Família e amigos homenagem Paulo Gustavo no aniversário da morte
O aniversário de um ano da morte de Paulo Gustavo por covid-19 rendeu muitas homenagens nas redes sociais. Mas foi a mãe do artista, Déa Lúcia Amaral, quem melhor resumiu a falta que ele faz. “Não é verdade que tudo passa… Tem coisas que ficam dentro de nós para sempre”, ela publicou no Instagram. O viúvo do ator, Thales Bretas, também se manifestou, usando muitas palavras para expressar sua dor. “Hoje completa um ano que meus sonhos e projetos tiveram um freio de mão puxado bruscamente. Em 2021, em meio à pandemia de covid, vivi a partida do meu marido, companheiro de vida, pai dos meus filhos, com o qual passei muitos dos meus melhores momentos, realizei os meus maiores sonhos e idealizei tantas coisas por muitos e muitos anos ainda por vir”, ele desabafou, em um longo texto publicado em seu Instagram. “Não há como negar a sensação de que um pedaço de mim foi arrancado precocemente. Principalmente tendo sido vítima de um vírus para o qual já haviam desenvolvido vacinas que estavam sendo aplicadas pelo mundo”, acrescentou. E após falar sobre seu processo de luto, agradeceu o tempo em que pôde conviver com o marido. “A nossa experiência, aqui na Terra, é passageira e imprevisível, e com o PG aprendi a viver o presente, o hoje como se não houvesse amanhã, sem precisar ser inconsequente! Obrigado, meu amor, por me fazer tão feliz e me deixar um presente (dois) e um futuro tão lindos!”, concluiu. A comediante Tata Werneck também publicou um texto em tom de saudade. “Eu sonho com você quase todo dia”, disse, imaginando a reação do amigo. “Você deve estar satisfeito por ver tanta gente que te ama. Deve estar p*to por ver gente que não era amiga se fazendo. Deve estar bolado quando alguém posta foto sua que você acha que não saiu bem”, escreveu. Regina Casé resgatou um vídeo do dia em que o humorista levou sua mãe ao programa “Esquenta”. “Dia de chorar a sua falta, mas, principalmente, de celebrar sua existência!”, acrescentou na legenda. “Que honra a nossa termos convivido com esse cara maravilhoso, assistido de pertinho o espetáculo que foi sua vida”. Fabio Porchat também buscou um vídeo de um bate-papo com Paulo Gustavo para escrever ao lado: “Que loucura… Mais um dia em que eu preciso me convencer de que é verdade. Paulo Gustavo não está mais aqui. Eu sei que ele está, mas ele não está. Não era pra ser assim. Rir é resistir seguir em frente, Paulo Gustavo pra sempre”. Samantha Schmütz comentou uma foto em que aparece andando com o amigo: “Paulo… são tantas coisas que gostaria de dizer, que resolvi apenas agradecer pela oportunidade de caminhar ao seu lado por muitos anos da minha vida…”. Cacau Protásio lembrou como a presença do comediante deixava o trabalho leve. “A gente não trabalhava, a gente se divertia”. Fiorella Mattheis postou a última foto que tirou ao lado do colega de “Vai que Cola”. “Nunca poderia imaginar isso…” E muitos outros se emocionaram, lamentaram e comemoraram o comediante nesta quarta (4/5), enquanto aguardam a principal homenagem: a derrubada no Congresso do veto de Jair Bolsonaro à Lei Paulo Gustavo, cuja votação está prevista para a manhã de quinta-feira. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Dea Amaral (@dealucia66) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Thales Bretas (@thalesbretas) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Tata Werneck (@tatawerneck) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Regina Casé (@reginacase) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Fabio Porchat (@fabioporchat) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Samantha Schmütz 🎤🎬 (@samanthaschmutz) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Cacau Protásio (@cacauprotasiooficial) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Fiorella Mattheis (@fiorellamattheis)
Multishow terá programação especial para marcar um ano sem Paulo Gustavo
O canal pago Multishow está preparando uma programação especial, que irá ao ar durante toda a quarta-feira (4/5), para marcar um ano da morte de Paulo Gustavo, vítima da covid-19. A programação começará às 7h com a exibição de vídeos com a família e os amigos, como Thales Bretas, Luciano Huck, Angélica, Fil Braz, Fiorella Mattheis, Didi Wagner e Carol Trentini. Eles contarão histórias que viveram com o humorista. A partir das 12h30, haverá uma maratona de episódios das atrações “Vai que Cola”, “220 Volts”, “A Vila” e “Ferdinando Show”, com seis horas de duração. Para completar, às 22h15 irá ao ar um especial do “Vai que Cola”, “O Grande Golpe do Valdo”, centrado no personagem do comediante.
Pastor que orou pela morte de Paulo Gustavo é condenado por homofobia
O pastor José Olímpio, da Igreja Assembleia de Deus, que orou pela morte do ator Paulo Gustavo quando ele ainda estava vivo, foi condenado pela Justiça de Alagoas pelo crime de racismo. Isto porque, desde 2019, a Justiça brasileira equivale homofobia a racismo. O pastor irá cumprir pena de 2 anos e 9 meses de prisão, que será realizada, inicialmente, em regime aberto com a prestação de serviços à comunidade. Além disso, deverá pagar 30 salários-mínimos para grupo ou organização não governamental de Alagoas com atuação em favor da comunidade LBGTQIA+. A decisão do juiz Ygor Vieira de Figueirêdo levou em conta o fato do comentário feito pelo pastor aludir à orientação sexual do artista. “No caso em apreço, diante das evidências existentes nos autos, da foto escolhida para a postagem e do reconhecimento nacional do qual gozava o ator, inclusive por seu engajamento na pauta da comunidade LGBQTIA+, o tom discriminatório é cristalino, motivo pelo qual resta demonstrada que a conduta preconceituosa foi feita em virtude da orientação sexual do senhor Paulo Gustavo”, diz o documento oficial. José Olímpio desejou a morte de Paulo Gustavo quando o humorista estava internado em estado grave após complicações causadas pela covid-19. Ele morreu da doença em 4 de maio do ano passado, causando comoção nacional. Após a sentença, Déa Lúcia, mãe de Paulo Gustavo, se manifestou nas redes sociais. “Ele orou pela morte de meu filho e eu rezo para que ele viva bastante, para se arrepender de seus pecados”, desabafou. Apesar da condenação, o pastor ainda poderá recorrer da sentença em liberdade. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Dea Amaral (@dealucia66)
São Clemente levará batalhão de famosos ao Sambódromo em homenagem a Paulo Gustavo
A escola de samba São Clemente levará um batalhão de famosos ao Sambódromo do Rio neste sábado (23/4) para homenagear o comediante Paulo Gustavo, vítima da pandemia de covid-19 no ano passado. A vida e a carreira do artista é o tema deste ano da escola, que tem Tiago Martins como carnavalesco. A lista de convidados famosos é maior que a dos camarotes patrocinados do evento. Inclui Marcus Majella, Alexandra Richter, Patrícia Travassos, Samantha Schmütz, Mariana Xavier, Rodrigo Pandolfo, Malu Valle, Susana Garcia, João Fonseca, Iafa, Jefferson Shroeder, Katiuscia Canoro, Gil Coelho, Pedroca Monteiro, Rafael Infante, Pia Manfroni, Luísa Capri, Flávia Reis, Catarina Abdala, Suzy Brasil, Monica Martelli, Luis Lobianco, Fábio Bartelt, Carol Trentini, Regina Casé, Estêvão Ciavatta, Helen Sancho, Tata Werneck, Monique Alfradique, Heloísa Perissé, Zé Ricardo, Hugo Gloss, Ingrid Guimarães, Cecília Cunha Grosso, Anderson Baumgartner, Vick Muniz, Malu Barreto, Juliana Constantino, Carol Sampaio, Vânia Catani, Felipe Veloso, Malu Miranda, Patrícia Casé, Marcelo Adnet e Tati Bonaparte, além das musas Thelminha Assis e Duda Almeida. Além deles, o desfile contará com participação do viúvo Thales Bretas, da mãe Dea Lucia e de outros integrantes da família de Paulo Gustavo. Por sinal, o principal destaque deverá ser mesmo a participação de Déa Lúcia, a mãe que é uma peça, que participará da comissão de frente da escola, “escondida” num elemento cenográfico que será revelado durante o desfile.
Bolsonaro faz demagogia com veto à Lei Paulo Gustavo
Após repercussão negativa na comunidade artística, o presidente Jair Bolsonaro buscou justificar seu veto à Lei Paulo Gustavo neste sábado (9/4) com uma explicação ilustrativa do que é demagogia política. Ele afirmou que pretende direcionar os R$ 3,86 bilhões previstos no projeto em financiamentos para o agronegócio e para Santas Casas do país, caso o Congresso mantenha o veto que ele deu na terça-feira (5/3). Parece nobre. Só que ao vetar a Lei Paulo Gustavo, Bolsonaro afirmou que a proposta não poderia ser aprovada porque fere a Lei de Responsabilidade Fiscal ao criar despesa sujeita ao limite constitucional previsto e sem apresentação de “compensação na forma de redução de despesa, o que dificultaria o cumprimento do referido limite”. Mas será que apenas mudar a destinação altera o status da verba que supostamente não podia ser gasta por ferir a Lei de Responsabilidade Fiscal? Obviamente que não. Nas enciclopédias, demagogia é descrita como “um claro interesse em manipular ou agradar a massa popular, incluindo promessas que muito provavelmente não serão realizadas, visando apenas à conquista do poder político e ou outras vantagens correlacionadas” (Wikipedia). Além de demagógica, a fala de Bolsonaro ainda indica desrespeito pela legislação brasileira e aponta mau uso de verbas públicas pelo governo federal. Da verba prevista na Lei Paulo Gustavo, R$ 2,79 bilhões seriam voltados à área audiovisual, extraídos basicamente do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual), que tem sido liberado à conta-gotas após ficar mais de um ano paralisado no governo Bolsonaro. Os valores do FSA são obtidos por meio de uma taxa específica, a CONDECINE (Contribuição para o Desenvolvimento da Indústria Cinematográfica Nacional), cobrada dos setores de telecomunicação e audiovisual com destinação apontada em Lei. A Lei Nº 11.437, de 28 de dezembro de 2006, reforçava que o total dos recursos arrecadados pela CONDECINE (criado pela Medida Provisória nº 2.228-1, de 6 de setembro de 2001) seria integralmente “alocado em categoria de programação específica, denominada Fundo Setorial do Audiovisual, e utilizado no financiamento de programas e projetos voltados para o desenvolvimento das atividades audiovisuais”. O restante da verba da Lei Paulo Gustavo viria do FNC (Fundo Nacional de Cultura). Assim como o FSA, este fundo também tem aplicação específica e mesmo quando não utilizado deveria permanecer legalmente vinculado a uso cultural. Como Bolsonaro paralisa a liberação de verbas, ambos os fundos têm grande valor acumulado para uso. O superávit destes valores foram liberados pela PEC Emergencial de março de 2021 para pagar a dívida pública até o fim de 2023. Isto liberaria o dinheiro da Cultura para Bolsonaro usar… exclusivamente para quitar dívidas existentes. Entretanto, ele está propondo fazer novas dívidas (não culturais) com o montante. A declaração sobre a intenção de Bolsonaro está em vídeo postado em suas redes sociais, no qual ele aparece rodeado por simpatizantes no Santuário São Miguel Arcanjo, na cidade de Bandeirantes, no Paraná. Na mesma fala, Bolsonaro criticou o uso do dinheiro no setor pelo governador da Bahia, Rui Costa, do PT. “O Rui Costa vai aplicar em que na cultura na Bahia? Com aqueles figurões que ficaram de fora da Lei Rouanet”, afirmou. O fomento cultural é responsável por centenas de milhares de empregos no Brasil, movimenta a economia e faz crescer a influência do país no mercado internacional. Qual a importância disso? Graças ao apoio de seu governo, a Coreia do Sul virou uma potência cultural, transformando filmes, séries e músicas em produtos de exportação com impacto significativo no seu PIB (Produto Interno Bruto). Em linguagem acadêmica, isto se chama “soft power”. Em plena crise financeira, Bolsonaro propõe a receita inversa para o Brasil. O Congresso agora vai avaliar o veto do presidente, que será submetido à votação. Para derrubá-lo e efetivar a Lei Paulo Gustavo, será necessária a maioria absoluta dos votos de deputados e senadores. Se o veto não for apreciado em 30 dias, será incluído automaticamente na pauta do Congresso Nacional, barrando as demais deliberações até que seja colocado em votação. A iniciativa da Lei Paulo Gustavo foi do próprio poder legislativo, o que deve favorecer a derrubada do veto. Após a eventual aprovação, a União terá de enviar o dinheiro que represou do FNC e FSA aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para que sejam aplicados em iniciativas culturais, livrando os fundos das “limitações de despesas”, evocadas para justificar o travamento dos recursos por parte do governo.
Viúvo e mãe de Paulo Gustavo criticam veto à lei que leva o nome do artista
O médico Thales Bretas e Dea Lúcia Amaral, respectivamente viúvo e mãe de Paulo Gustavo, criticaram o veto do presidente Jair Bolsonaro à lei que leva o nome do artista e que destinaria R$ 3,86 bilhões para estados e municípios ajudarem o setor cultural a se recuperar dos impactos da crise causada pela pandemia da covid-19. “Que tristeza ver nosso país tão desarticulado politicamente. Sem saber defender os interesses da Cultura e o bem-estar do povo”, escreveu Bretas no Stories do Instagram. Já Dea Lúcia Amaral publicou uma montagem com uma foto do filho e de Bolsonaro. Na imagem do presidente, há um X em vermelho e a frase: você será vetado. “Que mico, hein???”, escreveu ela na legenda. Ela também postou um pedido para que as pessoas pressionem seus parlamentares para que o veto de Bolsonaro seja derrubado no Congresso Nacional. Paulo Gustavo morreu aos 42 anos em maio do ano passado, vítima de complicações da covid-19. Casado com Bretas, ele deixou dois filhos, os gêmeos Gael e Romeu. A Lei Paulo Gustavo previa destravar parte dos recursos do FNA (Fundo Nacional da Cultura) e do FSA (Fundo Setorial do Audiovisual), fundos públicos voltados para o fomento do setor cultural, que no atual governo enfrentam lentidão na liberação e/ou paralisação inéditas de suas finalidades. A distribuição dos recursos também tiraria o peso das mudanças na Lei Rouanet realizadas recentemente pela Secretaria Especial de Cultura, que apertaram o gargalo e buscaram estabelecer “filtros” para a liberação de incentivos federais. O Congresso agora vai avaliar o veto de Bolsonaro, que será submetido à votação. Para derrubar o veto e efetivar a Lei Paulo Gustavo, será necessária a maioria absoluta dos votos de deputados e senadores. Se o veto não for apreciado em 30 dias, será incluído automaticamente na pauta do Congresso Nacional, barrando as demais deliberações até que seja colocado em votação. A iniciativa da Lei Paulo Gustavo foi do próprio poder legislativo, o que deve favorecer a derrubada do veto. Após a eventual aprovação, a União terá de enviar o dinheiro que represou do FNC, FSA e outras receitas aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para que sejam aplicados em iniciativas culturais.
Jair Bolsonaro veta Lei Paulo Gustavo
O presidente Jair Bolsonaro vetou na noite de terça (5/4) a Lei Paulo Gustavo, que ajudaria o setor cultural afetado pela pandemia de covid-19. Bolsonaro justificou a decisão por considerar que a proposição legislativa vinha em “contrariedade ao interesse público”, por destinar o montante de R$ 3,8 bilhões do Orçamento Geral da União aos entes federativos com a finalidade de fomentar a Cultura. A maior contrariedade é, na verdade, ao projeto do próprio Bolsonaro, que tem destinado verbas da Cultura para iniciativas de setores religiosos e empresariais. A aprovação da Lei diminuiria o impacto da lentidão/paralisação na liberação de fomentos culturais e tornariam inócuas as mudanças na Lei Rouanet realizadas recentemente pela Secretaria Especial de Cultura, que buscaram estabelecer “filtros” para a liberação de incentivos federais – além de incluir Arte Sacra como uma alternativa para incentivos. Bolsonaro argumentou ainda que a proposição legislativa “enfraqueceria as regras de controle, eficiência, gestão e transparência”, o que poderia furar o teto de gastos. O projeto aponta como fontes de recursos verbas que já estão no Orçamento, advindas do excesso de arrecadação do Fundo Nacional de Cultura (FNC) e outras receitas apontadas pela União, que se encontravam paralisadas por inércia do governo – como o FSA (Fundo Setorial do Audiovisual), formado por taxação específica do setor (sem investimento do governo), retomado após paralisação de cerca de dois anos. O projeto foi batizado como Lei Paulo Gustavo em homenagem ao ator, que morreu de covid-19 em maio de 2021. Durante a votação, senadores fizeram homenagens ao ator. Randolfe Rodrigues (Rede-AP) referiu-se a Paulo Gustavo como “um dos maiores artistas” que o país já teve. Já o ex-secretário da Cultura Mario Frias, absolutamente contrário à liberação de incentivos sem “filtros” do governo, chegou a rebater a ideia insinuando que Paulo Gustavo não teria morrido de covid-19. O Congresso agora vai avaliar o veto de Bolsonaro, que será submetido à votação. Para derrubar o veto e efetivar a Lei Paulo Gustavo, será necessária a maioria absoluta dos votos de deputados e senadores. Se o veto não for apreciado em 30 dias, será incluído automaticamente na pauta do Congresso Nacional, barrando as demais deliberações até que seja colocado em votação. A iniciativa da Lei Paulo Gustavo foi do próprio poder legislativo, o que deve favorecer a derrubada do veto. Após a eventual aprovação, a União terá de enviar o dinheiro que represou do FNC, FSA e outras receitas aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios para que sejam aplicados em iniciativas culturais.
Câmara aprova Lei Paulo Gustavo, que vai fomentar a Cultura no Brasil
A Câmara dos Deputados aprovou nesta quinta-feira (24/2) o projeto da Lei Paulo Gustavo, que prevê a aplicação de R$ 3,8 bilhões em ações emergenciais para conter os efeitos da pandemia de covid-19 sobre o setor cultural. O projeto recebeu 411 votos favoráveis e 27 contrários, apesar do engajamento do secretário da Cultura Mario Frias e seus subalternos em campanha nas redes sociais contra a aprovação. Entre outras manifestações, o secretário da Cultura que é contra disponibilizar mais verbas para a Cultura chegou a insinuar até que Paulo Gustavo não tinha morrido de covid-19. Como relator do texto na Câmara, deputado José Guimarães, acatou duas emendas, a proposta vai voltar ao Senado, antes de seguir para sanção de Jair Bolsonaro. O presidente já antecipou que deve vetar, o que fará o projeto voltar ao Congresso para a derrubada do veto, antes de virar lei. A Lei Paulo Gustavo libera cerca de R$ 3,9 bilhões para a área cultural, como forma de amenizar a paralisação de setor causada pela pandemia – e também pelo travamento de recursos disponíveis, paralisados pela falta de ação e iniciativa do governo. Para situar o leitor, a aprovação da lei destravará apenas parte dos recursos disponíveis no Fundo Nacional da Cultura e do Fundo Setorial do Audiovisual, que são verbas arrecadadas especificamente para o fomento do setor cultural. A Ancine, que pode ter mais de R$ 2,5 bilhões parados no Fundo Setorial do Audiovisual, tem liberado verbas a conta-gotas, fazendo grande estardalhaço a cada edital arrancado a fórceps, enquanto deixa bilhões arrecadados para isto sem uso. A ideia é que esse dinheiro liberado seja executado por estados e municípios, assim como aconteceu com a Lei Aldir Blanc. No ano retrasado, esta última representou um aporte sem precedentes ao setor cultural brasileiro. Foram R$ 3 bilhões destinados aos estados, ao Distrito Federal e aos municípios, também como forma de socorro durante a paralisação das atividades causada pela pandemia. Graças a Lei Aldir Blanc, até projetos que foram boicotados por “filtros” ideológicos de Bolsonaro conseguiram virar filmes, caso do documentário “Transversal”, lançado nesta quinta nos cinemas brasileiros. Do total previsto pela Lei Paulo Gustavo, R$ 2,797 bilhões serão destinados a ações no setor audiovisual e R$ 1,065 bilhão para ações emergenciais para a cultura.
Mario Frias insinua que Paulo Gustavo não morreu de covid-19
Mario Frias, secretário especial de Cultura do governo Bolsonaro, insinuou que Paulo Gustavo não morreu vítima da covid-19. A declaração foi feita, reforçada e repetida várias vezes durante uma live exibida no canal do YouTube do deputado federal Eduardo Bolsonaro na noite de segunda-feira (14/2). Frias disse que telefonou para uma amiga do comediante quando ele ainda estava internado na UTI, no ano passado, e que ela teria dito que o problema dele não era covid há muito tempo. Segundo sua longa explicação, o presidente Jair Bolsonaro lhe pediu para descobrir o telefone da família do ator para saber o que poderia fazer para ajudar. “Liguei para alguns amigos em comum e cheguei numa amiga muito próxima do Paulo Gustavo. Uma até que, depois do falecimento dele, fez campanha, chorou, xingou o presidente, fez aquele papelão ridículo de quem pro público faz uma coisa e na vida real faz outra, que é muito hábito de artista – isto ninguém pode dizer que eu não conheço”, contou Frias. “E lá pelas tantas no telefonema, ela já chorando, me falou: o problema do Paulo já não é covid há muito tempo”, continuou. “Veja bem o que eu tô falando”, ele pausou, repetindo lentamente todas as palavras. “O problema do Paulo já não é covid há muito tempo”. E seguiu repetindo: “Ela diz com todas as letras, um pouco antes do falecimento, ela assumiu no telefone que já não era covid”. E repetindo. “Palavras dela: já não é covid há muito tempo”. Em seguida, encaixou uma frase de efeito: “Então isso mostra, Eduardo, a hipocrisia da classe…” No meio do discurso, Frias ainda fez uma defesa enfática da desconhecida sensibilidade de Bolsonaro, antes de retomar: “O que se transforma num filme de terror é o oportunismo desta turma. Usar o nome de um ator talentoso, que fez muito sucesso – independente de ter usado o recurso da Lei Rouanet ou não – pra fazer palanque político-ideológico em cima do túmulo de alguém”. Algumas observações importantes diante das declarações. Uma grande amiga de Paulo Gustavo que ficou furiosa e xingou Bolsonaro após a morte do ator chama-se Samantha Schmütz. A causa oficial da morte de Paulo Gustavo foi embolia gasosa decorrente de sequelas do contágio de covid-19. Segundo o raciocínio de Mario Frias, se uma pessoa levar uma facada e ficar internada em tratamento intensivo, vindo a morrer um mês depois, a facada não teria nenhuma relação com a morte, porque foi “há muito tempo”. Se esta pessoa sobrevivesse, comesse camarão e anos depois fosse internada novamente de emergência, o caso seria ainda pior. Não teria sido consequência da facada há muito mais tempo. A transmissão, que contou com a presença de André Porciuncula, encarregado das mudanças recentes na Lei Rouanet, foi feita para o projeto da chamada Lei Paulo Gustavo, que libera cerca de R$ 3,8 bilhões para a área cultural, como forma de amenizar a paralisação de setor causada pela pandemia. Foi aprovado no ano passado no Senado e vai para votação na Câmara dos Deputados nesta terça-feira. Encampada pela oposição, a lei quer destravar parte dos recursos do Fundo Nacional da Cultura e do Fundo Setorial do Audiovisual, fundos públicos voltados para o fomento do setor cultural, que encontram-se travados pelo governo Bolsonaro. A ideia é que esse dinheiro liberado seja executado por estados e municípios, assim como aconteceu com a Lei Aldir Blanc. Frias já declarou diversas vezes ser contra a nova lei e qualquer iniciativa que possa liberar dinheiro para a produção cultural no Brasil sem “filtros” bolsonaristas. A insinuação sobre Paulo Gustavo vem no momento em que o secretário de Cultura é cobrado por outra polêmica, uma viagem mal justificada a Nova York no final do ano passado, paga pelos contribuintes, que gerou representação do Ministério Público junto ao Tribunal de Contas da União.
Data de nascimento de Paulo Gustavo vira Dia do Humor no Rio de Janeiro
Depois de virar nome de rua em Niterói, Paulo Gustavo foi homenageado com uma data comemorativa no estado do Rio de Janeiro. A partir de agora, o dia 30 de outubro, data de nascimento de Paulo Gustavo, será comemorado como o “Dia Estadual do Humor”. A data foi estabelecida por lei aprovada na Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro e sancionada pelo governador Cláudio Castro nesta terça (26/10). O texto determina: “Fica banido o mau humor, a partir da publicação da presente Lei, especialmente, na data de que trata o artigo 1º [30 de outubro]”. Pela lei, os deputados estaduais deverão fazer uma sessão solene anual em homenagem aos artistas que vivem do humor, sempre em 30 de outubro. O projeto de lei é do deputado estadual André Ceciliano, presidente da casa. “Nosso objetivo é eternizá-lo no calendário oficial do Estado do Rio de Janeiro e promover uma celebração ao ato de fazer rir, reconhecendo a importância que a comédia tem na vida dos cidadãos fluminenses e a sua potência para transformar o mundo e as pessoas para melhor. Paulo conseguia, por meio do riso, levar uma mensagem de tolerância e respeito”, afirmou Ceciliano. Paulo Gustavo foi uma das muitas vítimas da pandemia de covid-19 no Brasil. Falecido no auge da carreira, aos 42 anos, o ator e criador de “Minha Mãe É uma Peça” deixou dois filhos e o marido, Thales Bretas.
Gil do Vigor gravou participação em “Vai que Cola”
O ex-“BBB” Gil do Vigor gravou uma participação especial na 9ª temporada de “Vai que Cola”, que estreia em novembro no canal pago Multishow. A gravação ocorreu na véspera do economista embarcar para os EUA, onde já começou a estudar para seu PhD. “Por ser um programa que tem todo um envolvimento LGBTQIAP+, ele é de fato representativo. Eu me joguei, me diverti, fiz com muito carinho e espero que o público goste”, disse Gil à coluna de Patricia Kogut, no jornal O Globo. O programa terá ainda uma homenagem a Paulo Gustavo na estreia da temporada. O ator, que morreu de covid-19 em maio passado, interpretou o personagem Valdomiro no humorístico. O Multishow também desenvolve um especial de fim de ano com textos inéditos de Paulo Gustavo para a série baseada no sucesso “Minha Mãe é uma Peça”.
Multishow prepara especial em homenagem a Paulo Gustavo
O Multishow prepara um especial de fim de ano em homenagem ao comediante Paulo Gustavo, que morreu de Covid em maio. O projeto usará os textos que ele estava preparando para a série baseada em “Minha Mãe é uma Peça”. Os roteiros já estavam prontos e Paulo começaria a gravar a série em fevereiro, mas a produção acabou adiada por conta da pandemia. Além do Multishow, a atração iria ao ar no Globoplay e na Globo. A ideia era que a 1ª temporada mostrasse a protagonista, Hermínia, casada e com os filhos pequenos. Na seguinte, viria a adolescência deles. Depois, os dois surgiriam já adultos. A diretora Susana Garcia (que dirigiu “Minha Mãe é uma Peça 3”) e o roteirista Fil Braz (que escreveu os três “Minha Mãe é uma Peça” do cinema), grandes amigos e parceiros do humorista, estão à frente da homenagem. Além do especial, o Multishow também homenageará o ator na estreia da nova temporada de “Vai que Cola”, programa de que ele participou durante anos. O primeiro episódio da 8ª temporada será dedicado a ele. Vai ao ar em 30 de novembro.











