Motorrad: Terror brasileiro com motoqueiros assassinos ganha trailer sangrento
A Filmland divulgou o trailer de “Motorrad”, suspense radical brasileiro que estreia em 2018. A nova prévia ajuda a encerrar os clichês precipitados. Esqueça o chamariz batido do “Mad Max brasileiro” – no caso, “Reza a Lenda 2”? As cenas de motos disparando entre montanhas e cenários áridos não demoram a ser substituídas por imagens de motoqueiros mascarados, facões ensanguentados e assassinatos brutais das vítimas que se aventuram em locais afastados – ou seja, uma iconografia típica de slasher americano. O clima é de filme de terror, estilo “Viagem Maldita” (2006). A sinopse oficial descreve “Motorrad” como “um thriller de alta voltagem”: “Um grupo de motoqueiros entra em território proibido e é seduzido a fazer uma trilha onde a beleza da paisagem vai sendo rapidamente substituída pelo medo e pela morte. Enfrentar o que os está caçando vai ser tão difícil quanto a convivência entre eles, marcada por sedução, violência e transformações”. A história foi concebida por Danilo Beyruth, um dos maiores nomes dos quadrinhos nacionais (que atualmente desenha para a Marvel, justamente a nova série do “Motoqueiro Fantasma”), roteirizada por LG Bayão (que escreveu coisas tão distintas quanto “Irmã Dulce” e o besteirol “O Último Virgem”) e filmada pelo diretor Vicente Amorim (de “Corações Sujos” e também “Irmã Dulce”). O elenco inclui alguns ex-integrantes da novela teen “Malhação”, como Carla Salle, Guilherme Prates e Juliana Lohmann. O verdadeiro massacre, porém, veio da crítica norte-americana, que eviscerou o filme após sua exibição no Festival de Toronto. A estreia nacional está marcada para 1 de março.
Terror As Boas Maneiras vence Festival do Rio 2017
O terror “As Boas Maneiras” foi o grande vencedor do Festival do Rio 2017. O segundo longa realizado em parceria pelos diretores Juliana Rojas e Marco Dutra (de “Trabalhar Cansa”) venceu três troféus Redentor: Melhor Filme, Atriz Coadjuvante (Marjorie Estiano) e Fotografia (Rui Poças). Além disso, conquistou consagrações paralelas, como os prêmios da Crítica Internacional, o Felix, para obras de temáticas LGBT+, e o Petrobrás, que incentiva sua distribuição nos cinemas. O filme já tinha apavorado em festivais internacionais, vencendo o Prêmio Especial do Júri no Festival de Locarno, na Suiça, o Prêmio do Público no L’Etrange Festival, de Paris, e o da Prêmio da Crítica no Festival de Sitges, na Espanha – este, considerado o “Cannes do Cinema Fantástico”. Fábula de horror e fantasia, “As Boas Maneiras” parte do envolvimento de duas mulheres de mundos opostos. Clara (Isabél Zuaa, de “Joaquim”) é uma enfermeira da periferia de São Paulo contratada para ser a babá do filho que a rica Ana (Marjorie Estiano, de “Sob Pressão”) está esperando. Uma noite de lua cheia provoca uma inesperada mudança de planos e Clara se vê assumindo a maternidade de uma criança diferente das outras. A cerimônia de premiação, realizada no Cine Odeon na noite de domingo (15/10), também destacou “Aos Teus Olhos”, de Carolina Jabor, sobre um professor acusado de pedofilia, que venceu em quatro categorias: Melhor Ator (Daniel de Oliveira, em vitória compartilhada com Murilo Benício, de “O Animal Cordial”), Ator Coadjuvante (Marco Rica), Roteiro (Lucas Paraizo) e o Prêmio do Público. “Praça Paris”, de Lucia Murat, conquistou dois troféus: Melhor Direção e Atriz, vencido por Grace Passô no papel de uma moradora do Morro da Providência assombrada pela violência do Rio. E “O Animal Cordial”, de Gabriela Amaral, ficou com o prêmio de Ator já mencionado. Na categoria de Melhor Documentário, o vencedor foi “Piripkura”, de Mariana Oliva, Renata Terra e Bruno Jorge, sobre os últimos sobreviventes do povo indígena Piripkura, após anos de enfrentamento contra madeireiros. Chama atenção o fato de todos os longas premiados serem dirigidos ou codirigidos por mulheres, numa valorização do talento das cineastas brasileiras. Isto acontece em grande contraste com a pequena representação feminina nas seleções dos festivais de prestígio internacional, inclusive o Festival de Cannes, o que já motivou protestos e acusações de sexismo. Confira abaixo a lista completa dos premiados. Vencedores do Festival do Rio 2017 PREMIÈRE BRASIL MELHOR FILME: “As Boas Maneiras”, de Juliana Rojas e Marco Dutra MELHOR DIREÇÃO: Lúcia Murat, por “Praça Paris” MELHOR ATRIZ: Grace Passô, por “Praça Paris” MELHOR ATOR: Daniel de Oliveira, por “Aos Teus Olhos”, e Murilo Benício por “O Animal Cordial” MELHOR ATRIZ COADJUVANTE: Marjorie Estiano, por “As Boas Maneiras” MELHOR ATOR COADJUVANTE: Marco Rica, por “Aos Teus Olhos” MELHOR FOTOGRAFIA: Rui Poças, por “As Boas Maneiras” MELHOR MONTAGEM: Caroline Leone, por “Alguma Coisa Assim” MELHOR ROTEIRO: Lucas Paraizo, por “Aos Teus Olhos” MELHOR DOCUMENTÁRIO: “Piripkura”, de Mariana Oliva, Renata Terra, Bruno Jorge MELHOR DIREÇÃO DE DOCUMENTÁRIO: Tatiana Lohmann e Roberta Estrela D’Alva, por Slam: “Voz de Levante” PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI: “Slam: Voz de Levante” MELHOR CURTA: “Borá”, de Angelo Defanti. MENÇÃO HONROSA EM CURTA: Roberta Gretchen Coppola, por “Vaca Profana” NOVOS RUMOS MELHOR FILME: “A Parte do Mundo que Me Pertence” de Marcos Pimentel MELHOR CURTA: “Atrito”, de Diego Lima PRÊMIO ESPECIAL DO JÚRI: “Vende-se Esta Moto”, de Marcus Faustini PRÊMIO DO PÚBLICO MELHOR FILME: “Aos Teus Olhos”, de Carolina Jabor MELHOR DOCUMENTÁRIO: “Dedo na Ferida”, de Silvio Tendler MELHOR CURTA: “Vaca Profana”, de René Guerra PRÊMIO DA CRÍTICA INTERNACIONAL (FIPRESCI) MELHOR FILME: “As Boas Maneiras”, de Juliana Rojas e Marco Dutra PRÊMIO FELIX MELHOR FILME: “As Boas Maneiras”, de Juliana Rojas e Marco Dutra MELHOR DOCUMENTÁRIO: “Queercore: How to Punk a Revolution”, de Yony Leyser. produzido por Thomas Janze MELHOR CURTA: “Sandra Chamando”, de João Cândido Zacharias. produzido por Tatiana Leite
Terror brasileiro As Boas Maneiras é premiado no Festival de Sitges
O terror brasileiro “As Boas Maneiras”, de Juliana Rojas e Marco Dutra, foi premiado no mais famoso festival de Cinema Fantástico do mundo, o Festival de Sitges, na Espanha, com o Prêmio da Crítica e uma menção especial para sua protagonista, Isabél Zuaa. O segundo longa realizado em parceria pela dupla de “Trabalhar Cansa” (2011) já tinha vencido o Prêmio Especial do Júri no Festival de Locarno, na Suiça, e o Prêmio do Público no L’Etrange Festival, de Paris. Fábula de horror e fantasia, “As Boas Maneiras” parte do envolvimento de duas mulheres de mundos opostos. Clara (Isabél Zuaa, de “Joaquim”) é uma enfermeira da periferia de São Paulo contratada para ser a babá do filho que a rica Ana (Marjorie Estiano, de “Sob Pressão”) está esperando. Uma noite de lua cheia provoca uma inesperada mudança de planos e Clara se vê assumindo a maternidade de uma criança diferente das outras. Além deste longa, outro filme brasileiro, “O Animal Cordial”, estreia na direção de Gabriela Amaral, também teve recepção positiva da crítica no festival, que equivale a Cannes no circuito do cinema fantástico. O vencedor de Sitges foi uma produção húngara, “Jupiter’s Moon”, uma parábola sobre a situação dos refugiados na Europa, dirigida por Kornél Mundruczó (do excelente “White God”).
Terror brasileiro Motorrad é selecionado para o Festival de Toronto
O novo filme do diretor Vicente Amorim (de “Corações Sujos” e também “Irmã Dulce”), o longa brasileiro de terror “Motorrad” terá première mundial no Festival Internacional de Cinema de Toronto, que acontece de 7 a 17 de setembro no Canadá. Ele foi selecionado para a seção Contemporary World Cinema. O filme adapta para o cinema uma história de Danilo Beyruth, colaborador da editora americana de quadrinhos Marvel. A trama acompanha um grupo de jovens que faz motocross numa trilha remota e desconhecida, e acaba entrando em território proibido, passando a ser caçado por um grupo de motoqueiros assassinos. O elenco inclui alguns ex-integrantes da novela teen “Malhação”, como Carla Salle, Guilherme Prates e Juliana Lohmann. A data de estreia nos cinemas brasileiros ainda não foi definida.
Novo terror da dupla Marco Dutra e Juliana Rojas é premiado no Festival de Locarno
O filme brasileiro “As Boas Maneiras” foi premiado no 70º Festival de Locarno, na Suíça, onde realizou sua estreia mundial. Novo terror da dupla Marco Dutra e Juliana Rojas, de “Trabalhar Cansa” (2011), o longa recebeu o Prêmio Especial do Júri do festival. Fábula de horror e fantasia, “As Boas Maneiras” parte do envolvimento de duas mulheres de mundos opostos. Clara (Isabél Zuaa, de “Joaquim”) é uma enfermeira da periferia de São Paulo contratada para ser a babá do filho que a rica Ana (Marjorie Estiano, de “Sob Pressão”) está esperando. Uma noite de lua cheia provoca uma inesperada mudança de planos e Clara se vê assumindo a maternidade de uma criança diferente das outras. O júri do festival foi formado pelos diretores Olivier Assayas (França), Miguel Gomes (Portugal), Jean-Stéphane Bron (Suíça), pelo produtor Christos Konstantakopoulos (Grécia) e pela atriz Birgit Minichmayr (Áustria). O Leopardo de Ouro foi para “Fang”, do chinês Wang Bing, o prêmio de Melhor Direção ficou com o francês F. J. Ossang, por “9 Doigts”, a francesa Isabelle Huppert levou o prêmio de Melhor Atriz por “Madame Hyde”, e o dinamarquês Elliott Crosset Hove foi eleito Melhor Ator por “Vinterbrødre”
Trailer de terror com Leandra Leal não parece produção brasileira
A Imagem Filmes divulgou o um novo trailer de “O Rastro”, terror estrelado por Rafael Cardoso (novela “Sol Nascente”) e Leandra Leal (“O Lobo Atrás da Porta”). A prévia não parece produção brasileira. Pela iluminação, filtros, sustos e trilha parece remake americano de terror japonês. O filme, na verdade, é uma coprodução entre o Brasil (Lupa Filmes) e os Estados Unidos (Orion Pictures, da MGM), escrita por André Pereira (“Mato Sem Cachorro”) e a estreante Beatrice Manela e também marca a estreia de João Caetano Feyer (assistente de “Filme de Amor”) na direção de longa-metragem. A trama envolve o fechamento de um hospital público no Rio e acompanha o médico responsável por coordenar a transferência dos pacientes durante a noite. Quando uma paciente jovem desaparece, ele tenta localizá-la e acaba gradualmente engolido pelo prédio em condições precárias. O elenco ainda conta com Felipe Camargo (“Ponte Aérea”), Alice Wegmann (“Tamo Junto”), Claudia Abreu (novela “A Lei do Amor”) e Jonas Bloch (série “#MeChamaDeBruna”). Originalmente marcada para 30 de março, a estreia foi adiada para 18 de maio.
Clarisse Ou Alguma Coisa Sobre Nós Dois é uma beleza de cinema
Terceiro longa-metragem de Petrus Cariry, “Clarisse Ou Alguma Coisa Sobre Nós Dois” (2015) finaliza a chamada “Trilogia da morte”, iniciada com “O Grão” (2007) e “Mãe e Filha” (2011). O rigor formal apresentado nos trabalhos anteriores, bem como o cuidado com a beleza das imagens, que desde o primeiro filme têm sido comparadas a pinturas clássicas, se manifesta ainda mais forte neste novo trabalho, que conta a história de uma jovem mulher que vai passar uns dias na casa do pai doente. Não é um filme fácil. É propositalmente lento e com um tipo de dramaturgia que se distancia do naturalismo, por mais que a estranheza nas interpretações não nos impeça de admirar a excelente performance de Sabrina Greve, premiada na edição do Cine Ceará do ano passado. A atriz já havia aparecido em outro filme ainda mais ligado ao gênero horror, “O Duplo”, marcante curta-metragem de Juliana Rojas. Mas embora possa ser definido como terror, “Clarisse” frustrará quem esperar um filme típico do gênero, assim como pode desagradar quem não o aprecia. Por isso mesmo deve ser apreciado como ele é e não como deveria ter sido, conforme o gosto pessoal de cada espectador. Mas, uma vez que o espectador resolva se abrir a esse tipo de cinema mais hermético e cheio de signos a decifrar, a experiência é bastante recompensadora. Até porque a beleza das imagens (a direção de fotografia também é de Petrus) e dos movimentos de câmera são de encher os olhos. Inclusive, é possível perceber isso a partir do pouco que é mostrado no trailer. A enigmática história, que se passa bem longe de um lugar típico de filmes cearenses, também é contada com o auxílio de sons e ruídos, que são incorporados à obra de maneira orgânica. Aliás, o cuidado com o som é outro aspecto admirável de “Clarisse”, um filme que sangra e que parece um sonho. Diante da dificuldade de penetração de um filme como esse em um mercado cada vez menos tolerante a experimentações e invenções, deve-se comemorar a oportunidade de ver nos cinemas uma obra como esta, que, ao contrário dos besteiróis televisivos, merece para ser vista na tela grande.
Estreias: O Chamado 3 tem melhor distribuição que três indicados ao Oscar nesta semana
Samara quer te pegar na tela de cinema. Mas quem for esperto o suficiente para usar o Google e ler as críticas negativas pode sobreviver. Maior lançamento da semana, “O Chamado 3” chega 12 anos após o último filme da franquia. E passagem tão grande de tempo não impediu a distribuidora de acreditar no apelo da mulher-fantasma de cabelo na cara, que sai das telas para assustar o público. O longa chega em mais de 600 salas nesta quinta (2/2). Entretanto, a maldição é a mesma da “Bruxa de Blair”: uma sequência que decepciona os fãs da franquia. Não tenha medo, porque não é para ter mesmo. O lançamento besteirol nacional da semana ocupa metade deste circuito. “TOC – Transtornada, Obsessiva, Compulsiva” aposta na popularidade da comediante televisiva Tatá Werneck. E surpreende. Seu primeiro filme como protagonista usa metalinguagem para satirizar a carreira da própria atriz. Resta saber se o público brasileiro consegue assimilar comédia com QI acima da média. Juntando terror e cinema nacional, “Clarisse ou Alguma Coisa sobre nós Dois” também está chegando às telas, mas num circuito bem limitado e concentrado no Nordeste. A expectativa do diretor cearense Petrus Cariry é, quem sabe, repetir o fenômeno de seu conterrâneo Halder Gomes, que criou um blockbuster regional com “O Shaolin do Sertão” (2016). O filme já foi exibido em 10 países e coleciona prêmios em alguns festivais de gênero, além do troféu de Melhor Atriz (Sabrina Greve) no CineCeará do ano passado. Belamente fotografado, não é filme de sustos, mas terror de cinéfilo. Os cinéfilos, por sinal, ganham nesta semana mais três filmes indicados ao Oscar para conferir. Com grande lançamento para o gênero dramático (267 salas), “Estrelas Além do Tempo” registra a história de três matemáticas negras que a História esqueceu, graças ao racismo e ao machismo de sua época, revelando como elas ajudaram astronautas americanos a ir ao espaço nos anos 1960. Grande sucesso de bilheteria nos EUA, concorre a três Oscars: Melhor Filme, Roteiro Adaptado e Atriz Coadjuvante (Octavia Spencer). “Jackie” também concorre a três estatuetas: Melhor Atriz (Natalie Portman), Figurino e Trilha Sonora. Como se percebe, é um filme para conferir a performance de Natalie Portman como a ex-primeira-dama Jacqueline Kennedy. A trama se passa nos dias que se seguiram ao assassinato do presidente John Kennedy em 1963 e marca a estreia do diretor chileno Pablo Larraín (“Neruda”) em Hollywood. Ironicamente, o longa com mais indicações tem a menor distribuição (40 salas). Parte drama social, parte western clássico e parte thriller de ação, “A Qualquer Custo” acompanha dois irmãos que rodam cidadezinhas empoeiradas do interior do Texas para roubar bancos que estão querendo roubar a fazenda hipotecada de sua família. A mistura de gêneros é bem equilibrada e resulta num filme crepuscular de machos como há muito tempo o cinema não produzia. Não por acaso, concorre a Melhor Filme, Roteiro Original, Edição e Ator Coadjuvante (Jeff Bridges). Pode ficar sem vencer nenhum Oscar, mas já cumpre a missão de estabelecer definitivamente o ex-ator da série “Sons of Anarchy” Taylor Sheridan como um baita roteirista – é apenas seu segundo roteiro, após a ótima estreia escrevendo “Sicario” (2015). No circuito limitado, os Beatles continuam bastante populares, a ponto de seu novo documentário receber melhor distribuição que o filme do Oscar acima. Dirigido pelo cineasta Ron Howard (“Inferno”), “The Beatles: Eight Days a Week” registra os shows da banda, contando a história de suas turnês mundiais e o motivo que os levou a abandonar os palcos no auge da popularidade. Estreia em 43 salas em horários especiais. O filme dos Beatles também foi cotado para o Oscar, mas acabou preterido, assim como “Armas na Mesa”, thriller político estrelado por Jessica Chastain, que estreia em 14 salas. A atriz chegou a receber indicação ao Globo de Ouro, um troféu mais generoso (por dividir as interpretações entre Drama e Comédia e gerar o dobro de celebridades em sua lista de premiações). Mas não é fácil ir contra o lobby da indústria do armamento nos EUA, como demonstra a própria trama do lançamento, sobre a tentativa de passar leis mais duras contra o porte de armas num país que ainda segue leis do Velho Oeste. Por fim, o drama italiano “A Espera”, com Juliette Binoche, premiado no Festival de Veneza, deságua no circuito de arte, com distribuição por conta-gota. Clique nos títulos para ver os trailers de cada lançamento.
Terror brasileiro O Rastro ganha trailer climático
A Imagem Filmes divulgou o pôster, fotos e o primeiro trailer de “O Rastro”, terror brasileiro estrelado por Rafael Cardoso (novela “Sol Nascente”). A prévia é bastante climática, mostrando o trabalho do médico vivido por Cardoso, até que portas que não deviam ser abertas o conduzem para lugares sombrios. A trama envolve o fechamento de um hospital público no Rio e acompanha o médico responsável por coordenar a transferência dos pacientes durante a noite. Quando uma paciente jovem desaparece, ele tenta localizá-la, e acaba gradualmente engolido pelo prédio em condições precárias. Coprodução entre o Brasil (Lupa Filmes) e Estados Unidos (Orion Pictures, da MGM), o filme foi escrito por André Pereira (“Mato Sem Cachorro”) e a estreante Beatrice Manela e também marca a estreia de João Caetano Feyer (assistente de “Filme de Amor”) na direção de longa-metragem. O elenco ainda conta com Leandra Leal (“O Lobo Atrás da Porta”), Felipe Camargo (“Ponte Aérea”), Alice Wegmann (“Tamo Junto”), Claudia Abreu (novela “A Lei do Amor”) e Jonas Bloch (série “#MeChamaDeBruna”). A estreia está marcada para 30 de março.
Filme brasileiro de suspense radical Motorrad ganha primeiro teaser
A Filmland divulgou o primeiro teaser de “Motorrad”, suspense radical brasileiro que estreia em 2018. A prévia tinha sido antecipada no fim de semana, durante a Comic-Con Experience (CCXP), e não revela muito sobre a trama. O vídeo se concentra em mostrar cenas de motos disparando entre montanhas, areia sendo levantada e corpos caindo. Aparentemente, há dois grupos de motoqueiros, um que perde os capacetes, ao ser perseguido, e outro que nunca tira os capacetes, armados com facões sujos de sangue. O clima é de filme de terror, estilo “Viagem Maldita” (2006). A sinopse oficial descreve “Motorrad” como “um thriller de alta voltagem”: “Um grupo de motoqueiros entra em território proibido e é seduzido a fazer uma trilha onde a beleza da paisagem vai sendo rapidamente substituída pelo medo e pela morte. Enfrentar o que os está caçando vai ser tão difícil quanto a convivência entre eles, marcada por sedução, violência e transformações”. Ao contrário do que circulava extraoficialmente, o filme não é uma adaptação de quadrinhos, mas uma história original concebida por Danilo Beyruth, um dos maiores nomes dos quadrinhos nacionais, que atualmente desenha para a Marvel – justamente a nova série do “Motoqueiro Fantasma”. A história foi roteirizada por LG Bayão (que escreveu coisas tão distintas quanto “Irmã Dulce” e o besteirol “O Último Virgem”, atualmente em cartaz) e filmada pelo diretor Vicente Amorim (de “Corações Sujos” e também “Irmã Dulce”), que rodou as cenas na Serra da Canastra (MG) ao longo de quase dois meses. O elenco inclui alguns ex-integrantes da novela teen “Malhação”, como Carla Salle, Guilherme Prates e Juliana Lohmann. A data de estreia ainda não foi definida.
Fernanda Montenegro vai estrelar filme de terror escrito pela filha
A veterana atriz Fernanda Montenegro (“Central do Brasil”) começou a filmar um filme de terror em família. A autora do roteiro é sua filha, a também atriz Fernanda Torres (“Os Normais”), e a direção é de seu genro, Andrucha Waddington (“Os Penetras”). Para completar, seu colega de cena será seu neto Joaquim, de 16 anos, que vai estrear como ator. O elenco também inclui Felipe Camargo (“Ponte Aérea”), Lima Duarte (“Família Vende Tudo”), Carol Castro (“Um Suburbano Sortudo”), Fernando Eiras (“Nise: O Coração da Loucura”) e o rapper Criolo (“Jonas”). Segundo Waddington, trata-se de um terror sobrenatural que conta uma história vingança de 200 anos. Um conflito que remonta ao tempo da escravidão. “É um filme sobre a história do Brasil, como ‘Casa de Areia’”, ele contou, em entrevista ao jornal O Estado de S. Paulo, referindo-se a seu melhor trabalho, também estrelado por Fernanda Montenegro em 2005. Intitulado “O Juizo”, o filme começou a ser rodado neste fim de semana e as filmagens devem durar até o fim em dezembro, numa fazenda na divisa do Rio de Janeiro com Minas Gerais. A produção foi acelerada por conta de um atraso no cronograma da cinebiografia do Chacrinha, que seria o próximo filme do diretor. Para não ficar parado, ele tomou um empréstimo bancário e marcou um “retiro de terror” com a família. O filme mais recente de Andrucha Waddington, o drama médico “Sob Pressão”, entrou em cartaz nos cinemas na quinta-feira (17/11). E em janeiro estreia seu próximo trabalho, a comédia “Os Penetras: Quem Dá Mais?”.
Através da Sombra faz adaptação ousada de terror gótico tradicional
Na cena que abre “Através da Sombra”, acompanhamos por alguns segundos todo o ritual de Laura (Virginia Cavendish) em abotoar o seu suéter preto. Logo em seguida, ela comparece a um encontro com Afonso (Domingos Montagner, em trabalho póstumo), homem rico que a entrevista para cuidar de seus dois sobrinhos, Elisa (Mel Maia) e Antonio (Xande Valois), na fazenda de café que tem no interior. Na ocasião, ela parece seduzida por um corpo masculino que se movimenta enquanto luta, tentando desviar o olhar daquela anatomia bem trabalhada. E é neste prólogo que o veterano Walter Lima Jr. (“A Ostra e o Vento”) explicita o que pretende com a sua adaptação livre de “A Outra Volta do Parafuso”, clássico gótico do escritor americano Henry James (1843-1916) . Os elementos sobrenaturais são mantidos em um contexto brasileiro, mas é a tensão sexual que pauta o perigo em seu roteiro. A neblina da era vitoriana é substituída aqui pela fumaça do café queimado e se alastra por um ambiente que, aos poucos, parece assombrado pela ausência de uma professora, que Laura vem substituir. Governanta, Dona Geraldina (Ana Lúcia Torre) faz mistério quanto ao destino da antiga funcionária, ampliando as dúvidas de Laura quanto ao que ela acredita ver e que é invisível para os demais. A versão de Walter Lima Jr. para a história de terror tradicional é ousada, não poupando sequer a inocência das crianças, que se alternam entre insultos contra a protagonista e como agentes para provocar o seu recato, a exemplo do beijo que recebe de Antonio. Mesmo com forças ocultas se comunicando através de um copo (no jogo ancestral do tabuleiro de ouija) e aparições aleatórias, a ameaça de “Através da Sombra” é mais material, dando sentido a uma conclusão que, para muitos, pode soar abrupta.
Playlist de Finados: Veja seis curtas de uma produtora indie brasileira especializada em terror
Em clima de Finados, que tal conferir uma seleção de curtas nacionais de terror? O canal do YouTube da produtora Hipnóticos Filmes tem uma coleção razoável, que envereda pelo medo dos barulhos e das sombras, alimentando a paranoia de quem está sozinho em casa – tema de boa parte dos filminhos. As histórias não são novidade para os fãs do gênero, mas divertem bastante, com estrutura clássica de reviravolta final e trilha over de pegadinha do Sílvio Santos. Segundo informa o diretor e produtor Rafael Zanesco, todos os seis curtas foram exibidos em mostras e festivais. E nesta sexta-feira “O Despertar de Selma” será exibido nas salas do cine Jóia do Rio de janeiro, concorrendo a prêmio, no evento Rio Fantastik. Para completar, no mês que vem “O Último Andar” e “Maldita Lembrança” estarão em um festival de São Paulo – o Festival Boca do inferno. Ficou curioso? Por via das dúvidas, benza-se antes de dar play.








