Kaycee Moore (1944-2021)
A atriz Kaycee Moore, estrela dos drama indies cultuados “O Matador de Ovelhas” (1978) e “Abençoe seus Pequeninos Corações” (1983), morreu em 13 de agosto aos 77 anos. Nascido em Kansas City em 1944, Moore conheceu o diretor Charles Burnett enquanto ele ainda estava na escola de cinema da UCLA, e conseguiu seu primeiro papel importante em seu filme de 1978, “O Matador de Ovelhas”. Burnett, que recebeu um Oscar honorário em 2018 por sua carreira, estreou no cinema com aquele filme, retratando a realidade da opressão socioeconômica enfrentada pela comunidade negra em Los Angeles na década de 1970. Cinco anos depois, Moore voltou a trabalhar com o cineasta em “Abençoe seus Pequeninos Corações”, escrito e fotografado por Burnett e dirigido por Billy Woodberry. O filme era uma continuação temática do anterior, passado na mesma comunidade. A trama acompanhava uma família em Watts, bairro pobre de Los Angeles, em sua trajetória de raça, dinheiro e gênero, e foi aclamado pela crítica. Moore ainda apareceu em “Filhas de Pó” (1991), de Julie Dash, que junto com os dois anteriores foram selecionados para preservação no Nacional de Filmes da Biblioteca do Congresso por seu importante impacto artístico e representação da experiência negra em América. Ela se afastou do cinema após “Ninth Street”, dirigido por Tim Rebman e Kevin Willmott em 1999. Paralelamente à carreira artística, juntou-se ao trabalho de sua mãe pela mobilização em prol de pacientes com doença falciforme e suas famílias. De 1984 a 1998, ela atuou como diretora executiva da seção de Kansas City da Sickle Cell Disease Association.
Vencedor do Festival de Sundance ganha trailer legendado
Vencedor do Festival de Sundance adquirido pela Apple TV+ em negócio milionário, “Coda” será lançado nos cinemas no Brasil. A Diamond Films divulgou o trailer oficial legendado da produção, que também recebeu um título nacional (bem convencional): “No Ritmo do Coração”. O título em inglês vem da sigla da organização internacional Children of Deaf Adults, e o nome também é usado no Brasil para se referir às pessoas que são ouvintes e têm pais surdos. Mas Coda ainda é uma expressão musical, correspondente à seção conclusiva de uma composição, e seu uso original reforça duplamente o tema da produção. O drama acompanha uma jovem musicista (Emilia Jones, de “Locke & Key”) de família surda, que se vê dividida entre perseguir sua paixão pela música e ser a conexão entre seus pais e o mundo auditivo. A prévia mostra claramente o dilema com cenas de partir o coração. Além de dois troféus de Melhor Filme – do Júri e do Público – , a produção também venceu o prêmio de Melhor Elenco e Melhor Direção no festival realizado em fevereiro passado. A direção é de Siân Heder, que estreou em Sundance em 2016 com “Tallulah”. “Coda” foi adquirido pela Apple por um preço considerado bastante elevado para os padrões do festival indie: US$ 25 milhões. E o detalhe é que o negócio foi fechado bem antes da premiação. Esperava-se que a Apple guardasse o filme para o Oscar, mas a estreia foi marcada já para 13 de agosto em streaming nos EUA. No Brasil, o rebatizado “No Ritmo do Coração” vai ter lançamento nos cinemas 40 dias depois, em 23 de setembro.
Robert Downey (1936–2021)
O cineasta Robert Downey, pai do ator Robert Downey Jr, morreu enquanto dormia na manhã desta quarta (7/7) em sua casa em Nova York. O diretor tinha 85 anos e sofria do Mal de Parkinson há pelo menos 5 anos. O intérprete do Homem de Ferro escreveu sobre seu pai no Instagram: “Na noite passada, meu pai passou em paz enquanto dormia após anos suportando a devastação do Parkinson… ele era um verdadeiro cineasta independente”. Downey ficou conhecido nos anos 1960 por ser um dos cineastas mais identificados com o movimento contracultural dos EUA, responsável por pelo menos um filme cultuadíssimo, “Putney Swope”, de 1969, além de ter se tornado um autor importante da história do cinema independente americano. Curiosamente, Robert Downey também era Jr. Seu nome verdadeiro era Robert John Elias Jr. Ele era filho da modelo conhecida apenas como Elizabeth (McLoughlin) e Robert Elias, que trabalhava na gestão de hotéis e restaurantes. Mas ao se tornar maior de idade adotou o sobrenome de seu padrasto, James Downey. Seus primeiros filmes foram iniciativas rodadas praticamente sem orçamento, filmes realmente independentes, que mesmo em condições mínimas se destacaram por situações cômicas e absurdas, e redefiniram o cinema underground. O curta “Balls Bluff” (1961), o média “Babo 73” (1964) e os longas “Chafed Elbows” (1966) e “No More Excuses” (1968) impactaram muitos jovens cineastas da época, entre eles Martin Scorsese, que teve a iniciativa de restaurar todas essas obras por sua Film Foundation. “No More Excuses” tornou-se influentíssimo por trazer Downey encarnando situações fictícias e malucas, registradas nas ruas de Nova York, no Yankee Stadium e num vagão de metrô lotado, em meio a reações de pessoas reais. Neste filme, ele foi Borat 40 anos antes de Sacha Baron Cohen. Não foi à toa que foi definido como “anarquicamente caprichoso e contracultural com C maiúsculo” pelo Village Voice, a publicação mais alternativa de Nova York na época. A repercussão o deixou famoso o suficiente para conseguir seu primeiro orçamento e contrato de distribuição, permitindo que o filme seguinte tivesse maior alcance. Em 1969, “Putney Swope” expôs seu estilo a um público mais amplo, que ficou chocado – alguns diriam horrorizado. O filme era uma sátira devastadora da Madison Avenue, o centro publicitário dos EUA, e mostrava o que acontecia quando um ativista afro-americano recebia carta branca para fazer o que quisesse numa agência de publicidade. A ousadia do filme foi revolucionária. “Putney Swope” entrou na lista dos 10 melhores filmes do ano da New York Magazine, mas também foi execrado pela imprensa conservadora. Com o passar dos anos, sua reputação só aumentou, tornando-o um dos filmes mais cultuados da história do cinema americano. Downey entrou nos anos 1970 com novas provocações, como “Pound”, em que atores fingiam ser cachorros esperando para serem adotados – entre eles, o estreante Robert Downey Jr. de cinco anos de idade – , e “Greaser’s Palace” (1972), uma encenação ultrajante da vida de Cristo no contexto de um faroeste espaguete. Desta vez, foi a revista Time que colocou o filme em sua lista dos dez melhores do ano. Apesar da repercussão, os lançamentos não davam dinheiro, o que levou o diretor para o teatro e polêmicas diferentes. Downey dirigiu a peça “Sticks and Bones” de David Rabe, que a rede CBS decidiu exibir ao vivo em seu projeto de teleteatro em 1973. O tema anti-guerra da montagem enfrentou grande resistência do mercado e boicote dos anunciantes, fazendo com que a transmissão da peça se tornasse a única do projeto sem interrupções comerciais. Ele também antecipou “Seinfeld” ao fazer o primeiro filme sobre nada, “Moment to Moment” de 1975. Downey disse ao Village Voice que “foi difícil arrecadar dinheiro para um filme que não tinha realmente um enredo. Lembro-me de dizer a um cara uma vez, ‘Há uma cena em que teremos 18 caras jogando beisebol a cavalo’, que está lá. Ele olhou para mim como se pensasse: ‘Você enlouqueceu?’. Jack Nicholson colocou dinheiro para a produção, Hal Ashby e Norman Lear, esses meus amigos daquela época. É o filme favorito dos meus filhos dentre todos que fiz.” A partir dos anos 1980, Downey acreditou que seu humor besteirol finalmente poderia ser entendido pelo mercado, o que resultou em tentativas de produções mais comerciais. “Rebeldes da Academia” não escondia o desejo de replicar o sucesso de “Clube dos Cafajestes” (1978), mas com situações muito mais suaves do que as do filme de John Belushi. Ele também dirigiu as comédias “America” (1986) e “Rented Lips” (1988), mas só conseguiu atrair a atenção com “Os loucos Casais da Califórnia”, já em 1990 e graças a um elenco que incluía seu filho Robert Downey Jr. e o jovem amigo dele Ralph Macchio (o “Karatê Kid”), ao lado de Allan Arbus e o Monty Python Eric Idle. O filme juntava os quatro em despedidas emocionantes de seus cachorros superprotegidos, todos poodles, que saíam de férias em uma van. Seus últimos filmes foram mais sérios. “Hugo Pool” foi inspirado pela morte de sua segunda esposa, Laura, que faleceu de ALS em 1994. O longa, que estreou mundialmente no Festival de Sundance em 1997, promovia a conscientização sobre ALS. E ele encerrou a carreira com o documentário “Rittenhouse Square”, sobre o principal centro cultural e social da Filadélfia, lançado em 2005. Robert Downey também foi ator e participou de filmes como “Boogie Nights” (1997) e “Magnolia” (1999), ambos de Paul Thomas Anderson. Sua última aparição nas telas foi como convidado do humorístico “Saturday Night Live” em 2015. Como suas obras foram realmente independentes, nunca receberam muita atenção do mercado e jamais saíram do circuito dos iniciados – seus principais títulos são inéditos no Brasil e em vários países do mundo. Por conta disso, sua ousadia acabou esquecida. É até desconhecida entre as novas gerações, que se referiam a ele apenas como o pai de Robert Downey Jr. Veja abaixo o trailer ultrajante de “Putney Swope” (“Você não pode comer um ar condicionado”!).
Coda: Vencedor do Festival de Sundance ganha trailer emocionante
A Apple TV+ divulgou o pôster e o primeiro trailer de “Coda”, filme que emocionou o Festival de Cinema de Sundance em fevereiro passado, consagrando-se como o Melhor Filme do evento em dose dupla, na votação do júri e do público. O drama aborda uma jovem (Emilia Jones, de “Locke & Key”) de família surda, que se vê dividida entre perseguir sua paixão pela música e ser a conexão entre seus pais e o mundo auditivo. A prévia mostra claramente o dilema com cenas de partir o coração. Junto dos dois troféus de Melhor Filme, a produção também venceu o prêmio de Melhor Elenco e Melhor Direção, na seção dedicada a longas independentes dos EUA. Segundo longa de Siân Heder, que estreou em Sundance em 2016 com “Tallulah”, “Coda” foi adquirido pela Apple por um preço considerado bastante elevado para os padrões do festival indie: US$ 25 milhões. E o detalhe é que o negócio foi fechado bem antes da premiação. Esperava-se que a Apple guardasse o filme para o Oscar, mas a estreia foi marcada já para 13 de agosto em streaming.
Spirit Awards: “Nomadland” é o grande vencedor do “Oscar independente”
O drama “Nomadland” venceu o Independent Film Spirit Awards 2021, considerado o Oscar do cinema independente, que aconteceu virtualmente na noite de quinta-feira (22/4). Além de Melhor Filme do Ano, o longa de Chloé Zhao também conquistou dois troféus para sua cineasta, Melhor Direção e Melhor Edição, e o reconhecimento ao cinematógrafo Joshua James Richards com o Spirit de Melhor Fotografia. Com quatro troféus, “Nomadland” foi o filme mais vitorioso do último evento realizado antes da noite mais importante da temporada de premiações cinematográficas, o Oscar 2021. A consagração reforça ainda mais o favoritismo do longa da produtora Searchlight Pictures ao prêmio da Academia. Caso isso se confirme, será um contraste com o resultado do ano passado, quando “A Despedida”, de Lulu Wang, venceu os Spirit Awards e nem sequer foi indicado a qualquer categoria do Oscar. A principal diferença deste ano é que, devido à pandemia, os grandes estúdios adiaram seus principais títulos e os filmes independentes se tornaram os maiores lançamentos de 2020. Logo atrás de “Nomadland”, o filme com mais conquistas foi “O Som do Silêncio”, produção da Amazon que conquistou três prêmios, incluindo Melhor Filme de Estreia e o surpreendente Spirit de Melhor Ator para Riz Ahmed, que, contrariando outras cerimônias, impediu novo tributo póstumo a Chadwick Boseman, indicado por seu último filme, “A Voz Suprema do Blues”. Outro bom resultado foi obtido por “Bela Vingança”, que rendeu a estatueta de Melhor Atriz para Carey Mulligan e de Melhor Roteiro para sua diretora, Emerald Fennell. “Minari” também saiu premiado, com a conquista da sul-coreana Yuh-Jung Youn como Melhor Atriz Coadjuvante. Já o troféu de Ator Coadjuvante ficou com Paul Raci, também de “O Som do Silêncio”, na ausência dos dois astros favoritos de “Judas e o Messias Negro”. Daniel Kaluuya e LaKeith Stanfield não competiram porque seu filme foi financiado pela Warner (não independente) com um orçamento superior ao limite de US$ 22,5 milhões estabelecido como critério para a disputa do Spirit Awards. A lista de Melhor Filme Internacional incluía o brasileiro “Bacurau”, mas foi vencida pelo drama bósnio “Quo Vadis, Aida?”, lançado nesta semana em VOD no Brasil. A premiação ainda incluiu categorias de TV, que destacaram as séries “I May Destroy You” e “Nada Ortodoxa”. Veja abaixo a relação completa dos premiados. CINEMA Melhor Filme “Nomadland” Melhor Filme de Estreia “O Som do Silêncio” Melhor Direção Chloe Zhao (“Nomadland”) Melhor Atriz Carey Mulligan (“Bela Vingança”) Melhor Ator Riz Ahmed (“O Som do Silêncio”) Melhor Atriz Coadjuvante Yuh-jung Youn (“Minari”) Melhor Ator Coadjuvante Paul Raci (“O Som do Silêncio”) Melhor Roteiro Emerald Fennell (“Bela Vingança”) Melhor Roteiro de Estreia Andy Siara (“Palm Springs”) Melhor Fotografia Joshua James Richards (“Nomadland”) Melhor Edição Chloe Zhao (“Nomadland”) Melhor Documentário “Crip Camp” Melhor Filme Internacional “Quo Vadis, Aida?” Prêmio John Cassavetes “Residue” Prêmio Piaget de Melhor Produtor Gerry Kim Prêmio Revelação – Someone to Watch Ekwa Msangi (“Farewell Amor”) Prêmio Truer Than Fiction Elegance Bratton (“Pier Kids”) Prêmio Robert Altman “Uma Noite em Miami” TELEVISÃO Melhor Série Nova “I May Destroy You” Melhor Série Documental “Immigration Nation” Melhor Atriz em Série Shira Haas (“Nada Ortodoxa”) Melhor Ator em Série Amit Rahav (“Nada Ortodoxa”) Melhor Elenco em Série Nova “I May Destroy You”
Andrew Garfield vira YouTuber famoso em trailer de drama indie
A IFC Films divulgou o trailer de “Mainstream”, drama indie estrelado por Andrew Garfield (“O Espetacular Homem-Aranha”) e Maya Hawke (“Stranger Things”). Há alguns anos, a prévia poderia sugerir o trailer de um episódio de “Black Mirror”. Mas em 2021 é um retrato do estado atual das mídias sociais. No filme, Garfield interpreta uma celebridade da internet que explode por se definir como “ninguém em especial” em vídeos sobre situações cotidianas, com hashtags sem nenhuma mensagem. Embora ser uma estrela do YouTube/Tik Tok tenha suas vantagens, sua parceira/diretora de vídeos/namorada (Hawke) logo percebe o lado negro que acompanha seu status de celebridade. O elenco também conta com Nat Wolff (“Death Note”) como o melhor amigo e roteirista dos vídeos de “Ninguém em Especial”, além de Jason Schwartzman (“Fargo”), Johnny Knoxville (“Jackass”), Alexa Demie (“Euphoria”) e Colleen Camp (“O Mistério do Relógio na Parede”). O filme foi co-escrito e dirigido por Gia Coppola, neta do cineasta Francis Ford Coppola ( “O Poderoso Chefão” e “Apocalypse Now”) e sobrinha da também diretora Sofia Coppola (“Maria Antonieta”, “O Estranho que Nós Amamos”). “Mainstream” é seu segundo longa, após estrear com o cultuado “Palo Alto” em 2013. Seu première mundial no Festival de Veneza do ano passado dividiu a crítica, e agora o filme chega aos cinemas em 7 de maio nos EUA.
Trailer de “Zola” revela road movie movido a sexo e crime
A A24 divulgou o pôster e o trailer de “Zola”, comédia adulta/road movie de humor negro que mostra como o relacionamento de duas strippers implode quando elas decidem explorar sua intimidade para ganhar dinheiro no mercado sexual da Flórida, levando a situações não exatamente legais – em mais de um sentido. As protagonistas são vividas por Taylour Paige (“A Voz Suprema do Blues”), que interpreta a personagem-título, e Riley Keough (“Mad Max: Estrada da Fúria”) como sua sócia e amante. No filme, as duas não desenvolvem uma ligação ao estilo de “Thelma e Louise”. Em vez disso, a personagem-título alimenta um desconfortável sensação de estar sendo usada, o que ela expressa com direito a muitos palavrões disparados com forte sotaque caipira e em rotação acelerada. A trama foi inspirada por um tópico do Twitter de 2015 que conquistou a internet apesar de ter apenas 148 palavras. Os tuítes eram de A’ziah King, na época uma garçonete do Hooters de 20 anos. Ela escreveu sobre seu encontro casual com uma stripper e a orgia de dois dias que as levou pela Flórida, envolvendo prostituição, assassinato e um cafetão violento conhecido simplesmente como Z. Escrito e dirigido por Janicza Bravo (“Lemon”), o filme também inclui no elenco Nicholas Braun (“Succession”), Ari’el Stachel (“Law & Order: SVU”), Colman Domingo (“Fear the Walking Dead”) e Jason Mitchell (“Mudbound”). “Zola” teve première no Festival de Sundance de 2020, foi premiado no Festival de Palm Springs e atingiu 89% de aprovação no Rotten Tomatoes. A estreia está marcada para 30 de junho nos EUA.
Atrizes de Transformers e Projeto Flórida se juntam para dirigir drama adolescente
As jovens atrizes Nicola Peltz, estrela do filme “Transformers: Era da Extinção” (2014), e Bria Vinaite, do filme “Projeto Flórida” (2017), se juntaram para estrear na direção. As duas codirigem o longa-metragem independente “Lola James”, que tem roteiro de Peltz. Peltz também viverá o papel principal. E o elenco ainda conta com a veterana Virginia Madsen (“Sideways”) no papel de Mona, a matriarca da família, que exige obediência cega. A sinopse revela que a trama se passa em 2002 e gira em torno da personagem-título, uma adolescente de 19 anos que trabalha para economizar dinheiro suficiente para tirar seu irmão mais novo, Arlo, de seu lar tóxico. Tudo que Lola deseja é que Arlo tenha a chance na vida que ela nunca teve. Enquanto tenta manter a cabeça acima da água, ela enfrenta um vício em drogas que ameaça consumi-la. A visão otimista de Arlo sobre a vida a mantém esperançosa – até uma noite trágica quando todo o seu mundo desaba. Daquele momento em diante, nada mais será o mesmo. O filme já está em produção em Los Angeles.
Minari lidera bilheterias da Coreia do Sul pela terceira semana
O filme indie americano “Minari – Em Busca da Felicidade” surpreendeu sua produtora, a Plan B Entertainment de Brad Pitt, ao se tornar um blockbuster na Coreia do Sul, superando estreias locais e até o lançamento da animação “Raya e o Último Dragão”, da Disney. “Minari” estreou em 1º lugar nas bilheterias sul-coreanas há três fins de semana e se mantém no topo desde então, com uma arrecadação que sofre apenas pequenas quedas a cada nova apuração. Em sua terceira semana na liderança, o longa de Lee Isaac Chung rendeu US$ 1 milhão nas bilheterias. Com isso, o total acumulado do filme na Coreia do Sul chegou a US$ 5,63 milhões, após 19 dias de lançamento, de acordo com dados do Korean Film Council. O montante faz de “Minari” o terceiro filme de maior bilheteria do ano no país. Só é superado por duas animações: “Soul”, da Disney/Pixar, que faturou US$ 16,6 milhões até o momento, e o fenômeno japonês “Demon Slayer The Movie: Mugen Train”, com US$ 11,5 milhões. Capitalizando o interesse da imprensa local, especialmente pela atuação da veterana atriz sul-coreana Youn Yuh-jung (“Sense8”), a vovó da trama, a distribuidora local Pancinema colocou o filme dirigido por Lee Isaac Chung em 1.162 telas. E a expectativa é que o sucesso continue por mais algumas semanas, graças às conquistas do filme na temporada de premiações nos Estados Unidos. Vencedor do Festival de Sundance em janeiro de 2020, “Minari” conquistou recentemente o Globo de Ouro e o Critics Choice como Melhor Filme em Língua Estrangeira, tendo sido enquadrado nesta categoria por se dividir entre diálogos em inglês e coreanos. Além disso, disputa seis categorias do Oscar 2021, inclusive Melhor Filme do ano. O drama acompanha uma família sul-coreana que luta para se estabelecer no interior rural dos EUA. O elenco também destaca Steven Yeun (o Glenn de “The Walking Dead”), Yeri Han (“Secret Zoo”) e o menino Alan Kim, que venceu o Critics Choice de Melhor Ator Jovem.
Minari vira blockbuster e bate Raya e o Último Dragão na Coreia do Sul
O filme indie americano “Minari – Em Busca da Felicidade” foi lançado na Coreia do Sul no último fim de semana e surpreendeu ao se tornar blockbuster no país, com desempenho 80% superior ao de outro lançamento americano do período, a animação “Raya e o Último Dragão”, da Disney. “Minari” estreou em 1º lugar nas bilheterias sul-coreanas, com arrecadação de US$ 1,68 milhão entre sexta e domingo (7/3), de acordo com dados do serviço KOBIS do Korean Film Council. O valor equivela a uma participação de quase 38% no total de ingressos vendidos no país nos últimos três dias. Capitalizando o interesse da imprensa local, especialmente pela atuação da veterana atriz sul-coreana Youn Yuh-jung (“Sense8”), a vovó da trama, a distribuidora local Pancinema colocou o filme dirigido por Lee Isaac Chung em 1.162 telas. E a expectativa é que o sucesso seja ampliado pela temporada de premiações nos Estados Unidos nas próximas duas semanas. Vencedor do Festival de Sundance em janeiro de 2020, “Minari” venceu o Globo de Ouro e o Critics Choice como Melhor Filme em Língua Estrangeira, tendo sido enquadrado nesta categoria por se dividir entre diálogos em inglês e coreanos. O filme acompanha uma família sul-coreana que luta para se estabelecer no interior rural dos EUA. O elenco também destaca Steven Yeun (o Glenn de “The Walking Dead”), Yeri Han (“Secret Zoo”) e o menino Alan Kim, que venceu o Critics Choice de Melhor Ator Jovem. A Coreia é o terceiro território internacional a lançar “Minari”. Na Austrália e na Nova Zelândia, o longa teve um lançamento limitado, acumulando quase US$ 1 milhão nos dois países, mas deverá chegar em mais telas após as esperadas indicações ao Oscar em 14 de março.
Premiação do cinema indie britânico consagra Rocks, Anthony Hopkins, terror e Rhiz Ahmed
A premiação do Cinema Independente Britânico, conhecida como BIFA (abreviatura de British Independent Film Awards), consagrou o filme adolescente “Rocks” nesta quinta (18/2), em cerimônia virtual apresentada por Tom Felton (da franquia “Harry Potter”) e com participação de vários astros famosos – entre eles, Zendaya, Daniel Kaluuya, Emma Corrin e Riz Ahmed. Dirigido por Sarah Gavron, “Rocks” acompanha um grupo de garotas de rua em Londres e venceu cinco prêmios, incluindo o de Melhor Filme Independente Britânico do ano. A premiação também destacou o veterano astro Anthony Hopkins, que venceu como Melhor Ator por seu papel no drama “Meu Pai”, na primeira indicação ao BIFA de sua carreira. “Meu Pai” ainda conquistou mais dois prêmios, incluindo Melhor Roteiro. O novo cinema de terror teve boa representatividade no evento, com três vitórias para “O Que Ficou Para Trás”, incluindo Melhor Direção para Remi Weekes e Melhor Atriz para Wumni Mosaku, e “Saint Maud”, com dois troféus, incluindo Melhor Diretor Estreante para a cineasta Rose Glass. Entre as participações individuais, o destaque ficou com o ator Riz Ahmed, reconhecido em nova função. Ele venceu como Melhor Roteirista Estreante por “Mogul Mowgli” e ainda escreveu o filme premiado como Melhor Curta Britânico, “The Long Goodbye”. Veja a lista completa dos vencedores abaixo do trailer (repleto de elogios) de “Rocks”. Melhor Filme Independente Britânico “Rocks” Melhor Direção Remi Weekes, “O Que Ficou Para Trás” Melhor Roteiro Florian Zeller e Christopher Hampton, “Meu Pai” Melhor Atriz Wunmi Mosaku, “O Que Ficou Para Trás” Melhor Ator Anthony Hopkins, “Meu Pai” Melhor Atriz Coadjuvante Kosar Ali, “Rocks” Melhor Ator Coadjuvante D’angelou Osei Kissiedu, “Rocks” Melhor Diretor Estreante Rose Glass, “Saint Maud” Melhor Producer Estreante Irune Gurtubai, “Limbo” [também produzido por Angus Lamont] Melhor Roteirista Estreante Riz Ahmed, “Mogul Mowgli” [também escrito por Bassam Tariq] Novato Mais Promissor Kosar Ali, “Rocks” Melhor Documentário “The Reason I Jump” The Raindance Discovery Award (Melhor Filme de Baixo Orçamento) “Perfect 10” Melhor Curta-Metragem Britânico “The Long Goodbye” Melhor Filme Independente Internacional “Nomadland” (EUA) Melhor Elenco Lucy Pardee, “Rocks” Melhor Fotografia Ben Fordesman, “Saint Maud” Melhor Figurino Charlotte Walter, “Miss Revolução” Melhor Edição Yorgos Lamprinos, “Meu Pai” Melhores Efeitos Visuais Pedro Sabrosa e Stefano Pepin, “O Que Ficou Para Trás” Melhor Maquiagem e Penteados Jill Sweeney, “Miss Revolução” Melhor Música Paul Corley, “Mogul Mowgli” Melhor Desenho de Produção Jacqueline Abrahams, “O Que Ficou Para Trás” Melhor Som Nick Ryan, Ben Bairde Sara de Oliveira Lima, “The Reason I Jump”
Festival de Sundance consagra filme comprado pela Apple por US$ 25 milhões
O Festival de Cinema de Sundance de 2021 consagrou o longa “Coda”, da diretora Siân Heder, com quatro troféus na noite desta terça (2/2) nos EUA, incluindo o reconhecimento principal, o Grande Prêmio do Júri, além do Prêmio do Público. Desta forma, “Coda” foi considerado o Melhor Filme do evento em dose dupla. O drama aborda uma jovem (Emilia Jones, de “Locke & Key”) de família surda, que se vê dividida entre perseguir sua paixão pela música e ser a conexão entre seus pais e o mundo sonoro. Junto dos dois troféus de Melhor Filme, a produção também venceu o prêmio de Melhor Elenco e Melhor Direção, na seção dedicada a longas independentes dos EUA. Segundo longa de Siân Heder, que estreou em Sundance em 2016 com “Tallulah”, “Coda” seria um remake do filme francês “A Família Bélier” (2014) e já tinha chamado atenção ao ser adquirido pela Apple por um preço considerado bastante elevado pelos padrões do evento: US$ 25 milhões. O investimento compensou, pois a Apple TV+ agora tem exclusividade sobre o vencedor do festival – e que já é candidato a indicações no Oscar 2022. No ano passado, o vencedor de Sundance foi “Minari”, de Lee Isaac Chung, que também teve uma vitória dupla, conquistando o Grande Prêmio do Júri e o Prêmio do Público. O festival reduzido, que começou na quinta-feira (28/1) e se encerrou nesta terça, também teve uma cerimônia de premiação rápida, com apenas uma hora de duração, apresentada pelo comediante Patton Oswalt. Outros destaques da premiação foram “Summer of Soul”, documentário sobre um festival de música do Harlem de 1969, dirigido por Ahmir “Questlove” Thompson, baterista da banda The Roots, que venceu sua categoria, além do drama “Hive”, da diretora Blerta Basholli, de Kosovo, como Melhor Filme Internacional, e “Flee”, do dinamarquês Jonas Poher Rasmussen, como Melhor Documentário Internacional.









