Angela Bassett e Mel Brooks ganham Oscars honorários

A Academia de Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (AMPAS) realizou na terça (9/11) o Governors Awards, um jantar de gala em Hollywood, em que entregou Oscars honorários em homenagem às carreiras […]

Instagram/Angela Bassett

A Academia de Academia de Artes e Ciências Cinematográficas (AMPAS) realizou na terça (9/11) o Governors Awards, um jantar de gala em Hollywood, em que entregou Oscars honorários em homenagem às carreiras do ator e cineasta Mel Brooks (“O Jovem Frankenstein”), da atriz Angela Bassett (“Pantera Negra”) e da editora Carol Littleton (“E.T. – O Extraterrestre”), além da produtora Michelle Satter, fundadora do Sundance Institute, que recebeu o troféu humanitário Jean Hersholt.

Mel Brooks, que está com 97 anos, recebeu o troféu mais de meio século depois de ganhar seu único Oscar com “Primavera para Hitler” (1967) e, em seu discurso, brincou com o destino que deu ao primeiro Oscar, de Melhor Roteiro Original. “Sinto muita falta dele. Nunca deveria ter vendido”, disse ele, provocando gargalhadas no salão. “Não vou vender esse aqui, juro por Deus!”, acrescentou.

Vale lembrar que o lendário comediante e cineasta é um dos poucos artistas que já venceu pelo menos um Oscar, um Emmy, um Tony e um Grammy, faturando as principais premiações americanas de Cinema, Televisão, Teatro e Música – chamados coletivamente de “EGOT” – , ao longo de sua carreira de oito décadas.

Angela Bassett não chegou a vencer o Oscar, mas foi indicada duas vezes, por interpretar Tina Turner em “Tina” (1993) e a rainha Ramonda em “Pantera Negra: Wakanda Forever” (2022). Em seu discurso, ela lembrou que foi apenas a segunda atriz negra a ganhar um Oscar honorário, depois de Cicely Tyson. Então, prestou homenagem às outras mulheres negras premiadas ou indicadas pela Academia, desde Hattie McDaniel, que ganhou um Oscar por “E o Vento Levou” em 1940.

Evocando a luta por maior representatividade na indústria cinematográfica, ela disse: “Minha oração é que deixemos esta indústria mais enriquecida, com visão de futuro e inclusiva do que a encontramos”, disse Bassett. “Um futuro onde não haverá um ‘primeiro’, ou um ‘único’, ou suspense sobre se a ‘história será feita’ com uma nomeação ou uma vitória.”

Já a editora de filmes Carol Littleton acumula mais de 50 anos de carreira com apenas uma indicação ao Oscar de Melhor Edição, conquistada pelo seu trabalho em “E.T. – O Extraterrestre” (1982), enquanto Michelle Satter, homenageada com o Prêmio Humanitário, atua como diretora sênior dos Programas de Artistas do Sundance Institute. Ao longo de 40 anos de carreira, ela incentivou centenas de cineastas pela organização sem fins lucrativos, desde Quentin Tarantino (“Era uma vez em… Hollywood”) até a dupla Daniel Kwan e Daniel Scheinert (“Tudo ao Mesmo Tempo Agora”).

A 96ª edição do Oscar acontecerá em 10 de março.