Série Riverdale vai juntar a Turma do Archie e Josie e as Gatinhas

A rede americana CW vai aumentar ainda mais sua cota de adaptações de quadrinhos com a produção da série “Riverdale”, baseada nos gibis e desenhos animados da “Turma do Archie” e “Josie […]

A rede americana CW vai aumentar ainda mais sua cota de adaptações de quadrinhos com a produção da série “Riverdale”, baseada nos gibis e desenhos animados da “Turma do Archie” e “Josie e as Gatinhas”. A atração teve sua 1ª temporada encomendada, com produção de Greg Berlanti, responsável por “Arrow”, “The Flash” e “Legends of Tomorrow”, que já fazem sucesso na emissora, além de “Supergirl”, cuja 2ª temporada também será exibida na CW.

“Riverdale” é uma criação de Roberto Aguirre-Sacasa (roteirista das séries “Glee”, “Supergirl” e do remake de “Carrie, a Estranha”), que tem realizado uma verdadeira revolução como diretor criativo da Archie Comics, graças à introdução de temas de terror e tramas adultas, que tornaram a editora das histórias do Archie uma das mais faladas da atualidade. Aparentemente, a série vai refletir essa abordagem. E isto chegou a ser considerado um problema logo de cara.

O projeto foi originalmente desenvolvido para a rede Fox, que, entretanto, considerou o roteiro sombrio demais. A CW comemorou, trouxe a produção para seu teto e já está marcando a estreia. “A abordagem sombria é consequência de ter Roberto e Greg, e se eles colocam algo na cabeça, você tem que aproveitar e lhes dar corda”, disse Mark Pedowitz, presidente da CW, defendendo o tom da série para a revista The Hollywood Reporter.

O título “Riverdale” se refere à cidade fictícia de Riverdale e à escola frequentada por Archie, Betty, Veronica, Reggie, Moleza e demais personagens da “Turma do Archie”, a Riverdale High School. Uma cultuada banda punk americana também adotou o nome de The Riverdales em homenagem ao universo juvenil dos gibis.

Criados por Vic Bloom e Bob Montana, os quadrinhos dos Archies são publicados desde 1941 nos EUA, acompanhando o cotidiano do estudante Archie Andrews e seus amigos do colegial. Eles se tornaram conhecidos no Brasil pela série animada dos anos 1960 “A Turma do Archie”, que também fez sucesso no rádio, quando a música “Sugar, Sugar”, tocada pela banda The Archies, supostamente formada pelos personagens, saiu da animação para se tornar um fenômeno pop internacional. A produção ainda ganhou um spin-off que se tornou ainda mais popular que a turma original: a feiticeira adolescente “Sabrina”.

A ideia original de Aguirre-Sacasa era incluir outros personagens famosos da Archie Comics, como a própria Sabrina e Josie e as Gatinhas, uma banda feminina que também teve um desenho animado popular em 1970. Mas, na divulgação inicial de personagens da 1ª temporada, Sabrina não foi confirmada.

Embora Sabrina já tenha ganhado uma série popular com atores reais (em que foi vivida por Melissa Joan Hart), entre 1996 e 2003, será a primeira vez que Archie Andrews e Josie e as Gatinhas ganharão carne e osso.

O elenco jovem que dará vida aos personagens clássicos, por sinal, é bastante promissor, com destaque para o neozelandês K.J. Apa (série “Shortland Street”) como Archie, Cole Sprouse (série “Zack & Cody: Gêmeos em Ação”) como Moleza, Ross Butler (série “Agente KC”) como Reggie, Lili Reinhart (“Os Reis do Verão”) como Betty e a estreante Camila Mendes, filha de brasileiros, como Veronica.

Já Josie e as Gatinhas serão três atrizes negras, numa alteração racial da banda animada, que tinha apenas uma integrante negra. A Ashleigh Murray (série “Younger”) será a ex-ruiva Josie, Asha Bromfield (série “Slasher”) será a ex-loira burra Melody (lá se vão dezenas de piadas) e a estreante Irie Hayleau viverá Valery, a primeira protagonista negra da animação televisiva americana.

Além destes, a produção também terá Luke Perry (série “Barrados no Baile”) como o pai de Archie e Mädchen Amick (série “Twin Peaks”) como a mãe de Betty. E muitos outros. São, ao todo, 26 personagens confirmados.

Apesar do forte apelo nostálgico, a série vai se passar nos dias atuais, explorando o clima surrealista da vida na cidade pequena que lhe dá nome, com direito à toda escuridão e estranheza que borbulha sob a fachada saudável de um típico subúrbio americano.

A expectativa é grande. Mesmo antes da estreia, a série já tem um site e uma página de fãs brasileiros no Facebook. Mas ainda não há previsão para a exibição dos primeiros episódios.