FKA Twigs processa Shia LaBeouf por abuso sexual e agressão
O ator Shia LaBeouf está sendo processado pela cantora FKA Twigs, com quem atuou no filme “O Preço do Talento” (Honey Boy), por abuso sexual e agressão. Eles namoraram por alguns meses entre 2018 e 2019 e foi nesse período que Shia teria agredido, aterrorizado e transmitido uma doença sexual de forma “consciente” para ela, como especificado no processo, entre outras acusações. “Esta ação foi movida não para ganho pessoal, mas para esclarecer as coisas e ajudar a garantir que nenhuma mulher precise sofrer o abuso que Shia LaBeouf inflige a suas parceiras românticas”, diz a ação registrada nesta sexta (11/12) no Tribunal Superior de Los Angeles. “Os dias em que LaBeouf podia maltratar e prejudicar as mulheres impunemente acabaram”, acrescenta o documento, citando um ciclo de “abusos implacáveis” por parte do ator. FKA Twigs abriu o processo sob seu nome real, Tahliah Barnett, e a ação também cita comportamento violento similar de LaBeouf contra Karolyn Pho. Como Twigs, a estilista Pho também foi uma ex-parceira romântica de LaBeouf. “Por muito tempo, LaBeouf procurou desculpar suas ações repreensíveis como as excentricidades de um ‘artista’ de pensamento livre”, declara o processo. “Shia LaBeouf machuca as mulheres”, continua o processo. “Ele as usa. Ele as abusa, tanto física quanto mentalmente. Ele é perigoso. ” O ponto central da denúncia foi uma agressão sofrida por FKA, que quis terminar tudo quando Shia dirigia de “maneira imprudente, removendo o cinto de segurança e ameaçando bater se ela não declarasse seu amor por ele”. Quando ela saiu do carro, “LaBeouf a seguiu, agrediu e jogou-a contra o carro enquanto gritava com ela. Depois, obrigou-a a entrar novamente no automóvel.” Em outra agressão atribuída ao ator, Twigs narra que um dia acordou sendo enforcada por ele. Ela ainda relata que temeu por sua própria vida, pois ele a colocava em risco diversas vezes. Além disso, conta que o ator frequentemente deixava hematomas em seu braço e pulso pela maneira como a segurava e puxava durante discussões. Representantes de LaBeouf não comentaram o processo. LaBeouf conheceu FKA Twigs nas filmagens de “O Preço do Talento”, longa biográfico, que ele próprio escreveu, inspirando-se em sua vida real. Antes desse relacionamento, ele teve um namoro conturbado com Mia Goth, que também conheceu num set, durante a produção de “Ninfomaníaca”. Várias discussões e brigas do casal foram flagradas em vídeos e distribuídas pela internet. Devido a seu assumido alcoolismo, o ator já foi parar anteriormente em tribunais. Em 2008, ele foi pego dirigindo bêbado em Los Angeles, o que é considerado um crime grave. Depois, em 2014, saiu algemado de uma apresentação do espetáculo musical “Cabaré”, em Nova York, que ele interrompeu com conduta desordeira. Em 2015, foi preso nas ruas de Austin, no Texas, por comportamento enebriado. E em 2017, acabou numa delegacia de Savannah, na Geórgia, num intervalo das filmagens de “The Peanut Butter Falcon”, após ser detido por desordem e embriaguez pública. Vídeos desta ocasião trazem o ator xingando sem parar os policiais que o detiveram, inclusive com ofensas racistas contra os policias negros. Até então, o comportamento de LaBeouf resultou em penas de liberdade condicional e multas. Após o processo se tornar público, FKA Twigs usou seu Instagram para comentar a situação. “Pode ser surpreendente para vocês saberem que eu estava em um relacionamento emocional e fisicamente abusivo. Também foi difícil para mim processar, durante e depois, pois nunca pensei que algo assim fosse acontecer comigo. É por isso que decidi que é importante falar sobre isso e tentar ajudar as pessoas a entenderem que, quando você está sob o controle coercivo de um agressor ou em um relacionamento violento com um parceiro íntimo, sair não parece uma opção segura ou alcançável. Espero que, ao compartilhar minha experiência, possa realmente ajudar os outros a sentirem que não estão sozinhos”. Ela acrescentou: “Meu segundo pior pesadelo é ser forçado a compartilhar com o mundo que sou uma sobrevivente de violência doméstica. Meu primeiro pior pesadelo é não contar a ninguém e saber que eu poderia ter ajudado pelo menos uma pessoa compartilhando minha história”. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por FKA twigs (@fkatwigs)
Kim Ki-duk (1960 – 2020)
O polêmico cineasta sul-coreano Kim Ki-duk morreu de complicações decorrentes de covid-19 na madrugada desta sexta (11/12), num hospital da Letônia, aos 59 anos. Ele teria viajado para o país báltico com a intenção de comprar uma casa e obter uma autorização de residência. A notícia foi confirmada por Vitaly Mansky, o documentarista russo que mora na Letônia e dirige o ArtDocFest local, e o Ministério de Relações Exteriores da Coreia do Sul foi citado como tendo confirmado a morte do diretor em reportagens da mídia coreana. Nascido em 20 de dezembro de 1960, em Bonghwa, Coreia do Sul, Kim se estabeleceu como autor de cinema de arte premiado, com filmes de temas sombrios e polêmicos, sempre em evidência no circuito dos festivais internacionais. Mas nos últimos anos vivia um ostracismo forçado, após ser acusado de má conduta sexual por atrizes com quem trabalhou, durante a mudança sísmica da indústria cinematográfica, decorrente do movimento #MeToo. Ele sempre foi queridinho dos festivais europeus, fazendo premières no continente desde sua estreia cinematográfica de 1996. Seu debut de baixo orçamento, “Crocodile”, foi lançado no Festival Karlovy Vary, na Reública Tcheca, assim como os dois longas seguintes, “Animais Selvagens” (1997) e “Paran Daemun” (1998). Sua consagração veio com o quarto lançamento, “A Ilha” (2000), premiado nos festivais de Veneza, Bruxelas e Fantasporto. “A Ilha” também ganhou notoriedade por suas cenas terríveis de violência, inclusive contra animais – supostamente reais – , e conteúdo abertamente indigesto, um padrão que se tornaria marca do diretor. Reza a lenda que, durante a exibição em Veneza, o público abandonou as sessões entre surtos de vômitos e desmaios. O longa nunca foi exibido no Reino Unido, onde teve a projeção proibida. Também recebeu críticas extremamente negativas da imprensa sul-coreana, que o considerou de péssimo gosto. Mas os elogios europeus acabaram prevalecendo e a controvérsia ajudou a projetar seu nome. “Endereço Desconhecido” (2001) levou-o de volta a Veneza, “Bad Guy” (2001) inaugurou sua relação com o Festival de Berlim e “The Coast Guard” (2002) lhe rendeu três troféus em Karlovy Vary. Mas o filme que realmente o popularizou entre os cinéfilos acabou não tendo nada a ver com os caminhos que ele vinha trilhando. “Primavera, Verão, Outono, Inverno… e Primavera” (2003) abordava um mosteiro budista que flutuava num lago em meio a uma floresta intocada, e representava uma suavidade inédita em sua carreira. Venceu o Leopardo de Ouro e mais quatro troféus no Festival de Locarno, além do Prêmio do Público no Festival de San Sebástian, e graças à repercussão amplamente positiva – sem nenhum resquício de polêmica – conseguiu distribuição internacional da Sony. Só que seu lançamento seguinte voltou a mergulhar no horror. “Samaritana” (2004) acompanhava um prostituta amadora numa história de amor, morte e desespero, apontando um guinada sexual para o sadismo do diretor. Foi o começo de uma radicalização, que, no entanto, não se deu de uma hora para outra. Kim Ki-duk seguiu alimentando sua fama com a conquista do Leão de Prata de Melhor Diretor por “Casa Vazia” (2004), no Festival de Veneza. Ele ainda adentrou o Festival de Cannes com “O Arco” (2005), antes de retomar o cinema extremo com “Time – O Amor Contra a Passagem do Tempo” (2006), sobre uma mulher que decide sofrer cirurgia plástica extensa para salvar seu relacionamento. Este filme passou e foi premiado apenas em festivais de terror, como Fantasporto e Sitges. Após um par de dramas românticos incomuns, ele realizou seu primeiro documentário, “Arirang” (2011), refletindo sobre sua própria carreira. A obra autocongratulatória venceu a mostra Um Certo Olhar no Festival de Cannes. Só que o sangue voltou a rolar logo em seguida, no impressionante “Pieta” (2012). O filme venceu o Leão de Ouro, mas causou muita controvérsia devido a uma cena forte de estupro. Alguns espectadores abandonaram a première em Veneza, diante dos desdobramentos da relação entre um violento cobrador de dívidas, que fere devedores de forma brutal, e uma mulher que afirma ser sua mãe. Kim Ki-duk disse que as cenas polêmicas eram uma metáfora do capitalismo. A premiação de “Pieta” serviu de incentivo para o diretor explorar ainda mais seu sadismo cinematográfico. O lançamento seguinte, “Moebius”, foi recusado nos cinemas sul-coreanos, pelo conteúdo com incesto, castração e outras formas de situações “impróprias”, segundo a Korea Media Rating Board (KMRB), responsável pela classificação etária dos filmes no país. A trama apresentava uma família destrutiva, questionando os seus desejos sexuais básicos. “One On One” (2014) buscou mais violência, com o assassinato em série de suspeitos da morte de uma jovem estudante. Dividido entre o desejo dos fãs por filmes cada vez mais radicais e a falta de interesse dos festivais na brutalidade gratuita, a carreira de Ki-duk acabou à deriva, como o protagonista de seu filme “A Rede” (2016), encontrado perdido entre as Coreias do Norte e do Sul. Uma reviravolta marcou o lançamento de “Humano, Espaço, Tempo e Humano” (2018) no Festival de Berlim, que foi marcado por protestos – não por imagens terríveis, mas pelo homem atrás das câmeras. Kim deixou de ser um cineasta de cenas sádicas para virar um cineasta sádico, ao ser condenado por agressão contra uma atriz durante as filmagens de “Moebius” (2013). A vítima, cuja identidade foi mantida em sigilo, acusou Kim em 2017 de lhe dar três tapas e forçá-la a realizar cenas sexuais sem roupa, que não estavam no roteiro, nos bastidores da produção. A acusadora afirmou que Kim forçou-a a pegar o pênis de um ator, apesar de uma garantia anterior de que uma prótese seria usada. Devido a seus protestos, ela foi substituída por outra atriz no filme. O que a levou a entrar na justiça. Um tribunal sul-coreano multou Kim em US$ 4,6 mil por agressão, mas os promotores não consideraram as acusações de abuso sexual citando a falta de provas. Foi uma quantia irrisória. Mas custou sua carreira. Kim tentou aproveitar o palco oferecido pelo Festival de Berlim para se defender, afirmando que os tapas foram dados como instruções para atuação. Mas, logo em seguida, mais duas atrizes denunciaram abusos ainda piores cometidos pelo diretor. Uma delas disse que Kim exigiu vê-la nua durante um processo “humilhante” de seleção, enquanto a outra contou que Kim e seu ator favorito, Cho Jae-hyeon, a estupraram após convocá-la para um encontro num hotel para “discutir detalhes de um roteiro”. O diretor ainda conseguiu exibir seu último filme, “Din” (2019), no Festival de Cannes, mas não houve interessados para lançá-lo comercialmente. Inconformado, ele tentou processar as atrizes denunciantes. Fracassou. As últimas notícias afirmavam que ele tinha entrado em depressão profunda e não tinha nenhum trabalho em desenvolvimento.
Johnny Depp tenta apelar novamente da sentença de “espancador de esposa”
O ator Johnny Depp está tentando recorrer novamente do veredito que julgou seu caso por difamação contra o jornal britânico The Sun. Em novembro, o juiz Andrew Nicol, do Supremo Tribunal de Londres, considerou que o tabloide tinha razão ao chamá-lo de “espancador de esposa”, após ouvir testemunhos e examinar evidências que o apresentaram como um marido violento de sua ex-esposa Amber Heard. Johnny Depp pediu permissão para recorrer, como exige o sistema judicial britânico, mas o juiz que havia decidido contra ele recusou, alegando que não havia “uma perspectiva razoável de sucesso” na apelação. Desta forma, o ator decidiu recorrer diretamente ao Tribunal de Apelação, segundo documentos judiciais do processo, de acesso público. Este tribunal agora anunciará se permite ou não um segundo julgamento. O julgamento original durou três semanas de julho no Supremo Tribunal de Londres, na presença do ator de 57 anos e sua ex-esposa Amber Heard, de 34, além da advogada de defesa do jornal e seu editor. Em seu veredito, o juiz considerou que as afirmações do jornal eram “substancialmente verdadeiras” porque “a grande maioria das supostas agressões foi comprovada”. Além de perder a causa, Johnny Depp foi ordenado a pagar cerca de 628 mil libras (aproximadamente R$ 4,3 milhões) ao The Sun para cobrir as despesas jurídicas do jornal com o processo. Sem nenhum outro projeto cinematográfico alinhado, o único trabalho previsto de Depp é a divulgação de seu último papel em “Minamata”, que ele completou no ano passado. Mas esse lançamento pode ser engavetado. Não satisfeito em chamar atenção com o julgamento negativo, numa ação que ele próprio iniciou, Depp decidiu se sabotar também quando poderia aproveitar aplausos. Ao receber um prêmio especial por suas realizações do Camerimage, ele concordou em aparecer remotamente dos EUA no festival polonês. A presença virtual foi divulgada na imprensa e o festival agendou a exibição de “Minamata” para encerrar o evento. Mas durante a transmissão do evento, Depp não se materializou nas telas. Em vez disso, enviou uma foto bizarra de si mesmo – com a camisa aberta e o cabelo loiro platinado sob bandanas coloridas – aparentando estar atrás das grades em uma prisão caribenha (veja acima), como se cumprisse pena por um crime que não levava muito a sério. Ao ver a imagem, a MGM cancelou a exibição de “Minamata” no festival. Sem mais trabalhos, seu próximo compromisso, no começo de 2021, será estrelar outro processo judicial, agora num tribunal no estado americano da Virgínia, onde o ator entrou com uma ação contra Amber Heard, querendo uma indenização de US$ 50 milhões por uma coluna no jornal Washington Post em que ela escreveu sobre violência doméstica – sem citar o ex-marido. Depois desta ação, tem ainda uma sequência, aberta pela atriz, que por sua vez decidiu processar Depp pela campanha difamatória que ele move contra ela, pedindo US$ 100 milhões de indenização.
Petição para tirar Amber Heard de Aquaman já tem 1,5 milhão de assinaturas
Os fãs de Johnny Depp odeiam tanto Amber Heard que estão lotando de assinaturas uma petição para forçar a Warner a demiti-la da continuação de “Aquaman”. Quando mais reveses sofre o ator, mais eles consideram a atriz culpada por arruinar sua carreira, fazendo o abaixo-assinado crescer. Nos últimos dias, o documento atingiu 1,5 milhão de assinaturas no site Change.org. Na verdade, a petição é antiga, tem mais de um ano, e só ganhou impulso recentemente, em paralelo à derrota de Depp em seu processo contra o jornal The Sun, que o chamou de “espancador de esposa”, e seu consequente afastamento de “Animais Fantásticos 3” por essa descrição ter se tornada judicialmente apropriada. Entretanto, os argumentos da autora da petição afirmam o oposto. Para Jeanne Larson, que também se identifica como Jeanne Depp, Amber Heard é que “foi denunciada como abusadora doméstica por Johnny Depp”. Ela cita como prova um processo de US$ 50 milhões que Depp está movendo contra a ex-mulher, mas ignora o de US$ 100 milhões que ela lançou em resposta. Diz que “Amber Heard é um agressora doméstica conhecida e comprovada”, mas não fala o mesmo de Depp, que após perder seu processo tornou-se reconhecido na Justiça como tal. O texto peticionário também afirma que “desde o divórcio, ela tem sistematicamente lutado para arruinar Depp em Hollywood, repetindo vários relatos de incidentes falsos em que ela realmente abusou de Johnny Depp, mas mentiu que ele era o agressor”. O argumento derrotado de ator e seu advogado, derrotado na Justiça, foi todo baseado na definição de Amber como mentirosa. Não só isso. O próprio Depp tentou pressionar a Warner a demitir Heard de “Aquaman”. Durante o julgamento, a defesa do jornal The Sun revelou que o ator mandou uma mensagem para sua assistente em 4 de junho de 2016, depois que se separou, dizendo: “Quero que ela seja substituída no filme da WB [Warner Bros]”. Embora tenha dito que não foi responsável pela petição, que surgiu no final de 2019, o ator confirmou seus planos diante do tribunal. “Eu estava me sentindo bastante amargo. Eu disse que queria que ela fosse substituída na sequência de ‘Aquaman'”. Pouco depois dele ter dito isso sob juramento, a petição simplesmente dobrou o número de assinaturas.
Mads Mikkelsen entra no lugar de Johnny Depp em Animais Fantásticos 3
A Warner Bros. oficializou a participação de Mads Mikkelsen (o “Hannibal”) em “Animais Fantásticos 3”. O astro dinamarquês foi escalado como o bruxo Gellert Grindelwald no lugar de Johnny Depp, que o estúdio pressionou a se demitir da produção. Depp desempenhou o papel no final do primeiro filme e dominou o segundo, que foi batizado com o nome de seu personagem, “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald”. Na época, sua escalação gerou controvérsias e levou o tabloide britânico The Sun a questionar a decisão da Warner de trabalhar com um “espancador de esposa”, referindo-se a insinuações existentes na época do divórcio entre o ator e a atriz Amber Heard. Depp não gostou da frase e decidiu processar o jornal. O processo aconteceu neste ano e o ator perdeu. Ele ainda tentou apelar, mas nesta quarta (23/11) teve a tentativa barrada pela justiça britânica por não haver “uma perspectiva razoável de sucesso” em sua causa. O processo, porém, trouxe à tona vários detalhes pouco lisonjeiros da vida privada de Depp, com fotos, gravações e testemunhos de seu comportamento violento e sua relação desregrada com as drogas e o álcool, que levaram o juiz Andrew Nicol a concluir que a afirmação do tabloide era “substancialmente verdadeira”. Sua decisão concluiu: “Eu descobri que a grande maioria dos alegados ataques à Sra. Heard pelo Sr. Depp foram comprovados de acordo com o padrão civil”. Após a sentença, a Warner pediu a Depp para desistir do filme e anunciou que estava procurando um novo ator para substituí-lo. Muitos fãs imaginaram voltar a ver Colin Farrell na franquia. Ele apareceu como um disfarce de Grindelwald no primeiro filme, de 2016, mas está atualmente ocupado com as filmagens de “Batman”, onde vive o Pinguim. “Animais Fantásticos 3” tem roteiro de J.K. Rowling, criadora de “Harry Potter”, que também enfrenta seu próprio problema de relações públicas após assumir postura transfóbicas nas redes sociais. A direção está a cargo de David Yates, veterano da franquia “Harry Potter” que assinou os dois longas anteriores. E o elenco voltará a juntar os intérpretes dos filmes anteriores, incluindo Eddie Redmayne, Jude Law, Katherine Waterston, Dan Fogler, Alison Sudol e Ezra Miller – outro envolvido em polêmica, por suposta agressão a uma fã. Após os últimos desdobramentos, a estreia do longa, que estava programada para 12 de novembro de 2021, foi adiada para 15 de julho de 2022.
Johnny Depp tem apelo negado contra sentença de “espancador de esposa”
Johnny Depp teve negada sua tentativa de apelar de uma decisão judicial dos tribunais britânicos, no processo que deu razão ao jornal The Sun por chamá-lo de “espancador de esposa”. De acordo com o jornal The Times, o juiz responsável pela recusa alegou que não havia “uma perspectiva razoável de sucesso” na apelação. Agora, o ator deve pagar US$ 840,4 mil em custas judiciais ao The Sun por ter perdido sua ação por difamação contra o jornal. Depp processou o tabloide britânico por difamação devido a um texto de agosto de 2018 que, ao comentar sua participação no filme “Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald” descreveu o ator como “espancador de esposa”, devido a seu divórcio tumultuado com a atriz Amber Heard. No início deste mês de novembro, o juiz Andrew Nicol disse que o editor executivo do News Group Newspapers e do jornal The Sun, Dan Wootton, provou que a afirmação do tabloide era “substancialmente verdadeira”. Sua decisão concluiu: “Eu descobri que a grande maioria dos alegados ataques à Sra. Heard pelo Sr. Depp foram comprovados de acordo com o padrão civil”. O que mais pesou em sua decisão foi o testemunho de Heard e as fotos que apresentou. Ela disse que Depp se transformava em um alter ego ciumento, “o monstro”, depois de consumir drogas e álcool, e neste estado ameaçou matá-la com frequência. Ela detalhou surtos de violência extrema em que o ator a teria estrangulado, esmurrado, estapeado, chutado, lhe dado uma cabeçada e lhe atirado objetos. Nicol disse que aceitou 12 dos 14 relatos da atriz como verdadeiros, incluindo a agressão que ela sofreu em sua festa de 30 anos e um outro incidente que a deixou com os olhos roxos. Ele também validou a descrição de Heard de um período de três dias de tortura, com “ataques contínuos e múltiplos”, enquanto eles estavam na Austrália. A equipe de Depp havia dito na época que apelaria da decisão. “A sentença é tão falha que seria ridículo para Depp não apelar desta decisão”, disse a defesa do ator em um comunicado. Durante o julgamento, que durou semanas, Depp admitiu ter problemas de vício em drogas e álcool, mas insistiu que as alegações do tabloide sobre seu comportamento violento em relação a Heard eram “completamente falsas”. Mesmo assim, ao ser confrontado com uma gravação em que admitia ter dado uma cabeçada na ex-esposa, confirmou que isso aconteceu, mas não da forma descrita. Os dois atores se conheceram no set do filme “Diário de um Jornalista Bêbado” (2011) e começaram a morar juntos em 2012, antes de se casarem em Los Angeles em fevereiro de 2015. Eles se separaram em 2016 e Heard doou tudo o que recebeu no acordo do divórcio a instituições beneficentes. Mas a separação não encerrou o caso, porque Depp não aceita qualquer insinuação de que tenha sido violento, apesar da atriz ter aparecido com olho roxo e sofrer uma crise de choro, sem conseguir depor, durante o processo de divórcio. O problema é que processar o jornal só piorou sua imagem e agora o ator é oficialmente um “espancador de esposa”, assim declarado por um tribunal do Reino Unido. Por conta disso, Depp virou um pesadelo de relações públicas, levando a Warner a pressioná-lo para que se demitisse do filme que estava fazendo, o terceiro longa da franquia “Animais Fantásticos”. Sem nenhum outro projeto cinematográfico alinhado, seu único trabalho previsto é a divulgação de seu último papel em “Minamata”, que ele completou no ano passado. Fora isso, seu próximo compromisso, no começo de 2021, será estrelar outro processo judicial, agora num tribunal no estado americano da Virgínia, onde o ator entrou com uma ação contra Amber Heard, querendo uma indenização de US$ 50 milhões por uma coluna no jornal Washington Post em que ela escreveu sobre violência doméstica – sem citar o ex-marido. Depois desta ação, tem ainda uma sequência, aberta pela atriz, que por sua vez decidiu processar Depp pela campanha difamatória que ele move contra ela, pedindo US$ 100 milhões de indenização.
Johnny Depp debocha de sua situação com foto de troféu atrás das grades
Johnny Depp resolveu debochar da situação em que se encontra. Recentemente, ele perdeu um processo de difamação e passou ser considerado judicialmente um “espancador de esposa”, o que o fez ser demitido de “Animais Fantásticos 3” no começo das filmagens, numa tentativa da Warner para conter a publicidade negativa trazida por sua associação com o ator. Rotulado como autor de violência doméstica, Depp não tem contrato para nenhum trabalho novo, mas acaba de ser premiado por seu último papel filmado. No fim de semana, recebeu um troféu do festival Camerimage como “ator com sensibilidade visual única” por sua atuação no drama “Minamata”, em que vive o premiado fotojornalista W. Eugene Smith (1918 – 1978). A organização do evento polonês publicou uma foto do ator nas redes sociais, em que ele aparece com o troféu nas mãos, posando sorridente com a honraria… atrás das grades! A foto foi tirada nas Bahamas, onde Depp se encontra no momento, e teve péssima repercussão nas redes sociais, onde muitos a consideram um deboche, diante das acusações sérias que o envolvem. Seu próximo compromisso, no começo de 2021, será estrelar outro processo judicial, agora num tribunal no estado americano da Virgínia, onde o próprio ator entrou com uma ação contra a ex, Amber Heard, querendo uma indenização de US$ 50 milhões por uma coluna no jornal Washington Post em que ela escreveu sobre violência doméstica – sem citar o ex-marido. Depois desta ação, tem a sequência, aberta pela atriz, que também decidiu abrir processo contra Depp, pedindo US$ 100 milhões pela campanha de difamação judiciária que ele move contra ela. Com estes dois julgamentos pairando sobre o futuro do ator, ele brinca com a imagem de uma prisão. Vale lembrar que todos esses julgamentos são civis e não têm implicação penal, apenas financeira. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por EnergaCAMERIMAGE (@camerimage.festival)
Petição de fãs de Johnny Depp tenta tirar Amber Heard de Aquaman 2
Os fãs de Johnny Depp elegeram a ex-mulher do ator, Amber Heard, que um tribunal de Londres considerou vítima de agressão constante durante o período de casamento, como alvo de uma campanha de ódio na internet. Uma antiga petição aberta no site Change.org está experimentando um surto de popularidade repentina, passando a reunir mais de 1,3 milhão de assinaturas para tentar forçar a Warner a demitir a atriz da continuação de “Aquaman”. O ressurgimento sugere uma retaliação pelo afastamento de Johnny Depp de “Animais Fantásticos 3”. Na justificativa, a petição demonstra como ficou datada, ao afirmar o oposto da sentença proferida pelo juiz Andrew Nicol. Há duas semanas, Nicol concordou com a afirmação do jornal britânico The Sun de que Johnny Depp é um “espancador de esposa”, diante de evidências apresentadas num tribunal. Entretanto, os argumentos da petição afirmam o oposto. Amber Heard é que “foi denunciada como abusadora doméstica por Johnny Depp”. Eles citam como prova um processo de US$ 50 milhões que Depp está movendo contra a ex-mulher, mas ignoram o de US$ 100 milhões que ela lançou em resposta. Dizem que “Amber Heard é um agressora doméstica conhecida e comprovada”, mas não falam o mesmo de Depp, que agora é reconhecido na Justiça como tal. O texto peticionário também afirma que “desde o divórcio, ela tem sistematicamente lutado para arruinar Depp em Hollywood, repetindo vários relatos de incidentes falsos em que ela realmente abusou de Johnny Depp, mas mentiu que ele era o agressor”. Em seu veredito, Nicol ouviu toda essa ladainha e decidiu que as alegações de agressão de Depp contra Heard, mencionadas pelo The Sun e reiteradas pela atriz na corte, eram “substancialmente verdadeiras”. O que mais pesou nesta decisão foram os testemunhos, gravações, documentos e fotos que Heard e a advogada do jornal apresentaram. A atriz disse que Depp se transformava em um alter ego ciumento, “o monstro”, depois de consumir drogas e álcool, e neste estado ameaçou matá-la com frequência. Ela detalhou surtos de violência extrema em que o ator a teria estrangulado, esmurrado, estapeado, chutado, lhe dado uma cabeçada e lhe atirado objetos. Uma das gravações trazia Depp confessando uma cabeçada. Nicol disse que aceitou 12 dos 14 relatos da atriz como verdadeiros, incluindo a agressão que ela sofreu em sua festa de 30 anos e um outro incidente que a deixou com os olhos roxos. Ele também validou a descrição de Heard de um período de três dias de tortura, com “ataques contínuos e múltiplos”, enquanto eles estavam na Austrália para as filmagens de “Piratas do Caribe 5”. Depp também depôs diante do juiz Andrew Nicol durante a audiência de três semanas na Alta Corte de Londres, expondo alguns dos momentos mais sombrios de seu casamento de curta duração para o tribunal – e o mundo. O argumento do ator e seu advogado foi todo baseado na definição de Amber como mentirosa. Não só isso. Ela também seria uma esposa infiel. Em outras palavras, chamaram a atriz de “vadia mentirosa”. É este mesmo argumento machista que é reiterado pela petição, com 1,3 milhão de pessoas assinando embaixo. Mas é importante lembrar que esta petição não começou agora. Ela já vem tentando tirar Amber Heard de “Aquaman” há mais de um ano e surgiu após o próprio Depp tentar a mesma iniciativa. Durante o julgamento, a defesa do jornal The Sun revelou que o ator mandou uma mensagem para sua assistente em 4 de junho de 2016, depois que se separou, dizendo: “Quero que ela seja substituída no filme da WB [Warner Bros]”. Embora tenha dito que não foi responsável pela petição, que surgiu no final de 2019, o ator confirmou seus planos diante do tribunal. “Eu estava me sentindo bastante amargo. Eu disse que queria que ela fosse substituída na sequência de ‘Aquaman'”. Uma semana depois de ele ser demitido de “Animais Fantásticos 3”, a petição simplesmente dobrou o número de assinaturas.
Cadu Barcellos (1986 – 2020)
Morto a facadas durante um assalto, na madrugada desta quarta-feira (11/11), o diretor Cadu Barcellos, de 34 anos, era um exemplo de superação para a juventude das comunidades pobres do Rio Aos 23, ele foi um dos cinco jovens cineastas aspirantes selecionados para dirigir episódios da antologia “5x Favela, Agora por Nós Mesmos” em 2009. O filme era uma atualização da antologia clássica do Cinema Novo “Cinco Vezes Favela”, originalmente dirigida por diretores iniciantes que se transformaram em grandes cineastas brasileiros. Cacá Diegues, que estreou em longa no filme de 1962, foi o produtor do projeto, que inclui apenas equipes de comunidades pobres, registrando seus cotidianos. Ele já trabalhava no setor audiovisual antes de ser “descoberto”, produzindo vídeos independentes desde a adolescência. Com 17 anos, já participava de cursos de internet e audiovisual em ONGs do Rio. Formado pela Escola Popular de Comunicação Critica (ESPOCC), projeto do Observatório de Favelas, virou oficialmente diretor aos 20 com o curta-metragem “Feira da Teixeira” (2006). No ano seguinte, assinou o programa “Crônicas da Cidade”, do Canal Futura. Barcellos foi selecionado por Diegues pela experiência precoce e por se destacar em oficinas dedicadas ao cinema nas comunidades do Rio de Janeiro. O diretor afirmou ao jornal O Globo que Cadu foi um de seus melhores alunos. “Quando nós resolvemos produzir ‘5x Favela, Agora por Nós Mesmos’ apenas com moradores de favela, um dos destaques que nós tivemos logo foi o Cadu Barcellos. Ele era tão inteligente, tão bem-humorado, tão talentoso, que nós demos a ele um dos episódios”, disse Diegues ao Globo. “Isso me deixa muito mal por ele, que foi uma pessoa que conheci muito, que foi muito meu amigo, como também pelo Rio de Janeiro que tá uma cidade impossível de se viver”, afirmou. Após “5x Favela” ser exibido no Festival de Cannes e ganhar o prêmio do público no Festival de Paulínia, o jovem deu sequência à carreira de diretor e roteirista com a série “Mais X Favela”. Ele escreveu 13 episódios e dirigiu três capítulos das duas temporadas da atração, exibida entre 2011 e 2014 no Multishow. Também escreveu e dirigiu o documentário “5x Pacificação” (2012) sobre a implementação das UPPs (Unidades de Polícia Pacificadora) nos morros do Rio, participou do roteiro de “Favela Gay” (2014) e foi diretor assistente de “Rio de Fé” (2013), documentário assinado por Cacá Diegues. Paralelamente, ajudou a lançar o Maré Vive, um canal de mídia comunitária feito de forma colaborativa por moradores do Complexo da Maré, e coordenou o projeto Jpeg, na ONG Promundo, em que liderava um grupo de jovens que promovia ações ligadas à saúde e à igualdade de gênero. Também foi dançarino e participou do Corpo de Dança da Maré, dirigido pelo coreógrafo Ivaldo Bertazzo, com espetáculos que rodaram o país, nos quais dançou por três anos. Em 2020, o profissional multitalentoso entrou para a equipe do Porta dos Fundos. Ele foi contratado como assistente de direção do programa “Greg News”, apresentado por Gregorio Duvivier e exibido pela HBO. Em seu perfil no Twitter, Duvivier afirmou que Barcellos era uma das melhores pessoas que já conheceu. “Um ser humano bom. Brilhante. Família. A morte do Cadu Barcellos deixa um buraco do tamanho do mundo.” Em nota, a equipe do Porta dos Fundos também ressaltou o talento do cineasta e disse que espera por justiça. “Hoje, nós do Porta dos Fundos acordamos profundamente tristes com a notícia do falecimento de Cadu Barcellos, um profissional amável, gentil, talentoso e dedicado, que trabalhou com a gente como assistente de direção na temporada de 2020 do programa “Greg News” (HBO). Aguardamos a apuração dessa tragédia e esperamos pela justiça, cientes de que nada pode reparar a perda da vida de uma pessoa tão jovem e querida.” O cineasta deixa a esposa e um filho de dois anos.
Cineasta Cadu Barcellos é assassinado à facadas no Rio
O cineasta Cadu Barcellos, de 34 anos, foi morto a facadas no centro do Rio, na madrugada desta quarta-feira (11/11). O crime aconteceu na Avenida Presidente Vargas, esquina com a Rua Uruguaiana. Ele estava no local após deixar a Pedra do Sal, no Santo Cristo, com uma amiga, que seguia para a Zona Sul em um carro de aplicativo. O assassinato aconteceu por volta das 3h30 em uma suposta tentativa de assalto. Ele chegou a ser visto gritando por socorro, mas não resistiu, tendo morrido ao caminhar alguns metros e cair. Policiais do 5º BPM (Praça da Harmonia) foram acionados, mas já o encontraram no chão. Desde os 17 anos no setor audiovisual, ele trabalhava na produtora Porta dos Fundos, no programa “Greg News” e dirigiu um curta da antologia “5x Favela, Agora por Nós Mesmos”, exibida no Festival de Cannes em 2010 (clique aqui para saber mais sobre a carreira e os multitalentos de Barcellos). Segundo o amigo William Oliveira, “Cadu foi assassinado possivelmente por conta de um celular, um Riocard e um punhado de reais”. O cineasta deixa a esposa e um filho de dois anos.
Mads Mikkelsen negocia substituir Johnny Depp em Animais Fantásticos 3
A Warner Bros. abriu negociações com o ator dinamarquês Mads Mikkelsen (“Hannibal”) para substituir Johnny Depp na franquia “Animais Fantásticos”. O ator viveria o vilão Gellert Grindelwald no terceiro filme e, caso a produção tenha boa bilheteria, em mais dois longas escritos por J.K. Rowling, a criadora de “Harry Potter”. Depp foi forçado pelo estúdio a pedir demissão após perder uma batalha judicial contra o jornal britânico The Sun, que o descreveu como “espancador de esposa”. O ator processou o jornal para refutar a afirmação, mas o julgamento serviu apenas para piorar a situação, trazendo à tona detalhes desabonadores de seu comportamento durante o casamento com Amber Heard. Ao final, o juiz do caso concordou com a publicação, aceitando 12 dos 14 relatos da ex-esposa de Depp como verdadeiros, incluindo a agressão que ela sofreu em sua festa de 30 anos e um outro incidente que a deixou com os olhos roxos. Ele também validou a descrição de Heard de um período de três dias de tortura, com “ataques contínuos e múltiplos”, enquanto o casal estava na Austrália para as filmagens do quinto “Piratas do Caribe”. O ator diz que vai recorrer da sentença para limpar seu nome. Os fãs de “Animais Fantásticos” esperavam que Depp fosse substituído por Colin Farrell, intérprete de um disfarce de Grindelwald em “Animais Fantásticos e Onde Habitam” (2016). Mas Farrell está atualmente envolvido em outra produção da Warner: o novo filme de “Batman”, em que vive o vilão Pinguim. As filmagens do terceiro longa começaram em 20 de setembro em Londres com direção de David Yates, veterano da franquia “Harry Potter”, que assinou os dois longas anteriores. Após a troca de antagonista e os atrasos na produção, devido à pandemia de coronavírus, os planos para a estreia foram alterados, culminando num adiamento para 15 de julho de 2022 nos EUA.
Após demissão de Johnny Depp, Animais Fantásticos 3 é adiado para 2022
A Warner anunciou o adiamento de “Animais Fantásticos 3”, após forçar Johnny Depp a desistir de sua participação no filme. A estreia do longa estava programada para 12 de novembro de 2021, mas agora o longa só chegará aos cinemas dos EUA em 15 de julho de 2022. Embora as filmagens já tenham começado no Reino Unido, o estúdio iniciou contatos para substituir Depp no papel do vilão Gellert Grindelwald – que os fãs apostam começar por Colin Farrell, intérprete de um disfarce de Grindelwald em “Animais Fantásticos e Onde Habitam” (2016). Mesmo com sua saída da produção, Johnny Depp deve receber mais de US$ 10 milhões por “Animais Fantásticos 3”, por seu contrato ter uma cláusula de play-or-pay, que garante o pagamento de seu salário integral quer o filme seja feito ou não. Segundo o site The Hollywood Reporter, a decisão de afastar Depp partiu de Toby Emmerich, presidente da Warner Bros., que interviu na produção após o veredito negativo do processo aberto pelo ator contra o jornal The Sun. Depp quis refutar a afirmação de que ele seria um “espancador de esposa”, mas o juiz do caso concordou com o jornal britânico, aceitando 12 dos 14 relatos da ex-esposa do ator, Amber Heard, como verdadeiros, incluindo a agressão que ela sofreu em sua festa de 30 anos e um outro incidente que a deixou com os olhos roxos. Ele também validou a descrição de Heard de um período de três dias de tortura, com “ataques contínuos e múltiplos”, enquanto o casal estava na Austrália para as filmagens do quinto “Piratas do Caribe”. Agora um “espancador de esposa” oficial, Depp se tornou um pesadelo de relações públicas para o estúdio, que ainda precisa lidar com o fato de a escritora J.K. Rowling, responsável pelas histórias da franquia “Animais Fantásticos”, enfrentar cancelamento nas redes sociais por posições assumidamente transfóbicas. Até o ator Eddie Redmayne, protagonista de “Animais Fantásticos”, perdeu fãs ao defender a escritora. A direção de “Animais Fantásticos 3” está a cargo de David Yates, veterano da franquia “Harry Potter” que assinou os dois longas anteriores.









