Cena “perdida” de Marilyn Monroe nua é descoberta após 57 anos
Uma cena nua de Marilyn Monroe, há muito tempo considerada lenda ou simplesmente perdida, foi descoberta pelo escritor Charles Casillo durante uma pesquisa para um livro sobre a estrela de Hollywood. A cena em questão foi filmada para o longa “Os Desajustados” (1961), mas não entrou na edição final. Nela, Marilyn aparece ao lado de Clark Gable num momento romântico e deixa cair o lençol que cobre o seu corpo. Seria o único registro de nudez da atriz no cinema, caso tivesse entrado no filme. Não só isso: seria também a primeira nudez cinematográfica de uma grande estrela de Hollywood desde a instalação do Código Hayes em 1934, que estabeleceu um padrão de moral e bons costumes para a indústria de cinema americana – após até um filme de Tarzan mostrar Jane (Maureen O’Sullivan) nua. A iniciativa de cortar a nudez de Marilyn foi do próprio diretor de “Os Desajustados”, John Huston, porque sentiu que não era necessária para a história. Mas o produtor do longa, Frank Taylor, evitou que o registro fosse perdido, ao decidir guardá-lo. Enquanto pesquisava material para seu livro “Marilyn Monroe: The Private Life of a Public Icon”, Charles Casillo entrevistou Curtice Taylor, filho do produtor, e descobriu que ele tinha encontrado e guardado a icônica filmagem após a morte do pai, em 1999. “Os Desajustados” foi escrito pelo então marido de Monroe, Arthur Miller, e conta a história de dois cowboys que disputam a atenção de uma mulher recém-divorciada. Foi o último filme de Marilyn antes de sua morte. O destino da filmagem encontrada ainda não foi decidido, mas ela pode reaparecer em algum relançamento do filme, originalmente filmado em preto e branco por Huston.
10 Segundos Para Vencer: Daniel de Oliveira vira o campeão do boxe Éder Jofre em trailer e imagens
A Imagem Filmes divulgou fotos, pôster e o trailer de “10 Segundos Para Vencer”, cinebiografia do boxeador Éder Jofre, maior campeão e ídolo do boxe do Brasil – e considerado o melhor peso galo da era moderna do boxe. A prévia mostra Daniel de Oliveira (que já foi até Cazuza no cinema) como o lutador e se foca no relacionamento com o pai, o exigente treinador Kid Jofre (Osmar Prado), culminando em seu desejo de abandonar as lutas para ficar com a mulher (Keli Freitas). Dirigido por José Alvarenga Jr. (“Divã”, “Cilada.com”), o filme acompanha a jornada de Éder ao título mundial dos galos, nos anos 1960, a interrupção precoce em sua carreira para curtir a vida com a mulher e os filhos, e também o retorno triunfal aos ringues para um novo título mundial, agora entre os penas. Hoje, aos 82 anos, Jofre convive com a encefalopatia traumática crônica, uma doença cerebral degenerativa que afeta, principalmente, pessoas que receberam constantes pancadas na cabeça. O filme terá sua première nacional no Festival de Gramado 2018, com exibição no dia 23 de agosto. A estreia nacional vai acontecer um mês depois, no dia 27 de setembro.
Margot Robbie aparece na primeira foto do novo filme de Quentin Tarantino como Sharon Tate
A atriz Margot Robbie (“Eu, Tonya”) compartilhou em seu Instagram a primeira foto em que aparece no figurino de sua personagem em “Once Upon a Time in Hollywood”, próximo filme do diretor Quentin Tarantino. Ela interpreta a atriz Sharon Tate na produção. Para quem não lembra, Sharon Tate era uma atriz belíssima, que vivia o auge da carreira e esperava o primeiro filho de seu casamento com o diretor Roman Polanski quando foi assassinada pelos seguidores de Charles Manson em 1969. Segundo a sinopse oficial, “Once Upon A Time in Hollywood” (“Era Uma Vez em Hollywood”, em tradução literal) é “uma história passada em Los Angeles em 1969, no auge da era hippie de Hollywood. Os dois personagens principais são Rick Dalton (Leonardo DiCaprio), ex-estrela de uma série de western, e seu dublê de longa data Cliff Booth (Brad Pitt). Ambos estão lutando para manter as carreiras numa Hollywood que não reconhecem mais. Mas Rick tem uma vizinha muito famosa ao lado de sua casa… Sharon Tate (Margot Robbie).” Além dos citados, o elenco grandioso inclui Al Pacino (“Scarface”, “O Poderoso Chefão”), James Marsden (intérprete de Teddy na série “Westworld”), Dakota Fanning (série “The Alienist”), Damian Lewis (série “Billions”), Burt Reynolds (“Boogie Nights”), Timothy Olyphant (série “Santa Clarita Diet”), Luke Perry (série “Riverdale”), Emile Hirsch (“O Grande Herói”), Clifton Collins Jr (série “Westworld”), Nicholas Hammond (ele mesmo, o Homem-Aranha dos anos 1970), Keith Jefferson, Kurt Russell, Michael Marsden e Tim Roth (quarteto de “Os Oito Odiados”) e a menina Julia Butters (Anna-Kat Otto em “American Housewife”). São todos atores brancos, como as redes sociais rapidamente implicaram, mas vale lembrar que Tarantino já fez antes “Jackie Brown” e “Django Livre”, com protagonistas negros. A estreia está marcada para 2019, em 26 de julho nos Estados Unidos e 15 de agosto no Brasil.
Cinebiografia de Wilson Simonal ganha “clipe” em clima de ostentação
A Downtown e a Globo Filmes divulgou fotos e o primeiro vídeo de “Simonal”, a cinebiografia do cantor Wilson Simonal (1938-2000). A prévia revela cenas do filme, em que Fabrício Boliveira vive o artista, mas numa espécie de clipe-ostentação, ao som do hit “Carango”, um dos maiores sucessos de Simonal, que contém o antológico refrão “Pra ter fom-fom, trabalhei, trabalhei”. O clássico de arranjo jazzy acompanha Simonal e Tereza, vivida por Ísis Valverde, enquanto andam de Mercedes e compram sua mansão modernista, com direito a retrato gigante do cantor pendurado na sala de estar. Curiosamente, os dois atores já tinham vivido um casal no cinema anteriormente, no interessante “Faroeste Caboclo”, também baseado no pop nacional. Leandro Hassum (“Não Se Aceitam Devoluções”), Caco Ciocler (“Um Namorado para Minha Mulher”), Mariana Lima (“Real: O Plano por Trás da História”) e Bruce Gomlevsky (“Polícia Federal: A Lei é para Todos”) também estão no elenco. “Simonal” retratará o sucesso meteórico do cantor entre os anos 1960 e 1970, quando ele se tornou uma das personalidades mais populares do país para, em seguida, mergulhar no ostracismo. O longa tem roteiro de Geraldo Carneiro (“Eternamente Pagu”) e direção de Leonardo Domingues, que estreia na ficção após dirigir o documentário “A Pessoa É para o que Nasce” (2003) e editar a cinebiografia “Nise: O Coração da Loucura” (2015). A première está marcada para 20 de agosto, no Festival de Gramado 2018, mas o lançamento em circuito comercial só deve acontecer em 2019.
2001: Uma Odisseia no Espaço vai ganhar versão IMAX em comemoração a seus 50 anos
Para comemorar os 50 anos de “2001: Uma Odisseia no Espaço”, a Warner vai relançar o clássico de Stanley Kubrick nos cinemas, numa nova versão desenvolvida especialmente para as telas IMAX pelo cineasta Christopher Nolan (“Dunkirk”). O cineasta trabalhou incansavelmente para restaurar a cópia em 70mm da obra original e o resultado foi trazido à público pela primeira vez durante o Festival de Cannes deste ano. As sessões especiais em IMAX vão acontecer, a princípio, apenas em algumas cidades dos Estados Unidos e do Canadá durante uma semana, a partir de 24 de agosto. Não há previsão de lançamento em outros países. Baseado no icônico livro de ficção científica de Arthur C. Clarke, o filme virou uma jornada cósmica, que começa nos primórdios da humanidade e seus ancestrais primatas e chega até a exploração especial, quando uma importante missão para travar o primeiro contato com uma inteligência alienígena é sabotada por um computador com inteligência artificial, HAL 9000. O filme de Kubrick foi indicado a quatro Oscars, mas ganhou apenas o merecido troféu de Efeitos Visuais. A falha da Academia em reconhecer a grandeza da obra-prima (prefiram o musical “Oliver”!) não impediu “2001” de se tornar uma das criações mais influentes da História do Cinema, impactando tramas, visual e tom de inúmeras produções que se seguiram, incluindo “Guerra nas Estrelas” (1977) e “Ela” (2013).
Juiz rejeita processo de plágio contra A Forma da Água
O processo movido contra o estúdio Fox Searchlight e o diretor Guillermo del Toro por plágio em “A Forma da Água”, filme vencedor do Oscar 2018, foi rejeitado na Justiça americana. O processo era movido pela família do dramaturgo Paul Zindel, que alegava que a produção copiava uma peça do autor. Na terça-feira (24/7), o juiz Judge Percy Anderson, da Califórnia, rejeitou as acusações e concluiu que o filme apresenta apenas “pequenas similaridades” com a peça “Let Me Hear You Whisper”, escrita por Zindel no final da década de 1960. De acordo com a acusação, apresentada formalmente à Justiça norte-americana alguns dias antes da cerimônia da Oscar, o produtor Daniel Kraus, que propôs o filme a Del Toro, é um grande admirador da obra Zindel, assim como o cineasta, e teria proposto situar a trama do filme no mesmo ano em que um teleteatro inspirado na peça foi ao ar na TV americana. As coincidências entre os enredos de peça e filme seguem se multiplicando. A história de Zindel gira em torno de Helen, uma faxineira que se encanta por um golfinho mantido em cativeiro pelo governo. Para salvar a vida do animal, ela arma um plano para driblar a segurança máxima do local e retirá-lo de lá. Já no filme de Del Toro, Sally Hawkins vive Elisa, uma faxineira muda que se apaixona por uma criatura marinha, mantida em cativeiro em um laboratório secreto do governo. Ela também arma um plano para driblar a segurança máxima do local e retirá-lo de lá. Mas os resultados daí em diante revelam-se muito diferentes. De fato, se há similaridades na premissa, o restante, incluindo execução, desdobramentos e uma riqueza infinita de detalhes, são opostos. O juiz examinou o enredo, temas, ritmo, clima, diálogos e personagens nos respectivos trabalhos. “Apesar de a peça e o filme dividirem a mesma premissa básica de uma empregada de uma empresa tecnológica que decide liberar uma criatura aquática para protegê-la de experimentos, o conceito é geral demais para ser sustentado”. Uma das diferenças, de acordo com a autoridade, é a relação da protagonista com o animal. “Na peça, Helen não parece desenvolver uma atração única pela criatura. No caso, ela desaprova os testes no animal, o que leva ao seu desejo de salvar o golfinho. Por contraste, o laço de Elisa com o bicho no filme se desenvolve mais devagar, aumentando uma afeição pessoal e, depois, amor”. Guilhermo del Toro chegou a comentar a polêmica, na véspera da premiação do Oscar. “Eu nunca li ou vi a peça teatral”, disse o diretor ao site americano Deadline. “Eu nunca ouvi falar sobre essa peça antes de fazer ‘A Forma da Água’, e nenhum dos meus colaboradores mencionaram a peça”, completou. Por sua vez, a Fox Searchlight emitiou um comunicado apoiando Del Toro. “As acusações do senhor Zindel não têm fundamento, são totalmente sem mérito e vamos nos defender. Além disso, a queixa parece coincidir com o ciclo de votação do Oscar para pressionar o nosso estúdio a resolver o caso rapidamente. Em vez disso, nós vamos nos defender vigorosamente e, por extensão, defender este filme inovador e original”.
Trailer e fotos de Star Trek: Discovery revelam que o novo capitão é um velho conhecido da franquia
A Netflix divulgou seis fotos e o primeiro trailer da 2ª temporada de “Star Trek: Discovery”, que traz muitas novidades. A começar pelo resultado do encontro entre as naves Discovery e Enterprise, que encerrou a temporada inaugural. A prévia mostra apenas um integrante da Enterprise, o Capitão Christopher Pike, interpretado por Anson Mount (o Raio Negro da série dos Inumanos, da Marvel). Isto porque sua missão está a bordo da Discovery. Ele chega para assumir a cadeira vaga de Capitão da nave. O personagem é um velho conhecido da franquia. Na verdade, um dos mais velhos. Christopher Pike foi vivido por Jeffrey Hunter no piloto rejeitado de “Jornada nas Estrelas” em 1964. O papel foi reformulado e o ator foi substituído por William Shatner com a introdução do Capitão Kirk no segundo piloto, que foi aprovado em 1966. Mas as cenas gravadas em 1964 não foram perdidas. Elas acabaram integrando a cronologia oficial num episódio duplo da 1ª temporada, que mostrou as cenas mais antigas como se fossem da tripulação “original” da Enterprise – que incluía Pike, Spock (Leonard Nimoy) e a Número Um (Majel Barrett), entre outros. Pike continuou a existir no reboot cinematográfico de 2009, aparecendo como o capitão da Enterprise no começo do filme “Star Trek” – vivido por Bruce Greenwood – , antes de passar o comando da nave para o Capitão Kirk. O trailer também faz menção a outro papel clássico: Spock, que é irmão adotivo da protagonista da série, Michael Burnham (Sonequa Martin-Green), além de introduzir dois novos personagens, a engenheira chefe Reno (vivida pela comediante Tig Notaro) e o tripulante alienígena chamado Linus (David Benjamin Tomlinson), um Sauriano que rouba a cena no trailer. O ator e diretor Jonathan Frakes (o Comandante Riker de “Star Trek: A Nova Geração”), que vai comandar alguns episódios da 2ª temporada, já tinha dito que Spock ia aparecer. Na prévia, Burnham comenta que ele precisa de ajuda. Mas não há pistas sobre a idade do personagem, que pode surgir ainda criança, uma vez que “Star Trek: Discovery” se passa antes dos eventos do filme “Star Trek” (2009). O primeiro episódio será dirigido por Alex Kurtzman, co-criador da série, que ganhou mais responsabilidade ao virar o showrunner único da atração com a demissão de Gretchen Berg e Aaron Harberts, os showrunners que fizeram a série decolar. Kurtzman tem forte ligação com a franquia, tendo escrito os filmes “Star Trek” (2009) e “Além da Escuridão: Star Trek” (2013). Recentemente, ele tentou virar diretor de cinema, mas o fracasso de “A Múmia” (2017) o trouxe de volta ao mundo das séries. A estreia está prevista para o começo de 2019.
O Primeiro Homem, novo filme do diretor de La La Land, abrirá o Festival de Veneza 2018
O drama histórico “O Primeiro Homem”, sobre a missão espacial que transformou o astronauta Neil Armstrong no primeiro homem a caminhar na lua, foi selecionado para abrir o Festival de Veneza 2018. Será a segunda vez que um filme do diretor Damien Chazelle abrirá o festival italiano, após ser aplaudido de pé no evento de 2016 por “La La Land”. No novo filme, ele volta a trabalhar com o ator de “La La Land”. Ryan Gosling tem o papel de Neil Armstrong na produção, que mostra os bastidores de sua viagem espacial, revelando o custo humano da missão, descrita como a mais perigosa de todos os tempos, mas lembrada também como uma das mais bem-sucedidas. “É uma obra muito pessoal, original e cativante”, disse o diretor do festival, Alberto Barbera, em comunicado, afirmando se trata de um trabalho “maravilhosamente inesperado no contexto dos filmes épicos dos dias atuais, e uma confirmação do grande talento de um dos diretores contemporâneos mais importantes do cinema americano”. Chazelle, de 33 anos, disse estar ansioso pela estreia mundial do filme no festival. “Recebo o convite de Veneza com humildade e estou entusiasmado por voltar”, disse. “É especialmente comovente compartilhar essa notícia tão perto do aniversário do pouso na lua”. No ano passado, o vencedor do Festival de Veneza foi “A Forma da Água”, de Guillermo Del Toro, que acabou vencendo também o Oscar 2018. Este ano, Del Toro irá presidir o júri da mostra competitiva do evento, que começa em 29 de agosto e vai até 8 de setembro na Itália. Será a 75ª edição do evento, que é o mais antigo festival de cinema do mundo.
Shinobu Hashimoto (1918 – 2018)
Morreu o roteirista japonês Shinobu Hashimoto, que trabalhou em mais de 70 projetos durante sua carreira e foi o grande parceiro de Akira Kirosawa. Ele faleceu na quinta (19/7) de pneumonia, aos 100 anos de idade, em sua casa em Tóquio. De forma inusitada, a carreira de Hashimoto começou quando sua vida quase acabou. Ele se alistou no exército japonês em 1938, mas nem sequer conseguiu lutar na 2ª Guerra Mundial, pois pegou tuberculose e passou quatro anos em um hospital de veteranos. Foi durante a internação que leu uma revista sobre cinema que incluía um roteiro de exemplo. Ele decidiu escrever uma história e enviou para Mansaku Itami, então considerado o melhor roteirista do Japão – e pai do cineasta Juzo Itami. Itami ficou impressionado, enviando ao jovem soldado uma crítica detalhada do trabalho. O veterano logo se tornou um mentor para o roteirista iniciante, mas foi um relacionamento de curta duração, porque Itami morreu em 1946. Mas Hashimoto prometeu seguir seu conselho final e se especializar em adaptações literárias, em vez de roteiros originais. Com isso em mente, ele escreveu uma adaptação de um conto de Ryunosuke Akutagawa e enviou para Akira Kurosawa, que já tinha uma carreira estabelecida de diretor, mas ainda não era lendário. O cineasta gostou e marcou um encontro para ver se era possível estender a história, já que o roteiro era relativamente curto. E sugeriu complementá-lo com uma segunda história de Akutagawa, “Rashomon”. O roteiro resultante passou a ser considerado um dos maiores de todos os tempos, levando “Rashomon”, o filme, a conquistar o primeiro prêmio internacional da história do cinema japonês, o Leão de Ouro no Festival de Veneza de 1951. Assim começou uma parceria imbatível, que transformou Kurosawa no cineasta mais referenciado do cinema japonês. Entre os muitos clássicos realizados pela parceria, incluem-se os famosos “Os Sete Samurais” (1954), que inspirou o western “Sete Homens e um Destino” (1960), “Trono Manchado de Sangue” (1957), fantástica versão samurai de “Macbeth”, e “A Fortaleza Escondida” (1958), um grande influência de George Lucas na concepção de “Guerra nas Estrelas” (1977). A dupla também desenvolveu dramas sobre tragédias contemporâneas de grande impacto, como “Viver” (1952), sobre um homem diagnosticado com câncer terminal que busca sentido na vida, “Anatomia do Medo” (1955), que explorou o trauma e a fobia despertada pela possibilidade de um novo ataque nuclear, e “Homem Mau Dorme Bem” (1960), sobre uma vingança motivada por diferenças de classe social. A adaptação de seu roteiro em “Sete Homens e um Destino” (1960) ainda chamou atenção de Hollywood, rendendo contrato para seu único trabalho em inglês, o clássico “Inferno no Pacífico” (1968), em que Toshiro Mifune e Lee Marvin transformavam a 2ª Guerra em combate particular, após naufragarem numa ilha deserta. O sucesso deste filme encaminhou vários pedidos de novos roteiros de guerra, o que rendeu um segundo ciclo temático em sua carreira, quase tão proeminente quanto sua profusão de filmes de samurai. Além de roteirista, Hashimoto também dirigiu três filmes durante sua longa trajetória, que se estendeu nos cinemas até 1986, embora seu nome ainda continue a aparecer em novos lançamentos – o mais recente é de 2016 – , graças a diversos remakes de obras de sua filmografia.
Novo filme de Quentin Tarantino não será mais lançado no aniversário do assassinato de Sharon Tate
“Once Upon a Time in Hollywood”, próximo filme do diretor Quentin Tarantino, não será mais lançado no aniversário de 50 anos do assassinato de Sharon Tate. A data era bastante controvertida, já que o filme deverá mostrar o crime. A Sony anunciou que o projeto foi adiantado em duas semanas, e agora tem previsão de chegar aos cinemas em 26 de julho nos Estados Unidos. Fontes disseram à revista The Hollywood Reporter que a mudança não foi por causa da data simbólica, mas para aproveitar o público maior do verão norte-americano. Ou, como dizem por lá, “call it what you want”. Traduzindo: parece, anda e grasna como pato. Segundo a sinopse oficial, “Once Upon A Time in Hollywood” (“Era Uma Vez em Hollywood”, em tradução literal) é “uma história passada em Los Angeles em 1969, no auge da era hippie de Hollywood. Os dois personagens principais são Rick Dalton (Leonardo DiCaprio), ex-estrela de uma série de western, e seu dublê de longa data Cliff Booth (Brad Pitt). Ambos estão lutando para manter as carreiras numa Hollywood que não reconhecem mais. Mas Rick tem uma vizinha muito famosa ao lado de sua casa… Sharon Tate (Margot Robbie).” Para quem não lembra, Sharon Tate era uma atriz belíssima, que vivia o auge da carreira e esperava o primeiro filho de seu casamento com o diretor Roman Polanski quando foi assassinada pelos seguidores de Charles Manson em 1969. Além dos citados, o elenco grandioso inclui Al Pacino (“Scarface”, “O Poderoso Chefão”), James Marsden (intérprete de Teddy na série “Westworld”), Dakota Fanning (série “The Alienist”), Damian Lewis (série “Billions”), Burt Reynolds (“Boogie Nights”), Timothy Olyphant (série “Santa Clarita Diet”), Luke Perry (série “Riverdale”), Emile Hirsch (“O Grande Herói”), Clifton Collins Jr (série “Westworld”), Nicholas Hammond (ele mesmo, o Homem-Aranha dos anos 1970), Keith Jefferson, Kurt Russell, Michael Marsden e Tim Roth (quarteto de “Os Oito Odiados”) e a menina Julia Butters (Anna-Kat Otto em “American Housewife”). São todos atores brancos, como as redes sociais rapidamente implicaram, mas vale lembrar que Tarantino já fez antes “Jackie Brown” e “Django Livre”, com protagonistas negros.
Astro de Game of Thrones investiga “Arquivo X real” no trailer de nova série de discos voadores
O canal pago History divulgou fotos e o primeiro trailer da série “Project Blue Book”, que dramatiza investigações reais sobre visões de discos voadores nos Estados Unidos. É uma espécie de “Arquivo X real”, baseada em casos documentados pelo astrônomo Josef Allen Hynek, considerado um dos pais da ufologia. Ele trabalhou com a Força Aérea dos Estados Unidos no chamado Projeto Livro Azul entre os anos 1960 e 1970, estudando a aparição de Objetos Voadores Não-Identificados (os famosos Óvnis) pelo país. Foi Hynek quem criou a famosa classificação em “graus” dos contatos imediatos entre humanos e alienígenas. O primeiro grau seria a identificação visual de OVNI; o segundo, uma reação física à suposta presença de alienígenas (carros sem energia, paralisia corporal, etc); e o terceiro grau, que batizou um célebre filme de Steven Spielberg, seria a comunicação direta com seres de outro mundo. Na série, o personagem real é vivido por Aiden Gillen (o Mindinho de “Game of Thrones”). O elenco também destaca Neal McDonough (o Damien Darhk de “Legends of Tomorrow”) e Michael Harney (Sam Healy em “Orange Is the New Black”) como generais da Força Aérea, Michael Malarkey (o Enzo de “The Vampire Diaries”) como o oficial encarregado de acompanhar o professor em suas investigações, e Laura Mennell (a Rebecca de “Van Helsing”) como a esposa de Hynek. “Project Blue Book” foi desenvolvida pelo roteirista estreante David O’Leary e cada episódio será baseado em casos reais, misturando teorias sobre discos voados e eventos históricos autênticos. Vale lembrar que estas mesmas investigações da Força Aérea americana já inspiraram uma série de ficção nos anos 1970, “Projeto U.F.O.”, que durou duas temporadas. A nova versão dos mistérios do Projeto Livro Azul tem produção do cineasta Robert Zemeckis, diretor da trilogia “De Volta ao Futuro”, e seus primeiros episódios trazem assinatura do diretor Robert Stromberg (de “Malévola”). Ainda não há previsão para a estreia.
Robert Wolders (1936 – 2018)
O ator Robert Wolders, que estrelou a série “Laredo”, mas acabou mais conhecido por seus casos de amor com grandes estrelas de cinema, morreu na quinta passada (12/7), aos 81 anos. A informação foi divulgada no domingo, pelo Twitter da Fundação Audrey Hepburn. “Com um coração pesado, saudamos o nosso membro da diretoria, mentor e amigo Robert Wolders. Que sua linda alma descanse em paz. Seu exemplo brilhante continuará vivendo”, escreveram os membros da Fundação na rede social. Nascido na Holanda, Wolders era considerado um galã nos anos 1960, mas em sua curta carreira teve poucas chances de ser mais que coadjuvante. Ele integrou o elenco de duas aventuras clássicas da época, “Beau Geste” (1966) e “Tobruk” (1967), no mesmo período em que esteve na série western “Laredo” (1966-1967). Após o cancelamento da atração, fez algumas participações em várias das séries mais populares do período, como “Daniel Boone”, “O Agente da UNCLE”, “A Feiticeira”, “Os Audaciosos”, “Mary Tyler Moore” e “O Casal McMillan”. Finalmente, em 1973 teve seu primeiro e único papel de protagonista no cinema em “Interval”, contracenando com a veterana estrela Merle Oberon, atriz indicada ao Oscar por “O Anjo das Trevas” (1935). Os dois se envolveram fora das telas e acabaram se casando. 25 anos mais velha, Oberon acabou morrendo apenas quatro anos depois, em 1979. E Wolders nunca mais atuou. Wolders se tornaria amigo e, mais tarde, amante de Audrey Hepburn durante os anos 1980. Os dois nunca se casaram, mas permaneceram juntos e “muito apaixonados” até a morte dela, em 1993. Depois, ele também teve teve relacionamentos com Leslie Caron (de “Gigi”) e com Shirlee Fonda, viúva de Henry Fonda e madrasta de Jane Fonda. O ator aposentado passou suas últimas décadas se dedicando à filantropia, à frente da Fundação Audrey Hepburn.
Roger Perry (1933 – 2018)
O ator Roger Perry morreu na quinta (11/7) à noite em sua casa na Califórnia, aos 85 anos, após lutar contra um câncer de próstata. Ele teve uma longa trajetória em Hollywood, mas é mais lembrado por seus papéis televisivos. Perry foi descoberto pela comediante Lucille Ball, que o contratou para estrelar séries de sua produtora, Desilu, e emplacou seu primeiro protagonismo como o filho de Pat O’Brien na série “Harrigan and Son”, que durou apenas uma temporada em 1960. Depois disso, viveu um policial em “Arrest and Trial” (1963–1964), precursora do formato popularizado em “Law & Order”. O elenco ainda incluía Ben Gazzara e Chuck Connors, contudo a produção também só durou uma temporada. A carreira de protagonista não emplacou, mas ele acabou chamando atenção por ótimas participações especiais, como num episódio de “Os Monstros” de 1965, em que interpretou um jovem com intenções admiráveis, que tenta resgatar a bela Marilyn (Pat Priest) de um bando de monstros. No entanto, eles nada mais eram que os membros da família amorosa da jovem. Roger ainda participou de um famoso episódio de viagem no tempo da 1ª temporada de “Jornada nas Estrelas” (Star Trek”). Seu papel era o capitão John Christopher, um piloto de 1967 (o presente, na época) que entra em contato com um disco voador – na verdade, a nave Enterprise vinda do futuro. Sua lista de aparições incluiu dezenas de outras séries clássicas, entre elas “Dr. Kildare”, “Os Invasores”, “Combate”, “Lancer”, “Têmpera de Aço”, “O Jogo Perigoso do Amor”, “O Homem de Seis Milhões de Dólares”, “Mulher Biônica”, “Mulher-Maravilha”, “Havaí 5-0”, “Mannix”, “Police Woman”, “Duro na Queda” e “Barnaby Jones”, além de arcos mais longos em “Vivendo e Aprendendo” (Facts of Life) e “Falcon Crest” já nos anos 1980. Por conta da agenda televisiva, ele não fez tantos filmes, embora sua filmografia tenha iniciado em 1959, ao estrear como um trapezista em “Ases do Trapézio” (1959). Apesar disso, chegou a estrelar uma franquia de terror, ao enfrentar vampiros em “Conde Yorga, Vampiro” (1970) e sua continuação “A Volta do Conde Yorga” (1971). Também participou do musical “Nas Águas da Marujada” (1963), estrelado por Connie Francis, do western “O Céu à Mão Armada” (1969), com Glenn Ford, do terror “O Monstro de Duas Cabeças” (1972), com Ray Milland, e de um filme da era da discoteca, “Roller Boogie” (1979). Seu último longa foi “Wreckage” (2010), ao lado de Aaron Paul. Além da carreira na televisão e no cinema, Roger ainda foi compositor. A estrela Barbra Streisand cantou uma de suas canções, “A Kid Again”, durante seu primeiro especial de TV, em 1965. Intitulado “My Name Is Barbra”, o especial foi recentemente restaurado e disponibilizado pela Netflix.












