Conheça as 10 melhores séries do mês
A relação mensal dos melhores lançamentos tem o objetivo de dar perspectiva à quantidade de séries disponibilizadas todas as semanas e atualizar os espectadores sobre as produções que podem estar perdendo. Como ninguém consegue acompanhar a centena de temporadas novas de cada mês, a seleção destaca as 10 estreias que merecem mais atenção. A lista nem sempre premia os títulos mais populares, por isso pode servir também como indicações do que ver. O maior exemplo é “Rivais”, lançada sem maior divulgação pela Disney+, que surpreende como uma das melhores comédias britânicas dos últimos tempos. A lista também se despede de “Evil”, após quatro temporadas impecáveis e inclui várias continuações. Confira abaixo os detalhes e trailers de cada destaque do Top 10. RIVAIS | DISNEY+ A dramédia britânica de época adapta o best-seller homônimo de Jilly Cooper sobre os excessos e escândalos da elite em busca de poder na Inglaterra dos anos 1980. A produção de Dominic Treadwell-Collins (“A Very English Scandal”) e Alexander Lamb (“EastEnders”) tem como pano de fundo o mundo implacável da televisão independente britânica de 1986 e reúne um grande elenco, encabeçado por David Tennant (o melhor “Doctor Who”), Alex Hassell (o Translúcido de “The Boys”), Aidan Turner (o “Poldark”), Nafessa Williams (“Raio Negro”), Katherine Parkinson (“The IT Crowd”) e Bella Maclean (“Sex Education”). No centro da trama está Rupert Campbell-Black (Hassell), um carismático ex-atleta olímpico que se tornou deputado. Enquanto navega entre ambições partidárias e intrigas pessoais, ele cruza com Declan O’Hara (Turner) e Lord Tony Baddingham (Tennant), duas figuras influentes que não hesitam em usar a manipulação para atingir os seus objetivos. Neste universo elitista, alianças românticas, rivalidades políticas e jogos de poder moldam a vida dos protagonistas. EVIL 4 | GLOBOPLAY A Globoplay disponibilizou os últimos capítulos da série de terror criada pelo casal Robert e Michelle King (criadores também de “The Good Wife”), que fez o escritor Stephen King (não é parente) protestar e pedir mais episódios em agosto passado nos Estados Unidos. Elogiadíssima, a série tem 96% de aprovação da crítica no Rotten Tomatoes, com as duas últimas temporadas atingindo 100%. A trama acompanha um funcionário da Igreja Católica responsável por investigar possessões e milagres, que se alia a uma psicóloga forense para distinguir casos reais de surtos psicóticos, e a um empreiteiro encarregado de investigar tecnicamente os fenômenos. A cada episódio, eles são confrontados com casos sobrenaturais, demônios e tentações. Mike Colter (o “Luke Cage”) vive o homem da Igreja, a atriz holandesa Katja Herbers (a Emily de “Westworld”) interpreta a psicóloga e Aasif Mandvi (“The Brink”) é o investigador técnico dos fenômenos. O elenco ainda destaca Michael Emerson (“Person of Interest”) como um agente do Mal. Mesmo com o apoio da crítica e de fãs ilustres, a Paramount optou pelo cancelamento da série na 4ª temporada. O casal King conseguiu dar um final satisfatório para a trama, mas lamentou ter que se despedir dos personagens de forma precoce, devido à crise interna do estúdio, adquirido recentemente pela produtora Skydance. Disponibilizada em duas partes, a temporada final finalmente está completa e disponível no streaming. O PODER E A LEI 3 | NETFLIX A série jurídica produzida por David E. Kelley (“Little Big Lies”) acompanha o advogado Mickey Haller, interpretado por Manuel Garcia-Rulfo (“Esquadrão 6”), resolvendo casos a partir de seu escritório móvel no banco de trás de seu automóvel Lincoln, enquanto enfrenta casos de grande impacto em Los Angeles. Após os acontecimentos intensos do final da 2ª temporada, Haller se vê pressionado a resolver o assassinato de sua antiga cliente Gloria (Fiona Rene) e a entender por que a melhor amiga dela está sendo incriminada. Assim como nas temporadas anteriores, a nova fase é baseada em um romance do autor Michael Connelly. Desta vez, a trama é inspirada no livro “Os Deuses da Culpa”, quinto volume da série de livros de Mickey Haller. Na obra, Haller descobre que a vítima de um recente assassinato foi sua ex-cliente, uma prostituta que ele acreditava ter ajudado a sair de uma vida perigosa, apenas para descobrir que talvez tenha sido ele quem a colocou em perigo. A 3ª temporada traz de volta personagens já familiares para os fãs, como Lorna (Becky Newton), Cisco (Angus Sampson) e Izzy (Jazz Raycole). Além disso, novos personagens são apresentados, o que promete agitar ainda mais a trama. O retorno de Andrea Freeman (Yaya DaCosta) é um dos destaques, e ela desafiará Mickey com novas questões legais e estratégicas no tribunal. Neve Campbell, entretanto, terá uma participação menor como ex-esposa de Haller. Estreia na quinta (17/10). FALANDO A REAL 2 | APPLE TV+ A série de comédia traz Jason Segel (“How I Met Your Mother”) como um terapeuta deprimido, que se encontra em luto pela morte da esposa, e durante um surto começa a quebrar as regras e a dizer a seus pacientes exatamente o que pensa. Ignorando seu treinamento e ética, ele se vê fazendo grandes mudanças na vida das pessoas – incluindo na sua – para preocupação de seu mentor, vivido por Harrison Ford (“Indiana Jones e a Relíquia do Destino”), que também enfrenta seus próprios problemas, tendo sido recentemente diagnosticado com Parkinson. O elenco ainda conta com Christa Miller (“Scrubs”), Jessica Williams (“Love Life”), Michael Urie (“Um Crush para o Natal”), Luke Tennie (“Players”) e Lukita Maxwell (“Generation”). A atração foi criada por Bill Lawrence e Brett Goldstein, produtores de “Ted Lasso”, e pelo próprio Segel, e a equipe ainda conta com o cineasta James Ponsoldt, que dirige episódios após comandar Segel no drama “O Fim da Turnê” (2015). Já disponível. HEARTSTOPPER 3 | NETFLIX A série acompanha o romance do doce e inseguro Charlie (Joe Locke) e do popular jogador de rugby Nick (Kit Connor), estudantes que se conhecem e se apaixonam no colégio. Diferente das muitas histórias trágicas de amor gay, a produção, que adapta quadrinhos de Alice Oseman, apresenta sua trama como uma comédia romântica light onde tudo dá certo, transmitindo conforto, ternura e reforço de positividade para a tão atacada comunidade LGBTQIA+. Entretanto, os novos episódios capricham no melodrama. Não só a luta de saúde mental de Charlie está cobrando seu preço, como a situação é totalmente devastadora para seu namorado Nick. Em outros desenvolvimentos, a tentativa de Tao (William Gao) e Elle (Yasmin Finney) de praticarem contatos físicos desencadeia disforia, Isaac (Tobie Donovan) parece ter sido escalado para o papel de vela e Tara (Corinna Brown) sente a pressão de basicamente decidir todo o seu futuro aos 16 anos. Embora o enredo teen pareça estar mais maduro e profundo do que nunca, os novos episódios não fogem à receita de sempre resolver tudo com positividade e terminar com um final feliz. A adaptação é escrita pela própria Alice Oseman e o terceiro ano acrescenta Hayley Atwell (“Missão Impossível: Acerto de Contas”) ao elenco, como tia de Nick. Estreia na quinta (3/10). GROTESQUERIE | DISNEY+ A nova série de terror de Ryan Murphy, responsável por produções como “American Horror Story” e “Monstros – Irmãos Menendez: Assassinos dos Pais”, acompanha a investigação de uma série de crimes hediondos, que perturbam uma pequena comunidade. A detetive encarregada, Lois Tryon, acredita que os crimes sejam ataques pessoais, como se alguém — ou algo — estivesse zombando dela. Em casa, Lois enfrenta um relacionamento conturbado com sua filha, um marido em tratamento de longo prazo no hospital e seus próprios demônios internos. Sem pistas e sem saber a quem recorrer, ela aceita a ajuda de uma freira/jornalista do Catholic Guardian. A Irmã Megan, com seu passado difícil, já viu o pior da humanidade, mas ainda acredita em sua capacidade de fazer o bem. Lois, por outro lado, teme que o mundo esteja sucumbindo ao mal. À medida que Lois e a Irmã Megan juntam as pistas, elas se veem presas em uma teia sinistra que parece levantar mais perguntas do que respostas. A atriz Niecy Nash-Betts (“The Rookie: Feds”) vive a detetive policial e Micaela Diamond (“tick, tick…BOOM!”) interpreta a jornalista católica. O elenco cheio de famosos ainda inclui Courtney B. Vance (“Lovecraft Country”), Lesley Manville (“Trama Fantasma”), Tessa Ferrer (“Grey’s Anatomy”) e o jogador de futebol americano Travis Kelce, namorado de Taylor Swift. CITADEL: DIANA | PRIME VIDEO A primeira série derivada de “Citadel”, superprodução dos irmãos Joe e Anthony Russo (diretores de “Vingadores: Ultimato”), é a série italiana mais cara já produzida pela Amazon. Ambientada em uma Milão do futuro próximo, a história de ação se passa oito anos após a destruição da agência de espionagem Citadel pela rival Manticore. Matilda De Angelis (“As Leis de Lidia Poët”) vive a protagonista Diana Cavalieri, uma agente secreta da Citadel, que se infiltrou na Manticore há muitos anos e agora se encontra sem apoio ou saída, atrás das linhas inimigas. Ao encontrar uma oportunidade de fuga, Diana precisa confiar em Edo Zani, herdeiro do poder da Manticore (como filho do chefe da unidade italiana da agência). O elenco da série ainda inclui Lorenzo Cervasio (“DOC – Uma Nova Vida”), Maurizio Lombardi (“Ripley”), Julia Piaton (“Que Mal Eu Fiz a Deus”), Thekla Reuten (“Warrior Nun”), Daniele Paoloni (“Os Olhos Negros de Marilyn”), Bernhard Schütz (“Sense8”) e Filippo Nigro (“Suburra – A Série”). A produção esta a cargo dos irmãos Russo, a direção é de Arnaldo Catinari (“Suburra – A Série”) e os roteiristas são comandados por Alessandro Fabbri (“O Processo”). Estreia na quinta (10/10). DISCLAIMER* | APPLE TV+ A minissérie de suspense, criada e dirigida pelo cineasta Alfonso Cuarón (vencedor do Oscar por “Gravidade” e “Roma”), traz Cate Blanchett (“Tár”) atormentada por um segredo de um verão italiano de muitos anos atrás, que volta à tona em uma vingança literária. O projeto adapta o livro homônimo de Renee Knight, que gira em torno de Catherine Ravenscroft, uma jornalista investigativa devotada a revelar as transgressões ocultas de instituições respeitadas. Quando um romance escrito por um viúvo aparece em sua mesa de cabeceira, ela fica horrorizada ao perceber que a personagem principal é baseada nela e em seu segredo mais sombrio. Além de Cate Blanchett no papel da jornalista, o elenco destaca Kevin Kline (“Regresso ao Amor”) como o viúvo e mais Sacha Baron Cohen (“Borat”), Kodi Smit-McPhee (“Ataque dos Cães”), Louis Partridge (“Enola Holmes”), Lesley Manville (“The Crown”), Leila George (“Máquinas Mortais”) e a sul-coreana Hoyeon (“Round 6”). Estreia na sexta (11/8). TURMA DA MÔNICA: ORIGENS | GLOBOPLAY A nova série traz duas novidades para os fãs da Turma da Mônica: apresenta a origem dos personagens de Maurício de Sousa e ainda os mostra pela primeira vez na Terceira Idade. O gancho é uma reunião da Turma na casa da Mônica, que perdeu a memória devido a um acidente. No encontro, eles a ajudam a lembrar como se conheceram. A premissa cria muitas liberdades com os quadrinhos originais, forçando um primeiro encontro no hotel do bairro e a inclusão de Milena desde sempre na Turma, algo que nem os primeiros filmes fizeram. A versão veterana do grupo é interpretada por Malu Valle (Magali), Daniel Dantas (Cebolinha), Louise Cardoso (Mônica), Dhu Moraes (Milena) e Paulo Betti (Cascão), atores que, à exceção de Malu Valle, estão na faixa dos 70 anos de idade. Já a versão infantil traz intérpretes ainda mais novos que os integrantes dos primeiros filmes, a maioria com menos de 10 anos de idade. Giovanna Urbano vive Mônica, Felipe Rosa interpreta o Cebolinha, Manu Colombo dá vida a Magali, Bernardo Faria representa o Cascão e Sabrina Souza tem o papel da Milena. Além deles, o elenco também destaca Denise, a fofoqueira do bairro, interpretada por Mel Dutra. Adultos e crianças representam o terceiro e o quarto elenco da franquia. Além dos filmes “Laços” (2018), “Lições” (2021) e “Turma da Mônica: A Série” (2022), as adaptações de Mauricio de Sousa também introduziram intérpretes adolescentes em “Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo”, que estreou em janeiro passado. “Turma da Mônica: Origens” foi criada por Marina Maria Iório (criadora de “Turma...
Chico Bento mostra consciência ecológica no trailer de seu primeiro filme
Personagem dos quadrinhos quer salvar sua goiabeira favorita, que está na rota de construção de uma estrada
“O Astronauta” de Mauricio de Souza vira animação adulta. Veja o trailer
Série animada conta a origem do personagem de quadrinhos e estreia neste mês na Max
Filme do Chico Bento ganha primeiro trailer
A mais nova aventura no universo de Mauricio de Sousa traz o influenciador mirim Isaac Amendoim como o personagem dos quadrinhos
Turma da Mônica quebra tabu de Cascão para ajudar vítimas das chuvas no RS
A iniciativa do Instituto Maurício de Sousa emocionou os internautas que pediram para o novo quadrinho de Cascão na água virar uma histórinha para gibi
Mauricio de Sousa presta homenagem a Ziraldo
Os dois artistas eram amigos desde os anos 1960 e recentemente publicaram crossovers entre seus personagens mais famosos, Mônica e Menino Maluquinho
Ziraldo, criador do Menino Maluquinho, morre aos 91 anos
Da literatura infantil ao cartum político, o artista mineiro marcou a cultura do Brasil com sete décadas de obras inspiradas
R. F. Lucchetti, um dos mestres do terror brasileiro, morre aos 94 anos
O escritor publicou mais de mil livros, centenas de quadrinhos e roteirizou dezenas de filmes, inclusive do Zé do Caixão
Estreias | Programação de cinema destaca Turma da Mônica Jovem
O filme da “Turma da Mônica Jovem” é o maior lançamento desta quinta (18/1), ocupando o circuito amplo dos cinemas. Mas as telas também recebem filmes de terror, animação, catástrofe e drama da temporada do Oscar – com dois filmes portugueses no circuito de arte. Confira as estreias da semana. TURMA DA MÔNICA JOVEM – REFLEXOS DO MEDO A nova fase na franquia cinematográfica da Turma da Mônica introduz uma mudança significativa de elenco, equipe criativa e produção em relação às versões live-action anteriores. Recebendo hate desde a escalação, por substituir o elenco original amplamente aclamado, e sofrendo questionamentos precoces pela divulgação de trailers de qualidade duvidosa, o lançamento vem confirmar muitos dos temores dos fãs. Para começar, a trama complica a simplicidade dos primeiros lançamentos ao ser apresentada como uma história de terror (ao estilo “Scooby-Doo encontra os Feiticeiros de Waverly Place”), mas não usa o gênero para representar uma jornada de amadurecimento como “Laços” e “Lições”, embora houvesse uma possibilidade clara de explorar os medos/traumas associados à chegada à adolescência e à transição para o Ensino Médio. A história se desenrola no contexto do primeiro dia de aula do Ensino Médio, quando Mônica, Cebola, Magali, Cascão e Milena descobrem que o Museu do Limoeiro está ameaçado de ser leiloado. Determinados a impedir que isso aconteça, os amigos se unem para investigar os motivos por trás da situação e se deparam com segredos antigos e assustadores relacionados ao bairro. À medida que exploram esses mistérios, percebem que estão lidando com uma ameaça maior do que imaginavam, envolvendo elementos sobrenaturais. Há a intenção de abordar temas de terror e suspense, mas falhas técnicas e a falta de conexão entre os intérpretes impedem que a tentativa seja levada a sério. Complicador maior, a história traz uma Magali feiticeira. Embora seja uma característica que os leitores reconhecem dos gibis da versão jovem da Turma, o detalhe não deixa de ser um choque para o público que cresceu com os quadrinhos originais ou descobriu os personagens nos dois filmes recentes. E, no fundo, só serve para tornar a produção mais próxima de um “Detetives do Prédio Azul Jovem”. Por sinal, esse é o grande paradoxo da “Turma da Mônica Jovem”: embora o elenco seja mais velho, o filme é mais infantil, sem o mesmo apelo universal para todas as idades dos anteriores. A direção é de Maurício Eça (“A Menina Que Matou os Pais”), o papel de Mônica é feito pela atriz Sophia Valverde (“As Aventuras de Poliana”) e o grande elenco – com personagens demais – ainda destaca Xande Valois (“Um Tio Quase Perfeito”) como Cebola, Bianca Paiva (“Chiquititas”) como Magali, Theo Salomão (“Escola de Gênios”) como Cascão e Carol Roberto (“The Voice Kids”) como Milena. MEU AMIGO ROBÔ A animação sem diálogos é uma fantasia gentilmente excêntrica, ambientada numa versão animada da Nova York dos anos 1980, povoada exclusivamente por animais antropomórficos e robôs surpreendentemente sensíveis. Esta narrativa, que dispensa falas em favor de uma narrativa visual expressiva, é baseada na graphic novel de 2007 de Sara Varon, que originalmente tinha um público-alvo jovem. O filme de Berger, no entanto, mergulha em nostalgia pela Nova York da era Reagan, apelando para um público mais amplo e difícil de definir. Apesar de adequado para crianças, o subtexto incidente e a atmosfera de melancolia podem confundir os mais jovens. Premiado no Annie Awards 2023 (o Oscar da animação) como Melhor Filme Independente, a obra do espanhol Pablo Berger (da versão muda de “Branca de Neve”) explora a relação entre dois personagens principais, um cão e um robô, que vivem uma amizade caracterizada por um companheirismo potencialmente queer, mas mantido em castidade. A história segue o cão, vivendo uma vida solitária no East Village, cuja rotina é interrompida ao montar um robô de um kit que ele compra, inspirado por um infomercial. A amizade entre o cão e o robô floresce através de atividades compartilhadas, como passeios turísticos e patinação no Central Park, ao som de “September” de Earth, Wind and Fire. No entanto, a separação inevitável ocorre quando o companheiro mecânico enferruja após um dia na praia, forçando o cão a enfrentar o inverno sozinho, enquanto o robô se deteriora, sonhando com um reencontro. “Meu Amigo Robô” aborda temas de amor, perda e amizade, sugerindo que relacionamentos finitos não são necessariamente fracassados. A narrativa comovente também se destaca por suas referências visuais inteligentes aos anos 1980 e à vida nas ruas de Nova York, explorando as alegrias e tristezas da vida urbana e a busca por conexão em um mundo frequentemente indiferente. MERGULHO NOTURNO Embora não seja adaptação de um conto de Stephen King, o terror compartilha das características tradicionais das obras do autor, confrontando americanos comuns com o sobrenatural. Na trama, o casal formado por Wyatt Russell (“O Falcão e o Soldado Invernal”) e Kerry Condon (de “Os Banshees de Inisherin”) se muda com a filha adolescente (Amelie Hoeferle, de “Jogos Vorazes: A Cantiga dos Pássaros e das Serpentes”) e o filho caçula (Gavin Warren, de “Fear the Walking Dead”) para uma nova casa, apenas para descobrir que a piscina do quintal é assombrada por espíritos malévolos. A produção da Blumhouse/Atomic Monster expande a história de um aclamado curta-metragem homônimo de 2014, de Rod Blackhurst e Bryce McGuire. A direção é do próprio McGuire, que faz sua estreia em longas e, desde o início, estabelece um clima de suspense e tensão. No entanto, a ampliação da história para o formato de longa-metragem enfrenta desafios. Embora comece de forma promissora, o desenvolvimento da história se depara com complicações em seu roteiro e mitologia, tornando-se vítima de uma narrativa excessivamente elaborada. O que é bizarro diante de uma premissa que se resume, basicamente, a duas palavras: piscina assombrada. SOBREVIVENTES – DEPOIS DO TERREMOTO O candidato da Coreia do Sul ao Oscar 2004 traz novas perspectivas para o cinema de catástrofe. A ação se passa em Seul após um terremoto devastador, quando um único edifício permanece em pé, cercado por escombros. A escassez de alimentos e água logo se torna um problema para os moradores sobreviventes, incluindo Min-sung (Park Seo-joon, de “A Criatura de Gyeongseong”), um jovem servidor público, e sua esposa (Park Bo-young, de “Uma Dose Diária de Sol”). A narrativa não se concentra apenas no drama de sobrevivência, mas também examina questões morais complexas. Young-tak (Lee Byung-hun, de “Round 6”), um homem corajoso, é eleito líder pelos moradores e toma decisões difíceis, incluindo a expulsão violenta dos refugiados que buscam abrigo. E assim, o que começa como um microcosmo funcional e igualitário, logo se transforma rapidamente em um estado fascista, evidenciando tensões sociais e políticas. A produção é adaptação de um webtoon (quadrinhos online) de Kim Soong-Nyung, que examina a complexidade moral em tempos de crise e desafia o público a refletir sobre a natureza humana e as escolhas feitas em circunstâncias extremas. A direção é de Um Tae-hwa (“Desaparecimento: O Garoto que Retornou”). SEGREDOS DE UM ESCÂNDALO O novo drama de Todd Haynes (“Carol”) é baseado num fato real, mas se apresenta com uma abordagem original e intensa. Estrelado por Natalie Portman (“Thor: Amor e Trovão”) e Julianne Moore (“Kingsman: O Círculo Dourado”), o filme é marcado por personagens moralmente ambíguos, com o objetivo de criar desconforto proposital. A trama segue uma atriz (Portman) que viaja até a Georgia para estudar a vida de uma mulher da vida real (Moore), que ela vai interpretar em um filme biográfico. A personagem de Moore era uma mulher casada que teve um romance com um adolescente de 13 anos, foi presa e após cumprir a pena judicial se casou com o jovem, vivido por Charles Melton (de “Riverdale”). Mas nem duas décadas de distância e uma vida discreta nos subúrbios fizeram o escândalo ser esquecido. E com sua vida revirada pela estranha em sua casa, questões do casal, até então adormecidas, começam a vir à tona. Na sua busca para compreender Gracie, Elizabeth ultrapassa os limites entre curiosidade e invasão, enquanto seu objeto de estudo se mostra defensiva e complexa. Nesse jogo, o filme cria uma atmosfera tensa e estranha, salpicada por um humor sutilmente obsceno, que dialoga com seu tema tabu. A tensão é equilibrada por elementos cômicos, tornando possível arrancar risadas pela audácia da trama. Mas não se trata de uma obra fácil, especialmente para quem evita mergulhar em narrativas sobre indivíduos terríveis. Ousado em sua temática e na construção dos personagens, “Segredos de um Escândalo” traz os atores entregando performances habilidosas e desconcertantes, que resulta numa experiência que pode ser profundamente perturbadora, mas também extasiante para os cinéfilos. O NATAL DO BRUNO ALEIXO Bruno Aleixo é uma mistura de urso de pelúcia e cão, com um toque visual que lembra um Ewok do universo “Star Wars”. Seu um humor peculiar, rabugento e irônico ganhou notoriedade com uma série de vídeos na internet e se popularizou com “O Programa do Aleixo”, lançado na TV portuguesa em 2008. Desde então, Aleixo ganhou vários spin-offs online e participações em outros programas, que fizeram crescer seus coadjuvantes e o tornaram um fenômeno pop em Portugal. O personagem foi criado por João Moreira, Pedro Santo e João Pombeiro. Os dois primeiros assinam seu segundo longa – depois de “O Filme do Bruno Aleixo” (2019) – que chega ao Brasil fora de época, devido à temática natalina. A produção narra as recordações de Natais passados de Bruno Aleixo após um acidente de carro que o deixa em coma – entre as memórias, destaca-se um Natal passado na casa de sua avó brasileira. A trama acaba por recontar o tradicional conto de Natal de Charles Dickens de forma original, utilizando diferentes estilos de animação para cada segmento. Essa abordagem criativa oferece ritmos e tonalidades variadas à narrativa. Apesar de ser um pouco ofuscado pelo sucesso de seu antecessor, a produção foi uma das comédias portuguesas mais destacadas de 2022. MAL VIVER O drama do português João Canijo (“Sangue do Meu Sangue”) forma um díptico com “Viver Mal”, ambos ambientados em um hotel. Enquanto a outra obra se foca nos hóspedes, o lançamento atual se concentra na equipe, principalmente nas relações femininas em deterioração. O enredo envolve a gerente do hotel, Piedade (Anabela Moreira), sua mãe Sara (Rita Blanco), dona do estabelecimento, e a filha de Piedade, Salomé (Madalena Almeida), que retorna inesperadamente após a morte de seu pai. Completando o elenco, estão Raquel (Clei Almeida), prima e empregada, em um relacionamento complicado com Angela (Vera Barreto), a fiel governanta e cozinheira. A trama explora as tensões familiares e profissionais, que se misturam no local visivelmente desgastado e em dificuldades financeiras, criando um efeito trágico, com personagens femininas refletindo sobre suas vidas em meio a um ambiente de hostilidade, tristeza e desafeto. Venceu o Prêmio do Júri do último Festival de Berlim.
Por que o filme da “Turma da Mônica Jovem” tem elenco diferente?
O sucesso dos primeiros filmes e da série da “Turma da Mônica” deixou muitos fãs revoltados com a troca de intérpretes para a produção do longa da “Turma da Mônica Jovem”, a ponto de render uma petição online. Com o título de “Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo”, a produção estreia nesta quinta (18/1) no Brasil. Por ironia, as reclamações foram resultado do grande acerto na escalação dos atores das primeiros adaptações live-action dos quadrinhos de Mauricio de Sousa. O público se apaixonou por Giulia Benite (Mônica), Kevin Vechiatto (Cebolinha), Laura Rauseo (Magali) e Gabriel Moreira (Cascão). Com isso, sobrou hate para seus substitutos. Até Sophia Valverde, que protagonizou as novelas de Poliana do SBT, sofreu rejeição. Mas se o elenco original foi um sucesso, por que mudaram a escalação? Ainda mais que “Turma da Mônica Jovem” reflete a passagem do tempo e mostra os personagens no começo da adolescência, idade atual dos intérpretes originais. Existe uma resposta oficial. O produtor-executivo de audiovisual da Mauricio de Sousa Produções (MSP), Marcos Saraiva, revelou, em entrevista à Folha de São Paulo no ano passado, que o elenco foi alterado por conta de uma série de fatores, sendo dois deles a idade dos personagens e os direitos de adaptação de obra, apontando que “Turma da Mônica” e a “Turma da Mônica Jovem” são propriedades diferentes. A desculpa da idade dos personagens não cola, porque Giulia Benite está com 15 anos, exatamente a idade da Mônica em sua versão Jovem. Sophia Valverde, ao contrário, terá que fingir ser mais nova no filme, por ter atingido 18 anos. O restante da turma traz Xande Valois (“Um Tio Quase Perfeito”) como Cebola, Bianca Paiva (“Chiquititas”) como Magali, Theo Salomão (“Escola de Gênios”) como Cascão e Carol Roberto (“The Voice Kids”) como Milena – com idades variando entre 18 e 19 anos. Siga o dinheiro Já a questão dos direitos de adaptação traz à tona um ponto interessante. Afinal, ambas as publicações são originárias da MSP. Mas basta ver quem produziu os filmes para reparar que a empresa cometeu o mesmo erro de iniciante da Marvel. Visando obter mais dinheiro, a MSP negociou “Turma da Mônica” e “Turma da Mônica Jovem” com estúdios diferentes – como a Marvel fez com os X-Men e o Homem-Aranha, antes de assumir suas próprias produções. Os filmes da “Turma da Mônica” tiveram parceria com a Paramount, Globo Filmes, Paris Filmes e outras empresas, incluindo Quintal e Biônica Filmes, enquanto “Turma da Mônica Jovem” vem pela Sony e outros parceiros, como Bronze Filmes, BeBossa Entertainment e Imagem Filmes. Empresas completamente diferentes. Curiosamente, Marcos Saraiva disse à Folha que o estúdio não queria repetir o “erro” da Marvel, vinculando protagonistas aos mesmos atores, como em “Os Vingadores”, e apontando que os cachês sobem conforme os artistas se tornam famosos. Eles ainda poderiam se recusar a voltar aos papéis. É por isso, por sinal, que a Marvel fecha contratos para até seis filmes quando define os protagonistas – seria um “acerto” da Marvel, então? Ou seja, para não cometer um “erro” da Marvel, a MSP cometeu outro. A leitura que se pode fazer desse negócio é que houve pressa – não é possível saber se o pagamento pelos direitos foi antecipado no fechamento do contrato. E também subestimou-se a possibilidade de sucesso continuado do elenco dos filmes originais, já que o filme da “Turma da Mônica Jovem” só saiu do papel após dois longas e uma série, tempo suficiente para o elenco da “Turma da Mônica” atingir a idade certa para estrelá-lo. Outro detalhe é que a MSP adiantou planos para fazer uma trilogia da “Turma da Mônica Jovem”. Só que o novo elenco escalado já está mais velho que os personagens no filme inicial. Se os lançamentos refletirem o espaçamento de dois anos, que ocorreu entre “Laços” e Lições”, Sophia Valverde terá 22 no último longa, idade de formatura na faculdade – e ela é uma das mais novas desse casting. A Mônica jovem ainda está no Ensino Médio nos gibis de Mauricio. Entretanto, as mudanças não se resumem ao elenco. Envolvem toda a equipe de produção, incluindo direção e roteiro, e até a própria abordagem da franquia, que deixa de lado o foco principal na jornada de amadurecimento para contar uma história mais convencional, com elementos sobrenaturais. A estreia de “Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo” nos cinemas nesta quinta (17/1) permitirá ver pra valer a reação do público diante de tantas diferenças. O lado positivo para a MSP – e seus novos parceiros – é que a franquia é tão famosa que pode originar mais um sucesso.
Rafael Grampá faz história como primeiro brasileiro a roteirizar Batman
Rafael Grampá, conhecido artista de quadrinhos, acaba de alcançar um marco inédito, ao se tornar o primeiro brasileiro a assinar como roteirista uma série do Batman para a DC Comics. Intitulada “Batman: A Gárgula de Gotham”, a obra recém-lançada estreou no topo de vendas nos Estados Unidos, Brasil e diversos países europeus com seu primeiro volume. Trajetória de Grampá Conhecido por sua abordagem única, Grampá iniciou sua carreira como diretor de arte da RBS, afiliada da TV Globo no Rio Grande do Sul, antes de conquistar o mundo dos quadrinhos. Ele ganhou destaque internacional em 2008 com sua criação original “Mesmo Delivery” e acabou contratado pela DC, onde se tornou artista de obras como “Batman: Black & White” e “The Dark Knight Returns: The Golden Child”, onde colaborou com a lenda dos quadrinhos Frank Miller. O quadrinista também tem uma parceria de destaque com o ator Keanu Reeves, com quem criou os quadrinhos de “BRZRKR”. A Gárgula de Gotham Ele se diz influenciado por Frank Miller, com quem trabalhou pela primeira vez há cinco anos, e agora o ídolo colabora com o fã, ilustrando capas alternativas para o lançamento de Grampá. Escrita e desenhada por Grampá, a minissérie “Batman: A Gárgula de Gotham” apresenta um Bruce Wayne jovem e repleto de conflitos internos, que decide abandonar sua vida pessoal para que o Batman possa cumprir sua vingança. “Bruce se tornou Batman ao jurar vingança pelos parentes mortos e, quando essa crença se tornou um presságio, reconheci ali uma história não contada”, disse Grampá. A relação entre Batman e seu mordomo Alfred também é revisitada, com Alfred assumindo um papel mais tecnológico na proteção de seu pupilo. Além disso, nas artes, alguns quadrinhos evocam a cidade de São Paulo, cumprindo papel de cenário para Gotham City. A obra é publicada pelo selo Black Label da DC Comics, voltado para um público mais maduro e sem relação com a cronologia oficial dos quadrinhos de super-heróis da editora. Veja abaixo os trailers do lançamento, que trazem até uma “história de origem” do próprio Grampá. A lifetime of creative inspiration is realized in Rafael Grampá's visionary DC Black Label series, BATMAN: GARGOYLE OF GOTHAM. Get issue #1 on Batman Day, September 16. pic.twitter.com/PIJR7BfQQw — Batman (@Batman) August 11, 2023 When you chase your own shadow… it leads you to the abyss. BATMAN: GARGOYLE OF GOTHAM #1, written and drawn by Rafael Grampá, is available now. pic.twitter.com/emgIJh2szC — Batman (@Batman) September 18, 2023
Atrizes da “Turma da Mônica” recriam meme famoso do Homem-Aranha
Os fãs da Turma da Mônica foram presenteados com um encontro inusitado, direto do multiverso da MSP (Mauricio de Sousa Produções). Mônica Sousa, filha de Mauricio e inspiração para a personagem dos quadrinhos, Giulia Benite, que interpretou a Mônica criança no cinema, e Sophia Valverde, que será a Mônica adolescente em uma futura produção, se reuniram durante as gravações do “Circo da Turma da Mônica”. Este evento vai comemorar o aniversário de 60 anos da protagonista dos quadrinhos de Mauricio. Numa imagem compartilhada nas redes sociais, as três “versões” de Mônica recriaram o famoso meme do desenho do Homem-Aranha, que foi recriado pelos atores Tom Holland, Tobey Maguire e Andrew Garfield em “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa” (2021). A Mônica nas Telonas Giulia Benite fez sua estreia como Mônica no filme “Turma da Mônica: Laços”, lançado em 2019. A atriz reprisou o papel em “Turma da Mônica: Lições”, que foi exibido em 2021, e na atração “Turma da Mônica: A Série”, lançada no ano passado na Globoplay. Giulia conseguiu captar a essência da personagem, conquistando tanto a nova geração de fãs quanto os fãs de longa data da “Turma da Mônica”. Sophia Valverde, por sua vez, irá interpretar a Mônica adolescente na vindoura produção “Turma da Mônica Jovem: Reflexos do Medo”. Há uma grande expectativa em torno de sua performance, dada a popularidade que a versão jovem da personagem conquistou entre o público. Com direção de Maurício Eça (“Carrossel: O Filme” e “A Menina que Matou os Pais”), o filme da “Turma da Mônica Jovem” ainda não teve sua data de estreia divulgada. As minhas mães aqui ó 🥲 Na gravação do Circo da Turma da Mônica em homenagem aos 60 anos da personagem! ❤️ #Monica60 pic.twitter.com/IHcHNwZHGv — Turma da Mônica (@TurmadaMonica) June 19, 2023










