Dylan O’Brien negocia estrelar novo filme do diretor de Green Book
O ator Dylan O’Brien (“Maze Runner”) negocia estrelar o próximo filme de Peter Farrelly, diretor do filme vencedor do Oscar “Green Book”. A informação é do site Collider, que não conseguiu confirmar o papel, mas aposta que ele tenha sido escalado como protagonista da adaptação de “The Greatest Beer Run Ever”, sobre a experiência do escritor John “Chickie” Donohue na Guerra do Vietnã. Assim como “Green Book”, trata-se de uma história supostamente real sobre Donohue, que deixou Nova York em 1967 para ir ao Vietnã encontrar seus amigos de infância no exército, querendo apenas beber algumas cervejas com eles. A adaptação está sendo escrita por Brian Currie (co-roteirista de “Green Book”), Pete Jones (“Passe Livre”) e o próprio Farrelly. Além de O’Brien, o filme contará com Viggo Mortensen (também de “Green Book”) e há rumores de negociações com Thomasin McKenzie (“Jojo Rabbit”) para o elenco central. A produção ainda não possui título oficial nem previsão para o começo de suas filmagens.
Viggo Mortensen negocia estrelar novo filme do diretor de Green Book
O ator Viggo Mortensen negocia repetir sua recente parceria com o diretor Peter Farrelly, com quem filmou “Green Book”, vencedor do Oscar de Melhor Filme no ano passado. A informação é do site The Hollywood Reporter. Ainda sem título, o novo filme será um drama passado na Guerra do Vietnã, baseado no livro “The Greatest Beer Run Ever: A True Story of Friendship Stronger Than War”, de Joanna Molloy e John “Chickie” Donohue, com produção da Skydance Media. Assim como “Green Book”, trata-se de uma história supostamente real sobre o autor do livro, Donohue, que deixou Nova York em 1967 para ir ao Vietnã encontrar seus amigos de infância no exército, querendo apenas beber algumas cervejas com eles. A adaptação está sendo escrita por Brian Currie (co-roteirista de “Green Book”), Pete Jones (“Passe Livre”) e o próprio Farrelly. Ainda não há previsão para o começo das filmagens.
Festival de Cannes revela seleção oficial com filme brasileiro sobre racismo
A organização do Festival de Cannes divulgou nesta quarta (3/6) uma lista com 56 filmes de sua seleção oficial. Mesmo cancelado, devido ao coronavírus, o festival resolver criar um “selo de aprovação” para os títulos selecionados, para deixar claro seu apoio às obras. Alguns desses longas competirão em setembro no Festival de San Sebastian, na Espanha, que fechou uma parceria com o evento francês, e também serão exibidos em vários outros festivais ao redor do mundo. Os 56 títulos incluem longas que seriam exibidos em mostras paralelas e fora de competição em Cannes. Eles foram reunidos em uma única lista com os filmes que disputariam a Palma de Ouro. Desta relação, 16 filmes, ou 28,5% do total, foram dirigidos por mulheres, em comparação com 14 títulos (23,7%) do ano passado. A seleção oficial incluiu filmes dos EUA, Coréia do Sul, Japão e Reino Unido, mas também de territórios raramente representados em Cannes, como Bulgária, Geórgia, Congo. Mas o cinema francês, sempre destacado em Cannes, seria particularmente forte este ano, com 21 títulos na escalação oficial, em comparação com os 13 do ano passado e os 10 de 2018. O Brasil é representado por “Casa de Antiguidades”, primeiro longa de João Paulo Miranda Maria estrelado pelo veterano Antônio Pitanga (“Ganga Zumba”, “Rio Babilônia”, “Irmãos Freitas”), que retrata a vida de um operário negro em uma cidade fictícia de colonização austríaca no Brasil. A trama trata de questões como o racismo e a polarização política durante a eleição de 2018, que resultou na vitória do pior candidato. Parte do longa foi gravado em Treze Tílias, cidade catarinense que deu forte apoio ao presidente eleito. Entre os americanos, os destaques são para “The French Dispatch”, nova obra de Wes Anderson que (como sempre) reúne um elenco estrelado – Timothée Chalamet, Saoirse Ronan, Tilda Swinton, Edward Norton, Christoph Waltz, Bill Murray, etc – e “Soul”, animação da Pixar dirigida por Pete Docter (“Divertida Mente”) que seria exibida fora de competição. Outro título de grande apelo comercial, o sul-coreano “Invasão Zumbi 2” (Peninsula), de Yeon Sang-ho, deveria se tornar o principal título da Sessão da Meia-Noite do festival francês. Já o público infantil teria também uma première do Studio Ghibli, “Aya and the Witch” (Aya To Majo), de Goro Miyazaki. Além destes, novos filmes de diretores aclamados, como Steve McQueen (listado à frente dois títulos!), François Ozon, Naomi Kawase, Maïwenn e Thomas Vinterberg, também aparecem na relação, assim como “Falling”, estreia do ator Viggo Mortensen (“O Senhor dos Anéis”) na direção. Com o longa de Mortensen e João Paulo Miranda Maria, a seleção soma 15 (26,7%) filmes de diretores estreantes, apontando rumos para o cinema mundial. Confira abaixo a seleção completa. “The French Dispatch”, de Wes Anderson (EUA) “Soul”, de Pete Docter (EUA) “Summer 85”, de Francois Ozon (França) “Asa Ga Kuru”, de Naomi Kawase (Japão) “Lover’s Rock”, de Steve McQueen (Reino Unido) “Mangrove”, de Steve McQueen (Reino Unido) “Druk”, de Thomas Vinterberg (Dinamarca) “DNA”, de Maïwenn (Algéria/França) “Falling”, de Viggo Mortensen (EUA) “Ammonite”, de Francis Lee (Reino Unido) “Sweat”, de Magnus von Horn (Suécia) “Nadia, Butterfly”, de Pascal Plante (Canadá) “Limbo”, de Ben Sharrock (Reino Unido) “Invasão Zumbi 2” (Peninsula), de Sang-ho Yeon (Coreia do Sul) “Broken Keys”, de Jimmy Keyrouz (Líbano) “Truffle Hunters”, de Gregory Kershaw & Michael Dweck (EUA) “Aya and the Witch” (Aya To Majo), de Goro Miyazaki (Japão) “Heaven: To the Land of Happiness”, de Im Sang-soo (Coreia do Sul) “Last Words”, de Jonathan Nossiter (EUA) “Des Hommes”, de Lucas Belvaux (Bélgica) “Passion Simple”, de Danielle Arbid (Líbano) “A Good Man”, de Marie-Castille Mention-Schaar (França) “The Things We Say, The Things We Do”, de Emmanuel Mouret (França) “John and the Hole”, de Pascual Sisto (EUA) “Here We Are”, de Nir Bergman (Israel) “Rouge”, de Farid Bentoumi (França) “Teddy”, de Ludovic e Zoran Boukherma (França) “Une Medicine De Nuit”, de Elie Wajeman (França) “Enfant Terrible”, de Oskar Roehler (França) “Pleasure” de Ninja Thyberg (Suécia) “Slalom”, de Charléne Flavier (França) “Casa de Antiguidades”, de João Paulo Miranda (Brasil) “Ibrahim”, de Samuel Gueismi (França) “Gagarine”, de Fanny Liatard & Jérémy Trouilh (Geórgia) “16 Printemps”, de Suzanne Lindon (França) “Vaurien”, de Peter Dourountzis (França) “Garçon Chiffon”, de Nicolas Maury (França) “Si Le Vent Tombe”, de Nora Martirosyan (Armênia) “On the Route for the Billion”, de Dieudo Hamadi (Congo) “9 Days at Raqqa”, de Xavier de Lauzanne (França) “Antoinette in the Cévènnes”, de Caroline Vignal (França) “Les Deux Alfred”, de Bruno Podalydès (França) “Un Triomphe”, de Emmanuel Courcol (França) “Les Discours”, de Laurent Tirard (França) “L’Origine du Monde”, de Laurent Lafitte (França) “Flee”, de Jonas Poher Rasmussen (Dinamarca) “Septet: The Story of Hong Kong”, de Ann Hui, Johnnie To, Hark Tsui, Sammo Hung, Woo-Ping Yuen & Patrick Tam (Hong Kong) “El Olvido Que Seremos”, de Fernando Trueba (Espanha) “In the Dust”, de Sharunas Bartas (Lituânia) “The Real Thing”, de Kôji Fukada (Japão) “Souad”, de Ayten Amin (Egito) “February”, de Kamen Kalev (Bulgária) “Beginning”, de Déa Kulumbegashvili (Grécia) “Striding Into the Wind”, de Shujun Wei (China) “The Death of Cinema and My Father Too”, de Dani Rosenberg (Israel) “Josep”, de Aurel (França)
Talento de atores faz Green Book ser levado a sério
“Green Book – O Guia” é o primeiro filme, vamos dizer assim, sério do diretor Peter Farrelly. Sim, a outra metade dos Irmãos Farrelly (Bobby não dirigiu, mas apoiou o projeto do início ao fim), de “Debi e Lóide” (1994) e “Quem Vai Ficar com Mary?” (1998). Você pode acusar a produção de ser à moda antiga ou de entrar para a lista daqueles tradicionais filmes de Oscar, certinhos, mainstream, by the book, que Hollywood faz de montão, mas que sempre surgem com muita força nas premiações – como “Kramer vs Kramer” (1979), “Conduzindo Miss Daisy” (1989) e “Uma Mente Brilhante” (2001). Mas não pode acusar “Green Book” de má intenção. Peter Farrelly admitiu erros grotescos nos bastidores de outros filmes e o roteirista Nick Vallelonga falou merda no Twitter, mas conseguiram sentar, criar e executar um filme que, queira ou não, será lembrado por muito tempo. É o primeiro drama de Peter, embora tenha seus momentos de humor, claro. Sai a comédia, entra o drama; sai a grosseria para dar lugar à finesse. Mas é a velha história de amizade entre homens num road movie (“Debi e Lóide”, “Kingpin”) em que a jornada evolui seus protagonistas como seres humanos. E isso também estava inserido de alguma forma em “Quem Vai Ficar com Mary?”. Na trama, Tony Lip (Viggo Mortensen) é um leão de chácara bruto, grosso, descendente de italianos, falastrão e racista. Um típico personagem dos irmãos Farrelly, cultivando estereótipos. Com a grana curta, ele aceita trabalhar como motorista (e segurança) de um pianista erudito, ninguém menos que o célebre Dr. Don Shirley (Mahershala Ali), durante dois meses na estrada para cumprir a agenda de turnê do músico pelo sul dos Estados Unidos, o território mais preconceituoso, numa época em que o país estava pegando fogo. Juntos, eles seguem um guia tão absurdo quanto verídico, o tal Green Book, um livro que mostra os hotéis e locais que negros podem frequentar. Em resumo, a viagem não foi nada fácil, mas deve ter sido muito, muito mais dura na vida real. O filme é acusado de amenizar os fatos reais em que supostamente se baseia. Ou seja, Hollywood sendo Hollywood. E essa passada de pano na história para favorecer os clichês de “buddy movie” entrega que se trata de um filme convencional. Sem esquecer que também é um filme sobre racismo escrito e dirigido por brancos, que privilegia a conscientização do branco sobre o sofrimento do negro. Tony e Shirley dizem coisas terríveis um ao outro, mas Farrelly passa um verniz dramático que só contadores de histórias acostumados com comédias sabem dosar. Tudo para, no final, eles se entenderem e se complementarem. Esse enredo basicão rendeu prêmios, como a conquista do Festival de Toronto, do Globo de Ouro de Melhor Comédia e ainda tem cinco indicações ao Oscar. Claro que ajuda muito contar com atores no topo de suas capacidades artísticas. Concorde-se ou não com o cinema dos Farrelly, Viggo Mortensen e Mahershala Ali formam uma inesperada dupla perfeita. Mortensen é o raro caso de ator que não se deixou definir por um papel de sucesso – Aragorn, na trilogia de “O Senhos dos Aneis” – , acumulando escolhas ousadas, de “Senhores do Crime” (2007) a “Capitão Fantástico” (2016). Em “Green Book”, ele some no papel de Tony Lip (ou Vallelonga), com sua postura de mafioso, machão clichê, mas de coração mole. Parece conter emoções, mas sempre coloca tudo para fora. Já Mahershala Ali, que venceu um Oscar por “Moonlight” (2016), deve repetir a dose merecidamente com “Green Book”. Seu Dr. Shirley é o oposto de Tony – e o contraponto para a atuação de Viggo. Introvertido, reprimido, por motivos óbvios e compreensíveis, ele prefere falar através de sua arte. Quando finalmente se solta no piano de um bar, é a purificação de sua alma. E Mahershala entrega. Os dois estão entre os grandes de Hollywood, equivalentes do século 21 aos intérpretes lendários da era de ouro do cinema. E isso faz com que “Green Book” seja levado a sério.
Green Book vence prêmio do Sindicato dos Produtores e vira favorito ao Oscar
O Sindicato dos Produtores dos Estados Unidos (PGA, na sigla em inglês) realizou na noite de sábado (19/1) sua premiação anual de melhores trabalhos de cinema e TV, o PGA Awards. E “Green Book” foi considerado o Melhor Filme do ano. A comédia dramática sobre direitos civis estrelada por Mahershala Ali (“Moonlight”) e Viggo Mortensen (“Capitão Fantástico”) venceu os indicados “Roma”, “Nasce uma Estrela”, “A Favorita”, “Pantera Negra”, “Infiltrado na Klan”, “Podres de Ricos”, “Um Lugar Silencioso”, “Vice” e “Bohemian Rhapsody”. A premiação é considerada grande indicativo para o Oscar, já que os produtores fazem parte dos eleitores da Academia. Nessa década, os PGA Awards só divergiram duas vezes dos vencedores do Oscar: em 2016, quando o sindicato escolheu “A Grande Aposta” e o Oscar premiou “Spotlight: Segredos Revelados”, e em 2017, ocasião em que o PGA premiou “La La Land” e a Academia fez um papelão para anunciar “Moonlight” como vencedor. Muito mais importante para a indústria cinematográfica que o Globo de Ouro, que premiou “Green Book” como Melhor Comédia (ou Musical), o PGA Awards recoloca o filme na disputa do Oscar, após várias controvérsias cercarem a produção. Com o destaque conseguido pela obra, vencedora também do Festival de Toronto, “Green Book” ganhou críticas de jornalistas e cineastas negros por ser um filme anti-racista para branco ver, com a perpetuação dos estereótipos de “redenção de brancos” que costumam acompanhar filmes sobre racismo escritos e dirigidos por brancos. Neste sentido, virou o “Conduzindo Miss Daisy” de 2019 – drama sobre motorista negro de mulher branca que acabou vencendo o Oscar em 1990, mas passou para a história como condescendente e politicamente incorreto. Como se não bastasse, nas últimas semanas voltaram à tona um tuíte xenófobo do roteirista Nick Vallelonga contra muçulmanos que moram nos Estados Unidos, disparado em 2015 para apoiar Donald Trump, e revelações de que o diretor Peter Farrelly achava engraçado mostrar o pênis para suas atrizes em 1998. Em outras categorias, o prêmio de Melhor Animação ficou com “Homem-Aranha no Aranhaverso”, o Melhor Documentário foi “Won’t You Be My Neighbor?”, sobre o apresentador infantil Fred Rogers, “The Assassination of Gianni Versace: American Crime Story” foi considerada a Melhor Minissérie e as séries “The Americans” e “The Marvelous Mrs Maisel” venceram como Melhor Série, respectivamente de Drama e Comédia.
Green Book: Drama vencedor do Festival de Toronto e cotadíssimo para o Oscar ganha primeiro trailer legendado
A Diamond Films divulgou o primeiro trailer legendado de “Green Book”, que ganhou subtítulo para o lançamento no Brasil – “Green Book: O Guia”. Vencedor do Festival de Toronto 2018, o drama de época é uma das principais apostas para o Oscar 2019 e também já foi eleito o melhor filme do ano pela National Board of Review, a associação de críticos mais antiga dos Estados Unidos. A prévia revela uma trama envolvente sobre percepções raciais nos Estados Unidos segregado dos anos 1960, sugerindo um “Conduzindo Miss Daisy” (1989) às avessas com dois atores do maior calibre. Viggo Mortensen (“Capitão Fantástico”) interpreta um branco pobre que arranja emprego como motorista de um pianista erudito negro, vivido por Mahershala Ali (“Moonlight”). Conforme os dois embarcam numa longa viagem pelo sul dos Estados Unidos, cumprindo uma turnê do pianista em apresentações para ricaços, as diferenças entre os dois se tornam evidentes, mas também começam a diminuir. O pianista ensina um pouco de refinamento para o grosso motorista, que, por sua vez, apresenta ao patrão alguns dos prazeres simples da vida. Entretanto, a situação da dupla chama atenção de racistas. Por curiosidade, o título nacional evoca o fato histórico de “Green Book” ser o nome de um guia de viagens para negros, vendido nos Estados Unidos do período, com indicações de hotéis e restaurantes que aceitavam servir negros. A história é baseada em fatos reais e foi escrita e dirigida por Peter Farrelly em sua primeira incursão dramática, após ficar conhecido por formar com seu irmão Bobby uma das parcerias mais bem-sucedidas das comédias americanas dos anos 1990, responsável por sucessos como “Débi & Lóide” (1994) e “Quem Vai Ficar com Mary” (1998). O elenco também inclui Linda Cardellini (“Pai em Dose Dupla”), Don Stark (“Café Society”), P.J. Byrne (“Rampage”), Brian Stepanek (“Young Sheldon”) e Iqbal Theba (“Glee”). O filme estreou há uma semana em circuito limitado nos Estados Unidos, mas só chega ao Brasil em 24 de janeiro.
Green Book e Nasce uma Estrela são consagrados na primeira premiação de melhores do ano da crítica americana
A National Board of Review deu a largada na temporada de premiações por parte da crítica americana. A mais antiga associação de críticos, cinéfilos e acadêmicos dos Estados Unidos, que em 1930 inaugurou o hoje tradicional costume de criar listas de melhores do ano, divulgou sua seleção de melhores do ano de 2018. E “Green Book”, que ganhou o subtítulo “O Guia” para o lançamento no Brasil, venceu como Melhor Filme e Ator (Viggo Mortensen), após conquistar o Festival de Toronto em setembro. O drama de época dirigido por Peter Farrelly também foi premiado nos festivais de Boston, Denver, Austin, Nova Orleans, Filadélfia, Saint Louis, Virginia e muitos outros nos Estados Unidos, mostrando força para encarar a concorrência em sua jornada rumo ao Oscar. Mas houve surpresas. Os críticos adoraram “Nasce uma Estrela”, a ponto de considerar Bradley Cooper o Melhor Diretor, Sam Elliott o Melhor Ator Coadjuvante e Lady Gaga a Melhor Atriz do ano. Com três vitórias, foi o filme mais premiado desta edição do NBR. “Se a Rua Beale Falasse”, novo drama de Barry Jenkins (o diretor de “Moonlight”), também se saiu bem, conquistando prêmios de Melhor Roteiro Adaptado (para o próprio Jenkins) e Atriz Coadjuvante (Regina King). Já a neozelandesa Thomasin McKenzie, de apenas 17 anos, foi considerada a intérprete revelação do ano por seu desempenho em “Não Deixe Rastros”, dirigido por Debra Granik – que lançou ao estrelato outra jovem, chamada Jennifer Lawrence, em seu filme anterior “Inverno da Alma” (2010). Esta é a segunda premiação importante da temporada, após os Gotham Awards. E as duas premiações só tiveram dois resultados em comum. Repetindo suas consagrações no prêmio do cinema independente, o veterano Paul Shrader (roteirista de “Taxi Driver”) foi reconhecido pelo Roteiro Original de “First Reformed”, assim como o novato Bo Burnham na categoria de Melhor Diretor Estreante por “Oitava Série”. De resto, “Os Incríveis 2” foi a Melhor Animação, o documentário da juiza Ruth Bader Ginsburg, “RBG”, conquistou sua categoria, o polonês “Guerra Fria” foi votado o Melhor Filme Estrangeiro e os atores asiáticos-americanos de “Podres de Ricos” levaram o prêmio politicamente correto de Melhor Elenco. Confira abaixo a lista completa dos melhores do ano do National Board of Review Melhor Filme “Green Book: O Guia” Melhor Diretor Bradley Cooper (“Nasce Uma Estrela”) Melhor Ator Viggo Mortensen (“Green Book: O Guia”) Melhor Atriz Lady Gaga (“Nasce Uma Estrela”) Melhor Ator Coadjuvante Sam Elliott (“Nasce Uma Estrela”) Melhor Atriz Coadjuvante Regina King (“Se a Rua Beale Falasse”) Melhor Roteiro Original Paul Schrader (“First Reformed”) Melhor Roteiro Adaptado Barry Jenkins (“Se a Rua Beale Falasse”) Atriz Revelação Thomasin McKenzie (“Não Deixe Rastros”) Melhor Estreia na Direção Bo Burnham (“Oitava Série”) Melhor Filme Estrangeiro “Guerra Fria” (Polônia) Melhor Animação “Os Incríveis 2” Melhor Documentário “RBG” Melhor Elenco “Podres de Ricos”
Viggo Mortensen vai estrear como diretor e roteirista de cinema
O ator Viggo Mortensen, indicado ao Oscar por “Senhores do Crime” (2007) e “Capitão Fantástico” (2016), fará seu primeiro trabalho como diretor. Ele escreveu e vai dirigir, produzir e estrelar “Falling”, um drama indie que explora a relação entre pai e filho com visões diferentes de mundo. O elenco da produção também inclui Lance Henriksen (“Aliens – O Resgate”) e Sverrir Gudnason (“Borg vs McEnroe”). O personagem de Mortensen é um homem que vive com seu companheiro e a filha adotada por eles no sul da Califórnia. Henriksen será o pai de Mortensen, um fazendeiro de visão mais conservadora. Quando ele viaja para visitar a família do filho e buscar um lugar para viver sua aposentadoria, as duas visões de mundo entram em conflito. “Falling” ainda não tem previsão de estreia. Mortensen será visto a seguir num dos filmes mais badalados da temporada de premiações da América do Norte, “Green Book”, vencedor do Festival de Toronto. Neste longa, ele vive o motorista de um músico negro (vivido por Mahershala Ali), durante uma turnê pelo Sul racista dos Estados Unidos nos anos 1960. O filme estreia em 21 de novembro nos Estados Unidos, mas apenas dois meses depois, em 24 de janeiro, no Brasil.
Primeiro drama da carreira do diretor de Debi e Lóide vence o Festival de Toronto
O filme “Green Book”, de Peter Farrelly, foi o vencedor do Festival de Toronto 2018. Drama sobre racismo nos Estados Unidos, “Green Book” foi também um dos longas mais elogiados pela crítica durante a realização do evento, surpreendendo a imprensa americana por não ter integrado nenhuma lista prévia de filmes que mereciam maior atenção nessa arrancada rumo ao Oscar. De subestimado, virou favorito a chegar forte na premiação da Academia. Filmes premiados em Toronto costumam ter reconhecimento no Oscar, como aconteceu com “La La Land”, “12 Anos de Escravidão”, “O Quarto de Jack”, “Quem Quer Ser um Milionário?” e muitos outros. A razão de ter pego a mídia desprevenida reflete a ficha corrida de seu diretor. Peter Ferrelly pautava sua carreira, até então, por besteiróis realizados com seu irmão Bobby Farrelly, uma parceria que durou 20 anos, de “Debi e Lóide” (1994) a “Debi e Lóide 2” (2014). “Green Book” é seu primeiro filme solo. E também seu primeiro drama. Comparado a um “Conduzindo Miss Daisy” (1989) às avessas, traz Viggo Mortensen (“Capitão Fantástico”) como um caipira que arranja emprego como motorista de um pianista erudito negro, vivido por Mahershala Ali (“Moonlight”). Conforme os dois embarcam numa longa viagem pelo sul dos Estados Unidos, cumprindo uma turnê do pianista em apresentações para ricaços brancos nos anos 1960, as diferenças entre os dois se tornam evidentes, mas também os aproximam. O pianista ensina um pouco de refinamento para o grosso motorista, que, por sua vez, apresenta ao patrão alguns dos prazeres simples da vida. Entretanto, essa situação da dupla chama atenção de racistas. Por curiosidade, “Green Book” era o nome de um guia de viagens para negros, vendido nos Estados Unidos do período, com endereços que aceitavam hospedar e alimentar negros. A obra bateu outro drama sobre racismo aguardado com muito mais expectativa, “If Beale Street Could Talk”, de Barry Jenkins (o diretor de “Moonlight”), além do badalado “Roma”, de Alfonso Cuarón (“Gravidade”), vencedor do Festival de Veneza 2018, que também aborda diferenças sociais. Estes acabaram em 2º e 3º lugares, respectivamente. Os principais troféus de Toronto são decididos pelo voto popular. E o público também elegeu “Free Solo” de E. Chai Vasarhelyi e Jimmy Chin, como Melhor Documentário, e “The Man Who Feels no Pain”, do indiano Vasam Bala, o Melhor Filme da Seção da Meia-noite. Já a crítica internacional preferiu “Skin”, do isralense Guy Nativ, história real de um skinhead arrependido (vivido por Jaime Bell) que faz um acordo com o FBI e oferece provas de crimes de sua antiga gangue em troca de ajuda para remover tatuagens racistas de seu corpo. Além do voto aberto em todos os filmes de sua programação, Toronto também tem uma seção competitiva, incluída em 2015, cujos vencedores são definidos por um júri especializado. E a produção que venceu a seção Plataforma (Platform) neste ano foi “City of Last Things”, uma coprodução entre China, Taiwan, Estados Unidos e França, dirigida pelo malaio Wi Ding Ho. Em sua 43ª edição, o Festival de Toronto exibiu 345 filmes ao todo. Na cerimônia de premiação foram ressaltados os esforços para aumentar a participação feminina na indústria do cinema, apontando que 35% dos longas da programação deste ano foram dirigidos por mulheres.
Viggo Mortensen conduz Mahershala Ali pelo sul racista dos EUA no trailer de Green Book
A Universal divulgou fotos, pôster e o primeiro trailer de “Green Book”, um dos filmes selecionados para o Festival de Toronto 2018 com ambição de se projetar para o Oscar. A prévia revela uma trama envolvente sobre percepções raciais nos Estados Unidos segregado dos anos 1960, sugerindo um “Conduzindo Miss Daisy” (1989) às avessas com dois atores do maior calibre. Viggo Mortensen (“Capitão Fantástico”) interpreta um caipira que arranja emprego como motorista de um pianista erudito negro, vivido por Mahershala Ali (“Moonlight”). Conforme os dois embarcam numa longa viagem pelo sul dos Estados Unidos, cumprindo uma turnê do pianista em apresentações para ricaços brancos, as diferenças entre os dois se tornam evidentes, mas também começam a diminuir. O pianista ensina um pouco de refinamento para o grosso motorista, que, por sua vez, apresenta ao patrão alguns dos prazeres simples da vida. Entretanto, a situação da dupla chama atenção de racistas. Por curiosidade, “Green Book” era o nome de um guia de viagens para negros, vendido nos Estados Unidos do período. A história é baseada em fatos reais e foi escrita e dirigida por Peter Farrelly em sua primeira incursão dramática, após ficar conhecido por formar com seu irmão Bobby uma das parcerias mais bem-sucedidas das comédias americanas dos anos 1990, responsável por sucessos como “Débi & Lóide” (1994) e “Quem Vai Ficar com Mary” (1998). O elenco também inclui Linda Cardellini (“Pai em Dose Dupla”), Don Stark (“Café Society”), P.J. Byrne (“Rampage”), Brian Stepanek (“Young Sheldon”) e Iqbal Theba (“Glee”). A première vai acontecer em setembro, durante o Festival de Toronto, e ainda não há previsão de estreia.
Viggo Mortensen se junta a atores e cineastas argentinos em protesto contra o governo Macri
O ator americano Viggo Mortensen se juntou a astros e cineastas argentinos num protesto contra a decisão do presidente Mauricio Macri de demitir o titular do Instituto Nacional de Cinema e Artes Audiovisuais (INCAA), após o surgimento de suspeitas de corrupção durante o governo de Cristina Kirchner (2007-2015). O INCAA é o equivalente à Ancine na Argentina e, entre outras coisas, lida com a regulamentação e as verbas de financiamento e fomento do cinema no país. Mortensen, que viveu parte da infância na Argentina, publicou um vídeo nas redes sociais no qual, em espanhol perfeito, questiona a recente medida do ministro da Cultura Pablo Avelluto e chama o presidente Macri de “fanfarrão neoliberal”, que põe em risco os recursos financeiros da indústria cinematográfica do país. “O cinema argentino se autofinancia e é uma fonte de orgulho para todos os argentinos”, destaca o ator americano. “Sendo assim, que Macri, Avelluto e todos os fanfarrões neoliberais não o atrapalhem. Não à destruição do cinema argentino”, completou o astro da trilogia “O Senhor dos Anéis”. O ator indicado a dois Oscars — por “Senhores do Crime” (2007) e “Capitão Fantástico (2016) — argumenta ainda que o “apoio estatal ao cinema em países como Argentina e França são exemplos exitosos de fomento cultural admirados em todo o mundo”. Veja o vídeo completo abaixo. Diversos nomes reconhecidos do cinema argentino estão unidos no protesto, como Ricardo Darín e Cecilia Roth, e um dos primeiros a se queixar da medida foi o cineasta Juan José Campanella, vencedor do Oscar por “O Segredo dos Seus Olhos” (2009), que a qualificou como uma “opereta”. “Não há uma pessoa na indústria do cinema, nenhuma, que duvide da honestidade de Alejandro Cacetta. Horrível e torpe opereta”, escreveu ele no Twitter. O temor dos artistas é que, por trás da destituição de Cacetta, profissional elogiado por suas realizações em prol do cinema argentino, exista um plano de Macri para intervir na INCAA e “desativar os meios legítimos de financiamento” dessa autarquia de caráter público. Avelluto garante não duvidar da honra de Cacetta, mas afirma que ele não teve a “audácia” exigida para atuar contra funcionários do INCAA suspeitos de atos de corrupção no manejo de fundos. Entre as denuncias apresentadas pelo governo estão gastos com reformas e compras de mobiliário não justificadas. “Acompanhamos o caso, fizemos uma auditoria e foram dadas as explicações necessárias”, se defende Cacetta.
Fotos registram reencontro épico do elenco de O Senhor dos Anéis
O ator Dominic Monaghan publicou em seu Instagram o registro de um encontro “épico” do elenco da trilogia “O Senhor dos Anéis” (2001-2003). O grupo estava reunido tranquilamente num restaurante, até que, de repente, alguém gritou que um troll das cavernas estava vindo. O resultado pode ser visto na foto acima, que junta Monaghan (Merry), Viggo Mortensen (Aragorn), Orlando Bloom (Legolas), Billy Boyd (Pippin) e Elijah Wood (Frodo). A legenda desta – e outras fotos menos épicas – não revelam onde o encontro aconteceu, nem porque eles decidiram se juntar. Mistério completo. Pista da adaptação de “O Silmarillion”? Uma reportagem da revista Empire? Apenas uma jantar compartilhado entre velhos amigos? Confira abaixo três posts do Instagram de Dominic com a turma da Terra Média e suas legendas enigmáticas. They have a cave troll. @theoneringnet @electrice @boydbilly @orlandobloom @empiremagazine #squadgoals Uma foto publicada por Dominic Monaghan (@dom_monaghan_) em Jan 30, 2017 às 7:15 PST My captain. My king. @theoneringnet @empiremagazine Uma foto publicada por Dominic Monaghan (@dom_monaghan_) em Jan 30, 2017 às 8:05 PST Doffing the off the shoulder band look with aplomb @boydbilly @billyboydactor making @electrice and I look like onions. @theoneringnet @empiremagazine Uma foto publicada por Dominic Monaghan (@dom_monaghan_) em Jan 30, 2017 às 8:06 PST







