Governo Bolsonaro chega ao sexto secretário de Cultura
Mario Frias não é mais secretário especial de Cultura. O ex-“Malhação” não foi demitido após as muitas polêmicas de sua passagem pelo cargo, apenas se exonerou para tentar se eleger como deputado federal por São Paulo, onde nunca morou. Em seu lugar, entrou Hélio Ferraz de Oliveira, que assim se torna o sexto secretário de Cultura em três anos de governo Bolsonaro, sem contar dois secretários interinos. O primeiro se demitiu e os demais, à exceção de Frias, foram demitidos. Militar da reserva e advogado especializado em Direito de Família e Sucessões, as maiores credenciais de Hélio Ferraz para ocupar o atual cargo são ser amigo de Mario Frias. Em 2019, ele foi coprodutor do programa de TV “A Melhor Viagem”, que Frias apresentava com baixíssima audiência na RedeTV!. Quando assumiu o cargo que tinha sido de Regina Duarte, o ator-apresentador convidou Ferraz para ser o seu secretário-adjunto na pasta — ou o seu “número 2”, como já afirmou – e um dos responsáveis pela política audiovisual do Brasil. Antes de se tornar o “número 2” da Cultura, Ferraz era praticamente desconhecido no meio cultural. Mesmo tendo prestado serviços jurídicos para a gravadora EMI, ele se especializou nas áreas do Direito Civil, Empresarial, Família e Sucessões e Direito do Trabalho em seu próprio escritório de advogados. Sem maior currículo, ele agora foi promovido por Bolsonaro a “número 1” da Cultura do Brasil. Mas mesmo quem não o conhecia antes de se tornar responsável pelos rumos da política cultural para o cinema e TV brasileiros, logo passou a conhecê-lo por motivos alheios à pasta, graças a uma foto que viralizou no Instagram que o registrava ao lado de Frias e outros representantes do governo Bolsonaro, todos armados com metralhadoras. Seu principal ato no governo foi encabeçar a “comissão” que tomou as chaves na sede da Cinemateca, no bairro Vila Clementino, em São Paulo, após chegar ao local escoltado pela Polícia Federal – de forma “ostensiva”, segundo funcionários do local. Onze meses depois, o acervo da Cinemateca pegou fogo, após a secretaria ignorar diversos avisos de ex-funcionários sobre abandono e falta de manutenção adequada. O responsável pela política audiovisual afirmou não ter havido descaso. Hélio Ferraz também virou notícia ao servir de companheiro a Mario Frias na polêmica viagem a Nova York do fim do ano passado, que teve seu caráter de “urgência” justificado no Portal da Transparência por servir a reuniões com um agente de turismo e um ex-lutador de jiu-jitsu “para apresentarem um projeto cultural envolvendo produção audiovisual, cultura e esporte”. Os dois gastaram mais de R$ 80 mil no passeio, com tudo pago pelos contribuintes.
Framboesa de Ouro reconsidera e tira prêmio de Bruce Willis
A premiação do Framboesa de Ouro decidiu extinguir a categoria especial criada para o ator Bruce Willis em 2021 e retirar seu troféu após o anúncio de sua aposentadoria em razão de um diagnóstico de afasia. O prêmio foi idealizado como forma de zoar sua atuação em nada menos que oito filmes considerados ruins, todos lançados no ano de 2021. “Depois de muito reflexão e consideração, o Framboesa tomou a decisão de rescindir o prêmio dado a Bruce Willis, devido ao seu diagnóstico recentemente divulgado”, informou a organização em um comunicado. “Se a condição médica de alguém é um fator na tomada de decisões e/ou no seu desempenho, reconhecemos que não é apropriado dar-lhes um Framboesa de Ouro”. O Framboesa de Ouro é um prêmio de zoação, dado aos piores trabalhos cinematográficos do ano. Considerado o anti-Oscar, a cerimônia do evento não é televisada, mas repercute em todas as mídias. Neste ano, como em todos os anos anteriores, os troféus foram entregues um dia antes da premiação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas. As oito atuações de Bruce Willis indicadas ao prêmio de 2022 aconteceram nos filmes “Emboscada”, “Apex”, “A Fortaleza”, “Deadlock”, “Meia-Noite no Switchgrass”, “Sobreviva ao Jogo”, “Out of Death” e “Invasão Cósmica”. O troféu acabou indo para a performance do ator no último título. Nenhum desses filmes foi exibido nos cinemas brasileiros. Alguns foram lançados diretamente em VOD para locação digital, enquanto outros permanecem inéditos.
Elenco e equipe celebram final das gravações de “The Walking Dead”
As gravações de “The Walking Dead” foram finalizadas. O último dia de trabalho no set aconteceu na quarta-feira (30/3), e a ocasião foi marcada por algumas publicações nas redes sociais. O produtor e diretor Greg Nicotero publicou um vídeo ao lado do astro Norman Reedus, intérprete de Daryl, no qual o ator confessa que “ainda é difícil acreditar” que a série chegou ao seu fim, após 12 anos de produção e 11 temporadas. Reedus também publicou um vídeo em seu Instagram, mas as imagens escolhidas foram do começo da produção, registrando sua longa parceria com Melissa McBride, a Carol, desde 2010. “Nunca me senti tão acabado, mas foi um prazer absoluto. Obrigado a todos vocês que fizeram esse passeio conosco e que passeio!”, escreveu o ator. Por sinal, o final de “The Walking Dead” não encerrará a parceria entre Reedus e McBride, que vão estrelar a seguir uma nova série derivada do universo de zumbis, ainda sem título definido ou previsão de estreia. Dentro das comemorações e despedidas, a showrunner Angela Kang postou um vídeo sem áudio em que aparece ao lado de Lauren Cohan, a Maggie. “Obrigada por todas as mensagens positivas no dia de hoje. Essa foi uma jornada maravilhosa”, ela escreveu ao lado. Cohan, por sua vez, brindou o fim dos trabalhos com uma caneca de café. “Não tenho as palavras agora, mas quero erguer minha caneca para a equipe de ‘The Walking Dead’. Obrigada. 11 temporadas. Meu coração está cheio”, comentou. A personagem da atriz, Maggie, é outra que ganhará uma série derivada ao final de “The Walking Dead”, estendendo sua história ao lado de seu malvado favorito Negan, interpretado por Jeff Dean Morgan. Esta atração já tem título: será chamada de “Isle of the Dead”. Mas não possui previsão para ir ao ar. Para completar, a conta oficial da franquia no Twitter postou quatro fotos de bastidores de diferentes fases e anos da produção, legendado: “Foram 12 anos incríveis, e esperamos que todo o incrível elenco e equipe da série tenham tido um último dia fantástico. Família ‘The Walking Dead’ para sempre!”. Today is the big day! Filming for #TheWalkingDead is coming to an end. It's been an incredible 12 years and we hope all the amazing cast and crew have a fantastic wrap day. #TWDFamily forever! pic.twitter.com/ybGR8jqa9O — The Walking Dead (@TheWalkingDead) March 31, 2022 Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Greg Nicotero (@gnicotero) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por norman reedus (@bigbaldhead) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Angela Kang 강효신 (@angelakkang) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Lauren Cohan (@laurencohan)
Cole Sprouse confessa que elenco ficaria feliz com fim de “Riverdale”
O ator Cole Sprouse, intérprete de Jughead em “Riverdale”, confessou que boa parte do elenco gostaria que a série terminasse, mesmo que o canal The CW não esteja pronto para isso. A revelação foi feita durante uma entrevista à revista GQ. Embora o assunto não tenha sido aprofundado, seu relato demonstra o motivo do desapego pela produção. Em poucas palavras, ele demonstrou que ninguém mais tem tempo sequer de ensaiar os roteiros, muito menos discutir de forma criativa a série. Virou um trabalho mecânico. “A maioria dos atores ficaria feliz em finalizar a série, colocar uma cereja em cima do bolo”, ele contou. “Eu não sou uma força criativa em ‘Riverdale’, não tenho controle. Nós [o elenco] chegamos no set, muitas vezes eles nos dão o roteiro no mesmo dia em que filmamos a cena, e é isso”, completou. Ainda não há previsão para o fim de “Riverdale”, que se encontra na reta final de sua 6ª temporada e já foi renovada para o 7º ano de produção. No Brasil, a série é exibida pelo canal pago Warner e posteriormente disponibilizada na Netflix.
Stallone, Shyamalan e colegas prestam homenagem a Bruce Willis
O anúncio da aposentadoria de Bruce Willis em razão do diagnóstico de afasia, um transtorno que dificulta a compreensão e a comunicação, fez muitos colegas do ator se manifestarem nas redes sociais em mensagens de gratidão e apoio ao astro. A lista variada inclui desde M. Night Shyamalan, que o dirigiu em três filmes, inclusive naquele que o tornou famoso, “O Sexto Sentido” (1999), até Sylvester Stallone, seu colega na franquia de ação “Os Mercenários”, entre muitos outros. “Todo o meu amor e respeito ao meu irmão mais velho Bruce Willis”, escreveu Shyamalan. “Eu sei que sua família maravilhosa o está cercando com apoio e força. Ele sempre será aquele herói naquele pôster na minha parede quando eu era criança”. “Temos muita história”, comentou Stallone, “rezando pelo seu melhor e pela sua família maravilhosa”. O diretor Kevin Smith chegou a pedir desculpas por ter reclamado publicamente dele em “Tiras em Apuros” (2010). “Muito antes de qualquer coisa de ‘Tiras em Apuros’, eu era um grande fã de Bruce Willis – então isso é realmente doloroso de ler. Ele adorava atuar e cantar e a perda dessa capacidade deve ser devastadora para ele. Eu me sinto um idiota pelas minhas reclamações mesquinhas de 2010. Sinto muito por BW e sua família”, escreveu Smith. “Sinto muito por ouvir as notícias sobre Bruce Willis”, acrescentou o ator Dean Norris. “Trabalhei com ele em ‘Desejo de Matar’ e ele era um homem f*dão incrível. Rezo por ele e sua família. Lenda”. All my love and respect to my big brother Bruce Willis. I know his wonderful family is surrounding him with support and strength. He will always be that hero on that poster on my wall as kid. — M. Night Shyamalan ⌛ (@MNightShyamalan) March 31, 2022 Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Sly Stallone (@officialslystallone) Long before any of the Cop Out stuff, I was a big Bruce Willis fan – so this is really heartbreaking to read. He loved to act and sing and the loss of that has to be devastating for him. I feel like an asshole for my petty complaints from 2010. So sorry to BW and his family. https://t.co/npSgvkb5v7 — KevinSmith (@ThatKevinSmith) March 30, 2022 So sorry to hear the news about Bruce Willis. Worked with him on Death Wish and he was a lovely awesome badass man. Prayers for him and his family. Legend pic.twitter.com/28QKIoeMac — Dean Norris (@deanjnorris) March 31, 2022
Chris Rock fala pela primeira vez sobre agressão de Will Smith
Chris Rock quebrou o seu silêncio sobre a agressão que sofreu do colega Will Smith durante o Oscar 2022. Em seu primeiro show de stand-up após a cerimônia, o comediante foi aplaudido de pé pela plateia da cidade de Boston, nos EUA. Segundo registro da revista Variety, ele falou brevemente do assunto, bem no começo de sua apresentação. “Bom, como foi o fim de semana de vocês? Eu não tenho muitas piadas sobre o que aconteceu – então, se você veio para ouvir isso, me desculpe, porque tenho todo um outro show que já estava escrito antes desse fim de semana. Ainda estou processando o que aconteceu, então vou falar dessa m*rda em outro momento. Vai ser sério, mas também engraçado”, afirmou. Quando a plateia tentou puxar um coro de “F*da-se Will Smith!”, ele simplesmente ignorou. O comediante, que recebeu um tapa de Will Smith durante a transmissão do Oscar, ao vivo e via satélite para todo o mundo, recebeu um pedido formal de desculpas da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que também elogiou sua maneira de lidar com a situação. Ele foi agredido após uma piada sobre a careca da esposa de Will Smith, Jada Pinkett Smith. Após levar o tapa e ser xingado, ele continuou apresentando o Oscar e anunciou os indicados e o vencedor da categoria de Melhor Documentário. “Senhor Rock, pedimos desculpas pelo que experimentou em nosso palco e agradecemos por sua resiliência naquele momento”, disse a Academia em comunicado. A turnê de stand-up de Chris Rock esgotou todos os ingressos na segunda-feira (28/3), um dia após o incidente.
“Obi-Wan Kenobi” ganha nova data de estreia na Disney+
A Disney+ mudou a data de estreia de “Obi-Wan Kenobi”, nova série do universo “Star Wars”. A atração sofreu um pequeno adiamento de dois dias, e agora vai chegar ao streaming no dia 27 de maio. A iniciativa representa uma volta ao costume de lançar séries nas sextas-feiras. Até “Falcão e o Soldado Invernal”, a Disney+ seguia a tendência inaugurada pela Netflix de soltar suas principais novidades no último dia útil da semana. Mas isso mudou a partir de “Loki”, que estabeleceu as quartas como novo dia de estreias da Disney+. Para anunciar a mudança, a plataforma escalou o ator Ewan McGregor, que dá vida ao personagem-título de “Obi-Wan Kenobi”. Num vídeo disponibilizado nas redes sociais, o ator acrescenta que os dois primeiros episódios serão disponibilizados na nova data, além de ser acompanhada por cenas da produção, esperada ansiosamente pelos fãs. A série será uma continuação da trama do filme “Star Wars: A Vingança dos Sith”, e além de Ewan McGregor como Obi-Wan, também trará de volta Hayden Christensen como Darth Vader, e Joel Edgerton e Bonnie Piesse como os tios que criaram Luke Skywalker. Todos repetem os papéis que desempenharam pela última vez no filme de 2005. Escrita por Joby Harrold (“Rei Arthur: A Lenda da Espada”) e dirigida por Deborah Chow (“The Mandalorian”), a série vai mostrar Obi-Wan como um fugitivo, perseguido pelas forças do Império, enquanto acompanha em segredo o crescimento de Luke Skywalker. Tudo ao som dos acordes icônicos de John Williams, vencedor de cinco Oscars, que assina pela primeira vez a trilha de uma série. Incoming transmission from Obi-Wan Kenobi… pic.twitter.com/Awk8rI3Ayh — Disney+ (@disneyplus) March 31, 2022
Produtor do Oscar teria pedido para Will Smith ficar e receber prêmio
A revista americana Variety foi tirar a limpo a informação de que Will Smith teria sido “convidado a deixar a cerimônia” do Oscar “e se recusou”, como informou a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas em comunicado emitido na quarta-feira (30/3). E entrevistando várias testemunhas do evento, a publicação descobriu que a situação não aconteceu desta forma. Durante a transmissão do Oscar 2022, Chris Rock brincou dizendo que a esposa do astro, Jada Pinkett Smith, estava careca para estrelar “Até o Limite da Honra 2”, em referência ao filme em que Demi Moore raspa o cabelo para viver uma militar. Jada sofre de uma doença autoimune, que, segundo o site TMZ, era ignorada pelo comediante. Will Smith subiu no palco para estapeá-lo no momento em que transmissão do Oscar se desenrolava ao vivo e via satélite para todo o mundo. Depois disso, ainda xingou Chris Rock duas vezes com palavrões. Uma pessoa mais próxima do círculo de diretores da Academia informou que, de fato, ligações teriam sido feitas por David Rubin, presidente da Academia, e pela CEO Dawn Hudson, pedindo para Smith ir embora. Mas esta informação foi transmitida de forma confusa ou nem sequer chegou até o ator. Ainda segundo a Variety, o produtor da cerimônia, Will Packer, pode ter sido o responsável por manter Will Smith no Dolby Theatre. Nos cerca de 30 minutos entre a agressão e a entrega do prêmio de Melhor Ator, Packer conversou com Smith, segundo duas testemunhas. De acordo com uma dessas testemunhas, Packer disse que ele e a produção queriam “oficialmente” que Smith ficasse pelo resto da transmissão. Mas a outra fonte negou que o produtor tenha pedido que o ator permanecesse. Packer não quis comentar o caso e porta-vozes de Smith e da Academia também se recusaram a compartilhar suas versões sobre o que, de fato, aconteceu nos bastidores da premiação após o tapa de Will Smith. Vários astros, incluindo Denzel Washington, Tyler Perry e Bradley Cooper, foram vistos conversando com Smith na premiação durante os intervalos comerciais da transmissão do Oscar 2022. Cooper abraçou o ator chateado, enquanto Washington e Perry o consolaram. Por outro lado, nenhum segurança fez qualquer movimento para se aproximar do ator.
Bruce Willis esquecia falas, tinha apagões e disparava revólver fora de hora
O anúncio da aposentadoria de Bruce Willis após ser diagnosticado com afasia foi uma surpresa para os fãs do ator, mas o Los Angeles Times revelou nesta quinta (31/3) que quem trabalhou com ele nos últimos dois anos já percebia claramente que havia algo errado. O jornal entrevistou mais de 20 pessoas que filmaram com Bruce Willis nos últimos anos, e os depoimentos revelam que sua capacidade cognitiva já estava se deteriorando. Segundo os relatos, o ator se esquecia de suas falas, tinha apagões e por vezes não conseguia lembrar o motivo de estar no set, e até disparou uma arma cenográfica fora de hora. As fontes ouvidas pela reportagem afirmam que o ator precisava usar um ponto (fone) na orelha para que alguém ditasse suas falas, que ele não conseguia mais decorar. Dois membros da equipe do filme “White Elephant” dizem que, durante a gravação no ano passado, o ator questionava: “Eu sei por que você está aqui, e eu sei por que você está aqui, mas por que eu estou aqui?”. “Não ficamos irritados, mas foi mais tipo: ‘Como podemos evitar que a imagem de Bruce fique manchada?’. Alguém dizia a fala para ele e ele não conseguia entender o significado. Ele era um marionete”, disse o integrante da equipe, que não foi identificado. O diretor Jesse V. Johnson, responsável por “White Elephant”, disse que, depois dessa experiência, se recusou a trabalhar com o ator novamente: “Todos somos fãs de Bruce Willis, mas o acordo parecia errado e uma forma triste de terminar uma carreira incrível. Nenhum de nós se sentiu confortável”. No filme “Difícil de Matar” (2020), Bruce Willis interpretou o pai da atriz Lala Kent. Em uma das cenas, ele deveria dizer uma determinada fala antes de disparar uma arma cenográfica — a fala seria a deixa da atriz para se abaixar. No entanto, mais de uma vez, ele se esqueceu de dizer a fala e disparou balas de festim nas costas dela: “Da primeira vez, eu disse que tudo bem, vamos começar de novo”, conta a atriz. Ela pediu para o diretor lembrá-lo da fala, mas não funcionou. O diretor não se pronunciou sobre o caso, e o armeiro da produção negou que o acidente tenha acontecido. No entanto, alguns membros da equipe confirmaram o caso sem se identificarem, e um deles acrescentou: “Sempre garantíamos que ninguém estivesse na frente dele quando ele estava manuseando armas”. Mike Burns, o diretor de “Out of Death”, chegou a receber um pedido da produção para simplificar todos os diálogos de Willis. “Após o primeiro dia de trabalho com Bruce, pude ver em primeira mão que havia um problema grave e entender porque me pediram para encurtar suas falas”, disse Burns, que também precisou comprimir todas as cenas de Willis – cerca de 25 páginas de diálogo – em um dia de filmagem para o ator não se esquecer porque estava no set.
“Morbius” e “Alemão 2” são principais estreias de cinema
Após vários adiamentos devido à pandemia, “Morbius” tem lançamento de blockbuster nesta quinta-feira (31/3), chegando em cerca de 650 cinemas e 1,8 mil salas. O personagem-título faz parte do universo dos quadrinhos do Homem-Aranha, cujo último filme, “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”, consagrou-se como a segunda maior bilheteria do país em todos os tempos. Só que a atual produção não agradou nada à crítica americana e, mesmo com uma estreia embalada pelo excesso de ofertas, deve ter uma passagem relâmpago entre os títulos mais vistos. Por isso, a melhor opção da semana é o policial nacional “Alemão 2”, que também é o segundo lançamento mais amplo, disponibilizado em 262 salas. Sequência do filme que vendeu quase 1 milhão de ingressos em 2014, “Alemão 2” não deve nada ao cinema de ação americano e é um retrato do Brasil atual. Além disso, é o primeiro título da Manequim Filmes, nova divisão da Vitrine dedicada a obras de maior apelo comercial. Há mais seis títulos, entre eles dois documentários brasileiros. À exceção da animação europeia “Epa! Cadê Noé? 2”, são todos lançamentos limitados. Confira abaixo a lista completa de estreias, principais detalhes e os respectivos trailers. MORBIUS Cercado de expectativas após o sucesso de “Homem-Aranha: Longe de Casa”, o novo filme da Marvel passado no universo do herói aracnídeo é um grande anticlímax. Destruído pela crítica internacional por ser 1h44 de tédio, atingiu apenas 19% de aprovação (e caindo) no Rotten Tomatoes e já está sendo cotado para o próximo troféu Framboesa de Ouro – que neste ano premiou seu astro, Jared Leto, como Pior Ator por “Casa Gucci”. No filme, Michael Morbius (Leto) é um bioquímico vencedor do Prêmio Nobel que, ao tentar descobrir a cura para sua doença terminal, transforma-se acidentalmente num vampiro. Embora tenha ficado superpoderoso como efeito colateral, ele precisa lutar contra o desejo de matar e se alimentar de sangue humano. O roteiro é da dupla Burk Sharpless e Matt Sazama (do infame “Os Deuses do Egito”), a direção está a cargo do sueco Daniel Espinosa (“Vida”) e o elenco inclui ainda Tyrese Gibson (“Velozes e Furiosos 8”), Jared Harris (“Chernobyl”), Adria Arjona (“Círculo de Fogo 2: A Revolta”), Matt Smith (“Noite Passada em Soho”) e Michael Keaton, retomando o papel do vilão Abutre de “Homem-Aranha: De Volta ao Lar” (2017). ALEMÃO 2 Lançado em 2014, “Alemão” mostrava uma equipe policial encurralada por traficantes no morro carioca que batizava a produção e se tornou um dos melhores thrillers brasileiros recentes. A continuação vai pela mesma trilha, acompanhando outra equipe encurralada após uma operação contra um líder do tráfico dar errado. Novamente dirigido por José Eduardo Belmonte, “Alemão 2” lembra que o Brasil sabe fazer bons thrillers policiais. Totalmente tenso e repleto de ação, o filme ainda embute crítica social e supera o primeiro por ser ainda mais realista. E o elenco também merece aplausos pela entrega, começando por Leandra Leal (“Aruanas”), Vladimir Brichta (“Bingo: O Rei das Manhãs”), Gabriel Leone (“Dom”), Mariana Nunes (“Carcereiros”), Aline Borges (“Verdades Secretas”), Dan Ferreira (“Segundo Sol”), Digão Ribeiro (“Dom”) e Zezé Motta (“3%”). EPA! CADÊ NOÉ? 2 Continuação de um desenho animado de 2015, a produção da Irlanda e de Luxemburgo representa um avanço técnico em relação ao original, mas a falta de uma boa história e a animação rígida dos personagens explicam seus meros 20% de aprovação no Rotten Tomatoes. O segundo filme pior avaliado da semana acompanha os animais da Arca de Noé em sua jornada, enquanto alguns caem no mar e vão parar em terra firme. A MULHER DE UM ESPIÃO O cineasta Kiyoshi Kurosawa tem se alternado entre terrores cultuados e dramas premiados. O novo trabalho pertence ao segundo grupo e conquistou nada menos que 9 prêmios internacionais, inclusive Melhor Direção no Festival de Veneza de 2020. A trama gira em torno da decisão de um comerciante de deixar sua esposa no Japão para viajar até a China no começo da 2ª Guerra Mundial, onde testemunha um ato de barbárie. Suas ações causam mal-entendidos, ciúmes e problemas legais para sua esposa. Melhor filme internacional da semana, tem 89% de aprovação no Rotten Tomatoes. MATEÍNA – A ERVA PERDIDA A comédia uruguaia imagina um futuro em que a erva-mate é considerada uma droga e proibida em todo o mundo. Para salvar não só o hábito, mas a identidade de seu povo, dois vendedores ilegais iniciam uma viagem rumo ao Paraguai para contrabandear a erva, perseguidos por um agente da lei implacável. Diretores e elenco são estreantes. PAJEÚ O primeiro filme solo de Pedro Diógenes, que anteriormente dirigiu seis longas em parcerias, combina fábula urbana com uma abordagem documental para contar a história de um riacho da cidade de Fortaleza, que atualmente corre encanado e esquecido sob a capital. A trama usa o recurso dramático da pesquisa de uma professora, após ter pesadelos recorrente com uma criatura que emerge das águas. Logo, o trabalho passa a questionar memória, tendo como parâmetro o esquecimento da origem da fonte da água pela população. O PRESIDENTE IMPROVÁVEL O documentário sobre o governo de Fernando Henrique Cardoso foi um caso exemplar da situação atual do comando da Ancine, entidade criada para fomentar a produção cinematográfica nacional. A mesma Ancine que liberou a captação de verbas para um filme sobre a eleição de Jair Bolsonaro (“Nem Tudo se Desfaz”) atacou esse trabalho de Belisário Franca (“Menino 23: Infâncias Perdidas no Brasil”) com censura política, dizendo que a aprovação de seu incentivo daria “margem a inegável promoção da imagem pessoal do ex-presidente da república homenageado no documentário, com o notório aproveitamento político, às custas dos cofres públicos”. Isso aconteceu no governo presidido por quem já disse que gostaria de matar FHC. Em 1999, Bolsonaro declarou seus planos de golpe e assassinato em massa, caso chegasse ao poder, com a seguinte frase histórica: “Através do voto você não vai mudar nada nesse país, nada, absolutamente nada. Você só vai mudar, infelizmente, quando um dia nós partirmos para uma guerra civil aqui dentro. E fazendo um trabalho que o regime militar não fez, matando uns 30 mil. Começando com FHC, não deixando ir para fora, não. Matando! Se vai (sic) morrer alguns inocentes, tudo bem”. Em contraste com o pior governo da História do Brasil, o documentário, que tem entrevistas de Gilberto Gil, Bill Clinton e Pedro Malan, entre outros, celebra o melhor presidente de todos, que implementou o Real, acabou com a inflação, privatizou a telefonia, dando início à era dos celulares, e quebrou patentes da indústria farmacêutica para baratear remédios com o lançamento dos genéricos, sem esquecer os auxílios à população, que foram a base sobre a qual Lula ergueu o Bolsa Família. Vale a pena assistir para comparar e constatar como o país perdeu o rumo. 1999 – A CONQUISTA DA AMÉRICA Conclusão de uma leva de documentários palmeirenses, que começou com “12 de junho de 1993 – O Dia da Paixão Palmeirense” e teve também “Palmeiras – O Campeão do Século”, o filme dirigido por Marcela Coelho, Mauro Beting e Ricardo Aidar celebra o primeiro título do Palmeiras na Copa Libertadores, conquistado em 1999.
A Escada: Colin Firth é principal suspeito no trailer da minissérie de crime real
A HBO Max divulgou o trailer da minissérie “A Escada” (The Staircase), baseada no crime que originou a mania dos documentários de “true crime”. A trama é baseada na produção francesa “Morte na Escadaria”, uma das primeiras séries documentais sobre crimes verdadeiros a estourar na TV, em 2004. A produção original do diretor Jean-Xavier de Lestrade contava a história de Michael Peterson, um romancista policial acusado de matar sua esposa Kathleen, encontrada morta ao pé de uma escada em sua casa, e a batalha judicial de 16 anos que se seguiu. Anos depois do lançamento original, o diretor acrescentou três novos episódios à produção para um relançamento na Netflix em 2018. E o sucesso da produção deu origem à febre dos documentários sobre crimes reais. A adaptação é assinada pelo cineasta Antonio Campos (“O Diabo de Cada Dia”), filho do jornalista brasileiro Lucas Mendes (“Manhattan Connection”), e reúne um fabuloso casting internacional, encabeçado pelo astro britânico Colin Firth (“Kingsman – Serviço Secreto”) como Michael Peterson e a a australiana Toni Collette (“Hereditário”) como a vítima. O elenco grandioso inclui ainda a diva do cinema francês Juliette Binoche (“Acima das Nuvens”), a inglesa Sophie Turner (“Game of Thrones”), Rosemarie DeWitt (“Pequenos Incêndios por Toda a Parte”), Parker Posey (“Perdidos no Espaço”), Michael Stuhlbarg (“Dopesick”), Dane DeHaan (“Valerian e a Cidade dos Mil Planetas”), Odessa Young (“The Stand”), Patrick Schwarzenegger (“Sol da Meia-Noite”) e Olivia DeJonge (“The Society”). Ao anunciar a série há um ano, Antonio Campos disse: “Este é um projeto no qual venho trabalhando de uma forma ou de outra desde 2008. Tem sido um caminho longo e sinuoso, mas valeu a pena esperar para poder encontrar parceiros como a HBO Max, a [produtora] Annapurna, minha co-showrunner Maggie Cohn e o incrível Colin Firth para dramatizar uma história tão complexa da vida real. ” A estreia está marcada para 5 de maio.
A Fera do Mar: Conheça a nova animação do diretor de “Moana”
A Netflix divulgou o pôster e o teaser de “A Fera do Mar” (The Sea Beast), nova animação de Chris Williams, diretor de dois dos maiores sucessos recentes da Disney, “Operação Big Hero” e “Moana – Um Mar de Aventuras”. Assim como “Moana”, o novo filme é uma aventura marítima empreendida por uma jovem heroína. O vídeo apresenta a premissa, que gira em torno da jovem Maisie Brumble. Ela embarca clandestinamente no navio do seu grande ídolo, o caçador de monstros Jacob Holland, para se juntar a uma grande aventura da era das caravelas rumo a mares nunca dantes navegados, onde se escondem terríveis e gigantescas criaturas marinhas. O elenco de vozes em inglês destaca Karl Urban (“The Boys”), Jared Harris (“Chernobyl”), Dan Stevens (“Legion”) e a jovem Zaris-Angel Hator (“Black Earth Rising”) no papel principal. A estreia está marcada para 8 de julho.
Diretor de “Apenas uma Vez” fará filme dos Bee Gees
A Paramount contratou o diretor John Carney, responsável pelos filmes de temática musical “Apenas uma Vez” e “Sing Street”, para dirigir a cinebiografia da banda Bee Gees. Ele vai substituir Kenneth Branagh (vencedor do Oscar 2020 de Melhor Roteiro Original por “Belfast”), que deixou o projeto por conflitos de agenda. Também houve mudança de roteirista. A história agora está sendo escrita por John Logan (“007 Contra Spectre”) no lugar de Ben Elton (que tinha trabalhado com Branagh em “A Pura Verdade”) e a produção ainda contará com participação de Barry Gibb, último dos três irmãos da banda que permanece vivo – após a morte de Maurice em 2003 e de Robin em 2012. Em desenvolvimento há um ano e ainda sem título definido, o filme vai seguir o começo humilde dos irmãos Barry, Maurice e Robin Gibb na Austrália, durante os anos 1960, até sua jornada para se tornar um fenômeno pop mundial com o sucesso da trilha sonora do filme “Embalos de Sábado à Noite” (Saturday Night Fever) em 1977. A Amblin Entertainment, de Steven Spielberg, assina a produção em parceria com a GK Films, de Graham King, produtor de “Bohemian Rhapsody”. Recentemente, os Bee Gees também foram tema de um documentário da HBO, intitulado “How Can You Mend a Broken Heart”, com direção de Frank Marshall (“Resgate Abaixo de Zero”).












