Sue Lyon (1946 – 2019)
A atriz Sue Lyon, eternizada na tela como a Lolita do clássico de Stanley Kubrick, morreu na quinta-feira (26/7) em Los Angeles, aos 73 anos de idade. Uma pessoa descrita como amigo informou ao jornal The New York Times que a saúde da atriz vinha se deteriorando nos últimos anos, mas a causa da morte não foi informada. Lyon tinha feito apenas duas figurações em séries antes de ser escalada por Kubrick. Ela iniciou a carreira aos 13 anos, com uma aparição em “The Loretta Young Show”, e superou cerca de 800 candidatas aos 15 para fazer sua estreia no cinema, no papel da ninfeta mais famosa da literatura – que no polêmico livro de Vladimir Nabokov tem apenas 12 anos. “Lolita” dividiu os críticos pela descrição do relacionamento entre um adulto de meia idade (James Mason) e sua enteada adolescente. O livro de 1955 chegou a ser proibido em vários países, e o filme de 1962 enfrentou diversas restrições, a ponto de sua história precisar se afastar da trama original de Nabokov. Devido ao tema, o filme também teve que ser filmado secretamente em Londres, mas o estúdio nem pensou duas vezes ao destacar em sua publicidade imagens sugestivas de Lyon de biquíni, óculos de sol e lambendo um pirulito. O próprio Nabokov aprovou a escolha da atriz para viver seu símbolo sexual impróprio, aceitando as condições da Warner, que vetou a contratação de uma garota mais nova. Repleto de imagens fetichistas, “Lolita” escandalizou ao erotizar sua jovem intérprete. Mas, apesar da toda a polêmica que gerou em seu lançamento, acabou ganhando um forte culto ao longo das décadas, tanto que, atualmente, tem 93% de aprovação no Rotten Tomatoes, atingindo um consenso crítico extremamente positivo entre as novas gerações. Não só o filme, mas sua iconografia foi incorporada à cultura pop, levando Sue Lyon à capas de discos e colagens da pop art. A personagem de Dolores Haze, a Lolita, consagrou a jovem atriz, que chegou a vencer o Globo de Ouro de Melhor Revelação do ano – categoria que não existe mais – , e lhe rendeu até uma curta carreira musical, com a gravação da música-tema “Lolita Ya Ya”, mas também limitou suas ofertas de novos papéis a ninfetas sedutoras. Ela apareceu em seguida em outro clássico, o drama “A Noite do Iguana” (1964), de John Huston, como uma “lolita” que tenta seduzir Richard Burton. Mas conseguiu ir contra o clichê em “7 Mulheres” (1966), último filme de John Ford, no qual viveu uma das sete missionárias do título, que enfrentavam uma horda de bárbaros mongóis. A atriz ainda estrelou “O Magnífico Farsante” e “Tony Rome” em 1967. Em ambos viveu garotas ricas rebeles. “Tony Rome” ainda a mostrou seminua pela primeira vez, aos 21 anos, sob lençóis, diante de Frank Sinatra. Mas seu auge não durou muito. Já nos anos 1970 foi relegada a terrores de baixo orçamento, até rumar para a TV, onde apareceu em episódios de “O Homem de Virgínia”, “Galeria do Terror”, “O Jogo Perigoso do Amor”, “Os Novos Centuriões” e “A Ilha da Fantasia”. Seu último papel foi uma repórter no clássico trash de terror “Alligator – O Jacaré Gigante”, de 1980 – um dos filmes mais reprisados do SBT – , aposentando-se de Hollywood com apenas 34 anos. Lyon se casou cinco vezes. A primeira aos 17 anos, com o ator e roteirista Hampton Fancher (que escreveu “Blade Runner”). Ela teve um filho no segundo casamento, com o fotógrafo e treinador de futebol americano Roland Harrison. E culpava seu terceiro casamento, com Cotton Adamson, por arruinar sua carreira. Ele era um assassino condenado no momento do casamento, e a união a fez perder vários papéis no começo dos anos 1970, dando início à sua decadência profissional. Seu único casamento duradouro foi o último, com um engenheiro chamado Richard Rudman. Eles só se casaram meia década após ela ter largado a atuação, em 1985, e ficaram juntos até 2002, quando se divorciaram. Curiosamente, a atriz nunca saiu de perto de Hollywood, morando em Los Angeles até sua morte. Mas recusava-se a dar entrevistas e falar de seu passado artístico.
Continuação de RoboCop terá diretor de Pequenos Monstros
Após ser considerado descartado, o filme “RoboCop Returns” voltou à tona com a contratação do cineasta Abe Forsythe para sua direção. O jovem cineasta australiano, responsável pela comédia de zumbis “Pequenos Monstros”, estrelada por Lupita Nyong’o, também vai reescrever o roteiro, originalmente assinado pelos cocriadores da franquia, Ed Neumeier e Michael Miner. A última notícia sobre esse projeto do estúdio MGM foi publicada em agosto, quando o diretor Neill Blomkamp (“Distrito 9”) abandonou a produção, sem conseguir tirá-la do papel após um ano de tentativas. A produção do filme, divulgado inicialmente como uma continuação direta do clássico dos anos 1980, foi revelada há um ano, e na época Blomkamp deixou todos os fãs eufóricos ao contar que a sequência contaria com a icônica armadura original do personagem e seria estrelada pelo ator dos primeiros filmes, Peter Weller – que continua na ativa. A trama foi originalmente concebida para ser o segundo filme da franquia, em 1990, mas acabou abandonada em prol de uma história tosca do autor de quadrinhos Frank Miller. O roteiro preterido, porém, previa que um astro de reality show se tornaria presidente dos Estados Unidos. E como a ficção se tornou realidade, a MGM achou que a coincidência valia uma revisitação, recuperando o roteiro antigo. O roteirista Justin Rhodes, que também escreveu a vindoura continuação de “O Exterminador do Futuro”, foi quem reescreveu e atualizou o conceito original na época de Blomkamp O filme vai ignorar o remake de 2014, dirigido pelo brasileiro José Padilha (de “Tropa de Elite”), que não se saiu bem no mercado norte-americano, mas arrecadou US$ 240 milhões em todo o mundo e teve desempenho particularmente forte na China. Apesar da continuação de Abe Forsythe, “RoboCop Returns” segue sem previsão de estreia.
O Homem Invisível: Trailer legendado impressiona com reinvenção completa e muita tensão
A Universal divulgou os primeiros pôster, fotos e trailer legendado da nova versão de “O Homem Invisível”. E é surpreendente e impressionante. O diretor-roteirista Leigh Whannell, que criou as franquias “Jogos Mortais” e “Supernatural”, não só conseguiu reinventar a velha história do cientista que consegue se tornar invisível, como criou as bases para um suspense original extremamente tenso. Em seu filme, Whannell aproveitou apenas o conceito de invisibilidade imaginado por H.G. Wells no romance de 1897 para criar um contexto de filme de casa mal-assombrada de mentirinha, em que um homem abusivo finge a própria morte para se vingar da ex-esposa. Para isso, deixa-lhe uma fortuna com a condição de que ela mantenha a saúde mental, ao mesmo tempo em que passa a assombrá-la como “fantasma” invisível. Nisto, entra a inspiração de dois clássicos estrelados por Simone Signoret, “As Diabólicas” (1955) e “O Terceiro Tiro (1967). A situação ainda evolui: a prévia revela que a tortura psicológico logo escala para violência física, com paralelos ao comportamento agressivo masculino que dispara casos de violência doméstica e feminicídio. O trailer faz citações ao visual de bandagens, que marcou a aparição de Claude Rains na primeira adaptação da obra de Wells em 1933, e ao uso de água para enfrentar a versão de Kevin Bacon em “O Homem sem Sombra” (2000), mas num contexto que sugere apenas homenagens, já que a nova trama é 100% original e muito criativa. Vale lembrar que Johnny Depp esteve cotado para estrelar este filme. E seria um prato cheio, já que o ator foi acusado de agressão física por sua ex, Amber Heard. O Homem Invisível do título é vivido por Oliver Jackson-Cohen (da série “A Maldição da Residência Hill”), mas suas “aparições” se dão mais por meio de efeitos. Por conta disso, a verdadeira estrela da produção é sua vítima, encarnada pela atriz Elisabeth Moss (de “The Handmaid’s Tale”). O resto do elenco inclui Aldis Hodge (“Straight Outta Compton”), Storm Reid (“Euphoria”), Harriet Dyer (“The InBetween”) e Benedict Hardie (“Secret City”). A estreia está marcada para 27 de fevereiro no Brasil, um dia antes do lançamento nos Estados Unidos.
Duna: Warner encomenda continuação, um ano antes da estreia do filme
A Warner já está trabalhando em uma sequência do remake de “Duna”. De acordo com o site da revista The Hollywood Reporter, Jon Spaihts (“Prometheus”) deixou o cargo de showrunner de “Dune: The Sisterhood”, série da HBO Max derivada do mesmo universo sci-fi do escritor Frank Herbert, para escrever o roteiro da continuação. Spaiths escreveu o roteiro do “Duna”, que está sendo filmado na Jordânia, em parceria com o veterano Eric Roth (“Forest Gump”) e o diretor Denis Villeneuve (“Blade Runner 2049”). A notícia revela confiança do estúdio no filme de Villeneuve, que tem estreia marcada para dezembro de 2020. Por outro lado, a informação de que “Duna” seria dividido em duas partes não é nova, apenas não tinha sido oficializada. A produção é uma parceria com a Legendary Pictures e o CEO deste estúdio, Joshua Grode, revelou em julho que a trama literária seria realmente dividida em dois filmes. “Esse é o plano. Há uma plano de fundo que foi acenado em alguns dos livros [que nós expandimos]. E também, quando você lê o livro, há um ponto em que faz sentido para interromper o filme antes do final do livro”, ele explicou na ocasião. Ou seja, o segundo filme não contará a história de outro livro – como aconteceu com as minisséries do canal pago Syfy – , mas sim o final do primeiro. Considerado um dos livros de ficção científica mais complexos de todos os tempos, a obra de 1965 já foi transformado em filme em 1984 pelo cineasta David Lynch e também originou duas minisséries do canal Syfy a partir de 2000. A história se passa no futuro e em outro planeta, um local árido chamado Arrakis, que produz uma matéria essencial às viagens interplanetárias: a Especiaria. Quem controla a Especiaria tem uma vantagem econômica significativa diante dos adversários, o que faz com que a família real que supervisiona o local enfrente complôs e sofra um atentado. Apenas o filho, Paul Atreides, escapa e procura se vingar, usando a ecologia bizarra daquele mundo como sua principal arma. Em particular, os vermes gigantes que habitam as grandes dunas – e que são os verdadeiros responsáveis pela produção da Especiaria. Timothée Chalamet (“Me Chame Pelo Seu Nome”) vive Paul Atreides e o elenco estelar inclui Josh Brolin (o Thanos de “Vingadores: Guerra Infinita”), Jason Momoa (o “Aquaman”), Oscar Isaac (“Star Wars: Os Últimos Jedi”), Rebecca Ferguson (“Missão Impossível: Efeito Fallout”), Zendaya (“Homem-Aranha: De Volta ao Lar”), Charlotte Rampling (indicada ao Oscar por “45 Anos”), Dave Bautista (“Guardiões da Galáxia”), Stellan Skarsgard (“Thor”) e Javier Bardem (“007: Operação Skyfall”).
Continuação de Halloween encerra suas filmagens
O perfil da franquia “Halloween” anunciou no Twitter que as filmagens do novo capítulo da saga, “Halloween Kills”, foram encerradas. O anúncio foi acompanhado por uma imagem de bastidores com dois personagens do filme original, que tinham desaparecido das continuações. Os dois personagens eram as crianças que estavam sob os cuidados da então babá Laurie Strode (Jamie Lee Curtis) durante o primeiro ataque do psicopata mascarado em 1978. Kyle Richards, que deu continuidade à carreira de atriz e foi até uma das enfermeiras da série “Plantão Médico” (E.R.), repete seu papel da época, como Lindsey Wallace, mas Tommy Doyle ganhou novo intérprete em sua versão adulta: Anthony Michael Hall (“O Vidente”). Jamie Lee Curtis também estará de volta, assim como Judy Greer e Andi Matichak, que interpretaram a filha e a neta de Laurie Strode no filme de 2018. O próximo filme será o segundo de uma nova trilogia, iniciada no ano passado por “Halloween” e que se encerrará em 2021 com “Halloween Ends”. Novamente dirigido por David Gordon Green, “Halloween Kills” tem estreia prevista para o próximo Halloween. That’s a wrap on #HalloweenKills, in theatres October 16, 2020! ?? #Halloween #MichaelMyers pic.twitter.com/H3TSXmvGHd — HalloweenMovies™ (@Halloweenmovies) November 4, 2019
O Gabinete do Dr. Caligari será exibido ao ar livre e com música ao vivo no final da Mostra de São Paulo
A Mostra de São Paulo, oficialmente encerrada na quarta (30/10), ganhou sua prorrogação e vai promover a exibição ao ar livre do clássico do cinema expressionista alemão “O Gabinete do Dr. Caligari”. O filme de Robert Wiene, que completa 100 anos em 2020, será apresentado com acompanhamento musical ao vivo neste sábado (2/11), às 19 horas, na área externa do Auditório Ibirapuera. Considerado uma das maiores obras-primas do cinema, o filme ficou famoso por seu visual surreal e uso de sombras, para dar vida à investigação de Francis (Friedrich Feher), um estudante que tenta resolver uma série de assassinatos. O jovem suspeita que os crimes são obra de um hipnotizador, Caligari (Werner Krauss), que se apresenta como uma atração em um parque de diversões, e de seu cúmplice, o sonâmbulo Cesare (Conrad Veidt), que age a partir das ordens de seu mestre. O acompanhamento musical da projeção será realizado pela Orquestra Jazz Sinfônica Brasil, regida pelo maestro João Maurício Galindom numa releitura da trilha original, composta por Giuseppe Becce.
Apple TV+ estreia com preço baixo, pouco conteúdo e críticas negativas
O serviço de streaming de vídeo Apple TV+ estreou nesta sexta-feira (1/11) em todo o mundo. A ideia é competir com a Netflix e os vindouros serviços Disney+ (Disney Plus), HBO Max e Peacock, já anunciados. A prática, porém, é outra. Gigante no mercado de tecnologia, a Apple começa como uma anã no segmento de streaming. Sem catálogo de séries e filmes antigos, a plataforma oferece apenas programação original, mas o material é escasso. Tanto que chega com um preço muito mais baixo que seus rivais. No Brasil, custa R$ 9,9 mensais. Além do preço, o alcance é outro diferencial do serviço, disponibilizado em mais de 100 países já no lançamento. Entretanto, o principal atrativo deveria ser o conteúdo. A Apple TV+ estreou com episódios de quatro séries adultas, o programa de variedades “Oprah’s Book Club”, um documentário sobre a natureza e três séries infantis. Atrações adicionais serão acrescentadas todos os meses, mas o crescimento deve ser lento. Tanto que vai seguir uma estratégia de disponibilização de episódios semanais – em contraste com as maratonas de temporadas da Netflix – , para ter tempo de produzir conteúdo. O problema não se resume à pequena quantidade de opções. Ele é amplificado pela qualidade das produções, porque a maioria das séries foi destruída pela crítica. Uma das piores recepções coube àquela que deveria ser a joia da programação, “The Morning Show”, série dramática que traz Jennifer Aniston em seu primeiro papel em série desde “Friends”, ao lado de Reese Witherspoon (“Little Big Lies”) e Steve Carell (“The Office”). “Chamativa, mas frívola”, resumiu a avaliação do Rotten Tomatoes, junto de uma aprovação de 60% da crítica em geral e apenas 40% dos críticos top (dos principais veículos da imprensa americana e inglesa). Ainda mais destrutiva foi a avaliação de “See”, sci-fi épica estrelada por Jason Momoa (“Aquaman”), que aparenta custar tanto quanto “Game of Thrones” e obteve apenas 42% de aprovação geral e míseros 30% entre os tops do Rotten Tomatoes. A produção caríssima chegou a ser chamada de “comédia não intencional” pelo jornal britânico Telegraph. “For All Mankind” se saiu melhor. O drama de “história alternativa” em que a União Soviética chegou primeiro à lua foi considerado lento e até tedioso, mas sua materialização de um passado diferente pero no mucho (ainda é machista) rendeu comparações a “Mad Men” e esperanças na capacidade do produtor Ronald D. Moore (“Battlestar Galactica”) para chegar logo ao cerne da trama, que avança em largos saltos temporais. Com o voto de confiança, atingiu 75% entre todos os críticos e 61% na elite. A comédia “de época” “Dickson” teve maior apoio da crítica em geral, com 76% de aprovação, mas os tops se entusiasmaram bem menos, com 57%. A série que traz Hailee Steinfeld (“Quase 18”) como uma versão adolescente punk gótica da poeta Emily Dickinson, em meio a vários anacronismos, foi a que ganhou mais elogios entusiasmados, mas também comparações pouco lisonjeiras às produções teen da rede The CW. Essa programação pode criar alguma curiosidade no público, mas, por enquanto, não demonstra potencial para virar tópicos de discussões como as primeiras séries da Netflix, “House of Cards” e “Orange Is the New Black”. A tarefa de gerar assinantes é nova na carreira de Jamie Erlicht e Zack Van Amburg, ex-presidentes da Sony Pictures Television, que assumiram o comando do projeto de desenvolvimento de séries da Apple. A dupla foi responsável pelo lançamento de diversos sucessos como copresidentes da divisão de produção televisiva da Sony. Entre as atrações que eles produziram estão “Breaking Bad”, “Better Call Saul”, “The Blacklist”, “Community”, “Hannibal”, “The Goldbergs” e “The Crown”. Com a necessidade de produzir conteúdo para manter a plataforma funcionando, eles já autorizaram as produções das segundas temporadas das séries que estrearam nesta sexta. Mas essa renovação instantânea foi uma exceção, já que há bastante material sendo produzido para preencher a Apple TV+, com a missão de tornar o serviço mais atraente nos próximos meses. Entre as próximas atrações da Apple, atualmente em produção, destacam-se “Amazing Stories”, revival da série de antologia sci-fi criada por Steven Spielberg em 1985; “Servant”, um terror psicológico desenvolvido pelo cineasta M. Night Shyamalan (“Vidro”); “Foundation”, baseada na trilogia “Fundação”, do escritor Isaac Asimov (1942-1993), uma das obras mais famosas da ficção científica; “Home Before Dark”, drama de mistério baseado na vida real de uma jornalista mirim (vivida por Brooklynn Prince, a estrelinha de “Projeto Flórida”), que, obcecada em virar repórter, desvendou um crime sozinha aos 11 anos de idade; “Time Bandits”, adaptação da sci-fi “Os Bandidos do Tempo” (1981), desenvolvida pelo diretor Taika Waititi (“Thor: Ragnarok”); “Life Undercover”, thriller de espionagem estrelado por Brie Larson (a “Capitã Marvel”), baseada nas experiências reais de uma ex-agente da CIA; “Truth to Be Told”, em que Octavia Spencer (“A Forma da Água”) vive uma jornalista de podcast criminal; “Mythic Quest”, comédia sobre videogames, criada por Rob McElhenney e Charlie Day (criadores e estrelas de “It’s Always Sunny in Philadelphia”); séries ainda sem títulos dos cineastas Damien Chazelle (“La La Land”) e Justin Lin (“Velozes e Furiosos 6”), etc. A plataforma também vai começar a disponibilizar filmes, como “Hala”, sobre uma jovem muçulmana, produzido pela atriz Jada Pinkett Smith (“Gotham”), que teve sua première no Festival de Sundance, o próximo longa de Sofia Coppola (“Maria Antonieta”) e títulos exclusivos do estúdio indie A24 (de “Hereditário” e “Moonlight”). Há muito mais conteúdo em desenvolvimento. Mas a pressão por um lançamento rápido, antes da Disney+ (Disney Plus) (que chega em duas semanas), não ajudou a passar a melhor primeira impressão.
Jamie Lee Curtis revela primeiro teaser de Halloween Kills
A atriz Jamie Lee Curtis aproveitou a data do Halloween nesta quinta (31/10) para compartilhar as primeiras cenas de bastidores da continuação da franquia nas redes sociais. Ela postou um vídeo que serve como teaser de “Halloween Kills”, próximo capítulo de sua eterna luta contra o psicopata mascarado Michael Meyers, iniciada em 1978. A prévia traz o diretor David Gordon Green gritando “ação!” e trechos carregados de tensão, com aparições breves do assassino Michael Myers e de Laurie Strode, a personagem de Curtis. Ela aparece ensanguentada numa maca, desejando um “feliz Halloween” aos fãs. O próximo filme será o segundo de uma nova trilogia, iniciada no ano passado por “Halloween” e que se encerrará em 2021 com “Halloween Ends”. Judy Greer e Andi Matichak, que interpretaram a filha e a neta de Curtis no filme de 2018, também devem retornar ao elenco, assim como as crianças do filme original, que estavam sob os cuidados da então babá Laurie durante o primeiro ataque do psicopata mascarado, há 41 anos. Kyle Richards, que deu continuidade à carreira de atriz e foi até uma das enfermeiras da série “Plantão Médico” (E.R.), repetirá seu papel da época, como Lindsey Wallace. Mas Tommy Doyle terá novo intérprete em sua versão adulta: Anthony Michael Hall (“O Vidente”). “Halloween Kills” tem estreia prevista para o próximo Halloween. ‘Tis the season….. to start screaming. First look at the mayhem David has created for all of you. @halloweenmovie #halloweenkills #strodesstrong @universalpictures @miramax @blumhouse @halloweenmovie pic.twitter.com/klrpzk1Ykg — Jamie Lee Curtis (@jamieleecurtis) October 31, 2019
Fundação: Série baseada em clássico sci-fi será estrelada por ator de Chernobyl
A série baseada em “Fundação” (Foundation), ficção científica clássica do escritor Isaac Asimov, confirmou a escalação de Jared Harris (“Chernobyl”)como seu protagonista. Além dele, Lee Pace (“Capitã Marvel”) terá papel importante na trama. O projeto está sendo desenvolvido pela dupla de roteiristas-produtores David S. Goyer (criador de “Krypton” e “Constantine”) e Josh Friedman (criador de “Emerald City”), em parceria com a produtora Skydance. Os livros “Fundação” (1951), “Fundação e Império” (1952) e “Segunda Fundação” (1953) têm como pano de fundo um futuro em que a Via Láctea está sob o controle do Império Galático. Mas um matemático chamado Hari Seldon desenvolve um método de prever a queda do império. Ele descobre que a atual forma de governo galáctico vai entrar em colapso em mil anos, mergulhando a humanidade numa era de trevas, na qual todo o conhecimento seria perdido e o homem voltaria à barbárie, levando outros 40 mil anos para que recuperasse a civilização. Assim, passa a liderar um grupo conhecido como A Fundação, para preservar a humanidade e criar um novo império. Harris interpretará Hari Seldon e Pace será Brother Day, o atual Imperador da galáxia. Em 1981, após a trilogia da “Fundação” ser incensada como um dos trabalhos mais importantes da ficção científica moderna, Asimov foi convencido por seus leitores a escrever um quarto livro, que se tornou “Limites da Fundação” (1982). Inspirado, ele escreveu mais uma sequência, “Fundação e Terra” (1986), além de dois prólogos, “Prelúdio para Fundação” (1988) e “Origens da Fundação” (1993), e interligou na sua série vários outros trabalhos, criando um universo ficcional unificado. Não é a primeira vez que esta trama é considerada material rico para uma série. A HBO tentou fazer uma adaptação em 2015, com o co-criador de “Westworld” Jonathan Nolan. Mas o orçamento se provou impeditivo para a TV. Aparentemente, o preço cabe no streaming. Considerado um dos maiores escritores da ficção científica, Issac Asimov (1942-1993) formulou as chamadas “leis da robótica” e já teve um de seus livros mais conhecidos adaptados por Hollywood: “Eu, Robô”, estrelado por Will Smith em 2004. Ainda não há previsão de estreia da série na plataforma Apple TV+.
O Massacre da Serra Elétrica vai ganhar novo filme do diretor de O Homem das Trevas
“O Massacre da Serra Elétrica” vai ganhar mais uma continuação. Os direitos do filme original de 1974 foram revertidos para o co-roteirista do longa, Kim Henkel, que negociou com a Legendary para dar continuidade à franquia. A sequência será produzida pelo cineasta uruguaio Fede Álvarez, que já dirigiu um reboot/sequência de terror clássico, “A Morte do Demônio”, em 2013, além de “O Homem das Trevas” (2016) e “Millennium: A Garota na Teia de Aranha” (2018). O acordo não garante que ele também vai dirigir o longa. Com direção do falecido Tobe Hooper, “O Massacre da Serra Elétrica” original acompanhava um grupo de jovens que, ao viajar ao Texas, acabava na propriedade de parentes canibais, sendo caçados por um maluco que matava com serra elétrica e usava pedaços de suas vítimas como máscara. O próprio Hopper assinou a primeira sequência, simplesmente chamado de “O Massacre da Serra Elétrica 2”, em 1986. E vários outros filmes se seguiram, entre eles um remake, um prólogo e até alguns que se apresentaram como continuações diretas do primeiro longa. Até Henkel dirigiu uma dessas sequências, “O Massacre da Serra Elétrica: O Retorno” (1994), transformando o filme numa continuação oficial – e pior exemplar da franquia. Portanto, não é surpresa que o novo projeto prometa ignorar as outras continuações para retomar a trama a partir da história original. Embora não seja novidade, a ideia tem uma justificativa recente: o sucesso de “Halloween”, que ignorou décadas de continuações para emendar sua trama diretamente no primeiro filme. O novo “Massacre” ainda não tem previsão de estreia.
Novo Halloween vai resgatar as crianças do filme de 1978
Quem viu o “Halloween” original, escrito e dirigido por John Carpenter em 1978, deve recordar que Laurie Strode (papel consagrado por Jamie Lee Curtis) trabalhava como babá quando foi atacada por Michael Myers. O que poucos lembram são as crianças da história. Pois os personagens mirins do filme original vão reaparecer na próxima continuação da franquia. Lindsay Wallace e Tommy Doyle, as crianças que estavam sob os cuidados de Laurie durante o ataque do psicopata mascarado, fazem parte da nova história. Doyle será interpretado, em sua versão adulta, por Anthony Michael Hall (“O Vidente”). Mas a menina terá a mesma intérprete do filme original: Kyle Richards, que deu continuidade à carreira de atriz e foi até uma das enfermeiras da série “Plantão Médico” (E.R.). Intitulado “Halloween Kills”, o próximo filme será o segundo de uma nova trilogia, iniciada no ano passado por “Halloween” e que se encerrará com “Halloween Ends”. “Halloween Kills” vai estrear em 15 de outubro de 2020 e “Halloween Ends”, de nome bastante sugestivo, chega aos cinemas brasileiros em 16 de outubro de 2021, sempre um dia antes do lançamento nos Estados Unidos. Ambos serão novamente escritos por Danny McBride e David Gordon Green, com o último assumindo a direção. Os dois também trabalharão com John Carpenter, criador da franquia, que mais uma vez assinará a trilha sonora da produção.
Guillermo del Toro faz reunião de Carol, com Rooney Mara e Cate Blanchett em seu novo filme
A confirmação da participação de Rooney Mara em “Nightmare Alley”, próximo filme do diretor Guillermo del Toro (“A Forma da Água”), vai materializar um reencontro entre as protagonistas de “Carol”. Ela vai contracenar com Cate Blanchett, que já tinha sido anunciada anteriormente. Mara vai interpretar Molly, interesse amoroso do protagonista Stan (Bradley Cooper, de “Nasce uma Estrela”), um golpista que se disfarça de guru espiritual para dar golpes em ricos ingênuos. O papel de Blanchett não está claro, mas ela deve viver a psicóloga pilantra que se torna sócia nos golpes. O filme é uma adaptação do livro homônimo de William Lindsey Graham, publicado em 1946 e que já foi transformado num clássico do cinema noir, batizado no Brasil como “O Beco das Almas Perdidas” (1947). A primeira adaptação cinematográfica acompanhava um vigarista (Tyrone Power em 1947) que entra num circo para aprender os truques de uma falsa vidente (Joan Blondell). Como ela se recusa a contar seus segredos, ele decide fragilizá-la, tornando-a viúva. Mas acaba se envolvendo com a jovem assistente Molly (Coleen Gray) e é expulso do circo. Mesmo assim, segue em frente com o golpe de vidente, até conhecer uma psicóloga pilantra (Helen Walker) que grava as confissões de seus pacientes. E aí percebe que pode tornar seu truque ainda mais convincente e extorquir uma clientela exclusiva com estas informações. O final é extremamente sombrio. Outros atores que publicações americanas tem ligado ao projeto são Toni Collette (“Hereditário”), Richard Jenkins (“A Forma da Água”), Ron Perlman (o Hellboy dos filmes de del Toro), Willem Dafoe (“No Portal da Eternidade”), Mark Povinelli (“Água para Elefantes”) e Michael Shannon (também de “A Forma da Água”). Del Toro dirigirá a nova adaptação, além de ter co-escrito o roteiro com Kim Morgan (“O Quarto Proibido”). As filmagens devem começar em 2020 com produção da Fox Searchlight, mas ainda não há data de estreia prevista.








