Canal americano e plataforma de streaming Epix vira MGM+
O canal pago americano e serviço de streaming Epix vai se chamar MGM+. Anunciada nesta quarta (28/9), a mudança serve como forma de alinhar a marca à seu dono, MGM, depois que o estúdio comprou o Epix em 2017 pelo valor de US$ 1 bilhão, e segue a tendência – vislumbrada neste mesmo dia com a transformação da Starzplay em Lionsgate+ – de plataformas com nomes de estúdios seguidos pelo sinal de “plus”. Apesar da mudança, o streaming da nova MGM+ vai continuar a operar nos EUA por meio do serviço Prime Video (uma vez que a MGM foi comprada pela Amazon no ano passado). A Amazon já oferece a assinatura da MGM dentro de seu pacote de “canais” de streaming no Brasil. Esse canal deve passar a adotar a nova nomenclatura, MGM+, e incluir algumas novidades da programação do Epix. A mudança de nome passará a valer a partir de 15 de janeiro, mesmo dia da estreia da 3ª temporada da série “Godfather of Harlem”, produção original do Epix/MGM+. Outras séries exclusivas do serviço incluem “Billy the Kid”, “From”, “Rogue Heroes” e “Belgravia”. “A MGM é uma das marcas mais icônicas e amadas da era de ouro do entretenimento”, disse Michael Wright, chefe da MGM+. “Esta nova marca é uma promessa para os espectadores novos e existentes de que a MGM+ será o lugar para encontrar a televisão que reflete e celebra o legado da icônica marca MGM. Uma programação cinematográfica com narrativa sofisticada que diverte, encanta, surpreende e transporta. A MGM é a televisão para os amantes do cinema.” A mudança será acompanhada por novas produções do serviço, como a série “Hotel Cocaine”, criada por Chris Brancato (“Godfather of Harlem”), um thriller policial ambientado no início dos anos 1980, que deve estrear em 2023. Outra novidade foi o anúncio da 2ª temporada de “Belgravia”. Intitulada “Belgravia: The Next Chapter”, a temporada vai se passar em 1865, 25 anos após os eventos mostrados anteriormente, e vai acompanhar a história de Frederick Trenchard e seu novo interesse amoroso, Clara Dunn. Entre as produções de não-ficção, serão realizados um documentário sobre os assassinatos da casa mal-assombrada de Amityville, que inspiraram uma famosa franquia de terror, e outro sobre a cena musical psicodélica de São Francisco entre 1965 e 1975 – este último terá produção da Amblin, de Steven Spielberg. Além disso, a MGM+ contará com o catálogo da MGM, incluindo as franquias “James Bond” e “Rocky”, além de filmes elogiados como “O Silêncio dos Inocentes” (1991), “Casa Gucci” (2021) e “Licorice Pizza” (2021), entre muitos outros. Nos EUA, o canal Epix também opera uma rede de canais alternativos e streamings, que serão todos renomeados para refletir o foco na MGM. O Epix 2 se tornará MGM+ Hits, o Epix Hits se tornará MGM+ Marquee, e o Epix Drive-In vai se chamar MGM+ Drive-In.
Plataforma de streaming Starzplay vira Lionsgate+
O estúdio Lionsgate, dono do canal pago Starz e da plataforma Starzplay, anunciou nesta quarta (28/9) que seu serviço de streaming mudou de nome. A Starzplay passa a partir de agora a se chamar Lionsgate+, refletindo a tendência de Hollywood de batizar seus streamings com o nome do estúdio seguido pelo símbolo de “plus”. É o que acontece, por exemplo, com a Disney+. A ironia é que a Lionsgate chegou a travar uma briga jurídica com a Disney no Brasil para impedir que a empresa batizasse seu segundo serviço de Star+, alegando semelhança de nomes. Chegou a vencer na Justiça, travando a campanha de lançamento da Star+, o que forçou a Disney a fechar um acordo extrajudicial em agosto do ano passado, no valor de R$ 50 milhões, para estrear a plataforma no país. Agora, R$ 50 milhões mais rica, a Starzplay simplesmente decidiu mudar de nome. A iniciativa, porém, é mundial. Além do Brasil, a plataforma vai virar Lionsgate+ em 34 países da América Latina, Europa e Ásia. “Operar internacionalmente sob o Lionsgate+ traz uma identidade distinta e diferenciada em um mercado internacional cada vez mais concorrido e se baseia no valor da marca no nome Lionsgate, que nossa extensa pesquisa provou ser forte em todo o mundo. Mesmo com a separação da Starz e do negócio de estúdios da Lionsgate, a marca Lionsgate continuará sendo valiosa para o sucesso contínuo de nossa plataforma internacional”, disse Jeffrey Hirsch, presidente e CEO da Starz, em comunicado à imprensa. A menção à separação da Starz se deve à intenção da Lionsgate de vender o canal pago americano e até o próprio estúdio, mas separadamente. Por isso, o ato de rebatizar a plataforma sugere que o estúdio pretende manter o streaming, caso venda o canal. Por outro lado, isto também dificulta a venda do Starz e deixa indefinido, para possíveis interessados na aquisição, se a plataforma está atrelada ao estúdio ou ao canal, porque nos EUA a Starzplay não mudou de nome. O agora Lionsgate+ internacional tem diversas séries originais exclusivas, como a franquia “Power”, “The Great”, “The Girl From Plainville”, “Gangs of London” e “The Serpent Queen”, entre muitas outras. A assinatura do streaming custa R$ 14,90 por mês no Brasil e também pode ser adquirida em combos de TV por assinatura ou de outras plataformas de streaming, como o Prime Video, Globoplay e Star+. Confira abaixo o vídeo que anuncia a mudança de nome.
Netflix comemora 25 anos de atividade
A Netflix está completando 25 anos. Fundada em 29 de agosto de 1997 por Reed Hastings e Marc Randolph, a Netflix surgiu como um serviço de locação e compras de filmes pelo correio, bem antes de virar a plataforma líder do streaming mundial. Para marcar a data, a empresa divulgou um vídeo em tom nostálgico, que registra sua evolução desde a época em que entregava DVDs pelo correio. O vídeo também destaca a diversidade de suas produções originais, como as séries “Orange Is the New Black”, “Stranger Things” e “Round 6”. Segundo a lenda, a ideia para o serviço surgiu quando Hastings recebeu uma multa de US$ 40 pelo atraso na devolução do filme “Apollo 13” (1995) que ele havia alugado na locadora Blockbuster. Ele passou a imaginar, então, um modelo de negócios em que não haveriam multas por atraso de devolução. Em busca de patrocínio, ele e o sócio conseguiram um capital inicial de US$ 1,9 milhões para lançar o que, a princípio, seria apenas uma loja online para compra e aluguel de filmes. Mas o modelo não gerava lucro. Os DVDs eram caros, os custos com correios muito altos e o retorno era mínimo. Os fundadores chegaram a considerar a possibilidade de vender a Netflix para a Amazon – e para a própria Blockbuster – , mas resolveram insistir com outra ideia: um serviço com mensalidades fixas. Foi o que salvou a empresa, atraindo mais de 200 mil assinantes. Em 2002, o número de assinantes ultrapassou os 600 mil e, com os avanços em velocidade e a queda na instabilidade da internet, o serviço de streaming foi introduzido em 2010. Isso possibilitou um crescimento astronômico. Um ano após virar serviço de streaming, o número de assinantes da Neflix nos EUA chegou aos 20 milhões. Com o lançamento de “Lilyhammer” em 2012, a plataforma deu outro passo, iniciando a exibição de conteúdos exclusivos e originais. Logo aconteceu a expansão para outros países. E, durante uma década, a Netflix dominou sozinha o mercado de streaming, tornando-se sinônimo de filmes vistos na internet. Foi só recentemente que a empresa começou a perder o seu reinado, com perda de quase 1 milhão de usuários no trimestre passado. Confira o vídeo comemorativo.
Audiência do streaming em aparelhos de TV ultrapassa canais pagos nos EUA
A audiência dos serviços de streaming superou pela primeira vez o público total dos canais pagos nos aparelhos de televisão dos EUA. Segundo uma pesquisa realizada pelo instituto Nielsen, o consumo de streaming representou 34,8% do total de conteúdos audiovisuais no mês de julho, enquanto a TV paga e a TV aberta ficaram, respectivamente, com 34,4% e 21,6%, respectivamente. As comparações feitas pelo Nielsen incluem apenas programação assistida em aparelhos de TVs e em Smart TVs. Ela não leva em consideração o streaming em dispositivos móveis (como celulares e tablets) ou na web. Caso contabilizasse esses números, a diferença seria muito, mas muito maior. O desempenho de julho não foi o primeiro em que o streaming teve mais público que a TV aberta. Mas, até então, as plataformas nunca tinham vencido a TV paga nos EUA. A Netflix foi o serviço com a maior participação dentre o número geral de visualizações, com um recorde de 8,0%. Parte desse sucesso se deu pelos quase 18 bilhões de minutos de exibição da 4ª temporada de “Stranger Things”, somados aos 11 bilhões de minutos acumulados pelas séries “Virgin River” e “The Umbrella Academy”. Entre os filmes, os mais vistos foram “A Fera do Mar” e “Agente Oculto”, com mais de 5 bilhões de minutos assistidos. A Nielsen tem como base de medição minutos e não horas vislumbradas. A segunda plataforma de maior sucesso foi o YouTube, com 7,3% de todo o público, mais do que o dobro da terceira colocada, a Hulu, com 3,6%. O bom posicionamento da Hulu se deu, em parte, pelas sucessos da 2ª temporada de “Only Murders in the Building” e a estreia de “The Bear”, que juntos tiveram mais de 3 bilhões de minutos assistidos. O Prime Video ficou com 3% das exibições, seguido por 1,8% da Disney+ e 1% da HBO Max. Outros serviços de streaming somados totalizaram mais 10,2% de toda a exibição. Os números reforçam o poder de retenção de público da Netflix, além de demonstrarem que os números de assinantes da Disney+ não se refletem no consumo dos seus conteúdos. Faz sentido, já que é uma das plataformas com menos atrações originais. No geral, o consumo de streaming em julho aumentou 3,2% em comparação ao mês anterior e ganhou 1,1 ponto de participação. O tempo gasto em streaming em julho foi em média de quase 191 bilhões de minutos por semana, e cada uma das cinco medições semanais feitas em julho agora representam cinco das seis semanas de maior audiência de streaming já registradas. A visualização da TV paga, por sua vez, caiu 2% em julho, e os pontos de participação, na comparação com junho, também caíam 0,7. Essa queda é constante. Ano após ano, o consumo de TV paga caiu 8,9% e 3,3 pontos de participação. A exibição de esportes registrou o maior declínio, caindo 15,4% em relação a junho e 34% em relação a um ano atrás, quando os Jogos Olímpicos de Tóquio começaram. Isto coincide com o avanço do streaming sobre os direitos de transmissões esportivas. Enquanto isso, a exibição de TV aberta caiu 3,7% em julho, em relação a junho, e representou uma perda de 0,8 ponto de participação. Mas vale lembrar que a TV aberta americana costuma pausar a produção de novos conteúdos nessa época do ano, retomando-os no início da temporada de outono, que começa em setembro.
Starzplay cresce mais que a concorrência no trimestre
A Lionsgate revelou nesta quinta (4/8), durante seu relatório de desempenho trimestral para o mercado, que a plataforma de streaming Starzplay atingiu 26,3 milhões de assinantes globais. Isso representa um crescimento de 1,8 milhão de assinantes em comparação com o último levantamento e um aumento de 57% em relação à média de assinantes do ano passado. Além disso, a Starzplay superou a Discovery+ em assinaturas, demonstrando ter condições de brigar com empresas com muito mais poder de investimento num mercado cada vez mais competitivo como o streaming. E cresceu mais que a HBO Max e a Discovery+ combinadas no trimestre. “Temos o prazer de relatar um forte crescimento global de assinantes de streaming no Starz, outro desempenho de destaque de nosso Grupo de Televisão e as principais métricas financeiras alinhadas às expectativas”, disse Jon Feltheimer, CEO da Lionsgate . “Embora estejamos navegando em um ambiente econômico incerto, continuamos a executar com sucesso nossa missão principal: preencher nossos canais de filmes, televisão e streaming com conteúdo premium que cria valor de longo prazo para nossos consumidores, parceiros e acionistas”. Os analistas viram os bons números como propaganda de venda. Wall Street tem sido informada por “fontes” de que a Lionsgate se prepara para desmembrar a Starz e transformar o canal pago e sua plataforma numa empresa distinta, visando permitir a investidores avaliarem os ativos de TV e de cinema da empresa de forma separada. A receita geral da Lionsgate no trimestre, entretanto, registrou queda. Foi de US$ 893,9 milhões, um pouco abaixo do resultado atingido no mesmo período no ano passado, quando somou US$ 901,2 milhões. O estúdio também ampliou seu prejuízo líquido trimestral, chegando a US$ 119 milhões negativos, mais que o dobro do prejuízo de US$ 45,4 milhões do ano anterior. As fontes de renda de mídia do estúdio, que correspondem principalmente à arrecadação publicitária da Starz, chegou a US$ 381,2 milhões, um pouco abaixo dos US$ 382,3 milhões do ano anterior. Mas isso foi compensado pela arrecadação da Starzplay, que subiu para US$ 31,6 milhões com pagamentos por assinaturas durante o último trimestre, em comparação aos US$ 24,1 milhões do mesmo período em 2022. Além disso, a receita com produção de TV aumentou acentuadamente, atingindo US$ 423,3 milhões contra US$ 386,1 milhões no ano anterior, devido à maior entrega de conteúdo para terceiros, como a Netflix.
Warner Bros. Discovery anuncia fusão da HBO Max e Discovery+ para 2023
A apresentação dos primeiros resultados trimestrais da Warner Bros. Discovery ao mercado nesta quinta (4/8) confirmou os planos de unificação dos serviços de streaming HBO Max e Discovery+, refletindo a forma como a nova empresa foi formada no início do ano – a partir da junção da antiga WarnerMedia e da Discovery. O novo serviço unificado entrará em funcionamento daqui a um ano, entre junho e agosto de 2023 (temporada de verão nos EUA), informou JB Perrette, CEO e presidente de streaming global e interativo da Warner Bros. Discovery, falando na teleconferência da empresa. A empresa não anunciou qual será o novo nome da plataforma que juntará HBO Max e Discovery+, mas adiantou que o novo serviço será lançado em duas versões: com e sem anúncios, que terão preços diferentes – ainda não informados. Na projeção apresentada para o novo serviço, a WBD disse esperar ter 130 milhões de assinantes globais até 2025, que gerarão US$ 1 bilhão em lucro para a companhia. Perrette disse que a empresa também espera que as perdas ocasionadas pelo investimento na divisão de streaming atinjam seu pico em 2022, mas que em três anos a tendência se reverterá. Já refletindo o viés de unificação, o conglomerado optou por não revelar números individuais de assinantes conquistados por suas plataformas no trimestre, o primeiro sob a nova administração. Em vez disso, anunciou uma soma geral das duas, que teriam 92,1 milhões de assinantes entre si. O número é enigmático. No trimestre passado, a AT&T, antiga proprietária da WarnerMedia, revelou que a HBO Max tinha 76,8 milhões de assinantes. Já os donos originais da Discovery+ anunciaram 24 milhões de consumidores no mesmo período. Assim, a progressão trimestral aponta que houve uma diminuição de 8,7 milhões entre os dois serviços. A WBD, porém, ressalta que, por decisão própria, decidiu não considerar 10 milhões de assinantes que ganharam acesso a um dos serviços numa parceria promocional com a AT&T. Isto é, que ganharam a assinatura como bônus na aquisição de pacotes de internet com a empresa telefônica. Considerando esses 10 milhões, a empresa teria adicionado mais de 1 milhão de assinantes no segundo trimestre. Entretanto, as duas plataformas perderam 300 mil assinantes nos EUA, caindo de 53,3 milhões no primeiro trimestre para 53,0 milhões no novo levantamento. Vale apontar ainda que os números individuais da Discovery+, divulgados no começo do ano, foram ultrapassados pelos da Starzplay neste trimestre, transformando a plataforma da WBD na menos buscada por assinantes entre os serviços considerados de maior porte. Isto, mesmo sendo uma das assinaturas mais baratas disponíveis. Além da soma de números, a WBD deu início a combinações de conteúdo que já começam a aproximar os dois serviços. Dentro desta iniciativa, houve o anúncio de que a HBO Max começará a contar com alguns programas da Discovery+. Inicialmente, foram confirmadas a inclusão de produções da Magnolia Network – realities como “Do Velho ao Novo” (Fixer Upper) e “The Lost Kitchen”, entre outros – no catálogo da plataforma mais bem-sucedida da empresa. Ao mesmo tempo, a Discovery+ acrescentará as produções do cancelado serviço de streaming CNN+, passando a disponibilizar vários programas jornalísticos da rede de notícias e produções originais em sua programação, incluindo uma variedade de documentários de “true crime” (crimes reais). Em termos financeiros, a WBD revelou ter conquistado uma receita pró-forma de mais de US$ 9,82 bilhões durante o período, uma queda de 1% em relação ao mesmo período do ano anterior. Mas reportou um prejuízo líquido de mais de US$ 3,41 bilhões, devido a mais de US$ 2 bilhões em amortização de vários ativos, mais de US$ 1 bilhão em reestruturação e outros encargos e US$ 983 milhões em despesas relacionadas à fusão. O segmento mais lucrativo foi o dos estúdios de cinema e TV, que registrou receita de mais de US$ 2,79 bilhões em bilheteria e pagamentos por produções, um aumento de 3%. Este desempenho foi seguido pelas redes de TV da empresa, que viram a receita subir 1%, para US$ 5,74 bilhões, impulsionadas por um aumento de 2% na publicidade, graças principalmente à exibições de esportes.
James Gunn garante que “Pacificador” não foi cancelado
O cineasta James Gunn usou o Twitter para acalmar os fãs e garantir que 2ª temporada de “Pacificador” está garantida. “A segunda temporada de Pacificador está segura?”, perguntou um fã na rede social. “Sim, gente. Calma”, respondeu Gunn. Por se tratar de um produto original da HBO Max, os fãs estão claramente preocupados com o destino da série. Não é uma preocupação à toa, porque produções exclusivas da HBO Max sumiram da plataforma na quarta-feira (3/8), um dia depois do cancelamento da estreia do filme “Batgirl” – que foi engavetado, mesmo já tendo sido todo filmado. Com boatos sobre o fim da plataforma circulando nas redes sociais e o silêncio completo da empresa sobre o assunto, as atenções agora se voltam para a apresentação dos relatórios de desempenho financeiro do primeiro trimestre da Warner Bros. Discovery, que vai acontecer nesta quinta-feira (4/8), quando se espera que o CEO David Zaslav aborde o destino do serviço de streaming. Sabe-se que Zaslav, que veio da Discovery para assumir a Warner Bros. Discovery, pretende unir as plataformas HBO Max e Discovery+ num único serviço, com o objetivo de economizar US$ 3 bilhões em custos com cargos redundantes – ou seja, o anúncio será acompanhado por uma grande leva de demissões. Mas os detalhes estão sendo mantidos em sigilo até o pronunciamento oficial, que já demora a acontecer e leva os assinantes da HBO Max ao desespero. Na ausência de porta-vozes oficiais, está cabendo a cineastas, como Gunn, acalmar o público. Yes, guys, calm down. — James Gunn (@JamesGunn) August 2, 2022
HBO Max em crise: Filmes somem e boatos de fim da plataforma se espalham
Além de cancelar “Batgirl” e um novo longa animado do “Scooby-Doo”, a nova diretriz claramente anti-streaming da Warner Bros. Discovery começou a fazer filmes sumirem da HBO Max. Nesta quarta (3/8), seis produções lançadas sob a denominação Max Originals desapareceram do catálogo da plataforma em todo o mundo. Um desses filmes é um título bastante popular: a fantasia infantil “Convenção das Bruxas”, estrelada por Anne Hathaway. Na verdade, a atriz sofreu duplamente, já que sua comédia de ação “Confinamento” também sumiu. Os demais desaparecidos são “Nossos Sonhos de Marte”, um romance adolescente estrelado por Cole Sprouse, de “Riverdale, as comédias “Um Pepino Americano”, dirigida e estrelada por Seth Rogen, e “Superinteligência”, com Melissa McCarhty, além de “Charm City Kings”, do diretor Angel Manuel Soto, responsável pelo vindouro “Besouro Azul”. Os títulos sumiram sem maiores avisos e apontam para o fim da chancela Max Originals, filmes feitos exclusivamente para o streaming da plataforma HBO Max. A plataforma ainda não se manifestou oficialmente para explicar o que está acontecendo, o que aumenta a apreensão do público e a má impressão do mercado. Com isso, rumores ocupam lugares que deveriam ser preenchidos por porta-vozes. O único comunicado oficial expedido nesta quarta foi focado basicamente no cancelamento da estreia de “Batgirl”. “A decisão de não lançar ‘Batgirl’ reflete a mudança estratégica de nossa liderança no que se refere ao universo DC e HBO Max”, disse o comunicado da empresa. O texto não explica qual é a mudança estratégica que levou a esse caos. Mas juntando pedaços de outros comunicados, forma-se uma noção de que, após a fusão da Warner com a Discovery, a nova administração optou por prioridades radicalmente opostas às estratégias vigentes em relação à produção de filmes para streaming. Em outras palavras, acabaram-se os Max Originals. Os únicos filmes que a Warner vai produzir daqui para frente serão para o cinema. Na falta de comunicação clara sobre o assunto, esta iniciativa também parece se estender às séries originais do streaming. Seria um choque ver a HBO Max cancelar “Hacks” após a consagração no Emmy ou “Pacificador” diante do sucesso de público, mas os passos dados pela companhia vão nessa direção. A Warner Bros. Discovery cancelou todas as séries internacionais originais da HBO Max, assim como toda a sua produção de desenhos e atrações infantis. Mais que isso: anunciou que não pretende desenvolver mais qualquer produção infantil nem fazer produções europeias exclusivas para o streaming. Assim, todas as séries da plataforma passariam a vir, supostamente, da HBO tradicional. Não do conglomerado, mas da HBO basicamente, porque a WBD também cortou a produção de séries originais dos canais da Turner, como TNT e TBS. Na prática, o resultado é uma volta aos tempos da HBO Go. Não por acaso, as redes sociais estão fervendo com comentários sobre o fim da HBO Max. Sabe-se que o CEO David Zaslav, que veio da Discovery para assumir a Warner Bros. Discovery, pretende unir as plataformas HBO Max e Discovery+ num único serviço, com o objetivo de economizar US$ 3 bilhões em custos com cargos redundantes – espera-se uma grande leva de demissões. E os movimentos atuais, feitos sem comunicação, ajudam a desvalorizar a marca HBO Max, possibilitando realmente sua extinção. A confirmação dos rumores deve ser abordada apenas nesta quinta-feira (4/8), quando a empresa vai apresentar os relatórios de desempenho financeiro do primeiro trimestre da nova companhia. A estratégia de silêncio até lá tem efeito péssimo, porque afeta o trabalho de milhares de profissionais em todo o mundo. No Brasil, por exemplo, a ordem foi parar o desenvolvimento da primeira novela da plataforma, “Segundas Intenções”, roteirizada por Raphael Montes (“Bom Dia, Verônica”), que já estava com elenco formado. Atores como Camila Pitanga, Antonio Fagundes e Alice Wegmann já estão encaixando novos trabalhos, e futuros projetos da empresa terão dificuldades para atrair nomes destes portes novamente. Há muitos xingamentos e demonstrações de decepção do público no Twitter. “Se a HBO Max realmente estiver abandonando todo o conteúdo programado, essa pode ser a decisão mais idiota tomada por qualquer corporação na era do streaming”, analisou uma usuária. “É deprimente ver o que está acontecendo com a HBO Max, ainda mais porque isso parece ser sem sentido”, mencionou outro. “Quando assinei a HBO Max com a promoção de ‘pra sempre pela metade do preço’ eu não imaginava que o ‘pra sempre’ seria tão curto”, reclamou mais um.
Netflix perde quase 1 milhão de assinantes e anuncia serviço com anúncios para 2023
A Netflix apresentou seu relatório de desempenho trimestral no fim da tarde desta terça (19/7) em um informe direcionado ao mercado financeiro norte-americano, no qual confirma a tendência de queda no número de suas assinaturas. Segundo o levantamento, a empresa perdeu quase 1 milhão de assinantes durante o segundo trimestre. Foram ao todo 970 mil contas encerradas entre abril e junho de 2022, um aumento significativo em relação às 200 mil canceladas no primeiro trimestre. Mesmo assim, representa um resultado melhor do que suas próprias expectativas, que giravam em torno de 2 milhões, devido ao boicote contra a Rússia e a queda da internet na Ucrânia – os dois maiores países da Europa. A empresa se mostrou otimista, inclusive, ao divulgar projeções de retomada de crescimento para o terceiro trimestre, quando acredita que irá adicionar mais 1 milhão de assinantes. Mas mesmo que esse número se confirme, continuará com menos assinantes do que tinha em 2021. A Netflix tem atualmente um total de 220,67 milhões de assinantes, com uma receita de US$ 7,97 bilhões geradas por essas assinaturas no segundo trimestre. Como houve aumento no valor cobrado e disparada do dólar no mercado internacional, a diminuição de assinantes não afetou o crescimento financeiro, que faturou aproximadamente 8% a mais que no ano passado, de acordo com a carta da Netflix aos acionistas. Já o lucro líquido, sem as despesas, atingiu US$ 1,44 bilhão. A região que sofreu maior queda foi a América do Norte (EUA e Canadá), com perda de 1,3 milhões de assinantes, apesar do lançamento de grandes séries em inglês no trimestre, como a 4ª temporada de “Stranger Things”. A região que compreende a Europa, Oriente Médio e África também registrou declínio, perdendo 770 mil contas. Por outro lado, a América Latina registrou uma adição modesta de mil novos assinantes, enquanto a região da Ásia-Pacífico trouxe 1,08 milhão de assinantes novos durante o trimestre. Vale lembrar que a Netflix fez uma promoção especial de preços na Índia, estabelecendo no país sua assinatura mais barata do mundo. Os números apontam uma estagnação. E serviram de alerta para a empresa, que costumava ser conhecida por grandes investimentos em conteúdo sem muito critério. Atualmente em modo de revisão de seu modelo de negócios, o streamer fez várias rodadas de demissões, com a mais recente resultando no corte de 300 funcionários. Também reavaliou sua estratégia para se concentrar em menos projetos, privilegiando produções mais vistosas, e acelerou a adoção de novos modelos de assinatura. Haverá taxa para compartilhamento de senha e uma opção de assinatura mais barata, incentivada pela implementação de publicidade – numa parceria com a Microsoft. Em sua carta aos acionistas, a Netflix disse que planeja lançar sua versão com anúncios “no início de 2023”. A oferta provavelmente será lançada primeiro em mercados onde “os gastos com publicidade são significativos”. “Embora leve algum tempo para aumentar nossa base de assinantes para a versão de anúncios, a longo prazo achamos que a publicidade pode permitir uma adesão substancial (por meio de preços mais baixos) e maior lucro (pela receita de anúncios)”, diz o documento da empresa. Com o lançamento da versão “mais barata”, a assinatura do modelo atual, sem anúncios, tende a virar “premium”. Mas os detalhes só ficarão claros no ano que vem.
Elon Musk desiste de comprar o Twitter
O bilionário Elon Musk anunciou nesta sexta-feira (8/7) que desistiu de comprar o Twitter. Ele retirou sua oferta de US$ 44 bilhões, dizendo que a empresa não forneceu informações suficientes sobre o número de spam e contas falsas na plataforma. Em comunicado, o dono da companhia de carros Tesla e de foguetes SpaceX afirmou que o Twitter estava “violando materialmente várias disposições” do acordo de venda e “parece ter feito declarações falsas e enganosas”. No documento, Musk afirma que uma análise preliminar de seus assessores determinou que o número de spam e contas falsas no Twitter é muito maior do que os 5% divulgados pela empresa. Desde que chegou a um acordo financeiro para a aquisição do Twitter em abril, Musk vem questionando as contas falsas da empresa, considerando desistir do acordo para comprar a rede social. Como parte do acordo, ele é obrigado a pagar uma multa de US$ 1 bilhão pela desistência. Além de seu prejuízo pessoal, a aventura de Musk fez as ações do Twitter caíam 6%. Mas a história está longe de acabar. O Twitter informou que entrará com uma ação contra Musk caso a compra da rede social pelo empresário não seja realizada. Bret Taylor, presidente do conselho administrativo do Twitter, se pronunciou na noite desta sexta-feira exigindo que Musk cumpra sua palavra no acordo. “O Conselho do Twitter está comprometido em fechar a transação no preço e nos termos acordados com o sr. Musk, e planeja entrar com uma ação legal para fazer cumprir o acordo. Estamos confiantes que prevaleceremos no tribunal de Delaware”, afirmou.
Estreia do final de “Stranger Things 4” derruba Netflix
A plataforma de streaming da Netflix saiu do ar nas primeiras horas desta sexta-feira (01/07), após a estreia do tão aguardado volume 2 de “Stranger Things 4”. Os usuários, que correram para conferir e fugir dos temidos spoilers, descreveram por meio das redes sociais que o serviço apresentava instabilidade e erros de reprodução. Dentre as queixas, problemas técnicos com o áudio da série foram apontados. De acordo com o site de monitoramento Downdetector, os relatos se intensificaram por volta das 3 horas da manhã nos Estados Unidos – logo após o lançamento dos dois episódios finais. Além disso, o portal registrou cerca de 13 mil reclamações, antes da Netflix solucionar o problema. No Brasil, a estreia esperada para as 4 horas chegou, por conta dos fusos horários nacionais, entre as 3h e 6 horas da manhã. Mas poucos relatos de dificuldade no acesso foram pontuados no Twitter por fãs ansiosos. “Stranger Things” é considerada a maior franquia do catálogo da plataforma desde 2016, sendo eleita como a série número 1º de língua inglesa nas quatro primeiras semanas após o lançamento, conforme os dados do streaming. Com os problemas de estabilidade já contornados, o volume 2 da 4ª temporada pode ser conferido sem empecilhos, basta se programar: o primeiro episódio contem 1h25min, enquanto o segundo tem 2h30. No entanto, vale recordar que os co-criadores Irmãos Duffer alertam que as aventuras não possuem um final feliz. A 5ª temporada está confirmada e promete reviravoltas.
Claro TV+ estreia no mercado brasileiro de TV por streaming
A plataforma de streaming da Claro mudou de nome e evoluiu. A NOW agora é Claro TV+ e passa a oferecer acesso a sua plataforma para o público em geral, funcionando como um serviço independente e não mais uma extensão online da TV paga contratada pelos clientes da operadora. A assinatura do aplicativo, já atualizado com o novo nome na App Store (iOS) e Google Play (Android), dá acesso a mais de 100 canais ao vivo e ainda aos lançamentos de filmes exclusivos da plataforma (basicamente, as novidades do VOD), e chega ao preço de R$ 59,90 mensais. A opção só não implode de vez o mercado de TV por assinatura porque sua disponibilidade para smart TVs continua limitada a modelos da LG com sistema web OS. A maioria das smart TVs brasileiras são da Samsung com sistema Tizen. De todo modo, segundo a operadora, a novidade chegará em breve aos modelos da fabricante sul-coreana. Quem não tem smart TV (ou não quer esperar pelo app da Samsung) também pode ser atendido via a inclusão de um equipamento extra, o Claro TV+ Box, que entretanto encarece a assinatura – vai para R$ 89,90 mensais. Só tem um detalhe. A imagem é em HD. Quem possuiu smart TV geralmente tem uma tela 4k. E a opção para assistir as imagens em 4k é bem, mas bem mais cara: 129,90 ao mês, mais que o dobro do preço do pacote convencional. Em sua versão básica, a novidade reforça a guerra pela TV por streaming (também conhecida como IPTV) e tende a abalar o domínio desse mercado pelo serviço DirecTV Go, que funciona da mesma forma, mas custa R$ 20 a mais e oferece em torno de 70 canais. A cobertura da Claro TV+ (assim como a DirecTV Go) ainda inclui os 19 canais do Grupo Globo – como SporTV, Viva, GloboNews, Multishow, Universal, Megapix e GNT – , que também alimentam as assinaturas da Globoplay. A opção Globoplay+Canais custa R$ 42,90 mensais. Se acrescentar o Telecine, o pacote sai por 74,90 ao mês. Para completar, a Claro TV+ possui uma vantagem ausente na concorrência: o recurso Replay TV, que permite ver programas dos canais exibidos há até sete dias, ideal para quem não consegue acompanhar as atrações em tempo real. A Claro também oferece a assinatura de combos, com a inclusão de banda larga e wifi num único pacote.










