Ator de “Bob’s Burgers” é preso por ataque ao Capitólio nos EUA
O ator de “Arrested Development” e dublador em “Bob’s Burgers”, Jay Johnston, foi preso nesta quarta (7/6) em virtude de seu envolvimento no ataque ao Capitólio dos Estados Unidos, evento que ocorreu em 6 de janeiro de 2021. Segundo registros da polícia, Johnston foi acusado de obstrução criminosa a oficiais durante o ataque de ativistas da extrema direita ao prédio do Congresso, além de enfrentar outras acusações. O relatório policial acrescenta que Johnston usou um escudo roubado da Polícia do Capitólio para criar uma “parede de escudos” e confrontar policiais, durante o ataque motivado pelo inconformismo com a derrota de Donald Trump nas últimas eleições presidenciais dos EUA. No mês de março de 2021, o FBI divulgou uma imagem do ator no meio da multidão que causou tumultos e depredação no Capitólio, solicitando informações sobre sua identidade via Twitter. Nas imagens, Johnston aparece vestindo uma bandana verde camuflada e uma jaqueta de couro escura no interior do Capitólio. Quando as imagens começaram a circular online, Johnston foi dispensado de seu papel em “Bob’s Burgers”. Na época, o canal Fox, que exibe a série animada, optou por não comentar o motivo da demissão do dublador. Johnston dublava um personagem importante na animação: Jimmy Pesto, proprietário do restaurante italiano “Jimmy Pesto’s Pizzeria”, que fica em frente ao restaurante de hambúrgueres da família Belcher. Ele é o principal rival de negócios de Bob Belcher, e eles muitas vezes entram em conflito devido a suas diferenças pessoais e empresariais. The #FBI is still seeking information on people who took part in the violence at the U.S. Capitol on January 6. If you know this individual, visit https://t.co/iL7sD5efWD. Refer to photo 247 in your tip. pic.twitter.com/CetMHzU190 — FBI (@FBI) March 4, 2021
Demitidos da Jovem Pan farão programa extremista no YouTube
Um grupo de demitidos da Jovem Pan por extremismo político planejam se juntar num novo programa no YouTube, que tem tudo para ser ainda mais radical. Os comentaristas Augusto Nunes e Guilherme Fiúza estão à frente do projeto, que deverá disputar justamente o público da Jovem Pan, com teorias de conspiração e comentários com viés extremista. Os dois vão se juntar a Ana Paula Henkel, retomando o núcleo radical do programa “Os Pingos nos Is” – que chegou a ter vídeos retirados do YouTube por conter desinformação sobre a covid-19 no auge da pandemia. Batizado de “Foco no Fato”, o programa estará hospedado no canal do YouTube da revista Oeste, fundada por Augusto Nunes e dirigida pela filha do jornalista, Branca Nunes. Tanto Nunes quanto Fiúza foram desligados da Jovem Pan News no dia seguinte à derrota de Jair Bolsonaro, enquanto Henkel se demitiu uma semana depois para seguir seu “mentor” Augusto Nunes. O anúncio do novo programa vazou em uma mensagem atribuída a Nunes que circula em grupos de WhatsApp. Questionado pela imprensa, o jornalista negou a autoria do texto, que contém críticas à Jovem Pan – em flagrante desrespeito ao contrato de confidencialidade assinado por ele. Mesmo assim, ele confirmou parte das informações, incluindo o lançamento do novo programa com Fiúza e Ana Paula, que ainda terá a apresentação de Paula Leal, editora da Oeste. Augusto Nunes informou ainda que o canal da revista vai ter outros produtos em vídeo, também com nomes que deixaram recentemente a Jovem Pan. Um já existe: uma atração semanal com Silvio Navarro, ex-apresentador do “Pingos”. Outro será comandado por Caio Coppolla, também demitido da Jovem Pan após a vitória de Lula. Os movimentos indicam a intenção de Nunes de transformar a Oeste numa rival da Jovem Pan, que tem grande parte de seu faturamento ligado à exibição de vídeos no YouTube.
Estreia de “Ms. Marvel” sofre ataques racistas nos EUA
A extrema direita dos EUA está atacando “Ms. Marvel” de forma coordenada nos sites de avaliação abertos ao público, escrevendo comentários racistas e atuando para baixar a nota de aprovação da série, que estreou nesta quarta (7/6). Grupos que defendem que a TV só deveria mostrar pessoas brancas organizaram-se em fóruns da deep web para tentar convencer o público a rejeitar a produção, que traz a primeira heroína muçulmana da Marvel. O foco do ódio é direcionado à origem paquistanesa da família da personagem, que os detratores chamam de “indiana” ou “terrorista”. Uma pessoa descreveu a série no IMDb como “um lixo” feito “pela esquerda”. Outros comentários dizem: “mais propaganda politizada vinda de grandes corporações”, “ser politicamente correto não é conteúdo”, “a Marvel agora está se tornando chata com toda essa agenda que está tentando empurrar”, “concentrem-se em seus fãs, não em questões sociais” e “‘Ms. Marvel’ deve ser completamente eliminada da Marvel”. Em compensação, o público “normal” se juntou para defender a série, brigando com as notas baixas dadas pelos conservadores. “Fiquei ainda mais interessado porque racistas estão odiando a série”, chegou a apontar um dos que deu 10 para a produção no IMDb. Já o site Metacritic decidiu fechar a sessão de comentários da série e eliminar a nota data pelo público. Com atuação mais vigilante, o Rotten Tomatoes bloqueou apenas os comentários extremistas, resultando em 90% de aprovação do público não racista. Entre a crítica, por sinal, a aprovação de “Ms. Marvel” é ainda maior: 95%, quase uma unanimidade com muitas resenhas positivas. Vale observar que no Reddit, onde filtros impedem a publicação de comentários extremistas, todos adoraram a série. Alguns até consideram que Ms. Marvel tem potencial para ser tão popular quanto o Homem-Aranha. A série também ganhou apoio de Malala Yousafzay, que aos 17 anos se tornou a pessoa mais jovem a receber o Prêmio Nobel da Paz por sua luta pelo direito à educação de meninas paquistanesas. Episódios inéditos de “Ms. Marvel” são lançados todas as quartas na plataforma Disney+.
Demitida de O Mandaloriano, Gina Carano fará filme com site de extrema direita
Após ser demitida de “The Mandalorian” (The Mandalorian) por minimizar o Holocausto, desdenhar do uso de máscaras contra covid-19 e outros posts polêmicos nas redes sociais, a atriz Gina Carano disse que está feliz da vida, porque finalmente está “livre” e assim poderá demonstrar o que realmente pensa. A propósito disso, ela anunciou uma parceria com o site de extrema direita americano The Daily Wire, considerado um dos líderes de difusão de fake news nos EUA (segundo o NewsGuard), para realizar um longa-metragem. “O Daily Wire está ajudando a realizar um dos meus sonhos – desenvolver e produzir meu próprio filme”, ela compartilhou em seu Instagram. “Eu rezei e minha prece foi atendida”. Ela explicou que, com o filme, pretende enviar “uma mensagem direta de esperança a todos que vivem com medo do cancelamento pela multidão totalitária. Estou só começando a usar minha voz, que agora está mais livre do que nunca, e espero que inspire outros a fazer o mesmo. Eles não podem nos cancelar se não permitirmos”. O longa será lançado apenas para os assinantes do The Daily Wire, como uma tentativa de alavancar o segmento de entretenimento da empresa. Ainda não há previsão de lançamento ou detalhes da trama. Fundado em 2015, o Daily Wire foi criado pelo comentarista político Ben Shapiro, que defende posições extremamente controvertidas, como considerar homossexualidade doença e pecado, e afirmar que a maioria dos muçulmanos do mundo é terrorista – seus tuítes controvertidos sobre esse assunto teriam radicalizado um terrorista branco e protestante que interagiu 98 vezes com as redes sociais de Shapiro antes de matar seis muçulmanos e ferir outros enquanto rezavam numa mesquita em 2018. Ao celebrar o acordo com Gina Carana, o Daily Wire atacou a Disney e especialmente Pedro Pascal, ex-colega da atriz em “The Mandalorian”, por aparentemente ser um democrata – é também um “imigrante” que tem uma irmã transexual. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por G I N A J🌹Y C A R A N O (@ginajcarano)
Borat grava vídeo para o Brasil, “terra da parada de bumbuns”
O comediante Sacha Baron Cohen gravou um vídeo “hello Brazil” curto em que fala duas frases em português – “Tudo bem?” e “Tudo bom” – para promover o lançamento de “Borat 2” na Amazon Prime Video Brasil. A principal piada do vídeo, porém, aparece escrita em inglês: quando a bandeira brasileira surge na tela, uma legenda identificando o Brasil como “a terra da parada de bumbuns” – uma referência politicamente incorreta ao carnaval. A legenda do vídeo cita a piada. “O Borat disse que gosta do Brasil por uma razão, mas a gente sabe que tem várias outras”. Lançado em 2006, o primeiro “Borat” se valeu do fato de Cohen não ser tão conhecido para se tornar o filme de pegadinha mais eficaz e engraçado de todos os tempos. Encarnando Borat Sagdiyev, um jornalista desajeitado da rede estatal de TV do Cazaquistão, ele desfilou seu inglês ruim e vários preconceitos com a desculpa de fazer um documentário sobre a vida nos EUA. E conseguiu convencer várias pessoas de que Borat era uma pessoa real, registrando suas reações a situações tão inesperadas quanto ridículas. Depois disso, o comediante usou tática semelhante para enganar conservadores famosos em seu programa de TV “Who’s America”, exibido nos EUA em 2018, sempre fingindo ser um personagem de extrema direita. “Borat: Fita de Cinema Seguinte” surge como uma mistura das duas abordagens, em que Cohen aparece como Borat e como Borat disfarçado de conservador radical, que convence americanos comuns a mostrarem o que tem de pior. Entre as visitas que registra, desta vez estão um “Centro de Saúde da Mulher”, que apesar do nome não é uma clínica que realiza abortos, mas o oposto disso, e locais para “quarentenas” de homens de direita. A produção estreia nesta sexta (23/10), mas já está nos trending topics do Twitter devido a uma cena polêmica, envolvendo Rudy Giuliani, ex-prefeito de Nova York, que atualmente é advogado e conselheiro do presidente dos EUA, Donald Trump. Saiba mais. O #Borat disse que gosta do Brasil por uma razão, mas a gente sabe que tem várias outras. 🇰🇿🇧🇷 pic.twitter.com/rFC2EvIqWU — PrimeVideoBR (@PrimeVideoBR) October 22, 2020
Cena polêmica de Borat 2 fulmina carreira de advogado de Trump
“Borat 2”, que chega em streaming na Amazon nesta sexta-feira (23/10), está dando muito o que falar nos EUA. Além do humor que barbariza a extrema direita do país, uma cena em particular virou debate nacional. Trata-se de uma pegadinha envolvendo Rudy Giuliani, ex-prefeito de Nova York, que atualmente é advogado e conselheiro do presidente dos EUA, Donald Trump. A situação acontece após uma “entrevista” conduzida pela filha de Borat (Maria Bakalova), feita em nome de um veículo conservador inventado. Ao fim da conversa, eles vão juntos a uma suíte de hotel equipada com câmeras. Além de beber e pedir o telefone da jovem, Giuliani se deita na cama do quarto e é visto colocando a mão para dentro das calças, na sua região genital. É quando a cena é interrompida por Borat (Sacha Baron Cohen), que entra no quarto e grita: “Ela tem 15 anos! É muito velha para você!”. A cena foi gravada em julho e Giuliani chegou a ligar para a polícia, dizendo que “um homem com uma roupa rosa” entrou gritando no seu quarto de hotel. “Eu pensei: isso aqui deve ser um assalto, um esquema de chantagem, ou algo assim. Ele saiu correndo depois”, contou o advogado ao New York Post. “Só percebi que provavelmente era Baron Cohen depois. Ele já enganou muita gente, mas não a mim”. Já tem gente dizendo que a carreira de Giuliani acabou depois do filme. Entre as pessoas que afirmam isso está a crítica de TV da revista Vanity Fair, Sonia Saraya, a colunista do New York Times e vencedora do Pulitzer Maureen Dowd, e o simpático boneco de neve Olaf. “Tendo visto ‘Borat 2’, agora posso dizer com segurança que Rudy Giuliani acabou em grande estilo. É pior do que você pensa e mais desconfortável do que qualquer coisa que vi em um filme recente, documentário ou ficção”, tuitou Josh Gad, voz de Olaf em “Frozen”. O diretor Judd Apatow (“Descompensada”) retuitou Gad e acrescentou: “Eu vi. Gostaria de poder desver. Mas ‘Borat 2’ é hilário.” Em sua defesa, o advogado afirma que estava apenas ajeitando a camisa para dentro das calças, após tirar seu microfone, e que o resto foi inventado. Não colou. A cantora Demi Lovato respondeu à declaração de Giuliani no Twitter apontando a incongruência. “Então você normalmente bebe com repórteres, segue-os até o quarto e depois deita na cama e deixa que tirem o microfone para você?”, ela escreveu na rede social. “Acho que tenho feito minhas entrevistas de maneira totalmente errada…” Oficialmente chamado de “Borat: Fita de Cinema Seguinte” (Borat Subsequent Moviefilm), o filme de Sacha Baron Cohen já está nos trending topics do Twitter antes mesmo da estreia. A produção deve se tornar o maior sucesso da Amazon. Confira abaixo o trailer oficial.
Sacha Baron Cohen encarna Borat e deixa Jimmy Kimmel sem calças na TV
O ator Sacha Baron Cohen participou do programa “Jimmy Kimmel Live” à caráter na noite de segunda-feira (19/10) para divulgar o segundo filme de Borat. Encarnando o personagem, ele fez tudo, menos conceder uma entrevista. Na verdade, foi Borat/Cohen quem fez perguntas, questionando Kimmel sobre dados que indicariam se ele tem coronavírus. Por exemplo: “Você passou mais de 15 minutos, na última semana, na companhia de judeus?” e “Como membro da elite de Hollywood, você bebeu sangue de crianças recentemente?”. No divertido segmento, Borat sujeitou Kimmel às situações mais ridículas possíveis, chegando até a tirar as calças do apresentador no ar, com ajuda de sua “filha” (interpretada pela atriz búlgara Maria Bakalova). O programa também exibiu uma cena de “Borat 2”, que já tinha sido vista no trailer oficial. Nela, Borat leva sua filha para uma clínica evangélica no interior dos EUA, após ela engolir uma miniatura de bebê, e pede ajuda do pastor que os atende tirar “o bebê” de dentro dela. Para realçar o absurda da situação, Borat causa ainda mais constrangimento ao dizer que “se sente culpado, pois foi o responsável por colocar o bebê dentro da filha”. Lançado em 2006, o primeiro “Borat” se valeu do fato de Cohen não ser tão conhecido para se tornar o filme de pegadinha mais eficaz e engraçado de todos os tempos. Encarnando Borat Sagdiyev, um jornalista desajeitado da rede estatal de TV do Cazaquistão, ele desfilou seu inglês ruim e vários preconceitos com a desculpa de fazer um documentário sobre a vida nos EUA. E conseguiu convencer várias pessoas de que era uma pessoa real, registrando suas reações a situações tão inesperadas quanto ridículas. Depois disso, o comediante usou tática semelhante para enganar conservadores famosos em seu programa de TV “Who’s America”, exibido nos EUA em 2018, sempre fingindo ser um personagem de extrema direita. “Borat: Fita de Cinema Seguinte” surge como uma mistura das duas abordagens, em que Cohen aparece como o velho e conhecido Borat e também como Borat disfarçado de conservador radical, que convence americanos comuns a mostrarem o que tem de pior. A estreia está marcada para esta sexta-feira (23/10) em streaming, exclusivamente na Amazon Prime Video.
Continuação insana de Borat ganha trailer legendado
A Amazon divulgou dois pôsteres e o primeiro trailer legendado da continuação de “Borat”, que recebeu o título nacional de “Borat: Fita de Cinema Seguinte” (Borat Subsequent Moviefilm). A prévia mostra a volta do repórter mais conhecido do Cazaquistão aos EUA, após trazer vergonha a seu país. Mas desta vez ele não vem sozinho. Borat tem uma nova missão insana: dar a filha de presente para alguém do “trono” americano. E uma das cenas mostra o personagem invadindo um evento do Partido Republicano, disfarçado de Donald Trump, para dar a filha (a búlgara Maria Bakalova) para “Michael Pennis” – na verdade, Mike Pence, o atual vice-presidente dos EUA. O disfarce é um dos muitos usados pelo comediante Sacha Baron Cohen na continuação. O vídeo explica que Borat se tornou uma celebridade e não pode ir a todos os lugares sem ser reconhecido. Mesmo assim, ele consegue se infiltrar entre integrantes da direita americana para registrar os pensamentos – ou a falta de pensamentos – dessa demografia em particular. Lançado em 2006, o primeiro “Borat” se valeu do fato de Cohen não ser tão conhecido para se tornar o filme de pegadinha mais eficaz e engraçado de todos os tempos. Encarnando Borat Sagdiyev, um jornalista desajeitado da rede estatal de TV do Cazaquistão, ele desfilou seu inglês ruim e vários preconceitos com a desculpa de fazer um documentário sobre a vida nos EUA. E conseguiu convencer várias pessoas de que Borat era uma pessoa real, registrando suas reações a situações tão inesperadas quanto ridículas. Depois disso, o comediante usou tática semelhante para enganar conservadores famosos em seu programa de TV “Who’s America”, exibido nos EUA em 2018, sempre fingindo ser um personagem de extrema direita. “Borat: Fita de Cinema Seguinte” surge como uma mistura das duas abordagens, em que Cohen aparece como Borat e como Borat disfarçado de conservador radical, que convence americanos comuns a mostrarem o que tem de pior. Entre as visitas que registra, desta vez estão um “Centro de Saúde da Mulher”, que apesar do nome não é uma clínica que realiza abortos, mas o oposto disso, e locais para “quarentenas” de homens de direita que aparentemente não viram o filme original. A estreia está marcada para 23 de outubro.
Amazon vai lançar continuação de Borat
A Amazon adquiriu os direitos da continuação de “Borat”, que o astro Sasha Baron Cohen filmou em segredo nos últimos meses. A estreia deve acontecer antes do dia 3 de novembro, quando acontecerá a eleição presidencial nos Estados Unidos. A escolha da data serve para ressaltar o tom político da produção. Cohen foi flagrado durante as gravações aprontando com conservadores, tanto como Borat como sob disfarces diferentes. Em junho, um vídeo registrou sua performance como um cantor caipira barbudo numa convenção da extrema direita americana no Estado de Washington, onde liderou uma cantoria racista. E em julho, o ex-prefeito de Nova York e atual advogado pessoal do presidente Donald Trump, Rudolph Giuliani, chamou a polícia após ter uma entrevista “invadida” pelo comediante. Lançado em 2006, o primeiro “Borat” apresentou ao mundo Borat Sagdiyev, um jornalista desajeitado que trabalhava para a rede estatal de TV do Cazaquistão. Com seu inglês ruim e vários preconceitos, ele veio aos EUA para fazer um documentário sobre a vida no país. Aproveitando que era pouco conhecido, Cohen enganou várias pessoas, convencendo-as de que Borat era uma pessoa real, e ao fazer isso criou uma comédia cult que faturou mais de US$ 262 milhões para a 20th Century Fox. A sequência, porém, precisa lidar com o fato de que o ator se tornou bastante popular, especialmente depois de enganar conservadores famosos em 2018, em seu programa de TV “Who’s America”. Mas isso teria sido incluído na trama. Segundo uma sinopse não oficial, Borat acredita que virou uma grande celebridade e, por isso, precisa se disfarçar para fazer novas aparições públicas. Rumores também apontam que o título do segundo filme será “Borat: O Macaco Pornográfico Dado Ao Vice Premiere Mikhael Pence Para Beneficiar a Nação Recém-Diminuída do Cazaquistão”, mas a Amazon se recusou a confirmar essa informação para o site da revista Variety. O “Mikhael Pence” do suposto título seria uma referência a Mike Pence, atual vice-presidente dos Estados Unidos.
Cineastas e imprensa francesa criticam ataque estrangeiro contra Lindinhas
Os cineastas e parte da imprensa da França resolveram se pronunciar após políticos conservadores dos EUA e também do Brasil ameaçarem o filme “Lindinhas” (Mignonnes) com investigações criminais e censura, além de endossarem campanhas de boicote à Netflix. Por meio da ARP, sociedade que representa autores, diretores e produtores na França, a indústria cinematográfica francesa condenou o que chama de “sério atentado à liberdade de criação”. Em comunicado divulgado nesta terça (15/9), a ARP afirma: “Este filme produzido na França, e posteriormente comprado pela Netflix… é emblemático da indispensável liberdade de expressão que o cinema, em toda a sua diversidade, necessita para abordar questões incômodas e, portanto, necessárias para o exercício da democracia”. “Em uma altura em que os americanos mais conservadores apelam ao boicote contra o filme ‘Lindinhas’, queremos dar o nosso apoio a Maïmouna Doucouré, a sua realizadora, que ganhou o prêmio de Melhor Direção no Festival de Cinema de Sundance”, acrescenta a sociedade. Já o jornal Libération publicou um editorial em que afirma que o filme está sendo “instrumentalizado pela direita conservadora”. Para a publicação, as acusações de pedofilia disparadas contra o filme são surpreendentes para quem realmente viu o filme, o que não parece ser o caso dos que fazem campanhas contra ele, “seduzidos pelos temas do movimento QAnon”. O único problema, levanta o texto, partiu do setor de marketing da Netflix, ao escolher um cartaz de divulgação apelativo, bem diferente da imagem apresentada no lançamento do filme na França, onde não houve polêmica. A revista L’Express demonstrou sua perplexidade ao ponderar: “Premiado na Berlinale, mas também no festival de cinema independente Sundance, dos Estados Unidos, muitos críticos do mundo do cinema parecem ter entendido a mensagem do filme. Até a intervenção da extrema direita americana…” “Feminismo, Black Lives Matter, a questão do consentimento… ‘Mignonnes’ está muito em sintonia com os tempos!”, chegou a escrever a revista Paris Match, ao publicar uma entrevista com a diretora, antes da polêmica nos EUA. Por sua vez, a revista de cinema Première brincou: “‘Lindinhas’ foi convidado para a eleição americana”. A conclusão da revista State: “Dominado por uma polêmica completamente estéril, o filme de Maïmouna Doucouré é uma maravilha, que observa com delicadeza as tensões da adolescência feminina”. A Netflix assumiu sua culpa por ter criado o problema, pedindo desculpas pelo equívoco que deu origem à polêmica: um pôster que apresentava as meninas em trajes colantes, tentando fazer poses sensuais. A imagem, por sinal, é exatamente aquilo que o filme critica. No momento em que ela aparece no contexto do filme, as meninas são vaiadas por mães que se horrorizam com a performance sexualizada delas num concurso de danças. Isto serve de despertar para a protagonista, uma pré-adolescente que até então confundia sexualização com rebelião diante da cultura de submissão feminina de sua família religiosa. Segundo a cineasta Maïmouna Doucouré, a história é baseada um pouco em sua própria infância, como uma mulher negra de família senegalesa que cresceu na França, mas também na constatação de que crianças estão dançando “como costumamos ver em videoclipes” e imitando o comportamento adulto. Um dos vídeos mais vistos atualmente na internet é “WAP”, de Cardi B e Megan Thee Stallion, com coreografias similares às reproduzidas pelas meninas no filme. “Nossas meninas notam que, quanto mais uma mulher é excessivamente sexualizada nas redes sociais, mais ela tem sucesso. As crianças apenas imitam o que veem, tentando alcançar o mesmo resultado sem entender o significado”, disse Doucouré em um vídeo disponibilizado pela Netlix. “É perigoso”, ela acrescentou, dizendo que o filme era sua tentativa de chamar atenção para o problema.
Sacha Baron Cohen é flagrado como Borat em nova gravação
Sacha Baron Cohen foi flagrado em um vídeo caracterizado como Borat, seu personagem mais conhecido, que ele encarnou no filme homônimo de 2006. As imagens registradas nas redes sociais sugerem uma suposta sequência da comédia. Nas imagens, Sacha aparece guiando um veículo em Long Beach, na Califórnia, e é possível vê-lo claramente caracterizado como o personagem. O veículo está montado junto de um caminhão onde operadores de câmeras apontam para o ator. Não há anúncio oficial em relação a uma sequência do filme, que acompanha um jornalista do Cazaquistão enviado aos Estados Unidos para uma grande reportagem sobre a cultura do país. O comediante está realmente gravando um trabalho inédito no momento, mas não está claro qual seu tema. Ele foi flagrado outras vezes aprontando com conservadores, enquanto vestia disfarces diferentes. Em junho, um vídeo registrou sua performance como um cantor caipira barbudo numa convenção da extrema direita americana no Estado de Washington, onde liderou uma cantoria racista. E em julho, o ex-prefeito de Nova York e atual advogado pessoal do presidente Donald Trump, Rudolph Giuliani, chamou a polícia após ter uma entrevista “invadida” pelo comediante. Tudo levava a crer que essas investidas faziam parte de uma nova temporada de “Who Is America?”, programa de pegadinhas do canal pago Showtime, que arranjou várias polêmicas com políticos e líderes da direita americana em seus episódios iniciais, exibidos em 2018. Até ele aparecer como Borat… Just saw a live shooting of Borat driving some yellow hooptie truck in my hood!!! 😂🙌🏾…. pic.twitter.com/NSDmrKgPPe — Switzon S. Wigfall, III (SSWIII) (@switzonthegreat) August 17, 2020
Advogado de Trump chama polícia ao cair em pegadinha de Sacha Baron Cohen
O ex-prefeito de Nova York e atual advogado pessoal do presidente Donald Trump, Rudolph Giuliani, chamou a polícia após ter uma entrevista “invadida” pelo comediante Sacha Baron Cohen. De acordo com o site Page Six, do New York Post, Giuliani foi o Mark Hotel, em Manhattan, para uma entrevista sobre a resposta do governo à pandemia e não desconfiou de nada pois encontrou um ambiente profissional. Até ser surpreendido pela aparição do ator. “Esse cara entra correndo, vestindo uma roupa doida, que eu diria ser uma roupa de transgênero rosa”, disse o político para o site. “Era um biquíni rosa, com renda, debaixo de uma blusa de malha translúcida, parecia absurdo. Ele tinha barba, pernas peludas, e não era o que eu chamaria de aparência atraente”, prosseguiu. Prevendo que se tratava de uma pegadinha, Guiliani não perdeu tempo e acionou a polícia. Só depois soube que se tratava de Baron Cohen, mas a esta altura o humorista já tinha saído do hotel, correndo pelas ruas da Upper East Side usando apenas um roupão de banho. Depois do incidente, Giuliani confessou ser fã do comediante, em especial de seu filme mais famoso, “Borat: O Segundo Melhor Repórter do Glorioso País Cazaquistão Viaja à América” (2008). No começo do mês, o ator fantasiou-se de cantor country e fez o público entoar frases racistas num comício de extrema direita em Olympia, nos Estados Unidos. Tudo indica que ele esteja preparando uma 2ª temporada de seu programa “Who is America?”, no canal pago Showtime, que arranjou várias polêmicas com políticos e líderes da direita americana em seus episódios exibidos em 2018. A tática de Baron Cohen é fazer políticos assumirem seus preconceitos em entrevistas, disfarçando-se de apoiador ou um personagem capaz de despertar alguma reação extrema.









