Estreias | Cinemas recebem dois filmes do Oscar 2024
A programação de cinema desta quinta (25/1) recebe dois lançamentos que disputam o Oscar de Melhor Filme, “Anatomia de uma Queda” e “Vidas Passadas”, mas o circuito amplo privilegia a comédia romântica “Todos Menos Você” e a fantasia infantil brasileira “Príncipe Lu e a Lenda do Dragão”. Outros filmes incluem a continuação do blockbuster nacional “Nosso Lar”, thrillers espanhóis intensos e animações inovadoras. Confira abaixo a relação completa das estreias. ANATOMIA DE UMA QUEDA Filme europeu mais premiado do ano, vencedor do Festival de Cannes e do European Film Awards (o Oscar europeu), o drama de tribunal e suspense da francesa Justine Triet (“Sibyl”) acompanha o julgamento de uma mulher suspeita de matar o marido. O homem foi encontrado ensanguentado no gelo, após uma queda de um andar elevado da casa da família e a única testemunha do que aconteceu é o filho cego do casal, que vive mudando sua versão dos acontecimentos. A trama se desdobra em um mistério: foi acidente, suicídio ou assassinato? A verdade transita entre a vida doméstica do casal e o tribunal, e para expô-la, Triet explora temáticas como sexo, ambição, papéis de gênero, casamento e os julgamentos sociais impostos às mulheres. A narrativa é enriquecida por flashbacks do marido e pelo envolvimento do filho do casal, vivido por Milo Machado Graner, cuja visão prejudicada é tanto um ponto do enredo quanto uma metáfora na história. Este é o tipo de filme que mantém o espectador questionando a verdadeira natureza dos eventos e a culpabilidade dos personagens até o final, provocando reflexões sobre percepção, verdade e justiça. O papel principal é interpretado pela alemã Sandra Hüller (conhecida por “Toni Erdmann”), que também venceu o European Awards na categoria de Melhor Atriz do ano e concorre ao Oscar de Melhor Atriz, que será entregue em março. Ao todo, “Anatomia de uma Queda” disputa a cinco Oscars, incluindo Melhor Direção e Filme do Ano – mas, por motivos muito franceses, não foi selecionado pela França para tentar vaga no Oscar de Filme Internacional. VIDAS PASSADAS O primeiro longa-metragem da cineasta coreano-canadense Celine Song apresenta uma narrativa envolvente que se desenrola ao longo de 24 anos, explorando as relações e o conceito de in-yun, uma conexão pessoal que transcende vidas. A trama segue a jornada de Hae Sung, interpretado por Teo Yoo, e Nora, vivida por Greta Lee, dois amigos de infância de Seul que se separam quando Nora emigra para Toronto com sua família. A história avança 12 anos, quando os dois se reconectam virtualmente, compartilhando conversas pelo Facebook e Skype. Nora, agora uma dramaturga, e Hae Sung, um estudante de engenharia, discutem sobre suas vidas, transformações e memórias, enquanto Nora se adapta a uma nova identidade em uma cultura diferente. Essa reconexão virtual revela sentimentos não resolvidos entre eles, embora Nora esteja casada com Arthur, um escritor interpretado por John Magaro. A presença de Arthur adiciona tensão à história, pois ele representa um novo capítulo na vida da protagonista e um obstáculo potencial ao reencontro com Hae Sung. Mesmo assim, Hae Sung decide visitar Nora em Nova York, desencadeando uma série de emoções e reflexões sobre as escolhas feitas e os caminhos não percorridos. “Vidas Passadas” destaca a complexidade das relações humanas e o impacto da distância e do tempo em amizades e amores passados. A cinematografia e a trilha sonora intensificam a atmosfera de nostalgia e introspecção, enquanto a direção de Song conduz habilmente uma jornada emocional que questiona o destino, a identidade, existências paralelas e o significado das conexões humanas ao longo do tempo, fazendo com o espectador se veja refletido na tela, questionando sua própria trajetória. Inspirada em sua própria experiência pessoal, a estreia de Celine Song foi considerada tão impressionante que concorre a dois Oscars: Melhor Roteiro Original e Filme do ano. TODOS MENOS VOCÊ Sucesso nas bilheterias dos EUA, o filme é apontado como responsável por resgatar o gênero das comédias românticas no cinema. Com uma abordagem jovem e contemporânea, a produção revitaliza o gênero sem inovar na fórmula, que segue uma estrutura clássica – da peça “Muito Barulho por Nada”, de William Shakespeare. Na história, os personagens de Sydney Sweeney (conhecida por “Euphoria”) e Glen Powell (de “Top Gun: Maverick”) são antigos colegas de faculdade que reatam a convivência ao serem convidados para o casamento de um amigo em comum. A situação se complica quando descobrem que seus ex-namorados também estão na lista de convidados, levando-os a combinar um relacionamento falso para criar um clima. Só que tem um detalhe: os dois na verdade nunca se suportaram. A premissa é das mais conhecidas do gênero, envolvendo um casal que se repudia até se apaixonar. Tudo acontece durante um casamento na Austrália, onde a combinação de paisagens deslumbrantes, atuações carismáticas e um roteiro bem elaborado resultam numa diversão leve e descomplicada. A direção é de Will Gluck (de “A Mentira” e “Pedro Coelho”), que também assina o roteiro em parceria com Ilana Wolpert (de “High School Musical: A Série: O Musical”), e o elenco ainda inclui Alexandra Shipp (“X-Men: Apocalipse”), Hadley Robinson (“O Pálido Olho Azul”), Michelle Hurd (“Star Trek: Picard”), Dermot Mulroney (“Invasão Secreta”), Darren Barnet (“Gran Turismo”), Rachel Griffiths (“A Sete Palmos”) e Bryan Brown (“Deuses do Egito”). AS BESTAS O suspense de Rodrigo Sorogoyen (“Madre”), um dos diretores mais aclamados do cinema contemporâneo espanhol, é baseado num caso criminal real na Espanha. Construído como uma tragédia, o enredo acompanha o casal francês Antoine (Denis Ménochet) e Olga (Marina Foïs), que se mudam para a região da Galícia, na Espanha, com o objetivo de adotar práticas agrícolas sustentáveis. Eles se encontram em oposição a dois irmãos locais, Xan (Luis Zahera) e Lorenzo (Diego Anido), cuja hostilidade contra os “estrangeiros” vai além do mero desagrado. O filme explora as tensões entre os personagens principais, enfatizando um conflito cultural e ideológico no ambiente rural. O roteiro, coescrito por Sorogoyen e Isabel Peña, desenvolve uma narrativa onde os confrontos são intensificados pela recusa de Antoine em vender suas terras para projetos de energia eólica, algo desejado por muitos na comunidade. Esse impasse gera uma série de eventos hostis, incluindo sabotagem e intimidação, à medida que a tensão entre o casal e os irmãos aumenta. Além de atuações intensas, a obra é notável pelo seu aspecto visual e técnico. Apesar de alguma controvérsia relacionada à representação dos personagens locais, “As Bestas” recebeu nove prêmios Goya em 2022, incluindo Melhor Filme e Direção. O REFÉM – ATENTADO EM MADRI O thriller espanhol acompanha as consequências de um atentado terrorista e apresenta uma parceria já estabelecida entre o diretor Daniel Calparsoro e o talentoso ator Luis Tosar, que previamente colaboraram em “Até o Céu” (2020) – e na série homônima da Netflix – , recebendo elogios da crítica. A história se concentra em Santi, interpretado por Luis Tosar, um taxista que, de forma inesperada, se torna refém do único terrorista sobrevivente do atentado fracassado. A reviravolta acontece quando Santi é forçado a se tornar uma bomba humana, caminhando pela Gran Vía de Madrid com um colete explosivo. Esse cenário tenso estabelece o tom para a ação frenética e uma complexa interação entre os serviços de inteligência, as forças de emergência e os meios de comunicação espanhóis. A atuação de Tosar como Santi é um ponto alto da produção, destacando-se na representação de um homem comum enfrentando uma tragédia extraordinária. Graças a seu desempenho, o longa supera o formato padrão de thriller, tornando-se uma reflexão sobre a condição humana diante de circunstâncias extremas. NAUEL E O LIVRO MÁGICO O filme chileno-brasileiro de animação, dirigido por Germán Acuña, narra a história de um menino, Nauel, que vive com seu pai pescador e tem um medo intenso do mar. A vida do garoto muda drasticamente quando ele descobre um livro mágico antigo e atrai a atenção de um feiticeiro malicioso que quer o livro para si. A situação se agrava quando o pai de Nauel é sequestrado pelo vilão, levando o garoto a embarcar em uma jornada perigosa para resgatá-lo e enfrentar seus temores. Repleto de elementos tradicionais, como animais falantes e uma jovem que ajuda o protagonista a encontrar coragem, a história, direcionada principalmente ao público infantil, faz de Nauel um personagem com o qual crianças podem se identificar, aprendendo a lidar com seus próprios medos. Mas ainda que siga uma fórmula tradicional, o longa se diferencia por seu estilo visual marcante. A animação mistura técnicas digitais com traços que remetem aos animes dos anos 1970, além de contar com cenários bem elaborados, que criam um ambiente cativante e atraente. O resultado evidencia a qualidade crescente da cena de animação da América Latina. BIZARROS PEIXES DAS FOSSAS ABISSAIS A animação do diretor Marão acompanha uma tartaruga urbana com transtorno obsessivo-compulsivo, dublada por Rodrigo Santoro. O filme explora a obsessão da personagem pela ordem e limpeza através de detalhes visuais, em vez de diálogos. Mas uma enchente inesperada a arrasta do conforto de sua loja ao caótico centro do Rio de Janeiro, onde ela encontra um ambiente desordenado que desafia suas compulsões. O elenco de vozes também conta com a atriz Natália Lage como a protagonista feminina, uma mulher com superpoderes excêntricos, e o dublador Guilherme Briggs, que empresta sua voz a uma nuvem com características particulares. Juntos com a tartaruga, eles formam o trio central de personagens, que embarcam numa jornada única, desde a Baixada Fluminense até as profundezas oceânicas das fossas abissais, passando por Araraquara e Sérvia, enfrentando rinocerontes espaciais pelo caminho, enquanto buscam de cacos de um jarro que formam um mapa. A trama inusitada é acompanhada por uma estética anárquica, criada por Marão e sua pequena equipe, que mistura técnicas diferentes de animação para refletir um espírito caótico: cenas em preto e branco são sucedidas por sequências coloridas e texturizadas, enquanto os personagens transitam entre momentos de introspecção e caricaturas cômicas. Misturando ação, humor e elementos de fantasia num cenário brasileiro, a animação conclui com um desvio para o drama familiar, oferecendo uma experiência de entretenimento diferenciada e marcada pela criatividade. PRÍNCIPE LU E A LENDA DO DRAGÃO O segundo longa-metragem de Luccas Neto produzido para os cinemas apresenta uma aventura ambientada em um reino medieval, onde Neto interpreta o personagem principal. A história segue a jornada de Lu, um príncipe jovem e desinteressado, que enfrenta a tarefa de amadurecer rapidamente devido a uma profecia que ameaça seu reino com a aparição de um dragão. Apesar da criatura estar no título, este elemento-chave da trama quase não aparece o filme, que segue uma estrutura narrativa convencional de contos de fadas, incluindo reis, espadas, dragões e princesas. Dirigido por Leandro Neri, o longa infantil também conta com Maurício Mattar e Flávia Monteiro, como os pais reais de Lu, e Renato Aragão, o eterno Trapalhão, que assume agora o papel de simples coadjuvante, como mentor do jovem protagonista. NOSSO LAR 2 – OS MENSAGEIROS A sequência do blockbuster espírita lançado em 2010, baseado na obra homônima psicografada pelo médium Chico Xavier, acompanha um grupo de mensageiros da cidade Nosso Lar, liderados por Aniceto (Edson Celulari), que vai à Terra com o objetivo de ajudar a salvar três de seus protegidos que estão prestes a fracassar. Com histórias que se cruzam, um é médium que não cumpriu o planejado em sua missão, outro é líder de uma casa espírita e o terceiro é um empresário responsável por uma oficina espiritual. Com direção de Wagner de Assis (do primeiro “Nosso Lar”), o filme também traz no elenco Vanessa Gerbelli (“Maldivas”), Fábio Lago (“Tropa de Elite”), Julianne Trevisol (“Os Mutantes”), Othon Bastos (“O Paciente: O Caso Tancredo Neves”) e Fernanda Rodrigues (“O Outro Lado do Paraíso”), além de Renato Prieto (“Nosso Lar”), que retoma o papel do médico André Luiz, protagonista do primeiro filme e um dos espíritos autores mais frequentes nas obras de Xavier. Bastante didático, o filme tem objetivo de conversão, buscando transmitir ensinamentos espíritas, enquanto oferece aos espectadores...
“O Reino Animal” e “Anatomia de uma Queda” lideram indicações do “Oscar francês”
A Academia de Artes e Técnicas Cinematográficas da França anunciou nesta quarta-feira (24/11) a lista dos indicados a sua premiação anual, o César Awards, considerado o Oscar do cinema francês. “O Reino Animal”, aventura dirigida por Thomas Cailley (“Amor à Primeira Briga”), lidera as indicações concorrendo em 12 categorias, mas é seguido de perto por “Anatomia de uma Queda”. O premiado drama de Justine Triet (“Sybil”), que venceu a Palma de Ouro no Festival de Cannes e foi indicado a cinco estatuetas do Oscar, recebeu 11 nomeações. A ironia dessa listagem é que “Anatomia de uma Queda” foi esnobado pelo comitê responsável por selecionar o representante francês ao Oscar de Melhor Filme Internacional. Caso fosse a opção oficial da França, o longa teria seis indicações ao Oscar e poderia dar uma estatueta ao país na categoria – a França não vence o Oscar desde 1993, com “Indochina”. Em vez do filme de Justine Triet, o comitê dos intelectuais franceses optou por “O Sabor da Vida”, de Trần Anh Hùng (“O Cheiro da Papaia Verde”), estrelado por Juliette Binoche, que não só ficou fora do Oscar como recebeu somente três indicações ao Cesar, em categorias menos relevantes. A lista também incluiu o favorito ao Oscar de Melhor Filme, “Oppenheimer”, de Christopher Nolan, na disputa de Melhor Filme Estrangeiro. A 49ª edição do César Awards acontece no dia 23 de fevereiro. Confira abaixo a lista dos indicados. MELHOR FILME “Anatomia de uma Queda” “Cão Danado” “Je Verrai Toujours vos Visages” “O Caso Goldman” “O Reino Animal” MELHOR DIREÇÃO Justine Triet, “Anatomia de uma Queda” Catherine Breillat, “Culpa e Desejo” Janne Henry, “Je Verrai Toujours vos Visages” Cédric Khan, “O Caso Goldman” Thomas Cailey, “O Reino Animal” MELHOR ATRIZ Marion Cotillard, “Little Girl Blue” Léa Drucker, “Culpa e Desejo” Virginie Éfira, “L’Amour et les Forêts” Hafsia Herzi, “Le Ravissement” Sandra Hüller, “Anatomia de uma Queda” MELHOR ATOR Romain Duris, “O Reino Animal” Benjamin Lavernhe, “L’Abbé Pierre — Uma Vida de Combates” Melvil Poupaud, “L’Amour et les Forêts” Raphaël Quenard, “Yannik” Arieh Worthalter, “O Caso Goldman” MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Leila Bekhti, “Je Verrai Toujours vos Visages” Galatea Bellugi, “Cão Danado” Élodie Bouchez, “Je Verrai Toujours vos Visages” Adèle Exarchopoulos, “Je Verrai Toujours vos Visages” Miou Miou, “Je Verrai Toujours vos Visages” MELHOR ATOR COADJUVANTE Swann Arlaud, “Anatomia de uma Queda” Anthony Bajon, “Cão Danado” Arthur Harari, “O Caso Goldman” Pio Marmaï, “Yannik” Antoine Reinartz, “Anatomia de uma Queda” MELHOR FILME ESTRANGEIRO “Rapito” (Itália) “Folhas de Outono” (Finlândia) “Oppenheimer” (EUA) “Dias Perfeitos” (Japão) “Simple comme Sylvain” (Canadá) MELHOR ATRIZ REVELAÇÃO Céleste Brunnquell, “La Fille de seu Père” Kim Higelin, “Le Consentement” Suzanne Jouannet, “La Voie Royale” Rebecca Marder, “De Grandes Espérances” Ella Rumpf, “O Desafio de Marguerite” MELHOR ATOR REVELAÇÃO Julien Frison, “O Desafio de Marguerite” Paul Kircher, “O Reino Animal” Samuel Kircher, “Culpa e Desejo” Milo Machado Graner, “Anatomia de uma Queda” Raphaël Quenard, “Cão Danado” MELHOR FILME DE ESTREIA “Bernadette”, de Léa Domenach “Cão Danado”, de Jean-Baptiste Durand “Le Ravissement”, de Iris Kaltenbäck “Vermines”, de Sébastien Vanicek “Vincent Deve Morrer”, de Stephan Castang” MELHOR ROTEIRO ORIGINAL Justine Triet e Arthur Harari, “Anatomia de uma Queda” Jean-Baptiste Durand, “Cão Danado” Jeanne Herry, “Je Verrai Toujours vos Visages” Nathalie Hertzberg e Cédric Kahn, “O Caso Goldman” Thomas Cailley e Pauline Munier, “O Reino Animal” MELHOR ROTEIRO ADAPTADO Valérie Donzelli e Audrey Diwan, “L’Amour et les Forêts” Vanessa Filho, “Le Consentement” Catherine Breillat, “Culpa e Desejo” MELHOR DOCUMENTÁRIO “Atlantic Bar”, de Fanny Molins “Les Filles d’Olfa”, de Kaouther Ben Hania “Little Girl Blue”, de Mona Achache “Notre Corps”, de Claire Simon “Sur l’Adamant”, de Nicolas Philibert MELHOR ANIMAÇÃO “Interdit aux Chiens et aux Italianos”, de Alain Ughetto “Linda Veut du Poulet!”, de Chiara Malta e Sébastien Laudenbach “Mars Express”, de Jérémie Périn” MELHOR FIGURINO “Jeanne du Barry” “O Crime é Meu” “O Sabor da Vida” “O Reino Animal” “Os Três Mosqueteiros” (“Parte 1: D’Artagnan” e “Parte 2: Milady”) MELHOR DIREÇÃO DE ARTE “Anatomia de uma Queda” “Jeanne du Barry” “O Sabor da Vida” “O Reino Animal” “Os Três Mosqueteiros” (“Parte 1: D’Artagnan” e “Parte 2: Milady”) MELHOR TRILHA SONORA ORIGINAL “L’Amour et les Forêts” “Cão Danado” “Disco Boy — Choque entre Mundos” “O Reino Animal” “Os Três Mosqueteiros” (“Parte 1: D’Artagnan” e “Parte 2: Milady”) MELHOR SOM “Anatomia de uma Queda” “Je Verrai Toujours vos Visages” “O Caso Goldman” “O Reino Animal” “Os Três Mosqueteiros” (“Parte 1: D’Artagnan” e “Parte 2: Milady”) MELHOR MONTAGEM “Anatomia de uma Queda” “Je Verrai Toujours vos Visages” “Little Girl Blue” “O Caso Goldman” “O Reino Animal” MELHOR DIREÇÃO DE FOTOGRAFIA “Anatomia de uma Queda” “O Sabor da Vida” “O Caso Goldman” “O Reino Animal” “Os Três Mosqueteiros” (“Parte 1: D’Artagnan” e “Parte 2: Milady”) MELHOR EFEITOS ESPECIAIS “Acide” “La Montagne” “O Reino Animal” “Os Três Mosqueteiros” (“Parte 1: D’Artagnan” e “Parte 2: Milady”) Léo Ewald pour Vermines MELHOR CURTA-METRAGEM “L’Attente”, de Alice Douard “Boléro”, de Nans Laborde-Jourdaa “Rapide”, de Paul Rigoux “Les Silencieux”, de Basile Vuillemin MELHOR CURTA DE ANIMAÇÃO “Drôles d’Oiseaux”, de Charlie Belin “Été 96”, de Mathilde Bédouet “La Forêt de Mademoiselle Tang”, de Denis Do MELHOR CURTA DE DOCUMENTÁRIO “L’Acteur ou la Surprenante Vertu de l’Incompréhension”, de Raphaël Quenard e Hugo David “L’Effet de Mes Rides”, de Claude Delafosse “La Mécanique des Fluides”, de Gala Hernandez Lopez”
Oppenheimer lidera lista dos indicados ao Oscar 2024
A lista oficial dos indicados ao Oscar 2024 foi anunciada nesta terça-feira (23/1), numa cerimônia comandada por Zazie Beetz (“Coringa”) e Jack Quaid (“The Boys”) em Los Angeles, nos Estados Unidos. A premiação está marcada para dia 10 de março com apresentação de Jimmy Kimmel – e começará mais cedo que o habitual, às 21h (horário de Brasília). A relação destacou o filme “Oppenheimer” com indicações em 12 categorias diferentes, incluindo Melhor Filme, Melhor Direção para Christopher Nolan e Melhor Ator para a Cillian Murphy. “Pobres Criaturas”, com 11 indicações, e “Assassinos da Lua das Flores”, com 10, vem na sequência. E para quem desacreditou do potencial de “Barbie”, o filme conseguiu 8 indicações, incluindo Melhor Filme e uma dobradinha em Melhor Canção Original com “I’m Just Ken”, de Ryan Gosling, e “What Was I Made For?”, de Billie Eilish. No entanto, a diretora Greta Gerwig e a atriz Margot Robbie não foram indicadas. Já a indicação surpresa de America Ferrera fez da atriz de “Barbie” a primeira nomeada ao Oscar de ascendência hondurenha. Outro marco foi a indicação de Lily Gladstone como Melhor Atriz. A protagonista de “Assassinos da Lua das Flores” é a primeira nativa americana a concorrer ao Oscar. Além disso, Martin Scorsese alcançou sua 10ª indicação à estatueta, superando Steven Spielberg, indicado nove vezes, para se tornar o cineasta vivo que mais vezes foi indicado ao prêmio. Este também foi o ano em que Netflix superou os estúdios tradicionais de cinema com 18 indicações — 7 delas por “Maestro” —, ficando à frente de outra plataforma que já venceu o Oscar de Melhor Filme, a Apple TV+, além da Searchlight Pictures (Disney) e Universal, lembradas 13 vezes. Veja abaixo lista oficial dos indicados ao Oscar 2024. MELHOR FILME “American Fiction” “Anatomia de uma Queda” “Barbie” “Os Rejeitados” “Assassinos da Lua das Flores” “Maestro” “Oppenheimer” “Vidas Passadas” “Pobres Criaturas” MELHOR DIREÇÃO Justine Triet, por “Anatomia de uma Queda” Martin Scorsese, por “Assassinos da Lua das Flores” Christopher Nolan, por “Oppenheimer” Yorgos Lanthimos, por “Pobres Criaturas” Jonathan Glazer, por “A Zona de Interesse” MELHOR ATOR Bradley Cooper, por “Maestro” Colman Domingo, por “Rustin” Paul Giamatti, por “Os Rejeitados” Cillian Murphy, por “Oppenheimer” Jeffrey Wright, por “American Fiction” MELHOR ATRIZ Annette Bening, por “NYAD” Lily Gladstone, por “Assassinos da Lua das Flores” Sandra Hüller, por “Anatomia de uma Queda” Carey Mulligan, por “Maestro” Emma Stone, por “Pobres Criaturas” MELHOR ATOR COADJUVANTE Sterling K. Brown, por “American Fiction” Robert De Niro, por “Assassinos da Lua das Flores” Robert Downey Jr., por “Oppenheimer” Ryan Gosling, por “Barbie” Mark Ruffalo, por “Pobres Criaturas” MELHOR ATRIZ COADJUVANTE Emily Blunt, por “Oppenheimer” Danielle Brooks, por “A Cor Púrpura” America Ferrera, por “Barbie” Jodie Foster, por “NYAD Da’Vine Joy Randolph, por “Os Rejeitados” MELHOR ROTEIRO ORIGINAL Justine Triet & Arthur Harari, por “Anatomia de uma Queda” David Hemingson, por “Os Rejeitados” Bradley Cooper & Josh Singer, por “Maestro” Sammy Burch, por “Segredos de um Escândalo” Celine Song, por “Vidas Passadas” MELHOR ROTEIRO ADAPTADO Cord Jefferson, por “American Fiction” Greta Gerwig & Noah Baumbach, por “Barbie” Christopher Nolan, por “Oppenheimer” Tony McNamara, por “Pobres Criaturas” Jonathan Glazer, por “A Zona de Interesse” MELHOR ANIMAÇÃO “O Menino e a Garça” “Elementos” “Nimona” “Meu Amigo Robô” “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso” MELHOR FILME INTERNACIONAL “Io Capitano” (Itália) “Perfect Days” (Japão) “A Sociedade da Neve” (Espanha) “The Teacher’s Lounge” (Alemanha) “A Zona de Interesse” (Reino Unido) MELHOR DOCUMENTÁRIO “Bobi Wine: The People’s President” “The Eternal Memory” “Four Daughters” “To Kill a Tiger” “20 Days in Mariupol” MELHOR DOCUMENTÁRIO EM CURTA-METRAGEM “The ABCs of Book Banning” “The Barber of Little Rock” “Island in Between” “The Last Repair Shop” “Nai Nai & Wai Po” MELHOR CURTA-METRAGEM “The After” “Invincible” “Knight of Fortune” “Red, White & Blue” “The Wonderful Story of Henry Sugar” MELHOR CURTA-METRAGEM DE ANIMAÇÃO “Letter to a Pig” “95 Senses” “Our Uniform” “Pachyderme” “War is Over (inspired by the music of John & Yoko)” MELHOR TRILHA SONORA “American Fiction” “Indiana Jones e a Relíquia do Destino” “Assassinos da Lua das Flores” “Oppenheimer” “Pobres Criaturas” MELHOR CANÇÃO ORIGINAL “The Fire Inside” (‘Flamin’ Hot’) “I’m Just Ken” (‘Barbie) “It Never Went Away” (‘American Symphony’) “Wahzhazhe (A Song for My People)” (‘Assassinos da Lua das Flores’) “What Was I Made For?” (‘Barbie’) MELHOR SOM “Resistência” “Maestro” “Missão: Impossível – Acerto de Contas” “Oppenheimer” “A Zona de Interesse” MELHOR DESIGN DE PRODUÇÃO “Barbie” “Assassinos da Lua das Flores” “Napoleão” “Oppenheimer” “Pobres Criaturas” MELHOR FOTOGRAFIA “El Conde” “Assassinos da Lua das Flores” “Maestro” “Oppenheimer” “Pobres Criaturas” MELHOR CABELO E MAQUIAGEM “Golda” “Maestro” “Oppenheimer” “Pobres Criaturas” “A Sociedade da Neve” MELHOR FIGURINO Jacqueline Durran, por “Barbie” Jacqueline West, por “Assassinos da Lua das Flores” Janty Yates, por “Napoleão” Ellen Mirojnick, por “Oppenheimer” Holly Waddington, por “Pobres Criaturas” MELHOR MONTAGEM “Anatomia de uma Queda” “Os Rejeitados” “Assassinos da Lua das Flores” “Oppenheimer” “Pobres Criaturas” MELHORES EFEITOS VISUAIS “Resistência” “Godzilla Minus One” “Guardiões da Galáxia Vol. 3” “Missão: Impossível – Acerto de Contas” “Napoleão”
Norman Jewison, diretor de “No Calor da Noite” e “Feitiço da Lua”, morre aos 97 anos
O aclamado diretor Norman Jewison, responsável por clássicos como “No Calor da Noite” (1967) e “Feitiço da Lua” (1987), faleceu aos 97 anos. Ele morreu no sábado (21/1) no West River Health Campus, um lar de idosos em Evansville, Indiana (EUA), conforme anunciado por seu agente. A causa da morte não foi divulgada. Jewison era conhecido pela sua capacidade de dirigir uma variedade de gêneros, desde dramas raciais e thrillers estilosos até musicais e comédias românticas. Seu talento em extrair performances excepcionais de atores rendeu-lhe sete indicações ao Oscar e o Prêmio Memorial Irving G. Thalberg em 1999. Começo da carreira e consagração Nascido em Toronto em 1926, Jewison se aventurou no entretenimento desde jovem, estudando piano e teoria musical no Conservatório Real. Após servir na Marinha Real Canadense, graduou-se na Universidade de Toronto e deu seus primeiros passos na direção, dirigindo especiais musicais na televisão. Sua jornada em Hollywood começou com comédias leves, como “20 Quilos de Confusão” (1962), “Tempero do Amor” (1963) e “Não Me Mandem Flores” (1964), as duas últimas estreladas por Doris Day. No entanto, foi com um drama racial que Jewison estabeleceu sua reputação como um diretor sério. “No Calor da Noite” (1967) trouxe Sidney Poitier na pele do detetive Virgil Tibbs, um papel que desafiou as convenções raciais da época e se tornou um ícone. Investigando um crime em uma pequena cidade do sul dos EUA, o detetive negro chega a dar um tapa num rosto de um branco racista, uma “ousadia” nunca vista no cinema até então. “Foi um filme que abriu portas e iniciou conversas importantes”, refletiu Jewison. A produção venceu o Oscar de Melhor Filme. No começo da carreira, ele também dirigiu Steve McQueen nos clássicos “A Mesa do Diabo” (1965) e “Crown, o Magnífico” (1968), além de ter marcado época com o musical “Jesus Cristo Superstar” (1973), que transformou a vida de Jesus num espetáculo controverso e, ao mesmo tempo, popular, baseado numa montagem da Broadway. Outros destaques Entre seus filmes mais notáveis, “Um Violinista no Telhado” (1971), “A História de um Soldado” (1985) e “Feitiço da Lua” (1987) renderam-lhe novas indicações ao Oscar, mas Jewison também se destacou com diversas outras produções cultuadas, como a comédia “Os Russos Estão Chegando! Os Russos Estão Chegando!” (1966), o policial “Justiça para Todos” (1974), a sci-fi “Rollerball: Os Gladiadores do Futuro” (1975) e o drama “Agnes de Deus” (1985). Entre seus últimos filmes, ele também dirigiu “O Furacão” (1999), biografia de um boxeador que foi injustamente condenado por assassinato – e que rendeu uma indicação ao Oscar para o astro Denzel Washington. Seus últimos trabalhos foram o telefilme dramático “Jantar com Amigos” (2001) e o drama “A Confissão” (2003), em que Michael Caine vivia um ex-nazista foragido. Ele se aposentou das telas há duas décadas e, ultimamente, dedicava-se ao Centro Canadense de Estudos Avançados em Cinema, contribuindo para a formação de novos cineastas. “O cinema tem o poder de mudar corações e mentes”, disse Jewison em uma de suas últimas entrevistas. “E é isso que sempre tentei fazer com meus filmes – contar histórias que importam e que ressoam com as pessoas”.
Elton John alcança status EGOT com vitória no Emmy 2024
Elton John alcançou na noite de segunda (15/1) o prestigioso status de EGOT com sua vitória em uma das categorias do 75º Emmy Awards. O EGOT representa um marco único na indústria do entretenimento dos Estados Unidos, simbolizando a conquista dos quatro principais prêmios do setor: Emmy (TV), Grammy (música), Oscar (cinema) e Tony (teatro). O cantor estava na disputa pelo prêmio de Melhor Especial de Variedades, marcando sua primeira indicação ao Emmy em toda a carreira. Ele não compareceu à cerimônia para receber o prêmio. A equipe responsável pelo especial “Elton John Live: Farewell From Dodger Stadium” representou o artista no palco durante a entrega da estatueta. Com a vitória, o cantor agora faz parte de um grupo seleto de artistas que alcançaram o status de EGOT, juntando-se a nomes como Viola Davis, Rita Moreno, John Legend e Whoopi Goldberg, todos detentores dos quatro grandes prêmios da indústria do entretenimento.
Angela Bassett e Mel Brooks ganham Oscars honorários
A Academia de Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (AMPAS) realizou na terça (9/11) o Governors Awards, um jantar de gala em Hollywood, em que entregou Oscars honorários em homenagem às carreiras do ator e cineasta Mel Brooks (“O Jovem Frankenstein”), da atriz Angela Bassett (“Pantera Negra”) e da editora Carol Littleton (“E.T. – O Extraterrestre”), além da produtora Michelle Satter, fundadora do Sundance Institute, que recebeu o troféu humanitário Jean Hersholt. Mel Brooks, que está com 97 anos, recebeu o troféu mais de meio século depois de ganhar seu único Oscar com “Primavera para Hitler” (1967) e, em seu discurso, brincou com o destino que deu ao primeiro Oscar, de Melhor Roteiro Original. “Sinto muita falta dele. Nunca deveria ter vendido”, disse ele, provocando gargalhadas no salão. “Não vou vender esse aqui, juro por Deus!”, acrescentou. Vale lembrar que o lendário comediante e cineasta é um dos poucos artistas que já venceu pelo menos um Oscar, um Emmy, um Tony e um Grammy, faturando as principais premiações americanas de Cinema, Televisão, Teatro e Música – chamados coletivamente de “EGOT” – , ao longo de sua carreira de oito décadas. Angela Bassett não chegou a vencer o Oscar, mas foi indicada duas vezes, por interpretar Tina Turner em “Tina” (1993) e a rainha Ramonda em “Pantera Negra: Wakanda Forever” (2022). Em seu discurso, ela lembrou que foi apenas a segunda atriz negra a ganhar um Oscar honorário, depois de Cicely Tyson. Então, prestou homenagem às outras mulheres negras premiadas ou indicadas pela Academia, desde Hattie McDaniel, que ganhou um Oscar por “E o Vento Levou” em 1940. Evocando a luta por maior representatividade na indústria cinematográfica, ela disse: “Minha oração é que deixemos esta indústria mais enriquecida, com visão de futuro e inclusiva do que a encontramos”, disse Bassett. “Um futuro onde não haverá um ‘primeiro’, ou um ‘único’, ou suspense sobre se a ‘história será feita’ com uma nomeação ou uma vitória.” Já a editora de filmes Carol Littleton acumula mais de 50 anos de carreira com apenas uma indicação ao Oscar de Melhor Edição, conquistada pelo seu trabalho em “E.T. – O Extraterrestre” (1982), enquanto Michelle Satter, homenageada com o Prêmio Humanitário, atua como diretora sênior dos Programas de Artistas do Sundance Institute. Ao longo de 40 anos de carreira, ela incentivou centenas de cineastas pela organização sem fins lucrativos, desde Quentin Tarantino (“Era uma vez em… Hollywood”) até a dupla Daniel Kwan e Daniel Scheinert (“Tudo ao Mesmo Tempo Agora”). A 96ª edição do Oscar acontecerá em 10 de março.
Tom Wilkinson, ator de “Ou Tudo ou Nada” e “Batman Begins”, morre aos 75 anos
O ator britânico Tom Wilkinson, conhecido por filmes como “Ou Tudo ou Nada” (1997), “Batman Begins” (2005) e “Conduta de Risco” (2008), morreu neste sábado (30/12) aos 75 anos. Segundo seus familiares, ele sofreu um mal súbito em casa e faleceu repentinamente. Wilkinson tinha uma longa e premiada carreira, tendo trabalhado com alguns dos principais cineastas contemporâneos, de Christopher Nolan a Ang Lee, passando pelos polêmicos Woody Allen e Roman Polanski. Foi indicado a dois Oscars e seis prêmios BAFTA (o Oscar britânico), tendo vencido a premiação de cinema do Reino Unido em 1997 pela atuação no filme “Ou Tudo ou Nada” (Full Monty). Neste ano, ele voltou a encarnar seu papel do filme, o capataz Gerald, numa série produzida pela Disney+, que mostrou a vida dos personagens 26 anos depois. Nascido em Yorkshire, na Inglaterra, o artista frequentou a Royal Academy of Dramatic Art e começou a atuar na TV em 1975. A transição para o cinema veio dez anos depois, como coadjuvante em filmes como “Sombras do Passado” (1985) e “Sylvia” (1985). Mas foi só nos anos 1990 que começou a chamar atenção, embora ainda em pequenos papéis, como o promotor de “Em Nome do Pai” (1993), de Jim Sheridan, e o rico aristocrata de “Razão e Sensibilidade” (1995), de Ang Lee, que ao morrer deixa as filhas na miséria. Ele também foi o chefe de Michael Douglas em “A Sombra e a Escuridão” (1996), de Stephen Hopkins, e o vilão de “Mistério na Neve” (1997), de Bille August, antes de ser escalado no papel que mudou tudo em “Ou Tudo ou Nada”. A comédia de Peter Cattaneo acompanhava seis trabalhadores desempregados de uma fábrica que, em meio à crise financeira, resolvem fazer um show de striptease para arrecadar dinheiro. Wilkinson vivia o ex-capataz da fábrica, que estava escondendo sua demissão da esposa. Sucesso enorme de público e crítica, foi indicado a 4 Oscars e 12 BAFTAs, vencendo a premiação britânica como Melhor Filme do ano, além de render troféus de Melhor Ator para Robert Carlyle e de Coadjuvante para Wilkinson. A partir daí, sua carreira deslanchou e Wilkinson apareceu em vários sucessos, incluindo o filme vencedor do Oscar “Shakeaspeare Apaixonado” (1998). Em seguida, ele consolidou sua carreira com duas indicações ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante. A primeira foi por “Entre Quatro Paredes” (2001), de Todd Field, como o pai enlutado de um filho assassinado. A segunda veio por “Conduta de Risco” (2007), de Tony Gilroy, como um advogado, colega de George Clooney, que surta ao descobrir que o conglomerado que defendia era culpado por várias mortes, tendo um fim trágico por saber demais. Entre os dois títulos, ele apareceu em mais de uma dezena de filmes, alguns bem famosos como “Moça com Brinco de Pérola” (2003), de Peter Webber, “Brilho Eterno de uma Mente sem Lembranças” (2004), de Michel Gondry, “O Exorcismo de Emily Rose” (2005), de Scott Derrickson, e “Batman Begins” (2009), de Christopher Nolan, onde viveu o chefão do crime Carmine Falcone. A filmografia impressionante seguiu com “O Sonho de Cassandra” (2007), filme britânico de Woody Allen, “Rock’n’Rolla: A Grande Roubada” (2008), de Guy Ritchie, “Operação Valquíria” (2009), de Bryan Singer, “O Escritor Fantasma” (2010), de Roman Polanski, “O Exótico Hotel Marigold” (2011), de John Madden, e “Missão: Impossível – Protocolo Fantasma” (2011), de Brad Bird. Mas nesse ponto ele também começou a ter presença de destaque em produções premiadas da TV americana. Wilkinson foi indicado a dois Emmy e dois Globos de Ouros em 2008, por seu papel como Benjamin Franklin na minissérie “John Adams” (2008) e pela atuação no telefilme político “Recontagem”, ambos produzidos pela HBO. Ele venceu os dois troféus pela série. E em 2011 voltou a ser indicado ao Emmy como o patriarca da família Kennedy, na minissérie “Os Kennedys”. Entre seus últimos trabalhos, destacam-se as minisséries britânicas “Belgravia” (2020), criada por Julian Fellowes (de “Downton Abbey”), e “Ou Tudo ou Nada” (2022), que encerrou a carreira de Wilkinson com uma volta ao papel que o consagrou. Ele era casado com a atriz Diana Hardcastle, com quem contracenou em “O Exótico Hotel Marigold”, “Os Kennedys” e “Belgravia”, e tinha dois filhos.
Lee Sun-kyun, ator de “Parasita”, é encontrado morto num carro em Seul
Lee Sun-kyun, ator do filme “Parasita”, foi encontrado morto num carro em Seul nesta quarta-feira (27/12). No filme vencedor do Oscar de 2020, ele interpretou Park Dong-ik, o pai da família rica em cuja casa luxuosa os “parasitas” da trama se empregam. Ele foi encontrado dentro de um veículo em um parque no distrito Seongbuk de Seul e, segundo a agência sul-coreana de notícias Yonhap, deixou um “bilhete que parece um testamento”. Investigação criminal O ator de 48 anos era investigado por suposto uso de maconha e outras drogas psicoativas. Ele teria consumido as drogas na residência de uma funcionária de um bar sofisticado no badalado bairro de Gangnam, em Seul. Em outubro, o ator alegou ter sido “enganado” pela funcionária e que não tinha conhecimento do caráter ilegal das substâncias. Ele também fez uma declaração sobre a investigação: “Peço sinceras desculpas por causar grande decepção a muitas pessoas por estar envolvido em um incidente tão desagradável. Eu sinto muito pela minha família, que está enfrentando uma dor tão difícil neste momento”. No fim de semana passado, Lee sofreu um longo interrogatório de 19 horas, que começou no sábado (23/12) e terminou no domingo (24/12). A Coreia do Sul tem leis drásticas contra o uso de drogas que permitem processar até os cidadãos do país que consomem drogas no exterior. Por conta disso, várias personalidades tem sido obrigadas a dar explicações à polícia. Além disso, a venda de maconha, que é liberada em alguns países, pode ser punida com pena de prisão perpétua. Carreira de sucesso internacional Lee estreou como ator na série de comédia “Lovers”, em 2001. Mas sua carreira foi deslanchar a partir de uma parceria com o premiado diretor Hong Sang-soo, com quem filmou “Noite e Dia” (2008), “O Filme de Oki” (2010), “Filha de Ninguém” (2013) e “Nossa Sunhi” (2013), todos exibidos em festivais internacionais, o que o tornou um ator conhecido em todo o mundo. Ele também participou de thrillers de ação populares, como o excelente “Um Dia Difícil” (2014), “Zona Desmilitarizada” (2018) e “Jo Pil-ho: O Despertar da Ira” (2019), antes de filmar sua obra mais famosa em 2020. Primeira produção sul-coreana a vencer o Oscar de Melhor Filme, “Parasita”, do diretor Bong Joon-ho, também conquistou a Palma de Ouro no Festival de Cannes. Seu filme mais recente, “Sleep”, de Jason Yu, foi exibido fora de competição no Festival de Cannes deste ano, na mostra Semana da Crítica. No filme, em que interpreta um marido sonâmbulo que aterroriza a esposa, ele contracena com Jung Yu-mi, reprisando a parceria de “Nossa Sunhi” e “O Filme de Oki”. Além da carreira no cinema, Lee foi aclamado pela crítica por seu papel na série “My Mister”, de 2018, na qual interpretou um arquiteto que enfrenta turbulências pessoais ao descobrir que foi traído pela esposa. Mais recentemente, ele protagonizou a série sci-fi de suspense “Dr. Brain”, distribuída no Brasil pela Star+, e neste ano liderou o elenco de “Vingança: Dinheiro e Poder”. Entretanto, após o escândalo, começou a ser dispensado de novos projetos. Lee era casado com a atriz Jeon Hye-jin (de “O Trono” e “Alerta Vermelho”), com quem teve dois filhos. Atenção Se você está atravessando um momento difícil e precisa de ajuda, ligue para o CVV (Centro de Valorização a Vida), no número 188, e receba apoio emocional e prevenção do suicídio. A ligação é sigilosa e gratuita para todo o território nacional. O CVV funciona 24 horas por dia (inclusive aos feriados) e também atende por e-mail, chat e pessoalmente. São mais de 120 postos de atendimento em todo o Brasil.
Dua Lipa, Billie Eilish e Olivia Rodrigo estão na disputa do Oscar 2024
A relação de pré-qualificados em 10 categorias do Oscar 2024, anunciada nesta quinta (21/12) pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA, agradou aos fãs de música pop, com a inclusão de algumas das cantoras mais populares da década na disputa de Melhor Canção Original. Líder em indicações na categoria, o filme “Barbie” colocou Dua Lipa e Billie Eilish (que já tem um Oscar) na briga pela estatueta, respectivamente pelas faixas “Dance the Night” e “What Was I Made For?”. Além disso, Olivia Rodrigo emplacou “Can’t Catch Me Now”, tema de “Jogos Vorazes – A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes”. Mas a lista também inclui artistas mais alternativos, como Sharon Van Etten for “Quiet Eyes”, música da trilha de “Vidas Passadas”, e Jarvis Cocker (líder da banda Pulp) por “Dear Alien (Who Art in Heaven)”, do filme “Asteroid City”. Os cinco indicados (finalistas) de cada categoria serão anunciados no dia 23 de janeiro. Já a premiação está marcada para 10 de março. Confira abaixo a lista dos filmes pré-selecionados na categoria de Melhor Canção Original “It Never Went Away”, de “American Symphony” “Dear Alien (Who Art In Heaven)”, de “Asteroid City” “Dance The Night”, de “Barbie” “I’m Just Ken”, de “Barbie” “What Was I Made For?”, de “Barbie” “Keep It Movin’”, de “A Cor Púrpura” “Superpower (I)”, de “A Cor Púrpura” “The Fire Inside”, de “Flamin’ Hot: O Sabor que Mudou a História” “High Life”, de “Flora and Son” “Meet In The Middle”, de “Flora and Son” “Can’t Catch Me Now”, de “Jogos Vorazes – A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes” “Wahzhazhe (A Song For My People)”, de “Assassinos da Lua das Flores” “Quiet Eyes”, de “Vidas Passadas” “Road To Freedom”, de “Rustin” “Am I Dreaming”, de “Homem-Aranha: Através do Aranhaverso”
Brasil fica fora do Oscar 2024, excluído em todas as categorias
O Brasil ficou mais uma vez fora da disputa do Oscar 2024. O principal candidato brasileiro era um documentário, “Retratos Fantasmas”, de Kleber Mendonça Filho, que tentava indicações em duas categorias: Melhor Filme Internacional e Melhor Documentário. Além dele, “Elis & Tom” também buscava uma nomeação dentre os documentários da competição, e “Big Bang”, de Carlos Segundo, visava lugar na disputa de Melhor Curta-metragem. Todos estão fora do páreo. A relação dos filmes pré-qualificados foi anunciada pela Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA nesta quinta (21/12), incluindo várias categorias. O Brasil não emplaca um indicado na disputa de longa-metragem internacional há 24 anos, desde o excelente “Central do Brasil” em 1999, que também rendeu indicação a Fernanda Montenegro como Melhor Atriz. Em 2008, “O Ano em Que Meus Pais Saíram de Férias” chegou perto, passando pela primeira peneira, mas acabou não sendo incluído na lista final da Academia. Apesar de ter sido exibido no Festival de Cannes, “Retratos Fantasmas” foi uma escolha fraca da Academia Brasileira, já que o filme de Kleber Mendonça Filho não disputou prêmio no festival nem contava com premiações em eventos cinematográficos de peso, tornando sua exclusão mais que esperada. Entre os que seguem na disputa destacam-se justamente alguns filmes premiados em Cannes, entre eles o finlandês “Folhas de Outono”, de Aki Kaurismäki, vencedor do Prêmio do Júri, e o inglês “Zona de Interesse”, de Jonathan Glazer, que levou o Grande Prêmio do Júri. Mas, ironicamente, o filme premiado com a Palma de Ouro ficou de fora por opção de seu país. A França não inscreveu “Anatomia de Uma Queda”, de Justine Triet, que ainda concorre ao Globo de Ouro, Critics Choice e Spirit Awards na categoria. Em vez disso, optou por “O Sabor da Vida”, que rendeu ao vietnamita Anh Hung Tran o prêmio de Melhor Direção em Cannes. O longa também passou pela triagem da Academia e está na lista dos pré-selecionados. A produção espanhola da Netflix “Sociedade da Neve”, do diretor J.A. Bayona, é outra favorita assumida, principalmente após aparecer em outras categorias divulgadas pela Academia – também está nomeada a Melhor Maquiagem e Penteado, Efeitos Visuais e Trilha Sonora. Teoricamente, o Brasil ainda pode conseguir uma indicação em Animação com “Perlimps”, porque este ano o Oscar não divulgou listas de pré-qualificados da categoria. O problema é que o filme de Alê Abreu (que já disputou o Oscar com “O Menino e o Mundo”) não aparece em nenhuma lista da imprensa hollywoodiana como cotado e nem sequer tem críticas publicadas no Rotten Tomatoes. Nos fóruns americanos de discussão do Oscar, a impressão é que ninguém sabe que o filme existe. Os cinco indicados (finalistas) de cada categoria serão anunciados no dia 23 de janeiro. Já a premiação está marcada para 10 de março. Confira abaixo a lista dos filmes pré-selecionados na categoria de Melhor Filme Internacional. “Amerikatsi” (Armênia) “The Monk and the Gun” (Butão) “Bastarden” (Dinamarca) “Folhas de Outono” (Finlândia) “O Sabor da Vida” (França) “Das Lehrerzimmer” (Alemanha) “Terra de Deus” (Islândia) “Io Capitano” (Itália) “Dias Perfeitos” (Japão) “Totem” (México) “Kadib Abyad” (Marrocos) “A Sociedade da Neve” (Espanha) “As 4 filhas de Olfa” (Tunísia) “20 Days in Mariupol” (Ucrânia) “Zona de Interesse” (Inglaterra)
Jada diz que tapa de Will Smith no Oscar salvou seu casamento
Jada Pinkett Smith compartilhou uma revelação surpreendente. Em entrevista à revista You, ela afirmou que o controverso tapa de seu marido, Will Smith, durante a cerimônia do Oscar de 2022, teve um impacto positivo em seu casamento. A atriz descreveu o incidente, em que Will Smith agrediu o comediante Chris Rock no palco do Oscar, como uma “bofetada sagrada”. Ela explicou: “Quase nem fui ao Oscar naquele ano, mas estou feliz por ter comparecido. Eu chamo isso (o tapa) de ‘bofetada sagrada’ agora porque muitas coisas positivas vieram depois dela”. Na conversa, Jada destacou que a polêmica trouxe clareza e fortalecimento para o relacionamento do casal. “Aquele momento da m***** batendo no ventilador é quando você vê onde você realmente está. Depois de todos esses anos tentando descobrir se eu sairia do lado de Will, foi preciso aquele tapa para eu ver que eu nunca o abandonarei. Quem sabe onde estaria nosso relacionamento se isso não tivesse acontecido?”. Tapa foi abordado em autobiografia Em outubro passado, ela lançou a autobiografia “Worthy”, onde explicou que vivia uma separação privada e amigável do ator há seis anos, quando ocorreu o incidente no Oscar de 2022. No livro, ela detalha o episódio e sua reação. Ela disse que não tinha entendido o motivo pelo qual Will Smith tinha ficado tão chateado com a piada sobre alopecia que gerou o desentendimento. “Vivíamos vidas separadas e estávamos lá como família, não como marido e mulher. Mas quando ouço Will gritar “esposa” no caos do momento, uma mudança interna de ‘Oh, m*rda. Eu sou a esposa dele!’ aconteceu instantaneamente”, contou. A atriz, que casou com Will Smith em 1997, afirmou que ambos não têm planos de se divorciar e estão em um processo de descoberta sobre o futuro do casamento.
Marisa Pavan, indicada ao Oscar por “A Rosa Tatuada”, morre aos 91 anos
A estrela italiana Marisa Pavan, que recebeu uma indicação ao Oscar de Melhor Atriz Coadjuvante pelo drama clássico “A Rosa Tatuada” (1955), morreu na quarta-feira (6/12) em sua casa em Gassin, França. Ela tinha 91 anos e não teve a causa da morte anunciada. Marisa era irmã gêmea da famosa atriz Pier Angeli e foi levada a Hollywood num pacote com a família. Anna Maria Pierangeli foi descoberta aos 16 anos quando passeava pela Via Veneto pelo ator Vittorio De Sica, que a recomendou para ser sua parceira como uma adolescente à beira do despertar sexual em “Amanhã Será Tarde Demais” (1950). O filme chamou a atenção da MGM, que a escalou para “Teresa” (1951), lhe deu um contrato de sete anos e a rebatizou como Pier Angeli. Ainda menor de idade, Angeli se mudou para Los Angeles com a família, e sua irmã Maria Luisa Pierangeli, sem nenhum experiência em atuação, foi prontamente contratada pela Fox logo na chegada. Batizada Marisa Pavan, ela fez sua estreia no cinema como uma garota francesa em “Sangue por Glória” (1952), de John Ford, ambientado na 1ª Guerra Mundial. Ela ainda apareceu no filme noir “Não Há Crime Sem Castigo” (1954) e no western “Rajadas de Ódio” (1954), o que lhe deu experiência para estourar em 1955 em “A Rosa Tatuada”. A consagração Na adaptação da peça de Tennessee Williams, Marisa encantou com uma performance memorável no papel da teimosa Rosa Delle Rose, filha de uma costureira interpretada por Anna Magnani, que lamenta a morte do marido até conhecer um caminhoneiro interpretado por Burt Lancaster. O drama da Paramount Pictures dirigido por Daniel Mann foi indicado a oito Oscars, incluindo Melhor Filme, e ganhou três. Pavan perdeu seu Oscar para uma colega de elenco, Jo Van Fleet – mas por outro papel em “Vidas Amargas”. Mesmo assim, conseguiu algo que sua irmã mais famosa nunca atingiu na carreira, uma indicação ao prêmio da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos. A projeção atingida com “A Rosa Tatuada” lhe rendeu convites para papéis de destaque, vivendo a seguir Catarina de Médici em “Diana da França” (1956). Ela também foi par romântico de Gregory Peck em “O Homem do Terno Cinzento” (1956), de Tony Curtis no noir “Os Olhos do Padre Tomasino” (1957) e de Robert Stack na aventura épica “Ainda Não Comecei a Lutar” (1959). O fim da carreira Apesar disso, sua carreira em Hollywood foi curta, acabando antes da década de 1960, após viver uma criada em “Salomão e a Rainha de Sabá” (1959), de King Vidor. Depois disso, ela ainda atuou em filmes franceses, como “O Poço das 3 Verdades” (1961), de François Villiers, e “Um Homem em Estado… Interessante” (1973), de Jacques Demy, mas principalmente se voltou para a TV americana, onde continuou trabalhando até os anos 1980. Sua lista de participações em séries incluem produções como “Cidade Nua”, “77 Sunset Strip”, “Combate”, “Mulher-Maravilha”, “Havaí Cinco-O” e “Arquivo Confidencial”. Em 1985, ela integrou o elenco da novela americana “Ryan’s Hope”, com um papel recorrente em 19 capítulos, antes de encerrar a carreira na França, para onde se mudou, em produções da TV local. Sua última aparição nas telas foi num episódio de 1992 da série francesa “Haute Tension”. Em 1956, Pavan casou-se com o ator francês Jean-Pierre Aumont, com quem teve dois filhos, e os dois permaneceram juntos até a morte de Aumont em 2001. Ela viveu cinco décadas a mais que a irmã, que foi namorada de James Dean e morreu em 1971, com apenas 39 anos.
Spirit Awards: Oscar do cinema independente revela indicados da edição de 2024
O Spirit Awards, principal premiação de produções independentes da indústria audiovisual dos Estados Unidos, realizada pela entidade californiana Film Independent, revelou nesta terça (5/12) os indicados para sua edição de 2024. Os destaques de cinema são “American Fiction”, “Segredos de Um Escândalo” e “Vidas Passadas”, que lideraram a lista com cinco indicações cada. “American Fiction” foi o grande vencedor do Festival de Toronto. O filme é um olhar satírico sobre a indústria editorial, estrelado por Jeffrey Wright (“Westworld”) como Monk, um autor frustrado com a insistência do setor em perpetuar estereótipos raciais. Dirigido por Cord Jefferson, em sua estreia na direção, o filme questiona a obsessão da cultura em reduzir as pessoas a estereótipos, especialmente no entretenimento que lucra e comercializa clichês batidos e ofensivos sobre os negros. Na trama, Monk enfrenta recusas editoriais por não escrever um “livro negro” o suficiente, conforme os padrões estereotipados desejados pela indústria. Frustrado com a indiferença do setor, Monk adota um pseudônimo para escrever seu próprio “livro negro” clichê, “My Pafology”, com a intenção de expor a hipocrisia da indústria. No entanto, seus planos desmoronam quando um editor compra seu livro, que vira um best-seller, arrastando-o para o mundo que ele despreza. “Segredos de um Escândalo” (May December) é o novo filme de Todd Haynes (“Carol”), protagonizado por Natalie Portman (“Thor: Amor e Trovão”) e Julianne Moore (“Kingsman: O Círculo Dourado”). A narrativa segue uma atriz (Portman) que viaja até o Maine para estudar a vida de uma dona de casa suburbana (Moore), que ela vai interpretar em um filme biográfico. A personagem de Moore ficou famosa por conta de um escândalo: anos atrás, ela foi presa ao se envolver com um adolescente de 13 anos e, depois de cumprir a pena judicial, casou-se com o jovem, com quem vive até hoje – interpretado por Charles Melton (de “Riverdale”). Mas nem duas décadas de distância e uma vida discreta nos subúrbios fizeram o escândalo ser esquecido. Com sua vida revirada pela estranha em sua casa, questões do casal, até então adormecidas, começam a vir à tona. Para completar, “Vidas Passadas” é o fenômeno sul-coreano da temporada. A obra de Celine Song já levou o prêmio de Melhor Filme do Gotham Awards, a premiação do cinema indie sediada em Nova York. O drama acompanha um casal de amigos de infância profundamente conectados, que se separam depois que a família de um deles decide sair da Coreia do Sul. Vinte anos depois, eles se reencontram em Nova York para uma semana fatídica. Na edição de 2023, o grande vencedor da premiação indie foi “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo”, que acabou também vencendo o Oscar. Considerada o Oscar do cinema independente, a premiação só admite filmes produzidos com menos de US$ 30 milhões, motivo pelo qual obras como a premiada “Pobres Criaturas” e o blockbuster “Oppenheimer” ficaram de fora. O mesmo limite não é aplicado às séries concorrentes, o que permite a participação da superprodução pós-apocalíptica “The Last of Us”, da HBO, ao lado de produções com orçamento limitado. “The Last of Us”, por sinal, lidera a relação, empatado com “Sou de Virgem”, da Amazon, com quatro indicações. O critério para participação de séries é apenas serem estreantes. Confira abaixo os indicados nas principais categorias do Spirit Awards 2024. Melhor Filme Todos Nós Desconhecidos American Fiction Segredos de um Escândalo Passages Vidas Passadas We Grown Now Melhor Primeiro Filme All Dirt Roads Taste of Salt Chronicles of a Wandering Saint Earth Mama A Thousand and One Upon Entry Melhor Diretor Andrew Haigh – Todos Nós Desconhecidos Todd Haynes – Segredos de um Escândalo William Oldroyd – Eileen Ira Sachs – Passagens Celine Song – Vidas Passadas Melhor Roteiro David Hemingson – Os Rejeitados Cord Jefferson – American Fiction Laura Moss, Brendan J. O’Brien – Birth/Rebirth Emma Seligman, Rachel Sennott – Clube da Luta para Meninas Celine Song – Vidas Passadas Melhor Primeiro Roteiro Samy Burch – Segredos de um Escândalo Noah Galvin, Molly Gordon, Nick Lieberman, Ben Platt – Acampamento de Teatro Tomás Gómez Bustillo – Chronicles of a Wandering Saint Laurel Parmet – The Starling Girl Alejandro Rojas, Juan Sebastián Vásquez – Upon Entry Melhor Performance Protagonista Jessica Chastain – Memory Greta Lee – Vidas Passadas Trace Lysette – Monica Natalie Portman – Segredos de um Escândalo Judy Reyes – Birth/Rebirth Franz Rogowski – Passagens Andrew Scott – Todos Nós Desconhecidos Teyana Taylor – A Thousand and One Jeffrey Wright – American Fiction Teo Yoo – Vidas Passadas Melhor Performance Coadjuvante Erika Alexander – American Fiction Sterling K. Brown – American Fiction Noah Galvin – Acampamento de Teatro Anne Hathaway – Eileen Glenn Howerton – BlackBerry Marin Ireland – Eileen Charles Melton – Segredos de um Escândalo Da’Vine Joy Randolph – Os Rejeitados Catalina Saavedra – Rotting in the Sun Ben Wishaw – Passagens Melhor Performance Revelação Marshawn Lynch – Clube da Luta para Meninas Atibon Nazaire – Mountains Tia Nomore – Earth Mama Dominic Sessa – Os Rejeitados Anaita Wali Zada – Fremont Melhor Fotografia Monica – Katelin Arizmendi Os Rejeitados – Eigil Bryld All Dirt Roads Taste of Salt – Jomo Fray Chronicles of a Wandering Saint – Pablo Lozano We Grown Now – Pat Scola Melhor Edição Rotting in the Sun – Santiago Cendejas, Gabriel Díaz, Sofía Subercaseaux We Grown Now – Stephanie Filo How to Blow Up a Pipeline – Daniel Garber Acampamento de Teatro – Jon Philpot Upon Entry – Emanuele Tiziani Melhor Documentário Bye Bye Tiberias Four Daughters Going to Mars: The Nikki Giovanni Project Kokomo City The Mother of All Lies Melhor Filme Internacional Anatomia de uma Queda (França) – Justine Triet Godland (Dinamarca/Islândia) – Hlynur Pálmason Mami Wata (Nigéria) – C.J. ‘Fiery’ Obasi Tótem (México) – Lila Avilés Zona de Interesse (Reino Unido, Polônia, EUA) – Jonathan Glazer Prêmio John Cassavetes (Melhor filme feito por menos que US$ 1 milhão) The Artifice Girl Cadejo Blanco Fremont Rotting in the Sun The Unknown Country Prêmio Robert Altman (direção, casting e elenco de filme) Showing Up – Kelly Reichardt Melhor Série Nova Documental ou sem Roteiro Deadlocked: How America Shaped the Supreme Court Dear Mama Murder in Big Horn Stolen Youth: Inside the Cult at Sarah Lawrence Wrestlers Melhor Série Nova Roteirizada Beef Dreaming Whilst Black Sou de Virgem Jury Duty Slip Melhor Performance Protagonista em Série Emma Corrin – Assassinato no Fim do Mundo Dominique Fishback – Enxame Betty Gilpin – Mrs. Davis Jharrel Jerome – Sou de Virgem Zoe Lister-Jones – Slip Bel Powley – A Small Light Bella Ramsey – The Last of Us Ramón Rodríguez – Will Trent Ali Wong – Beef Steven Yeun – Beef Melhor Performance Coadjuvante em Série Murray Bartlett – The Last of Us Billie Eilish – Enxame Jack Farthing – Rain Dogs Nick Offerman – The Last of Us Adina Porter – The Changeling Lewis Pullman – Uma Questão de Química Benny Safdie – The Curse Luke Tennie – Shrinking Olivia Washington – Sou de Virgem Jessica Williams – Shrinking Melhor Performance Revelação em Série Clark Backo – The Changeling Aria Mia Loberti – All the Light We Cannot See Adjani Salmon – Dreaming Whilst Black Keivonn Montreal Woodard – The Last of Us Kara Young – Sou de Virgem












