Bilheteria | “Argylle – O Superespião” é fracasso de público e crítica
A comédia de ação “Argylle – O Superespião” implodiu nas bilheterias norte-americanas. A produção de alto orçamento dirigida por Matthew Vaughn (da franquia “Kingsman”) arrecadou apenas US$ 18 milhões em sua estreia em 3.605 cinemas. O filme, que teve um custo de produção entre US$ 200 milhões e US$ 250 milhões, também fracassou no mercado internacional, onde arrecadou US$ 17,3 milhões em 78 países, totalizando uma abertura global de US$ 35,3 milhões. Apesar dos números baixos, a superprodução conseguiu liderar as bilheterias no fim de semana devido à falta de concorrência significativa. Entretanto, foi massacrado por público e crítica, com 35% de aprovação pela imprensa, segundo o Rotten Tomatoes, e nota C+ na avaliação do CinemaScore, pesquisa feita com os espectadores na saída dos cinemas dos EUA. “Argylle” foi o terceiro lançamento cinematográfico convencional da Apple nos últimos meses, seguindo os passos de “Assassinos da Lua das Flores” de Martin Scorsese e “Napoleão” de Ridley Scott, todos com orçamentos superiores a US$ 200 milhões e todos fracassos de bilheteria. Apenas “Assassinos da Lua das Flores” agradou a crítica, obtendo 10 indicações ao Oscar – mas arrecadou apenas US$ 157,6 milhões globalmente. O resto do Top 5 Além de “Argylle”, os cinemas dos Estados Unidos registraram a estreia de uma edição especial da série “The Chosen”, que exibiu os três primeiros episódios da 4ª temporada no circuito cinematográfico. A iniciativa surpreendeu ao ocupar o 2º lugar nas bilheterias, com US$ 6,1 milhões de 2.260 telas. Em 3º lugar ficou “Beekeeper – Rede de Vingança”, que continua a apresentar um bom desempenho em sua quarta semana de projeção. O thriller de ação estrelado por Jason Statham arrecadou US$ 5,3 milhões, elevando seu total doméstico para US$ 49,4 milhões. Mas é internacionalmente que tem se saído melhor, com uma arrecadação de US$ 73,1 milhões, que totaliza US$ 122,5 milhões mundiais. “Wonka” ficou em 4º lugar, mesmo estando em sua oitava semana de exibição. O filme adicionou US$ 4,7 milhões e superou os US$ 200 milhões domésticos. Globalmente, o musical estrelado por Thimotée Chalamet já acumula impressionantes US$ 571,7 milhões, tornando-se a maior bilheteria da temporada de final de ano. Fechando o Top 5, “Patos!” arrecadou US$ 4,2 milhões em sua sétima semana em cartaz. A animação tem apresentado um desempenho consistente nas bilheterias norte-americanas, totalizando US$ 106,2 milhões. No cenário global, alcançou US$ 210 milhões, um resultado respeitável considerando seu orçamento de produção de US$ 70 milhões. O filme tem se beneficiado de uma estadia prolongada nos cinemas, garantindo rentabilidade em sua exibição teatral. Trailers Confira abaixo os trailers dos 5 filmes mais vistos nos EUA e Canadá no fim de semana. 1 | ARGYLLE – O SUPERESPIÃO 2 | THE CHOSEN 4 3 | BEEKEEPER – REDE DE VINGANÇA 4 | WONKA 5 | PATOS!
Bilheteria | Marvel e Apple amargam fracassos históricos de arrecadação
As bilheterias do fim de semana nos EUA e Canadá sacramentaram fracassos financeiros gigantescos de produções da Apple e da Marvel. “Napoleão”, de Ridley Scott, saiu do Top 5 em apenas duas semanas, marcando a segunda superprodução da Apple a capotar nas bilheterias nos últimos meses, após “Assassinos da Lua das Flores”, de Martin Scorsese. Ambos os filmes foram orçados acima de US$ 200 milhões e deixarão um rombo financeiro nas contas da empresa. O total do faturamento mundial de “Napoleão” é US$ 136,6 milhões. Ainda em cartaz, “Assassinos da Lua das Flores” aparece em 16º lugar após sete fins de semana, com um total de arrecadação mundial de US$ 154 milhões. Enquanto isso, “As Marvels” saiu do Top 10 após apenas quatro fins de semana, chegando a uma soma mundial de US$ 197 milhões neste domingo (3/12). Isso oficializa sua condição de pior bilheteria da história do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel), muito abaixo do vexame de “O Incrível Hulk”, que fez US$ 264,7 milhões em 2008. O detalhe é que o orçamento da produção de “As Marvels” chegou a US$ 274 milhões. O filme teria que render mais de US$ 700 milhões para se pagar.
Bilheteria | Novo “Jogos Vorazes” supera estreias de “Napoleão” e “Wish” nos EUA
“Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes”, prólogo da popular franquia de filmes dos anos 2010, liderou as bilheterias dos Estados Unidos durante o feriado de Ação de Graças, superando expectativas do mercado ao enfrentar grandes lançamentos rivais. Dirigido por Francis Lawrence, o filme arrecadou US$ 28,8 milhões no fim de semana, ultrapassando a nova animação da Disney, “Wish: O Poder dos Desejos”, e o épico “Napoleão”, que custou US$ 200 milhões. A produção da Lionsgate deve ultrapassar US$ 100 milhões no mercado doméstico e atingir o dobro, US$ 200 milhões, em todo o mundo até segunda-feira. Este desempenho em seus primeiros 10 dias de exibição é maior que o previsto, embora o filme tenha sido orçado em US$ 100 milhões. Novo fracasso da Disney Em contraste ao sucesso da Lionsgate, a crise da Disney parece não ter fim. Além do fracasso de “As Marvels”, o estúdio enfrenta uma enorme decepção com “Wish”. Vale apontar que o feriado de Ação de Graças é geralmente marcado por blockbusters animados, mas a nova produção da Disney arrecadou apenas US$ 19,5 milhões durante o fim de semana, ficando apenas com o 3º lugar na bilheteria doméstica. Lançado com antecedência na quarta (22/11), o filme soma US$ 31,7 milhões em cinco dias nos EUA e Canadá. O fracasso se manifesta diante das expectativas iniciais, que projetavam uma abertura de US$ 45 milhões a US$ 50 milhões. Os números só chegam nestes valores com a soma das bilheterias de outros países. “Wish” adicionou US$ 17,3 milhões do mercado internacional para totalizar uma estreia de US$ 49 milhões mundiais. A crise não é só de público. “Wish” teve somente 50% de aprovação da crítica, na análise do site Rotten Tomatoes. Ou seja, foi considerado bem pior que “As Marvels” (61%). O lançamento do desenho no Brasil só vai acontecer em 4 de janeiro. O desempenho de Napoleão Enquanto isso, “Napoleão” surpreendeu com uma arrecadação de US$ 20,4 milhões durante o fim de semana e US$ 32,5 milhões em cinco dias no mercado doméstico, ocupando o 2º lugar no ranking norte-americano. Globalmente, o filme faturou US$ 78,8 milhões, um resultado expressivo para um drama histórico adulto de duas horas e meia de projeção, e uma vitória significativa para as ambições cinematográficas da Apple, que produziu o longa-metragem de Ridley Scott. Entretanto, o filme estrelado por Joaquin Phoenix recebeu recebeu críticas medianas (61% no Rotten Tomatoes) e um B- no CinemaScore (avaliação do público), resultados idênticos aos de “As Marvels”. O resto do Top 5 Em 4º lugar, “Trolls 3: Juntos Novamente” teve uma arrecadação de US$ 17,5 milhões, muito próxima de “Wish”. Com isso, a animação da Illumination/Universal elevou seu total doméstico para US$ 64,5 milhões e já soma US$ 145 milhões globalmente. O filme que completa o Top 5 é o terror temático “Feriado Sangrento”, passado no Dia de Ação de Graças, que fez US$ 7,2 milhões em seu segundo fim de semana. Em dez dias, o terror soma US$ 24 milhões nos EUA, performance notável para uma produção orçada em apenas US$ 15 milhões. O longa de Joe Roth também é inédito no Brasil e sua estreia nacional está marcada pra 7 de dezembro. E “As Marvels”? Após três fins de semana em cartaz, o maior fiasco do Marvel Studios fez US$ 6,4 milhões e ficou em 6º lugar. Desde seu lançamento, a produção da Disney faturou só US$ 76,8 milhões nos EUA e Canadá, e US$ 188,8 milhões em todo o mundo. Vale lembrar que ela custou mais de US$ 270 milhões só para ser produzida (sem as despesas de divulgação e publicidade) e precisaria de pelo menos de US$ 800 milhões para começar a se pagar. A bilheteria total do feriado de Ação de Graças atingiu US$ 172 milhões, indicando uma recuperação gradual do setor cinematográfico nos EUA, embora ainda não tenha alcançado os níveis pré-pandemia. Trailers Confira abaixo os trailers dos 5 filmes mais vistos nos EUA e Canadá no fim de semana. 1 | JOGOS VORAZES: A CANTIGA DOS PÁSSAROS E DAS SERPENTES 2 | NAPOLEÃO 3 | WISH: O PODER DOS DESEJOS 4 | TROLLS 3: JUNTOS NOVAMENTE 5 | FERIADO SANGRENTO
Estreias | “Napoleão” e “Ó Pai, Ó 2” chegam aos cinemas
O épico “Napoleão” e a comédia brasileira “Ó Pai, Ó 2” são os principais lançamentos desta quinta (23/11) nos cinemas, chegando em 900 e 500 telas, respectivamente. Ambos enfrentam percalços. O longo filme de Ridley Scott recebeu críticas pouco entusiasmadas nos EUA. Já a produção estrelada por Lázaro Ramos enfrenta um suposto boicote de bolsonaristas. Ainda assim, tem uma das maiores estreias nacionais do ano – esgotou ingressos em Salvador. Apesar dos dois títulos serem as prioridades do circuito exibidor, a programação soma ao todo 10 estreias na semana. Confira abaixo todas as novidades. NAPOLEÃO O novo épico de Ridley Scott marca um reencontro com Joaquin Phoenix, 23 anos após “Gladiador”. O ator (hoje mais lembrado por “Coringa”) encarna Napoleão desde sua ascensão como jovem tenente, mostrando sua habilidade em navegar e manipular o cenário político e social da França revolucionária em sua caminhada para assumir o título de imperador. Mas embora concentre-se na trajetória política e militar, o longa também mergulha na relação tumultuada de Napoleão com a Imperatriz Josephine, interpretada por Vanessa Kirby (“Missão: Impossível – Acerto de Contas Parte Um”), numa dinâmica que oscila da paixão intensa a confrontos tempestuosos. Notável pela execução técnica, o filme apresenta cenas espetaculares de batalhas com uma combinação de som impactante e coreografia intrincada, capturando o caos e a precisão das estratégias de Napoleão. Os detalhes de figurino e design de produção meticulosamente elaborados são outros destaques da produção grandiosa. Mas todo esse apuro esbarra na opção do diretor em retratar um Napoleão caricatural, sujeito a pitis e frases infantis, que não parece fazer justiça ao papel histórico do personagem. Ele é apresentado como uma figura ambígua, capaz de estratégias geniais, mas que também demonstra enorme instabilidade emocional diante de desastres, como a lendária derrota em Waterloo. Além disso, a importância de Josephine é bastante minimizada, num retrato muito superficial da imperatriz. Os críticos franceses odiaram – chamaram o filme de “Barbie e Ken sob o Império”, indicando a artificialidade nas representações dos protagonistas, além de francófobo. Os críticos anglófilos acharam mais satisfatório. Basicamente, os 62% de aprovação no Rotten Tomatoes devem-se ao visual das batalhas. São seis ao todo, só que as mais de duas horas e meia de projeção garantem muitas cenas apressadas e cheias de imprecisões históricas entre elas. Vale lembrar que Scott ameaça lançar uma versão do diretor com quatro horas. Ó PAÍ, Ó 2 A aguardada continuação do filme de 2007, estrelado por Lázaro Ramos, traz de volta os personagens icônicos e o mundo colorido do Pelourinho, em Salvador. Quinze anos após os eventos originais, o longa reencontra o personagem Roque (Ramos) gravando uma música que ele acredita ser o próximo sucesso do verão. Contudo, a trama sobre uma guinada para um desafio comunitário: o bar de Neuzão (Tânia Tôko), um local querido e central para os moradores do cortiço, foi vendido para um comerciante devido a dívidas acumuladas. Com isso, Roque e outros moradores do cortiço – incluindo Yolanda (Lyu Arisson), Reginaldo (Érico Brás), Maria (Valdineia Soriano) e mãe Raimunda (Cássia Vale) – se mobilizam para organizar um evento em homenagem a Yemanjá, com o objetivo de arrecadar fundos suficientes para saldar as dívidas do bar e recuperá-lo. Paralelamente, Dona Joana (Luciana Souza), ainda atordoada pela perda de seus filhos Cosme e Damião, vagueia pelo Pelourinho, trazendo para casa jovens em situação de rua, num retrato da dor das mães pretas diante das tragédias urbanas. Ao contrário do primeiro longa que tinha uma atmosfera mais festiva, a continuação adota um tom mais sério e reflexivo, abordando temas como a luta coletiva, a resistência e os desafios enfrentados pela comunidade afro-brasileira. Equilibrando momentos de humor com uma análise crítica da realidade vivida pelos personagens, o filme de Viviane Ferreira (“O Dia de Jerusa”) representa um amadurecimento da narrativa original, misturando comédia com comentários sociais relevantes. Só que, ao ir além do entretenimento, “O Pai, Ó 2” provoca desafetos. Apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro lançaram uma campanha de boicote, sua terceira iniciativa do gênero contra o cinema brasileiro – curiosamente, todas visando obras protagonizadas por negros. “Marighella”, de Wagner Moura, virou a maior bilheteria brasileira de 2021, enquanto “Medida Provisória”, dirigido pelo próprio Lázaro Ramos, tornou-se a quarta maior bilheteria nacional do ano passado. Lançado uma semana antes em Salvador, “O Pai, Ó 2” esgotou todas suas sessões de pré-estreia na capital baiana. NÃO TEM VOLTA A comédia de ação brasileira coloca o romance de Manu Gavassi (“Maldivas”) e Rafael Infante (“Vai que Cola”) à prova de maneiras extremas. Após o término do relacionamento, Henrique (Infante), incapaz de superar a separação, contrata uma empresa de assassinos de aluguel para tirar sua própria vida. Contudo, as coisas tomam um rumo inesperado quando Gabriela (Gavassi) retorna e deseja reatar o namoro, levando Henrique a uma corrida contra o tempo para cancelar o contrato que assinou. Dirigido por César Rodrigues (“Lulli”) e escrito por Fernando Ceylão (“Dissonantes”), o filme mistura comédia, romance, ação e drama de uma forma que se destaca entre as comédias brasileiras, com bônus para a química entre Gavassi e Infante, ponto forte do filme. Ela interpreta uma mulher independente e focada em sua carreira, enquanto ele traz à vida um personagem que, apesar de suas falhas e inseguranças, evolui ao longo da trama. O humor não abusa de piadas forçadas, e as cenas de ação são bem integradas à história. Mas não se pode dizer que seja uma obra totalmente original. Cinéfilos devem lembrar da premissa muito parecida da comédia clássica francesa “Fabulosas Aventuras de um Playboy”, estrelada por Jean Paul Belmondo e Ursula Andress em 1965. O PEQUENO CORPO A estreia da diretora Laura Samani apresenta uma jornada emocionante e mística no nordeste da Itália no início do século 20. A protagonista Agata, interpretada pela impressionante Celeste Cescutti, enfrenta uma tragédia pessoal quando seu filho nasce morto. Dominada pelo desespero e contra os desejos do marido, Agata descobre uma igreja distante que, segundo rumores, pode conceder um fôlego de vida ao seu filho para um batismo salvador. Determinada, ela inicia uma jornada arriscada, enfrentando adversidades e encontrando personagens desafiadores, incluindo um homem trans que se torna seu companheiro de viagem. A narrativa mergulha em temas de folclore e misticismo, entrelaçados com a influência do catolicismo na região. A obra explora conceitos como redenção, superstição e autonomia feminina, tudo ambientado em um cenário marcado por tonalidades terrosas e uma abordagem de realismo mágico. O trabalho rendeu reconhecimento para Samani no prêmio David di Donatello (o Oscar italiano), como Melhor Diretora Estreante, e na premiação da Academia Europeia, como Descoberta da Crítica. CULPA E DESEJO A cineasta Catherine Breillat (“Uma Relação Delicada”) retorna ao cinema após uma década, ainda disposta a desafiar tabus e convenções sociais. Seu novo filme é uma versão francesa do premiado thriller dinamarquês “Rainha de Copas” (2019) e se concentra em Anne (Léa Drucker), uma advogada bem-sucedida especializada em casos de abuso sexual, que vive com seu marido rico (Olivier Rabourdin) e suas filhas adotivas gêmeas em uma casa idílica nos arredores de Paris. A chegada de Théo (Samuel Kircher), filho adolescente de um casamento anterior do marido, após ser expulso da escola, desencadeia uma tensão sedutora na casa, que evoluiu para algo proibido. Ela se envolve em um caso ilícito com o jovem problemático, ameaçando o refúgio burguês que construiu para si mesma. A adaptação tem uma abordagem mais sutil e reflexiva que os trabalhos mais polêmicos da diretora. Ainda assim, evita o moralismo convencional e o melodrama do filme original, não rotulando claramente nenhum dos personagens como vilão pedófilo ou vítima infantil desprovida de consentimento. Breillat opta por cenas de sexo mais longas e com closes nos rostos, destacando a linha tênue entre racionalidade e luxúria. A performance de Drucker é central para o filme, retratando Anne como uma mulher complexa, que oscila entre múltiplos aspectos de sua personalidade, e se torna aquilo contra o qual ela lutou profissionalmente. A obra é marcada por escolhas estilísticas que refletem a dualidade da personagem principal, incluindo a trilha sonora, com faixas de Kim Gordon, ex-integrante do Sonic Youth, que criam a imagem de uma mulher desafiadora. Embora esses elementos estabeleçam parcialmente o comportamento de Anne, o filme se destaca não apenas pelo seu tema provocativo, mas também pela maneira como explora a ambiguidade moral, as complexidades do desejo e do autoengano. DE VOLTA A CÓRSEGA A diretora e roteirista francesa Catherine Corsini, conhecida por seus dramas focados em personagens femininas, conta a história de uma mulher negra, Khedidja (interpretada por Aissatou Diallo Sagna), e suas duas filhas, Jessica (Suzy Bemba) e Farah (Esther Gohourou), que retornam à Córsega após eventos traumáticos do passado. A narrativa, ambientada em paisagens deslumbrantes, acompanha a chegada da família na ilha, onde Khedidja assume um emprego de verão como babá para um casal rico, interpretado por Virginie Ledoyen e Denis Podalydès. A trama se desenrola em torno dos desafios e descobertas das três mulheres da família. Jessica, agora uma jovem de 18 anos, se destaca nos estudos e recebe uma oferta para estudar em Paris, enquanto Farah, aos 15 anos, revela-se uma adolescente rebelde e hedonista. Ela se envolve em um conflito com um jovem racista na praia e adota uma postura vingativa que traz consequências inesperadas. Mas Jessica também arranja problemas, ao desenvolver uma relação sexual com Gaia (Lomane de Dietrich), a filha teimosa e independente dos empregadores de sua mãe. Para complicar, tensões emergem à medida que Jessica descobre mais sobre a história familiar, ocultações e mentiras de Khedidja, resultando em conflitos intensos entre mãe e filhas. A obra lida com temas como identidade, pertencimento e preconceitos enfrentados pelas mulheres negras na sociedade francesa, mas sem fazer disso o foco central da narrativa. Em vez disso, mostra uma família tentando superar uma perda e reconciliar-se com erros do passado, com um olhar introspectivo sobre suas lutas internas e os laços familiares, enriquecido pela bela cinematografia que realça a beleza natural da Córsega. MEU NOVO BRINQUEDO Remake da comédia francesa “Le Joet” de 1976, cuja história é mais conhecida por outro remake, o americano “O Brinquedo” (1982) com Richard Pryor, o filme conta a história de um Sami, vigia noturno pobre (interpretado por Jamel Debbouze), que muda completamente de vida quando é escolhido pelo filho de seu chefe, o homem mais rico da França (Daniel Auteuil), como seu novo “brinquedo” de aniversário. Ele aceita essa situação humilhante por necessidade financeira, já que sua esposa está grávida e enfrenta o desemprego. O filme explora temas como dignidade humana e a moralidade de vender-se pelo melhor preço, refletindo assim um aspecto político e social frequentemente presente no cinema francês, mesmo em comédias. O diretor James Huth (“Luke Lucky”) junta na produção dois dos atores mais renomados do cinema francês recente, Daniel Auteuil (“Belle Époque”) e Jamel Debbouze (“Asterix nos Jogos Olímpicos”), e também introduz reflexões sobre o impacto das mídias sociais na construção da imagem pública, um elemento moderno que diferencia o remake das versões anteriores. CASAMENTO GREGO 3 A comédia escrita, dirigida e estrelada por Nia Vardalos continua a saga da família Portokalos, iniciada com o sucesso surpreendente de “Meu Casamento Grego” há duas décadas. Neste terceiro filme, Toula (Vardalos) e sua família enfrentam a perda do patriarca Gus (Michael Constantine), e em sua homenagem viajam para a Grécia para visitar sua cidade natal. Ao longo da trama, são introduzidos diversos pequenos conflitos familiares, que rapidamente se resolvem, enquanto Toula, outrora o foco da franquia, se vê relegada a um papel secundário entre os demais Portokalos – incluindo a nova geração representada por sua filha, Paris (Elena Kampouris). Além de atuar, Vardalos assume pela primeira vez a direção da franquia, mas falha em manter a coesão narrativa e o charme do filme original – a produção independente mais-bem sucedida de todos os tempos. Embora tente explorar temas de união familiar e herança cultural, acaba se perdendo em clichês e soluções simplistas para...
Joaquin Phoenix é Napoleão em novo trailer da cinebiografia
A Sony divulgou diversos pôsteres internacionais e o novo trailer de “Napoleão”, em que Joaquin Phoenix (“Coringa”) vive Napoleão Bonaparte. Dirigido por Ridley Scott (“Casa Gucci”), o longa narra a ascenção rápida de Napoleão ao poder, vista através do seu relacionamento volátil com sua esposa, Joséphine, interpretada por Vanessa Kirby (“Pieces of a Woman”). A história retrata as famosas batalhas de Napoleão, sua ambição implacável e sua mente estratégica impressionante como líder militar e visionário da guerra. O roteiro de “Napoleão” foi escrito por David Scarpa, que também escreveu “Todo o Dinheiro do Mundo” (2017), dirigido por Scott. Mas há relatos de que, durante as filmagens, Joaquin Phoenix teria feito diversas alterações no roteiro para enriquecer a interpretação do personagem. O elenco ainda conta com Tahar Rahim (“O Mauritano”), Ben Miles (“Tetris”), Ludivine Sagnier (“Lupin”), Matthew Needham (“A Casa do Dragão”), Youssef Kerkour (“Uma Obsessão Desconhecida”), Phil Cornwell (“Song Machine: Machine Bitez”), Edouard Philipponnat (“The Runner”), Paul Rhys (“A Descoberta das Bruxas”) John Hollingworth (“O Gambito da Rainha”), Gavin Spokes (“Magic Mike – A Última Dança”) e Mark Bonnar (“Guilt”). A produção é uma parceria da Sony com a Apple e será lançada nos cinemas em 23 de novembro no Brasil, antes de chegar no streaming da Apple TV+.
“Deveria ter feito ‘Blade Runner 2′”, lamenta Ridley Scott
Em uma revelação surpreendente, o diretor Ridley Scott afirmou ter se arrependido de abrir mão de dirigir a sequência de “Blade Runner”. O cineasta, que dirigiu o original de 1982, chegou a ser anunciado pela Alcon Entertainment em 2011 à frente da continuação. No entanto, devido a um conflito de agenda, teve que se afastar das funções de diretor, permitindo que Denis Villeneuve assumisse “Blade Runner 2049”. “Não deveria ter que tomar essa decisão”, disse ele em entrevista à revista Empire nesta segunda-feira (7/8). “Eu deveria ter feito ‘Blade Runner 2′”. Em vez da sequência de “Blade Runner”, Scott dirigiu na mesma época “Alien: Covenant”, prólogo de outra franquia que ele lançou em 1979. Enquanto “Blade Runner 2049” teve repercussão positiva, “Alien: Covenant” dividiu a crítica. De volta ao futuro de “Blade Runner 2099” O assunto veio à tona porque o diretor está retornando ao futuro distópico que criou nos anos 1980 na série “Blade Runner 2099” da Amazon Studios. “Sou um dos produtores”, ele confirmou na entrevista. “Está tudo definido para se passar anos à frente [de ‘Blade Runner 2049’]. Para mim, circula a ideia do ‘Admirável Mundo Novo’ de Aldous Huxley”. A série foi mencionada pela primeira vez em novembro de 2021 pelo próprio Ridley Scott, que na ocasião deu poucos detalhes, mas mencionou que o piloto já estava completamente escrito. O primeiro “Blade Runner” é a adaptação de um conto do escritor Philip K. Dick e se passa numa Los Angeles distópica, onde humanos sintéticos de curta vida útil, conhecidos como replicantes, são criados para trabalhar em colônias espaciais. Quando um grupo de replicantes escapa de volta à Terra na esperança de “viver” mais, um policial (interpretado por Harrison Ford) aceita o trabalho de caçá-los e destruí-los. Já a sequência, “Blade Runner 2049”, acompanha um replicante (interpretado por Ryan Gosling) que descobre um segredo que ameaça desestabilizar a sociedade. O filme trouxe de volta o ator Harrison Ford e ainda contou com as adições de Ana de Armas (“Blonde”), Dave Bautista (“Guardiões da Galáxia”) e Jared Leto (“Esquadrão Suicida”). Criada por Silka Luisa (“Iluminadas”), que também vai produzir a atração, “Blade Runner 2099” vai se passar 50 anos após os eventos mostrados no segundo filme. A Amazon adquiriu a série em fevereiro deste ano, com Scott anexado como produtor executivo e com Jeremy Podeswa, diretor de “Game of Thrones”, contratado para comandar o primeiro episódio Entretanto, as gravações foram adiadas até a primavera norte-americana de 2024 devido à greve dos roteiristas e dos atores. Veja o trailer de “Blade Runner 2049”.
PETA denuncia maus-tratos de animais na produção de “Gladiador 2”
A organização PETA (Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) acusou a produção do novo longa “Gladiador 2”, dirigido por Ridley Scott, de maus-tratos de animais. As informações foram divulgadas pelo site TMZ, que publicou a carta aberta enviada pela ONG ao cineasta. Acusações de maus-tratos O documento assinado por Lauren Thomasson, uma das diretoras da PETA, destaca que cavalos e macacos estariam sendo submetidos a condições precárias durante as gravações em Malta. Denúncias anônimas relataram que os cavalos são expostos ao forte sol do verão, inclusive durante as pausas, o que teria levado um deles a sofrer problemas na perna devido ao calor e ao peso dos figurinos. Thomasson detalha: “O calor escaldante do verão e os trajes opressivos são uma mistura perigosa para os cavalos”. Além disso, a ONG demonstrou preocupação com a utilização de macacos nas filmagens. A PETA classificou a produção como “antiética”, ressaltando que os animais são “imprevisíveis”, com tendência a resolver problemas com violência, o que os leva a atacar e morder humanos. A ONG menciona ainda que esses animais costumam ser separados de suas mães ainda jovens para este tipo de trabalho. Em meio a essas denúncias, a PETA exige uma postura imediata de Ridley Scott e da equipe de produção de “Gladiador 2”. A ONG pediu o cancelamento dos planos de uso de animais no filme e aguarda uma resposta urgente do diretor. “Pedimos que você cancele imediatamente os planos de usar animais reais para o filme. Podemos por favor ouvir de você sobre esta questão imediatamente?”, questionou Thomasson na carta. A produção de “Gladiador 2” A sequência do filme de 2000 se passa 25 anos depois dos acontecimentos do primeiro filme e se concentra no filho do gladiador Maximus (papel de Crowe), que também é sobrinho do Imperador Commodus (Joaquin Phoenix). O personagem será vivido por Paul Mescal (“Aftersun”). Além da volta de Ridley Scott à direção, o elenco contará com os retornos de Connie Nielsen (“Mulher-Maravilha 1984”) como Lucilla, a mãe do novo protagonista, e Djimon Hounsou como Juba, um colega gladiador e ex-aliado de Maximus. A lista de astros da produção ainda inclui Denzel Washington (“A Tragédia de Macbeth”), Barry Keoghan (“Os Banshees de Inisherin”), Pedro Pascal (“The Last of Us”), Joseph Quinn (o Eddie de “Stranger Things”), May Calamawy (“Cavaleiro da Lua”), Lior Raz (“Fauda”), Derek Jacobi (“Assassinato no Expresso do Oriente”), Peter Mensah (“Spartacus”), Matt Lucas (“Doctor Who”) e Fred Hechinger (“The White Lotus”). Com roteiro de David Scarpa (“Todo o Dinheiro do Mundo”), o filme vai dar sequência aos eventos do blockbuster de 2000, que arrecadou mais de US$ 460 milhões nas bilheterias mundiais e foi indicado a 12 Oscars, vencendo cinco, incluindo Melhor Filme e Melhor Ator (Russell Crowe). A estreia está marcada para 21 de novembro de 2024 no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.
Joaquin Phoenix é Napoleão no trailer de nova cinebiografia
A Sony divulgou pôster e o primeiro trailer de “Napoleão”, em que Joaquin Phoenix (“Coringa”) vive Napoleão Bonaparte. Dirigido por Ridley Scott (“Casa Gucci”), o longa é uma visão original das origens de Napoleão e de sua ascensão rápida ao poder, vista através do seu relacionamento volátil com sua esposa, Joséphine, interpretada por Vanessa Kirby (“Pieces of a Woman”). A história retrata as famosas batalhas de Napoleão, sua ambição implacável e sua mente estratégica impressionante como líder militar e visionário da guerra. O roteiro de “Napoleão” foi escrito por David Scarpa, que também escreveu “Todo o Dinheiro do Mundo” (2017), dirigido por Scott. Mas há relatos de que, durante as filmagens, Joaquin Phoenix teria feito diversas alterações no roteiro para enriquecer a interpretação do personagem. O elenco ainda conta com Tahar Rahim (“O Mauritano”) como Paul Barras, Ben Miles (“Tetris”) como Caulaincourt, Ludivine Sagnier (“Lupin”) como Theresa Cabarrus, Matthew Needham (“A Casa do Dragão”) como Lucien Bonaparte, Youssef Kerkour (“Uma Obsessão Desconhecida”) como Marechal Davout, Phil Cornwell (“Song Machine: Machine Bitez”) como Sanson ‘O Carrasco’, Edouard Philipponnat (“The Runner”) como Tsar Alexander, Paul Rhys (“A Descoberta das Bruxas”) como Talleyrand, John Hollingworth (“O Gambito da Rainha”) como Marechal Ney, Gavin Spokes (“Magic Mike – A Última Dança”) como Moulins e Mark Bonnar (“Guilt”) como Jean-Andoche Junot. A produção é uma parceria da Sony com a Apple e será lançada nos cinemas em 22 de novembro, durante o feriadão americano de Ação de Graças, antes de chegar no streaming da Apple TV+.
Diretor anuncia final das filmagens do novo “Alien”
O diretor Fede Alvarez (“A Morte do Demônio”) anunciou no Instagram ter encerrado a filmagem do novo longa da franquia “Alien”, batizado de “Alien: Romulus”. “Hora de um charuto comemorativo, acabou!”, ele escreveu em inglês, ao lado de uma foto em que aparece sentado na porta de seu trailer de produção. Este é o quarto longa-metragem do cineasta uruguaio, e marca seu retorno depois de mais de cinco anos, desde que dirigiu “Millennium: A Garota na Teia de Aranha” (2018). Além de dirigir, Alvarez também assinou o roteiro com Rodo Sayagues, seu parceiro nos filmes “O Homem nas Trevas” (2016) e “A Morte do Demônio” (2013). Detalhes adicionais sobre a trama ainda estão sendo mantidos em segredo. No entanto, acredita-se que o filme seja “desconectado” dos anteriores. Personagens inéditos Fã da franquia icônica, Álvarez propôs sua ideia ao cineasta Ridley Scott há alguns anos durante uma conversa casual. Isso levou Scott a contatá-lo no ano passado para verificar se mantinha o interesse, e o projeto rapidamente ganhou forma. A 20th Century Studios embarcou no novo filme “Alien” graças à força da proposta de Álvarez, pois apresentava uma “história realmente boa com um monte de personagens que você nunca viu antes”, segundo o produtor Steve Asbell, da 20th Century. Ao contrário dos outros filmes que se concentraram em adultos em papéis corporativos, militares e científicos, o nono capítulo da franquia se concentrará em um grupo de jovens, o que fica evidente pela escalação do elenco, formado por Cailee Spaeny (“Jovens Bruxas: A Nova Irmandade”), Isabela Merced (a Dora aventureira de “Dora e a Cidade Perdida”), David Jonsson (“Industry”), Archie Renaux (“Sombra e Ossos”), Spike Fearn (“Conte Tudo para Mim”) e Aileen Wu (“Away from Home”). Eles devem se confrontar com a forma de vida mais aterrorizante do universo em um planeta distante. A franquia Alien Ao todo, a franquia “Alien” conta com seis filmes e mais dois derivados de “Alien vs. Predator” – todos disponíveis no catálogo da Star+. A lista inclui obras dirigidas por cineastas renomados, como James Cameron, David Fincher e Jean-Pierre Jeunet, em suas próprias versões dos monstros xenomorfos que o diretor Ridley Scott e roteirista Dan O’Bannon liberaram no universo em 1979. A última entrada na franquia foi “Alien: Covenant” de 2017, novamente dirigido por Ridley Scott. Apesar da expectativa, o “Alien” de Álvarez não é a única novidade no horizonte. Há ainda uma série de “Alien” atualmente sendo desenvolvida por Noah Hawley (criador de “Fargo” e “Legion”) para a plataforma Hulu/Star+. Originalmente também produzido para o streaming, “Alien: Romulus” vai chegar antes aos cinemas, com data prevista para 16 de agosto de 2024 nos EUA. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Fede Alvarez (@iamfedealvarez)
Russell Crowe não aguenta mais responder sobre “Gladiador 2”: “Deviam me pagar”
O consagrado ator Russell Crowe expressou seu descontentamento em relação às constantes perguntas que tem recebido sobre “Gladiador 2”, durante sua participação no Festival Internacional de Cinema de Karlovy Vary, na República Checa. Crowe, que estrelou o filme original em 2000, foi enfático ao declarar: “Eles deveriam me pagar pela quantidade de perguntas que eu recebo sobre um filme que eu nem faço parte”. Crowe continuou, insistindo que sua conexão com a franquia terminou devido ao destino de seu personagem no primeiro filme. “Não tem nada a ver comigo. Naquele mundo, estou morto. A sete palmos do chão”. Apesar de sua separação clara da franquia, Crowe admitiu um certo grau de inveja. “Admito ter um pouco de inveja”, disse ele, “porque me lembra de quando eu era mais jovem e o que [o filme original] significou na minha vida”. Apesar de se afastar da sequência, Crowe expressou confiança no sucesso do próximo filme, dada a participação do diretor Ridley Scott. “Não sei nada sobre o elenco, sobre a trama. Estou morto! Mas sei que se Ridley [Scott, diretor] decidiu fazer uma segunda parte da história mais de 20 anos depois, ele deve ter boas razões. Não consigo imaginar que esse filme seja nada além de espetacular”, enfatizou o ator. Durante sua presença no festival, Crowe aceitou um prêmio por contribuição excepcional ao cinema mundial e entreteve o público com várias anedotas – até mesmo durante a performance com sua banda Indoor Garden Party na cerimônia de abertura. O elenco de “Gladiador 2” A sequência do filme de 2000 se passa 25 anos depois dos acontecimentos do primeiro filme e se concentra no filho do gladiador Maximus (papel de Crowe), que também é sobrinho do Imperador Commodus (Joaquin Phoenix). O personagem será vivido por Paul Mescal (“Aftersun”). Além da volta de Ridley Scott à direção, o elenco contará com os retornos de Connie Nielsen (“Mulher-Maravilha 1984”) como Lucilla, a mãe do novo protagonista, e Djimon Hounsou como Juba, um colega gladiador e ex-aliado de Maximus. A lista de astros da produção ainda inclui Denzel Washington (“A Tragédia de Macbeth”), Barry Keoghan (“Os Banshees de Inisherin”), Pedro Pascal (“The Last of Us”), Joseph Quinn (o Eddie de “Stranger Things”), May Calamawy (“Cavaleiro da Lua”), Lior Raz (“Fauda”), Derek Jacobi (“Assassinato no Expresso do Oriente”), Peter Mensah (“Spartacus”), Matt Lucas (“Doctor Who”) e Fred Hechinger (“The White Lotus”). Com roteiro de David Scarpa (“Todo o Dinheiro do Mundo”), o filme vai dar sequência aos eventos do blockbuster de 2000, que arrecadou mais de US$ 460 milhões nas bilheterias mundiais e foi indicado a 12 Oscars, vencendo cinco, incluindo Melhor Filme e Melhor Ator (Russell Crowe). A estreia está marcada para 21 de novembro de 2024 no Brasil, um dia antes do lançamento nos EUA.
Cormac McCarthy, autor de “Onde os Fracos Não tem Vez”, morre aos 89 anos
Cormac McCarthy, escritor vencedor do Prêmio Pulitzer, que teve várias obras adaptadas para o cinema como “Onde os Fracos Não tem Vez” e “A Estrada”, faleceu nesta terça (13/6) em sua casa em Santa Fé, Novo México (EUA) aos 89 anos. McCarthy era famoso por sua prosa precisa e visão sombria da humanidade, bem como suas tramas violentas e rebeldia contra as aspas e ponto e vírgula, sendo celebrado como um dos principais autores americanos de seu tempo. “Ele é o grande pessimista da literatura americana, usando suas frases para iluminar um mundo em que quase tudo (inclusive a pontuação) já se transformou em pó”, escreveu um perfil de 2009 do jornal The Guardian. O legado literário Nascido Charles McCarthy em Providence, Rhode Island, o escritor foi casado três vezes e deixa dois filhos, além de um imenso legado na literatura americana. Dentre suas obras mais notáveis, destaca-se a “Trilogia da Fronteira” – composta por “Todos os Belos Cavalos” de 1992, “A Travessia” de 1994 e “Cidades da Planície” de 1998 – e sua tragédia pós-apocalíptica “A Estrada”, publicada em 2006. McCarthy recebeu o Prêmio Pulitzer de Ficção por este último livro perturbador sobre a jornada de um pai e seu filho por um mundo desolado. Seu estilo de escrita distintivo caracterizava-se por “frases simples e declarativas”, conforme o próprio autor. Ele nunca sentiu a necessidade de usar aspas quando seus personagens falavam. Sempre relutante em promover seu trabalho, o autor raramente promoveu sua própria obra, apesar do grande interesse do público. Ele deu poucas entrevistas e se manteve bastante isolado do mundo literário. Porém, a fama veio inevitavelmente com a adaptação de seus romances para o cinema, levando sua visão distinta para um público ainda mais amplo. Dos livros para as telas Sua primeira obra a ser adaptada para o cinema foi “Todos os Belos Cavalos”, que virou o filme “Espírito Selvagem” em 2000, dirigido por Billy Bob Thornton e estrelado por Matt Damon e Penélope Cruz. Em seguida veio seu título mais popular: “Onde os Velhos Não Tem Vez” virou o vencedor do Oscar “Onde os Fracos Não tem Vez”, dos irmãos Joel e Ethan Coen, vencedor das estatuetas de Melhor Filme, Direção, Roteiro Adaptado e Ator Coadjuvante (Javier Bardem). O sucesso do drama criminal dos irmãos Coen despertou o interesse nas obras do escritor, levando à adaptação do impactante “A Estrada” logo em seguida. Lançado em 2009, o filme do diretor John Hillcoat foi estrelado por Viggo Mortensen e venceu o Festival de Cinema do Amazonas, além de vários prêmios da crítica. Em uma reviravolta irônica, McCarthy revelou que originalmente concebeu “Onde os Velhos Não Tem Vez” como um roteiro, mas, após receber um feedback negativo, decidiu transformá-lo em um romance. Ele só foi escrever seu primeiro e único roteiro original para o cinema anos depois. O resultado foi “O Conselheiro do Crime”, com direção de Ridley Scott e um elenco grandioso – Penélope Cruz, Michael Fassbender, Javier Bardem e Cameron Diaz, entre outros – , que entretanto não agradou a crítica especializada. Ele também adaptou sua peça “The Sunset Limited” para o telefilme “Ao Limite do Suicídio” da HBO de 2011, estrelado por Tommy Lee Jones e Samuel L. Jackson, e ainda permitiu que James Franco cometesse a adaptação de seu terceiro livro, “Child of God” (lançado em 1973), num filme estrelado por Tim Blake Nelson em 2013. Última adaptação de sua obra McCarthy ainda aumentará a lista de obras transformadas em filme em breve. O diretor John Hillcoat, de “A Estrada”, está trabalhando na adaptação de “Meridiano de Sangue”, um romance notável por sua descrição explícita da violência no Oeste americano, o que sempre foi apontado como dificuldade para sua produção – o que já fez várias tentativas anteriores, de nomes notáveis como Ridley Scott, James Franco e Tommy Lee Jones, falharem. Publicado em 1985, o romance é amplamente considerado uma das maiores obras da literatura americana. Baseado em eventos históricos que ocorreram na fronteira entre Texas e México na década de 1850, o livro segue as fortunas de um jovem de 14 anos do Tennessee que tropeça em um mundo de pesadelos onde os índios estão sendo assassinados e o mercado para seus escalpos está prosperando, entre as muitas violências e depravações da colonização do Oeste dos EUA. O próprio Cormac McCarthy e seu filho, John, apoiaram a escolha de Hillcoat para fazer a adaptação e são creditados como produtores executivos no estúdio New Regency.
Acidente com fogo no set de “Gladiador 2” deixa seis feridos
Um acidente ocorrido durante a execução de uma cena envolvendo fogo no set do filme “Gladiador 2”, no Marrocos, resultou em queimaduras não fatais em seis membros da equipe, informou o estúdio Paramount Pictures nesta sexta-feira (9/6). O comunicado oficial não compartilhou detalhes sobre as causas do acidente, que aconteceu na quarta-feira (7/6). Mas, segundo informações locais, quatro dos seis membros da equipe envolvidos na fatalidade ainda estão hospitalizados, recebendo tratamento e em condição estável. “Durante a gravação de uma sequência planejada no set do ‘Gladiador 2’, ocorreu um acidente que resultou em lesões não fatais em vários membros da equipe”, disse o porta-voz da Paramount. “As equipes de segurança e serviços médicos no local puderam agir rapidamente, de forma que aqueles que foram impactados receberam atendimento necessário imediatamente. Todos estão em condição estável e continuam a receber tratamento. A saúde e segurança do elenco e da equipe são de extrema importância para nós e temos procedimentos rigorosos de saúde e segurança em todas as nossas produções. Continuaremos monitorando a situação e tomando todas as precauções necessárias à medida que retomamos a produção.” O incidente, inicialmente reportado como uma explosão pelo veículo britânico The Sun, aconteceu durante a execução de uma cena planejada. A reportagem do The Sun disse que “espectadores especularam que um cano de gás no set pode ter se rompido”. Também foi mencionado que a produção está ocorrendo em Ouarzazate, no Marrocos, onde as temperaturas podem chegar rotineiramente a 35 graus. O elenco da sequência de “Gladiador”, que voltará a ser dirigido por Ridley Scott, inclui Paul Mescal (“Aftersun”) no papel principal, além dos retornos de Connie Nielsen (“Mulher-Maravilha 1984”) como Lucilla, a irmã do imperador Commodus (papel de Joaquin Phoenix no filme original), e Djimon Hounsou como Juba, um colega gladiador e ex-aliado de Maximus (Russell Crowe no filme de 2000). O elenco grandioso ainda conta com Denzel Washington (“A Tragédia de Macbeth”), Barry Keoghan (“Os Banshees de Inisherin”), Pedro Pascal (“The Last of Us”), Joseph Quinn (o Eddie de “Stranger Things”), May Calamawy (“Cavaleiro da Lua”), Lior Raz (“Fauda”), Derek Jacobi (“Assassinato no Expresso do Oriente”), Peter Mensah (“Spartacus”), Matt Lucas (“Doctor Who”) e Fred Hechinger (“The White Lotus”). Com roteiro de David Scarpa (“Todo o Dinheiro do Mundo”), o filme vai dar sequência aos eventos do blockbuster de 2000, que arrecadou mais de US$ 460 milhões nas bilheterias mundiais e foi indicado a 12 Oscars, vencendo cinco, incluindo Melhor Filme e Melhor Ator (Russell Crowe). A Paramount definiu a data de lançamento da sequência, ainda sem título, para 22 de novembro de 2024 nos EUA.









