Ator de “That ’70s Show” é sentenciado a 30 anos de prisão
O ator Danny Masterson, conhecido pelo seu papel como Steven Hyde na série “That ’70s Show” (1998-2006), foi sentenciado a 30 anos de prisão nesta quinta-feira (7/9) por estuprar duas mulheres entre os anos de 2001 e 2003. Embora a promotoria tivesse pedido prisão perpétua, Masterson ainda pode enfrentar essa pena, pois recebeu uma “sentença perpétua indeterminada”, com chance de condicional após 30 anos, dependendo de fatores como bom comportamento. Masterson, que também atuou em “The Ranch” (2016-2020), ouviu sua sentença em silêncio. Ele compareceu à sentença acompanhado de familiares, incluindo sua esposa Bijou Phillips. “Senhor Masterson, você não é a vítima dessa situação. Suas ações há 20 anos foram criminosas”, afirmou a juíza Charlaine Olmedo. Este foi o segundo julgamento do caso, após o primeiro ser anulado por falta de unanimidade sobre o veredito. Desta vez, porém, Danny Masterson foi considerado culpado de “estupro forçado” de duas das vítimas identificadas como Jane Does, Jen B e NT. No entanto, após mais de uma semana de deliberações, o júri permaneceu em impasse sobre a terceira acusação, envolvendo Jane Doe #3, também conhecida como Christina B. Vítimas reagem As mulheres estiveram presentes no tribunal durante a sentença. A primeira delas caracterizou o ator como “um monstro covarde e sem coração”, enquanto a segunda destacou que precisará de uma vida inteira de terapia para superar o trauma. A terceira vítima, cuja acusação foi descartada, declarou sofrer de estresse pós-traumático. Repercussão do caso O caso ganhou ainda mais notoriedade ao trazer à tona práticas questionáveis da Igreja da Cientologia. Todas as vítimas eram adeptas da mesma fé e, de acordo com relatos, foram orientadas por lideranças religiosas a não denunciar os crimes na época. A investigação teve início em 2017, época em que o movimento #MeToo ganhava força, resultando em sua condenação em maio deste ano. Em decorrência do julgamento, Masterson foi demitido de “The Ranch” e dispensado pela agência United Talent Agency. Embora tenha alegado inocência durante todo o processo, as provas e depoimentos o condenaram. As acusações e o consequente julgamento aconteceram durante um período em que temas como assédio e abuso sexual ganham cada vez mais espaço no debate público, especialmente na indústria do entretenimento.
Justiça arquiva processo dos “meninos” da capa de “Clube da Esquina”
A Justiça do Rio reconheceu a prescrição do processo dos “meninos” da capa do álbum “Clube da Esquina”, movido contra os músicos Milton Nascimento, Lô Borges, Ronaldo Bastos, a gravadora EMI (hoje, Universal) e a editora Abril. Antônio Carlos Rosa de Oliveira, o “Cacau”, e José Antônio Rimes, o “Tonho”, pediam R$ 500 mil em indenização por uso indevido de imagem. Durante o processo, Milton Nascimento e Lô Borges afirmaram não poder responder, como intérpretes das gravações, pelo atos praticados pela gravadora na produção do álbum. Eles também citaram a transferência de todos os seus direitos sobre as interpretações à gravadora EMI Music Brasil. Em sua decisão, o juiz Marcus Vinicius Miranda Gonçalves da Silva Mattos, da 1ª Vara Cível da Comarca de Nova Friburgo, concordou que a utilização da imagem de Tonho e Cacau não se vincula diretamente à atividade artística de Milton Nascimento e Lô Borges. Por isso, determinou a extinção do processo sem análise do mérito em relação aos dois. O magistrado também aceitou os argumentos das outras partes denunciadas e reconheceu que o tempo previsto em lei para que os autores entrassem como uma ação judicial havia expirado — ou seja, a pretensão indenizatória estaria prescrita. A história da foto Tonho e Cacau acionaram a Justiça em 2012, mais de 40 anos depois de serem fotografados. Eles foram fotografados em 1971. Na época, eram crianças e foram vistos pelo fotógrafo Carlos da Silva Assunção Filho e por Ronaldo Bastos, que passaram de carro por eles. O fotógrafo gritou para que os meninos olhassem em sua direção e o clique virou a capa clássica do disco “Clube da Esquina”. Cacau e Tonho alegam que só souberam que eram capa do álbum na celebração de 40 anos, quando o jornal Estado de Minas os procurou para realizar uma matéria comemorativa. Por não ter havido “autorização para a utilização da imagem, destinada a fins empresariais”, entraram na Justiça para pedir indenização. Na sentença, da qual ainda cabe recurso, o juiz afastou os argumentos dos autores citando a “ampla divulgação da obra artística”. Trata-se de um dos discos mais famosos da música popular brasileira. Advogados vão recorrer O magistrado ainda determinou que Tonho e Cacau pagassem os honorários dos advogados das partes vitoriosas no processo. Segundo o jornal Folha de S. Paulo, a defesa de Tonho e Cacau pretende recorrer da decisão. Em seu argumento, os advogados alegam que não houve prescrição, já que a imagem da capa do disco continua sendo utilizada sem autorização em vendas e streamings. Por isso, o prazo da prescrição deve ser reiniciado a cada uso da imagem, que configurariam, no entendimento da acusação, novas violações.
Leo Lins vira réu por “promover ódio” e tem conta bloqueada
O humorista Leo Lins tornou-se réu em uma ação judicial com acusações de “promover ódio e enredos discriminatórios, injuriosos e humilhantes, notadamente contra negros, pessoas com deficiência e nordestinos”. Além disso, a Justiça bloqueou R$ 300 mil de suas contas bancárias para pagar possíveis indenizações e suspendeu seus canais no YouTube e no TikTok por 90 dias. Detalhes da acusação O Ministério Público de São Paulo (MP-SP) se pronunciou sobre o caso, afirmando que os “delitos de ódio praticados pelo humorista tornaram-se alvos de uma força-tarefa do MP-SP por intermédio do CyberGaeco e da Promotoria de Direitos Humanos”. A investigação aponta que Lins desafiava autoridades em seus shows e redes sociais. Segundo nota oficial, “a Justiça manteve as demais condições já estabelecidas em maio de 2023, quando acatou pedido do Ministério Público proibindo o homem de promover novos ataques a minorias”. A decisão foi reforçada porque a defesa de Lins recorreu das medidas, mas o Tribunal de Justiça de São Paulo indeferiu o recurso. Em caso de futuras infrações, multas adicionais podem ser aplicadas. Histórico de polêmicas Leo Lins não é estranho a controvérsias. No ano passado, foi condenado a pagar duas indenizações por piadas consideradas ofensivas: sobre DJ Ivis, acusado de agressão pela ex-mulher, e de teor transfóbico, que resultaram em indenização de R$ 15 mil à cabeleireira Whitney Martins de Oliveira. O humorista ainda não se manifestou sobre as recentes acusações. A ação corre em segredo de Justiça, com informações restritas às partes envolvidas.
Justiça anula testamento de Tom Veiga e tira herança da viúva
A Justiça determinou a anulação do testamento de Tom Veiga, intérprete do personagem Louro José, morto em 2020. Com a decisão, os quatro filhos de Tom ficarão com 100% da herança, excluindo a viúva, Cybelle Hermínio da Costa, que pelo testamento teria direito a 50% dos bens. Casamento já tinha terminado Tom Veiga e Cybelle estavam separados há dois meses antes do falecimento do ator, embora o divórcio não tenha sido oficializado – estava previsto para ocorrer quatro dias depois do falecimento. O ator enviou um áudio a um amigo três dias antes de sua morte, manifestando a intenção de retirar Cybelle do testamento. A modificação, entretanto, não foi realizada em tempo hábil. A reação da ex-mulher Alessandra Veiga, ex-mulher de Tom e mãe de dois de seus filhos, celebrou a decisão judicial em uma entrevista no We Podcast. “Uma coisa que foi muito sofrida, mas as crianças tiveram a vitória, que foi o testamento do Tom Veiga, o nosso amado Tom Veiga, meu amor de todas as vidas. Foi feita a Justiça”, afirmou. Os filhos de Tom Veiga são considerados por Alessandra como “os verdadeiros herdeiros de Tom Veiga”. Tom Veiga, que faleceu em 1º de novembro de 2020, vítima de um AVC provocado por um aneurisma, tem bens estimados em R$ 1 milhão.
Victor Meyniel se manifesta após sofrer agressão: “Nada sairá impune”
O ator e influenciador digital Victor Meyniel se manifestou publicamente nesta segunda-feira (4/9) após sofrer agressão violenta motivada por homofobia. “Está tudo bem na medida do possível, me recuperando física e emocionalmente com uma rede de apoio infinita”, declarou o ator nas redes sociais. Além de afirmar que “a justiça está sendo feita, nada sairá impune”, ele aproveitou para ressaltar que o ocorrido representou o início de um “novo ciclo” em sua vida. Circunstâncias da agressão As imagens capturadas pelas câmeras de segurança mostram Victor sendo espancado no chão por Yuri de Moura Alexandre na portaria de um prédio enquanto o porteiro apenas observa. Este último, identificado como Gilmar José Agostini, foi autuado por omissão de socorro. O registro dessas cenas foi liberado por Maíra Fernandes, advogada de Meyniel, para corroborar que a agressão foi resultado de homofobia. Victor e Yuri se conheceram em uma boate em Copacabana e, posteriormente, foram para a casa de Yuri. Conforme a defesa de Meyniel, Yuri ficou agressivo após a chegada de uma amiga, expulsando Victor do apartamento. Os dois voltaram a se encontrar na portaria do prédio, onde ocorreram as agressões após Victor questionar Yuri sobre sua sexualidade. Tudo teria começado com uma pergunta: “Ninguém sabe que você é gay?”. Desdobramentos jurídicos Após a violência, a polícia chegou em 30 minutos e Yuri foi preso em flagrante, autuado por lesão corporal, injúria por preconceito e falsidade ideológica. O agressor teve sua prisão convertida em preventiva após audiência de custódia e o caso agora será julgado pelo Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro. “A periculosidade do custodiado, evidenciada na gravidade concreta do delito, demonstra a necessidade de se acautelar o meio social”, declarou o juiz de direito Bruno Rodrigues Pinto. Yuri pode enfrentar penas que variam de 3 meses a um ano por lesão corporal; 2 a 5 anos por injúria por preconceito e 1 a 5 anos por falsidade ideológica. Após as imagens violentas surgirem nas redes sociais, o caso ganhou notoriedade e reacendeu debates sobre homofobia, segurança e impunidade no Brasil. Agressão no Rock in Rio Esta não foi a primeira agressão sofrida por Victor Meyniel. Em 2017, ele relatou ter sido vítima de homofobia no Rock in Rio. Na ocasião, publicou uma foto ensanguentado e escreveu: “Para quem diz que homofobia não existe, bom dia e boa semana”. O ator ficou famoso na adolescência, com o conteúdo no aplicativo Vine, em que os vídeos tinham seis segundos. Ele também tinha um canal no YouTube, que decidiu abandonar, mesmo com 1 milhão de inscritos, para seguir a carreira de ator. No cinema, atuou nos filmes “Internet: o Filme” (2017) e “Meus 15 Anos” (2017). Também filmou “Os Espetaculares”, de André Pellenz (“Minha Mãe É uma Peça – O Filme”), que, apesar de ganhar trailer em 2020, não teve lançamento comercial, e “A Última Festa”, de Matheus Souza (“Ana e Vitória”), ainda sem previsão de estreia.
Deolane vence Google, que terá que remover pesquisas com o termo “bafuda”
O Tribunal de Justiça de São Paulo encerrou a longa batalha de Deolane Bezerra contra pesquisas do Google que vinculam seu nome ao termo “bafuda”, apelido pejorativo criado durante “A Fazenda 14”. O TJ entendeu que a empresa precisa atuar de forma consistente para evitar a vinculação automática do nome da influenciadora com o termo na ferramenta de buscas. A defesa de Deolane emitiu uma nota oficial nesta terça (29/8) sobre a determinação. “Acreditamos que a associação do termo ‘bafuda’ à imagem de Deolane Bezerra configura uma clara violação aos seus direitos de personalidade, causando-lhe danos morais, tais como constrangimentos; sofrimento psicológico; dificuldade de inserção social e profissional; dano à imagem pública”, informou a advogada Adélia Soares. Sem danos morais Apesar dessa vitória, Deolane não conseguiu obter uma indenização por danos morais, estabelecido no valor de R$ 50 mil. A Justiça entendeu que ela estava ciente da exposição de sua imagem ao decidir entrar no reality show. “Confirmando a tutela de urgência já concedida, condenar a empresa ré na obrigação de fazer consistente na não-vinculação automática da imagem da autora e da descrição de sua pessoa à pesquisa da palavra ‘bafuda’ em sua ferramenta de busca, afastando o pedido de reparação por danos morais”, determinou o juiz Bruno Paes Straforini. “Em relação ao dano moral, respeitamos o entendimento do magistrado, porém, acreditamos que foi inobservado o prejuízo moral suportado pela nossa cliente justamente pelo ato de omissão do Google em manter indexado o nome e imagem da Deolane, mesmo após a empresa ter sido notificada extrajudicialmente”, disse a defesa da influenciadora. As partes ainda podem apresentar uma apelação contra a sentença.
Cissa Guimarães comemora prisão de responsáveis pela morte de seu filho
Cissa Guimarães comemorou nesta segunda (28/8) a decisão da Justiça do Rio de Janeiro, que determinou o retorno à prisão de Rafael de Souza Bussamra e Roberto Bussamra. Pai e filho são apontados como responsáveis pela morte de Rafael Mascarenhas, filho da atriz, em 2010. “Treze anos! Treze anos! E depois de um fim de semana de muita dor, vem um acalento e a esperança de justiça, finalmente”, desabafou a atriz numa publicação no Instagram. O que aconteceu O filho de Cissa Guimarães e do músico Raul Mascarenhas morreu em 20 de julho de 2010, aos 18 anos. Ele andava de skate com amigos no Túnel Acústico, na Gávea, zona sul do Rio de Janeiro, quando foi atropelado por Rafael Bussamra. Este fugiu do local sem prestar socorro. Roberto Bussamra, seu pai, tentou subornar policiais para livrar o filho da culpa. Após um julgamento inicial em 2015, Rafael Bussamra foi condenado a sete anos de prisão em regime fechado e mais cinco anos e nove meses em regime semiaberto. No ano seguinte, conseguiu diminuir a sentença para três anos e seis meses em regime semiaberto e foi liberado para prestar serviços comunitários. Roberto Bussamra, seu pai, havia sido condenado a oito anos em regime fechado e nove meses em semiaberto e também obteve permissão para atividades comunitárias. O novo rumo do caso Na quarta (23/8), o Superior Tribunal de Justiça (STJ) acolheu o recurso do Ministério Público e decidiu que a pena não deveria ser convertida em serviços comunitários, como havia ocorrido anteriormente. “O STJ acolheu recurso do MP e concluiu não caber a conversão da pena, que terá de ser cumprida inicialmente em regime semiaberto”, informou nota do tribunal. Entretanto, a demora no trâmite do processo resultou na prescrição de outros delitos cometidos por pai e filho, incluindo normas previstas no Código de Trânsito Brasileiro. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Cissa Guimarães (@cissaguimaraes)
Xamã vai passar por transformação física para papel em “Renascer”
O rapper carioca Xamã foi confirmado como ator no remake da novela “Renascer”. Mas o papel vem com uma solicitação da direção para ajustar sua forma física, processo que já está em andamento. Ele terá que perder quilos e ganhar massa muscular. Papel de sex symbol Em “Renascer”, Xamã vai interpretar Damião, um assassino contratado para matar José Inocêncio, protagonista que será vivido por Marcos Palmeira. Damião foi o personagem que revelou Jackson Antunes e o transformou em símbolo sexual na versão original de 30 anos atrás. Na trama, o cantor vai dividir cenas românticas com Sophie Charlotte. A atriz fará o papel de Eliana, vivida por Patrícia Pillar na versão original de 1993. Xamã se juntará ao elenco logo após finalizar sua participação em “Cidade de Deus”, série da HBO Max, atualmente sendo gravada em São Paulo. O ator Xamã Antes de fazer teste para entrar em “Renascer”, Xamã já havia dado seus primeiros passos na atuação. Ele estreou nas telas numa participação em “Travessia”, onde interpretou a si mesmo. Mais tarde, participou da 2ª temporada de “Justiça”, série de Manuela Dias, que ainda não tem previsão de estreia, e entrou no elenco da série baseada no filme “Cidade de Deus”. Em “Renascer”, ele voltará a colaborar com Gustavo Fernandez, diretor com quem trabalhou em “Justiça”. Disposto e empenhado, Xamã vê na atuação uma nova via para explorar seu talento e se tornar mais conhecido. ambientada em uma fazenda de cacau em Ilhéus, Bahia, a novela deve começar a ser gravada em outubro para uma estreia em 2024.
Juiz reabre processos de abuso infantil contra Michael Jackson
A corte de apelações da Califórnia decidiu na sexta-feira (18/8) que dois homens que acusaram Michael Jackson de abusá-los sexualmente quando eram crianças podem retomar processos contra empresas pertencentes ao espólio do falecido cantor. Wade Robson, 40, e James Safechuck, 45, alegam que os funcionários das duas empresas – MJJ Productions Inc. e MJJ Ventures Inc. – foram cúmplices nos supostos abusos sexuais de Jackson. Os casos, que foram detalhados no documentário da HBO “Deixando Neverland”, foram inicialmente arquivados em 2017, mas uma nova lei estadual permitiu que fossem reabertos. A reabertura dos processos Os processos alegam que os funcionários das empresas de Jackson tinham o dever de cuidar dos meninos, violando esse dever ao não prevenir os abusos. Os casos foram arquivados em 2013 e 2014 e posteriormente descartados em 2017 devido à prescrição. No entanto, em 2020, uma nova lei estadual concedeu aos demandantes em casos de abuso sexual infantil mais tempo para abrir processos. Apesar da extensão, os processos foram novamente descartados em 2020 e 2021 no Tribunal Superior do Condado de Los Angeles. Um juiz decidiu na época que as empresas não eram obrigadas a proteger as crianças. A nova decisão de sexta-feira contraria esse parecer, com a Segunda Corte de Apelações do Distrito da Califórnia rejeitando os argumentos das corporações de que não tinham o dever de proteger as vítimas porque “não tinham capacidade de controlar Jackson – seu único proprietário – ou suas interações” com crianças. Para o juiz que revisou o caso, “uma corporação que facilita o abuso sexual de crianças por um de seus funcionários não é desculpada de um dever afirmativo de proteger essas crianças, apenas porque é de propriedade exclusiva do autor do abuso.” Reações e declarações O espólio de Jackson nega as alegações. Jonathan Steinsapir, advogado da defesa, declarou após a decisão: “Continuamos totalmente confiantes de que Michael é inocente dessas alegações, que são contrárias a todas as evidências críveis e corroboração independente, e que foram feitas apenas anos após a morte de Michael por homens motivados apenas pelo dinheiro.” Por outro lado, Vince Finaldi, advogado de Safechuck e Robson, disse que a corte havia revertido “decisões incorretas nesses casos, que eram contrárias à lei da Califórnia e teriam estabelecido um precedente perigoso que colocava as crianças em perigo.” Próximos passos A decisão marca a segunda vez que os processos, arquivados em 2013, foram restaurados após serem descartados. Com a vitória na apelação, os processos agora retornarão a um tribunal de primeira instância, onde um juiz de Los Angeles reconsiderará as acusações contra Jackson, marcando mais um capítulo nas controvérsias em torno do legado do cantor.
Dani Calabresa explica porque sua denúncia contra Marcius Melhem foi arquivada
A humorista Dani Calabresa veio a público para falar sobre o arquivamento da denúncia feita por ela contra Marcius Melhem, por assédio e importunação sexual. Melhem tornou-se réu por assédio sexual contra três vítimas na terça-feira (8), mas o caso envolvendo Calabresa foi arquivado. Segundo o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ), a investigação que tinha a atriz e outras cinco mulheres como vítimas foi arquivada “em razão da prescrição punitiva dos fatos”. Declarações de Calabresa Calabresa comentou em seu Instagram as decisões da Justiça e expressou que o acusado se tornar réu é um reconhecimento da seriedade das acusações. “A decisão do Ministério Público de denunciar meu ex-chefe por assédio sexual é um reconhecimento da seriedade das acusações apresentadas pelas vítimas. Um segundo reconhecimento, porque a TV Globo já havia demitido-o por conduta inadequada após eu levar o caso ao compliance da emissora no início de 2020”, escreveu. Ela também lamentou que seu caso e de outras mulheres tenham sido arquivados, mas entendeu os motivos. “É uma pena que alguns casos tenham sido arquivados porque os crimes já prescreveram. No meu caso, eram duas acusações: uma, de assédio sexual e outra de importunação sexual, que é um crime ainda mais grave. Só que a importunação aconteceu em 2017, e isso só passou a ser oficialmente um crime em 2018. E o assédio infelizmente também já prescreveu”, explicou. A famosa ainda afirmou que o arquivamento das denúncias sempre foi a intenção de Melhem ao atacar a reputação das vítimas nos últimos anos. “Foi por isso, para ganhar tempo e apostar na prescrição, que o assediador passou os últimos anos atacando a reputação de suas vítimas”, contou. Por fim, Dani expressou sua confiança na Justiça e solidariedade às mulheres envolvidas. “O que importa, para mim e para todas as mulheres que tiveram a coragem de falar, é que o assédio foi reconhecido pelo Ministério Público. Continuo a confiar na Justiça, apoiar essas 3 mulheres tão corajosas e estarei sempre ao lado delas. Nada justifica o assédio!”, finalizou. O início do caso Melhem é investigado desde dezembro de 2019, quando Dani Calabresa e outras mulheres o denunciaram como “assediador” no compliance da Globo. O caso se tornou público no mesmo mês, numa nota do colunista Leo Dias. Em março de 2020, o comitê de compliance do Grupo Globo absolveu o comediante das denúncias. Mesmo assim, a empresa encerrou o contrato com o então chefe de departamento da emissora, divulgando um texto elogioso sobre o profissional em agosto. Em outubro de 2020, as acusações contra Melhem deixaram de ser boatos e assumiram o peso de denúncia de uma advogada, Mayra Cotta, que se apresentou como representante das mulheres supostamente assediadas nas páginas do jornal Folha de S. Paulo. Em dezembro, a revista Piauí publicou a primeira reportagem sobre o caso, repleta de informações detalhadas – algumas desmontadas – sobre os casos de assédio de Melhem contra ex-funcionárias, especialmente Dani Calabresa. A publicação gerou ira nas redes sociais contra Melhem, que entrou na justiça contra a revista, a advogada, Calabresa e vários colegas comediantes que o chamaram de assediador. O caso chama especial atenção por conta desse detalhe. Não foram as supostas vítimas, mas o acusado que decidiu tirar tudo à limpo, ao fazer, em dezembro de 2020, uma interpelação extrajudicial para que Dani Calabresa confirmasse ou desmentisse o teor da reportagem da revista Piauí, que não cita fontes nem usa declarações entre aspas. Foi só depois disso que a advogada entrou com ação criminal por assédio contra o humorista. Melhem então passou a dar entrevistas e apresentar as mensagens trocadas com Calabresa como prova de sua versão dos fatos. As mensagens apresentadas à Folha e à rede Record demonstravam que os dois mantinham uma relação íntima e amigável entre os anos de 2017 e 2019, época em que, segundo a revista Piauí, ele teria assediado a atriz moral e sexualmente. Dois dias depois, a defesa de Calabresa entrou na Justiça para impedir a divulgação dos textos e áudios, e com um pedido de indenização por danos morais por Melhem ter revelado conversas privadas. A alegação é que a atriz estava tendo sua “vida íntima devassada”. Além disso, a defesa das atrizes alegou que as peças estavam sendo tiradas do contexto e usadas para tentar constrangê-las. Passaram-se quase dois anos, mas a Justiça negou o pedido de Calabresa, dando direito a Melhem de se defender na mídia, onde estava sendo atacado. Apesar do inquérito ter apresentado inicialmente relatos de oito mulheres, uma das envolvidas afirmou que nunca se apresentou como vítima. Suzana Pires declarou ser apenas uma testemunha disposta a continuar colaborando, o que reduziu para sete denúncias. O MP acabou descartando mais acusações, incluindo de Dani Calabresa, antes de denunciar Melhem formalmente por assédio sexual na terça-feira (8/8). Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Daniella Giusti 🍕☎️ CAT BBB23 (@danicalabresa)
Globo cobra dívida milionária da Americanas por prejuízo no “BBB 23”
A Globo emitiu uma notificação judicial a Americanas para tentar quitar uma dívida milionária por rescisão de contrato. A rede lojista havia assinado um acordo para patrocinar o “BBB 23” no fim do ano passado, mas desistiu da decisão por conta de um rombo de R$ 20 bilhões nos cofres da empresa. A Americanas está em recuperação judicial desde janeiro de 2023, quando a rede lojista declarou uma dívida bilionária com mais de 7 mil nomes, incluindo bancos, fabricantes de produtos alimentícios e de eletrodomésticos. A própria emissora aparece na lista de credores com R$ 14,2 milhões pendentes. O valor estaria atrelado a cota mais cara do “Big Brother Brasil”, adquirida pela empresa por R$ 105 milhões para participar de ações em provas e dinâmicas dos confinados. No entanto, a Americanas rasgou seu contrato pouco antes da estreia do reality show. A ausência de um grande patrocinador abriu espaço para o Mercado Livre. Não passou batido A saída repentina teria causado um climão entre as partes, já que a Globo tentou segurar a empresa associada em sua lista de patrocinadores. Além disso, a emissora já havia feito planos para a prova de resistência da estreia do “BBB 23” e teve que improvisar a dinâmica com o Globoplay. A Globo ainda pode alegar danos morais em um processo judicial a parte, fora dos autos da ação principal. Contudo, a emissora não deve receber sua indenização tão cedo, devido ao processo de recuperação judicial da rede lojista. Posicionamento da Americanas “A Americanas informa que os valores em aberto com a Globo estão contidos na relação de credores apresentada pela Administração Judicial no âmbito do processo de recuperação judicial, de modo que serão quitados na forma do Plano de Recuperação Judicial. A Americanas esclarece que não recebeu, até o momento, qualquer notificação judicial sobre essa matéria e que as objeções feitas pela Globo, como credora da companhia, seguem dentro da normalidade do processo de recuperação judicial. A companhia continua comprometida com seus credores para a construção de um consenso sobre o Plano de Recuperação Judicial, apresentado em 20 de março de 2023 e ainda sujeito a revisões e ajustes.” Posicionamento da Comunicação da Globo “A Globo não comenta negociação com seus parceiros nem ações sub júdice. Mas podemos reiterar que mantemos uma relação de respeito e de parceria de longa data com a Americanas e afirmamos que não existe intenção de processo futuro. Todas as negociações a respeito do assunto seguem os trâmites da recuperação judicial da empresa.”
Viúva de Chico Anysio rebate acusações de Nizo Neto sobre herança: “Terá que provar”
Malga di Paula, viúva do humorista Chico Anysio, se manifestou em relação às recentes declarações de Nizo Neto, um dos filhos de Anysio. Em entrevista ao Plugado Podcast, Nizo sugeriu que o patrimônio de seu pai foi mal administrado ou até mesmo roubado. Diante dessas alegações, Malga afirmou que Nizo precisará provar suas afirmações. Na ocasião do podcast, Nizo afirmou que seu pai não havia deixado nada de herança, uma situação que ele considerou “muito estranha”. “Não considero que ele esteja falando de mim”, disse Malga. “Porque se ele realmente estiver, nós teremos um problema sério. Ele terá que provar o que está falando”, disse Malga, em entrevista ao Splash. Testamento anulado e polêmicas Após a morte do humorista, Malga, sua última esposa, com quem foi casado por 14 anos, foi nomeada inventariante do marido. Em 2017, Bruno Mazzeo, outro filho do artista, assumiu a função de inventariante alegando “incompetência e omissão” de Malga na gestão do patrimônio. Naquele momento, ele teria encontrado a conta zerada. Malga negou que as contas estivessem zeradas. “Se não houvesse nada em conta, existiria razão para estarmos discutindo na Justiça?”, questionou. A viúva também afirmou que não se sente acusada de roubo. “Até hoje nunca recebi nenhuma acusação formal, certamente porque não há nenhuma prova de que eu tenha roubado algo, nenhum centavo. Se eu tivesse roubado uma agulha sequer em 11 anos, todos saberiam”, disse. Em 2020, o único testamento deixado por Anysio foi anulado por excluir da herança um dos filhos do humorista, o ator Lug de Paula. A lei brasileira não permite deserção. Malga defende que o desejo de Anysio era que os filhos mantivessem os patrimônios intelectuais do artista, enquanto ela permaneceria com os materiais, o que é contestado pela prole. A situação financeira atual Em abril de 2022, uma reportagem da revista Veja revelou que os herdeiros dividiram propriedades da partilha avaliadas em R$ 4 milhões. Porém, existiria uma dívida de R$ 7 milhões para administrar — R$ 1,4 milhão só de IPTU e condomínio não pagos. Na ocasião, os filhos do ator pediram esclarecimentos na Justiça a Malga di Paula, que atuara como inventariante por cinco anos. Mais de dez anos após a morte de Anysio, Malga disse que não havia recebido “um centavo” da herança, em entrevista ao podcast “ZonaV” e que seu patrimônio havia sido bloqueado. Em outra entrevista, a Antônia Fontenelle, Malga afirmou que a fortuna do humorista acabou por causa de dívidas e do vício em cavalos de Chico Anysio. Em meio à polêmica da herança, Malga tem criado outras, com postagens de desinformação no Instagram contra vacinas (“o chip de Bill Gates” e “vacinas alteram seus DNAs”), contra educação sexual (“escolas ensinam crianças a se masturbar”), defesa de teorias da conspiração QAnom (“nova ordem mundial: o grande reset”) e a favor de Jair Bolsonaro (“o martir acidental”).
Bailarinas rebatem carta aberta de Lizzo após denúncias: “Muito desanimador”
As ex-bailarinas de Lizzo rebateram a carta aberta em que a cantora norte-americana nega as acusações de abuso e ambiente hostil no trabalho. Elas demonstraram decepção com a conduta da artista. “Inicialmente, para mim, apenas aprofundou ainda mais minha decepção em relação a como eu estava me sentindo e como fui tratada”, afirmou Crystal Williams no canal “Channel 4”. “Acho que o tema geral disso tudo é que nossas experiências foram nossas experiências e nossos traumas foram nossos traumas. Quando ela apresenta isso, parece que fomos completamente desconsideradas. Parece que fomos acusadas de fazer falsas alegações quando não é o caso.” Crystal ainda destacou que foi “muito desanimador” ler a declaração de Lizzo nas redes sociais: “Especialmente quando ela defende o que defende em relação ao empoderamento das mulheres.” A bailarina Adrianna Davis, por sua vez, lamentou toda a situação por conta da admiração pela cantora. Já Noelle Rodriguez afirmou estar em choque com a declaração falsa de proteção às mulheres. “Eu acho que é desanimador e decepcionante. É chocante ler uma declaração como essa. Em suas palavras e na maneira como ela está dizendo isso, está invalidando não apenas nossa experiência, que ela estava lá em primeira mão para testemunhar. Ela mencionou algo nesta declaração [sobre] proteger as mulheres… Onde estava o mesmo sentimento quando eu disse a ela que queria falar sobre as coisas e dizer que estava me demitindo porque me sentia insegura, ouvida e desrespeitada?” Agora é na Justiça Enquanto as bailarinas lamentam toda a situação, Lizzo contratou o famoso advogado Marty Singer para representá-la nos tribunais. Ele é conhecido por ter defendido nomes como Johnny Depp, Bryan Singer e Bill Cosby, entre outros famosos envolvidos em acusações sérias em Hollywood. Singer já demonstrou trabalho, ao alfinetar uma das denunciantes, que teria publicado um vídeo chamando Lizzo de “rainha”. “Não parecem palavras de alguém que foi assediada ou discriminada. […] Dizem que uma imagem vale mais que mil palavras e aqui um vídeo mostra que não há reivindicações legítimas neste processo. Estamos confiantes de que Lizzo será completamente inocentada neste assunto”, disse o advogado ao TMZ. O processo das bailarinas aponta como réus a cantora Lizzo, sua produtora Big Grrrl Big Touring, Inc. e Shirlene Quigley, chefe da equipe de dança da artista, por assédio sexual, agressão, discriminação e por criar um “ambiente de trabalho hostil”. A ação descreve vividamente que as dançarinas foram forçadas a assistir e participar de shows sexuais durante a turnê, tendo sua virgindade ridicularizada. Elas também teriam sido submetidas a ataques religiosos.












