Novas imagens revelam “casas dos sonhos” do filme da Barbie
A Warner Bros. divulgou as primeiras imagens das “Casas dos Sonhos” do filme “Barbie”, dirigida por Greta Gerwig (“Adoráveis Mulheres”). O cenário é inspirado nas populares mansões de plástico cor-de-rosa da famosa boneca. Agora em tamanho real, a casa conta com três andares e foi construída nos estúdios da produção, em Londres, pela designer Sarah Greenwood e a cenógrafa Katie Spencer. A dupla indicada ao Oscar de Melhor Direção de Arte, já foi responsável por criar os cenários dos filmes “Orgulho e Preconceito” (2005) e “Anna Karenina” (2012). Em entrevista para a revista de design de interiores Architectural Digest, a equipe comentou sobre a casa “sem paredes e sem portas”, imitando os brinquedos da Mattel. Segundo elas, o cenário foi inspirado nos traços modernistas do século passado, mais especificamente da cidade americana Palm Springs, conhecida pelo clima de verão e resorts de férias. “Tudo naquela época era perfeito”, afirma Greenwood, que se esforçou para “tornar a Barbie real nesse mundo irreal”. Durante a pré-produção, a dupla usou uma “casa dos sonhos” de brinquedo como inspiração para concluir o desafio de transformar o cenário em tamanho real. “A escala era bastante estranha”, brinca Spencer, explicando que as proporções exatas dos cômodos ficaram 23% menores que o tamanho humano do set. “Na verdade, o teto fica bem perto da cabeça e são necessários apenas alguns passos para atravessar a sala. Isso cria o estranho efeito de fazer os atores parecerem grandes no espaço, mas pequenos no geral”, comenta Gerwig. “Eu queria capturar o que havia de tão ridiculamente divertido nas ‘casas dos sonhos'”. Com um escorregador que desemboca na piscina, o quarto da Barbie ainda é enfeitado com uma cabeceira estofada em veludo e uma colcha de lantejoulas. O closet da personagem de Margot Robbie (“O Esquadrão Suicida”) tem roupas distribuídas em caixas de brinquedos. “Por que descer escadas quando você pode deslizar para dentro da piscina? Por que subir escadas quando você pode usar um elevador que combina com seu vestido?”, indaga Gerwig. A diretora ainda explica que tudo precisava ser rosa para manter a essência infantil no cenário, já que ela não queria “esquecer o que me fez amar a Barbie quando eu era uma garotinha”. Com essa busca pela “autêntica artificialidade”, ela revelou que a produção usou um pano de fundo pintado a mão ao invés de efeitos especiais para capturar a imagem do céu e das montanhas. “Estávamos literalmente criando o universo alternativo da Terra da Barbie”, afirma Gerwig. “Tudo precisava ser tátil, porque brinquedos são, acima de tudo, coisas que você toca”. Além disso, a designer ainda observou um detalhe curioso da primeira “casa dos sonhos” lançada no mercado dos brinquedos pela Mattel em 1962, ainda em papelão. “Definitivamente, é uma casa para uma mulher solteira”, observou Greenwood. “Ela é o ícone feminista definitivo”. Na semana passada, a cantora Dua Lipa, que dará vida a uma Barbie no longa, lançou a primeira música da trilha sonora. O video de “Dance The Night” conta com a participação da diretora e os cenários já ilustram um pouco do que o público pode esperar para ver no filme, destacando a discoteca das bonecas. Além de Robbie no papel principal, o grandioso elenco também destaca Ryan Gosling (“Blade Runner 2049”) no papel do Ken que foge com ela, Will Ferrell (“Pai em Dose Dupla”) como executivo de brinquedos e Helen Mirren (“A Rainha”) como narradora. A lista de famosos na produção ainda inclui Simu Liu (“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”), Kate McKinnon (“Caça-Fantasmas”), Alexandra Shipp (“X-Men: Fênix Negra”), Kingsley Ben-Adir (“Uma Noite em Miami”), Emma Mackey (“Sex Education”), Michael Cera (“Scott Pilgrim Contra o Mundo”), Alexandra Shipp (“X-Men: Apocalipse”), Hari Nef (“País da Violência”), Nicola Coughlan (“Bridgerton”), Emerald Fennell (“The Crown”), Issa Rae (“Insecure”), Ncuti Gatwa (“Sex Education”), Ritu Arya (“The Umbrella Academy”) e John Cena (“Velozes e Furiosos 10”). O filme tem o roteiro de Gerwig em parceria com o marido Noah Baumbach (“História de um Casamento”). “Barbie” tem estreia marcada para 20 de julho nos cinemas brasileiros, um dia antes de seu lançamento nos EUA.
Ator de “Riverdale” pode concorrer ao Oscar após elogios no Festival de Cannes
O longa “May December”, dirigido por Todd Haynes (“Carol”), estreou no último sábado (20/5) no Festival de Cannes e teve uma recepção calorosa da crítica. Após a exibição, o drama romântico recebeu uma ovação de palmas do público em pé durante seis minutos. O elenco formado por Natalie Portman (“Thor: Amor e Trovão”), Julianne Moore (“Para Sempre Alice”) e Charles Melton (“Riverdale”) foi bastante elogiado, rendendo uma possível candidatura ao Oscar. A trama acompanha Elizabeth (Natalie Portman), uma atriz de Hollywood que viaja para a Geórgia para pesquisar sobre a vida de Gracie (Julianne Moore), uma mulher que se tornou notícia após começar um relacionamento com Joe (Charles Melton ), um homem 23 anos mais novo que ela. Enquanto se prepara para o filme sobre o passado do casal, a atriz observa o casamento de Gracie e Joe, 20 anos depois do relacionamento virar fofoca nacional. Com o sucesso no festival, “May December” se tornou um dos favoritos para a próxima temporada de premiações. De acordo com a Variety, o desempenho de Melton está a altura de uma indicação ao Oscar de Melhor Ator Coadjuvante, que tem sido um espaço acolhedor para os novatos de Hollywood. Conhecido pelo seu papel como Reggie na série teen “Riverdale” (2017), a ator teve uma performance que “quase rouba o filme”, segundo o veículo. “As escolhas de Melton para incorporar um homem que nunca teve realmente a chance de ser um adolescente são executadas de forma notável, evidenciando o toque surpreendente de Haynes com seus atores e o que ele pode extrair deles”, pontuou o crítico Clayton Davis, da Variety. Embora tenha ganhado notoriedade pelo longa, Melton já esteve em outros filmes de sucesso, como a adaptação de “O Sol Também é uma Estrela” (2019) e em “Bad Boys 3” (2020), além de fazer pequenas aparições em outras produções. “May December”, que concorre à prêmio Palma de Ouro deste ano no festival francês, também marca a quinta parceria entre o diretor Todd Haynes e a atriz Julianne Moore. Os dois já trabalharam juntos em “Safe” (1995), “Longe do Paraíso” (2002), “Não Estou Lá” (2007) e “Sem Fôlego” (2017). Com a estreia no festival, o filme procura um estúdio para conduzir a distribuição nos Estados Unidos e internacionalmente. Até o momento, o longa não tem previsão de estreia no Brasil. Com 20 críticas positivas e duas negativas computadas pelo site Rotten Tomatoes, “May December” atingiu 91% de aprovação. Confira abaixo uma cena do longa. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Festival de Cannes (@festivaldecannes)
Mel Gibson vai dirigir thriller estrelado por Mark Wahlberg
O astro Mel Gibson (“Máquina Mortífera 3”) está retornando à cadeira de diretor pela primeira vez em sete anos com o filme “Flight Risk”, da Lionsgate, que será estrelado por Mark Wahlberg (“Ted”). Gibson não dirigia um filme desde “Até o Último Homem”, lançado em 2016. No filme, Wahlberg interpretará um piloto que transporta um criminoso perigoso para julgamento. A trama é baseada num roteiro de Jared Rosenberg que figurou na “Blacklist” (lista dos melhores roteiros não produzidos de Hollywood) de 2020. Rosenberg também está envolvido na adaptação do game “Driver”. “Flight Risk” marcará uma nova parceria entre Gibson e Wahlberg, após trabalharem juntos em “Luta pela Fé – A História do Padre Stu”, além do sexto longa dirigido por Gibson, que venceu o Oscar por “Coração Valente” (1995). O presidente da Lionsgate, Joe Drake, demonstrou em comunicado estar empolgado com a produção. “Adoramos a combinação inegavelmente elétrica de Mel Gibson e Mark Wahlberg”, disse. “Esses talentos de classe mundial juntos nesse filme dinâmico e guiado por personagens tornarão “Flight Risk” um dos eventos mais cheios de suspense e imperdíveis do ano”. A Lionsgate, que também esteve por trás de “Até o Último Homem”, vai produzir o longa em parceria com a empresa de Gibson, a Icon Productions. A seleção do elenco ainda está em andamento e o filme não tem previsão de estreia.
Emma Watson revela motivo da pausa na carreira: “Não estava muito feliz”
Emma Watson explicou a razão pela qual decidiu se afastar da atuação. A última vez que a atriz apareceu nas telas foi no filme “Adoráveis Mulheres”, dirigido por Greta Gerwig (“Barbie”). O longa foi lançado em 2019 e recebeu seis indicações ao Oscar, incluindo para Melhor Filme, a principal categoria da premiação. Desde então, a atriz não aceitou participar de mais projetos. “Não estava muito feliz, para ser sincera, acho que me senti um pouco enjaulada”, revelou. “A única coisa que achei realmente difícil foi que eu tinha que sair e vender algo sobre o qual eu realmente não tinha muito controle. Ficar na frente de um filme e fazer com que todos os jornalistas perguntassem: ‘Como isso se alinha com o seu ponto de vista?’ Foi muito difícil ter que ser o rosto e porta-voz de coisas em que não consegui me envolver no processo”. “Fui responsabilizada de uma forma que comecei a achar realmente frustrante, porque não tinha voz, não tinha voz. E comecei a perceber que só queria ficar na frente de coisas onde, se alguém fosse me criticar, eu poderia dizer, de uma forma que não me fizesse me odiar: ‘Sim, eu estraguei tudo, foi minha decisão, eu deveria ter feito melhor.’”, continuou. Apesar de “Adoráveis Mulheres” ter sido o projeto mais recente de Watson como atriz, ela também participou do especial “Harry Potter: De Volta a Hogwarts”, como ela mesma. A comemoração celebrou os 20 anos da estreia de “Harry Potter e a Pedra Filosofal”, responsável por lançar sua carreira como atriz com a personagem Hermione Granger. Durante seu afastamento, Watson se aventurou como escritora e diretora. Como resultado, ela produziu e estreou uma campanha da Prada no ano passado. “As pessoas sempre me disseram que eu deveria dirigir e produzir, mesmo quando estava em Harry Potter”, disse ela. “Eu estava preocupada que fosse apenas técnico, não criativo e não pudesse trazer o que acho que é provavelmente o meu conjunto de habilidades. Ser diretor parecia inatingível. Acho que não tinha confiança nisso. Eu sei que parece estranho. Quero dizer, eu cresci em um set de filmagem”, disse ela. No momento, Watson não descarta um retorno como atriz. “Sim, com certeza. Mas estou feliz em sentar e esperar pela próxima coisa certa. Eu amo o que eu faço. É encontrar uma maneira de fazer isso sem ter que me dividir em rostos e pessoas diferentes. E eu simplesmente não quero mais mudar para o modo robô. Isso faz sentido?” Além dos longas citados, a atriz também é conhecida pelos seus trabalhos em “As Vantagens de Ser Invisível” (2012) e “Bela e a Fera” (2017).
Premiação do Oscar 2024 já tem data para acontecer
A cerimônia do Oscar 2024 já tem data para acontecer: dia 10 de março. A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos Estados Unidos anunciou a novidade sobre a 96ª edição de sua premiação nas suas redes sociais. Será o terceiro ano seguido em que a premiação acontecerá no mês de março, consagrando uma nova tradição, após anos de cerimônias no final de fevereiro. Em 2023, a Academia consagrou “Tudo em Todo Lugar ao Mesmo Tempo” com sete Oscars, incluindo Melhor Filme do Ano. Save the date. The 96th #Oscars will take place on Sunday, March 10, 2024. pic.twitter.com/AZ3ItWWZHq — The Academy (@TheAcademy) April 24, 2023
40 anos de Flashdance: Jennifer Beals recorda modismos e bastidores do filme
Garotas vestindo polainas e moletom com ombro à mostra. “Flashdance… What a Feeling” e “Maniac” tocando nas rádios. Estas foram algumas das tendências que marcaram os anos 1980 após o lançamento do filme “Flashdance”, em 1983. Nos 40 anos do filme, os atores que protagonizaram a obra, Jennifer Beals e Michael Nouri, e o produtor Jerry Bruckheimer relembraram o impacto da produção em entrevista ao site The Hollywood Reporter. Os criadores do filme já esperavam por um sucesso, mas não imaginavam que seria uma sensação e que marcaria uma geração. A obra foi um fenômeno de bilheteria em sua estreia, em 15 de abril de 1983, arrecadando US$ 92,9 milhões (o equivalente a US$ 280 milhões de hoje, corrigido pela inflação), além de ter recebido quatro indicações ao Oscar e conquistado uma estatueta de Melhor Canção com “Flashdance… What a Feeling”, de Irene Cara. Ainda assim, a crítica ficou dividida em relação a produção. “Um crítico chamou de depósito de lixo tóxico”, contou Bruckheimer rindo. Para Nouri, “Flashdance” “não foi favorecido pela crítica e isso realmente não fez nenhuma diferença em termos de o filme se tornar icônico”. A história é centrada em Alex (Jennifer Beals), uma jovem soldadora de Pittsburgh que passa as noites se apresentando em um bar de cabaré, mas sonha em se tornar uma dançarina profissional. Foi nela que jovens se inspiraram para ditar tendências de moda, como o moletom caído no ombro. Beals se lembra de ter criado o estilo acidentalmente durante uma prova de roupas para o filme. “Deixei meu moletom na secadora por muito tempo e não consegui enfiar a cabeça pelo buraco. Então eu cortei o buraco para torná-lo maior. E então [o figurinista] Michael Kaplan transformou isso em algo melhor e mais legal”. Apesar da atriz ser sempre lembrada pelo papel, o estúdio relutou em aceitar Beals como protagonista. Bruckheimer lembrou que a equipe do filme lutou para por ela, mas os executivos do estúdio e o diretor Adrian Lyne só foram convencidos a seguir com a estreante graças às secretárias da empresa. “Os chefes da Paramount não conseguiram se decidir, então trouxeram todas as secretárias para ver os testes de tela e todos escolheram Jennifer”. Mesmo sendo estreante, Beals não topou fazer tudo o que os produtores pediram. Ela relembra que foi chamada para fazer uma cena de nudez, mas não aceitou. “Adrian me ligou e estava tentando me convencer de que seria algo de bom gosto. Eu apenas disse: ‘Sem desrespeito a você, mas eu não te conheço’”, conta ela rindo. Para a atriz, o legado duradouro do filme decorre em parte da inclusão de temas que não eram tão comuns nos filmes de estúdio da época. “Quando penso naquela cena em que ela está andando pelo corredor e há todas as bailarinas lá, não é apenas uma imagem clássica, mas também fala muito sobre barreiras em relação à raça”, apontou. Relembre os dois hits mais famosos de “Flashdance”, em clipes com cenas do filme.
Diretora de “Nomadland” fará filme sobre esposa de Shakespeare
Depois de se tornar a segunda mulher da história a vencer um Oscar de Melhor Direção pelo premiado “Nomadland” (2020), a cineasta Chloé Zhao prepara um novo projeto: uma adaptação de “Hamnet”, filme baseado no romance de Maggie O’Farrell sobre a vida da mulher do dramaturgo William Shakespeare. O best-seller conta a história de Agnes, esposa de Shakespeare, enquanto ela luta para aceitar a morte de seu único filho, Hamnet. O romance traça os conflitos emocionais, familiares e artísticos dessa perda, uma tragédia que acabou servindo de inspiração para criação de uma das peças mais famosa de seu marido, “Hamlet”. O roteiro está sendo adaptado pela própria escritora, em parceria com Zhao. O diretor Sam Mendes é um dos produtores da adaptação junto com a Neal Street, que produziu o seu filme vencedor do Oscar “1917”. Ainda não está claro se este será o próximo filme de Zhao, já que ela está desenvolvendo diversos outros projetos após sofrer com críticas negativas por sua estreia na Marvel. Após vencer o Oscar, ela dirigiu “Eternos” (2021), que obteve a pior avaliação do estúdio (47%) no Rotten Tomatoes em todos os tempos, além de não ter conseguido grande bilheteria. Após a trajetória anêmica do filme, a diretora decidiu fazer uma pausa para encontrar um novo projeto.
TNT bate recorde de audiência com transmissão do Oscar 2023
A transmissão do Oscar 2023 ajudou o canal pago TNT a bater recorde de audiência. Exibida no último domingo (12/3), a cerimônia fez com que o canal crescesse 300% e liderasse o ranking geral na televisão por assinatura no Brasil, de acordo com números do Kantar Ibope. A premiação representou um crescimento de 300% na audiência do canal em relação às seis semanas anteriores. Também rendeu a liderança, de forma isolada, no ranking geral da TV por assinatura entre total indivíduos. E, para completar, foi a maior audiência dos últimos três anos. O aumento de público refletiu a ausência da transmissão na TV aberta, graças à desistência da Globo, que exibiu o prêmio durante muitos anos. A cobertura da TNT também foi exibida no streaming pela HBO Max, e teve apresentação de Ana Furtado, comentários de Michel Arouca e da convidada especial Camila Morgado, além de trazer Caroline Ribeiro e Aline Diniz no tapete vermelho do evento. Em contraponto a esse sucesso de público, a transmissão nacional acabou recebendo críticas negativas nas redes sociais, especialmente pelo desempenho de Ana Furtado, que apareceu na tela com vestido de gala – em contraste com o visual de tênis de Arouca e de “pijama” de Morgado – , fez comentários superficiais sobre os filmes e não deu tempo para a convidada se expressar.
Cineasta de “Entre Mulheres” fará filme sobre temporada de premiações
A diretora Sarah Polley venceu o Oscar de Melhor Roteiro Adaptado por seu trabalho no drama “Entre Mulheres”, mas já está escrevendo um novo projeto. E, dessa vez, o novo filme será ambientado na temporada das premiações. “O meu novo filme será um projeto baseado em minhas experiências durante a temporada de premiações. É sério. Não estou brincando”, disse a cineasta ao site Deadline durante o tapete vermelho da premiação. “Eu sei todos os seus nomes e tenho todos os seus números, você vai ouvir falar de mim”, disse Polley, referindo-se aos profissionais que cobrem a temporada de premiações. Ela não seria a primeira cineasta a dar uma alfinetada na política em torno da temporada de premiações. Christopher Guest já dirigiu o falso documentário “Por Trás das Câmeras”, em 2006, estrelado por Fred Willard (“Família Moderna”) e Eugene Levy (“American Pie”). “Entre Mulheres” é uma obra adaptada do best-seller “Women Talking”, de Miriam Toews. A história acompanha um grupo de mulheres que são drogadas e abusadas por membros da colônia religiosa em que vivem. Aproveitando a ausência dos homens na comunidade, elas precisam decidir se abandonam a reclusão em busca de ajuda ou se lutam pela sua própria liberdade de alguma outra forma. Tudo isso enquanto questionam a sua fé. O elenco estelar é formado por Claire Foy (“O Primeiro Homem”), Rooney Mara (“O Beco do Pesadelo”), Frances McDormand (“Nomadland”) e Jessie Buckley (“A Filha Perdida”).
Conheça os bastidores da apresentação de Lady Gaga no Oscar: “Queria fazer algo cru”
Após afirmar que não se apresentaria no Oscar por estar “muito ocupada” com as gravações da continuação de “Coringa”, Lady Gaga voltou atrás e acabou performando na 95° cerimônia da premiação. A presença da estrela só foi confirmada na manhã de domingo (12/3), dia do evento. Os produtores do Oscar revelaram que a performance de Gaga, que estava indicada ao prêmio pela canção original de “Top Gun: Maverick”, só foi acertada de última hora. Em entrevista ao The Hollywood Reporter, o produtor executivo Ricky Kirshner disse: “Ela queria muito fazer alguma coisa e ela realmente estava muito ocupada trabalhando em seu novo filme. Na quinta-feira, nós recebemos uma mensagem dizendo que ela queria tentar algo, mas não tinha tempo suficiente de fazer uma grande apresentação. Ela queria fazer algo que fosse cru. Algo que as pessoas pudessem ver a verdadeira Gaga. E, com uma voz igual a dela, você não precisa de mais nada”, elogiou Ricky. Com pouco tempo para ensaio, a performance de Gaga para a canção “Hold My Hand” acabou impactando por ser o oposto de um espetáculo grandioso: a cantora optou por usar uma camiseta preta simples, um jeans rasgado e um Allstar para executar uma versão simplificada da música, apresentada sem iluminação especial ou cenário. “É profundamente pessoal para mim e acho que todos precisamos uns dos outros. Precisamos de muito amor para caminhar por esta vida”, disse ela ao público antes de iniciar a performance. Essa foi a quarta apresentação de Gaga no Oscar: em 2016, ela cantou “Til It Happens to You” do documentário “The Hunting Ground” (2015) e, em 2019, ganhou sua primeira estatueta ao cantar o hit “Shallow”, da trilha sonora de “Nasce Uma Estrela” (2018), ao lado de Bradley Cooper (‘O Lado Bom da Vida’). Em 2015, ela participou de uma homenagem ao filme “A Noviça Rebelde” (1965) e no ano passado esteve ao lado de Liza Minelli para apresentar o prêmio de Melhor Filme, que foi dado para o filme “No Ritmo do Coração” (2021). Reveja a última performance de Gaga no Oscar abaixo.
Transmissão do Oscar tem maior audiência dos últimos anos
A inclusão de blockbusters e filmes de streaming entre os indicados da premiação, ajudou a transmissão do Oscar 2023 a ter uma das maiores audiências dos últimos anos nos EUA. O programa foi visto por 18,7 milhões de telespectadores na rede americana ABC, um aumento de 12% em comparação à edição de 2022, quando aconteceu o infame tapa de Will Smith. A recuperação é ainda maior quando comparada à edição de 2021, quando a transmissão teve o pior público de sua história, com apenas 10,4 milhões. O Oscar 2023 também conquistou bons números nas redes sociais, atingindo cerca de 27,4 milhões de interações ao todo, com dados de plataformas como Twitter, Facebook, Instagram e YouTube. Foi um aumento de 5% em comparação com a edição passada, o que não deixa de ser significativo considerando que o atrito entre Will Smith e Chris Rock se tornou um dos maiores assuntos do ano. Apesar dessa retomada de público, o evento ainda está longe de repetir seus dias de glória. Para efeito de comparação, o Oscar de maior audiência da história foi ao ar em 1998, quando “Titanic” levou a estatueta de Melhor Filme – e mais 10 troféus – diante de 57 milhões de telespectadores.
Mira Sorvino critica Oscar por esquecer seu pai em homenagens póstumas
A atriz Mira Sorvino, vencedora do Oscar por “Poderosa Afrodite” criticou a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas por ignorar seu pai, o também ator Paul Sorvino (“Godfather of Harlem”), no segmento “In Memoriam” do Oscar 2023, que visava homenagear os artistas que morreram no último ano. “Eu, pelo menos, estou lembrando do meu pai nesta noite de Oscar”, escreveu ela numa publicação no seu Twitter. “É incrivelmente desconcertante que meu amado pai e muitos outros atores incríveis e brilhantes que já se foram tenham sido deixados de fora. O Oscar esqueceu de Paul Sorvino, mas o resto de nós nunca esquecerá!”, completou. Paul Sorvino morreu de causas naturais em julho passado, aos 85 anos. Além dele, também ficaram de fora da homenagem as atrizes Anne Heche (“Jogando com Prazer”) e Charlbi Dean, entre outros. No caso de Dean, sua ausência foi ainda mais marcante, visto que ela estrelou “Triângulo da Tristeza”, que estava concorrendo ao Oscar de Melhor Filme. Mas a omissão de Paul Sorvino foi igualmente marcante, porque a Academia lembrou de homenagear o ator Ray Liotta com uma cena de “Os Bons Companheiros”, ignorando que o filme também tinha em seu elenco o pai de Mira Sorvino. Ao final do “In Memoriam” foi apresentando um QR code que levava os espectadores ao site do Oscar, onde foi disponibilizada uma lista mais extensa do que aquela apresentada na cerimônia. Paul Sorvino, Anne Heche e Charlbi Dean foram todos incluídos na lista do site. Mas, segundo a família do ator, isso não foi suficiente. “Paul não foi a única alma merecedora deixada de fora, e um QR code não é aceitável”, disse a viúva de Paul Sorvino, Dee Dee, em comunicado à imprensa. “A Academia precisa pedir desculpas, admitir o erro e fazer melhor. Paul Sorvino merece melhor, a audiência merece melhor. A Academia está tão cínica que esquece as pessoas que são amadas, e que deram seus corações para esta indústria?” “Vergonha para a Academia se isso não for corrigido”, continuou Dee Dee. “Erros são cometidos, este foi um grande erro. Por favor, façam algo para consertar.” Diante das críticas em relação às ausências no “In Memoriam”, a organização do Oscar emitiu um comunicado dizendo que: “a Academia recebe centenas de solicitações para incluir entes queridos e colegas da indústria no segmento ‘In Memoriam’ do Oscar. Um comitê executivo representando todas as áreas considera a lista e faz seleções para a transmissão com base no tempo limitado disponível. Todas as inscrições estão incluídas na A.frame [revista digital da Academia] e permanecerão no site ao longo do ano.” Como se vê, a Academia acha que não deve desculpas. It is baffling beyond belief that my beloved father and many other amazing brilliant departed actors were left out. The Oscars forgot about Paul Sorvino, but the rest of us never will!! https://t.co/dbgcfb1qy3 via @forthewin — Mira Sorvino (@MiraSorvino) March 13, 2023 I for one am remembering Dad on this Oscars night… https://t.co/h7rZ0994HN — Mira Sorvino (@MiraSorvino) March 13, 2023
Produtor mineiro ganha Oscar com o filme “Nada de Novo Front”
Teve brasileiro premiado no Oscar 2023. O produtor mineiro Daniel Dreifuss, de 44 anos, recebeu a estatueta na categoria de melhor filme internacional por seu trabalho no drama de guerra “Nada de Novo no Front”. Há cerca de 20 anos, o produtor de cinema belo-horizontino se mudou da capital mineira para Los Angeles, onde reside atualmente, mas nunca deixou de amar o Brasil e a sua cidade natal. “Sou amante do samba, fascinado pela história de Minas, pela gastronomia”, disse ele em entrevista recente ao jornal O Tempo. Em duas décadas nos Estados Unidos, Dreifuss se estabeleceu na indústria cinematográfica e assinou a produção de alguns projetos famosos como “No”, de Pablo Larraín, primeiro longa chileno indicado ao Oscar de melhor filme internacional, em 2013, com Gael García Bernal (“Tempo”), e “Sérgio”, estrelado por Wagner Moura (“Agente Oculto”) e Ana de Armas (“Blondie”), biografia do saudoso diplomata brasileiro Sérgio Vieira de Mello. Com surpreendentes 9 indicações ao Oscar, incluindo a de Melhor Filme, “Nada de Novo no Front” conta a história do jovem soldado alemão Paul (Felix Kammerer), que se alista para lutar na 1ª Guerra Mundial. O roteiro é baseado no romance homônimo do escritor Erich Maria Remarque, lançado em janeiro de 1929. O longa foi um dos maiores vencedores da noite, conquistando quatro categorias: Melhor Filme Internacional, Fotografia, Direção de Arte (Design de Produção) e Trilha Sonora. Daniel Dreifuss recebeu o roteiro de “Nada de Novo no Front” há mais ou menos 10 anos. Originalmente, o filme seria todo falado em inglês e tinha uma pegada mais comercial, com muitas cenas de ação e explosões. A trama focava mais no último dia do conflito, horas antes do armistício do dia 11 de novembro de 1918, às 11h. Depois que o texto passou por outros diretores e produtores, Dreifuss decidiu retomar o projeto com mudanças importantes. “Lutei pela autenticidade que sempre norteou minha carreira. Eu pensei: ‘por que alemães estariam falando em inglês entre si?’. Fui para a Alemanha em 2019 com a ideia de voltar ao texto original e tentar levantar a produção em alemão”, explicou para o jornal mineiro. “Nada de Novo no Front”, cuja direção é assinada por Edward Berger (“Jack”), foi rodado em 2021 e há poucos meses chegou ao streaming como grande aposta da Netflix para a temporada de premiações. Até conseguir financiamento para o filme, Daniel Dreifuss ouviu muitas recusas nos Estados Unidos. Contudo, voltar ao texto original e buscar parceiros na Alemanha tem uma explicação muito particular. “A família do meu pai é toda da Alemanha, da fronteira com a França. Meu avô Max nasceu em 1899, se alistou em 1917 e foi lutar pela Alemanha na 1ª Guerra. Ferido nas costas e no pulmão, foi mandado de volta para a casa. O primo dele é uma das pessoas das quais o filme fala. Ele morreu a 40 horas do fim da guerra. O meu avô, 20 anos depois, foi mandado para uma campo de concentração por ser judeu-alemão”, relatou o produtor. “Quando eu recebi o roteiro, eu sabia que aquelas pessoas existiam na minha vida, existiam em mim. Eu queria honrá-las depois de tantos ‘nãos’ seguidos, de tanta carga negativa. Eu pensava nessas pessoas e continuava no empenho de contar essa história”, ele completa. O seu avô sobreviveu ao terror do nazismo e fugiu para o Uruguai, onde nasceria o pai do produtor, o cientista político e historiador René Dreifuss. Daniel nasceu em Glasgow, em 1978, quando o seu pai fazia doutorado na Escócia. Um ano e meio depois, ele chegou a Belo Horizonte. O produtor fala com saudade de BH. Foi na capital mineira que ele se apaixonou por cinema em sessões no Cine Pathé, no Cine Acaiaca, no Belas Artes e em outros cinemas de rua da cidade, levado por sua mãe, Aurea, ainda quando era criança. Essas memórias acompanham Dreifuss até os dias de hoje, e assim sempre será. Há tantos anos fora do Brasil, o produtor não quer que seus laços com o país se enfraqueçam com o tempo. Amizades, família, culinária, música e visitas pontuais ao país ajudam a manter forte essa relação. Já com o mercado cinematográfico brasileiro, Daniel Dreifuss espera criar uma relação que gere futuros trabalhos: “Gostaria que o Brasil se lembrasse mais que eu sou brasileiro, adoraria levantar projetos no Brasil. Nosso país tem muitos talentos no cinema, diretores interessantíssimos, tem a turma de Recife, dos meus conterrâneos do ‘Marte Um’, da Filmes de Plástico. Espero que eu tenha o privilégio de acabar me conectando mais com a indústria brasileira. Eu vou onde as histórias estão, e elas não têm fronteiras”. “Nada de Novo no Front” tornou-se o filme alemão mais premiado da história do Oscar. E além das quatro estatuetas da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas dos EUA, o longa também foi o grande vencedor da premiação da Academia Britânica de Artes e Ciências Cinematográficas e Televisivas, vencendo sete BAFTA Awards, incluindo Melhor Filme e Melhor Diretor. Após o sucesso estrondoso da obra, Daniel relata que atualmente está cheio de novos projetos e trabalha no desenvolvimento de duas minisséries e um filme. E o produtor revela que adoraria ver todas essas obras serem gravadas no Brasil: “Não quero me distanciar do meu país. O Brasil é emocionante”.












