Kirsten Dunst zoa Esquadrão Suicida com lembrança das Virgens Suicidas
A atriz Kirsten Dunst usou seu Instagram para fazer uma piada com o filme “Esquadrão Suicida”, publicando uma foto de um de seus primeiros sucessos no cinema, “As Virgens Suicidas” (1999). “Só existe um verdadeiro Esquadrão Suicida”, ela comentou sobre a imagem. Para quem não lembra, o primeiro longa dirigido por Sofia Coppola, baseado no livro homônimo de Jeffrey Eugenides, contava a história de um grupo de belas irmãs adolescentes que, cansadas da repressão dos pais, fazem um pacto suicida, para espanto dos vizinhos do subúrbio em que moravam. Além de belíssimo, o filme também teve uma excelente trilha sonora, composta pela dupla francesa Air. ?? Uma foto publicada por Kirsten Dunst (@kirstendunst) em Ago 9, 2016 às 6:42 PDT
The Edge of Seventeen: Hailee Steinfeld entra em crise em trailer de filme adolescente
A STX Entertainment divulgou o primeiro trailer do filme adolescente “The Edge of Seventeen”. A prévia tem o humor amargo, cínico e autodepreciativo dos clássicos de John Hughes dos anos 1980, girando em torno da adolescente em crise vivida por Hailee Steinfeld (“A Escolha Perfeita 2”). Desinteressante, sem muitas amizades ou atrativos, ela sofre por ter um irmão perfeito (Blake Jenner, da série “Glee”), que todos adoram, inclusive sua melhor amiga (Haley Lu Richardson, da série “Ravenswood”), que vira ex-amiga quando começa a namorá-lo. Sentindo-se traída e abandonada, ela desaba e toma uma série de decisões que só pioram a situação. Sem ninguém com quem desabafar, acaba forjando amizade com um professor (Woody Harrelson, de “Jogos Vorazes”) que lhe dá mais atenção que sua própria mãe (Kyra Sedgwick, da série “Closer”). Primeiro filme dirigido por Kelly Fremon, que antes só tinha roteirizado a comédia “Recém-Formada” (2009), “The Edge of Seventeen” estreia em 18 de novembro nos EUA e não tem previsão de lançamento no Brasil.
White Girl: Trailer mostra ex-atriz mirim de Homeland às voltas com sexo e drogas
A FilmRise divulgou o pôster e o trailer de “White Girl”, drama adolescente que vem sendo comparado ao clássico “Kids” (1995). As semelhanças se dão por conta do sexo casual e do consumo de drogas desenfreado entre os personagens. Na trama, uma coisa leva a outra. Após uma noitada festiva em que se envolve com um jovem traficante, a universitária do título se vê envolvida em algo muito maior do que uma rebelião juvenil. Morgan Saylor, que era pouco mais que uma menina nas primeiras temporadas da série “Homeland”, estrela a produção no papel-título, e o elenco ainda inclui Brian “Sene” Marc (da vindoura série “Luke Cage”), Justin Bartha (“Se Beber, Não Case”), Chris Noth (“Sex and the City”), Adrian Martinez (“Golpe Duplo”) e Annabelle Dexter-Jones (“Holy Motors”). O filme marca a estreia da diretora e roteirista Elizabeth Wood, premiada no Festival de Palm Springs pelo trabalho. Graças à repercussão do longa, que também foi exibido em Sundance, a cineasta se tornou um dos nomes cotados para dirigir “Capitã Marvel”. “White Girl” estreia em 26 de agosto nos EUA e deve ser disponibilizado no Brasil pelo serviço de streaming Netflix, que adquiriu uma baciada de filmes bem falados do último Festival de Sundance.
Between: Veja o trailer da 2ª temporada da série sci-fi com Jennette McCurdy
O site Netflix divulgou o trailer da 2ª temporada de “Between”, série teen apocalíptica estrelada por Jennette McCurdy (série “iCarly”). Criada pelo roteirista e diretor Michael McGowan (“Em Busca De Um Milagre”), “Between” é uma espécie de “Under the Dome” adolescente. A trama se passa numa cidade colocada em quarentena, após uma doença misteriosa dizimar todos os seus habitantes adultos, deixando vivos apenas aqueles com menos de 21 anos de idade. A série explora o vazio de poder que resulta quando os adolescentes ficam sozinhos para se defenderem. Fãs da série clássica “Jornada nas Estrelas” vão se lembrar de trama similar, explorada num episódio de 1966 intitulado “Miri”. A 1ª temporada de “Between” teve apenas 6 episódios, com direção de Jon Cassar (série “24 Horas”), exibidos entre maio e junho de 2015, e terminou num momento de reviravolta, com a descoberta do complô responsável pelo vírus e a possibilidade de fuga do cerco. A prévia mostra como a situação evolui para um confronto entre os adolescentes e os militares que impõem a quarentena. A próxima temporada vai incluir mais 6 episódios com estreia em 30 de junho. Mas ao contrário da 1ª temporada, quando os episódios foram disponibilizados semanalmente, junto com sua exibição no canal canadense City, todos os novos capítulos serão lançados ao mesmo tempo, como as demais séries do Netflix.
Brahman Naman: Comédia teen indiana que foi destaque no Festival de Sundance ganha primeiro trailer
O serviço de streaming Netflix divulgou o primeiro trailer (sem legendas) de “Brahman Naman”, comédia sexual adolescente passada nos anos 1980, que presta homenagem aos clássicos do gênero do período, mas com um detalhe que a torna diferente das demais: foi filmada na Índia, com um elenco e equipe indianos. A produção foi adquirida no último Festival de Sundance, após elogios da críticas, dentro da estratégia de expansão global do Netflix. Dirigido por Q (abreviação de Quashik Mukherjee), o filme gira em torno de uma equipe campeã de uma competição universitária de conhecimentos gerais. Tão inteligentes quanto tímidos, os jovens nerds vão tentar vencer o campeonato nacional enquanto tentam perder a virgindade. O elenco de jovens praticamente desconhecidos é liderado por Shashank Arora, que estrelou “Titli” (2014), suspense indiano exibido no Festival de Cannes em 2014. A estreia está marcada para 7 de julho.
Os Treze Porquês: Ator de Goosebumps vai estrelar série produzida por Selena Gomez e diretor de Spotlight
A série baseada no livro “Os Treze Porquês”, de Jay Asher, encontrou seus protagonistas. Produzida pela cantora Selena Gomez (“Spring Breakers”) e o cineasta Tom McCarthy (“Spotlight – Segredos Revelados”) para o serviço de streaming Netflix, “13 Reasons Why” será estrelada por Dylan Minnette (“Goosebumps: Monstros e Arrepios”) e a novata australiana Katherine Langford. Na trama, o adolescente Clay (Minnete) recebe um pacote com várias fitas cassetes gravadas por Hannah Baker (Langford), menina por quem ele era apaixonado e que cometeu suicídio recentemente. Nelas, a jovem lista os 13 motivos que a levaram a interromper sua vida. Ele é um deles e precisa passar a mensagem para os demais envolvidos. Além do jovem casal, o elenco de apoio destaca Kate Walsh (a Drª. Addison Montgomery de “Grey’s Anatomy” e “Private Practice”) como a mãe de Hannah, e Derek Luke (“Capitão América: O Primeiro Vingador”) como Mr. Porter, o orientador de Hannah. Alisha Boe (“Atividade Paranormal 4”), Justin Prentice (série “Awkward.”), Devin Druid (“Mais Forte que Bombas”), Miles Heizer (série “Parenthood”), Christian Navarro (série “Vinyl”) e Ross Butler (“Teen Beach 2”) completam o elenco. Desenvolvida pelo dramaturgo Brian Yorkey, vencedor do Pulitzer pela peça “Next to Normal”, a série seria originalmente estrelada por Selena Gomez, no papel de Hannah. Mas a agenda de shows da estrela pop impossibilitou a negociação. Mesmo assim, ela decidiu se envolver na produção da série ao lado de Yorkey e McCarthy. O diretor do filme vencedor do Oscar 2016, por sinal, vai dirigir os dois primeiros capítulos da atração. Com 13 episódios – um para cada “porquê” – , a série começa a ser gravada neste fim de semana. Ainda não há previsão para sua estreia.
Dead of Summer: Veja cinco comerciais da nova série de terror
O canal pago americano Freeform (ex-ABC Family) divulgou um novo trailer e cinco teasers curtos de “Dead of Summer”, série de terror dos criadores de “Once Upon a Time”. O trailer é basicamente igual ao anterior, apenas com uma trilha diferente. Bem apropriada, a música que acompanha as cenas é “Cruel Summer”, hit do Bananarama, que reforça a época em que a história acontece. Um dos teasers também traz outro clássico dos anos 1980, “Pictures of You”, da banda The Cure. Desenvolvida por Adam Horowitz e Edward Kitsis, a dupla de “Once Upon a Time”, em parceria com o roteirista Ian B. Goldberg, (também trabalhou da série das fábulas), a atração evoca o clima da franquia “Sexta-Feira 13” e similares, como “Acampamento Sinistro” (1983) e “Chamas da Morte” (1981). A história acontece em Camp Clearwater, um acampamento de férias de verão do meio-oeste americano, onde jovens dos anos 1980 vão experimentar seus primeiros amores, seus primeiros beijos – e também suas primeiras mortes, graças a um antigo e sombrio mito da região. O elenco inclui Elizabeth Mitchell (séries “Lost”, “Revolution”), Elizabeth Lail (série “Once Upon a Time”), Zelda Williams (série “Teen Wolf”), Mark Indelicato (série “Ugly Betty”), Alberto Frezza (“Resgate Impossível”), Eli Goree (série “The 100”), Ronen Rubenstein (série “Orange Is the New Black”), Paulina Singer (“Gotham”) e Amber Coney (série “Class”). A 1ª temporada foi aprovada sem precisar passar por fase de piloto, apenas pela força de seu roteiro. A estreia está marcada para 28 de junho nos EUA.
The Space Between Us: Trailer disfarça romance juvenil de doença como sci-fi
E se “Perdido em Marte” fosse um melodrama romântico adolescente de doença? O primeiro trailer de “The Space Between Us”, divulgada pela STX Entertainment, junto com duas fotos e o pôster, responde a essa excruciante questão existencial, ao acompanhar como o primeiro bebê nascido no espaço se torna o único adolescente de Marte, que se apaixona por uma jovem da Terra, com quem se correspondia do espaço. Claro que isso cobra um preço alto em sua saúde – mas não devido à atmosfera repleta de bactérias e poluentes, que matou os alienígenas de “Guerra dos Mundos”, e sequer afeta o rapaz que nunca a respirou. A culpa, neste caso, não é das estrelas, mas de outro título de filme: Gravidade. E, claro, da tendência mórbida tão em voga dos romances juvenis de doença. Ainda sem título em português, o filme traz Asa Butterfield (“Ender’s Game”) como protagonista, Britt Robertson (“Tomorrowland”) como o interesse romântico, além de Carla Gugino (série “Wayward Pines”) e Gary Oldman (“Mentes Criminosas”) como os adultos benevolentes. O roteiro é assinado por Allan Loeb (“Esposa de Mentirinha”) e a direção é de Peter Chelsom (“Hannah Montana – O Filme”), mais acostumados a trabalhar com comédias e sem nenhuma experiência no gênero da ficção científica. A estreia está marcada para 8 de setembro no Brasil, três semanas após o lançamento nos EUA.
Dead of Summer: Série de terror dos criadores de Once Upon a Time ganha primeiro trailer
O canal pago americano FreeForm (ex-ABC Family) divulgou uma coleção de pôsteres e o primeiro trailer de “Dead of Summer”, série de terror dos criadores de “Once Upon a Time”, passada em um acampamento de férias de verão no final dos anos 1980. Desenvolvida por Adam Horowitz e Edward Kitsis, a dupla de “Once Upon a Time”, em parceria com o roteirista Ian B. Goldberg, que também trabalhou na série das fábulas, a série evoca o clima da franquia “Sexta-Feira 13” e similares, como “Acampamento Sinistro” (1983) e “Chamas da Morte” (1981). A história acontece em Camp Clearwater, um acampamento de férias de verão do meio-oeste americano, onde jovens dos anos 1980 vão experimentar seus primeiros amores, seus primeiros beijos – e também suas primeiras mortes, graças a um antigo e sombrio mito da região. O elenco inclui Elizabeth Mitchell (séries “Lost”, “Revolution”), Elizabeth Lail (série “Once Upon a Time”), Zelda Williams (série “Teen Wolf”), Mark Indelicato (série “Ugly Betty”), Alberto Frezza (“Resgate Impossível”), Eli Goree (série “The 100”), Ronen Rubenstein (série “Orange Is the New Black”), Paulina Singer (“Gotham”) e Amber Coney (série “Class”). A 1ª temporada foi aprovada sem precisar passar por fase de piloto, apenas pela força de seu roteiro. A estreia está marcada para 28 de junho nos EUA.
Série teen Faking It é cancelada pela MTV
O canal americano MTV anunciou o cancelamento da série “Faking It”, que termina em sua 3ª temporada. O episódio final do programa irá ao ar na próxima terça-feira (17/5) nos EUA. A série girava em torno de duas amigas, Karma (Katie Stevens, do reality show “American Idol”) e Amy (Rita Volk, da série “Major Crimes”), que querem a todo custo se tornarem populares na escola, e descobrem que podem conseguir isso fingindo ser um casal lésbico. Até que são forçadas a bancar sua farsa, com direito a beijos na frente de todos os amigos. Os problemas começam quando uma delas percebe que é realmente lésbica. “Minha esperança é que ‘Faking It’ seja a primeira série do que chamo de era pós-gay na televisão”, disse o criador da série Carter Covington ao site The Hollywood Reporter. “Nós sempre tentamos abordar a narrativa a partir de um ponto que vai além das histórias de pessoas assumindo a homossexualidade, e realmente exploramos as vidas de todos os nossos personagens, independentemente de sua sexualidade”. “Faking It”, entretanto, jamais agradou à comunidade LGBT por utilizar-se de diversos estereótipos e tratar a homossexualidade de forma fútil. A série tampouco agradou ao público em geral, sendo cancelada por causa da baixa audiência – a última temporada foi vista por menos de 500 mil pessoas por episódio (em todas as plataformas).
Série Riverdale vai juntar a Turma do Archie e Josie e as Gatinhas
A rede americana CW vai aumentar ainda mais sua cota de adaptações de quadrinhos com a produção da série “Riverdale”, baseada nos gibis e desenhos animados da “Turma do Archie” e “Josie e as Gatinhas”. A atração teve sua 1ª temporada encomendada, com produção de Greg Berlanti, responsável por “Arrow”, “The Flash” e “Legends of Tomorrow”, que já fazem sucesso na emissora, além de “Supergirl”, cuja 2ª temporada também será exibida na CW. “Riverdale” é uma criação de Roberto Aguirre-Sacasa (roteirista das séries “Glee”, “Supergirl” e do remake de “Carrie, a Estranha”), que tem realizado uma verdadeira revolução como diretor criativo da Archie Comics, graças à introdução de temas de terror e tramas adultas, que tornaram a editora das histórias do Archie uma das mais faladas da atualidade. Aparentemente, a série vai refletir essa abordagem. E isto chegou a ser considerado um problema logo de cara. O projeto foi originalmente desenvolvido para a rede Fox, que, entretanto, considerou o roteiro sombrio demais. A CW comemorou, trouxe a produção para seu teto e já está marcando a estreia. “A abordagem sombria é consequência de ter Roberto e Greg, e se eles colocam algo na cabeça, você tem que aproveitar e lhes dar corda”, disse Mark Pedowitz, presidente da CW, defendendo o tom da série para a revista The Hollywood Reporter. O título “Riverdale” se refere à cidade fictícia de Riverdale e à escola frequentada por Archie, Betty, Veronica, Reggie, Moleza e demais personagens da “Turma do Archie”, a Riverdale High School. Uma cultuada banda punk americana também adotou o nome de The Riverdales em homenagem ao universo juvenil dos gibis. Criados por Vic Bloom e Bob Montana, os quadrinhos dos Archies são publicados desde 1941 nos EUA, acompanhando o cotidiano do estudante Archie Andrews e seus amigos do colegial. Eles se tornaram conhecidos no Brasil pela série animada dos anos 1960 “A Turma do Archie”, que também fez sucesso no rádio, quando a música “Sugar, Sugar”, tocada pela banda The Archies, supostamente formada pelos personagens, saiu da animação para se tornar um fenômeno pop internacional. A produção ainda ganhou um spin-off que se tornou ainda mais popular que a turma original: a feiticeira adolescente “Sabrina”. A ideia original de Aguirre-Sacasa era incluir outros personagens famosos da Archie Comics, como a própria Sabrina e Josie e as Gatinhas, uma banda feminina que também teve um desenho animado popular em 1970. Mas, na divulgação inicial de personagens da 1ª temporada, Sabrina não foi confirmada. Embora Sabrina já tenha ganhado uma série popular com atores reais (em que foi vivida por Melissa Joan Hart), entre 1996 e 2003, será a primeira vez que Archie Andrews e Josie e as Gatinhas ganharão carne e osso. O elenco jovem que dará vida aos personagens clássicos, por sinal, é bastante promissor, com destaque para o neozelandês K.J. Apa (série “Shortland Street”) como Archie, Cole Sprouse (série “Zack & Cody: Gêmeos em Ação”) como Moleza, Ross Butler (série “Agente KC”) como Reggie, Lili Reinhart (“Os Reis do Verão”) como Betty e a estreante Camila Mendes, filha de brasileiros, como Veronica. Já Josie e as Gatinhas serão três atrizes negras, numa alteração racial da banda animada, que tinha apenas uma integrante negra. A Ashleigh Murray (série “Younger”) será a ex-ruiva Josie, Asha Bromfield (série “Slasher”) será a ex-loira burra Melody (lá se vão dezenas de piadas) e a estreante Irie Hayleau viverá Valery, a primeira protagonista negra da animação televisiva americana. Além destes, a produção também terá Luke Perry (série “Barrados no Baile”) como o pai de Archie e Mädchen Amick (série “Twin Peaks”) como a mãe de Betty. E muitos outros. São, ao todo, 26 personagens confirmados. Apesar do forte apelo nostálgico, a série vai se passar nos dias atuais, explorando o clima surrealista da vida na cidade pequena que lhe dá nome, com direito à toda escuridão e estranheza que borbulha sob a fachada saudável de um típico subúrbio americano. A expectativa é grande. Mesmo antes da estreia, a série já tem um site e uma página de fãs brasileiros no Facebook. Mas ainda não há previsão para a exibição dos primeiros episódios.
Patty Duke (1946 – 2016)
A atriz Patty Duke, que venceu o Oscar e teve uma série com seu nome antes de se tornar adulta, morreu na terça-feira (29/3), após sofrer complicações de uma infecção causada por uma perfuração no intestino. Ela tinha 69 anos. Patty nasceu Anna Marie Duke em Nova York, em 1946, e interpretou diversas nova-iorquinas ao longo de sua trajetória, que iniciou muito cedo. Ela ganhou o pseudônimo Patty ainda criança, aparecendo com este nome em seus primeiros trabalhos de 1954, aos oito anos de idade, quando começou a fazer pequenas participações em filmes, telenovelas e diversos teleteatros. A mudança foi exigência de seus empresários, que achavam “Anne Marie” pouco artístico. Os empresários, o casal John and Ethel Ross, não cuidavam apenas de sua carreira. O pai de Patty era um taxista alcoólatra e sua mãe sofria de depressão. Quando a menina tinha seis anos, a mãe teve um surto e expulsou seu pai de casa. Aos oito, a entregou aos cuidados do casal Ross, que passou a cuidar dela, mas não necessariamente de forma amorosa, transformando-a numa máquina de ganhar dinheiro. Forjaram currículo, mentiram sua idade e, quando ela se provava difícil de lidar, a viciaram em álcool. Tudo isto está em sua autobiografia. A criança tinha um talento evidente, que já se manifestava aos 12 anos, quando passou a se destacar em produções de diferentes gêneros, como o drama “A Deusa” (1958), a sci-fi “Quarta Dimensão” (1959) e a comédia “Feliz Aniversário” (1959). No mesmo período, ela fez sua estreia na Broadway, estrelando a peça “The Miracle Worker”, na qual deu vida a Helen Keller, uma garota cega, surda e muda. A peça fez enorme sucesso e ficou em cartaz por dois anos. O papel de Helen Keller acabou sendo, de forma precoce, o ponto alto de sua carreira. Em 1962, aos 16 anos, ela foi escalada para revivê-lo em “O Milagre de Anne Sullivan”, drama dirigido por Arthur Penn, no qual sua personagem precisava de ajuda constante da incansável professora Anne Sullivan (Anne Bancroft, que também atuou na peça). Por seu desempenho, Patty venceu o Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante e se tornou, na época, a pessoa mais jovem a conquistar um prêmio da Academia. O Oscar a deixou tão famosa que ela ganhou uma série com seu próprio nome, “The Patty Duke Show”. O título foi escolhido antes que a rede ABC soubesse qual seria trama. A ideia era criar uma atração para a estrelinha ascendente, o que quer que fosse. O fato é que, até então, não existiam programas estrelados por garotas da idade de Patty na televisão. Assim, para decidir sobre o que seria a série, o produtor-roteirista Sidney Sheldon (também criador de “Jeannie É um Gênio”) levou a jovem para passar uma semana com sua família. Na curta convivência, Sheldon reparou que Patty tinha dois lados distintos (mais tarde, ela seria diagnosticada com bipolaridade), o que lhe deu a ideia de criar uma trama sobre duas adolescentes idênticas. Na série, Patty vivia uma nova-iorquina moderna, que passa a conviver com sua prima idêntica (também interpretada pela atriz), vinda da Europa. Embora fossem iguais fisicamente, as duas não podiam ter gostos mais diferentes. E a confusão que suas semelhanças causavam alimentava a maioria das piadas do programa. “The Patty Duke Show” durou três temporadas, entre 1963 e 1966, e marcou época, inaugurando um filão que atualmente responde por boa parte da programação de canais pagos como Nickelodeon, Disney Channel e Freeform (ex-ABC Family): as séries de meninas. Fez tanto sucesso que Patty recebeu indicações ao Emmy, ao Globo de Ouro e também se lançou como cantora. Mas quando completou 18 anos, ela rompeu com os empresários exploradores e quis renegociar seu contrato, fazendo exigências que levaram um impasse e ao fim inesperado da atração, mesmo com boa audiência. Apesar de gravada em preto e branco, “The Patty Duke Show” continuou no ar em reprises ao longo das décadas, chegando a experimentar uma redescoberta em 1988, quando passou a integrar a programação do canal Nickeledeon. As reprises mantiveram a popularidade da produção, a ponto de gerar um telefilme de reencontro, 33 anos após seu cancelamento. Exibido em 1999, o telefilme mostrava as primas casadas, com filhos e até netos. Com o fim de sua série, Patty decidiu priorizar sua carreira cinematográfica. Ela já tinha estrelado seu primeiro filme como protagonista, a comédia adolescente “Uma Lourinha Adorável” (1965), como uma moleca andrógina, dividida entre a vontade de ser um menino, para ter mais liberdade e fazer esportes, e a primeira paixão colegial. Mas seu primeiro longa após “The Patty Duke Show” acabou seguindo na direção oposta, numa escolha arriscada, com o objetivo de mostrá-la adulta. Patty escandalizou ao decidir estrelar “O Vale das Bonecas” (1967). Na adaptação do romance trash de Jacqueline Susann, ela interpretava uma jovem estrela da Broadway que se viciava em drogas, fazia sexo casual, destruía lares e precisava ser internada para reabilitação. O filme era um dramalhão tão grande que virou cult, ao ser considerado um dos piores melodramas já feitos. Para reafirmar que era uma jovem moderna, ela também estrelou “Uma Garota Avançada” (1969), no qual se rebelava contra os planos de casamento de sua família, abandonando o lar para abraçar o estilo de vida boêmio do Greenwich Village, em Nova York. Mas os papéis de adulta não lhe renderam o mesmo sucesso da adolescência. Durante os anos 1970, ela se viu alternando participações em diversas atrações televisivas, como “Galeria do Terror”, “O Sexto Sentido”, “Havaí 5-0”, “Os Novos Centuriões”, “Police Woman” e “São Francisco Urgente”, com filmes B, como o terror “Sob a Sombra da Outra” (1972) e o desastre sci-fi “O Enxame” (1978). Em 1979, ela voltou à trama que a consagrou, estrelando uma versão televisiva de “O Milagre de Anne Sullivan”, desta vez no papel da professora, comprovando como o tempo tinha passado. Patty havia se tornado adulta demais até em sua vida pessoal, passando por três casamentos frustrados e um relacionamento polêmico com Desi Arnaz Jr., filho de Lucille Ball e Desi Arnaz, quando já tinha 24 anos e ele ainda era menor de idade. O escândalo quase destruiu sua carreira quando ela engravidou em 1971, e as revistas de fofoca especulavam que o pai podia ser o ator de 17 anos. Mas ela rapidamente se casou com John Astins (o Gomez da série “Família Addams”), registrando a criança como filho dele. O jovem cresceu para se tornar um hobbit, Sean Astin, astro da trilogia “O Senhor dos Anéis”. Patti ainda teve outro filho com John Astins, mas o casamento terminou em divórcio em 1983. Após esse período tumultuado, a atriz tentou retomar a carreira televisiva, estrelando quatro séries de curta duração. A que foi mais longe teve uma temporada completa de 22 episódios: a sitcom “It Takes Two”, na qual interpretou a mãe de dois futuros astros televisivos, os jovens Anthony Edwards (o Dr. Mark Greene de “Plantão Médico/E.R.”) e Helen Hunt (a Jamie Buchman de “Louco por Você/Mad About You”). As outras séries foram “Hail To The Chief”, em 1985, na qual interpretou a primeira mulher presidente dos EUA (durou 7 episódios), “Karen’s Song”, em 1987, como uma mãe divorciada (a filha era Teri Hatcher, de “Desperate Housewives”) que se envolve com um homem muito mais jovem (em 13 capítulos), e, por fim, o drama “Amazing Grace”, em 1995, como uma ex-alcoóltra que se torna pastora de uma igreja (5 episódios). Entre 1985 e 1988, ela foi eleita presidente do Sindicato dos Atores dos EUA (SAG, na sigla em inglês), chegando a comandar uma greve que conseguiu melhorar salários e condições de trabalho para os dubladores de animações. O período coincidiu com o ressurgimento das comédias adolescentes no cinema americano, o que lhe rendeu seu último papel de destaque no filme “Willy/Milly” (1986), como a mãe de uma moleca que, por meio de mágica, virava hermafrodita – uma versão extrema da ideia de “Uma Lourinha Adorável” (1965). Em 1987, ela publicou sua autobiografia, tornando-se a primeira celebridade a se assumir bipolar (ou maníaca-depressiva, como ainda se chamava a condição na época). A experiência a inspirou a virar ativista por melhores condições de saúde mental nos EUA, defendendo tratamentos de distúrbios de personalidade. Após contar sua história em livro, Patty estrelou “Call Me Anna” (1990), uma telebiografia de sua própria vida, intitulada com seu nome de bastimo. Ela ainda apareceu nas comédias “Por Trás Daquele Beijo” (1992), “Nos Palcos da Vida” (2005) e no filme religioso “A História de Oseias” (2012), estrelado por seu filho Sean Astin, além de diversos telefilmes – entre eles, “Luta Pela Vida” (1987), como mulher de Jerry Lewis. Nos últimos anos, experimentou uma fase de redescoberta, recebendo uma estrela na Calçada da Fama de Hollywood e convites para participar de várias séries, como “Glee” e “Drop Dead Diva”. Ela também se tornou uma das poucas atrizes a aparecer nas duas versões de “Havaí 5-0”, ao estrelar um episódio do remake. A melhor participação, porém, ficou reservada para seu último papel, num episódio de “Liv e Maddie” exibido em 2015 no Disney Channel. Na ocasião, ela interpretou duas personagens idênticas, evocando “The Patty Duke Show”: a avó e a tia-avó gêmeas da protagonista Liv (Dove Cameron). Uma bela homenagem para sua despedida das telas. “Eu te amo, mãe”, resumiu Sean Astins, ao informar aos fãs sobre a morte de Patty. “Que atriz!”, lembrou o apresentador Larry King. “Obrigado, Patty, por tudo que nos deu”, manifestou-se a própria Academia.










