Diretora de TV denuncia ator Gustavo Novaes por estupro
Uma diretora de TV, de nome não revelado, teria sido estuprada pelo ator Gustavo Novaes (das novelas “Amor de Mãe” e “Gênesis”). Em denúncia publicada nesta quinta (25/8) no Universa, ela conta que estava alcoolizada e não lembrava da violência, descobrindo apenas quando viu um vídeo do ato, gravado pelo próprio Novaes em seu celular. Ela imediatamente enviou o vídeo para si mesma e apagou o original. Segundo o Universa, as imagens mostram Novaes de pé, andando até um quarto. Depois, surge a imagem de uma mulher apoiada de bruços, inerte. Ele a penetra e ela balbucia algumas palavras, incompreensíveis. A vítima disse que já teve um relacionamento com o ator, mas eles não estavam mais juntos e ela não tem lembranças do que aconteceu porque estava completamente embriagada. “É muito difícil entender. Não consigo nem dizer [que foi estuprada]. A palavra é feia, dói. Eu tinha o vídeo, mas não acreditava no que via. Não era possível que alguém fosse capaz de fazer aquilo, alguém que recebi na minha casa”, ela disse ao site. O ator nega as acusações e diz que houve consentimento tanto para a gravação quanto para o ato sexual. Originalmente, a notícia chegou à imprensa como se a vítima fosse uma modelo. Em 7 de agosto, o ator desmentiu a acusação em entrevista para o “Câmera Record”. “Uma vez a gente estava transando, já tinha comentado de fazer um vídeo, e a gente fez um vídeo, ela acabou se importunando por causa disso. De onde vem esse papo de estupro, se a gente transava junto? Isso é meio absurdo, né? Nem na imagem mostra ela desacordada”, declarou Novaes. Segundo a mulher, ela conheceu o ator quando os dois trabalhavam na mesma emissora – que a vítima pediu para não ser identificada. Os dois se relacionaram por um mês e meio, segundo relata. Depois de um tempo, prestes a viajar para Los Angeles onde faria um curso, ela fez uma festa de despedida em um bar. Ao chegar em casa alcoolizada, ele insistiu, por meio de mensagens, em encontrá-la. “Não me lembro de muita coisa, me vêm flashes de memória. Ele foi até minha casa e sei que acordei com o celular dele na minha cama. Perguntei por que e ele disse que colocou uma música para eu dormir. Achei estranho. Depois, ele começa a me filmar seminua, enquanto estava pegando comida, só que com flash. Isso fez com que eu começasse a desconfiar. Queria apagar esse vídeo feito com flash, mas achei o outro. Minha reação na hora foi mandar para mim por WhatsApp e apagar do aparelho dele.” A descoberta do vídeo fez com que ela procurasse uma delegacia para denunciá-lo. A diretora disponibilizou uma troca de conversas em que confirma não ter autorizado a gravação. Gustavo responde: “Tá bem? Desculpe por ter gravado.” Ele diz que só que tinha filmado para que os dois vissem as imagens juntos e, em dado momento, a chama de “louca”. “Para de trazer problema pra sua vida”, ele afirma. Ao relatar o que aconteceu à polícia, o caso foi tratado inicialmente como crime de registro não autorizado de intimidade sexual. Mas ela logo se deu conta de que havia sido vítima de estupro de vulnerável — quando a pessoa não tem discernimento sobre o ato, não é capaz de consentir nem de oferecer resistência ao contato sexual, segundo a lei. Ela relatou ainda ter sido abordada por um profissional em cargo de chefia na emissora em que trabalhava pedindo que ela retirasse a queixa contra Gustavo. “Ele disse que não era para deixar o Gustavo ser preso nem deixar que a emissora ficasse sabendo da história.” Dias depois, a diretora foi convocada para ir à delegacia pela terceira vez, depois que o ator já tinha dado seu depoimento e meses após registrar queixa. Foi só então que o vídeo foi visto pelas autoridades policiais. “A delegada assistiu ao vídeo na minha frente, e eu com aquilo na cabeça de que não podia deixar o Gustavo ser preso. Na hora, com medo, afirmei que o sexo tinha sido consentido. Ela ainda questionou, dizendo que eu estava desacordada, respondi que foi só um cochilinho.” Na declaração registrada na Deam (Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher) em dezembro de 2019 e assinada pela escrivã Ellen de Mattos consta que ela quis esclarecer “que nunca se sentiu vítima de estupro”, sucedido por um adendo da autoridade policial: “apesar de no vídeo estar registrado o autor fazendo sexo com a declarante aparentemente desacordada”. “Ninguém te prepara para ser estuprada, ninguém fala que tem que procurar um advogado para te acompanhar na delegacia, para explicar exatamente qual é o crime e a queixa que se tem que fazer”, ela declarou. “Ainda é vergonhoso admitir.” O passo mais recente do processo foi um pedido do Ministério Público, assinado pela promotora Érika Prado Alves Schittini, para que houvesse uma investigação relacionada ao crime de estupro de vulnerável e que o vídeo fosse periciado. A defesa de Gustavo Novaes rebate as acusações. “O vídeo apresentado não foi submetido à perícia, que constataria que os dois, enquanto estavam tendo uma relação sexual, conversaram, e ela tinha dado consentimento ao vídeo”, disse o advogado João Bernardo Kappen ao site. Ele ainda afirma que o vídeo é maior do que o apresentado. “A perícia vai mostrar que, na conversa que os dois travaram enquanto mantinham a relação sexual, ela deu consentimento à relação, independentemente de estar alcoolizada.” Kappen diz ainda que “foi a advogada atual que convenceu que ela foi estuprada”. “Porque ela diz que o depoimento foi consensual, não diz em depoimento em juízo, a advogada é que surge com essa tese que nem ela [a vítima] mesma confirma.”
Ator de “Esqueceram de Mim” é acusado de estupro
O ator Devin Ratray, interprete do irmão mais velho de Kevin McCallister (Macaulay Culkin) no clássico “Esqueceram de Mim”, foi acusado de estupro. Segundo a rede de notícias CNN, o incidente aconteceu em 2017 no apartamento dele, em Nova York. O canal de notícias apurou que a vítima, Lisa Smith, apresentou a acusação no Departamento de Polícia de Nova York que, por sua vez, passou algum tempo reunindo evidências e entrevistando possíveis testemunhas, mas depois abandonou o caso sem mover nenhuma ação contra o acusado. Por isso, ela resolveu tornar o caso público. Smith disse à CNN que ela, seu irmão e um amigo foram ao apartamento de Ratray em Manhattan numa noite em 2017. Segundo ela, depois de consumir uma bebida que Ratray lhe deu, ela ficou incapacitada em um sofá até a tarde seguinte e foi abusada por um longo período de tempo. Ela disse que narrou o incidente para várias pessoas, que corroboraram sua história para a CNN. Ela registrou um boletim de ocorrência algumas semanas depois e foi entrevistada por um detetive em novembro de 2017. Entretanto, o boletim de ocorrência, registrado em janeiro, indicava que a vítima não queria processar o agressor. “Por que eu teria me encontrado com a promotoria em primeiro lugar, anos atrás, se não estivesse disposta a apresentar queixa?”, ela disse à CNN. “Tudo isso foi muito perturbador para mim”, completou ela. Smith também disse que chegou a lhes enviar um suéter que acreditava que ela estava usando naquela noite, para ser analisado, mas não obteve resposta. Segundo Smith, um promotor da unidade de crimes sexuais de Nova York recentemente se desculpou com ela pela forma como seu caso foi tratado, mas não está claro se a investigação continua em andamento ou se já foi arquivada. Após ser questionado a respeito da maneira como lidaram com o caso, o Departamento de Polícia de Nova York emitiu um comunicado oficial genérico, dizendo que “leva os casos de agressão sexual e estupro extremamente a sério e insiste que qualquer pessoa que tenha sido vítima registrar um boletim de ocorrência para que possamos realizar uma investigação abrangente e oferecer apoio e serviços aos sobreviventes.” Devin Ratray negou as acusações. Esta, porém, não é a primeira vez que ele é acusado de violência. Em dezembro de 2021, o ator foi preso sob a acusação de ter agredido a sua ex-namorada em Oklahoma City. Naquela ocasião, ele também se declarou inocente. O caso de agressão será julgado em outubro. Recentemente, Ratray reprisou o papel de Buzz McCallister no filme “Esqueceram de Mim no Lar, Doce Lar” da Disney+. Ele também foi visto no filme “Kimi: Alguém Está Escutando” e na série “Better Call Saul”.
Ator de “Predador 2” comete atentado ao pudor
Após ser acusado de assédio, o ator Gary Busey, de 78 anos, cometeu um ato de atentado ao pudor. Ele foi visto na tarde do último sábado (20/8) fumando um charuto com as calças abaixadas em um parque da cidade de Malibu, na Califórnia. De acordo com o jornal Daily Mail, Busey foi visto saindo de seu carro, vestindo uma camisa que fazia referência ao filme “Caçadores de Emoção” (1991), e dirigindo-se ao mirante do Point Dume Park, onde se sentou em um banco, pegou o celular e abaixou as calças. Em seguida, o ator apertou a mandíbula, olhou em volta para ter certeza de que não havia ninguém presenciando o ato e, então, acendeu um charuto. Ele permaneceu ali durante 30 minutos, observando o mar, antes de voltar para seu carro e deixar o local. O episódio aconteceu apenas um dia após Gary Busey ser acusado de assédio sexual contra três mulheres durante a Monster-Mania, convenção para fãs de filme de terror de Nova Jersey. O ator havia sido convidado para o evento por sua participação em “Predador 2” (1990), no qual viveu um dos protagonistas. Depois de as denúncias virem à tona, Busey foi removido do restante da programação. Segundo o jornal Philadelphia Inquirer, a polícia teria recebido “múltiplas queixas” sobre a conduta de Busey. Após uma investigação, o Departamento de Polícia de Cherry Hill, na Nova Jersey, acusou Busey por dois contatos sexuais criminosos e por uma tentativa de contato sexual criminoso. Ele também foi denunciado por assédio. A fase áurea da carreira de Busey foi entre as décadas de 1970 e 1990. Ele chegou a ser indicado ao Oscar pelo papel principal na cinebiografia roqueira “A História de Buddy Holly” (1978) e se destacou em blockbusters como “Máquina Mortífera” (1987), com Mel Gibson e Danny Glover, “Predador 2” (1990), novamente com Danny Glover, “Caçadores de Emoção” (1991), com Keanu Reeves e Patrick Swayze, “A Força em Alerta” (1992), com Steven Seagal, e “A Firma” (1993), com Tom Cruise. Por sua personalidade excêntrica, o ator também participou de muitas produções interpretando a si mesmo, desde o clássico “O Jogador” (1992), de Robert Altman, até o trash “O Último Sharknado: Já Estava na Hora” (2018), passando pela série – e o filme da série – “Entourage”. Ele segue em atividade, mas 90% de seus trabalhos deste século foram produções de baixo orçamento para o mercado de home vídeo e locação na internet. O maior destaque desta lista é “Piranha 2” (2012), lançado direto em VOD (video on demand) nos EUA. Ele viveu um fazendeiro que morre devorado pelas piranhas logo no começo do filme.
Astro veterano de “Predadores 2” é acusado de abuso sexual
O ator Gary Busey (“Predadores 2”) foi indiciado neste sábado (29/8) pela polícia de Cherry Hill, Nova Jersey (EUA) com três queixas de crimes sexuais. Busey, que tem 78 anos e mora em Malibu, na Califórnia, foi acusado de apalpar pelo menos duas mulheres numa convenção Monster-Mania em Cherry Hill na semana passada. O evento semestral celebra filmes de terror e permite que os fãs conheçam os artistas. Durante a convenção, a polícia local respondeu a uma denúncia de crime sexual no Doubletree Hotel. Após uma investigação, os detetives acusaram Busey por dois contatos sexuais criminosos e por uma tentativa de contato sexual criminoso. Ele também foi denunciado por assédio. Segundo o jornal Philadelphia Inquirer, a polícia teria recebido “múltiplas queixas” sobre a conduta de Busey, mas o Departamento de Polícia de Cherry Hill se recusou a fornecer mais detalhes sobre os incidentes neste momento. A fase áurea da carreira de Busey foi entre as décadas de 1970 e 1990. Ele chegou a ser indicado ao Oscar pelo papel principal na cinebiografia roqueira “A História de Buddy Holly” (1978) e se destacou em blockbusters como “Máquina Mortífera” (1987), com Mel Gibson e Danny Glover, “Predador 2” (1990), novamente com Danny Glover, “Caçadores de Emoção” (1991), com Keanu Reeves e Patrick Swayze, “A Força em Alerta” (1992), com Steven Seagal, e “A Firma” (1993), com Tom Cruise. Por sua personalidade excêntrica, o ator também participou de muitas produções interpretando a si mesmo, desde o clássico “O Jogador” (1992), de Robert Altman, até o trash “O Último Sharknado: Já Estava na Hora” (2018), passando pela série – e o filme da série – “Entourage”. Ele segue em atividade, mas 90% de seus trabalhos deste século foram produções de baixo orçamento para o mercado de home vídeo e locação na internet. O maior destaque desta lista é “Piranha 2” (2012), lançado direto em VOD (video on demand) nos EUA. Ele viveu um fazendeiro que morre devorado pelas piranhas logo no começo do filme.
Escândalos do ator Armie Hammer e sua família são expostos em trailer de série documental
A Discovery+ divulgou o trailer de “House of Hammer”, uma série documental de “true crime”, que parte dos escândalos que abalaram a carreira do ator Armie Hammer (“Me Chame pelo Seu Nome”) para abordar o histórico sombrio de sua família. A prévia é forte e traz declarações de ex-namoradas do ator, com a exposição de mensagens de celular sobre atos violentos. E se completa com a denúncia de Casey Hammer, tia do ator, sobre tudo o que há de errado em sua família, prometendo revelar várias gerações de Hammers envolvidos com histórias escabrosas. “Por fora, éramos uma família perfeita”, diz Casey Hammer no trailer. “Mas amplie ‘Succession’ um milhão de vezes e essa era minha família. Se você acredita em fazer acordos com o diabo, os Hammers estão no topo dos negócios. Cada geração da minha família esteve envolvida em crimes sombrios. E isso só foi ficando pior e pior e pior.” A inspiração da série foi uma reportagem da revista Vanity Fair, intitulada “The Fall of House of Hammer”, que no ano passado revelou o histórico conturbado da família milionária, dona de um império de petróleo nos Estados Unidos e envolvida em décadas de escândalos sexuais, financeiros, de luta de poder e de vício. Armie Hammer viu sua carreira implodir em janeiro de 2021, após virem à tona mensagens privadas em que se confessava canibal, seguidas dois meses depois pelo processo de uma ex-namorada, identificada como Effie, por estupro e violência sexual, com elementos de tortura. Segundo a suposta vítima, o crime ocorreu em 2017, quando ele era casado com Elizabeth Chambers. Assim que a história explodiu na mídia, outras mulheres reiteraram diálogos com o ator de 34 anos sobre fetiches envolvendo canibalismo, abuso e estupro. Em entrevista ao Page Six, Courtney Vucekovich, que ficou com o ator por alguns meses do ano passado, disse que conviver com Hammer era como namorar Hannibal Lecter — o famoso personagem canibal de “O Silêncio dos Inocentes” e da série “Hannibal”. Como consequência, ele foi afastado de várias produções, como os filmes “Shotgun Wedding” e “Billion Dollar Spy”, e a série “The Offer”, sobre os bastidores de “O Poderoso Chefão”. Sua agência também o dispensou. Em sua única manifestação desde as acusações, ele qualificou as denúncias como “alegações de m*rda”. As últimas notícias de seu paradeiro revelaram que ele tinha se internado em uma clínica de reabilitação localizada na Flórida, onde ficou por nove meses, e recentemente encontrou trabalho num resort nas Ilhas Cayman.
Kevin Spacey é condenado a pagar US$ 31 milhões à produtora de “House of Cards”
O ator Kevin Spacey foi condenado a pagar US$ 31 milhões de indenização à produtora MCR pelo cancelamento da série “House of Cards”, que ele estrelou entre 2013 e 2017. O juiz Mel Red Recana, do Tribunal Superior de Los Angeles, entendeu que o ator causou prejuízo à empresa por seu comportamento, que ao assediar integrantes da produção criou um escândalo sexual responsável pela decisão da Netflix de encerrar a série premiada. A sentença foi em segunda instância, confirmando decisão anterior expedida em primeira instância por outro magistrado, em outubro de 2020, que condenou Spacey ao pagamento de US$ 29,5 milhões em danos à MCR, além de outro R$ 1,5 milhão em taxas e custos processuais. De acordo com a avaliação dos dois juízes, Spacey violou repetidamente as obrigações contratuais de fornecer serviços “de maneira profissional” e “consistente com as orientações, práticas e políticas razoáveis” da MCR. Por causa de Spacey, a produtora teve que interromper as gravações da 6ª temporada da série, reescrever a temporada e encurtá-la de 13 para oito episódios para cumprir o prazo de entrega. Além disso, a Netflix optou por cancelar a série após o escândalo. Spacey chegou a alegar que tinha direito a uma indenização, porque foi a decisão da MRC e da Netflix de demiti-lo — ou seja, não sua conduta — que causou perdas financeiras. Não conseguiu convencer. A produção de “House of Cards” foi interrompida dois dias após a primeira denúncia de assédio contra Spacey vir à tona, em outubro de 2017, quando o ator Anthony Rapp (“Star Trek: Discovery”) revelou que o intérprete do presidente Francis Underwood tentou abusar dele quando tinha 14 anos, em 1986. A partir daí, as denúncias contra o ator se multiplicaram e os funcionários da atração perderam o medo de acusá-lo. Entre os autores das denúncias, estava um assistente de produção que acusou o ator de apalpá-lo sem seu consentimento. Além de demitir o protagonista de “House of Cards”, a Netflix também cancelou o lançamento da cinebiografia de Gore Vidal, “Gore”, estrelada e produzida por Spacey, que já se encontrava em pós-produção. Outro prejuízo causado pelo ator foi a refilmagem de “Todo o Dinheiro do Mundo”. O diretor Ridley Scott decidiu refazer parte do filme para retirar o ator do longa, que já estava finalizado quando o escândalo estourou. Ele foi substituído por Christopher Plummer, que chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pelo desempenho. Spacey também chegou a ser investigado por oficiais do Departamento de Abuso Infantil e Ofensas Sexuais de Los Angeles, que coletaram um total de seis denúncias. Prescrição e falta de provas impediram todos os casos de ir a julgamento. Por conta disso, ele não foi condenado e ainda brincou num vídeo de 2019 que aquele “foi um ano muito bom”. Embora “House of Cards” tenha sido cancelada, Spacey continuou postando vídeos caracterizado como seu personagem nos EUA, chegando a comparar sua situação a de pessoas que perderam empregos durante a pandemia. Recentemente, ele voltou a ser acusado de assédio e abuso sexual, num processo iniciado neste ano na Inglaterra. Na audiência prelimitar, ele se declarou “inocente”.
Diretor de “Crash” tem caso de agressão sexual arquivado na Itália
Um juiz da cidade de Lecce, no sul da Itália, decidiu que não há motivos para prosseguir com a investigação sobre as alegações de que o diretor canadense Paul Haggis, vencedor do Oscar por “Crash” (2004), fez sexo com uma mulher sem o consentimento dela. Segundo a agência de notícias italiana ANSA, o tribunal decidiu a favor de Haggis na sexta-feira (29/7). “Depois de ver as evidências e ouvir os argumentos de ambos os lados, o Tribunal Distrital de Lecce, um tribunal de apelação com três juízes, rejeitou por unanimidade o apelo de um promotor para restabelecer a prisão domiciliar de Haggis”, disse a advogada do cineasta, Michele Laforgia, em comunicado emitido neste sábado. Ela afirmou ainda ter apresentado “provas irrefutáveis e objetivas de que a mulher contou várias mentiras aos investigadores e ao tribunal, com fatos e testemunhas que contradizem completamente sua história”. “Duas semanas atrás, a juíza Vilma Gilli do Tribunal de Brindisi interrogou a suposta vítima e imediatamente anulou a prisão domiciliar de Haggis”, acrescentou Laforgia, lembrando que a prisão do diretor já tinha sido revogada. Não houve comentários imediatos da equipe jurídica da suposta vítima. Haggis foi preso em 19 de junho em Ostuni, um local na região sul da Puglia, sob a acusação de abuso sexual e agressão contra uma mulher britânica de 28 anos, que teria sido cometida ao longo de dois dias em junho. O diretor de 69 anos passou 16 dias em prisão domiciliar em um hotel, antes de ser liberado da detenção. “Nas próximas semanas, serão conhecidos os motivos da decisão e, portanto, o destino dos processos judiciais pendentes na Itália”, observou Laforgia no comunicado. Haggis também está enfrentando processos judiciais nos EUA, onde está sendo processado pela relações públicas Haleigh Breest, que alega que Haggis a estuprou em janeiro de 2013. A data do julgamento foi marcada para 11 de outubro em Manhattan, Nova York. Haggis alega que o sexo com Breest, que supostamente ocorreu após uma première, foi consensual.
Kevin Spacey se declara inocente de acusações de abuso sexual na Inglaterra
O ator americano Kevin Spacey se declarou inocente nesta quinta-feira (14/7) na audiência preliminar do julgamento de abuso sexual que corre contra ele na justiça britânica. Ele é acusado de abusar sexualmente três homens entre 2005 e 2013 em Londres e Gloucestershire, um deles duas vezes, além de se envolver em “atividade sexual com penetração sem consentimento”, segundo denúncia apresentada pela Divisão de Crimes Especiais da Procuradoria da Coroa britânica (CPS, na sigla em inglês). Um homem na faixa dos 40 anos afirmou ter sido agredido sexualmente por Spacey duas vezes em março de 2005. Outro homem, com cerca de 30 anos, disse que o crime contra ele ocorreu em agosto de 2008. Ambas situações teriam ocorrido em Londres. Já a vítima de Gloucestershire, também na casa dos 30 anos, contou que o abuso sexual contra ele foi cometido em abril de 2013. Ele responde ao processo em liberdade, por ter se apresentado voluntariamente na Inglaterra e se prontificado a colaborar com a Justiça. Já o julgamento propriamente dito só vai começar em junho do ano que vem, com duração estimada entre três e quatro semanas. Apesar de sua declaração de inocência, com as queixas atuais passam de 20 as denúncias de homens que acusam Spacey de assédio, abuso e agressão sexual no período entre 1995 e 2013. Durante este tempo, muitos dos acusadores eram menores de idade, como o primeiro denunciante, o ator Anthony Rapp (“Star Trek: Discovery”), que, ao acusar publicamente Spacey, deu início a uma mudança vertiginosa na carreira do vencedor de dois Oscars (por “Os Suspeitos” e “Beleza Americana”). Após as primeiras denúncias, o ator de 62 anos foi sumariamente demitido da série “House of Cards”, com integrantes da produção se juntando às acusações de assédio, e teve um filme pronto como protagonista arquivado pela Netflix. A plataforma preferiu perder o dinheiro a lançar outra obra estrelada por ele. Além disso, o diretor Ridley Scott fez questão de refilmar “Todo o Dinheiro do Mundo” para retirar o ator do longa, que já estava finalizado quando o escândalo estourou. Ele foi substituído por Christopher Plummer, que chegou a ser indicado ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante pelo desempenho. Mas Spacey também teve muita sorte. Dois acusadores que o processaram morreram antes de seus casos chegarem nos tribunais. O escritor norueguês Ari Behn, ex-marido da princesa da Noruega, cometeu suicídio no Natal de 2019, três meses após um massagista que acusava o ator falecer subitamente. Para completar, ele teve outro processo, movido por um rapaz que tinha 18 anos na época do assédio, retirado abruptamente na véspera de ir a julgamento. Graças à falta de condenação, Spacey conseguiu voltar a atuar. Ele participou de um filme italiano, “L’Uomo che Disegnò Diò”, dirigido e estrelado pelo astro Franco Nero, e interpretou um vilão no filme de baixo orçamento “Peter Five Eight”, que foi levado ao Marché du Film, o mercado de negócios do Festival de Cannes, para conseguir distribuidores internacionais. As novas denúncias devem manter estes filmes inéditos, ou ao menos guardados por um bom tempo.
Diretor vencedor do Oscar é liberado de detenção na Itália
Uma juíza do sul da Itália ordenou nesta segunda-feira (4/7) que o diretor Paul Haggis seja liberado da detenção em seu hotel. Ele foi preso no começo de junho sob acusação de estupro e, posteriormente, encaminhado para detenção domiciliar. A decisão foi proferida pela juíza Vilma Gilli, na região de Puglia. No momento, os promotores decidem se prosseguem com a investigação e validam as acusações de abuso sexual. A advogada do diretor, Michele Laforgia, afirma que a juíza entendeu que não havia sinais de violência ou abuso encontrados na suposta vítima. De acordo com vários relatos da mídia italiana e uma declaração dos promotores públicos da cidade vizinha de Brindisi, Haggis estava sendo acusado por uma “estrangeira” de forçá-la a ter relações sexuais por dois dias. Esta não é a primeira acusação de agressão sexual feita contra Haggis. Em 2017, a assessora de imprensa Haleigh Breest processou o cineasta, alegando que ele a estuprou violentamente em seu apartamento em Nova York após uma première em 2013. Após essa acusação se tornar pública, mais três mulheres denunciaram o diretor e roteirista por má conduta sexual. Ele negou todas as alegações.
Ex-agente que teria assediado Terry Crews é acusado de abusos pela esposa
Quatro anos depois de sofrer denúncia de assédio por Terry Crews (“Brooklyn Nine-Nine”), Adam Venit, ex-funcionário da poderosa agência de talentos WME, está sendo acusado de diversos abusos sexuais por sua esposa, Trina Venit. As informações são do Deadline. “O ataque público descarado de Adam a um imponente ex-atleta profissional masculino empalidece em comparação com o abuso que ele cometeu e continua infligindo à sua esposa a portas fechadas”, diz um trecho do processo aberto no último domingo (26/6). As acusações são fortes e a descrição delas é graficamente chocante. No documento, Trina alega violência doméstica, agressão física e sexual, difamação e perseguição. “Ao longo de seu casamento de mais de 20 anos, Adam abusou fisicamente, sexualmente, mentalmente, emocionalmente e verbalmente, além de perseguir e monitorar insistentemente Trina”, diz a queixa. “Adam a estrangulou, socou, chutou, drogou e agrediu sexualmente, deixando-a ensanguentada, machucada e com cicatrizes em inúmeras ocasiões”, segue o texto. “E se tudo isso não fosse pesadelo o suficiente, e apesar dos repetidos apelos dela para que parasse, ele busca controlar seus movimentos, comunicações, acesso a dinheiro, crédito e outros assuntos pessoais, e muito mais”, afirma a reclamação. O casamento entre Adam e Trina teve início em 6 de agosto de 1999 e o processo de divórcio foi iniciado em março de 2021. O escritório de advocacia que representa Trina é o mesmo que foi contratado por Terry Crews durante o processo que o ator moveu contra o ex-agente. Em 2017, Crews acusou Venit de apalpá-lo durante um evento do Globo de Ouro. Em documentos obtidos pelo jornal USA Today, a interação entre os dois teria se dado da seguinte forma: “Venit encarou Crews intensamente, mostrando sua língua para ele provocativamente”. Em seguida, “Venit agarrou o pênis e os testículos de Crews com tanta força que causaram dor imediata.” Pelo processo, Crews destacou que foi ameaçado e sua participação no quarto filme de “Os Mercenários” foi cancelada, devido às conexões do empresário. Mas meses depois as partes chegaram a um acordo privado, e Adam Venit aceitou pagar uma quantia não revelada a Crews. Após este escândalo, ele anunciou que se aposentaria da função de empresário de artistas e atualmente trabalha na empresa de investimentos 890 Fifth Avenue Partners. Procurado pelo Deadline, Adam Venit não quis comentar o assunto.
Alec Baldwin vai entrevistar Woody Allen no Instagram
O ator Alec Baldwin anunciou que vai entrevistar Woody Allen ao vivo em seu Instagram. Ao fazer a revelação, ele repudiou críticas que possa receber pela iniciativa, já que o diretor é acusado de abuso sexual por sua filha adotiva, Dylan Farrow. “Deixe-me introduzir isso declarando que eu tenho zero interesse nos julgamentos e publicações hipócritas de qualquer um aqui. Eu sou alguém que obviamente tem suas próprias crenças e não poderia me importar menos com as especulações de qualquer outra pessoa. Se você acredita que um julgamento deva ser conduzido por meio de um documentário da HBO, isso é problema seu”, escreveu, fazendo referência à série documental “Allen contra Farrow”, que foi totalmente realizado sob o ponto de vista da acusação, ignorando contrapontos. Nos comentários, a maior parte dos seguidores criticou a atitude de Baldwin. “Te apoiei 100% em tudo, mas Woody Allen? Tchau!”, escreveu uma pessoa. “Quem? O cara que casou com a própria filha? Ah, não! Amo você, mas isso, não. Desculpe”, comentou outra, citando o casamento de mais de quatro décadas de Allen com Soon-Yi Previn, que nunca foi filha de Allen – era filha adotiva do compositor André Previn, ex-marido de Mia Farrow. A maioria das pessoas que torceu a favor de Johnny Depp, apesar da vasta coleção de evidências contrárias, tem realmente se recusado a ouvir Allen, que passou por duas investigações e um julgamento sobre o suposto abuso nos anos 1990, e foi inocentado. Desde então, ele adotou mais duas filhas com Soon-Yi, que já são jovens adultas e nunca se voltaram contra o diretor. A entrevista está programada para acontecer na terça-feira (28/6), às 11h30 (horário de Brasília), no Instagram de Baldwin. A dupla deve abordar o novo livro de Allen, “Zero Gravity”, lançado no início do mês. Baldwin, que trabalhou em três filmes de Allen, tem seguidamente defendido o diretor contra o “cancelamento”, que considera “injusto e triste”. Ele chegou a comparar Dylan Farrow, que acusa o diretor de ter abusado dela em 1992, quando tinha sete anos de idade, à personagem Mayella, de “O Sol É para Todos”, que mente sobre um estupro, levando um homem negro inocente à prisão. No ano passado, o ator também criticou a série da HBO. “Quem precisa de tribunais quando podemos ter julgamento pela mídia?”, ele ironizou. “Eu sou totalmente a favor de leis rígidas sobre pessoas que assediam ou abusam sexualmente, mas o crime tem que ser provado”, completou. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Alec Baldwin (@alecbaldwininsta)
Bill Cosby é condenado por abuso sexual dos anos 1970
Um júri da Califórnia considerou nesta terça (21/6) que o comediante Bill Cosby, de 84 anos, é culpado por assédio sexual contra uma mulher na mansão da Playboy em 1975, quando ela ainda era menor de idade. O júri determinou uma indenização de US$ 500 mil (R$ 2,5 milhões) a Judy Huth pelo sofrimento emocional que ela afirma ter sofrido anos depois, quando múltiplas acusações contra Cosby, movidas por outras mulheres, contribuíram para despertar as memórias do abuso do comediante. Huth disse em depoimento que tinha 16 anos quando o comediante convidou ela e uma amiga à Mansão da Playboy, depois de conhecê-las num parque. Ao chegar lá, o comediante, então com 37, a levou a um quarto, puxou a calça de moletom e depois agarrou a mão dela e a usou para se masturbar. Cosby, que não compareceu ao julgamento, negou a acusação. No vídeo de um depoimento mostrado aos jurados, ele afirmou que não se lembrava de Huth. Mas disse que o incidente não poderia ter ocorrido porque ele não teria procurado contato sexual naquela época com alguém que tinha menos de 18 anos. A advogada de Cosby, Jennifer Bonjean, questionou o relato de Huth ao longo do julgamento, incluindo a sua linha do tempo. Quando o processo começou em dezembro de 2014, Huth disse que o incidente havia acontecido em 1974, quando ela tinha 15 anos. Ela afirmou aos jurados que recentemente concluiu que estava errada sobre o ano e agora credita que aconteceu em 1975. Huth tem atualmente 64 anos. Além de seu testemunho, o julgamento contou com os depoimentos de sua amiga na época, Donna Samuelson, bem como de outras duas mulheres que alegaram ter sido abusadas por Cosby em 1975. O julgamento civil na Califórnia foi realizado 11 meses depois de Cosby sair da prisão, quando uma alta corte da Pensilvânia anulou sua condenação por agressão sexual em um diferente caso criminal. A advogada da acusação, Gloria Allred, saudou o veredito como uma vitória em direção a uma “mudança real”. O caso foi o primeiro a ser julgado sob a nova Lei de Vítimas Infantis, que permite adultos sobreviventes de abuso sexual infantil a se apresentarem e responsabilizarem seu agressor vários anos depois. Em um comunicado divulgado à mídia, após o veredito, um porta-voz de Cosby disse: “Sempre sustentamos que Judy Huth, Gloria Allred e seus companheiros fabricaram essas acusações falsas a fim de forçar Cosby a financiar sua missão racista contra homens negros bem-sucedidos e realizados na América. O Sr. Cosby continua a manter sua inocência e lutará vigorosamente contra essas falsas acusações, para que ele possa voltar a trazer felicidade, alegria e riso para o mundo.”










