Estrela transexual de Supergirl refuta argumentos transfóbicos de J.K. Rowling
A atriz Nicole Maines, estrela de “Supergirl” que vive a primeira super-heroína transexual da TV, deu um depoimento à revista Variety em que desarma os ataques de J.K. Rowling contra comunidade trans. A intérprete da Sonhadora refutou os argumentos da escritora dos livros de “Harry Potter” e dos filmes “Animais Fantásticos” para justificar sua transfobia, afirmando que eles contradizem as próprias histórias que ela escreveu. Nicole Maines não é apenas atriz. Ele se tornou ativista trans ao enfrentar, aos 15 anos de idade, o mesmo preconceito assumido por Rowling em seus ataques contra a comunidade transexual. Após redefinir sua identidade, ela foi humilhada e impedida de frequentar o banheiro feminino de sua escola. Como também não podia ir ao banheiro masculino, onde sofria bullying, sua família entrou com uma ação na Justiça contra discriminação. Em junho de 2014, a Suprema Corte dos Estados Unidos concluiu que o distrito escolar havia violado seus direitos humanos. A família Maines recebeu uma indenização de US$ 75 mil e a escola foi proibida de impedir alunos transgêneros de entrar no banheiro com qual se identificassem. A decisão criou jurisprudência e virou um marco histórico na luta pela aceitação da comunidade trans. E também tornou a ainda adolescente Nicole Maines conhecida em todos os EUA. O argumento do banheiro exclusivo feminino foi utilizado por Rowling para justificar seus ataques à comunidade trans. Rowling já tinha se manifestado contrária aos direitos transexuais em dezembro passado, ao defender uma mulher demitida por tuitar que as pessoas não podiam alterar seu sexo biológico. Naquele momento, ela se posicionou contra uma legislação do Reino Unido que permitiria que as pessoas trans pudessem assumir suas identidades sociais. Os ataques foram retomados no sábado passado (6/6) com ironias contra “pessoas que menstruam”, que não seriam mulheres. Os comentários se acirraram e Rowling acabou publicando um texto longo em seu site pessoal contra o “ativismo trans”, que, segundo sua interpretação, colocava mulheres em perigo. “Eu me recuso a me curvar a um movimento que eu acredito estar causando um dano demonstrável ao tentar erodir a ‘mulher’ como uma classe política e biológica e oferecer cobertura a predadores como poucos antes dele”, ela escreveu. “Quando você abre as portas dos banheiros e dos vestiários para qualquer homem que acredite ser ou se sinta mulher – e, como já disse, os certificados de confirmação de gênero agora podem ser concedidos sem a necessidade de cirurgia ou hormônios -, você abre a porta a todo e qualquer homem que deseje entrar. Essa é a verdade simples”, disse a autora. “A atual explosão do ativismo trans está exigindo a remoção de quase todos os sistemas robustos pelos quais os candidatos à reatribuição sexual eram obrigados a passar. Um homem que não pretendia fazer cirurgia e não tomar hormônios pode agora obter um certificado de reconhecimento de gênero e ser uma mulher à vista da lei. Muitas pessoas não estão cientes disso”, completou a escritora. A posição de Rowling foi criticada pelos três astros dos filmes de “Harry Potter”, Daniel Radcliffe, Emma Watson e Rupert Grint, bem como pelo protagonista do prólogo “Animais Fantásticos”, Eddie Redmayne. Mas foi Maines quem teve a paciência de demonstrar, com clareza, a falta de fundamento dos argumentos da escritora, que expressariam apenas preconceito. “A parte central do movimento trans-excludente e seus argumentos residem na ideia de que mulheres trans são uma ameaça para a segurança de mulheres cisgênero e, assim, ao conquistarmos o direito de existir em locais públicos e participar da sociedade, estaríamos tirando os direitos de outras mulheres”, escreveu Maines. “Eu conheço bem esse argumento. A primeira vez que eu o ouvi, ainda estava na escola. Um ofício estava circulando sobre eu usar o banheiro feminino em minha escola em Orono, Maine. Havia uma garota, que devia ser de uma série ou duas acima da minha, e que disse que tinha medo de me ver no mesmo banheiro porque ‘ela vai olhar pra mim enquanto eu estiver me trocando’”, ela lembrou. “Como uma criança da 6ª série, foi muito desolador saber que eu estava sendo excluída porque as pessoas achavam que eu era algum predador perigoso.” Maines diz que é um absurdo mulheres se sentirem inseguras porque banheiros e vestiários são frequentados pela comunidade trans. “Nos 20 estados e em aproximadamente 200 cidades que têm políticas de gênero, descobrimos que permitir que as pessoas trans utilizem as instalações que correspondem à sua identidade de gênero não traz o menor impacto negativo na segurança pública.” “Acho engraçado no ensaio dela que ela também crie uma ‘câmara de eco’, porque acho que é exatamente onde e como essa mentalidade se desenvolve, e como essas ideologias permaneceram tão fortes por todos esses anos, porque são as pessoas que afirmam ser especialistas e pessoas que afirmam ter feito suas pesquisas que ficam alimentando seus preconceitos mutuamente. Achei surpreendente que ela dissesse que estava fazendo toda essa pesquisa e conversando com psiquiatras e membros da comunidade. Um, eu adoraria ver os recibos. Segundo, acho que ela está realizando pesquisas de maneira bastante tendenciosa, porque na minha pesquisa a grande maioria do mundo da medicina discorda da sua linha de pensamento”, acrescenta. “Outra coisa que Rowling mencionou em seu ensaio é que uma pessoa pode mudar sua certidão de nascimento sem ter que se submeter a terapia sexual ou hormonal – ou seja, agora qualquer pessoa pode entrar em um banheiro específico de gênero. Isso é falso”, ela contesta. “Eu tive que passar por anos de terapia e aconselhamento antes de mudar minha identificação de gênero na carteira de identidade. Eu tive que obter duas cartas de recomendação vindas de diferentes psicólogos. Eu fui questionada por todos na minha vida se eu me conhecia bem como eu dizia que me conhecia. Ninguém passa por todo esse questionamento, essa invasão em sua identidade para ir a um banheiro e ver um completo estranho dizer: ‘Ei, você não pode estar aqui. Você é alguém que apenas decidiu ser uma garota um dia’”. “Não, eu não ‘decidi’ apenas: tive que provar a mim mesmo e reforçar minha identidade com estranhos e outras pessoas da minha família, psiquiatras, amigos, colegas e colegas e minha comunidade, repetidamente”, contou. A atriz também revelou que decidiu fazer a transição médica, mas nem todo transexual faz. “Existem milhões de razões pelas quais uma pessoa trans pode não querer uma transição médica e nenhuma delas é da conta de ninguém, a não ser de quem precisa decidir. Tudo isso remonta à autonomia corporal. Ninguém – cis, trans, homem ou mulher – deve sujeitar seu corpo a mais ninguém. As pessoas trans não precisam e não devem ser obrigadas a alterar seu corpo para serem consideradas aceitáveis. Quero dizer, não é exatamente a mesma coisa pelas quais as mulheres lutam há décadas? Contra a pressão para mudar a nós mesmas e nossos corpos para agradar outras pessoas? Este é apenas mais um conjunto de padrões de beleza irracionais. E isso machuca todos nós”. “O que torna tudo isso tão decepcionante é que eu era – e ainda sou – uma fã de ‘Harry Potter’. Eu sou completamente Sonserina. E esses comentários são de partir o coração para muitos fãs LGBTQIA+. Esses livros ajudaram muitos a assumirem e aceitarem suas identidades. Quantas crianças fantasiam sair do armário e aprender mágica?”, lamentou. “Os comentários de Rowling falam contra a própria mensagem de seus livros – sobre sermos mais fortes juntos, sobre inclusão, sobre autodescoberta, bravura e triunfo sobre as adversidades. São contraditórios em relação ao mundo que ela criou”. É neste ponto que ela defende a separação entre arte e artista, defendendo que, a partir do momento da publicação, a arte pertence ao público. “Mas ainda sou fã e vou lhe dizer o porquê: porque esses livros e suas mensagens ainda existem, e o que quer que Rowling acredite pessoalmente não pode tirar isso de nós. Ninguém pode tirar isso de nós, e esse mundo realmente pertence aos fãs agora. Ninguém pode mudar se isso te ajudou a se assumir. Isso pertence a você”. “Eu acho que é realmente importante reconhecer e falar que, num momento em que estamos testemunhando uma mudança histórica na luta para acabar com a opressão contra vidas negras, ela tenha escolhido atacar identidades trans e usar sua enorme plataforma para se afastar da discussão racial. O movimento trans e o movimento Black Lives Matter (vidas negras importam) compartilham uma luta semelhante em nossas batalhas para nos sentirmos seguros em nossos corpos e em nossas peles, quando outras pessoas determinam que somos de alguma forma inferiores. É exaustivo ter que constantemente tentar explicar às pessoas, em termos cada vez mais simples, que merecemos direitos humanos, que merecemos nos sentir tão seguros quanto eles. E é sobre isso que deveríamos estar falando”, ela conclui.
Rupert Grint se junta a Daniel Radcliffe e Emma Watson contra JK Rowling
O ator Rupert Grint, intérprete de Ron Weasley nos filmes de “Harry Potter”, voltou a se juntar a seus colegas de elenco Daniel Radcliffe e Emma Watson na mesma luta. Desta vez, eles não enfrentam Voldemort, mas a criadora da saga infantil, J.K. Rowling. Os três saíram em defesa dos direitos trans após a escritora manifestar opiniões transfóbicas no Twitter e em seu site pessoal. Grint divulgou um comunicado nesta sexta-feira (12/6), em que diz: “Estou firmemente com a comunidade trans e ecoo os sentimentos expressos por muitos de meus colegas. Mulheres trans são mulheres. Homens trans são homens. Todos devemos ter o direito de viver com amor e sem julgamento.” É basicamente o que disseram seus colegas. “Mulheres transgêneros são mulheres”, escreveu Radcliffe na segunda (8/6), em um ensaio publicado no site do Trevor Project, uma organização sem fins lucrativos dedicada à intervenção em crises e prevenção de suicídio para pessoas LGBTQIA+. “Qualquer declaração em contrário apaga a identidade e a dignidade das pessoas trans e vai contra todos os conselhos dados por associações profissionais de saúde que têm muito mais conhecimento sobre esse assunto do que Jo ou eu.” E Watson escreveu no Twitter na quarta-feira (10/6): “As pessoas trans são o que dizem ser e merecem viver suas vidas sem serem constantemente questionadas ou informadas de que não são quem dizem ser”. Além deles, o roteirista Steve Kloves, que adaptou os livros de Rowling nos filmes de “Harry Potter”, também se posicionou, dizendo à revista Variety nesta sexta: “Nossa diversidade é a nossa força. Nestes tempos difíceis, é mais importante do que nunca que mulheres e homens trans e pessoas não binárias se sintam seguras e aceitas por quem são. Parece muito pouco para se pedir”. Outros integrantes da franquia, como as atrizes Katie Leung, a Cho Chang, e Bonnie Wright, a Gina Weasley, além da estrela do prólogo “Animais Fantásticos”, Eddie Redmayne, também se manifestaram a favor da comunidade trans desde que Rowling começou a atacá-la no sábado (6/6). Tudo quando Rowling reagiu a um artigo no site de desenvolvimento global Devex, intitulado “Criando um mundo mais igualitário pós-Covid-19 para pessoas que menstruam”, com o seguinte tuíte: “‘Pessoas que menstruam’. Tenho certeza de que costumava haver uma palavra para essas pessoas. Alguém me ajude? Wumben? Wimpund? Woomud? [modificações propositais da palavra ‘woman’, que significa mulher em inglês]”. Após reclamações de trans que menstruam, ela reagiu: “Se o sexo não é real, não há atração pelo mesmo sexo. Se o sexo não é real, uma realidade vivida por mulheres em todo o mundo é apagada. Conheço e amo pessoas trans, mas excluir o conceito de sexo remove a capacidade de discutir suas vidas de maneira significativa. Não é ódio falar a verdade… A ideia de que mulheres como eu – que são empáticas com pessoas trans há décadas, encontrando parentesco porque elas são vulneráveis da mesma maneira que mulheres, ou seja, sofrem violência masculina – ‘odeiam’ trans só porque acham que sexo é real e tem consequências… é um absurdo.” O comentário não caiu bem, especialmente porque, no ano passado, Rowling já tinha se envolvido numa discussão similar ao defender uma mulher demitida por tuitar que as pessoas não podiam alterar seu sexo biológico. Naquele momento, ela se posicionou contra uma legislação do Reino Unido que permitiria que as pessoas trans pudessem assumir suas identidades sociais. Para justificar suas posições, ela publicou um longo texto em seu site, em que assume um ataque explícito ao que chama de “ativismo trans”. Rowling contou que foi encorajada a tuitar seus pensamentos no sábado depois de ler que o governo escocês continuava com planos de reconhecimento de gênero que ela considera “controversos” e “que na verdade significam que tudo que um homem precisa para ‘se tornar mulher’ é dizer que é mulher. Para usar uma palavra muito contemporânea, esse foi meu ‘gatilho’. ” “Eu me recuso a me curvar a um movimento que eu acredito estar causando um dano demonstrável ao tentar erodir a ‘mulher’ como uma classe política e biológica e oferecer cobertura a predadores como poucos antes dele”, ela escreveu. “Quando você abre as portas dos banheiros e dos vestiários para qualquer homem que acredite ou se sinta mulher – e, como já disse, os certificados de confirmação de gênero agora podem ser concedidos sem a necessidade de cirurgia ou hormônios -, você abre a porta a todo e qualquer homem que deseje entrar. Essa é a verdade simples”, disse a autora. Outra justificativa usada por Rowling para manter seu ataque vem da “enorme explosão de mulheres jovens que desejam fazer a transição e também com o número crescente de pessoas que parecem estar destransicionando (retornando ao sexo original), porque se arrependeram de tomar medidas que, em alguns casos, alteraram seu corpo irrevogavelmente e tiraram sua fertilidade. Alguns dizem que decidiram fazer a transição depois de perceberem que eram atraídos pelo mesmo sexo, e que a transição foi parcialmente motivada pela homofobia, na sociedade ou em suas famílias.” “A atual explosão do ativismo trans está exigindo a remoção de quase todos os sistemas robustos pelos quais os candidatos à reatribuição sexual eram obrigados a passar. Um homem que não pretendia fazer cirurgia e não tomar hormônios pode agora obter um certificado de reconhecimento de gênero e ser uma mulher à vista da lei. Muitas pessoas não estão cientes disso”, completou.
Emma Watson constesta J.K. Rowling: “As pessoas trans são o que dizem ser”
Emma Watson, que viveu a bruxinha Hermione Granger nos filmes de “Harry Potter”, é a mais nova intérprete de personagem criado por J.K. Rowling a criticar a escritora por suas posições transfóbicas. “As pessoas trans são o que dizem ser e merecem viver suas vidas sem serem constantemente questionadas ou informadas de que não são quem dizem ser”, a atriz escreveu no Twitter nesta quarta-feira (10/6). Ela se junta a seu colega Daniel Radcliffe, o Harry Potter, e também a Eddie Redmayne, o Newt Scamander de “Animais Fantásticos”, que condenaram publicamente os comentários de Rowling contra pessoas transexuais, que a escritora repetiu de forma mais contundente num longo texto publicado em seu site também nesta quarta. A polêmica começou no sábado (6/6), quando Rowling reagiu a um artigo no site de desenvolvimento global Devex, intitulado “Criando um mundo mais igualitário pós-Covid-19 para pessoas que menstruam”, com o seguinte tuíte: “‘Pessoas que menstruam’. Tenho certeza de que costumava haver uma palavra para essas pessoas. Alguém me ajude? Wumben? Wimpund? Woomud? [modificações propositais da palavra ‘woman’, que significa mulher em inglês]”. Após reclamações de trans que menstruam, ela reagiu: “Se o sexo não é real, não há atração pelo mesmo sexo. Se o sexo não é real, uma realidade vivida por mulheres em todo o mundo é apagada. Conheço e amo pessoas trans, mas excluir o conceito de sexo remove a capacidade de discutir suas vidas de maneira significativa. Não é ódio falar a verdade… A ideia de que mulheres como eu – que são empáticas com pessoas trans há décadas, encontrando parentesco porque elas são vulneráveis da mesma maneira que mulheres, ou seja, sofrem violência masculina – ‘odeiam’ trans só porque acham que sexo é real e tem consequências… é um absurdo.” O comentário não caiu bem, especialmente porque, no ano passado, Rowling já tinha se envolvido numa discussão similar ao defender uma mulher demitida por tuitar que as pessoas não podiam alterar seu sexo biológico. Naquele momento, ela se posicionou contra uma legislação do Reino Unido que permitiria que as pessoas trans pudessem assumir suas identidades sociais. Para justificar suas posições, ela publicou um longo texto em seu site, em que assume um ataque explícito ao que chama de “ativismo trans”. Rowling contou que foi encorajada a tuitar seus pensamentos no sábado depois de ler que o governo escocês continuava com planos de reconhecimento de gênero que ela considera “controversos” e “que na verdade significam que tudo que um homem precisa para ‘se tornar mulher’ é dizer que é mulher. Para usar uma palavra muito contemporânea, esse foi meu ‘gatilho’. ” “Eu me recuso a me curvar a um movimento que eu acredito estar causando um dano demonstrável ao tentar erodir a ‘mulher’ como uma classe política e biológica e oferecer cobertura a predadores como poucos antes dele”, ela escreveu. “Quando você abre as portas dos banheiros e dos vestiários para qualquer homem que acredite ou se sinta mulher – e, como já disse, os certificados de confirmação de gênero agora podem ser concedidos sem a necessidade de cirurgia ou hormônios -, você abre a porta a todo e qualquer homem que deseje entrar. Essa é a verdade simples”, disse a autora. Outra razão pela qual Rowling diz que é contra o ativismo trans de sua preocupação com “a enorme explosão de mulheres jovens que desejam fazer a transição e também com o número crescente de pessoas que parecem estar destransicionando (retornando ao sexo original), porque se arrependeram de tomar medidas que, em alguns casos, alteraram seu corpo irrevogavelmente e tiraram sua fertilidade. Alguns dizem que decidiram fazer a transição depois de perceberem que eram atraídos pelo mesmo sexo, e que a transição foi parcialmente motivada pela homofobia, na sociedade ou em suas famílias.” “Quanto mais relatos de disforia de gênero eu li, com descrições perspicazes de ansiedade, dissociação, distúrbios alimentares, auto-mutilação e auto-ódio, mais eu me perguntei se, caso eu tivesse nascido 30 anos depois, eu também poderia ter tentado fazer a transição. O fascínio de escapar da feminilidade teria sido enorme. Lutei com um TOC grave quando adolescente. Se eu tivesse encontrado uma comunidade e simpatia online, que não consegui encontrar em meu ambiente imediato, acredito que poderia ter sido convencida a me transformar no filho que meu pai abertamente dizia preferir. ” Ela continuou: “Quero ser bem clara aqui: sei que a transição será uma solução para algumas pessoas disfóricas de gênero, embora também esteja ciente, através de uma extensa pesquisa, que estudos têm mostrado consistentemente que entre 60-90% do total dos adolescentes disfóricos de gênero irão emergir de sua disforia… A atual explosão do ativismo trans está exigindo a remoção de quase todos os sistemas robustos pelos quais os candidatos à reatribuição sexual eram obrigados a passar. Um homem que não pretendia fazer cirurgia e não tomar hormônios pode agora obter um certificado de reconhecimento de gênero e ser uma mulher à vista da lei. Muitas pessoas não estão cientes disso.” Trans people are who they say they are and deserve to live their lives without being constantly questioned or told they aren’t who they say they are. — Emma Watson (@EmmaWatson) June 10, 2020
J.K. Rowling revela-se vítima de agressão sexual e ataca “ativismo trans” em texto polêmico
Em resposta à crescente polêmica causada por seus comentários transfóbicos nas redes sociais, a escritora J.K. Rowling, criadora de “Harry Potter” e responsável pela franquia “Animais Fantásticos” nos cinemas, escreveu um ensaio de 3,6 mil palavras em seu site nesta quarta (10/6), em que revela ser uma sobrevivente de agressão sexual e usa esse fato como justifica para seus pontos de vista. O longo texto não é um pedido de desculpas, mas um ataque explícito ao que chama de “ativismo trans”, numa tentativa de justificar os preconceitos que ultrajaram seus leitores e até intérpretes de seus personagens mais famosos, como Daniel Radcliffe, o Harry Potter, e Eddie Redmayne, o Newt Scamander de “Animais Fantásticos”. Ambos condenaram publicamente os comentários de Rowling contra pessoas transexuais, que ela repete em sua “defesa”. “Esqueci a primeira regra do Twitter – nunca espere uma conversa útil – e reagi ao que percebi como sendo o uso de uma linguagem degradante sobre as mulheres. Eu falei sobre a importância do sexo e paguei o preço desde então”, começa o texto, referindo-se ao tuíte que iniciou a controvérsia. No sábado (6/6), Rowling reagiu a um artigo no site de desenvolvimento global Devex, intitulado “Criando um mundo mais igualitário pós-Covid-19 para pessoas que menstruam”, com o seguinte tuíte: “‘Pessoas que menstruam’. Tenho certeza de que costumava haver uma palavra para essas pessoas. Alguém me ajude? Wumben? Wimpund? Woomud? [modificações propositais da palavra ‘woman’, que significa mulher em inglês]”. Após reclamações de trans que menstruam, ela reagiu: “Se o sexo não é real, não há atração pelo mesmo sexo. Se o sexo não é real, uma realidade vivida por mulheres em todo o mundo é apagada. Conheço e amo pessoas trans, mas excluir o conceito de sexo remove a capacidade de discutir suas vidas de maneira significativa. Não é ódio falar a verdade… A ideia de que mulheres como eu – que são empáticas com pessoas trans há décadas, encontrando parentesco porque elas são vulneráveis da mesma maneira que mulheres, ou seja, sofrem violência masculina – ‘odeiam’ trans só porque acham que sexo é real e tem consequências… é um absurdo.” O comentário não caiu bem, especialmente porque, no ano passado, Rowling já tinha se envolvido numa discussão similar ao defender uma mulher demitida por tuitar que as pessoas não podiam alterar seu sexo biológico. Naquele momento, ela se posicionou contra uma legislação do Reino Unido que permitiria que as pessoas trans pudessem assumir suas identidades sociais. E esse ponto é retomado com vigor em seu novo texto, que, pelo visto, foi publicado sem passar por seus assessores e pode ter grandes consequências, num momento em que o mundo inteiro discute direitos sociais e preconceito. “Esta não é uma peça fácil de escrever, por razões que em breve ficarão claras, mas sei que é hora de me explicar sobre um problema cercado de toxicidade. Escrevo isso sem nenhum desejo de aumentar essa toxicidade”, escreve Rowling, revelando que seu interesse em questões transexuais é, por um lado, profissional, porque está “escrevendo uma série de crimes, ambientada nos dias atuais, e minha detetive fictícia tem uma idade em que ela se interessa e é afetada por essas questões, mas por outro, é intensamente pessoal.” Ela se refere aos romances policiais de Cormoran Strike, que Rowling escreve sob o pseudônimo de Robert Galbraith. No texto, a escritora descreve “cinco razões para se preocupar com o novo ativismo trans”, justificando a sua “necessidade de falar”, sendo a principal sua revelação de que é uma vítima de agressão sexual e abuso doméstico. “Estou mencionando essas coisas agora, não em uma tentativa de obter simpatia, mas por solidariedade com o grande número de mulheres que têm histórias como a minha, que foram criticadas por serem fanáticas por se preocupar com espaços de sexo único”, defendeu. “Se você pudesse entrar na minha cabeça e entender o que sinto quando leio sobre uma mulher morrendo nas mãos de um homem violento, encontrará solidariedade e familiaridade. Eu compartilho a sensação visceral do terror nessas mulheres trans, porque também conheci momentos de medo cego quando percebi que a única coisa que me mantinha viva era o autocontrole instável do meu agressor.” “Acredito que a maioria das pessoas trans não só representa ameaça zero para os outros, mas também é vulnerável por todos os motivos que descrevi. As pessoas trans precisam e merecem proteção. Como as mulheres, é mais provável que elas sejam mortas por parceiros sexuais. As mulheres trans que trabalham na indústria do sexo, particularmente as mulheres trans de cor, correm um risco particular. Como todos os outros sobreviventes de abuso doméstico e agressão sexual que conheço, não sinto nada além de empatia e solidariedade pelas mulheres trans que foram abusadas por homens”, continuou Rowling. “Então, eu quero que as mulheres trans sejam seguras. Ao mesmo tempo, não quero tornar as meninas e mulheres naturais menos seguras. Quando você abre as portas dos banheiros e dos vestiários para qualquer homem que acredite ou se sinta mulher – e, como já disse, os certificados de confirmação de gênero agora podem ser concedidos sem a necessidade de cirurgia ou hormônios -, você abre a porta a todo e qualquer homem que deseje entrar. Essa é a verdade simples”, disse a autora. Rowling contou que foi encorajada a tuitar seus pensamentos no sábado, depois de ler que o governo escocês continuava com planos de reconhecimento de gênero que ela considera “controversos” e “que na verdade significam que tudo que um homem precisa para ‘se tornar mulher’ é dizer que é mulher. Para usar uma palavra muito contemporânea, esse foi meu ‘gatilho’. ” “Eu me recuso a me curvar a um movimento que eu acredito estar causando um dano demonstrável ao tentar erodir a ‘mulher’ como uma classe política e biológica e oferecer cobertura a predadores como poucos antes dele. Fico ao lado das bravas mulheres e homens, gays, heterossexuais e trans, que defendem a liberdade de expressão e pensamento e os direitos e a segurança de alguns dos mais vulneráveis da nossa sociedade: garotos gays, adolescentes frágeis e mulheres que dependem e desejam manter seus espaços sexuais seguros”, explica Rowling. Rowling conta que depois que ativistas trans se voltaram contra ela nas redes sociais passou a maior parte do dia “em um lugar muito escuro dentro da minha cabeça, enquanto as lembranças de um grave ataque sexual que sofri nos meus 20 anos se repetiam”. “Esse ataque aconteceu em um momento e em um espaço em que eu estava vulnerável, e um homem aproveitou uma oportunidade. Eu não conseguia calar essas lembranças e estava achando difícil conter minha raiva e decepção com a maneira com que acredito que meu governo está agindo, de forma irresponsável, em relação à segurança de mulheres e meninas”, escreveu Rowling. Outra razão pela qual Rowling diz que tuitou surgiu de sua preocupação com “a enorme explosão de mulheres jovens que desejam fazer a transição e também com o número crescente de pessoas que parecem estar destransicionando (retornando ao sexo original), porque se arrependeram de tomar medidas que, em alguns casos, alteraram seu corpo irrevogavelmente e tiraram sua fertilidade. Alguns dizem que decidiram fazer a transição depois de perceberem que eram atraídos pelo mesmo sexo, e que a transição foi parcialmente motivada pela homofobia, na sociedade ou em suas famílias.” “Quanto mais relatos de disforia de gênero eu li, com descrições perspicazes de ansiedade, dissociação, distúrbios alimentares, auto-mutilação e auto-ódio, mais eu me perguntei se, caso eu tivesse nascido 30 anos depois, eu também poderia ter tentado fazer a transição. O fascínio de escapar da feminilidade teria sido enorme. Lutei com um TOC grave quando adolescente. Se eu tivesse encontrado uma comunidade e simpatia online, que não consegui encontrar em meu ambiente imediato, acredito que poderia ter sido convencida a me transformar no filho que meu pai abertamente dizia preferir. ” Ela continuou: “Quero ser bem clara aqui: sei que a transição será uma solução para algumas pessoas disfóricas de gênero, embora também esteja ciente, através de uma extensa pesquisa, que estudos têm mostrado consistentemente que entre 60-90% do total dos adolescentes disfóricos de gênero irão emergir de sua disforia… A atual explosão do ativismo trans está exigindo a remoção de quase todos os sistemas robustos pelos quais os candidatos à reatribuição sexual eram obrigados a passar. Um homem que não pretendia fazer cirurgia e não tomar hormônios pode agora obter um certificado de reconhecimento de gênero e ser uma mulher à vista da lei. Muitas pessoas não estão cientes disso.”
Eddie Redmayne critica comentários transfóbicos de J.K. Rowling
O ator Eddie Redmayne, que estrela a franquia “Animais Fantásticos”, criada por J.K. Rowling, também se pronunciou contra os tuítes transfóbicos da escritora, que vem causando polêmica desde a noite de sábado (6/5). “O respeito pelas pessoas trans continua sendo um imperativo cultural e, ao longo dos anos, tento me educar constantemente. Este é um processo contínuo”, disse o ator, que antes de viver Newt Scamander nos filmes criados por Rowland foi indicado ao Oscar por seu papel de Lili Elbe, o primeiro homem a passar por cirurgia de mudança de sexo, no filme “A Garota Dinamarquesa” (2015). “Como alguém que trabalhou com J.K. Rowling e com membros da comunidade trans, eu queria deixar absolutamente claro com quem estou. Eu discordo dos comentários de Jo. Mulheres trans são mulheres, homens trans são homens e identidades não binárias são válidas. Eu nunca gostaria de falar no nome da comunidade, mas sei quem meus amigos e colegas transexuais estão cansados desse questionamento constante de suas identidades, que muitas vezes resulta em violência e abuso. Eles simplesmente querem viver suas vidas em paz, e é hora de deixá-los viver assim”, disse Redmayne em um comunicado. Ele se manifestou logo depois de outro intérprete famoso do universo fantasioso criado pela escritora ter protestado contra os comentários de transfóbicos de Rowling. “Mulheres transgêneros são mulheres”, escreveu Daniel Radcliffe, o Harry Potter do cinema, em um ensaio publicado na segunda (8/6) no site do Trevor Project, uma organização sem fins lucrativos dedicada à intervenção em crises e prevenção de suicídio para pessoas LGBTQIA+. “Está claro que precisamos fazer mais para apoiar pessoas trans e não-binárias, não invalidar suas identidades e não causar mais danos”, continuou. “Qualquer declaração em contrário apaga a identidade e a dignidade das pessoas trans e vai contra todos os conselhos dados por associações profissionais de saúde que têm muito mais conhecimento sobre esse assunto do que Jo ou eu.” A polêmica começou quando Rowling reagiu a um artigo no site de desenvolvimento global Devex, intitulado “Criando um mundo mais igualitário pós-Covid-19 para pessoas que menstruam”. “‘Pessoas que menstruam’. Tenho certeza de que costumava haver uma palavra para essas pessoas. Alguém me ajude? Wumben? Wimpund? Woomud? [modificações propositais da palavra ‘woman’, que significa mulher em inglês]”, ela escreveu Rowling. Após reclamações de trans que menstruam, ela reagiu: “Se o sexo não é real, não há atração pelo mesmo sexo. Se o sexo não é real, uma realidade vivida por mulheres em todo o mundo é apagada. Conheço e amo pessoas trans, mas excluir o conceito de sexo remove a capacidade de discutir suas vidas de maneira significativa. Não é ódio falar a verdade… A ideia de que mulheres como eu – que são empáticas com pessoas trans há décadas, encontrando parentesco porque elas são vulneráveis da mesma maneira que mulheres, ou seja, sofrem violência masculina – ‘odeiam’ trans só porque acham que sexo é real e tem consequências… é um absurdo.” No ano passado, Rowling se envolveu numa controvérsia similar ao defender uma mulher que foi demitida por tuitar que as pessoas não podiam alterar seu sexo biológico, posicionando-se contra uma legislação do Reino Unido que permitiria que as pessoas trans pudessem assumir suas identidades sociais. Atualmente, a produção do terceiro filme de “Animais Fantásticos” está em pausa no Reino Unido devido à pandemia de covid-19. Os dois primeiros filmes, “Animais Fantásticos e Onde Habitam” e “Animais Fantásticos e os Crimes de Grindelwald”, faturaram US$ 1,47 bilhão nas bilheterias mundiais. Ainda não está claro se a controvérsia mais recente de Rowling afetará a continuidade da franquia.
Warner confirma que Animais Fantásticos 3 será passado no Rio de Janeiro
A Warner Bros. confirmou que o terceiro filme da franquia “Animais Fantásticos”, prólogo do universo de “Harry Potter”, vai se passar no Rio de Janeiro. O ator Eddie Redmayne, intérprete do protagonista Newt Scamander, foi o primeiro a adiantar a informação, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo publicada em novembro passado. “Jo acabou de anunciar. Não estava sabendo de nada, então saí do voo e alguém me falou: ‘Só para você saber, um dos próximos filmes será no Rio de Janeiro’. Uau, vamos para o Rio!”, disse Redmayne. “Tive muita sorte de passar um tempo na cidade com minha filha e minha mulher durante a Olimpíada. Foi um período maravilhoso”, ele elogiou. Além disso, a escritora J.K. Rowling, responsável pelo roteiro da franquia, publicou um imagem em seu perfil do Twitter no ano passado, descrita como “Rio da Janeiro nos anos 1930”. Ao perceber que tinha escrito o nome da cidade errado, ela ainda comentou: “Eu deveria saber escrever Rio de Janeiro após a quantidade de vezes que escrevi/digitei isso nos últimos meses”. Pois a história realmente vai se passar no Rio de 1930, após os primeiros filmes se situarem na cidade Nova York em 1926, e em Paris no ano de 1927. A notícia da locação no Rio não significa necessariamente que o elenco venha ao Brasil, já que efeitos visuais e geralmente Porto Rico servem de dublês para gravações latinas em geral. Personagens que estiveram nos dois filmes anteriores voltarão para o terceiro longa, como Eddie Redmayne (Newt Scamander), Jude Law (Albus Dumbledore), Ezra Miller (Credence/Aurelius Dumbledore), Alison Sudol (Queenie Goldstein), Dan Fogler (Jacob Kowalski), Katherine Waterston (Tina Goldstein) e provavelmente até Johnny Depp (Gellert Grindelwald) Além deles, Jessica Williams, que apareceu brevemente em “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald”, terá um papel maior como Eulalie “Lally” Hicks, uma professora da Escola de Ilvermorny, equivalente americano de Hogwarts. O diretor David Yates também retornará para comandar a produção, que tem previsão de lançamento em novembro de 2021. Rowling já disse que a nova saga teria cinco filmes, mas a falta de empolgação com o segundo causou revisões de roteiro e adiamento nas filmagens do terceiro. Por conta disso, Steve Kloves, que adaptou os livros de “Harry Potter” para o cinema, foi convocado pela Warner para ajudar a escritora a concluir a nova história.
The Aeronauts ganha mais um trailer de tirar o fôlego
A Amazon divulgou novos pôsteres e trailer de “The Aeronauts”, aventura de época que volta a juntar os atores Eddie Redmayne e Felicity Jones após a parceria bem-sucedida de “A Teoria de Tudo” (2014). A prévia é de tirar o fôlego, tanto pela fotografia belíssima, a interpretação (de Jones, em particular) e as cenas de tensão sobre os céus da Inglaterra vitoriana. Baseada em fatos reais, a produção inglesa conta a história de um casal que desafiou a gravidade no século 19, em voo pioneiro num balão movido a ar quente. Redmayne vive o cientista James Glaisher, que queria provar a plausibilidade de uma nova ciência, a meteorologia, em sua capacidade de prever mudanças climáticas, e Jones interpreta a piloto Amelia Wren, que desafiou o machismo vitoriano para se tornar a única pessoa capaz de conduzir Glaisher em sua missão, e ir mais alto que nenhum homem jamais tinha ido num balão. Além da reconstituição de época, a trama explora o clima de aventura e toda a tensão da viagem de balão, que encontra beleza nas alturas, mas também a fúria de tempestades, mostrando a fragilidade do empreendimento voador. O roteiro foi escrito por Jack Thorne (“Extraordinário”) e a direção é de Tom Harper (“A Mulher de Preto 2: O Anjo da Morte”). O longa teve première no Festival de Toronto, onde foi elogiadíssimo, conquistando 90% de aprovação no Rotten Tomatoes e muitas recomendações para que o público vá assisti-lo nos cinemas – de preferência, em telas IMAX. Apesar disso, enfrenta boicote das grandes redes de cinema, porque, após lançamento limitado em novembro no Reino Unido e dezembro nos EUA, será disponibilizado rapidamente na plataforma da Amazon. Por sinal, “The Aeronauts” não deve passar nos cinemas brasileiros, chegando aqui diretamente em streaming.
The Aeronauts ganha novo trailer de tirar o fôlego
A eOne divulgou o pôster e o trailer britânicos de “The Aeronauts”, aventura de época que volta a juntar os atores Eddie Redmayne e Felicity Jones após a parceria bem-sucedida de “A Teoria de Tudo” (2014). A prévia é de tirar o fôlego, tanto pela fotografia belíssima quanto pelas cenas de tensão sobre os céus da Inglaterra vitoriana. Baseada em fatos reais, a produção inglesa conta a história de um casal que desafiou a gravidade no século 19, em voo pioneiro num balão movido a ar quente. Redmayne vive o papel do cientista James Glaisher, que queria provar a plausibilidade de uma nova ciência, a meteorologia, em sua capacidade de prever mudanças climáticas, e Jones interpreta a piloto Amelia Wren, que desafiou o machismo vitoriano para se tornar a única pessoa capaz de conduzir Glaisher em sua missão, e ir mais alto que nenhum homem jamais tinha ido num balão. Além da reconstituição de época, a trama explora o clima de aventura e toda a tensão da viagem de balão, que encontra beleza nas alturas, mas também a fúria de tempestades, mostrando a fragilidade do empreendimento voador. O roteiro foi escrito por Jack Thorne (“Extraordinário”) e a direção é de Tom Harper (“A Mulher de Preto 2: O Anjo da Morte”). O longa teve première no Festival de Toronto, onde foi elogiadíssimo, conquistando 90% de aprovação no Rotten Tomatoes e muitas recomendações para que o público vá assisti-lo nos cinemas – de preferência, em telas IMAX. Apesar disso, enfrenta boicote das grandes redes de cinema, porque, após lançamento limitado em novembro no Reino Unido e dezembro nos EUA, será disponibilizado rapidamente na plataforma da Amazon, coprodutora do filme. Por sinal, “The Aeronauts” não deve passar nos cinemas brasileiros, chegando aqui diretamente em streaming.
Eddie Redmayne e Felicity Jones desafiam a gravidade no primeiro trailer de The Aeronauts
O estúdio Amazon divulgou o pôster e o primeiro trailer de “The Aeronauts”, que volta a juntar os atores Eddie Redmayne e Felicity Jones após a parceria bem-sucedida de “A Teoria de Tudo” (2014). A prévia é de tirar o fôlego, tanto pela fotografia belíssima quanto pelas cenas de ação sobre os céus da Londres vitoriana. Baseada em fatos reais, a produção inglesa conta a história de um casal que desafiou a gravidade no século 19, em voo pioneiro num balão movido a ar quente. Redmayne vive o papel do cientista James Glaisher, que queria provar a plausibilidade de uma nova ciência, a meteorologia, em sua capacidade de prever mudanças climáticas, e Jones interpreta a piloto Amelia Wren, que desafiou o machismo vitoriano para se tornar a única pessoa capaz de conduzir Glaisher em sua missão, e ir mais alto que nenhum homem jamais tinha ido num balão. Além da reconstituição de época, a trama explora o clima de aventura e toda a tensão da viagem de balão, que encontra beleza nas alturas, mas também a fúria de tempestades, mostrando a fragilidade do empreendimento voador. O roteiro foi escrito por Jack Thorne (“Extraordinário”) e a direção é de Tom Harper (“A Mulher de Preto 2: O Anjo da Morte”). O longa terá première no Festival de Toronto, em 8 de setembro, e chega em dezembro nos cinemas dos Estados Unidos. Ainda não há previsão para o lançamento no Brasil, que pode acontecer, inclusive, direto na plataforma de streaming da Amazon.
Johnny Depp pode sair da franquia Animais Fantásticos
Segundo o site The Blast, Johnny Depp não deve repetir o papel de Gellert Grindelwald no terceiro filme da franquia “Animais Fantásticos”. Uma fonte próxima ao ator revelou ao site que ele ainda não foi procurado pela Warner para atuar no novo filme do spin-off de “Harry Potter”. Depp teria um acordo para cinco filmes de “Animais Fantásticos”, mas, assim como o restante do elenco, precisa assinar com o estúdio antes de cada filme. Alguns executivos da Warner estariam em campanha para que ele deixasse a franquia por conta da grande negatividade ligada a seu nome. Ele próprio tratou de ampliar o problema ao processar sua ex-mulher, Amber Heard, devido à alegações de violência doméstica, o que devolveu à mídia um assunto aparentemente encerrado com seu divórcio. Claro que a falta de um contrato, a esta altura, não significa muita coisa. A produção do terceiro “Animais Fantásticos” só deve começar nos primeiros meses de 2020. O filme foi adiado pela Warner, após o fraco desempenho de “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald” nas bilheterias. O segundo longa da franquia se tornou o menos lucrativo de todo o universo Potter, arrecadando US$ 653 milhões ao redor do mundo. Um dos motivos apontados para a performance abaixo do esperado foi o destaque dado a Depp, que vive o vilão do título. A escritora J.K. Rowling chegou a defender Depp publicamente na ocasião de sua escalação, o que lhe traria dificuldades para justificar qualquer mudança no papel. Oficialmente, o presidente da Warner, Toby Emmerich, disse em um comunicado que o espaçamento maior entre os lançamentos da franquia tinha o objetivo de “dar aos cineastas a chance de deixar sua arte fluir de verdade”. Detalhe: o ator Dan Fogler, intérprete de Jacob, revelou em entrevista que a história de “Animais Fantásticos 3” vai se passar no Brasil. O filme tem estreia marcada para novembro de 2021.
Ator confirma que Animais Fantásticos 3 vai se passar no Brasil
Confirmando boatos sobre a franquia, “Animais Fantásticos 3” vai mesmo se passar no Brasil. Quem confirmou a informação foi o ator Dan Fogler, intérprete de Jacob, em entrevista ao site Hey U Guys. Falando sobre o adiamento da produção, ele explicou que isso aconteceu devido à grandiosidade do próximo filme, sugerindo que teria a ver com a logística de rodar o longa no Brasil. “Começamos as filmagens no outono [entre setembro e novembro]. Será gigantesco. A razão que nos deram para o atraso é que será maior que os dois primeiros juntos. Precisam de mais tempo na preparação. Não querem apressar nada. Posso dizer que vamos para o Brasil. Mas não sei muita coisa. Receberei o roteiro mais próximo do início das filmagens”, contou. O roteiro de “Animais Fantásticos 3” foi escrito por J.K. Rowling, criadora de “Harry Potter” e da nova franquia. E ela já havia indicado ao elenco que a trama se passaria no Rio de Janeiro. O ator Eddie Redmayne, intérprete do protagonista Newt Scamander, foi o primeiro a adiantar a informação, em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo, publicada em novembro passado. “Jo acabou de anunciar. Não estava sabendo de nada, então saí do voo e alguém me falou: ‘Só para você saber, um dos próximos filmes será no Rio de Janeiro’. Uau, vamos para o Rio!”, disse Redmayne. “Tive muita sorte de passar um tempo na cidade com minha filha e minha mulher durante a Olimpíada. Foi um período maravilhoso”, ele elogiou. O anúncio ainda não é oficial, mas Jo, ou melhor, a escritora J.K. Rowling publicou um grande indício da encenação no Rio no Twitter, ao explicar uma imagem que tinha incluído em seu perfil no ano passado. “Rio da Janeiro nos anos 1930”. Ao perceber que tinha escrito o nome da cidade errado, ela ainda comentou: “Eu deveria saber escrever Rio de Janeiro após a quantidade de vezes que escrevi/digitei isso nos últimos meses”. O diretor David Yates também retornará para comandar a produção, que ainda não teve sua data de estreia atualizada, após o citado adiamento das filmagens. Por enquanto, o terceiro “Animais Fantásticos” segue marcado para novembro de 2020. Rowling já disse que a nova saga terá cinco filmes.
Uma das próximas sequências de Animais Fantásticos vai se passar no Rio de Janeiro
Caso não ocorra uma reviravolta muito grande no desempenho da saga “Animais Fantásticos” nos cinemas, um dos próximos filmes da franquia deverá se passar no Rio de Janeiro dos anos 1930. O ator Eddie Redmayne confirmou a informação em entrevista ao jornal Folha de S. Paulo. “Jo acabou de anunciar. Não estava sabendo de nada, então saí do voo e alguém me falou: ‘Só para você saber, um dos próximos filmes será no Rio de Janeiro’. Uau, vamos para o Rio!”, disse Redmayne. “Tive muita sorte de passar um tempo na cidade com minha filha e minha mulher durante a Olimpíada. Foi um período maravilhoso”, ele ainda elogiou. O anúncio ainda não é oficial, mas Jo, ou melhor, a escritora J.K. Rowling publicou um grande indício da encenação no Rio no Twitter, ao explicar uma nova imagem que tinha incluído em seu perfil. “Rio da Janeiro nos anos 1930”. Ao perceber que tinha escrito o nome da cidade errado, ela ainda comentou: “Eu deveria saber escrever Rio de Janeiro após a quantidade de vezes que escrevi/digitei isso nos últimos meses”. Ou seja, a cidade deve realmente ser um dos cenários dos vindouros filmes de “Animais Fantásticos”, atualmente roteirizados pela própria Rowling. Vale lembrar que, nos livros de J.K. Rowling, o Rio possui uma das mais importantes escolas de magia e bruxaria do mundo, tem um time de quadribol com curupiras como mascotes e é lar da cobra libertada por Potter em “A Pedra Filosofal”. Além disso, sabe-se que Newt Scamander estudou lesmas de fogo nas florestas tropicais do Brasil. Mas o o ator Ezra Miller, que vive Credence Barebone nos filmes de “Animais Fantásticos”, comentou que, embora o Rio esteja mesmo no roteiro da saga, a viagem para o litoral brasileiro não deve acontecer no próximo longa, que possivelmente será passado na China. “Vou dizer o que sei: as aspirações de Jo envolvem transportar os subsequentes filmes no mundo para fora da nossa bolha do Ocidente.” Considerando que o primeiro “Animais Fantásticos e Onde Habitam” (2016) acompanha Newt Scamander nos Estados Unidos de 1926 e a sequência é ambientada em Paris, no ano de 1927, é possível observar um padrão, colocando o próximo filme em 1928 e apenas o quinto em 1930, data citada por Rowling em sua alusão ao Rio de Janeiro. Rowling já disse que a saga “Animais Fantásticos” terá cinco filmes. Por outro lado, ela também comentou que a história duraria duas décadas. “A nossa história começa em 1926 e termina em 1945. É apenas muito grande para caber em somente um filme!”, ela contou há dois anos. Isto joga por terra o padrão analisado acima, pois indica uma aceleração da história. Neste caso, o Rio de Janeiro de 1930 poderia surgir já no próximo lançamento. Entretanto, se a história realmente trouxer os personagens ao Rio, o produtor inglês David Heyman, que está na franquia desde “Harry Potter e a Pedra Filosofal” (2001), adianta que isso não significa que o elenco virá ao país. “Infelizmente, mesmo se a trama do longa for no Brasil, teremos de filmar nos estúdios Leavesden, em Londres. Não conseguimos nem ir para Paris, que é muito mais perto”, avisou. Fato. As cenas de Paris vistas em “Os Crimes de Grindelwald” foram captadas por cinco membros da equipe técnica e inseridas no filme por computação gráfica. O resto dos cenários foi todo filmado no estúdio britânico citado pelo produtor. “Acho que será a mesma coisa. Espero que pelo menos possamos promover o filme no Brasil”, disse a atriz Katherine Waterston, que interpreta a bruxa Tina Goldstein, ao repórter da Folha. “Sei que temos uma base maravilhosa de fãs no Brasil apenas de fazer eventos em videoconferência para cinemas lotados. Isso é muito bacana. Espero passar algum tempo no Rio”. Por via das dúvidas,










