Empresário de Britney Spears pede demissão em apoio à cantora
O empresário de Britney Spears rompeu sua relação com a pop star para não compactuar com a exploração da cantora por seu próprio pai. Larry Rudolph abandonou a longa relação profissional com Britney após ouvi-la declarar que se sentia uma escrava obrigada a trabalhar, desde que a Justiça deu a Jamie Spears o controle sobre todos os aspectos de sua vida. A iniciativa é a segunda consequência do forte depoimento de Britney à Justiça de Los Angeles no mês passado. Apesar da juíza Brenda Penny não ter se comovido e mantido a cantora sob tutela do pai, as declarações foram consideradas chocantes e também fizeram a Bessemer Trust, empresa de gerenciamento de finanças que é cotutora do patrimônio de Britney Spears, peticionar para abandonar o arranjo. O empresário enviou seu pedido de demissão por meio de uma carta aberta, endereçada a Jamie Spears e à tutora indicada legalmente Jodi Montgomery, afirmando que seus “serviços não são mais necessários”, já que Britney “expressou sua intenção de se aposentar oficialmente”. “Já se passaram mais de 2 anos e meio desde que Britney e eu nos comunicamos pela última vez, momento em que ela me informou que queria fazer um hiato de trabalho por tempo indeterminado. Hoje cedo, fiquei sabendo que Britney estava expressando sua intenção de se aposentar oficialmente”, ele escreveu, revelando a decisão radical da cantora para lidar com a situação forçada de tutoria. Para apoiá-la, Rudolph disse que ela não precisaria mais de empresário. Após trabalhar com a cantora por mais de 25 anos, ele ainda reforçou que nunca fez parte da tutela ou de suas operações, lembrando que seus serviços foram requisitados anos atrás pela própria Britney, antes de todos esses problemas. Por tudo isso, concluiu que seu afastamento seria o que melhor “serve aos interesses dela” neste momento. A cantora de 39 anos está sob tutela desde que teve um colapso mental em 2008, quando uma audiência de 10 minutos na Justiça de Los Angeles colocou todas as decisões sobre suas finanças e seus cuidados pessoais a cargo de seu pai. Em seu depoimento recente, Britney classificou a tutela de 13 anos de abusiva, dizendo que se sente traumatizada e revoltada e que quer sua vida de volta. Entretanto, ela não encontra parecer favorável e segue sendo obrigada a permanecer submetida às vontades do pai.
Empresa que quer abandonar tutela de Britney Spears será ouvida na Justiça
A juíza Brenda Penny, que tem negada todas as petições de Britney Spears para acabar com sua situação de tutoria forçada, marcou uma audiência para analisar o pedido da empresa Bessemer Trust, que quer abandonar a tutela da cantora, atualmente dividida com o pai dela, Jamie Spears. A empresa de gerenciamento de fortunas peticionou sua retirada do arranjo comercial, afirmando que tomou a decisão em “respeito ao desejo” da artista. De acordo com os documentos apresentados ao tribunal na quinta (1/7), a Bessemer Trust declarou que acreditava que a tutela de Spears era “voluntária” e que ela consentia que a empresa atuasse como cotutora. Entretanto, após as denúncias de abuso feitas pela cantora, ficou claro que ela é contra o acordo e deseja que seja encerrado. Na semana passada, Britney Spears disse ao tribunal que considerava abusivo o acordo jurídico estabelecido em 2008, que tornou seu pai responsável por todas as decisões de sua carreira, por suas finanças e por sua vida pessoal. Ela revelou que se sentia uma escrava, forçada a tomar um medicamento à base de lítio contra sua vontade, obrigada a fazer shows e impedida de se casar e de remover um dispositivo de controle de natalidade para que pudesse tentar engravidar. A Bessemer Trust foi aprovada apenas no ano passado pela Corte Superior de Los Angeles para agir como cotutora dos ativos financeiros de Spears, um total de US$ 60 milhões, ao lado do pai da artista, Jamie Spears – que até então era o único tutor da fortuna. A decisão foi reforçada na quarta (30/6) pela juíza Brenda Penny, ao negar o pedido do advogado da cantora para que o pai dela deixasse de ser responsável por seu patrimônio. A empresa informou que ainda não tomou nenhuma medida em relação aos ativos de Spears, nem cobrou qualquer taxa, pois esperava documentos adicionais da Justiça que a autorizassem a agir. Entretanto, diante de “circunstâncias alteradas” do projeto de tutoria, incluindo “o fato de que a tutelada reivindicou danos irreparáveis aos seus interesses”, não quer mais assumir a responsabilidade pelas finanças da cantora. O caso agora será ouvido no tribunal, numa audiência que a juíza Brenda Penny marcou para o dia 14 de julho.
Sikêra Jr. perdeu 24 anunciantes em uma semana
O programa “Alerta Nacional”, de Sikêra Jr., perdeu 24 anunciantes na TV e na internet em uma semana, período transcorrido desde o surto em que o apresentador chamou homossexuais de “raça maldita”. O ataque foi motivado por uma campanha inclusiva do Burger King, em que crianças revelavam ter pais gays. Desde o fim de semana, Sikêra virou alvo de uma campanha de desmonetização, encabeçada pelo movimento Sleeping Giants Brasil, que passou a confrontar anunciantes do apresentador com o conteúdo preconceituoso de seu programa. Perguntadas se apoiavam aquelas mensagens, a maioria das empresas se manifestou em defesa dos direitos LGBTQIAP+ e contra a homofobia. “Vocês são nojentos. A gente está calado, engolindo essa raça desgraçada, mas vai chegar um momento em que vamos ter que fazer um barulho maior. Deixa a criança crescer, brincar, descobrir por ela mesma. O comercial é podre, nojento. Isso não é conversa para criança”, disse o apresentador, entre outras barbaridades, na sexta passada (25/6). Ao ver o estrago que causou contra si mesmo, ele chegou a pedir desculpas na terça-feira, mas sem demonstrar arrependimento. “Extrapolei como nunca, revoltado com o que vi naquele comercial, e continuo contra, minha opinião continua a mesma. Mas você que se sentiu ofendido, o que eu posso dizer é que me perdoe”, disse, para tentar reverter a sangria. Mas, em vez de convencer o mercado, o novo comentário teve efeito oposto, ao acelerar a saída de anunciantes de seu programa. Repaginada ao longo da semana, a iniciativa #DesmonetizaHomofobia levou ao cancelamento e/ou bloqueio de campanhas da TIM, Sorridents, Magazine Luiza, HapVida, Betsul, Seara, BMW, Faculdade Única, Burguer King, FlexFarma, Yamaha, Ford, Nivea, MRV, Kicaldo, Blindex, Novo Mundo, IPOK, Delinea Corpus, FLEXFARMA, Motorola, Samsung, Caixa Econômica Federal e Amazongás na TV e nos canais do programa de Sikêra na internet. Com isso, o intervalo comercial do “Alerta Nacional” foi reduzido em 57%, diminuição que reflete a falta de empresas interessadas em patrocinar o chamado telejornal. Por outro lado, a Ultrafarma manteve o patrocínio master do “Alerta Nacional” e tentou se justificar com uma nota citando isenção de responsabilidade. “Nós da Ultrafarma gostaríamos de esclarecer que o posicionamento dos apresentadores e/ou emissoras onde anunciamos nossos produtos não necessariamente representa a nossa posição corporativa”, publicou a empresa nas redes sociais. O post teve resultado oposto do esperado. Foram tantas reclamações que a empresa preferiu deletar seu perfil no Instagram. Sidney Oliveira, dono da rede de farmácias, também desativou sua conta pessoal. Isto se chama responsabilidade social, expressão que os empresários brasileiros começam a perceber que não se resume a discurso, exige (responsabiliz)ação. 🚀A @MOROLABR É A 22ª EMPRESA QUE NÃO SÓ MUDOU AS CORES DA SUA LOGO COMO TAMBÉM RETIROU OS ANÚNCIOS DO PROGRAMA DO SIKÊRA. Agradecemos a todos os seguidores que conscientizaram a empresa e também parabenizamos a Moto pelo posicionamento!✊🏽🏳️🌈 #DesmonetizaHomofobia https://t.co/K61zDwjFEQ — Sleeping Giants Brasil (@slpng_giants_pt) July 2, 2021 🚀A @SAMSUNGBRASIL É A 23ª EMPRESA QUE SE POSICIONOU CONTRARIAMENTE AS FALAS DO SIKÊRA JR! Agradecemos a todos os seguidores que conscientizaram a empresa e também parabenizamos a Samsung pelo posicionamento!✊🏽🏳️🌈 #DesmonetizaHomofobia https://t.co/c6Szzvb2Fj — Sleeping Giants Brasil (@slpng_giants_pt) July 2, 2021 🚀A AMAZON GAS É A 24ª EMPRESA QUE RETIRA O SEU ANÚNCIO DO PROGRAMA DO SIKÊRA JR! Agradecemos a todos os seguidores que conscientizaram a empresa e também parabenizamos a Amazon Gas pelo posicionamento! ✊🏽🏳️🌈 #SikeiraHomofobico https://t.co/hkugwwcVr5 pic.twitter.com/OkqgL2WrwU — Sleeping Giants Brasil (@slpng_giants_pt) July 3, 2021
Empresa cotutora de Britney Spears quer deixar arranjo por respeito à cantora
A Bessemer Trust, empresa de gerenciamento de finanças que é cotutora do patrimônio de Britney Spears, peticionou num tribunal de Los Angeles sua retirada do arranjo comercial. A decisão foi tomada em respeito à Princesa do Pop, que se opõe à tutoria. Na semana passada, Britney Spears disse ao tribunal que considerava abusivo o acordo jurídico estabelecido em 2008, que tornou seu pai responsável por todas as decisões de sua carreira, por suas finanças e de sua vida pessoal. Ela revelou que se sentia uma escrava, forçada a tomar um medicamento à base de lítio contra sua vontade, obrigada a fazer shows e impedida de se casar e de remover um dispositivo de controle de natalidade para que pudesse tentar engravidar. A Bessemer Trust foi aprovada apenas no ano passado pela Corte Superior de Los Angeles para agir como cotutora dos ativos financeiros de Spears, um total de US$ 60 milhões, ao lado do pai da artista, Jamie Spears, até então único tutor da fortuna. A decisão foi reforçada na quarta (30/6) pela juíza Brenda Penny, ao negar o pedido do advogado da cantora para que o pai dela deixasse de ser o responsável por seu patrimônio. A empresa informou que ainda não tomou nenhuma medida em relação aos ativos de Spears, nem cobrou qualquer taxa, pois esperava documentos adicionais da Justiça que a autorizassem a agir. Entretanto, diante de “circunstâncias alteradas” do projeto de tutoria, incluindo “o fato de que a tutelada reivindicou danos irreparáveis aos seus interesses”, não quer mais assumir a responsabilidade pelas finanças da cantora. De acordo com os documentos apresentados ao tribunal nesta quinta (1/7), a Bessemer Trust revelou que acreditava que a tutela de Spears era “voluntária” e que ela consentia que a empresa atuasse como cotutora. Entretanto, após as denúncias de abuso da cantora, ficou claro que ela é contra o acordo e deseja que seja encerrado. Sem querer fazer parte dessa situação, a empresa diz que abandona a tutoria em “respeito aos desejos” de Britney. A petição coloca a juíza Brenda Penny numa situação delicada, como única responsável por ignorar os apelos da artista. Ela tem negado sucessivamente todas as tentativas de Britney de acabar com a tutoria forçada, que tem enriquecido seu pai.
Justiça mantém Britney Spears sob tutela de seu pai
A juíza responsável pelo caso da tutela legal de Britney Spears negou o pedido do advogado da cantora para que o pai dela, Jamie Spears, deixe de ser o responsável por seu patrimônio. Em sua decisão, a juíza Brenda Penny determinou que Jamie manterá a tutoria, mas passará a dividir o controle dos bens de Britney com a empresa de gestão de fortunas Bessemer Trust. O pedido original foi feito em novembro de 2020, quando o advogado de Britney afirmou que a cantora tem medo de seu pai e se recusaria a subir no palco enquanto ele fosse seu tutor. A juíza negou o pedido na época e reiterou a decisão hoje, dias depois do depoimento em que Britney pediu o fim de sua tutela, comparando-se a uma escrava que era drogada a forçada a trabalhar para enriquecer seu pai. Ela é mantida pela justiça de Los Angeles refém de seu pai há 13 anos, mesmo sendo uma adulta capaz de trabalhar por conta própria. A situação incomum motivou o movimento #FreeBritney, criado pelos fãs da cantora, e inspirou o documentário “Framing Britney Spears”, que mostra como mídia e justiça machistas conspiraram para destruir a carreira da artista. A situação encontra paralelos em outros casos escandalosos da História, como a internação forçada de Camille Claudel. O detalhe é que a escultura foi considerado louca por critérios de 100 anos atrás. Desde que foi considerada “incapaz”, Britney acumulou um patrimônio de mais de US$ 60 milhões, que é totalmente controlado por seu pai. A artista ainda pode recorrer da decisão e voltar a pedir que Jaime Spears seja removido da tutela. O detalhe é que cada vez que vai à Justiça ela paga o trabalho de seus advogados e também dos advogados do pai. Só para este julgamento, seu pai cobrou US$ 2 milhões em despesas legais. Este é o estado surreal que a Justiça americana criou para a cantora.
Bill Cosby é solto após três anos de prisão
O comediante Bill Cosby foi solto da prisão nesta quarta (30/6), após decisão da Suprema Corte da Pensilvânia de anular sua condenação por agressão sexual. Ele foi acusado de abuso por mais de 60 mulheres, entre os anos 1960 a 2000. A libertação caiu como uma bomba na mídia e nas redes sociais dos EUA. Cosby foi colocado em liberdade por um detalhe técnico. A Suprema Corte estadual considerou que o promotor original do processo, Bruce Castor, prometeu que Cosby não seria processado, por isso o comediante admitiu ter dado drogas para mulheres com quem queria ter relações sexuais. Seus advogados mais tarde argumentaram que ele entendeu mal a pergunta e desde então passaram a negar qualquer delito. O problema é que os sucessores de Castor na promotoria distrital decidiram retomar processo após o depoimento com a admissão de culpa se tornar público. Isto levou a dois julgamentos, com o segundo resultado numa condenação a 10 anos de prisão, em 2018. Mas os advogados de Cosby argumentaram que o caso não poderia ser julgado, devido à promessa do promotor inicial. Após três anos de prisão, o tribunal superior finalmente concordou com eles. “Sustentamos que, quando um promotor faz uma promessa incondicional de não processar, e quando o réu confia nessa garantia em detrimento de seu direito constitucional de não testemunhar, o princípio da justiça fundamental que sustenta o devido processo legal em nosso sistema de justiça criminal exige que a promessa seja cumprida”, afirma a decisão do tribunal que soltou Cosby. Cosby foi a primeira grande figura pública a ser julgada e condenada graças ao movimento #MeToo.
Atriz de “Smallville” é condenada a três anos de prisão por liderar seita sexual
A atriz Allison Mack, que viveu Chloe Sullivan em “Smallville”, foi condenada a três anos de prisão nesta quarta-feira (30/6) por seu papel de liderança na seita sexual NXIVM. Mack havia se declarado culpada em abril de 2019, mas os promotores pediram para o juiz considerar sua extensa colaboração no caso, que ajudou a condenar o falso guru Keith Raniere a 120 anos de prisão. Junto da recomendação dos promotores federais, a atriz acrescentou uma carta de caráter pessoal endereçada ao juiz do caso, Nicholas Garaufis, em que pediu desculpas por sua participação na seita. “Agora é de suma importância para mim dizer, do fundo do meu coração, que eu sinto muito”, diz o texto do documento, revelado pela imprensa americana no sábado passado (26/6). “Eu me joguei nos ensinamentos de Keith Raniere com tudo o que tinha. Eu acreditava, do fundo do coração, que sua orientação estava me levando a uma versão melhor e mais iluminada de mim mesma. Dediquei minha lealdade, meus recursos e, em última análise, minha vida a ele. Este foi o maior erro e arrependimento da minha vida”, acrescentou Mack. Durante o anúncio de sua sentença, ela voltou a pedir desculpas a todas as pessoas que feriu durante o período em que esteve no grupo. Segurando lágrimas, Mack disse que se uniu à organização NXIVM há uma década para encontrar propósito na vida. “Ao longo de todo o tempo, eu acreditei que as intenções de Keith Raniere eram de ajudar pessoas”, disse ela. “Eu estava errada. Eu agora percebo que eu e outras pessoas nos envolvemos em condutas criminosas”. Gabando-se de que seus membros incluíam atores de Hollywood e atletas profissionais, Raniere atraiu várias pessoas para seu programa de autoajuda, que se tornou extremamente popular. Mas, conforme sua influência crescia, ele também passou a fundar diversos subgrupos, entre eles o DOS (“Dominus Obsequious Sororium”), formado só por mulheres atraentes e que funcionava como uma seita sexual, onde as integrantes eram marcadas com as iniciais do guru, forçadas a seguir dietas estritas e não saudáveis, e transformadas em escravas sexuais por meio de chantagem. Mack, que atraiu várias mulheres para o DOS, aguardava sua sentença em liberdade, mas chegou a ser presa pelo FBI em 20 de abril de 2018, sob acusações de tráfico sexual, conspiração de tráfico sexual e conspiração de trabalho forçado, como uma das principais recrutadoras da NXIVM. Ela fechou um acordo de detalhes não revelados para colaborar com a promotoria de Justiça e entregou gravações incriminadoras de Raniere, que ajudaram a condená-lo a uma sentença centenária. Mack estava sujeita a uma sentença de até 17 anos de prisão. Mas graças à sua colaboração, teve uma condenação menor que outra recrutadora famosa da seita, Clare Bronfman, herdeira do grupo canadense de bebida Seagram, que vai passar seis anos e nove meses presa por seu envolvimento com a NXIVM. O escândalo da NXIVM rendeu duas séries documentais, “Seduced: Inside the NXIVM Cult”, na Starz, e “The Vow”, renovada para a 2ª temporada na HBO, que nos novos episódios vai abordar justamente o julgamento dos envolvidos.
Sikêra Jr. pede desculpas ao perder patrocínios, mas reforça homofobia
Sikêra Jr. sentiu. O apresentador do programa “Alerta Nacional”, da RedeTV, pediu desculpas na terça-feira (29/6) pelo discurso preconceituoso que fez contra a comunidade LGBTQIAP+, chamando homossexuais de “raça maldita” na última sexta-feira (25/6). Ele se arrependeu? Não, ele perdeu anunciantes. Vale lembrar que, no ano passado, Sikêra também chamou homossexuais de “raça maldita” e, apesar de processado, acabou absolvido por um juiz de segunda instância que considerou seu ato como uma crítica sem intenção de ofensa. A certeza de impunidade virou reincidência. Só que agora a sociedade civil se mobilizou. Com apoio do movimento Sleeping Giants Brasil, a hashtag #DesmonetizaSikera subiu nos tópicos mais comentados do Twitter durante o fim de semana, confrontando patrocinadores do apresentador com o conteúdo preconceituoso que seu financiamento viabiliza. O resultado foi uma debandada de anunciantes do “Alerta Nacional”, que perdeu alguns de seus principais parceiros comerciais. Não só isso, empresas como Hapvida, MRV, Tim Brasil e Magazine Luiza ainda se manifestaram prontamente em favor da diversidade, criticando o preconceito e pedindo respeito a todos os brasileiros. Na terça, Sikêra Jr. percebeu que seu programa poderia ser inviabilizado comercialmente. Ele revelou que recebeu “milhares” de mensagens desde a última sexta-feira, e que ele e seus colegas de emissora vêm sendo atacados. Da mesma forma como ele atacou as famílias LGBTQIAP+ em várias ocasiões. Chama-se “pimenta nos olhos dos outros”. “Dito isso, eu preciso reconhecer que me excedi”, acrescentou. “No calor do comentário, posso ter usado palavras que me arrependo, sou humano. Errei, erro e vou errar, quantas vezes já repeti isso aqui? Sou humano! O que eu tenho sofrido com essa situação… Ninguém está está imune de errar”. O ditado correto é “errar é humano, persistir no erro é burrice”. E Sikêra Jr. persiste no erro. Depois de fazer o mea culpa protocolar, disse que continua “contra” a campanha do Burger King que originou seu surto. “Extrapolei como nunca, revoltado com o que vi naquele comercial, e continuo contra, minha opinião continua a mesma. Mas você que se sentiu ofendido, o que eu posso dizer é que me perdoe”. Outra frase para decorar, que pode virar ditado para os dias de hoje, é: “homofobia não é opinião”. A revolta do apresentador teve origem num comercial que celebra nada mais, nada menos que a tolerância, em que crianças de diferentes idades são entrevistadas e explicam que é normal ver homens e mulheres do mesmo sexo juntos. Inclusive, algumas delas são filhos de pais gays. “Vocês são nojentos. A gente está calado, engolindo essa raça desgraçada, mas vai chegar um momento em que vamos ter que fazer um barulho maior. Deixa a criança crescer, brincar, descobrir por ela mesma. O comercial é podre, nojento. Isso não é conversa para criança”, disparou o apresentador. Que ainda acha que tem razão. A campanha #DesmonetizaSikera voltou a subir nos trending topics do Twitter após as desculpas controversas, com defesa embutida da homofobia, levadas ao ar pelo programa da RedeTV – programa que ainda está no ar na RedeTV. Sikêra Jr. acaba de perder o patrocínio da Caixa Econômica Federal! “Já pensou ter um filho viado e não poder matar?" "Raça desgraçada""Vocês são nojentos" E QUEM PAGA ESSA CONTA? Ajude-nos a alertar as empresas para que nesse Dia Internacional do Orgulho LGBT façamos mais do que trocar a foto do perfil!✊🏽🏳️🌈#DesmonetizaSikera pic.twitter.com/JfMxXXOQnj — Sleeping Giants Brasil (@slpng_giants_pt) June 28, 2021
Pressão funciona e Sikêra Jr. perde patrocinadores
A pressão do Sleeping Giants Brasil funcionou. Poucas horas após o começo da campanha #DesmonetizaSikera, o programa “Alerta Nacional”, do apresentador Sikêra Júnior, perdeu dois de seus seus principais patrocinadores. A empresa de planos de saúde Hapvida e a construtora MRV informaram que interromperam seus patrocínios e não vão mais anunciar no “telejornal” da RedeTV. “Não apoiamos forma alguma de preconceito, seja social, de credo, raça, gênero ou orientação sexual”, disse a Hapvida em comunicado. “A MRV acredita na diversidade e não compactua com qualquer forma de preconceito”, ecoou a MRV, ao anunciar o corte do patrocínio. Além disso, a Tim Brasil e Magazine Luiza informaram que bloquearam seus anúncios no canal do apresentador no YouTube. “Reforçamos que a TIM não está ligada a movimentos nem compactua com a disseminação de notícias falsas e discursos de ódio”, disse a primeira empresa nas redes sociais. “O Magalu é contra qualquer forma de LGBTfobia e nunca admitiremos isso”, afirmou a segunda no Twitter. A campanha para interromper o financiamento do programa de Sikêra Jr. foi motivada pelo mais recente surto de preconceito raivoso do apresentador da RedeTV, que aconteceu na última sexta (25/6), quando ele disse, ao vivo, que homossexuais eram “uma raça desgraçada”. A ofensa foi proferida na véspera do Dia do Orgulho LGBTQIAP+ e também virou alvo de uma ação judicial elaborada pela Aliança Nacional LGBTI+. Além disso, o senador Fabiano Contarato (Rede/ES) fez um pedido de investigação criminal. “Pedimos ao Ministério Público que investigue este apresentador por homofobia, conduta que deve ser punida na lei penal. Liberdade de expressão não pode ser usada para cometimento de crimes, incitação à violência e ofensa à honra, à dignidade e à imagem”, ele apontou pelo Twitter. O problema é que não é a primeira vez que Sikêra Jr. é processado por homofobia. Vale lembrar que, no ano passado, Sikêra também chamou homossexuais de “raça maldita” e, apesar de ser condenado em primeira instância, foi absolvido por um juiz de segunda instância que considerou seu ato como uma crítica sem intenção de ofensa. A reincidência parece vir da certeza de impunidade. Mas desta vez a sociedade civil se mobilizou, subindo a hashtag #DesmonetizaSikera e interagindo com os perfis sociais dos patrocinadores, para exercer pressão e confrontá-los com o conteúdo preconceituoso que estão financiando. Além da associação afetar a imagem de seus produtos, por embalarem o ódio, os anunciantes também podem enfrentar boicote de consumidores conscientes. A grande arma do público LGBTQIAP+ é seu poder de compra, já que pesquisas o apontam como maior grupo consumidor da internet. Além de empresas privadas, Sikêra também é financiado pelo governo federal, recebendo por “serviços de utilidade pública” relacionados à publicidade e propaganda, para elogiar Bolsonaro em seu programa.
Sikêra Júnior vira alvo de campanha de descapitalização
O apresentador Sikêra Júnior virou alvo do Sleeping Giants Brasil, movimento responsável por descapitalizar diversos porta-vozes do ódio no país. Inimigo declarado das minorias, Sikêra Júnior voltou a destilar preconceito raivoso na última sexta (25/6), quando disse, ao vivo, que homossexuais eram “uma raça desgraçada”. A ofensa foi proferida na véspera do Dia do Orgulho LGBTQIAP+ e já virou alvo de uma ação judicial elaborada pela Aliança Nacional LGBTI+. Entretanto, não é a primeira vez que o apresentador chama homossexuais de “raça desgraçada”. E o que é pior: ele tem aval da Justiça para continuar a ser porta-voz da homofobia na TV brasileira. No ano passado, o apresentador usou a imagem da transexual Viviany Beleboni ao fazer um comentário sobre um crime cometido por um casal lésbico. Se referindo aos gays, Sikera Jr. mencionou o termo “raça desgraçada” ao exibir a imagem da modelo fazendo uma representação de crucificação na parada LGBT de 2019. Apesar de condenado em primeira instância, foi absolvido na segunda instância e o juiz ainda reduziu seu ato a uma crítica, sem intenção de ofensa. Pois Sikêra voltou a “criticar” de novo. Por conta da impunidade e reincidência desaforada, a situação mudou de patamar e agora a cobrança passou para a sociedade civil, que está subindo a hashtag #DesmonetizaSikera. A iniciativa do Sleeping Giants é uma forma de pressionar marcas como MRV, Ultrafarma, Caixa e outras empresas anunciantes do programa do apresentador, “Alerta Nacional”, da RedeTV, a cessarem o financiamento do discurso preconceituoso de ódio. A alternativa pode ser boicote do público. Sikêra também é financiado pelo governo federal, recebendo por “serviços de utilidade pública” relacionados à publicidade e propaganda, para elogiar Bolsonaro em seu programa.
Allison Mack se diz arrependida de ter recrutado mulheres para seita sexual
A atriz Allison Mack, conhecida por viver Chloe Sullivan em “Smallville”, fechou um acordo com os promotores que investigam a seita de escravidão sexual NXIVM, que recomendaram leniência da Justiça em relação à sua participação no caso escandaloso. Mack tem entregado provas e servido como testemunha importante da acusação, e graças a sua participação os promotores conseguiram condenar o falso guru Keith Raniere a 120 anos de prisão. Junto da recomendação dos promotores federais para que ela não passe nenhum período de tempo atrás das grades, a atriz acrescentou uma carta de caráter pessoal endereçada ao juiz do caso, Nicholas Garaufis, em que pede desculpas por sua participação na seita. “Agora é de suma importância para mim dizer, do fundo do meu coração, que eu sinto muito”, diz o texto do documento, revelado pela imprensa americana neste sábado (26/6). “Eu me joguei nos ensinamentos de Keith Raniere com tudo o que tinha. Eu acreditava, do fundo do coração, que sua orientação estava me levando a uma versão melhor e mais iluminada de mim mesma. Dediquei minha lealdade, meus recursos e, em última análise, minha vida a ele. Este foi o maior erro e arrependimento da minha vida”, acrescentou Mack. A promotoria federal recomendou que ela receba um sentença leve pela cooperação no processo contra o fundador da NXIVM. Graças a ela, os promotores obtiveram uma fita de áudio, tocada em várias ocasiões durante o julgamento de Raniere, em que o suposto guru defendia o ato de marcar suas iniciais em membros da seita, que ele denominou textualmente como “escravas”. Gabando-se de que seus membros incluíam atores de Hollywood e atletas profissionais, Raniere atraiu vários adeptos a seu programa de autoajuda, que se tornou extremamente popular e, conforme crescia, passou a incluir diversos subgrupos, entre eles o DOS (“Dominus Obsequious Sororium”), formado só por mulheres atraentes e que funcionava como uma seita sexual, onde as integrantes eram marcadas com as iniciais do guru, forçadas a seguir dietas estritas e não saudáveis, e transformadas em escravas sexuais por meio de chantagem. Mack, que atraiu várias mulheres para o DOS, aguarda sua sentença em liberdade, mas chegou a ser presa pelo FBI em 20 de abril de 2018, sob acusações de tráfico sexual, conspiração de tráfico sexual e conspiração de trabalho forçado, relativos ao seu papel como uma das principais recrutadoras da NXIVM. Ela se confessou culpada e está sujeita a cumprir até 17 anos de prisão. O juiz do caso vai se manifestar em 30 de junho. O escândalo da NXIVM rendeu duas séries documentais, “Seduced: Inside the NXIVM Cult”, na Starz, e “The Vow”, renovada para a 2ª temporada na HBO, que nos novos episódios vai abordar justamente o julgamento dos envolvidos.
Marilyn Manson vai se entregar à polícia
O cantor Marilyn Manson, que se encontra foragido, concordou em se entregar à polícia para responder a uma acusação que consta contra ele desde 2019. O mandato se deve a um processo por cuspir e escarrar um cinegrafista durante um show em New Hampshire (EUA), que aconteceu dois anos atrás, e não tem relação com as acusações de assédio e abuso sexual feitas por diversas mulheres, incluindo a ex-namorada Evan Rachel Wood (a Dolores de “Westworld”) e a atriz Esmé Bianco (de “Game of Thrones”). A acusação é leve comparada ao que o cantor pode vir a enfrentar. Após ser fichado, ele deve pagar fiança e realizar serviços comunitários pare evitar trancafiamento, mas já ficará com uma condenação, ampliando a capacidade punitiva de futuros processos. Esmé Bianco foi a primeira a protocolar uma queixa criminal por agressão sexual contra o cantor, atualmente investigada pela polícia de Los Angeles. Além dela, a ex-assistente de Manson, Ashley Walters, e outra denunciante que não teve o nome revelado levaram denúncias de abuso e estupro à Justiça.
Diretora de documentário comenta depoimento de Britney Spears: “Poderoso”
A jornalista Samantha Stark, que dirigiu o famoso documentário “Framing Britney Spears” sobre o estrago causado na artista pela mídia e a tutela à qual ela é submetida há 13 anos, manifestou-se sobre o depoimento dado por Britney à Justiça norte-americana nesta semana. Na quarta passada (23/6), a cantora compareceu a uma audiência judicial para pedir a anulação da tutela, descrevendo-se como uma escrava, que é drogada e forçada a trabalhar contra sua vontade. “Para mim, é uma experiência estranha”, disse Stark em entrevista à revista Entertainment Weekly. “Eu passei um ano praticamente respirando Britney Spears, sem nunca tê-la encontrado ou conhecido. Ouvi-la falar tudo que disse foi poderoso, porque agora não podemos mais negar o que saiu da boca dela ou como ela se sente. E foi um ano de luta, imaginando como ela se sentia sobre tudo”. A jornalista do The New York Times ainda disse ver a relação entre tudo que Britney falou e o que o documentário denunciou. “Eu acho que foi muito chocante para o público, mas nós já tínhamos ouvido [as reclamações da cantora] quando lemos a transcrição de quando ela deu seu primeiro depoimento frente ao mesmo magistrado, dois anos atrás”. O documentário “Framing Britney Spears” ofereceu uma panorâmica da carreira da cantora, mostrando como ela foi constantemente julgada e perseguida pela mídia, num show de machismo e misoginia que culminou numa crise psicológica em 2007 e a consequente tutela, que segue limitando sua vida até os dias atuais. No Brasil, o documentário está disponível na Globoplay.












