Globoplay renova “Arcanjo Renegado” até a 5ª temporada
A Globoplay confirmou a produção de mais duas temporadas da série “Arcanjo Renegado”. Sucesso da plataforma, o programa foi confirmado até a sua 5ª temporada. As gravações, no entanto, só começam em 2024 e os episódios ainda não têm previsão de lançamento. Segundo a coluna de Patrícia Kogut, do jornal “O Globo”, a plataforma pretende colocar toda a equipe de “Arcanjo” para gravar a 4ª e a 5ª temporada juntas. A intenção é que a próxima temporada da série de José Junior (fundador do AfroReggae e autor também de “A Divisão”) seja lançada ainda em 2024. Com isso, o quinto ano da história protagonizada por Marcello Melo Jr (“Tô Ryca 2”) deve estrear apenas em 2025. Também não há previsão para que a série volte para a TV aberta. Vale lembrar que, em outubro de 2022, também foi anunciado que, além da série, a história ganharia um filme com foco no período em que Mikhael (Marcello Melo Jr.) ficou fora do Brasil, entre a 1ª e a 2ª temporada. No entanto, o projeto ainda não tem previsão para ser filmado. Relembre o trailer das duas primeiras temporadas de “Arcanjo Renegado”.
Malu Mader vai estrelar adaptação de livro policial do marido
A atriz Malu Mader vai estrelar a adaptação de “Caminhando Contra o Tempo”, nova adaptação de um livro de seu marido, o escritor e guitarrista Tony Bellotto (dos Titãs). Baseado no livro “BR 163”, publicado em 2001 pela Companhia das Letras, o filme vai trazer Malu como uma policial chamada Lavínia. O livro conta duas histórias diferentes. Uma delas é de Lavínia, que aos três meses de vida foi deixada num orfanato de freiras e cresceu querendo conhecer a identidade de seus pais. Ao virar policial, ela vai descobrir o que queria e o que não queria, ao receber a missão de caçar um contrabandista na fronteira com o Paraguai. Viajando num Opala, Lavínia e um policial de nome Cardoso seguem pela BR 163, aparentemente unidos pelo mesmo objetivo. Pouco a pouco, entretanto, percebe-se que nenhum dos dois está ali no estrito cumprimento do dever profissional: com este criminoso, ambos têm assuntos pessoais a tratar. Já a segunda história acompanha Selene, uma jovem órfã de mãe e abandonada pelo pai, que foi criada por uma cafetina e virou “garota de programa”. Um dia Selene recebe um pedido do pai distante: ajudá-lo a fugir da penitenciária de Presidente Venceslau, no interior de São Paulo. A vida de Lavínia e Selene acabam se cruzando na mesma estrada, que batiza o livro. O filme tem direção de Dodô Brandão, produção de Flávio R. Tambellini e também contará com Marcos Palmeira no elenco, no papel do presidiário Palito. As filmagens serão realizadas no Rio de Janeiro e em Mato Grosso, mas a data de estreia ainda não foi determinada. “Caminhando Contra o Tempo” será a terceira adaptação cinematográfico de Bellotto, cujos livros já inspiraram “Bellini e a Esfinge” (2001) e “Bellini e o Demônio” (2008). Ele também é autor do livro em que se baseia a série “Dom”, da Amazon Prime Video.
A vida depois do tapa: Will Smith confirma novo “Bad Boys”
Will Smith (“À Procura da Felicidade”) e Martin Lawrence (“Vovó…Zona”) estão de volta. A dupla anunciou em suas redes sociais o quarto filme da franquia “Bad Boys”, que já está em pré-produção pela Sony Pictures. Os diretores Adil El Arbi e Bilall Fallah, que comandaram “Bad Boys para Sempre” (2020), também vão retornar para trás das câmeras e filmar um novo roteiro escrito por Chris Bremner, autor da trama do filme anterior da franquia. Antes da pandemia fechar todas as salas de cinema em 2020, “Bad Boys para Sempre” conseguiu fazer mais de US$ 426 milhões de bilheteria mundial. Ao todo, a franquia “Bad Boys” já acumula mais de US$ 840 milhões ao redor do mundo. A ideia de um quarto filme da franquia já circulava desde então, mas os planos foram interrompidos após o tapa de Will Smith em Chris Rock durante o Oscar 2022. Quase um ano depois, a expectativa da equipe é que um dos astros mais queridos de Hollywood e vencedor de um Oscar possa reconstruir sua carreira. Seu projeto mais recente, “Emancipation: Uma História de Liberdade” (2022), não foi bem aceito pela crítica e passou desapercebido na atual temporada de premiações. El Arbi e Bilall Fallah dirigiram recentemente “Rebel” (2022), filme que conta a história de um homem que resolve mudar de vida e deixa a Bélgica para ajudar as vítimas da guerra na Síria. O longa teve sua estreia mundial no último Festival de Cannes. A dupla ainda trabalhou na série “Ms. Marvel”, que – até o momento – é o projeto da Marvel melhor avaliado no Rotten Tomatoes, e no malfado filme da “Batgirl”, que foi cancelado pela Warner quando já estava praticamente pronto. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Will Smith (@willsmith) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Martin Lawrence (@martinlawrence)
Veronika: Letícia Spiller será delegada em nova série criminal
A atriz Letícia Spiller vai voltar a atuar no Grupo Globo, cinco anos depois de seu último trabalho em “O Sétimo Guardião” (2018). Ela viverá uma policial na série “Veronika”, que tem previsão de estreia ainda para este ano na Globoplay. A trama gira em torno de uma advogada negra e moradora de uma favela que se envolve com o tráfico nos morros do Rio. A protagonista será vivida por Roberta Rodrigues (“Tô de Graça”), enquanto Letícia surgirá como sua antagonista, uma delegada envolvida na luta contra o crime organizado no Rio de Janeiro. O elenco também tem definidos Marcelo Serrado (“Cara e Coragem”), Mariana Ximenes (“Uma Loucura de Mulher”) e Malvino Salvador (“Qualquer Gato Vira-Lata”). Além disso, Marcello Melo Jr vai aparecer como Mikhael, seu personagem em outra série da plataforma Globoplay, “Arcanjo Renegado”. É que as duas séries compartilham o mesmo criador, José Júnior (do AfroReggae), que está construindo, série a série, um universo compartilhado no streaming. “Veronika” conta com direção-geral de Silvio Guindane (“O Dono do Lar”) e Vera Egito (“Amores Urbanos”) e vai começar a ser gravada em fevereiro.
Sindicato dos artistas pretende impedir Belo de virar ator: “Isso é um absurdo”
Depois de barrar Rafa Kaliman em novela da Globo, o Sindicato dos Artistas e Técnicos em Espetáculos de Diversões do Estado do Rio de Janeiro (Sated-RJ) já tem novo alvo. Assim que começou a circular, nesta quarta (18/1), que o cantor Belo estrearia como ator na série “Veronika”, da Globoplay, o presidente Hugo Gross disse que isso seria impossível. Assim como Rafa, Belo não possui o registro profissional da categoria para trabalhar na produção do streaming. “Quando eu recebi a notícia, eu já enviei pra quem é de direito pra notificar que ele não tem e que isso é um absurdo”, afirmou Gross à colunista Fábia Oliveira. “Mais uma vez estão banalizando a categoria e tem que ser feita alguma coisa pra que isso pare”, avisou o presidente, que também viu as influencers Jade Picon, Jojo Todynho e Natália Deodato entrarem em vagas de atores credenciados. Gross acrescentou que as produtoras devem pedir uma autorização especial de atuação antes de oficializar o elenco. “[Para] que as pessoas possam trabalhar, quem tem registro, quem estudou… Ou, realmente, dentro desse contexto, querem chamar uma pessoa com notoriedade, então peça autorização. Mas coloque outras pessoas também”, disse. Por fim, o presidente do Sated-RJ afirmou que algumas mudanças necessárias precisam ocorrer na Convenção Coletiva de Trabalho. “A gente tem que mudar essa CCT, pra que a gente possa dar oportunidade a realmente quem está aí, independentemente de você querer lançar pessoas no mercado de trabalho”, concluiu. Belo chegou a afirmar à colunista Patrícia Kogut, do jornal O Globo, que estava em êxtase com a oportunidade de atuar na série “Veronika”, onde deveria viver um policial. O cantor, que foi preso há 20 anos atrás, acrescentou que estava acompanhando a rotina policial de perto para dar vida ao personagem. “Tem mexido comigo, mas de um jeito bom. Volto a me reencontrar com a polícia, mas agora como um grande artista”, declarou.
“Murderville” terá especial de Natal na Netflix
A Netflix anunciou que a série de comédia de improviso “Murderville” ganhará uma especial de Natal. O episódio contará com participações de Maya Rudolph (“Desencantada”) e Jason Bateman (“Ozark”) e investigará quem matou o Papai Noel. Veja o teaser abaixo. Lançada em fevereiro na Netflix, “Murderville” é uma sátira de séries policiais baseada em improvisos. Na trama, Will Arnett (“Arrested Development”) vive um detetive policial que comanda a investigação de um assassinato diferente a cada episódio, sempre acompanhado por um convidado famoso, que atua sem roteiro e ideia do que vai acontecer, tendo que improvisar sua participação do início ao fim das gravações. A produção é baseada num sucesso da TV britânica: “Murder in Successville”, da BBC 3. Os seis episódios anteriormente disponibilizados do remake americano têm participações de Annie Murphy (“Schitt’s Creek”), Ken Jeong (“Se Beber Não Case”), Kumail Nanjiani (“Eternos”), Marshawn Lynch (“Westworld”), Sharon Stone (“Instinto Selvagem”) e do apresentador Conan O’Brien. O especial de Natal será lançado no dia 15 de dezembro. TV's deadliest improv comedy is back and this time Maya Rudolph and Jason Bateman are on the case with Senior Detective Terry Seattle (a.k.a. Will Arnett)! Who Killed Santa? A Murderville Murder Mystery premieres December 15 pic.twitter.com/pBF8N90Mda — Netflix (@netflix) November 18, 2022
“City on a Hill” é cancelada na 3ª temporada
O canal pago Showtime cancelou a série criminal “City on a Hill” ao final de sua 3ª temporada. A decisão foi tomada após a saída de David Nevins, chefe de longa data da Showtime Networks, no começo do mês. A série, repleta de estrelas de Hollywood diante e atrás das câmeras, era disponibilizada no Brasil pela plataforma Paramount+. A ideia original de “City on a Hill” partiu do ator Ben Affleck (“Liga da Justiça”), que assina a produção com seu parceiro Matt Damon (“Jason Bourne”). Os dois ainda trouxeram à bordo o diretor James Mangold (de “Logan”) para a equipe de bastidores. Já os episódios reúnem diante das câmeras os astros Kevin Bacon (“The Following”) e Aldis Hodge (“Adão Negro”). A trama é uma versão ficcional do chamado “Milagre de Boston” dos anos 1990, nome dado à queda vertiginosa de homicídios na cidade de Boston, até então uma das mais violentas dos Estados Unidos, submersa na corrupção desenfreada, racismo escancarado e juventude armada. Tudo começa a mudar com a chegada de Decourcy Ward (Aldis Hodge), um jovem promotor idealista que vem do Brooklyn, em Nova York, decidido a transformar a cidade, mas que, para isso, precisa formar uma improvável aliança com um agente veterano e corrupto do FBI, Jackie Rhodes (Kevin Bacon). Juntos, eles prendem uma família de criminosos em um caso com muitas ramificações, que acaba por subverter todo o sistema de justiça criminal de Boston. O elenco da produção também contava com Mark O’Brien (“Halt and Catch Fire”), Jill Hennessy (“Crossing Jordan”), Amanda Clayton (“John Carter”) e Lauren E. Banks (“Maniac”). “Não tivemos nada além da melhor experiência trabalhando com Kevin Bacon, Aldis Hodge e todo o elenco e equipe, liderados pelo showrunner Tom Fontana e outros produtores executivos, incluindo Jennifer Todd e Jorge Zamacona. Oferecemos nossos mais sinceros agradecimentos a todos”, disse um comunicado do canal. O anúncio foi feito no mesmo dia em que Aldis Hodge foi confirmado em nova atração, a série “Alex Cross”, baseada na famosa franquia literária do autor James Patterson e desenvolvida para o serviço de streaming Amazon Prime Video.
“Arcanjo Renegado” confirma 4ª temporada e filme derivado
A Globoplay confirmou a 4ª temporada de “Arcanjo Renegado”, uma das séries mais vistas da plataforma. O criador da produção, José Junior (fundador do AfroReggae e autor também de “A Divisão”), vai começar a desenvolvê-la em janeiro. O detalhe é que a 3ª temporada ainda não começou a ser gravada. Já escrita, só começará a ser rodada em março no Rio de Janeiro. Ela deve voltar a contar com a cantora Ludmilla, que estreou na 2ª temporada como a policial Diana. Além disso, a produção também vai render um longa derivado, que mostrará o período em que o protagonista, Mikhael (Marcello Melo Jr.), ficou fora do Brasil e se juntou a um grupo paramilitar – situação que aconteceu entre a 1ª e a 2ª temporada. Os trabalhos de desenvolvimento deste roteiro terão início em abril. A Globoplay também está apostando forte em outra produção assinada por José Junior para a Globoplay: a série “Veronika”, sobre uma advogada negra e moradora de uma favela que se envolve com o crime organizado. As gravações serão em janeiro, no Morro de São Carlos, no centro do Rio, com direção geral de Silvio Guindane e Vera Egito. Veja abaixo o trailer da 2ª temporada de “Arcanjo Renegado”, disponibilizada no final de agosto na Globoplay.
Kevin Bacon entra em “Um Tira da Pesada 4”
O ator Kevin Bacon se juntou ao elenco de “Um Tira da Pesada 4”. O quarto filme vai se chamar “Um Tira da Pesada: Axel Foley” (Beverly Hills Cop: Alex Foley) e trará Eddie Murphy de volta ao papel de Alex Foley, o policial de Detroit que, até aqui, viajou três vezes a Los Angeles para resolver casos ao longo da franquia. Quatro atores dos filmes originais também voltarão na continuação: Judge Reinhold e John Ashton, que viveram os detetives Billy Rosewood e o Sargento Taggart, ajudantes atrapalhados de Foley em Los Angeles; Paul Reiser, o parceiro original de Foley em Detroit, chamado Jeffrey Friedman; e Bronson Pinchot, que viveu Serge, um funcionário atrevido de galeria de arte. Eles se juntarão a novos personagens interpretados por Joseph Gordon-Levitt (“Os 7 de Chicago”) e Taylour Paige (“Zola”), que, assim como Bacon, não tiveram seus papéis divulgados. “Um Tira da Pesada: Axel Foley” vai retomar uma franquia interrompida há 28 anos. Os três primeiros filmes foram lançados em 1984, 1987 e 1994, respectivamente, e faturaram um total de US$ 735,5 milhões em todo o mundo. A continuação foi escrita por Will Beall (“Aquaman”) e tem direção de Mark Molloy, que assina seu primeiro longa-metragem após ganhar vários prêmios por seu trabalho em publicidade. Já a produção continua a cargo de Jerry Bruckheimer, responsável pela trilogia original. O projeto foi acelerado após Eddie Murphy estrelar com sucesso outra sequência dos anos 1980, “Um Príncipe em Nova York 2”, que virou um dos filmes mais vistos da Amazon Prime Video. O lançamento vai acontecer na Netflix, mas ainda não há previsão de estreia.
Marcelo Serrado será policial em nova série da Globoplay
A Globoplay começou a escalar o elenco de “Veronika”, nova série policial que tende a ser confundida, por causa do título, com “Bom Dia, Verônica”. Mas as protagonistas são bem diferentes. Veronika é uma advogada negra e moradora de uma favela que se envolve com o crime organizado. A intérprete da personagem-título ainda não foi divulgada, mas Marcelo Serrado (no ar em “Cara e Coragem”) viverá um policial e Malvino Salvador (“Qualquer Gato Vira-Lata”) deve interpretar um promotor. Além disso, Marcello Melo Jr vai aparecer como Mikhael, seu personagem em outra série da plataforma Globoplay, “Arcanjo Renegado”. É que as duas séries compartilham o mesmo criador, José Júnior (do AfroReggae), que está construindo, série a série, um universo compartilhado no streaming. Marcelo Serrado, por sinal, participou recentemente de outra série desse “universo”, “O Jogo que Mudou a História”, ainda sem previsão de estreia. As gravações de “Veronika” vão começar em janeiro no Morro de São Carlos, no Centro do Rio, com direção geral a cargo de Vera Egito (“Todxs Nós”) e do ator Silvio Guindane (“O Dono do Lar”), que assim vira o primeiro diretor negro de uma série dramática da Globoplay. O cineasta Heitor Dhalia, que também participa de “Arcanjo Renegado”, faz parte da equipe de produção.
Estreia de “Rota 66” retrata um Brasil “muito triste, muito violento”
A série “Rota 66 – A Polícia que Mata”, que estreou nessa quinta (22/9) na plataforma de streaming Globoplay, é baseada no livro homônimo do jornalista Caco Barcellos, que em 1992, muito antes do movimento “Vidas Negras Importam”, causou furor por apontar ações de extermínio da tropa de elite da PM paulista, a Rota, na periferia de São Paulo, que vitimaram basicamente pessoas negras e pobres. “A expectativa para o lançamento é muito grande”, contou Barcellos, durante a coletiva de imprensa da série. “Trabalhei sete anos na investigação dessa história. Durante o processo de apuração, imaginava isso virando um roteiro para o cinema.” “Andava pelas comunidades e, quando cruzava com a história de alguém que havia sido vítima das ações da Rota, tentava captar os diálogos das pessoas, fazendo com que elas relembrassem todos os detalhes dos episódios que levaram à morte de um filho, de um irmão, por exemplo, pensando justamente em construir esses diálogos, imaginando um futuro roteiro. Nunca deixei esse assunto de lado”, completou ele. Na série, Barcellos é vivido por Humberto Carrão (“Marighella”), que na trama arrisca a própria vida para denunciar o aparente genocídio. “Foi uma grande responsabilidade para mim, como ator, e para todo o elenco, roteiristas e diretores dar conta de adaptar um livro como o ‘Rota 66’ para o audiovisual”, contou o ator. “A série, ao mesmo tempo, é uma aventura muito bonita, não só pelo Caco ser um grande jornalista, mas também por retratar o ‘jornalismo de acompanhamento’, que ele tanto faz em suas reportagens. Diria que é quase uma forma de homenagear a forma dele de pensar e fazer o jornalismo”. Carrão também falou sobre o processo de preparação para interpretar o jornalista na série. “Tentei aprender as coisas do corpo, a forma de ouvir. Vi mil reportagens, de diferentes épocas, já que a série abrange dez anos. Isso cria um caldo de referências, e ainda tem a afetiva. Mas não senti um peso de que teria que ser o Caco”, explicou ele. A série não vai mostrar apenas a vida profissional do repórter, mas também o seu lado pessoal. “Estive muito tenso antes de ver as primeiras cenas, mas acho que fiquei melhor na ficção do que na vida real”, brincou Barcellos, que também contou que não participou do desenvolvimento do roteiro da série, mas colaborou da maneira que pôde. “Minha postura foi colaborar ao máximo”, explicou ele. “Sugeri a eles: ‘Vão atrás das pessoas que não gostam do meu trabalho, não gostam de mim, para construir um personagem mais complexo, talvez’. E eles se dedicaram muito a me investigar. Quando você é investigado, é claro que fica numa certa tensão. O que será que falam de mim por aí?” A trama da série mergulha no período mais violento de atuação da Rota, entre 1970 e 1990. E o que o jornalista descobriu durante as suas investigações foi que não eram só os bandidos que eram mortos pela polícia. “Embora eu considere grave matar criminoso, evidentemente é mais grave ainda matar pessoas inocentes que nem sequer tiveram um ato ilícito ou um confronto com a polícia. Isso me assustou muito”, disse Barcellos. Falando sobre o processo de escrita do livro, o jornalista explicou que “a maior dificuldade do processo era conviver com as pessoas vítimas dessa violência, enquanto a maior motivação era fazer essa denúncia. Só não desisti por conta disso – sofro muito com a injustiça, mas esse sofrimento não me paralisa, pelo contrário, me movimenta, é um combustível, minha energia para continuar.” “Eu não saberia contar quantas vezes eu acordei com pesadelos horrorosos, com gritos horrorosos. Evidentemente, fiz um processo terapêutico para entender que eram essas vidas eliminadas que (me) acompanham”, completou ele. Barcellos diz que se emocionou ao ver seu esforço traduzido para a tela. “Ver tudo o que eu apurei realizado visualmente é especial e emocionante. Fiquei sensibilizado com a interpretação dos atores”, contou ele. O elenco também destaca Lara Tremouroux (“Medusa”) no papel de uma jornalista que trabalha com Carrão, Adriano Garib (“Bom Dia, Verônica”) como um repórter experiente e mentor da dupla principal, além de Aílton Graça (“Carcereiros”), Ariclenes Barroso (“Segunda Chamada”) e Naruna Costa (“Colônia”). Naruna disse que, para se preparar para o seu papel, ela acompanhou as Mães de Maio de São Paulo, uma organização das famílias das quase 500 vítimas dos chamados Crimes de Maio de 2006, praticados pela polícia. “Foi impactante ouvir o quanto uma morte numa família gera outras mortes simbólicas, de afeto, mas, ao mesmo tempo, geram também outras vidas”, contou ela. “Afinal, muitas mulheres se descobriram líderes dentro de suas comunidades.” A atriz contou que trouxe muito da sua própria experiência para sua personagem. “Sou nascida e criada na periferia da Zona Sul de São Paulo, então vivenciei muito desse cenário que a série traz na minha infância e juventude. É muito doído para quem tem uma relação direta com essas histórias atravessar essa dor e poder contá-las”, disse ela. “Minha personagem, Anabela, é a tradução dessa força. Ela teve a vida devastada por essa violência policial.” “Nosso país foi fundado a partir da morte de muitas pessoas, especialmente pretas, e ainda carrega essa realidade. Então a série fala muito do hoje também”, continua ela. “É uma história que presta um serviço forte sobre [a denúncia d]o genocídio negro no Brasil. É importante que esse tema atinja todos os tipos de público, com variadas visões. Ela percorre anos de um Brasil infelizmente muito próximo do que estamos vivendo hoje. Mais do que representar uma personagem, penso na representatividade que tenho nesse projeto”, concluiu. Falando sobre essa história violenta contemporânea, Caco Barcellos conta que, na época da escrita do livro, a “mentalidade miliciana” estava embrenhada na Rota. “O miliciano é essencialmente um preguiçoso. O violento não gosta de trabalhar, inclusive os fardados. Porque é complicado trabalhar, investigar. É mais simples, entre aspas, usar a perversidade da tortura.” Humberto Carrão, que acompanhou o jornalista numa reportagem no Morro do Salgueiro como parte de sua pesquisa, contou que experimentou o impacto da violência nessa incursão. “É muito complexo, muito triste, muito violento. Enquanto o Caco estava entrevistando uma mãe, eu ouvi comentários de que tinha acabado de acontecer uma Troia, um método inconstitucional no qual o policial se esconde na mata ou em uma casa e espera um jovem considerado suspeito passar para executá-lo”, contou. Apesar disso, Caco Barcellos é esperançoso em relação ao futuro. “Tenho esperança nas novas gerações, as bandeiras identitárias significam gestos de esperança. Os jovens são mais conscientes e não estão admitindo, como aceitavam no passado, essa brutalidade contra eles. Tenho uma grande esperança que as coisas melhorem, a mesma que tinha quando fiz aquela investigação no passado”, disse ele. “Eu divido com o Caco a esperança de que as coisas possam se transformar, mas também a frustração e a tristeza de que trabalhos tão contundentes tenham sido feitos durante esses anos e, mesmo assim, os números de violência continuam grandes ou até maiores do que eram 30 anos atrás”, denunciou o ator. “A realidade continua e está até pior, pois vivemos um momento de estímulo e intenção de volta a esse passado” “‘Rota 66’ é uma série dura, sobre as pessoas que sobrevivem a esse cenário de violência, e que traz uma ferramenta política muito importante”, completou Carrão. Coprodução da Boutique Filmes, “Rota 66 – A Polícia que Mata” tem roteiro de Teodoro Poppovic, criador de “Ninguém Tá Olhando” na Netflix, e direção de Philippe Barcinski (“Entre Vales”) e Diego Martins (“Hard”). A série teve seus primeiros quatro episódios disponibilizados na madrugada desta quinta (22/9) e novos capítulos serão adicionados semanalmente no serviço de streaming Globoplay. Assista abaixo ao trailer.
Coadjuvantes originais se juntam a Eddie Murphy em “Um Tira da Pesada 4”
A continuação da franquia “Um Tira da Pesada” confirmou a participação de quatro coadjuvantes originais dos primeiros filmes. O quarto filme vai se chamar “Um Tira da Pesada: Axel Foley” (Beverly Hills Cop: Alex Foley) e trará Eddie Murphy de volta ao papel de Alex Foley, o policial de Detroit que, até aqui, viajou três vezes a Los Angeles para resolver casos ao longo da franquia. Os atores que voltarão a contracenar com Eddie Murphy são: Judge Reinhold e John Ashton, que viveram os detetives Billy Rosewood e o Sargento Taggart, ajudantes atrapalhados de Foley em Los Angeles; Paul Reiser, o parceiro original de Foley em Detroit, chamado Jeffrey Friedman; e Bronson Pinchot, que viveu Serge, um funcionário atrevido de galeria de arte. Eles se juntarão a novos personagens interpretados por Joseph Gordon-Levitt (“Os 7 de Chicago”) e Taylour Paige (“Zola”), que não tiveram seus papéis divulgados. “Um Tira da Pesada: Axel Foley” vai retomar a história interrompida há 28 anos. Os três primeiros filmes foram lançados em 1984, 1987 e 1994, respectivamente, e faturaram um total de US$ 735,5 milhões em todo o mundo. A continuação foi escrita por Will Beall (“Aquaman”) e tem direção de Mark Molloy, que assina seu primeiro longa-metragem após ganhar vários prêmios por seu trabalho em publicidade. Já a produção continua a cargo de Jerry Bruckheimer, responsável pela trilogia original. O projeto foi acelerado após Eddie Murphy estrelar com sucesso outra sequência de filme dos anos 1980, “Um Príncipe em Nova York 2”, que virou um dos filmes mais vistos da Amazon Prime Video. O lançamento vai acontecer na Netflix, mas ainda não há previsão de estreia.











