Supla lança clipe sobre roubos de celulares no centro de São Paulo
Supla lançou nesta sexta-feira (19/5) o clipe de “Ratazana de iPhone”, música em que denuncia roubos de celulares no centro de São Paulo. A região tem sofrido com os altos índices de furtos feitos pela Gangue da Bicicleta. O novo clipe no estilo “denúncia” foi gravado nos arredores da Praça da República, na zona central de São Paulo, região que acumula casos de celulares furtados. A música faz parte do novo álbum do cantor, que será lançado no dia 30 de junho. Nas imagens, o cantor retrata os assaltantes que circulam de bike com o intuito de cometer furtos. No clipe, eles aparecem usando máscaras de ratos. “Costurando tipo tubarão, montado nas magrelinhas no grau. Sempre na função, queria ver se fosse com a sua tia. Solto na minha área, passa rádio e arrepia”, diz Supla em tom de crítica. Ainda nesta manhã, Supla contou no programa “Os Donos da Bola” que já presenciou diversos assaltos pela região. “Eu vejo isso todo dia, são trabalhadores que estão ali [sendo furtados] todos os dias. Eu fico triste, que os criminosos estão prejudicando as pessoas, principalmente quem tem a vida no celular”, afirmou. Supla ainda revelou ter conversado com um integrante da Gangue da Bicicleta antes de escrever a canção sobre os assaltos. Na ocasião, o cantor teria feito o rapaz refletir sobre as escolhas que estava fazendo. “Nós temos três opções: ser preso, ir para a vala ou ser trabalhador. É uma música para a galera pensar”, ele explicou. “O pessoal pode pensar é que para mim é fácil, mas eu também faço as minhas paradas, eu também faço os shows. Estou querendo dar um toque para essa galera [que comete assaltos no Centro], eu quero que eles pensem em quem estão roubando”, completou. Em 2021, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo (SSP-SP) analisou que a região central é acometida por assaltos a cada quatro minutos.
Elle Fanning será namorada de Bob Dylan em cinebiografia
A atriz Elle Fanning (“The Great”) foi confirmada no filme “A Complete Unknown”, cinebiografia do cantor Bob Dylan, que trará Timothée Chalamet (“Adoráveis Mulheres”) no papel principal. . Com filmagens marcadas para agosto em Nova York, o filme produzido pela Searchlight Pictures vai contar a história do jovem Dylan (Chalamet), que abala o mundo da música em 1965, quando começa a se apresentar com uma guitarra elétrica pela primeira vez. Fanning viverá o papel de Sylvie Russo, estudante universitária e interesse amoroso de Dylan nos anos 1960. A obra será dirigida por James Mangold, indicado ao Oscar por “Ford vs Ferrari” (2019) e “Logan” (2017), que também trabalhou no roteiro de Jay Cocks (“Gangues dew Nova York”). O próprio Bob Dylan e seu empresário de longa data, Jeff Rosen, figuram entre os produtores. A cinebiografia foi confirmada em janeiro de 2020 pela Searchlight, já com Mangold e Chalamet na equipe, mas com outro título, “Going Eletric”. “A Complete Unknown” é uma das frases do refrão de “Like a Rolling Stone”, música que melhor representa a transformação de Dylan, até então um cantor folk, em roqueiro. A transição não foi tranquila para o cantor, que chegou a enfrentar vaias de seus antigos fãs por trocar o vilão por guitarras e uma banda de rock. A data de estreia ainda não foi anunciada.
Keanu Reeves resgata sua banda de rock dos anos 1990 com disco e shows
A banda de rock de Keanu Reeves, Dogstar, voltou a ensaiar após 21 anos de seu último show. Os músicos irão se apresentar em 27 de maio no festival de música BottleRock Napa Valley, onde tocarão músicas de um álbum inédito, que será lançado em breve. O ator é o baixista do grupo, que também inclui o guitarrista e vocalista Bret Domrose e o baterista Rob Mailhouse. Os músicos já vinham falando sobre a reunião e novas músicas nas suas redes sociais, mas a notícia só foi oficialmente anunciada nesta quarta-feira (10/5). A Dogstar foi formada em meados dos anos 1990, durante a explosão do grunge rock, e durou até 2002. Ao longo da carreira, lançou o EP “Quattro Formaggi” e os álbuns “Our Little Visionary” e “Happy Ending”, que inclui uma versão da música “Superstar” dos Carpenters. Na época, o grupo fez vários shows pelos EUA e em festivais internacionais, incluindo Glastonbury no Reino Unido. Os músicos chegaram até mesmo a abrir shows para David Bowie e Bon Jovi. Sua última apresentação foi em 2002, no Japão, antes de se separarem. Veja abaixo a participação da banda no programa de Jay Leno há 23 anos.
Lula decreta luto oficial de três dias por morte de Rita Lee
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decretou, nesta terça-feira (9/5), luto oficial de três dias pela morte da cantora e compositora Rita Lee, aos 75 anos. O texto foi publicado em edição extra do Diário Oficial da União (DOU). Em sua conta no Twitter, o presidente também prestou homenagem à falecida cantora. “Rita Lee Jones é um dos maiores e mais geniais nomes da música brasileira. Cantora, compositora, atriz e multiinstrumentista. Uma artista a frente do seu tempo. Julgava inapropriado o título de rainha do rock, mas o apelido faz jus a sua trajetória”, escreveu. Para Lula, a artista deixou um grande marco na música brasileira com sua ousadia e criatividade. “Não poupava nada nem ninguém com o seu humor e eloquência. Enfrentou o machismo na vida e na música e inspirou gerações de mulheres no rock e na arte. Jamais será esquecida e deixa na música e em livros seu legado para milhões de fãs no mundo inteiro. Meu abraço fraterno aos filhos Beto, João e Antônio, familiares e amigos. Rita, agora falta você”, concluiu. Rita Lee morreu na noite de segunda (8/5) em sua casa, em São Paulo, de acordo com a divulgação de seu perfil oficial. O velório, aberto ao público, será realizado na quarta (10/5), das 10h às 17h, na capital paulista, terra natal da artista. “De acordo com a vontade de Rita, seu corpo será cremado. A cerimônia será particular. Neste momento de profunda tristeza, a família agradece o carinho e o amor de todos”, diz nota da família. Rita Lee deixa o marido, Roberto de Carvalho, e três filhos – Beto, de 45 anos, João, de 44, e Antônio, de 42. Este foi o primeiro luto oficial do terceiro mandato de Lula. O último luto estabelecido pelo estado brasileiro foi em 31 de dezembro, ainda no governo de Jair Bolsonaro, pela morte do Papa Emérito Bento 16. Rita Lee Jones é um dos maiores e mais geniais nomes da música brasileira. Cantora, compositora, atriz e multiinstrumentista. Uma artista a frente do seu tempo. Julgava inapropriado o título de rainha do rock, mas o apelido faz jus a sua trajetória. Rita ajudou a transformar a… — Lula (@LulaOficial) May 9, 2023
Rita Lee teve 80 músicas em trilhas de novelas
Recordista em gravações em trilhas de novelas, Rita Lee deixou sua marca em 79 folhetins da Globo e um do SBT, embalando desde personagens até aberturas das produções. A cantora, que morreu na noite de segunda-feira (8/5) aos 75 anos, chegou a ganhar uma coletânea da gravadora Som Livre em 2001, chamada justamente “Rita Lee – Novelas”, destacando 16 sucessos da cantora que fizeram parte da história da TV brasileira. Mas muita coisa ficou de fora. Desde que lançou a primeira canção, “Sucesso Aqui Vou Eu”, em “A Próxima Atração” (1970), ela se tornou a favorita dos produtores das trilhas. Só a música “Erva Venenosa” apareceu em quatro novelas: “Um Anjo Caiu do Céu” (2001), “Cobras & Lagartos” (2006), “Escrito nas Estrelas” (2010) e “Malhação” (2013)”, na Globo, além de “Chiquititas” (2013), no SBT. De trilha de personagem, ela chegou às aberturas em 1978, com “O Pulo do Gato” – que tinha como tema “Eu e Meu Gato”. Dois anos depois, estourou com a música da abertura de “Chega Mais” (1980), seguida por “Flagra” em “Final Feliz” (1982). Também gravou os temas de “Sassaricando” (1987), “Lua Cheia de Amor” (1990), “A Próxima Vítima” (1995), mas se arrependeu de fazer o tema de “Zazá” (1997). Ela ficou traumatizada com “Zazá”, porque “fui convidada para acrescer o refrão chatinho que acabou por destruir a música de vez: ‘Cadê Zazá, Zazá, Zazá…’. Disse que nunca mais faria outra abertura de novela, mas quebrou a promessa 13 anos depois, quando gravou o tema de “Ti Ti Ti” para o remake de 2010 – a música da versão original já era de Rita, mas a gravação foi feita pela banda metrô em 1985. “Emplacar um tema de abertura de novela é faca de um gume só, ou seja, sua música queima mais depressa que baseado em palha de milho e não se recebe um tostão sequer. A tal da ‘Zazá’, por exemplo, foi péssimo para mim: era uma homenagem bacana a Fernanda Montenegro como Mulher Maravilha”, disse ela ao Jornal do Brasil em 1997. Além das novelas, Rita Lee fez trilhas de outros programas, como o “TV Mulher”, que abria ao som de “Cor de Rosa Choque”, a série “Pé na Cova”, que teve a música “Hino dos Malucos”, e a minissérie “Todas as Mulheres do Mundo” (2020), que reuniu cinco sucessos da cantora. Lembre abaixo 9 aberturas clássicas embaladas por músicas de Rita Lee em produções da rede Globo. | TV MULHER | | PULO DO GATO | | CHEGA MAIS | | FINAL FELIZ | | SASSARICANDO | | LUA CHEIA DE AMOR | | A PRÓXIMA VÍTIMA | | ZAZÁ | | TI TI TI |
Da cobra de Alice Cooper à cama do Yes, conheça os melhores “causos” de Rita Lee
A cantora Rita Lee, falecida na noite de segunda (8/5) aos 75 anos, não causou apenas no rock. Ela aprontou bastante nos bastidores. E contou algns detalhas nas páginas de “Rita Lee – Uma Autobiografia”. A obra, que chegou a vender 205 mil exemplares em seus quatro primeiros meses, é um best-seller graças ao tom informal, em que Rita conta histórias divertidas, como a vez que roubou a cobra de Alice Cooper, e também pesadas, como aborto e seu período na prisão. Ela falou, inclusive, sobre sua polêmica saída dos Mutantes e a própria morte. Publicado pela editora Globo em 2016, o livro voltou ao topo da lista dos mais vendidos da Amazon nesta terça (9/5), após o anúncio da morte da artista. Confira alguns trechos abaixo. Sobre Os Mutantes: “Minha saída do grupo aconteceu bem nos moldes de ‘o noivo é o último a saber’, no caso, a noiva. Depois de passar o dia fora, chego ao ensaio e me deparo com um clima tendo/denso. Era um tal de um desviar a cara pra lá, o outro olhar para o teto, firular instrumento e coisa e tal. Até que Arnaldo quebra o gelo, toma a palavra e me comunica, não nessas palavras, mas o sentido era o mesmo, que naquele velório o defunto era eu. ‘A gente resolveu que a partir de agora você está fora dos Mutantes porque nós resolvemos seguir na linha progressiva-virtuose e você não tem calibre como instrumentista.’ Uma escarrada na cara seria menos humilhante. Em vez de me atirar de joelhos chorando e pedindo perdão por ter nascido mulher, fiz a silenciosa elegante. Me retirei da sala em clima dramático, fiz a mala, peguei Danny (a cachorra) e adiós.” Sobre ir parar na cama da banda Yes: “Impressionante como em cada esquina de Londres a gente encontrava um brazuca órgão do tropicalismo. Na rua dou de cara com Toninho Peticov, sempre animado e sabendo tudo o que rolava na cidade. A pedida para o dia seguinte era Elton John no Crystal Palace abrindo para o Yes. Hãã? Seria aquele o prato frio da vingança por ter sido expulsa da banda? Enquanto ‘os the brazilian Sim’ copiavam o som deles no Brasil, eu os assistia ao vivo em Londres. Na metade da apresentação de Elton, tomei uma pedrinha que foi bater nos primeiros acordes do Yes. Com LSD impossível não existe, não me pergunte como fui parar no palco sentadinho no maior flerte. Também não me pergunte como fui parar no camarim deles e muito menos acordar descabelada, plissada, godê numa cama rodeada de um monte de outros achados e perdidos humanos. Rita, quem diria, você groupie do Yes!” Sobre o roubo da cobra de Alice Cooper: “Tudo porque uma hora lá ele entra no palco chacoalhando violentamente uma cobra e depois de fazer seu número de fodão, atira a bichinha no chão e pisoteia. Um contrarregra entrava na moita e a recolhia (…). Passei a lábia no segurança do backstage e entrei (…) De cara fui com a cara do roadie, um inglês chamado Andy Mills. Digamos que fomos com a cara um do outro e cinco minutos depois fugimos de lá levando a gaiola com a jiboia e de quebra outra jiboinha bebê que seria treinada também para atuar nas micagens grotescas do canalha. A cobra que foi maltratada no palco chamava-se Mouchie, aquela mesma que está na capa do disco ‘Killer’. A cobrinha bebê era Angel e adorava se enrolar de pulseira no braço dos humanos.” Sobre a gravidez na cadeia e a ajuda de Regina: “Só pode ter sido manobra do meu Anjo da Guarda ter acontecido justamente no dia em que eu estava tendo um sangramento com cólicas insuportáveis (…) O perigo de aborto era real. Nada foi feito. Naquele exato momento, chega uma carcereira dizendo: ‘Rita Lee, chegou uma artista famosa aqui na portaria e tá junto com o filhinho rodando a baiana querendo te levar de qualquer jeito’ (…) Céus quem seria essa santa porreta que me aparece exatamente na hora que eu mais preciso, Nossa Senhora das Roqueiras? Chego corcunda de dor na sala do delegado e quem vem me dar um abraço dos mais fofos que já recebi na vida? Elis, aquela que fazia cara feia para os roqueiros! Elis, a musa mor da MPB! (…) O delegadinho da vez, sem saber se pedia autógrafo ou enfiava a cara no apontador de lápis, fazia papel do falsinho atencioso, ora oferecendo cafezinho, ora perguntando sobre música. Elis ignorou o cara e disse em alto e bom som: ‘Se um médico não chegar em cinco minutos, você é que vai precisar de um cafezinho, porque eu vou convocar uma coletiva e denunciar o que está acontecendo aqui com minha amiga Rita Lee.'” Sobre o aborto que sofreu: “Já em casa, continuamos [Rita e Roberto de Carvalho] ‘fazendo amor no-chão-no-mar-na-lua-na-melodia-por-telepatia’ várias vezes ao dia e, claro, em pouquíssimo tempo embarriguei novamente. Gravidez extrauterina, disse o médico, a se pensar numa curetagem levando em conta a recente cesariana complicada ainda em fase de cicatrização. O que me fez decidir mesmo por interromper foi a hemorragia que aconteceu dias depois e pirei de vez. Mesmo já tendo abandonado a religião, entre no ‘mea-culpa’ catolicista e me autocondenei ao mármore do inferno. Até hoje me chicoteio pensando que talvez aquele baby poderia ter vingado, que foi um ato precipitado, que daquele momento em diante eu estaria condenada a lamentar a decisão para o resto da vida (…) Nenhuma mulher faz aborto sorrindo. Cabe a elas, e somente a elas, a decisão de interromper uma gravidez, assim como de segurar sozinhas as consequências moral, espiritual e oskimbau.” Sobre sua música favorita: “Minha música favorita, ‘Mania de Você’, composta em cinco minutos com o inspiradíssimo script de uma recém-trepada perfeita. Sem pudores, o casal se mostrava de corpo e alma, oferecendo a trilha sonora da sexualidade elegante para motel cinco estrelas nenhum botar defeito”. Sobre a inspiração sexual: “O casal de coelhos R & R continuava firme e forte. A graça era transar em locais inusitados, de banheiros de avião a praias desertas, de banheiras de espuma a escadas de incêndio, de elevadores de serviço a camarins de shows. Com essa bagagem erótico‑musical, partimos para um novo disco, o Lança perfume, a consagração total das nossas parcerias, cada vez mais autobiográficas. Éramos crème de la crème para voyeurs auditivos, com os sugestivos ‘me vira de ponta cabeça, me faz de gato e sapato, me deixa de quatro no ato, me enche de amor…’, ‘Misto-quente, sanduíche de gente, empapuçados de amor…’ e ‘Me deixar levar por um beijo eterno, mais quente que o inferno’. E assim caminhava a paixonite sem pudores de dois famintos diante de pratos cheios de sedução, mergulhados na gula da paixão.” Sobre a própria morte: “Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída. Os fãs, esses sinceros, empunharão capas dos meus discos e entoarão ‘Ovelha negra’, as TVs já devem ter na manga um resumo da minha trajetória para exibir no telejornal do dia e uma notinha do obituário de algumas revistas há de sair. Nas redes virtuais, alguns dirão: “‘Ué, pensei que a véia já tivesse morrido, kkk’. Nenhum político se atreverá a comparecer ao meu velório, uma vez que nunca compareci ao palanque de nenhum deles e me levantaria do caixão para vaiá-los. Enquanto isso, estarei eu de alma presente no céu tocando minha autoharp e cantando para Deus: ‘Thank you Lord, finally sedated’. Epitáfio: ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa.”
Lembre 20 dos maiores sucessos de Rita Lee com vídeos clássicos
Morta na noite de segunda (8/2), Rita Lee deixa um legado de músicas clássicas do pop/rock brasileiro, que vão desde a psicodelia dos Mutantes até o rock grunge mais recente, passando pelo rock’n’roll dos anos 1970 e o pop das FMs da década de 1980. Pioneira do rock brasileiro, batizada de rainha do rock nacional, Rita Lee Jones injetou feminismo na música popular e festejou o prazer em todos os seus pormenores, desde o simples contato com a natureza até a paixão sexual. E também protestou muito contra as convenções, com uma coleção de músicas inesquecíveis. Uma mostra desse catálogo pode ser vista e ouvida abaixo, em 20 clipes, trechos de shows, participações em programas televisivos e outros registros audiovisuais selecionados no YouTube. A lista vai de “Arrombou à Festa” a “Caso Sério”, sem ordem cronológica, mas num desfile sonoro de afinidades musicais, que juntam “Ando Meio Desligado” com “Superestafa” e muitas faixas d”Esse Tal de Rock Enrow”, além de baladas de sucesso como “Mania de Você” e “Ovelha Negra”. Agora só falta você apertar o play.
Rita Lee, a rainha do rock nacional, morre aos 75 anos
Rita Lee, uma das maiores cantoras e compositoras brasileiras, morreu na noite de segunda-feira (8/5). Ela estava com 75 anos e lutava contra um câncer de pulmão, descoberto em 2021. Nas redes sociais, a família da artista divulgou a triste notícia. “Comunicamos o falecimento de Rita Lee em sua residência, em São Paulo, capital, no final da noite de ontem, cercada de todo o amor de sua família, como sempre desejou”, escreveram. O velório de Rita Lee será aberto ao público na quarta-feira (10/5), das 10h às 17h, no Planetário do Parque Ibirapuera, em São Paulo. A cantora deixa um legado revolucionário na história do rock nacional devido à explosão criativa de sua carreira, iniciada em pleno tropicalismo. Ao longo da carreira, ela apresentou uma variedade de tópicos políticos disfarçados de entretenimento, que ajudaram a apresentar ao público brasileiro ideias feministas como sexualidade feminina e prazer. Ela também foi uma ávida ativista dos direitos dos animais. Rita Lee Jones nasceu em São Paulo, em 31 de dezembro de 1947. Ela era uma das filhas do dentista Charles Jones, descendente de imigrantes americanos, e da pianista Romilda Padula, que incentivou a cantora a estudar o instrumento e a cantar com as irmãs. Com 16 anos, Rita integrou as Teenage Singers, um trio vocal feminino que se apresentava em festas escolares. Na época, o produtor Tony Campello descobriu o grupo e as convidou para participar de gravações como backing vocals. Em 1964, a cantora entrou no grupo de rock Six Sided Rockers, que teve mudanças de formações e de nomes. Dois anos depois, o grupo se tornou os famosos Mutantes, formado por Rita Lee, Arnaldo Baptista e Sérgio Dias. Os Mutantes foram fundamentais na era do tropicalismo por unir psicodelia e ritmos locais. Eles se tornaram o grupo nacional com maior reconhecimento entre as estrelas do rock mundial, como por Kurt Cobain, David Byrne, Jack White, e outros. Já em 1967, o trio acompanhou o cantor Gilberto Gil em “Domingo no Parque”, apresentado no 3º Festival de Música Popular Brasileira, da Record. No ano seguinte, eles seguiram Caetano Veloso em “É Proibido Proibir” no 3º Festival Internacional da Canção, promovido pela Globo. E foram vaiados por uma juventude de esquerda, que era contra guitarras elétricas. Rita Lee fez parte dos Mutantes entre 1966 e 1972, no período considerado como o mais marcante e criativo da banda. Nessa fase, o fim do relacionamento com Arnaldo Baptista coincidiu com a despedida da cantora no trio. Contudo, o primeiro álbum solo de Rita Lee, intitulado “Build up”, foi lançado ainda antes dela deixar o grupo, em 1970. A cantora também lançou “Hoje é o Primeiro Dia do Resto da Sua Vida”, ainda gravado com o trio, em 1972. Após deixar o grupo, a carreira de Rita Lee tomou forma com um novo grupo, nomeado de Tutti Frutti – com Luis Sérgio Carlini e Lee Marcucci, entre outros. Nesse período, a artista gravou cinco álbuns e ganhou destaque com o lançamento de “Fruto Proibido”, em 1975. O disco, que contém os sucessos “Agora Só Falta Você”, “Esse Tal de Roque Enrow” e “Ovelha Negra”, vendeu 200 mil cópias e deu à Rita Lee o apelido de “Rainha do Rock Brasileiro. No ano seguinte, ela conheceu e se apaixonou por seu futuro marido, o guitarrista Roberto de Carvalho. E durante sua primeira gravidez foi presa por porte e uso de maconha – para “servir de exemplo à juventude da época”. Condenada, ficou um ano em prisão domiciliar, precisando de permissões especiais do juiz para sair de casa e fazer shows. É desta época a música “Arrombou a Festa”, que criticava o cenário da MPB da época — e que vendeu mais de 250 mil cópias. Mas o sucesso estava apenas começando. Sua estreia musical em novelas aconteceu em 1978, com o folhetim “O Pulo do Gato”, no qual cantou o tema “Eu e Meu Gato”. A partir de 1979, a cantora firmou parceria com Roberto de Carvalho e se aventurou de vez na carreira solo com canções de pop-rock. O álbum “Rita Lee”, com os sucessos “Mania de Você”, “Chega Mais” e “Doce Vampiro”, marcou uma virada comercial em sua carreira, levando a cantora às trilhas de novela da Globo com as duas últimas faixas. Ela chegou a virar personagem da novela “Vamp” e cantar “Doce Vampiro” num dos capítulos da produção. O estouro foi ainda maior no disco seguinte, de 1980, com “Lança Perfume”, “Baila Comigo”, “Nem Luxo, Nem Lixo” e outras faixas. A parceria com o marido fez que o disco de 1982 fosse chamado de “Rita Lee e Roberto de Carvalho”, com hits como “Flagra” e “Cor de Rosa Choque” – duas trilhas da Globo, que marcaram as aberturas da novela “Final Feliz” e do programa “TV Mulher”. Ela se apresentou na primeira edição do Rock in Rio e seguiu gravando e tocando até 1991, quando o casal tirou um hiato de quatro anos para retornar com o álbum “A Marca da Zorra” e abrir os shows nacionais dos Rollings Stones. Numa vida digna de estrela do rock, Rita Lee caiu da varanda de seu sítio sob efeito de remédios em 1996. Na ocasião, ela quebrou o recôndito maxilar. Segundo o “Fantástico”, a cantora só conseguiu largar o álcool e as drogas em janeiro de 2006. Em 2001, Rita Lee ganhou um Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock em Língua Portuguesa com o disco “3001”. Nos anos seguintes, ela recebeu mais cinco indicações e, em 2022, venceu o prêmio de Excelência Musical pelo conjunto da obra. A cantora anunciou que deixaria de fazer shows por causa da fragilidade física em 2012. Na mesma época, Rita se tornou usuária do Twitter e informou que não estava se aposentando da música. Para provar, lançou um álbum no mesmo ano, “Reza”, saiu em abril de 2012. A faixa-título foi descrita pela cantora como uma “reza de proteção de invejas, raivas e pragas”. Mas este acabou sendo seu último álbum de estúdio. Ao todo, Rita Lee gravou 40 álbuns, sendo apenas 6 com os Mutantes – dois deles, como artista “solo”. Em 2016, a artista lançou sua primeira autobiografia com revelações intensas, como caso de abuso sexual infantil, luta contra o alcoolismo e até expulsão dos Mutantes. O livro se tornou um sucesso de vendas. No mês passado, Rita Lee anunciou mais uma autobiografia, escrita pelo jornalista Guilherme Samora, com detalhes sobre o câncer de pulmão que ela enfrentava há dois anos. A cantora passou por tratamentos de imunoterapia e radioterapia, e chegou a ser considerada curada da doença em abril de 2022. “Achei que nada mais tão digno de nota pudesse acontecer em minha vidinha besta. Mas é aquela velha história: enquanto a gente faz planos e acha que sabe de alguma coisa, Deus dá uma risadinha sarcástica”, disse a artista. Rita Lee deixa três filhos, Roberto, João e Antônio.
Lulu Santos será homenageado no Multishow e Globoplay em seus 70 anos
Prestes a completar 70 anos na próxima quinta, dia 4 de maio, o cantor e compositor Lulu Santos será homenageado em seu aniversário no Multishow e Globoplay. O show “Barítono: Lulu 70 Anos” será transmitido pelo canal e pelo streaming às 21h, com sinal aberto para não assinantes. Além disso, o artista será celebrado na Globo durante o programa “Altas Horas” do dia 6, com a exibição dos melhores momentos da apresentação. O show que abre sua turnê será realizado para amigos e convidados, e disponibilizado ao vivo para o público pelos canais citados. Nas redes sociais, ele já compartilhou as datas e locais dos próximos shows, que vão ocorrer no Brasil e nos Estados Unidos até novembro. A transmissão do primeiro show pelo Multishow e Globoplay será comandada por Fátima Bernandes, colega de Lulu no “The Voice Brasil”. Ícone da música pop e rock do Brasil, Lulu nasceu em 1953 e começou a carreira nos anos 1970, na banda Vímana, junto com Ritchie e Lobão. E deslanchou na década seguinte em sua carreira solo, com hits atemporais como “Como uma Onda”, “Toda Forma de Amor”, “Um Certo Alguém” e “Tempos Modernos”. Em sua trajetória, trabalhou com outros ídolos da música, como Rita Lee, Cássia Eller e Titãs. Nos últimos anos, o artista tem se destacado também como técnico do reality musical “The Voice Brasil” e por ser uma voz do movimento LGBTQIA+, sendo casado desde 2019 com Clebson Teixeira. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por £uX (@lulusantosoficial)
Documentário sobre Syd Barrett e origens do Pink Floyd ganha trailer
O Mercury Studios divulgou o pôster e o trailer do documentário “Have You Got It Yet?: The Story of Syd Barrett and Pink Floyd”, que conta a história do fundador do Pink Floyd. A produção contou com o espólio de Syd Barrett e dos três membros sobreviventes da banda britânica, Nick Mason, Roger Waters, David Gilmour, todos entrevistados para o projeto. Barrett co-fundou o Pink Floyd com Waters, Mason e Richard Wright em 1965, quando ainda era um adolescente, e foi o visionário responsável pela criatividade dos primeiros clássicos da banda, no álbum “The Piper at the Gates of Dawn e A Saucerful of Secrets”. Com a saúde mental instável e após comportamentos imprevisíveis em shows, Barrett foi substituído pelo guitarrista David Gilmour, deixando a banda de vez em 1968. À medida que sua saúde piorava, Barrett lançou dois álbuns solos, mas muito influentes em 1970: “The Madcap Laughs” e “Barrett”. Em meados daquela década, ele voltou a morar na casa de sua mãe, em Cambridge, onde permaneceu recluso como pintor e herói cult pelos 30 anos seguintes, até sua morte por complicações de diabetes em 2006, com 60 anos. A sinopse promete que “Have You Got It Yet?” revelar detalhes de “sua ascensão ao estrelato, seus impulsos criativos e destrutivos, colapsos, saída da banda e a vida solitária posterior… no contexto social dos explosivos anos 1960”. O documentário foi codirigido por Storm Thorgerson (da Hipgnosis), designer que foi parceiro de longa data do Pink Floyd, assinando várias capas clássicas da banda, em conjunto com Roddy Bogawa – que curiosamente fez um documentário sobre a arte de Thorgerson (“Taken by Storm: The Art of Storm Thorgerson and Hipgnosis”). A estreia acontece em 15 de maio no Reino Unido e ainda não há previsão de lançamento no Brasil.
Playlist Moderna: Confira 50 clipes novos de bandas indies
Se você é daqueles que acha que nada de novo aconteceu no rock depois do Nirvana, é hora de mais uma Playlist Moderna para atualizar sua trilha sonora, com direito a baladas folk, punk rock e até folk punk. A seleção reúne 50 lançamentos de clipes recentes do Lado B do YouTube, com ênfase em novidades de março, mas também faixas do começo do ano que se encaixam na continuidade da playlist. Desta vez, a relação eclética faz até uma rápida passagem por rockabilly, hip-hop e ska, mas quando entra no rock inicia uma sequência de mosh ao som do novo grunge quase sem parar, ou melhor, até encontrar o pós-punk e a melancolia. Entre os destaques, estão os australianos Hatchie (Harriette Pilbeam) e Rinse (Joe Agius), que são melhores amigos, compõem juntos e tocam um na banda dreampop do outro, mas vale especialmente se ligar na estreia solo da iraniana-americana Rahill (do grupo psicodélico nova-iorquino Habibi), que é queridinha de Beck, além de diversas bandas barulhentas lideradas por mulheres, como Skating Polly, Body Type e Scowl. Como sempre, os vídeos são organizados por ordem de afinidade sonora numa playlist – para ver na Smart TV, busque Transmitir na aba de configurações do Chrome ou Mais Ferramentas/Transmitir etc no Edge – , visando encaixar uma sequência que ressalte a impressão de videotecagem/mixtape. Experimente ouvir sem saltar as faixas na versão Premium do YouTube (sem interrupções de anúncios). Pi Ja Ma | Cyote | Hollow Hand | The Lemon Twigs | Las Robertas | Draag | She’s in Parties | Cruush | Hatchie | Rinse | Rahill | Fazerdaze | Purr | Monstress | Greentea Peng | Paris Texas | The Bar Stool Preachers | Los Fastidios | Urethane | The Rumjacks | Flogging Molly | Give You Nothing | Broken Cuffs | Dropkick Murphys | The Barnestormers | The Heavy | BabyJake | Body Type | Almost Monday | Bass Drum of Death | Skating Polly | Scowl | Snake Eyes | Teen Jesus and the Jean Teasers | Lawn Chair | Wednesday’s Child | Lobsterbomb | Low Hummer | Alex Lahey | Deadletter | The Velvet Hands | Saloon Dion | BlackWaters | Dust | The Murder Capital | Object of Affection | Molly | Tribes | Oracle Sisters | Frum
Ravel Andrade viverá Raul Seixas em série da Globo
O grupo Globo prepara uma série biográfica sobre o cantor Raul Seixas. A novidade foi anunciada durante o Rio2C, evento de mídia que acontece no Rio de Janeiro. A produção já definiu, inclusive, o intérprete do cantor de “Metamorfose Ambulante” e “Maluco Beleza”. O escolhido foi Ravel Andrade, da série “Aruanas”. Um detalhe interessante é que, além de ator, o irmão de Júlio Andrade (“Sob Pressão”) também é músico. Atualmente em fase de roteiro, a série terá produção da O2 Filmes e possui previsão de estreia em 2024, provavelmente na Globoplay.
Timothée Chalamet vai tocar e cantar músicas de Bob Dylan em cinebiografia
O ator Timothée Chalamet foi confirmado no papel de Bob Dylan numa cinebiografia. Mais que isso: além de interpretar o cantor, ele também vai tocar e cantar as músicas na produção, repetindo o que Austin Butler fez em “Elvis”. A novidade foi contada pelo diretor James Mangold (“Logan”), responsável pelo projeto, em uma entrevista para o site Collider durante o evento Star Wars Celebration no sábado (8/4) em Londres. Questionado se o ator de “Duna” cantaria, ele respondeu: “Claro!”. O diretor deu mais detalhes sobre o filme, que deve começar a ser filmado em agosto. Ele destacou que a história se passará no começo dos anos 1960, quando um jovem Bob Dylan de apenas 19 anos chega a Nova York com poucos dólares no bolso e se torna uma sensação mundial em apenas três anos. Mangold acrescentou que a história de Dylan é uma das mais interessantes da cultura americana, e que personagens como Woody Guthrie, Pete Seeger, Joan Baez e outros também deverão aparecer com destaque no filme. O filme biográfico foi confirmado em janeiro de 2020 pela Searchlight, já com Mangold e Chalamet na equipe. Na época, ninguém se arriscava a dizer que Chalamet cantaria as músicas do cantor na tela, mas já se sabia que ele estava fazendo aulas de violão em preparação para o papel.












