Câmara dos Deputados cria Lei Larissa Manoela
Inspirada no caso da atriz, proposta classifica como abusiva a apropriação indevida de bens de menores
MC Binn se revolta com projeto de lei contra doação de alimentos: “Desrespeito ao ser humano”
Funkeiro ficou indignado com a proposta que prevê multa de R$ 17,6 mil para ajuda humanitária, aprovada em primeira votação na Câmara de São Paulo
Luciano Huck critica PL do aborto no Domingão: “Profunda indignação”
Apresentador chama projeto de "cruel para as mulheres" e pede intervenção de Arthur Lira
Mais de 100 entidades defendem lei do streaming, atacada por fake news bolsonaristas
Chamada de "PL da Globo" por políticos da direita, projeto de lei é fundamental para a produção de filmes e séries brasileiras
Impacto de “Bebê Rena” leva governo britânico a ampliar leis de proteção de privacidade
Projeto de Lei do Reino Unido sobre retratação de pessoas reais em obras de streaming abre caminho para processo da verdadeira "Martha"
Maria Gadú anuncia casamento lésbico em protesto contra PL que tira direitos LGBTQIA+
A cantora Maria Gadú anunciou seu casamento com a namorada Ana Paula Popi nesta terça (10/10), após a Comissão da Família da Câmara dos Deputados aprovar um projeto de lei que acaba com o casamento entre pessoas do mesmo sexo. O anúncio foi feito nesta terça-feira (10/10) por meio das redes sociais da cantora. Em uma publicação no Instagram, Gadú compartilhou uma foto beijando Popi e criticou os parlamentares que votaram a favor da proposta. “Cuidem da vida de vocês. Cuidem das famílias de vocês. Bando de machos escrotos querendo ditar sobre vidas. Sempre. Abandonam suas filhas e filhos e ainda têm a PACHORRA de se acharem no direito de decidir sobre o amor alheio. NÃO PASSARÃO. Vamos nos casar, vamos criar e amar nossas crianças e vocês vão ser SEMPRE os imbecis que inventaram o pecado. Nós dizemos SIM ao casamento, SIM à maternidade, SIM ao amor”, escreveu Gadú. O projeto de lei recebeu 12 votos favoráveis e cinco contrários na Comissão de Seguridade Social e Família. Ainda precisa ser analisado pela Comissão de Direitos Humanos e pela Comissão de Constituição e Justiça, que devem derrubá-lo antes que seja votado no plenário da Câmara. Além de inconstitucional, o projeto de lei pode motivar ações na Justiça contra seus proponentes e apoiadores, enquadrados por crime de homofobia – equiparado a racismo pelo STF. Gadú e Popi assumiram o relacionamento em 2021, após o término do casamento de oito anos da cantora com Lua Leça. Ana Paula Popi é artista plástica e ativista pelos direitos LGBTQIA+. O casal já reside junto em São Paulo e tem planos de ter filhos. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por || m a r i a g a d ú || (@mariagadu)
Mãe de Paulo Gustavo diz que políticos que querem proibir casamento gay são homofóbicos
Déa Lúcia Amaral, a mãe de Paulo Gustavo (1978-2021), manifestou sua revolta nesta sexta-feira (15/9) contra um projeto de lei que tenta proibir a união civil entre pessoas LGBTQIAPN+. “Dissolução do casamento homoafetivo?????? Deputados se valem da imunidade parlamentar e cometem crime de homofobia”, ela escreveu na legenda de uma foto tirada no casamento do humorista com o marido, Thales Bretas. Projeto de Lei O documento original foi apresentado pelo falecido deputado federal Clodovil Hernandes (1937-2009), em 2007, mas sofreu mudanças. Na época, o político propunha uma mudança no Código Civil para prever a possibilidade de união de duas pessoas do mesmo sexo por meio de um contrato sobre suas relações patrimoniais. No entanto, o deputado Pastor Eurico trocou o texto, adotando sugestão dos ex-deputados Paes de Lira e Capitão Assumção para que a lei representasse o oposto do desejado. O novo texto diz que “nenhuma relação entre pessoas do mesmo sexo pode equiparar-se ao casamento ou a entidade familiar”. Os dois ex-deputados tentaram justificar o projeto com um argumento realmente homofóbico, de que “aprovar o casamento homossexual é negar a maneira pela qual todos os homens nascem neste mundo, e, também, é atentar contra a existência da própria espécie humana”. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Déa Lúcia Amaral (@dealucia66)
Lei Taylor Swift: Ações de cambistas inspiram projetos de lei
A passagem de Taylor Swift pelo Brasil está reunindo uma série de acontecimentos atípicos, desde filas quilométricas para compra de ingressos até uma guerra travada entre os fãs da cantora contra os cambistas. Diante da situação preocupante, a deputada federal Simone Marquetto (MDB-SP), coordenadora da bancada paulista da Câmara, apresentou um projeto de lei para inibir as ações violentas dos cambistas. Apelidado de “Lei Taylor Swift”, o projeto planeja criminalizar a venda de ingressos por cambistas, como uma forma de proteger a economia e assegurar a legalidade nos eventos que acontecem no Brasil. A proposta de lei prevê uma pena de um a quatro anos de reclusão, além de multa correspondente a 100 vezes o valor dos ingressos anunciados ou apreendidos pelas autoridades. “Para adquirir os ingressos, os consumidores poderiam dirigir-se aos pontos físicos de venda ou utilizar o site oficial do organizador”, disse ao Metrópolis. “No entanto, os fãs alegam que revendedores não autorizados adquiriram uma grande quantidade de ingressos, impossibilitando a compra pelos demais consumidores”, continuou. “Há relatos de que esses ingressos estariam sendo revendidos em sites não oficiais por valores muito acima dos praticados anteriormente”. Mais um projeto de lei A deputada paulista não foi a única a tomar uma ação. O deputado federal Pedro Aihara (Patriota-MG) também apresentou um projeto de lei que torna crime a venda de ingressos por valor superior ao original, além de tipificar o “cambismo digital”. Essa é uma prática comum em sites e aplicativos de revenda de ingressos, onde os valores são inflacionados pelos cambistas. Além disso, a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), uma das primeiras a se pronunciar sobre o assunto, ela comunicou nas redes sociais que entrou com ofício para que o Ministério Público de São Paulo (MP-SP) investigasse as vendas de ingresso para os shows da cantora norte-americana. “Pedi que se amplie o escopo da investigação já existente, do show da RBD e Eventim, pra que incluam o show da Taylor Swift e a Ticket For Fun. Tudo isso fere os direitos do consumidor, e se já há uma investigação do MP ocorrendo sobre o tema, cabe sua ampliação”, escreveu no Twitter. Cambistas foram levados a delegacia Após diversas denúncias do público que estava aguardando nas filas, a Guarda Municipal, Polícia Militar e Polícia Civil de São Paulo conduziram uma ação para combater a atividade dos cambistas no Allianz Parque durante a segunda-feira (19/6). A Operação Ingresso Limpo mobilizou 50 policiais civis e 25 viaturas, que abordou 300 pessoas no local. Como resultado, as autoridades levaram 25 suspeitos à 1ª Delegacia da Divisão de Investigações sobre Infrações contra o Consumidor (DIICC). Logo após serem interrogados, os acusados foram liberados. A ação também apreendeu 20 cartões bancários e uma maquinha. Além disso, o Procon (Fundação de Proteção e Defesa do Consumidor) ainda notificou a Ticket For Fun, empresa responsável pela vinda de Taylor Swift ao Brasil. A organização declarou que está atenta às irregularidades e busca meios para garantir a proteção dos direitos dos cidadãos. As apresentações da The Eras Tour acontecem nos dias 18 e 19 no Estádio Nilton Santos do Rio de Janeiro, e em 24, 25 e 26 de novembro no Allianz Parque, em São Paulo.
Mark Ruffalo pede proteção dos indígenas a Lula: “Seja o herói que seu povo elegeu”
O ator Mark Ruffalo, conhecido pelo papel de Hulk nos filmes da Marvel, fez um pedido ao presidente Lula Inácio Lula da Silva pela proteção dos povos indígenas. Em uma publicação no Twitter, o ator se posicionou contra o PL 490/07, um projeto de lei que altera as demarcações das terras indígenas no Brasil. Conhecido pelo seu ativismo ambiental e político, Ruffalo expressou sua preocupação com o país ao repostar uma publicação da deputada indígena Célia Xakriabá de Minas Gerais. “O governo brasileiro está sendo atacado pelo agronegócio. Há uma guerra contra povos indígenas e as florestas. Nosso planeta está em risco”, criticou Ruffalo. O ator ainda ressaltou a importância de o presidente tomar medidas decisivas para proteger o meio ambiente e garantir os direitos dos povos indígenas. “Lula, seja o herói que seu povo elegeu. Impeça o PL 490 e os planos para esvaziar o Ministério dos Povos Indígenas e do Meio Ambiente”, apelou. Além disso, Ruffalo também chamou a atenção de artistas e personalidades brasileiras, como Felipe Neto, Anitta, Juliette, Gil do Vigor e Luciano Huck. “Amigos, posso contar com vcs para espalhar a mensagem contra o #PL490?”, escreveu. Dentre os que foram marcados, apenas Gil do Vigor e Gregório Duvivier curtiram a publicação. Na última quarta-feira (24/5), foi aprovado o requerimento de urgência do PL 490/07 na Câmara dos Deputados, com 324 votos favoráveis, 131 contrários e uma abstenção. Com isso, vários ativistas pela causa indígena estão se manifestando com pedidos para que Lula vete a mudança na lei das demarcações. Amigos, posso contar com vcs para espalhar a mensagem contra o #PL490? @FelipeNeto @Anitta @XamaOficial @Choquei @JanjaLula @Gduvivier @celiaxakriaba @GuajajaraSonia @ApibOficial @lucianohuck @brunogagliasso @juliette @giseleofficial @antoniotabet @gildovigor — Mark Ruffalo (@MarkRuffalo) May 29, 2023
Governo Bolsonaro tenta acabar com Lei do Audiovisual
O governo Bolsonaro deu outro passo importante em seu projeto anticultural, visando acabar com o incentivo à produção do cinema brasileiro. O Ministério da Economia enviou à Câmara dos Deputados o Projeto de Lei 3203/2021 que acaba com mecanismos de incentivo responsáveis pelo financiamento da indústria audiovisual. O PL faz parte de Plano de Redução de Incentivos e Benefícios Federais de Natureza Tributária, que propõe a não prorrogação de benefícios fiscais que têm prazo determinado. Com isso, não seriam prorrogados 21 benefícios, destinados a diversas áreas da economia, que findam entre 2022 e 2025. Embutido no projeto estão cortes de alguns dos artigos mais importantes da Lei do Audiovisual, como aquele que concede dedução do imposto de renda do valor aplicado na produção de obras cinematográficas, além da extinção do Recine, responsável pelo investimento no parque exibidor (isto é, na construção, manutenção e abertura de novos cinemas). Bolsonaro já tinha tentado acabar com a Lei do Audiovisual e o Recine com um veto às suas prorrogações em dezembro de 2019. Mas o Congresso conseguiu reverter a situação, derrubando a canetada em agosto do ano passado. Com ideia fixa, o governo não desistiu e agora embute sua guerra cultural em projetos de viés econômico. As medidas podem trazer impactos desastrosos à indústria do audiovisual, que parece ser considerada uma das grandes inimigas a ser destruída por Bolsonaro, desde que assumiu o poder em 2019 falando mal do cinema brasileiro e dizendo que mandaria cortar financiamento ao “setor que alguns dizem ser de Cultura”.
Projeto de Lei quer proibir profanação de símbolos sagrados em filmes, games e eventos artísticos
Um projeto de lei apresentado pelo deputado Marco Feliciano (PSC-SP) no fim de setembro quer proibir a “profanação de símbolos sagrados” em manifestações artísticas — incluindo filmes, games e eventos artístico — , além de reforçar a obrigação de apresentações ao vivo a contarem com classificação indicativa adequada para crianças e adolescentes. Segundo o texto do PL 8615/2017, “esta Lei modifica o artigo 74 da Lei nº 8.069, de 13 de julho de 1990, para obrigar as exibições ou apresentações ao vivo, abertas ao público, tais como as circenses, teatrais e shows musicais, a indicarem classificação indicativa adequada às crianças e aos adolescentes e proibir que a programação de TV, cinema, DVD, jogos eletrônicos e de interpretação –RPG, exibições ou apresentações ao vivo abertas ao público profanem símbolos sagrados”. Segundo Feliciano, que é pastor da Catedral do Avivamento, ligada à Assembleia de Deus, o projeto incluiria símbolos sagrados de todas as religiões. “O que for sagrado para uma pessoa, será contemplado. Já existe uma lei que proíbe a profanação de imagens sagradas. Por isso, não seria censura. O problema é que a lei não é observada. Não dá para dizer que é arte quando alguém pega um crucifixo e coloca no ânus. Em uma exposição, outro dia, um indivíduo pegou a imagem de Nossa Senhora, que é adorada por 80% da população brasileira, a colocou sobre seu órgão genital e depois a triturou. Isso é um absurdo. Por muito menos um pastor teve que sair do país porque chutou uma imagem de Nossa Senhora”, ele disse, em entrevista ao jornal O Globo. Vale lembrar que algo parecido com a descrição do uso de crucifixo em lugar impróprio acontece com destaque numa obra-prima do cinema, “O Exorcista” (1973), que talvez não pudesse ser exibido no Brasil sem cortes se esta lei estivesse em vigor no Brasil, lembrando a atividade dos censores durante a ditadura militar. Questionado se um jogo histórico que retratasse Maomé, por exemplo, seria proibido, o deputado lembrou o ataque ao jornal satírico francês “Charlie Hebdo”, em janeiro de 2015, quando doze pessoas foram mortas. “Meu projeto visa que se coloque limite em tudo. No caso do ‘Charlie Hebdo’, fizeram uma brincadeira como uma imagem sagrada, de Maomé, e resultou na morte de muitas pessoas. Existem super-heróis, jogos de ação… Por que tocar naquilo que é sagrado para as pessoas? Claro, o projeto é muito abrangente. Quando você cria um projeto, você lança a ideia para abrir um debate. Os jogos de RPG, por exemplo, eu incluí mais pela questão da faixa etária”. A iniciativa acontece no momento em que a performance “La Bête”, parte do 35ª Panorama da Arte Brasileira no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM), destaca a nudez do artista Wagner Schwartz. “Eu não quero censurar a arte, quero censurar o abuso infantil”, disse o deputado, diante da polêmica despertada por crianças que brincaram com o homem nu. Na entrevista para O Globo, ele chega a comparar a nudez do herói bíblico Davi, na famosa escultura de Michelangelo, com a performante de Schwartz. “Michelangelo pegou uma pedra bruta séculos atrás e transformou em uma imagem perfeita. É diferente de um cidadão aparecer nu, apoiado pela Lei Rouanet, em um museu. Isso é um ato criminoso. O corpo é feito de matéria, então o cidadão poderia ter uma ereção, certo? Não se pode comparar arte com lixo. Arte é uma coisa bonita, que precisa de fato de habilidades diferentes. Que habilidade existe em alguém que deita nu? Isso não é arte, é depravação. Mas tem umas pessoas que acham que são mais inteligentes que eu, botam um cidadão vomitando em uma tela e chamam de arte. Isso é coisa de débil mental”.










