos prêmios – como dois Emmys de Melhor Série. Seu sucesso superou em muito o original inglês e inspirou remakes por todo o mundo. Ao todo, já foram produzidas 12 versões da série criada por Ricky Gervais e Stephen Merchant – na França, Canadá, Chile, Israel, Oriente Médio e Polônia, entre outros países. A versão australiana será o 13º remake e o primeiro a contar com uma mulher. A Executiva Sênior de Desenvolvimento do Prime Video Australia comentou que está empolgada com o projeto. “Estamos emocionados em trazer uma das maiores franquias de comédia já feitas para os clientes do Prime Video na Austrália e ao redor do mundo”, disse.”É uma honra continuar o legado internacional de comédia de ‘The Office’ localmente, ao mesmo tempo em que apresentamos novos personagens tipicamente australianos. Mal podemos esperar para que o público conheça Hannah Howard, a primeira chefe feminina explorada pelo formato de ‘The Office'”, finalizou. As filmagens devem iniciar em Sydney em junho de 2023 para uma estreia na plataforma da Amazon em 2024.











