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    LQ Jones: Ator dos westerns de Sam Peckinpah morre aos 94 anos

    9 de julho de 2022 /

    O ator LQ Jones, que trabalhou em dezenas de westerns, incluindo o clássico “Meu Ódio Será Sua Herança”, de Sam Peckinpah, morreu neste sábado (9/7) de causas naturais em sua casa em Hollywood Hills, aos 94 anos. Nascido Justice Ellis McQueen Jr. em 19 de agosto de 1927, na cidade de Beaumont, no Texas, ele ficou órfão muito pequeno e foi criado por parentes numa fazenda, aprendendo a andar a cavalo aos 8 anos de idade. Sua transformação em ator se deu por acaso. Enquanto estudava Direito na Universidade do Texas, foi companheiro de quarto de Fess Parker, o futuro Daniel Boone da TV. Mas enquanto o colega foi para Hollywood, ele investiu todo seu dinheiro num rancho que faliu. Sabendo da situação do amigo, Parker o convidou a fazer um teste para um projeto que ia filmar. Desenhou até um mapa de como chegar no estúdio. Jones foi aprovado pelo diretor Raoul Walsh e estreou no cinema como um soldado em “Qual Será Nosso Amanhã?” (1955), ao lado de Parker, Tab Hunter, Van Heflin, Aldo Ray e grande elenco. Seu personagem era um soldado chamado LQ Jones, e ele gostou tanto da experiência que adotou a denominação como seu nome artístico. No começo, especializou-se em filmes de guerra. Acumulou produções do tipo, incluindo alguns clássicos, como “Entre o Céu e o Inferno” (1956), de Richard Fleischer, “Os que Sabem Morrer” (1957), de Anthony Mann, “Os Deuses Vencidos” (1958), de Edward Dmytryk, “A Morte Tem Seu Preço” (1958), novamente de Walsh, e “O Inferno é para os Heróis” (1962), de Don Siegel. No meio de tanto tiro, foi aparecer pela primeira vez como cowboy, curiosamente, na estreia de Elvis Presley no cinema: “Ama-Me com Ternura” (1956). E ainda voltou a contracenar com o Rei do Rock em outro western, “Estrela de Fogo” (1960). Assim, aos poucos, foi mudando seu perfil. De soldado, virou cowboy e passou a cavalgar com Joel McCrea, Randolph Scott, Glenn Ford e Audie Murphy em filmes do Velho Oeste. Ao mesmo tempo, aproveitou que o gênero do “bangue-bangue” explodiu na TV e disparou rumo aos holofotes televisivos, fazendo múltiplas participações em séries como “Cheyenne”, “As Aventuras de Rin Tin Tin”, “Gunsmoke”, “Annie Oakley”, “Laramie”, “O Homem do Rifle”, “Caravana” (Wagon Train), “Couro Cru” (Rawhide), “Johnny Ringo”, “Big Valley” e especialmente “O Homem de Virgínia” – onde interpretou o ajudante de rancho Andy Belden por 25 episódios. Jones conheceu o diretor Sam Peckinpah numa dessas séries, “Klondike”. A produção só durou uma temporada, mas a amizade prosperou por décadas. Depois da série, o cineasta o escalou em cinco westerns de cinema. O primeiro foi “Pistoleiro do Entardecer” (1962), com Henry Fonda e Randolph Scott, seguido por “Juramento de Vingança” (1965), estrelado por Charlton Heston. E então veio o célebre “Meu Ódio Será Sua Herança” (1969). O filme que estabeleceu a estética ultraviolenta, das mortes em câmera-lenta, rendeu o papel pelo qual Jones é mais lembrado: o sádico caçador de recompensas TC, que se junta a Robert Ryan e Strother Martin na perseguição da quadrilha de assaltantes liderada por William Holden. Ele seguiu colaborando com Peckinpah em “A Morte Não Manda Recado” (1970) e “Pat Garrett e Billy the Kid” (1973). E em meio a essa parceria ainda apareceu em outros clássicos do gênero: “Nevada Smith” (1966), com Steve McQueen, “A Marca da Forca” (1968), com Clint Eastwood, e “Caçada Sádica” (1971), com Gene Hackman. Mas a carreira de Jones foi atingida em cheio quando os westerns saíram de moda em meados dos anos 1970. Até Peckinpah partiu para os thrillers. Quando faltaram trabalhos para antigos cowboys, Jones tratou de virar produtor. Ele e o colega Alvy Moore formaram a produtora LQ/JAF e fizeram quatro filmes de gêneros inesperados: terror e sci-fi. O próprio Jones dirigiu “O Quarto do Diabo” (1964), escreveu “A Irmandade de Satanás” (1971) e fez ambos em “O Menino e Seu Cachorro” (1975), que costuma ser apontado como a maior inspiração de “Mad Max”. Adaptação de um romance de Harlan Ellison, “O Menino e Seu Cachorro” acompanhava o ainda adolescente Don Johnson por uma terra devastada pelo apocalipse no distante ano de 2024. Virou cult. Mas Jones não seguiu como diretor. Em vez disso, voltou a fazer participações em séries – agora policiais – , como “As Panteras”, “CHiPs” e “Esquadrão Classe A”. Seu último trabalho atrás das câmeras foi a direção de um episódio de “O Incrível Hulk”, em 1980. Em uma longa entrevista recente para o site Camera in the Sun, ele explicou que dirigir dava muito trabalho. Atuar era bem mais fácil e, sempre que precisavam de um xerife, ainda lembravam dele. Nos anos 1980, Jones foi xerife em “The Yellow Rose” (1983-1984), série de faroeste contemporâneo, que juntava um elenco de feras – Sam Elliott, Cybill Shepherd e Chuck Connors. E até na sci-fi “O Cavaleiro do Tempo” (1982). Ele chegou a reviver a carreira cinematográfica na década seguinte, aparecendo em alguns sucessos de bilheteria, como a comédia de western “Rapidinho no Gatilho” (1994), com Paul Hogan, o thriller “No Limite” (1998), com Anthony Hopkins, o blockbuster de aventura “A Máscara do Zorro” (1998), com Antonio Banderas, e o premiado drama mafioso “Cassino” (1995), de Martin Scorsese, em que interpretou, para variar, o homem da lei que era o inimigo do gângster vivido por Robert De Niro. Sua última aparição nas telas foi como o cantor country Chuck Akers em “A Última Noite” (2006), que também foi o último filme de Robert Altman, falecido naquele ano.

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  • Série

    Astro de “Magnum” agradece fãs pelo salvamento da série

    3 de julho de 2022 /

    O ator Jay Hernandez usou o Twitter neste domingo (3/7) para agradecer aos fãs pelo apoio e campanhas que resultaram no resgate de “Magnum”. A série voltará em mais duas temporadas na rede americana NBC, após ter sido cancelada em maio pela CBS. “Ok, tenho certeza que agora todos vocês já ouviram as ótimas notícias”, disse o intérprete de Magnum no vídeo. “’Magnum’ terá uma 5ª temporada. Obrigado aos fãs pelo tremendo esforço. Quero dizer, vocês tinham petições, vocês colocaram um outdoor na Times Square. Por causa de todo esse barulho que fizeram, agora temos uma nova casa na NBC. Vejo vocês na 5ª temporada!” O vídeo foi postado após um texto anterior de agradecimento. “Foi um pouco tortuoso, mas conseguimos!” tuitou Hernandez na sexta (1/7). “O amor e apoio de vocês nos ajudaram a cruzar a linha de chegada, obrigado e obrigado também à NBC por assumir a responsabilidade! Hora de tirar o pó da camisa Aloha! Ohana”. Sexta foi o dia em que a rede NBC deu sinal verde para os produtores de “Magnum” desenvolverem duas temporadas inéditas da atração, com 10 episódios cada. O acordo foi facilitado pela participação da Universal Television na produção da série, em parceria com o CBS Studios. A Universal Television faz parte do mesmo conglomerado (NBCUniversal) do canal NBC. Além disso, a NBC já teve sucesso com o resgate de outra série cancelada por rival: após ser cancelada pela Fox, a comédia “Brooklyn Nine-Nine” retornou com uma audiência 71% maior na NBC em 2019. A decisão da CBS de cancelar “Magnum” foi um choque para os produtores e também para o mercado, porque a atração estrelada por Jay Hernandez e ambientada no Havaí tinha uma média de cerca de 7,4 milhões de espectadores e liderava seu horário de exibição nas noites de sexta-feira nos EUA. A série era a última produção do CBS Studios criada por Peter M. Lenkov, após o produtor ser demitido em 2020 por denúncias de mau comportamento no ambiente de trabalho. Ele também era responsável pelos reboots de “Hawai Five-0” e “MacGyver”, anteriormente canceladas. Jay Hernandez (o El Diablo do filme do “Esquadrão Suicida”) vivia a nova versão do detetive particular eternizado por Tom Selleck nos anos 1980, que desta vez aparecia acompanhado por uma parceira feminina: a atriz galesa Perdita Weeks (“Penny Dreadful”), numa reinvenção do papel de Higgins. “Magnum” é disponibilizada em streaming no Brasil pela Globoplay, e a mudança de canal nos EUA não deve alterar esse acordo. So many people worked very hard to make this happen. CBS, Universal, Magnum execs & all you fans out there. The tremendous effort paid off in a very unlikely move for any TV show. We can't wait to start filming again. 🙏🏽 #MagnumPISaved #NBC #ohana ❣️ https://t.co/Jz7JAZN3Mi — Jay Hernandez (@jay_hernandez) July 3, 2022 It was a bit circuitous but we did it!Your love & support helped get us over the finish line, thank you & thanks to @nbc for stepping up!Time to dust off the Aloha shirt! #ohana ❣️🍾😎🏝🌈🏎 https://t.co/wJqoJ64lEh — Jay Hernandez (@jay_hernandez) July 1, 2022

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    “Magnum” é resgatada e terá mais duas temporadas

    1 de julho de 2022 /

    A série “Magnum”, cancelada no começo de maio pela rede CBS, vai voltar a ser produzida para ser exibida num canal rival nos EUA. A rede NBC deu sinal verde para os produtores desenvolverem duas temporadas inéditas da atração, com 10 episódios cada. O acordo foi facilitado pela participação da Universal Television na produção da série, em parceria com o CBS Studios. A Universal Television faz parte do mesmo conglomerado (NBCUniversal) do canal NBC. Além disso, a NBC já teve sucesso com o resgate de outra série cancelada por rival: após ser cancelada pela Fox, a comédia “Brooklyn Nine-Nine” retornou com uma audiência 71% maior na NBC em 2019. A decisão da CBS de cancelar “Magnum” foi um choque para os produtores e também para o mercado, porque a atração estrelada por Jay Hernandez e ambientada no Havaí tinha uma média de cerca de 7,4 milhões de espectadores e liderava seu horário de exibição nas noites de sexta-feira nos EUA. A série era a última produção do CBS Studios criada por Peter M. Lenkov, após o produtor ser demitido em 2020 por denúncias de mau comportamento no ambiente de trabalho. Ele também era responsável pelos reboots de “Hawai Five-0” e “MacGyver”, anteriormente canceladas. Jay Hernandez (o El Diablo do filme do “Esquadrão Suicida”) vivia a nova versão do detetive particular eternizado por Tom Selleck nos anos 1980, que desta vez aparecia acompanhado por uma parceira feminina: a atriz galesa Perdita Weeks (“Penny Dreadful”), numa reinvenção do papel de Higgins. “Magnum” é disponibilizada em streaming no Brasil pela Globoplay, e a mudança de canal nos EUA não deve alterar esse acordo.

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  • Série

    Volta de “Who’s the Boss?” é oficializada com elenco original

    28 de junho de 2022 /

    Uma das séries de comédia mais populares dos anos 1980 teve sua continuação oficializada. A plataforma Freevee (ex-IMDB TV), de acesso gratuito da Amazon, encomendou a produção da 1ª temporada do revival de “Who’s the Boss?”, que voltará a trazer Tony Danza e Alyssa Milano em seus papéis originais. Eles voltarão a viver Tony e Samantha Micelli, pai e filha que vão morar na casa de uma patroa rica onde Tony arranja trabalho como empregado doméstico. Considerada bastante progressiva para 1984, a comédia lidava com uma inversão de papéis e de estereótipos de gênero, refletindo as mudanças de comportamento da época, quando mais mulheres conseguiam sucesso em carreiras de executivas. Muito bem recebida pelo público, a atração durou 8 temporadas na rede ABC, entre 1984 e 1992, chegando a atingir uma média impressionante de 33 milhões de telespectadores ao vivo. Ao longo da série, o público também acompanhou o crescimento de Milano, que tinha 11 anos no primeiro episódio e 19 em seu encerramento. A premissa da continuação vai colocar a atriz no centro dos novos capítulos. Trinta anos depois do fim da série original, Samantha (Milano) é agora uma mãe solteira, que mora na mesma casa em que foi criada. Desta vez, em vez de explorar diferenças de gênero e classe, a série terá como tema as diferenças geracionais, além de visões de mundo opostas e contará com a dinâmica de uma família moderna nos anos 2020. Outros membros do elenco original, como Judith Light, a antiga patroa Angela, e Danny Pintauro, seu filho Jonathan, também devem aparecer como seus personagens no programa. Todos os atores da série se tornaram grandes amigos e permanecem em contato até hoje. A encomenda do revival para a Sony Television reflete o sucesso atual das sitcoms clássicas, que tem rendido grandes audiências em streaming e inspirado a tendência de resgate de produções antigas – adaptadas para as novas gerações em versões repaginadas, como “One Day at a Time” e “Fuller House”. A sequência de “Who’s the Boss?” terá produção executiva do veterano Norman Lear, produtor original da atração – e criador de “One Day at a Time”, entre outros líderes de audiência do passado. Danza e Milano também servirão como produtores executivos. Ainda não há previsão de estreia.

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    Diretor de “O Homem Invisível” é favorito para filmar novo “Besouro Verde”

    23 de junho de 2022 /

    O diretor e roteirista Leigh Whannell, dos filmes “Sobrenatural” e “O Homem Invisível”, está em negociações com a Universal para comandar o novo longa do “Besouro Verde”. Segundo apurou o site Deadline, os executivos do estúdio têm feito reuniões com diversos candidatos em potencial, mas Whannell ganhou preferência após o sucesso de “Mulher Invisível”. A Universal tem os direitos de adaptação desde 2020, e o roteiro já está pronto, escrito pelo veterano David Koepp (dos primeiros “Jurassic Park”, “Missão: Impossível” e “Homem-Aranha”). O filme vai se chamar, em inglês, “The Green Hornet and Kato”, destacando no título o “Robin” do herói. Na famosa série de TV do “Besouro Verde”, nos anos 1960, Kato era vivido por ninguém menos que Bruce Lee. O Besouro Verde foi originalmente criado como radionovela em 1936 por George W. Trendle e Fran Strike, que também foram os pais de “O Cavaleiro Solitário”. Ele estreou nos quadrinhos em 1940, com roteiros do próprio Strike, no mesmo ano em que chegou aos cinemas com o primeiro de seus três seriados de aventura. Mas, curiosamente, acabou se tornando mais conhecido como herói da TV, após ganhar sua série em 1966. Interpretado por Van Williams, o personagem acabou eclipsado por seu assistente, já que Bruce Lee era bem mais conhecido. Além de sua própria atração, o Besouro Verde ainda teve crossovers com a série do “Batman” daquela época. Na trama original, Britt Reid, o dono milionário do jornal O Sentinela Diária, transformava-se num vingador mascarado no estilo do Sombra, que a polícia considerava um criminoso. Como a situação o ajudava a obter informações do submundo do crime, ele nunca quis limpar sua ficha. Em suas aventuras, o Besouro Verde era ajudado por Kato, seu mordomo e motorista de origem asiática, mestre em artes marciais, que dirigia o Beleza Negra, um carro tecnologicamente avançado. A última vez que os dois apareceram nas telas foi em 2011, numa comédia de ação da Sony, estrelada por Seth Rogen, Jay Chou e Cameron Diaz. A ideia era lançar uma franquia, mas o filme fracassou nas bilheterias, rendendo apenas US$ 227 milhões mundiais – para um orçamento de US$ 120 milhões. Ainda não há informações sobre a trama do novo longa, nem previsão de lançamento.

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    Vídeo mostra os Minions na série “The Office”

    22 de junho de 2022 /

    O conglomerado NBCUniversal lançou um vídeo divertido, que coloca Gru e os Minions no cenário de “The Office”. A iniciativa é um esforço de sinergia para promover diferentes conteúdos ao mesmo tempo: a série clássica da NBC na plataforma Peacock e a nova animação da Universal, “Minions 2: A Origem de Gru”, nos cinemas. O que junta estas duas atrações é que o malvado favorito Gru é dublado nos EUA por Steve Carell, o patrão da série “The Office”. No Brasil, ele tem a voz de Leandro Hassum (“Amor sem Medida”). Apesar da presença de Gru, a nova animação não é sequência de “Meu Malvado Favorito 3”, mas sim do primeiro “Minions”. Faz sentido, não apenas porque as criaturinhas amarelas se tornaram os personagens mais populares da franquia, mas devido à ordem cronológica. O filme “Minions” terminava com a introdução do pequeno Gru. O filme vai explorar o desejo da versão juvenil de Gru de entrar num time de supervilões. Ao ser ridicularizado, ele decide provar que é criminoso ao roubar os vilões, o que dá início a uma perseguição e introduz a ajuda atrapalhada dos Minions. “Minions: A Origem de Gru” é dirigido por Kyle Balda, que assinou os dois últimos filmes da franquia (justamente “Minions” e “Meu Malvado Favorito 3”), e Brad Ableson (animador de “Os Simpsons”), que estreia no estúdio Illumination. Mas mesmo cedendo seu lugar atrás das câmeras, o diretor Pierre Coffin segue fazendo as vozes macarrônicas dos Minions. A animação tem estreia marcada para 30 de junho no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.

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    Philip Baker Hall (1931–2022)

    13 de junho de 2022 /

    O ator Philip Baker Hall, que se destacou em três filmes do diretor Paul Thomas Anderson, morreu no domingo à noite (12/6) em sua casa em Glendale, na Califórnia, aos 90 anos de idade. Com uma longa carreira cinematográfica, iniciada em 1970 como figurante em “Zabriskie Point” (o filme americano de Michelangelo Antonioni), ele também fez mais de 100 aparições em séries, além de inúmeras peças de teatro. Graças à expressão marcada por bolsas profundas sob os olhos, Hall sempre pareceu mais velho, mesmo antes de ter a idade equivalente, o que fez sua carreira ser marcada por papéis de autoridades, como juízes, padres, médicos, generais, diretores da CIA e até um presidente dos EUA. Hall interpretou Richard Nixon na aclamada peça “A Honra Secreta” e reprisou o papel do presidente desonrado no cinema em 1984, na adaptação do diretor Robert Altman. Dirigido por muitos cineastas renomados, ele teve sua parceria mais significativa com Paul Thomas Anderson, que conheceu quando este ainda era assistente de produção no canal público PBS. Os dois costumavam compartilhar cafés após o expediente e esta experiência resultou no curta “Cigarettes & Coffee” em 1993. Depois disso, Hall estrelou os três primeiros longas de Anderson: “Jogada de Risco” (1996), “Boogie Nights” (1997) e “Magnolia” (1999), todos aclamados pela crítica. O sucesso, entretanto, também serviu para interromper a parceria, pois Hall se tornou bastante requisitado em Hollywood, lotando a agenda de trabalhos. Só em 1998 foram 10 filmes, seguidos por mais 7 em 1999. Sua filmografia explodiu com blockbusters e obras premiadas como “O Show de Truman” (1998), de Peter Weir, “A Hora do Rush” (1998), de Brett Ratner, “O Informante” (1999) de Michael Mann, “O Talentoso Ripley” (1999), de Anthony Minghela, “Regras do Jogo” (2000), de William Friedkin, “A Soma de Todos os Medos” (2002), de Phil Alden Robinson, “Todo Poderoso” (2003), de Tom Shadyac, “Dogville” (2003), de Lars Von Trier, e até dois filmes sobre um dos mais famosos serial killers dos anos 1960 – “O Zodíaco” (2005) e “Zodíaco” (2007), este dirigido por David Fincher. Hall também teve presença constante na TV desde os anos 1970, participando principalmente de episódios de comédias clássicas (“Good Times”, “M*A*S*H”, “Cheers”), dramas (“The Waltons”, “Chicago Hope”, “The West Wing”) e séries policiais (“Matlock”, “Miami Vice”, “Cagney & Lacey”, “Carro Comando”, “LA Law”, “Assassinato por Escrito”). Mas nenhuma dessas aparições se comparou à repercussão de sua participação em “Seinfeld”. Hall roubou as cenas num episódio célebre de 1991, como um investigador de biblioteca chamado Joe Bookman, que persegue Jerry Seinfeld obstinadamente em busca de um livro que o comediante pegou emprestado há 20 anos. A participação chamou tanta atenção que Hall foi convidado a repeti-la no capítulo final de “Seinfeld”, exibido em 1998. Além disso, o criador da série, Larry David, o convocou a viver seu médico em dois dos episódios mais hilários de “Curb Your Enthusiam” (em 2004 e 2009). Durante sua trajetória televisiva, o ator teve poucos papéis fixos ou recorrentes. Entre os recontes estão o personagem Ed Meyers em “Falcon Crest” (entre 1989 e 1990), um juíz em “O Desafio” (em 1997), um médico em “Everwood” (entre 2003 e 2004) e um vizinho rabugento de “Modern Family” (entre 2011 e 2012). Já os fixos foram em séries que não passaram da 2ª temporada, com destaque para a comédia “The Loop” (2006–2007) e a recente drama “Messiah” (2020), da Netflix, seu último trabalho nas telas. Ele não deixou obras incompletas. Seus cinco filmes finais foram “Os Pinguins do Papai” (2011), com Jim Carrey, “50%” (2011), com Joseph Gordon-Levitt e Seth Rogen, “Argo” (2012), de Ben Affleck, “Palavrões” (2013), estreia do ator Jason Bateman na direção, e “A Última Palavra” (2017), de Mark Pellington, em que contracenou com uma das atrizes que idolatrava na juventude, Shirley MacLaine.

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    Julee Cruise (1956–2022)

    10 de junho de 2022 /

    A cantora Julee Cruise, que ficou conhecida por seu trabalho na série “Twin Peaks”, morreu aos 65 anos. Seu marido, Edward Grinnan, confirmou a morte em uma homenagem nas redes sociais, sem dar detalhes ou a data exata do falecimento. “Ela deixou este reino em seus próprios termos. Sem arrependimentos. Ela está em paz… Eu toquei para ela [a música do B-52s] ‘Roam’ durante sua transição. Agora ela vai vagar para sempre. Descanse em paz, meu amor”, escreveu Grinnan. Em 2018, a cantora anunciou nas redes sociais que estava lutando contra o lúpus sistêmico, que a deixava com dores crônicas. “Mal consigo andar. E agora é difícil ficar de pé. Minha coluna está desmoronando e apertando os nervos. Não tomo opiáceos, mas a dor é tão forte que choro e brigo com as pessoas. Eu tive um tempo glorioso, mas devo sair daqui. Alguém sábio me disse que eu deveria ir, e assim sendo um recluso, é lei e tédio para mim. Muito obrigado por tudo… Essa é minha última reverência”, escreveu. O trabalho mais conhecido de Cruise é a música “Falling”, cuja versão instrumental, composta pelo compositor Angelo Badalamenti, foi o tema principal de “Twin Peaks”, criação do cineasta David Lynch que marcou época na TV americana. Mas Cruise não foi apenas ouvida na série. Ela chegou a aparecer em alguns capítulos, inclusive no piloto, cantando “Falling” e outras canções com uma banda no melhor estilo lounge. Sua ligação com a franquia se estendeu também a novas aparições no filme de 1992, “Twin Peaks: Os Últimos Dias de Laura Palmer”, e no revival da série em 2017. A longa associação de Cruise com Lynch e o maestro Badalamenti começou em 1986, quando o cineasta procurava uma música para acompanhar uma cena de seu filme clássico “Veludo Azul”. Badalamenti lembrou-se de Cruise de uma oficina de teatro em Nova York, em que ele havia trabalhado, e sugeriu a música que eles criaram, “Mysteries of Love”. Esta canção e “Falling” ajudaram o disco de estreia de Cruise, o etéreo “Floating Into the Night” (lançado em 1989), a se tornar cultuadíssimo. Ela também gravou um cover de Elvis Presley (produzido por Lynch e Badalamenti) para o filme “Até o Fim do Mundo” (1991), de Wim Wenders. E colaborou com uma música inédita para um episódio temático série de comédia “Psych”, que fez uma das melhores homenagens de todos os tempos a “Twin Peaks”, marcando os 20 anos da atração clássica em 2010. Apesar do impacto que causou nos anos 1990, Julee Cruise só lançou quatro álbuns em toda a carreira – o último em 2011. E teria se divertido mais cantando com a banda B-52s, de 1992 a 1999, que em toda a trajetória solo. Segundo seu marido, a fase em que substituiu Cindy Wilson na banda new wave foi o “momento mais feliz de sua vida de artista”. “Ela foi eternamente grata a eles”, contou Grinnan. “Quando ela assumiu o microfone ao lado Fred [Schneider] e Kate [Pierson], ela disse que era como se juntar aos Beatles. Ela nunca esqueceu as viagens que fizeram juntos ao redor do mundo”.

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  • Série

    Teaser de “Os Monstros” recria abertura da série clássica

    8 de junho de 2022 /

    A Universal Pictures divulgou o primeiro teaser do filme baseado na série clássica “Os Monstros” (The Munsters). A prévia reproduz parte da abertura em preto e branco da 2ª temporada da série. O filme tem direção do roqueiro Rob Zombie e os intérpretes dos personagens clássicos são Sherri Moon Zombie (esposa do diretor) como Lily, Jeff Daniel Phillips como Herman e Daniel Roebuck como o vovô. Eles já tinham contracenado antes em “Os 3 Infernais”, dirigido por Zombie em 2019. Grande sucesso da época da TV em preto e branco, a atração original de 1964 era estrelada por Yvonne De Carlo (“Capitão Blood”), Fred Gwynne (“Cemitério Maldito”) e Al Lewis (“A Noite dos Desesperados”), e concorria com “A Família Addams” no mesmo filão de família de monstros camaradas. O programa acompanhava o cotidiano de Herman, um monstro similar ao de Frankenstein, em sua vida comum de pai trabalhador, às voltas com a mulher vampira Lily, o sogro vampiro que todos chamavam de Vovô Monstro, o filho lobisomem Eddie e a sobrinha Marilyn, que envergonhava a família pela suposta feiura (na verdade, era uma loira deslumbrante). Além da série, “Os Monstros” originais também tiveram um filme colorido, “Monstros, Não Amolem!” (1966), e um telefilme de reencontro dos personagens, “The Munsters’ Revenge” (1981). Mas mesmo com a aposentadoria dos atores, a franquia da Universal nunca saiu totalmente do ar. O estúdio televisivo emplacou seu primeiro remake em 1987. Intitulada “The Munsters Today”, essa versão durou três temporadas, embora pouca gente lembre dela. Depois disso, o canal ainda lançou dois telefilmes com elencos completamente diferentes nos anos 1990. Nos últimos anos, alguns produtores tentaram reviver a franquia na TV. Bryan Fuller (criador de “Hannibal” e “Star Trek: Discovery”) chegou a gravar um piloto para sua versão, chamada “Mockingbird Lane”, que acabou lançado como telefilme de Halloween em 2012, mas outra iniciativa mais recente, produzida pelo apresentador-comediante Seth Meyers (“Saturday Night Live”) em 2017, nem chegou tão longe, dispensada na fase de roteiro. O filme de Rob Zombie tem produção da 1440 Productions, uma divisão menor do Universal Studios, o que indica que será lançado na plataforma de streaming Peacock em vez dos cinemas. Compare abaixo a nova versão com a abertura clássica dos anos 1960.

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  • Série

    Tragédia marca primeiro trailer do reboot de “Queer as Folk”

    19 de maio de 2022 /

    A plataforma americana Peacock divulgou o trailer do reboot de “Queer as Folk”, produção que retoma o título da série pioneira da abordagem do universo gay na televisão. O novo “Queer as Folk” acompanha um grupo diversificado de amigos da cena LGBTQIAP+ de Nova Orleans, cujas vidas são transformadas após uma tragédia. A prévia sugere um massacre promovido por um atirador homofóbico num clube gay, com direito a mortos e feridos. A cena contrasta com o clima alegre e descontraído que a antecede, e realmente marca uma mudança de tom na trama. Será a segunda vez que a série britânica de 1999, criada por Russel T. Davies (também responsável pelo revival de “Doctor Who”), ganhará uma adaptação para o público dos Estados Unidos. Um ano após a estreia da atração original, Ron Cowen e Daniel Lipman fizeram uma versão ambientada em Pittsburgh para o canal pago Showtime, que pegou as histórias passadas na Inglaterra e as expandiu ao longo de cinco temporadas, entre 2000 e 2005. O remake acabou se tornando o primeiro drama da TV americana protagonizado por homens gays, o que ajudou a inaugurar uma nova era de programação, abrindo caminho para inúmeras séries LGBTQIA+. A nova versão começou a ser desenvolvida por Stephen Dunn (“Little America”) no final de 2018, quando as negociações visavam um lançamento no canal pago Bravo, que faz parte do mesmo conglomerado. Mas como a prioridade da NBCUniversal – assim como de todas as empresas de Hollywood – agora é o streaming, a série chega em 9 de junho na Peacock nos EUA. Com oito episódios produzidos para a 1ª temporada, a trama vai reunir um grande elenco, formado por Jesse James Keitel (“Big Sky”), Johnny Sibilly (“Hacks”), Fin Argus (“Agents of SHIELD”), Devin Way (“Grey’s Anatomy”), Ryan O’Connell (“Special”), Lukas Gage (“The White Lotus”), Chris Renfro (“Two Dollar Therapy”), Armand Fields (“Work in Progress”), Megan Stalter (“Hacks”) e os veteranos Juliette Lewis (“Yellowjackets”), Kim Cattrall (“Sex and the City”) e Ed Begley Jr. (“Young Sheldon”).

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    Maggie Peterson (1941–2022)

    16 de maio de 2022 /

    A atriz Maggie Peterson, que participou da série clássica “The Andy Griffith Show” na década de 1960, morreu no domingo (14/5) no Colorado, “pacificamente enquanto dormia”, de acordo com comunicado da família. Embora sua personagem Charlene Darling tenha aparecido em apenas cinco episódios da comédia rural, ela se tornou uma das integrantes mais memoráveis ​​​​da cidade de Mayberry pela doçura de sua personagem. Natural do Colorado, Peterson começou sua carreira no show business na década de 1950 como cantora. Numa apresentação com o grupo vocal Ja-Da Quartet, foi notada pelo empresário de Griffith, Dick Linke, que a convidou para fazer uma participação na série. Ela acabou agradando e dando início a sua carreira nas telas. As habilidades vocais de Peterson também foram utilizadas no programa. Geralmente, sua personagem aparecia cantando com sua família na tela, os Darlings (interpretados pela banda de bluegrass The Dillards). Mas suas participações foram além da música. Em um episódio, Charlene foi prometida, por costume da montanha, ao xerife inconsciente Andy Taylor (Griffith), enquanto num episódio posterior foi a vez da filha de Charlene ser prometida ao filho de Andy, Opie (Ron Howard, hoje diretor de cinema). Além das aparições na sitcom, entre 1963 e 1966, ela também marcou presença no telefilme de reencontro, “Return to Mayberry”, lançado em 1986, além de ser convidada a participar de outras séries e filmes de Andy Griffith, como “Fuzileiro das Arábias” (em 1965), “Um Anjo no Meu Bolso” (1969) e “The Love God?” (1969). Ela ainda viveu uma garçonete recorrente na sitcom “The Bill Dana Show”, aparecendo em oito episódios (em 1964), ao mesmo tempo em que gravava “The Andy Griffith Show”. Depois de passar as décadas de 1970 e parte dos 1980 fazendo aparições esporádicas em diversas atrações televisivas, Peterson se aposentou da atuação em 1987 num episódio da antologia “Abertura Disneylândia”, mas continuou ligada ao audiovisual trabalhando na Nevada Film Comission. Sua saúde piorou muito após a morte do marido de mais de 40 anos, o músico de jazz Gus Mancuso, falecido em dezembro passado. “A saúde de Maggie piorou após a morte de seu marido Gus”, escreveu a família, “e ficamos aliviados por poder trazê-la para ficar perto da família nos últimos dias”.

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  • Série

    “Charmed” é cancelada na 4ª temporada

    12 de maio de 2022 /

    A rede americana The CW cancelou “Charmed”, que no Brasil é chamado de “Charmed: Nova Geração”. O reboot da série das irmãs bruxas durou quatro temporadas, metade da duração da atração original, exibida de 1998 a 2006. A série já tinha trocado showrunner e perdido uma de suas protagonistas, Madeleine Mantock (a Macy da série), intérprete da irmã mais velha, que saiu no final da 3ª temporada, replicando exatamente o que aconteceu com Shannen Doherty duas décadas atrás – Pru, a irmã mais velha da primeira “Charmed”, também saiu no terceiro ano, duas décadas atrás. Lucy Barrett (Michaela) substituiu Mantock na última temporada – como Rose McGowan fez com Doherty em 2001. Mas a série começou, na verdade, com as duas outras irmãs, Melonie Diaz (Mel) e Sarah Jeffery (Maggie), que após a morte trágica de sua mãe descobriram ter uma terceira irmã mais velha. A surpresa não ficou nisso. Ao se juntarem, elas experimentam “o poder das três”, que até então não sabiam possuir. Logo, um conselheiro explica a situação para as jovens. Elas são bruxas e devem se unir para combater as batalhas cotidianas e sobrenaturais que todas as bruxas modernas devem enfrentar: “desde derrotar demônios poderosos até derrubar o patriarcado”, segundo a sinopse. Concebido como um reboot feminista e latino, “Charmed” era uma produção de Jennie Snyder Urman, criadora de “Jane the Virgin”, e foi desenvolvida por Jessica O’Toole e Amy Rardin, também roteiristas de “Jane the Virgin”. Com os cancelamentos de “Charmed” na CW e “Good Sam” na CBS, Urman ficou sem nenhuma série no ar nos EUA. A trama das bruxas ainda não exibiu seu último capítulo nos EUA. O final está marcado para 10 de junho. No Brasil, a série faz parte do catálogo da plataforma Globoplay, que por enquanto lançou apenas as três primeiras temporadas. Veja abaixo os trailers nacionais de cada temporada disponível.

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