“O Gâmbito da Rainha” lidera premiação das categorias técnicas do Emmy 2021
A Academia da Televisão dos EUA entregou mais troféus do Emmy 2021 em duas cerimônias realizadas na tarde e na noite de domingo (12/9) em Los Angeles. Após uma primeira leva de categorias técnicas no sábado, os novos troféus destacaram prêmios em animação, documentários, variedades e reality shows, além de atores convidados e dublês. Os Emmys de interpretação permitiram a Claire Foy acrescentar um Emmy de Melhor Atriz Convidada a sua coleção, por sua pequena participação num flashback de dois minutos da 4ª temporada de “The Crown”, após ter vencido o troféu de Melhor Atriz pela 2ª temporada de série em 2018. O Melhor Ator Convidado de drama foi Courtney B. Vance, de “Lovecraft Country”, enquanto dois apresentadores do “Saturday Night Live”, Maya Rudolph e Dave Chappelle, conquistaram os prêmios equivalentes de comédia. Entre os prêmios principais de categorias, “Natal com Dolly Parton” foi o Melhor Telefilme, “Boys State” o Melhor Documentário, “Secrets Of The Whales” a Melhor Série Documental, “Queer Eye” o Melhor Reality e “Primal” a Melhor Série Animada. Somando as cerimônias de sábado e no domingo, a atração mais premiada até o momento é “O Gâmbito da Rainha”, minissérie da Netflix que conquistou nove prêmios, seguido por “The Mandalorian”, primeira série “Star Wars” da Disney+, com sete troféus. Em 3º lugar, há um empate entre o humorístico “Saturday Night Live” e o reality “RuPaul’s Drag Race”, ambos com cinco vitórias. Entre esses prêmios, o apresentador RuPaul atingiu sua sexta vitória consecutiva e levou o 10º Emmy de sua carreira. Chamados de Emmys das Artes Criativas, estes primeiros prêmios são técnicos e entregues sem exibição ao vivo da TV. A cerimônia principal, com transmissão no Brasil pelo canal pago TNT, está marcado para o próximo domingo (19/9), onde serão conhecidas as melhores séries e artistas do ano. Confira abaixo todos os troféus entregues ao longo de domingo no Emmy 2021. Melhor Ator Convidado – Série de Drama Courtney B. Vance (“Lovecraft Country”) Melhor Atriz Convidada – Série de Drama Claire Foy (“The Crown”) Melhor Ator Convidado – Série de Comédia Dave Chappelle (“Saturday Night Live”) Melhor Atriz Convidada – Série de Comédia Maya Rudolph (“Saturday Night Live”) Melhor Telefilme “Natal com Dolly Parton” Melhor Documentário “Boys State” Melhor Série Documental “Secrets Of The Whales” Melhor Série Animada “Primal” Melhor Realização Individual em Animação David Krentz (storyboard artist) em “Primal” Robert Valley (production designer) em “Love, Death & Robots” Patricio Betteo (background artist) em “Love, Death & Robots” Dan Gill (stop motion animator) em “Love, Death & Robots” Laurent Nicolas (character designer) em “Love, Death & Robots” Nik Ranieri (lead character layout artist) em “Os Simpsons” Melhor Produção Animada em Curta-Metragem “Love, Death + Robots” – Episódio “Ice” Mérito Excepcional em Documentário “76 Days” Melhor Reality Show Estruturado “Queer Eye” Melhor Reality Show sem Estrutura “RuPaul’s Drag Race Untucked” Melhor Especial de Variedades com Apresentador “Stanley Tucci: Searching For Italy” Melhor Apresentador de Variedades ou Competição RuPaul (“RuPaul’s Drag Race”) Melhor Casting – Série de Comédia “Ted Lasso” Melhor Casting – Série de Drama “The Crown” Melhor Casting – Minissérie “O Gambito da Rainha” Melhor Casting – Reality Show “RuPaul’s Drag Race” Melhor Coreografia – Variedades “Dancing With The Stars” Melhor Coreografia – Série ou Telefilme “Natal com Dolly Parton” Melhor Fotografia – Documentário “David Attenborough: A Life On Our Planet” Melhor Fotografia – Reality Show “Life Below Zero” Melhor Comercial “You Can’t Stop Us” – Nike Melhor Direção – Variedades Don Roy King (“Saturday Night Live”) Melhor Direção – Especial de Variedades Bo Burnham (“Bo Burnham: Inside”) Melhor Direção – Documentário Kirsten Johnson (“Dick Johnson Is Dead”) Melhor Direção – Reality Show Nick Murray (“RuPaul’s Drag Race”) Melhor Edição – Documentário “O Dilema das Redes” Melhor Edição – Reality Show Estruturado “RuPaul’s Drag Race” Melhor Edição – Reality Show sem Estrutura “Life Below Zero” Melhor Iluminação – Variedades “Saturday Night Live” Melhor Iluminação – Especial de Variedades “David Byrne’s American Utopia ” Melhor Trilha Musical – Série “The Mandalorian” Melhor Trilha Musical – Minissérie, Antologia ou Telefilme “O Gambito da Rainha” Melhor Trilha Musical – Documentário ou Variedades “David Attenborough: A Life On Our Planet” Melhor Direção Musical “Bo Burnham: Inside” Melhor Canção Original “WandaVision” – Agatha All Along Melhor Tema de Abertura “The Flight Attendant” Melhor Supervisão Musical “I May Destroy You” Melhor Ator – Série de Episódios Curtos John Lutz (“Mapleworth Murders”) Melhor Atriz – Série de Episódios Curtos Keke Palmer (“Keke Palmer’s Turnt Up With The Taylors”) Melhor Programa de Episódios Curtos “Carpool Karaoke: The Series” Melhor Programa de Variedades em Curta-Metragem “Uncomfortable Conversations With A Black Man” Melhor Dublagem Maya Rudolph (“Big Mouth”) Melhor Narração Sterling K. Brown (“Lincoln: Divided We Stand”) Melhor Apresentador de Reality Show RuPaul (“RuPaul’s Drag Race”) Melhor Edição de Som – Documentário “The Bee Gees: How Can You Mend A Broken Heart” Melhor Mixagem de Som – Variedades ou Especial “David Byrne’s American Utopia” Melhor Mixagem de Som – Documentário “David Attenborough: A Life On Our Planet” Melhores Efeitos Visuais – Temporada Completa “The Mandalorian” Melhores Efeitos Visuais – Episódio “Star Trek: Discovery” – Su’kal Melhor Coordenação de Dublês “The Mandalorian” Melhor Performance de Dublês “The Mandalorian” Melhor Direção Técnica/Câmeras – Série de Variedades “Last Week Tonight with John Oliver” Melhor Direção Técnica/Câmeras – Especial de Variedades “Hamilton” Melhor Roteiro – Documentário Vickie Curtis, Davis Coombe, Jeff Orlowski (“O Dilema das Redes”) Melhor Roteiro – Especial de Variedades “Bo Burnham: Inside” E confira ainda os prêmios entregues no sábado. Melhor Fotografia – Sitcom “Country Comfort” Melhor Fotografia – Série de Meia-Hora “The Mandalorian” Melhor Fotografia – Série de Uma Hora “The Crown” Melhor Fotografia – Minissérie ou Antologia “O Gambito da Rainha” Melhor Edição – Série de Drama “The Crown” – Fairytale Melhor Edição – Série de Comédia “Ted Lasso” – The Hope That Kills You Melhor Edição – Sitcom “The Conners” – Jeopardé, Sobrieté And Infidelité Melhor Edição – Minissérie “O Gambito da Rainha” – Exchanges Melhor Edição – Variedades “A Black Lady Sketch Show” – Sister, May I Call You Oshun? Melhor Design de Produção – Série Contemporânea “Mare of Easttown” Melhor Design de Produção – Série de Época ou Fantasia “O Gambito da Rainha” Melhor Design de Produção – Série de Meia-Hora “WandaVision” Melhor Design de Produção – Variedades “Saturday Night Live” Melhor Design de Produção – Especial de Variedades “The Oscars” Melhor Figurino – Produção de Época “O Gambito da Rainha” Melhor Figurino – Produção de Fantasia “WandaVision” Melhor Figurino – Produção Contemporânea “Pose” Melhor Cabeleireiro – Produção Contemporânea “Pose” Melhor Cabeleireiro – Produção de Época ou Fantasia “Bridgerton” Melhor Cabeleireiro – Variedades “Saturday Night Live” Melhor Maquiagem – Produção Contemporânea “Pose” Melhor Maquiagem – Produção de Época ou Fantasia “O Gambito da Rainha” Melhor Maquiagem – Variedades “Saturday Night Live” Melhor Maquiagem – Especiais e Reality Shows “Black Is King” “The Masked Singer” “Sherman’s Showcase Black History Month Spectacular” Melhor Maquiagem – Efeitos Visuais “The Mandalorian” Melhor Edição de Som – Série de Drama “Lovecraft Country” Melhor Edição de Som – Série de Comédia ou Animação “Love, Death + Robots” Melhor Edição de Som – Minissérie ou Antologia “O Gambito da Rainha” Melhor Mixagem de Som – Série de Drama “The Mandalorian” Melhor Mixagem de Som – Minissérie ou Antologia “O Gambito da Rainha” Melhor Mixagem de Som – Comédia ou Animação “Ted Lasso” Melhor Mixagem de Som – Variedades ou Especial “David Byrne’s American Utopia” Melhor Design de Abertura “The Good Lord Bird” Melhor Design de Movimento “Calls” Melhor Programa Interativo “Space Explorers: The ISS Experience” Melhor Inovação em Programa Interativo “For All Mankind: Time Capsule”
“WandaVision” ganha primeiros Emmys da Marvel
A Academia da Televisão dos EUA começou a entregar seus primeiros troféus de 2021 na noite de sábado (11/9) em Los Angeles. E a primeira das três cerimônias previstas já rendeu Emmys para o Marvel Studios em sua estreia na premiação, com duas conquistas para “WandaVision”. A série exibida na Disney+ venceu as categorias de Design de Produção (cenografia) e Figurino para produções de meia-hora e fantasia, respectivamente. Mas a atração que disparou na frente no começo do Emmy 2021 foi “O Gâmbito da Rainha”. A minissérie da Netflix conquistou nada menos que 7 troféus técnicos: Fotografia, Edição, Design de Produção, Figurino, Maquiagem, Mixagem e Edição de Som em minissérie. Outros destaques foram “The Mandalorian”, “Pose” e o humorístico “Saturday Night Live”, com três troféus cada. Este é o último Emmy de “Pose”, que se encerrou na 3ª temporada e concorre a oito prêmios ao todo. As conquistas até agora foram nas categorias de Figurino, Maquiagem e Cabelereiro de série contemporânea, que disputava como favorita. Além de “WandaVision”, a premiação destacou outra série estreante: a comédia “Ted Lasso”, da Apple TV+, com dois troféus técnicos. Entre as plataformas, a Netflix abriu frente com 12 vitórias (incluindo dois Emmys de “The Crown”), seguida pela Disney+ com seis troféus. Já em 3º lugar há um surpreendente empate entre HBO/HBO Max e Apple TV+, ambas com quatro prêmios. Chamados de Emmys das Artes Criativas, os primeiros prêmios são técnicos e entregues ao longo de dois dias. A segunda metade da premiação acontece neste domingo (12/9) em duas partes (à tarde e à noite), enquanto o evento com os prêmios principais – e único dos três dias com transmissão televisiva – está marcado para o próximo domingo (19/9). Confira abaixo todos os troféus entregues na primeira noite do Emmy 2021. Melhor Fotografia – Sitcom “Country Comfort” Melhor Fotografia – Série de Meia-Hora “The Mandalorian” Melhor Fotografia – Série de Uma Hora “The Crown” Melhor Fotografia – Minissérie ou Antologia “O Gambito da Rainha” Melhor Edição – Série de Drama “The Crown” – Fairytale Melhor Edição – Série de Comédia “Ted Lasso” – The Hope That Kills You Melhor Edição – Sitcom “The Conners” – Jeopardé, Sobrieté And Infidelité Melhor Edição – Minissérie “O Gambito da Rainha” – Exchanges Melhor Edição – Variedades “A Black Lady Sketch Show” – Sister, May I Call You Oshun? Melhor Design de Produção – Série Contemporânea “Mare of Easttown” Melhor Design de Produção – Série de Época ou Fantasia “O Gambito da Rainha” Melhor Design de Produção – Série de Meia-Hora “WandaVision” Melhor Design de Produção – Variedades “Saturday Night Live” Melhor Design de Produção – Especial de Variedades “The Oscars” Melhor Figurino – Produção de Época “O Gambito da Rainha” Melhor Figurino – Produção de Fantasia “WandaVision” Melhor Figurino – Produção Contemporânea “Pose” Melhor Cabeleireiro – Produção Contemporânea “Pose” Melhor Cabeleireiro – Produção de Época ou Fantasia “Bridgerton” Melhor Cabeleireiro – Variedades “Saturday Night Live” Melhor Maquiagem – Produção Contemporânea “Pose” Melhor Maquiagem – Produção de Época ou Fantasia “O Gambito da Rainha” Melhor Maquiagem – Variedades “Saturday Night Live” Melhor Maquiagem – Especiais e Reality Shows “Black Is King” “The Masked Singer” “Sherman’s Showcase Black History Month Spectacular” Melhor Maquiagem – Efeitos Visuais “The Mandalorian” Melhor Edição de Som – Série de Drama “Lovecraft Country” Melhor Edição de Som – Série de Comédia ou Animação “Love, Death + Robots” Melhor Edição de Som – Minissérie ou Antologia “O Gambito da Rainha” Melhor Mixagem de Som – Série de Drama “The Mandalorian” Melhor Mixagem de Som – Minissérie ou Antologia “O Gambito da Rainha” Melhor Mixagem de Som – Comédia ou Animação “Ted Lasso” Melhor Mixagem de Som – Variedades ou Especial “David Byrne’s American Utopia” Melhor Design de Abertura “The Good Lord Bird” Melhor Design de Movimento “Calls” Melhor Programa Interativo “Space Explorers: The ISS Experience” Melhor Inovação em Programa Interativo “For All Mankind: Time Capsule”
Números do Emmy: HBO Max, “The Crown” e “The Mandalorian” lideram indicações
As séries “The Crown” e “The Mandalorian” lideram em número de indicações a disputa do Emmy Awards 2021, que visa premiar os melhores conteúdos e artistas televisivos/streamers do ano. Ambas tiveram 24 nomeações na premiação da Academia de Televisão dos EUA. As duas produções vão competir entre si pelo Emmy de Melhor Série de Drama, categoria que também inclui “The Handmaid’s Tale” (21 indicações), “Lovecraft Country” (18), “Bridgerton” (12), “Pose” (9), “This Is Us” (6) e “The Boys” (5). Igualmente acirrada está a disputa entre as minisséries, que coloca frente a frente “WandaVision” (23), “O Gambito da Rainha” (18), “Mare of Easttown” (16), “I May Destroy You” (9) e “The Underground Railroad” (7). Já a concorrência a Melhor Série de Comédia abre com grande vantagem de “Ted Lasso”, com 20 indicações, contra “Hacks” (15), “The Flight Attendant” (9), “O Método Kominsky” (5), “Black-ish” (5), “Cobra Kai” (4), “Pen15” (3) e o azarão “Emily em Paris” (2). Este ano, a HBO apresentou todos os seus candidatos como produções da HBO Max, fazendo com que a soma combinada de seus conteúdos de TV paga (94) e streaming (36) superassem os esforços dos concorrentes. Na batalha frontal com a Netflix, a vantagem foi de um título apenas, 130 contra 129, respectivamente. A guerra de números entre a HBO e a Netflix faz parte da História recente do Emmy, chegando a dominar as duas últimas edições. Em 2018, a Netflix superou pela primeira vez a concorrente com 112 indicações contra 108, mas no ano passado a HBO recuperou a coroa com 137 nomeações versus 118. A Netflix protestou contra o favorecimento à HBO Max (via consolidação de TV e streaming) em seu primeiro ano na premiação, mas o comunicado oficial da Academia de Televisão manteve a vantagem do rival. Os organizadores da premiação ainda apresentaram uma tabulação dos números de cada conglomerado, que colocou a Disney à frente de todos os outros, com 146 indicações somadas das plataformas Disney+ (71), Hulu (25), rede ABC (23), canais pagos FX (16), National Geographic (10) e Freeform (1). Mas só o número da Disney+ já seria suficiente para impressionar, comparado ao seu desempenho inaugural no ano passado – quanto somou 19 nomeações. O sucesso da plataforma é puxado pelas séries “The Mandalorian” (24), “WandaVision” (23), “Falcão e o Soldado Invernal” (5) e o telefilme/especial “Hamilton” (12). A Apple TV+ (35) e a Hulu (25) também registraram grande representatividade, puxados, respectivamente, pelos sucessos de “Ted Lasso” (20) e “The Handmaid’s Tale” (21). Em compensação, a Amazon submergiu. Graças a “The Underground Railroad” (7), ainda conseguiu assegurar 18 nomeações, sem entretanto impedir o forte declínio em relação as 30 citações do ano passado. O pior desempenho de streaming ficou para a recém-lançada plataforma Peacock, que obteve apenas duas indicações. Com a supremacia do streaming, a TV convencional vê seu prestígio diminuir ainda mais, ocupando menos vagas que HBO Max e Netflix: 102 somadas por todas as redes no Emmy, bem menos que as 121 do ano passado. O NBC lidera entre os canais abertos, graças ao humorístico “Saturday Night Live” (21), ao reality “The Voice” (7) e à série “This Is Us” (6). Mas é a TV paga, após a “conversão” da programação da HBO em catálogo de streaming, quem mais sofreu o impacto da concorrência online, disputando somente 51 prêmios com os canais FX (16), VH1 (11), Nat Geo (10), Bravo (8) e Showtime (6). Veja a lista realmente completa com todos os indicados aqui. O Emmy Awards 2021 será entregue em uma cerimônia em Los Angeles no dia 19 de setembro, com apresentação do comediante Cedric the Entertainer (da série “The Neighborhood”).
Confira a única lista realmente completa dos indicados ao Emmy 2021
A Academia de Televisão dos EUA divulgou nesta terça (13/7) a lista dos indicados à 73ª edição de sua premiação anual, os Emmy Awards. A cerimônia da entrega dos troféus acontecerá em 19 de setembro, em Los Angeles, com apresentação do comediante Cedric the Entertainer (da série “The Neighborhood”). As indicações refletem o aumento das opções de streaming, com muitas atrações da Disney+, HBO Max, Paramount+, Hulu, Apple TV+ e até Peacock, que diluíram muito o predomínio crescente da Netflix e Amazon, tendência dos últimos anos. Na verdade, com a lista completa é possível perceber que até a referência da Academia mudou, reconhecendo a grande vantagem do conglomerado Disney com 146 indicações somadas das plataformas Disney+ (71), Hulu (25), rede ABC (23), canais pagos FX (16), National Geographic (10) e Freeform (1). Entre as plataformas individuais, a mais lembrada foi a HBO Max com 130 nomeações, seguida de perto pela Netflix, com 129. Mas esses números são polêmicos, porque a HBO soma à sua plataforma 94 produções feitas para a TV paga (a HBO tradicional). A grande maioria dos sites brasileiros publicaram só as principais categorias de indicados, o que não permite avaliar o quadro completo da premiação. Apenas a Pipoca Moderna traz a relação integral. Graças a isso, nossos leitores são os únicos a saber que o cineasta Spike Lee concorre ao Emmy, a recém-falecida Jessica Walter foi reconhecida por sua trabalho como dubladora, o especial de reencontro de “Friends” disputa quatro troféus, as músicas originais de “WandaVision” e “The Boys” emplacaram na categoria de Melhor Canção, os documentários musicais de Billie Eilish, David Byrne, Bee Gees e Tina Turner estão entre os mais citados da premiação, além de conhecer quais são as melhores séries de animação, séries documentais, os diretores e roteiristas indicados, entre muitas e muitas outras categorias. Confira abaixo do vídeo dos anúncios principais a única lista realmente completa dos indicados aos Emmy Awards 2021. Melhor Série – Drama “The Boys” “Bridgerton” “The Crown” “The Handmaid’s Tale” “Lovecraft Country” “The Madalorian” “Pose” “This Is Us” Melhor Série – Comédia “Black-ish” “Cobra Kai” “Emily em Paris” “Hacks” “The Flight Attendant” “O Método Kominsky” “Pen15” “Ted Lasso” Melhor Minissérie “I May Destroy You” “Mare of Easttown” “O Gambito da Rainha” “The Underground Railroad” “WandaVision” Melhor Telefilme “Dolly Parton’s Christmas On The Square” “Oslo” “Robin Roberts Presents: Mahalia” “Sylvie’s Love” “Uncle Frank” Melhor Ator – Série de Drama Jonathan Majors (“Lovecraft Country”) Josh O’Connor (“The Crown”) Regé-Jean Page (“Bridgerton”) Billy Porter (“Pose”) Matthew Rhys (“Perry Mason”) Sterling K. Brown (“This is Us”) Melhor Ator Coadjuvante – Série de Drama Giancarlo Esposito (“The Mandalorian”) O-T Fagbenie (“The Handmaid’s Tale”) John Lithgow (“Perry Mason”) Tobias Menzies (“The Crown”) Max Minghella (“The Handmaid’s Tale”) Chris Sullivan (“This Is Us”) Bradley Whitford (“The Handmaid’s Tale”) Michael K. Williams (“Lovecraft Country”) Melhor Atriz – Série de Drama Uzo Aduba (“In Treatment”) Olivia Colman (“The Crown”) Emma Corrin (“The Crown”) Elisabeth Moss (“The Handmaid’s Tale”) Mj Rodriguez (“Pose”) Jurnee Smollett (“Lovecrafty Country”) Melhor Atriz Coadjuvante – Série de Drama Gillian Anderson, “The Crown” Helena Bonham Carter, “The Crown” Emerald Fennell, “The Crown” Madeline Brewer, “The Handmaid’s Tale” Ann Dowd, “The Handmaid’s Tale” Yvonne Strahovski, “The Handmaid’s Tale” Samira Wiley, “The Handmaid’s Tale” Aunjanue Ellis, “Lovecraft Country” Melhor Ator – Série de Comédia Anthony Anderson (“Black-ish”) Michael Douglas (“O Método Kominsky”) William H. Macy (“Shameless”) Jason Sudeikis (“ted Lasso”) Kenan Thompson (“Kenan”) Melhor Ator Coadjuvante – Série de Comédia Bowen Yang (“Saturday Night Live”) Kenan Thompson (“Saturday Night Live”) Brett Goldstein (“Ted Lasso”) Brendan Hunt (“Ted Lasso”) Nick Mohammed (“Ted Lasso”) Jeremy Swift (“Ted Lasso”) Paul Reiser (“O Método Kominsky”) Carl Clemons-Hopkins (“Hacks”) Melhor Atriz – Série de Comédia Aidy Bryant (“Shrill”) Kaley Cyuoco (“The Flight Attendant”) Allison Janney (“Mom”) Tracee Ellis Ross (“Black-ish”) Jean Smart (“Hacks”) Melhor Atriz Coadjuvante – Série de Comédia Kate McKinnon (“Saturday Night Live”) Cecily Strong (“Saturday Night Live”) Aidy Bryant (“Saturday Night Live”) Rosie Perez (“The Flight Attendant”) Hannah Einbinder (“Hacks”) Hannah Waddingham (“Ted Lasso”) Juno Temple (“Ted Lasso”) Melhor Ator – Minissérie ou Telefilme Lin-Manuel Miranda (“Hamilton”) Leslei Odom, Jr (“Hamilton”) Paul Bettany (“Wandavision”) Hugh Grant (“The Undoing”) Ewan McGregor (“Halston”) Melhor Ator Coadjuvante – Minissérie ou Telefilme Daveed Diigs (“Hamilton”) Jonathan Groff (“Hamilton”) Anthony Ramos (“Hamilton”) Thomas Brodie-Sangster (“O Gambito da Rainha”) Evan Peters (“Mare of Easttown”) Paapa Essiedu (“I May Destroy You”) Melhor Atriz – Minissérie ou Telefilme Michaela Coel (“I May Destroy You”) Cynthia Erivo (“Genius: Aretha”) Elizabeth Olsen (“WandaVision”) Anya Taylor-Joy (“O Gambito da Rainha”) Kate Winslet (“Mare of Easttown”) Melhor Atriz Coadjuvante – Minissérie ou Telefilme Jean Smart (“Mare of Easttown”) Julianne Nicholson (“Mare of Easttown”) Kathryn Hahn (“WandaVision”) Phillipa Soo (“Hamilton”) Renee Elise Goldsberry (“Hamilton”) Moses Ingram (“O Gambito da Rainha”) Melhor Ator Convidado – Série de Drama Don Cheadle (“Falcão e o Soldado Invernal”) Charles Dance (“The Crown”) Timothy Olyphant (“The Mandalorian”) Courtney B. Vance (“Lovecraft Country”) Carl Weathers (“The Mandalorian”) Melhor Atriz Convidada – Série de Drama Alexis Bledel (“The Handmaid’s Tale”) Claire Foy (“The Crown”) McKenna Grace (“The Handmaid’s Tale”) Sophie Okonedo (“Ratched”) Phylicia Rashad (“This Is Us”) Melhor Ator Convidado – Série de Comédia Alec Baldwin (“Saturday Night Live”) Dave Chappelle (“Saturday Night Live”) Morgan Freeman (“The Kominsky Method”) Daniel Kaluuya (“Saturday Night Live”) Daniel Levy (“Saturday Night Live”) Melhor Atriz Convidada – Série de Comédia Jane Adams (“Hacks”) Yvette Nicole Brown (“A Black Lady Sketch Show”) Bernadette Peters (“Zoey’s Extraordinary Playlist”) Issa Rae (“A Black Lady Sketch Show”) Maya Rudolph (“Saturday Night Live”) Kristen Wiig (“Saturday Night Live”) Melhor Talk-Show ou Programa de Variedades “Conan” “The Daily Show com Trevor Noah” “Jimmy Kimmel Live” “Last Week Tonight com John Oliver” “The Late Show com Stephen Colbert” Melhor Reality Show de Competição “The Amazing Race” “Nailed It” “RuPaul’s Drag Race” “Top Chef” “The Voice” Melhor Reality Show Estruturado “Antiques Roadshow” “Property Brothers: Forever Home” “Queer Eye” “Running Wild With Bear Grylls” “Shark Tank” Melhor Reality Show sem Estrutura “Becoming” “Below Deck” “Indian Matchmaking” “RuPaul’s Drag Race Untucked” “Selling Sunset” Melhor Série de Esquetes “A Black Lady Sketch Show” “Saturday Night Live” Melhor Especial de Variedades “Bo Burnham: Inside” “David Byrne’s American Utopia” “8:46 – Dave Chappelle” “Friends: The Reunion” “Hamilton” “A West Wing Special to Benefit When We All Vote” Melhor Especial de Variedades ao Vivo “Celebrating America – An Inauguration Night Special” “The 63rd Annual Grammy Awards” “The Oscars” “The Pepsi Super Bowl LV Halftime Show Starring The Weeknd” “Stephen Colbert’s Election Night 2020” Melhor Especial de Variedades com Apresentador “My Next Guest Needs No Introduction with David Letterman” “Oprah with Megan and Harry: A CBS Primetime Special” “Stanley Tucci: Searching For Italy” “United Shades Of America with W. Kamau Bell” “VICE” Melhor Apresentador de Variedades ou Competição Bobby Berk, Karamo Brown, Tan France, Antoni Porowski, Jonathan Van Ness (“Queer Eye”) Nicole Byer (“Nailed It!”) Barbara Corcoran, Mark Cuban, Lori Greiner, Robert Herjavec, Daymond John, Kevin O’Leary (“Shark Tank”) Tom Colicchio, Padma Lakshmi, Gail Simmons (“Top Chef”) RuPaul (“RuPaul’s Drag Race”) Melhor Série Animada “Big Mouth” “Bob’s Burgers” “Genndy Tartakovsky’s Primal” “The Simpsons” “South Park: The Pandemic Special” Melhor Produção Animada em Curtas “Love, Death + Robots” “Maggie Simpson In: The Force Awakens From Its Nap” “Once Upon a Snowman” “Robot Chicken” Melhor Documentário “The Bee Gees: How Can You Mend A Broken Heart” “Boys State” “Framing Britney Spears” “The Social Dilemma” “Tina” Melhor Série Documental “Allen v. Farrow” “American Masters” “City So Real” “Pretend It’s A City” “Secrets Of The Whales” Mérito Excepcional em Documentário “Dick Johnson Is Dead” “76 Days” “Welcome To Chechnya” Melhor Design de Produção – Série Contemporânea “The Flight Attendant” “The Handmaid’s Tale” “Mare Of Easttown” “The Undoing” “Yellowstone” Melhor Design de Produção – Série de Época ou Fantasia “Bridgerton” “The Crown” “Halston” “The Mandalorian” “Perry Mason” “O Gambito da Rainha” Melhor Design de Produção – Série de Meia-Hora “Emily em Paris” “Hacks” “Ted Lasso” “United States of Al” “WandaVision” Melhor Design de Produção – Variedades “Last Week Tonight With John Oliver” “The Late Show With Stephen Colbert” “The Masked Singer” “RuPaul’s Drag Race” “Saturday Night Live” Melhor Design de Produção – Especial de Variedades “Friends: The Reunion” “78th Annual Golden Globe Awards” “The 63rd Annual Grammy Awards” “The Oscars” “Stephen Colbert’s Election Night 2020” Melhor Casting – Série de Comédia “The Flight Attendant” “Hacks” “O Método Kominsky” “Pen15” “Ted Lasso” Melhor Casting – Série de Drama “Bridgerton” “The Crown” “The Handmaid’s Tale” “Lovecraft Country” “The Mandalorian” Melhor Casting – Minissérie “I May Destroy You” “Mare of Easttown” “O Gambito da Rainha” “The Underground Railroad” “WandaVision” Melhor Casting – Reality Show “Queer Eye” “RuPaul’s Drag Race” “Shark Tank” “Top Chef” “The Voice” Melhor Coreografia – Variedades “Christmas In Rockefeller Center” “Dancing With The Stars” – Routines: Argentine Tango “Dancing With The Stars” – Routines: Paso Doble “The Disney Holiday Singalong “Savage X Fenty Show Vol. 2” “World Of Dance” Melhor Coreografia – Série ou Telefilme “Dolly Parton’s Christmas On The Square” “Genius: Aretha” “Lucifer” “Zoey’s Extraordinary Playlist” – Routines: Black Man In A White World / Tightrope “Zoey’s Extraordinary Playlist” – Routines: Hello Dolly / Starships / Let’s Get Loud” Melhor Coreografia – Sitcom “Call Me Kat” “The Conners” “Country Comfort” “Last Man Standing” “The Upshaws” Melhor Fotografia – Série de Meia-Hora “Grown-ish” “Hacks” “Made For Love” “The Mandalorian” “Servant” Melhor Fotografia – Série de Uma Hora “Bridgerton” “The Crown” “Euphoria” “Lovecraft Country” “The Mandalorian” “Perry Mason” “The Umbrella Academy” Melhor Fotografia – Minissérie ou Antologia “Fargo” “Mare Of Easttown” “O Gambito da Rainha” “Small Axe” – Mangrove “The Underground Railroad” Melhor Fotografia – Documentário “City So Real” “David Attenborough: A Life On Our Planet” “Dick Johnson Is Dead” “Rebuilding Paradise” “Secrets Of The Whales” “The Social Dilemma” Melhor Fotografia – Reality Show “The Amazing Race” “Deadliest Catch” “Life Below Zero” “Queer Eye” “RuPaul’s Drag Race” Melhor Comercial “Airpods Pro” — Jump “Alexa’s Body” – Amazon Alexa “Better | Mamba Forever” – Nike “It Already Does That” – Apple Watch Series 6 “You Can’t Stop Us” – Nike “You Love Me” – Beats by Dre Melhor Figurino – Produção de Época “Bridgerton” “The Crown” “Halston” “O Gambito da Rainha” “Ratched” Melhor Figurino – Produção de Fantasia “The Handmaid’s Tale” “Lovecraft Country” “The Mandalorian” “The Umbrella Academy” “WandaVision” Melhor Figurino – Produção Contemporânea “Black-ish” “Euphoria” “Hacks” “I May Destroy You” “Mare Of Easttown” “The Politician” “Pose” Melhor Direção – Série de Comédia James Burrows (“B Positive”) Susanna Fogel (“The Flight Attendant”) Lucia Aniello (“Hacks”) James Widdoes (“Mom”) Zach Braff (“Ted Lasso”) MJ Delaney (“Ted Lasso”) Declan Lowney (“Ted Lasso”) Melhor Direção – Série de Drama Julie Anne Robinson (“Bridgerton”) Benjamin Caron (“The Crown”) Jessica Hobbs (“The Crown”) Liz Garbus (“The Handmaid’s Tale”) Jon Favreau (“The Mandalorian”) Steven Canals (“Pose”) Melhor Direção – Minissérie ou Antologia Thomas Kail (“Hamilton”) Michaela Coel (“I May Destroy You”) Sam Miller (“I May Destroy You”) Craig Zobel (“Mare Of Easttown”) Scott Frank (“O Gambito da Rainha”) Barry Jenkins (“The Underground Railroad”) Matt Shakman (“WandaVision”) Melhor Direção – Variedades Christopher Werner (“Last Week Tonight With John Oliver”) Alexander J. 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Farrow”) Frank Marshall (“The Bee Gees: How Can You Mend A Broken Heart”) Amanda McBaine, Jesse Moss (“Boys State”) Kirsten Johnson (“Dick Johnson Is Dead”) Jeff Orlowski (“The Social Dilemma”) Dan Lindsay, TJ Martin (“Tina”) Melhor Direção – Reality Show Bertram van Munster (“The Amazing Race”) Mark Perez (“Queer Eye”) Nick Murray (“RuPaul’s Drag Race”) Ariel Boles (“Top Chef”) Alan Carter (“The Voice”) Melhor Edição – Série de Drama “The Crown” – Avalanche “The Crown” – Fairytale “The Handmaid’s...
Chloé Zhao vence prêmio do Sindicato dos Diretores dos EUA
Diretora de “Nomadland”, Chloé Zhao venceu a maior honraria de sua categoria, o DGA Awards, que foi entregue na noite de sábado (10/4) em Los Angeles. Com a conquista, ela se tornou a segunda mulher a receber o troféu de Melhor Direção do Sindicato dos Diretores dos EUA (Directors Guild of America), em votação de seus pares. A primeira mulher a conquistar o DGA Awards foi Kathryn Bigelow por “Guerra ao Terror”, em 2010. Zhao usou seu discurso de aceitação para agradecer e homenagear o trabalho de cada um de seus colegas indicados, começando com Emerald Fennell (“Bela Vingança”). “Emerald, você é tão brilhante, tão ousado e com tal controle de seu ofício com uma voz única, mal posso esperar para ver em que jornada instigante você vai nos levar a seguir. Lee [Isaac Chung, de “Minari”], seu filme me tocou em um nível muito pessoal. Você é capaz de nos mostrar tanta beleza e amor de uma forma tão honesta e autêntica, eu acho incrível o que você fez. Aaron [Sorkin, de “Os 7 de Chicago”], você é um poeta, posso sentir meu coração batendo com o seu ao assistir seu filme, é uma viagem tão apaixonante e emocionante, que não quero sair nunca. David [Fincher, de “Mank”], seu filme é uma masterclass. Todos os seus filmes são. Você não é apenas um mestre na arte, você também criou algumas das performances mais matizadas e humanísticas que já vi”. “Obrigado por me ensinar tanto e mostrar seu apoio”, acrescentou Zhao para os colegas cineastas. A premiação costuma ser um bom termômetro dentro da temporada de premiações para avaliar o que pode acontecer no Oscar. Após vencer o DGA, Bigelow, por exemplo, também venceu o Oscar. Nos últimos dez anos, o troféu do Sindicato não coincidiu com a premiação da Academia apenas duas vezes: em 2013 e 2020. A vitória de Chloé Zhao também reforça o favoritismo de “Nomadland” na disputa de Melhor Filme, no Oscar 2021. Indicado a seis troféus ao todo, o longa já venceu os festivais de Veneza e Toronto, o Globo de Ouro e o Critics Choice e é considerado um dos mais fortes candidatos a receber o principal prêmio da Academia, que será entregue no dia 25 de abril. O DGA Awards também premiou Darius Marder com o prêmio de Melhor Estreante por “Sound of Metal” e a dupla Michael Dweck e Gregory Kershaw na disputa de Documentário, por “The Truffle Hunters”. Confira abaixo a lista completa dos premiados, incluindo os vencedores nas categorias televisivas. Melhor Direção Chloé Zhao (“Nomadland”) Melhor Estreia na Direção Darius Marder (“Sound of Metal”) Melhor Direção em Documentário Michael Dweck & Gregory Kershaw (“The Truffle Hunters”) Melhor Direção em Série de Drama Lesli Linka Glatter (“Homeland”) Melhor Direção em Série de Comédia Susanna Fogel (“The Flight Attendant”) Melhor Direção em Telefilme ou Minissérie Scott Frank (“O Gambito da Rainha”) Melhor Direção em Programa Infantil Amy Schatz (“We Are the Dream: The Kids of the Oakland MLK Oratorical Fest”) Melhor Direção em Programa de Variedades Don Roy King (“Saturday Night Live”) Melhor Direção em Especial de Variedades Thomas Schlamme (“A West Wing Special to Benefit When We All Vote”) Melhor Direção em Reality Show Joseph Guidry (“Full Bloom”) Melhor Direção em Comercial Melina Matsoukas (“You Love Me”, Beats by Dr. Dre) Congratulations to Chloé Zhao for winning the DGA Award for BEST DIRECTOR. #NMDLND #DGAAwards pic.twitter.com/oEEYMiC6zI — Nomadland (@nomadlandfilm) April 11, 2021
SAG Awards consagra Chadwick Boseman e Viola Davis em premiação histórica
O SAG Awards, premiação do Sindicato dos Atores dos EUA e principal prévia das categorias de interpretação do Oscar, realizou sua 27ª edição no domingo (4/4). Sem exibição para o Brasil, o evento foi o mais curto da história da premiação, com uma hora corrida de participações pré-gravadas e agradecimentos por vídeo. Mas seu saldo foi histórico. Para começar, o prêmio confirmou o favoritismo de Chadwick Boseman, vencedor do troféu póstumo de Melhor Ator pelo último papel de sua carreira, em “A Voz Suprema do Blues”. O ator faleceu em agosto do ano passado, aos 43 anos, em decorrência de um câncer de cólon, após esconder a doença dos estúdios, colegas e fãs por quatro anos, e também venceu postumamente o Globo de Ouro e o Critics Choice. Além dele, Viola Davis foi premiada como Melhor Atriz pelo mesmo filme, lançado pela Netflix em dezembro. A última vez que intérpretes de um mesmo filme venceram as duas estatuetas principais do Sindicato foi há 21 anos, com “Beleza Americana”. Apesar da conquista dupla de “A Voz Suprema do Blues” nas categorias principais, o prêmio de Melhor Elenco foi para outra produção da Netflix: “Os 7 de Chicago”. Com isso, Michael Keaton estabeleceu um recorde, ao se tornar a primeira pessoa a ganhar três SAG Awards como parte de um elenco premiado, após seus troféus em 2014, como integrante de “Birdman”, e em 2015 com os atores de “Spotlight”. Já os dois Melhores Coadjuvantes foram Daniel Kaluuya, por “Judas e o Messias Negro”, e a sul-coreana Youn Yuh-jung, que viveu a vovó de “Minari”, ambos lançamentos do circuito cinematográfico. O resultado é um marco, porque, pela primeira vez na história do SAG Awards, as quatro maiores honrarias individuais de cinema não foram para brancos. Os vencedores foram três atores negros e uma atriz asiática. O grande vencedor do evento, porém, foi mesmo a Netflix, que somou às três estatuetas da disputa de filmes mais quatro prêmios nas categorias “televisivas”. Dois troféus vieram por “The Crown”, como Melhor Elenco e Melhor Atriz de Série Dramática, com Gillian Anderson. Os demais foram reconhecimentos a Jason Bateman, Melhor Ator de Série Dramática por “Ozark”, e Anya Taylor-Joy, Melhor Atriz de Minissérie por “O Gambito da Rainha”. Como o SAG-AFTRA representa cerca de 160 mil atores e outros profissionais (apresentadores, telejornalistas) da indústria de entretenimento dos Estados Unidos, sua premiação é uma das mais representativas da temporada que antecede o Oscar. Não por acaso, o SAG Awards costuma antecipar muito aproximadamente os resultados da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, quase sempre coincidindo em pelo menos três dos quatro vencedores do Oscar como Melhor Ator, Atriz e Coadjuvantes. A 93ª edição do Oscar está marcada para o dia 25 de abril, com transmissão ao vivo no Brasil pelos canais Globo e TNT. Confira abaixo a lista completa dos vencedores do SAG Awards 2021. CINEMA Melhor Ator Chadwick Boseman, “A Voz Suprema do Blues” Melhor Atriz Viola Davis, “A Voz Suprema do Blues” Melhor Ator Coadjuvante Daniel Kaluuya, “Judas e o Messias Negro” Melhor Atriz Coadjuvante Youn Yuh-jung, “Minari” Melhor Elenco “Os 7 de Chicago” Melhor Equipe de Dublês ”Mulher-Maravilha 1984″ TV Melhor Ator em Série – Drama Jason Bateman, “Ozark” Melhor Atriz em Série – Drama Gillian Anderson, “The Crown” Melhor Elenco em Série – Drama “The Crown” Melhor Ator em Série – Comédia Jason Sudeikis, “Ted Lasso” Melhor Atriz em Série – Comédia Catherine O’Hara, “Schitt’s Creek” Melhor Elenco em Série – Comédia “Schitt’s Creek” Melhor Ator em Minissérie ou Telefilme Mark Ruffalo, “I Know This Much Is True” Melhor Atriz em Minissérie ou Telefilme Anya Taylor-Joy, “O Gambito da Rainha” Melhor Equipe de Dublês “The Mandalorian”
“Nomadland” vence prêmio do Sindicato dos Produtores
O Sindicato dos Produtores dos EUA (Producers Guild of America – PGA) premiou “Nomadland”, de Chloé Zhao, como Melhor Filme do Ano. Este reconhecimento tem muito peso em época de premiações, pois o PGA Awards costuma ser um dos principais indicadores do Oscar. Superando concorrentes como “Bela Vingança”, de Emerald Fennell, “Minari”, de Lee Isaac Chung, e “Os 7 de Chicago”, de Aaron Sorkin, “Nomadland” tem se distanciado cada vez mais como o filme com a maior quantidade de prêmios na temporada. E mais uma vez “Mank”, de David Fincher, passou em branco. Outros prêmios do Sindicato foram para “Soul” (Melhor Animação), “My Octopus Teacher” (Documentário), “Hamilton” (Telefilme), “O Gambito da Rainha” (Minissérie), “The Crown” (Série de Drama) e “Schitt’s Creek” (Série de Comédia). Ao todo, Netflix e Disney foram os principais vencedores, empatados com três troféus cada. A Netflix comemorou vitóris de “O Gambito da Rainha”, “The Crown” e “My Octopus Teacher”, enquanto a Disney celebrou “Soul”, “Hamilton” e “Nomadland” – que é uma produção da Searchlight Pictures, adquirido pelo conglomerado com a compra da 21st Century Fox. Prêmio Darryl F. Zanuck de Melhor Filme “Nomadland” (Searchlight Pictures) Produtores: Mollye Asher, Dan Janvey, Frances McDormand, Peter Spears, Chloé Zhao Melhor Animação “Soul” (Pixar) Produtora: Dana Murray Melhor Documentário “My Octopus Teacher” (Netflix) Produtore: Craig Foster Prêmio Norman Felton de Melhor Série – Drama “The Crown” (Netflix) Produtores da 4ª temporada: Peter Morgan, Suzanne Mackie, Stephen Daldry, Andy Harries, Benjamin Caron, Matthew Byam Shaw, Robert Fox, Michael Casey, Andy Stebbing, Martin Harrison, Oona O’Beirn Prêmio Danny Thomas de Melhor Série – Comédia “Schitt’s Creek” (Pop TV/Amazon) Produtores da 6ª temporada: Eugene Levy, Daniel Levy, Andrew Barnsley, Fred Levy, David West Read, Ben Feigin, Michael Short, Kurt Smeaton, Kosta Orfanidis Prêmio David L. Wolper de Melhor Minissérie “O Gambito da Rainha” (Netflix) Produtores: William Horberg, Allan Scott, Scott Frank, Marcus Loges, Mick Aniceto Melhor Telefilme “Hamilton” (Disney+) Produtores: Thomas Kail, Lin-Manuel Miranda, Jeffrey Seller Melhor Programa de Não Ficção “Arremesso Final” (The Last Dance, ESPN) Produtores da 1ª Temporada: John Dahl, Libby Geist, Mason Gordon, Peter Guber e Rob King Melhor Programa de Variedades e Entretenimento ao Vivo “Last Week Tonight with John Oliver” (HBO) Produtores da 7ª Temporada: Jon Thoday, John Oliver e Liz Stanton Melhor Reality Show de Competição “RuPaul’s Drag Race” Produtores da 12ª temporada: Delaney Yeager
Variety diz que Anya Taylor-Joy não é branca e cria polêmica racial
Um artigo da revista Variety desta semana, sobre a premiação de Anya Taylor-Joy no Globo de Ouro, despertou polêmica e chamou atenção para as classificações raciais dos EUA. O texto apresentava a atriz, que muitos acreditam ser loira, como “não branca”. A redatora Danielle Turchiano descreveu Anya Taylor-Joy como “a primeira mulher de cor” a vencer o Globo de Ouro de Melhor Atriz de Minissérie ou Telefilme desde Queen Latifah, por “Juntos Pela Vida”, em 2008. Queen Latifah, claro, é uma atriz negra. Já a atriz da minissérie “O Gâmbito da Rainha” e de filmes como “A Bruxa”, “Fragmentado” e “Os Novos Mutantes” não pode ter um tom de pele mais claro. Entretanto, para o padrão racial americano, ela não é branca. Por ter parentes latinos, a estrela de 24 anos é classificada como POC, abreviatura de “pessoas de cor”. Nos EUA, não basta a cor de pele, é preciso ser anglo-saxão ou europeu para ser considerado branco. Por conta disso, até astros europeus como Antonio Banderas e Penélope Cruz costumam ser declarados “não brancos” pela imprensa americana, devido à confusão causada por essa classificação, mais étnica que racial. Ou, como alguns preferem, mais preconceituosa que clara (sinônimo de branca). O conceito de “pessoa de cor” é exclusivo dos Estados Unidos e não tem as mesmas conotações que a expressão possui em outras partes do mundo. Ele tem origem racista mesmo. Passou a ser usado na época da Guerra Civil americana, no século 18, para designar todos os que não fossem brancos americanos “legítimos”. Ser de cor era uma ofensa. Mas a denominação acabou assumida no final do século 20 por afro-americanos e membros de outras minorias como forma de afirmação e união. Um dos momentos mais marcantes da apropriação se deu no famoso discurso de Martin Luther King Jr. “Eu Tenho um Sonho” (I Have a Dream) em Washington em 1963, quando ele se referiu aos “cidadãos de cor”. O POC deu origem, inclusive, a outra denominação mais ampla: BIPOC (negros, nativos e pessoas de cor, em inglês). A estrela de “O Gâmbito da Rainha” foi considerada “de cor” por ser filha de pai argentino. Só que é um argentino de raízes escocesas. A mãe, por sua vez, é africana, nascida na Zâmbia, mas de família colonizadores europeus: ingleses e espanhóis. Anya Taylor-Joy, portanto, é de uma família de descendentes europeus. Mas, por causa da certidão de nascimento do pai, foi considerada “não branca” pela Variety. A atriz, na verdade, tem orgulho de seu sangue latino. Apesar de ter nascido em Miami, nos Estados Unidos, desde muito jovem mudou-se com os pais para a Argentina, onde viveu até os seis anos. Ela fala espanhol fluentemente – com sotaque argentino. “Venho de muitos lugares, mas minha qualidade e minha atitude perante a vida vêm da Argentina. Eu realmente aprecio essa parte da minha história. Sinto-me muito orgulhosa de vir da Argentina”, disse Taylor-Joy em uma entrevista em outubro passado. Esse orgulho confunde os americanos, porque a ideia generalizada nos EUA é que todos os latinos são pardos. A controvérsia acabou levando a Variety a corrigir seu texto, definindo a estrela como “a primeira latina” a vencer aquele prêmio, ao mesmo tempo em que suprimiu a comparação com Queen Latifah. Para completar, ainda acrescentou uma errata desinformativa no rodapé, que afirma: “Uma versão anterior identificou Anya Taylor-Joy como uma pessoa de cor. Ela disse que se identifica como uma latina branca”. De onde se conclui que latinos brancos são uma anomalia, uma falha na Matrix, possivelmente.
Academia Australiana elege Bela Vingança como Melhor Filme do ano
A Academia Australiana de Cinema e Televisão (AACTA, na sigla em inglês) anunciou os vencedores de seu 10º Prêmio AACTA Internacional, com “Bela Vingança”, estrelado por Carey Mulligan, levando o prêmio de Melhor Filme. O thriller de humor negro ainda rendeu o prêmio de Melhor Atriz para Mulligan, enquanto o falecido Chadwick Boseman foi eleito Melhor Ator por “A Voz Suprema do Blues”. “Os 7 Chicago” também levou dois prêmios: Melhor Roteiro, vencido por Aaron Sorkin, e Melhor Ator Coadjuvante para Sacha Baron Cohen. Olivia Colman ficou com o AACTA de Melhor Atriz Coadjuvante por “Meu Pai” Já o prêmio de Melhor Direção ficou com Chloé Zhao, primeira mulher a receber este troféu da AACTA, por “Nomadland”. Entre os resultados da TV, “O Gâmbito da Rainha” foi o mais premiado, conquistando o troféu de Melhor Série Dramática e Melhor Atriz para Anya Taylor-Joy. Veja abaixo a lista completa dos premiados. Prêmio AACTA International de Melhor Filme “Bela Vingança” Prêmio AACTA Internacional de Melhor Direção Chloé Zhao – “Nomadland” Prêmio Internacional ACTA de Melhor Roteiro Aaron Sorkin – “Os 7 Chicago” Prêmio AACTA International de Melhor Ator Chadwick Boseman – “A Voz Suprema do Blues” Prêmio AACTA International de Melhor Atriz Carey Mulligan – “Doce Vingança” Prêmio AACTA International de Melhor Ator Coadjuvante Sacha Baron Cohen – “Os 7 Chicago” Prêmio AACTA International de Melhor Atriz Coadjuvante Olivia Colman – “Meu Pai” Prêmio Internacional AACTA de Melhor Série Dramática “O Gâmbito da Rainha” Prêmio AACTA International de Melhor Série de Comédia “Schitt’s Creek” Prêmio AACTA International de Melhor Ator em Série Aaron Pedersen – “Mystery Road” Prêmio AACTA International de Melhor Atriz em Série Anya Taylor-Joy – “O Gâmbito da Rainha”
Globo de Ouro abafa protestos com risos amarelos e troféus dourados. Veja quem venceu
Deu “Nomadland” e “Borat: Fita de Cinema Seguinte” na premiação de cinema do Globo de Ouro 2021. “The Crown”, “Schitt’s Creek” e “O Gambito da Rainha” venceram na TV. E nenhuma das produções ruins que disputavam troféus foi premiada. Nenhuma manifestação de protesto ocupou as telas. O Globo de Ouro da polêmica se transformou na premiação dos risos amarelos. Militantes nas redes sociais, astros preferiram prestigiar e agradecer a Associação da Imprensa Estrangeira em Hollywood ao vivo, na noite de domingo (28/2), a cada troféu conquistado. Nem parecia que, horas antes, reclamavam nas redes sociais contra a falta de inclusão do prêmio. De repente, Chlóe Zhao, a diretora de “Nomadland”, o Melhor Filme de Drama, se tornou a segunda mulher a vencer o Globo de Ouro de Melhor Direção em 78 anos da premiação… De repente, todas as categorias com atores negros na disputa consagraram esta opção. John Boyega (“Small Axe”), Daniel Kaluuya (“Judas e o Messias Negra”), Andra Day (“Estados Unidos Vs Billie Holiday”) e o falecido Chadwick Boseman (“A Voz Suprema do Blues”) foram celebrados como se simbolizassem a representatividade do evento. A cantora Andra Day, inclusive, foi a primeira negra ganhadora do Globo de Ouro de Melhor Atriz de Drama em 35 anos! Representatividade? Ou ação rápida para disfarçar o elefante no palco, que foi abordado logo na abertura pelas apresentadoras Tina Fey e Amy Poehler? “A Associação da Imprensa Estrangeira em Hollywood é formada por cerca de 90 jornalistas internacionais – nenhum negro – que comparecem a encontros de cinema todos os anos em busca de uma vida melhor”, afirmou Fey. “Dizemos por volta dos 90, porque alguns deles podem ser fantasmas e há rumores de que o membro alemão é apenas uma salsicha em que alguém desenhou um pequeno rosto”. Poehler disse: “Todo mundo está compreensivelmente chateado com a Associação da Imprensa Estrangeira em Hollywood e suas escolhas. Olha, muito lixo espalhafatoso foi nomeado. Mas isso acontece. Isso é coisa deles. Mas vários atores negros e projetos liderados por negros foram esquecidos”. Fey acrescentou: “Todos nós sabemos que premiações são estúpidas. A questão é que, mesmo com coisas estúpidas, a inclusão é importante e não há membros negros na Associação da Imprensa Estrangeira em Hollywood”. As duas instaram a organização a incluir membros negros em suas fileiras. Quando os líderes da organização subiram ao palco, comprometeram-se envergonhadamente a melhorar sua representatividade, sem fornecer muitos detalhes sobre que reformas aconteceriam. “Reconhecemos que temos nosso próprio trabalho a fazer”, disse a vice-presidente da Associação, Helen Hoehne. “Assim como no cinema e na televisão, a representação negra é vital. Devemos ter jornalistas negros em nossa organização”. E o presidente do grupo, Ali Sar, acrescentou que “esperamos um futuro mais inclusivo”, numa declaração genérica sem o menor senso de urgência. E foi isso. Os discursos protocolares que se seguiram, de cada vencedor, parecia refletir cenas de “The Crown”, produção francamente favorita dos membros da Associação da Imprensa Estrangeira em Hollywood, que faturou quatro Globos de Ouro, inclusive Melhor Série de Drama. Um dos raros contrastes no tom apreciativo veio na segunda aparição de Sasha Baron Cohen, que lembrou de agradecer ironicamente “aos integrantes da Associação Totalmente Branca da Imprensa Estrangeira em Hollywood” por suas vitórias – como Melhor Ator de Comédia e responsável pelo Melhor Filme de Comédia (“Borat: Fita de Cinema seguinte”). Notoriamente engajada, Jane Fonda, que recebeu uma homenagem pela carreira, também fez um aparente aceno à crise de diversidade da premiação, argumentando que Hollywood precisava fazer mais para oferecer oportunidades para mulheres e pessoas de cor. “Vamos todos nos esforçar para expandir essa tenda, para que todos se levantem e a história de todos tenha a chance de ser vista e ouvida”, disse ela, animando a colega Viola Davis, vista comemorando o comentário na edição televisiva. Entre a contenção de danos de imagem, o Globo de Ouro só não conseguiu evitar a atenção criada pela quantidade de agradecimentos feitos à Netflix, que chegou a evocar os velhos tempos da Miramax, quando Harvey Weinstein (ele mesmo) recebia mais citações que Deus no discurso dos vencedores, após investir fortunas nas conquistas de seus filmes. A Netflix levou mais da metade dos prêmios televisivos: 6 dos 11 troféus disponíveis. Amazon e Apple ficaram com um cada um, o que ajudou a tornar o domínio do streaming amplo na premiação. O mesmo domínio se repetiu nas categorias de cinema, onde a Netflix foi a distribuidora que mais conquistou vitórias: quatro. Chadwick Boseman garantiu um prêmio como Melhor Ator de Drama por “A Voz Suprema do Blues”, Rosamund Pike venceu como Melhor Atriz de Comédia por “Eu Me Importo”, Aaron Sorkin foi o Melhor Roteirista por “Os 7 de Chicago” e a dupla Diane Warren e Laura Pausini emplacou o troféu de Melhor Canção por “Rosa e Momo”. O Globo de Ouro não é considerado um indicador de rumos para o Oscar. No ano passado, os vencedores foram “1917” e “Era uma vez em Hollywood”, que perderam para “Parasita” na premiação da Academia. Mas este ano, mais que nos anteriores, a decisão de barrar filmes sobre a experiência negra, como “Destacamento Blood”, “Uma Noite em Miami”, “Judas e o Messias Negro”, “A Voz Suprema do Blues”, “Estados Unidos Vs Billie Holiday” e até mesmo a história asiática de “Minari – Em Busca da Felicidade”, da disputa de Melhor Filme, deixa o termômetro do Globo de Ouro totalmente imprestável. Veja abaixo a lista completa dos premiados. CINEMA Melhor Filme – Drama “Nomadland” Melhor Filme – Comédia ou Musical “Borat: Fita de Cinema Seguinte” Melhor Direção Chloé Zhao (“Nomadland”) Melhor Ator – Drama Chadwick Boseman (“A Voz Suprema do Blues”) Melhor Atriz – Drama Andra Day (“Estados Unidos Vs Billie Holiday”) Melhor Ator – Comédia ou Musical Sacha Baron Cohen (“Borat: Fita de Cinema Seguinte”) Melhor Atriz – Comédia ou Musical Rosamund Pike (“Eu Me Importo”) Melhor Ator Coadjuvante Daniel Kaluuya (“Judas e o Messias Negra”) Melhor Atriz Coadjuvante Jodie Foster (“The Mauritanian”) Melhor Roteiro Aaron Sorkin (“Os 7 de Chicago”) Melhor Trilha Original Trent Reznor, Atticus Ross, Jon Batiste (“Soul”) Melhor Canção Original “Io Si (Seen)” (de “Rosa e Momo”) – Diane Warren, Laura Pausini, Niccolò Agliardi Melhor Animação “Soul” Melhor Filme de Língua Estrangeira “Minari – Em Busca da Felicidade” (EUA) TELEVISÃO Melhor Série – Drama “The Crown” Melhor Série – Comédia ou Musical “Schitt’s Creek” Melhor Minissérie ou Telefilme “O Gambito da Rainha” Melhor Ator – Drama Josh O’Connor (“The Crown”) Melhor Atriz – Drama Emma Corrin (“The Crown”) Melhor Ator – Comédia Jason Sudeikis (“Ted Lasso”) Melhor Atriz – Comédia Catherine O’Hara (“Schitt’s Creek”) Melhor Ator – Minissérie ou Telefilme Mark Ruffalo (“I Know This Much Is True”) Melhor Atriz – Minissérie ou Telefilme Anya Taylor-Joy (“O Gambito da Rainha”) Melhor Ator Coadjuvante – Minissérie ou Telefilme John Boyega (“Small Axe”) Melhor Atriz Coadjuvante – Minissérie ou Telefilme Gillian Anderson (“The Crown”)
AFI Awards: Netflix domina listas de melhores filmes e séries do ano
O American Film Institute (AFI) divulgou sua já tradicional listagem com as 10 melhores séries e os 10 melhores filmes do ano. E, de forma inevitável, os títulos de streaming dominaram a relação1, com destaque para produções da Netflix. A maior plataforma de streaming teve ao todo oito títulos no AFI Awards de 2021 – quatro filmes e quatro séries – correspondendo a 40% de toda a produção considerada de qualidade no período considerado – de janeiro de 2020 ao final de fevereiro de 2021. As séries foram “Bridgerton”, “The Crown”, “Nada Ortodoxa” (Unorthodox) e a mini “O Gambito da Rainha” (The Queen’s Gambit). Apenas duas outras plataformas entraram na relação. A Apple TV+ foi representada pela comédia “Ted Lasso” e a Disney+ (Disney Plus) pela 2ª temporada de “The Mandalorian” no Top 10. A lista se completa com quatro produções da TV paga: “Better Call Saul” (AMC, mas também disponibilizada na Netflix), “The Good Lord Bird” (Showtime), “Lovecraft Country” (HBO, com reprise na HBO Max) e “Mrs. America” (FX e Hulu). Entre os filmes, a Netflix emplacou “Destacamento Blood”, de Spike Lee, “Mank”, de David Fincher, “A Voz Suprema do Blues”, de George C. Wolfe, e “Os 7 de Chicago”, de Aaron Sorkin. Mas a Amazon também conseguiu destaque com dois dramas: “Sound of Metal”, de Darius Marder, e a estreia na direção da atriz Regina King, “Uma Noite em Miami”. Da relação cinematográfica, apenas “Nomadland” (Disney/Searchlight) e “Minari” (A24) são lançamentos tradicionais de cinema, pois a Disney+ também emplacou a animação Soul, da Pixar, e a HBO Max tem o lançamento simultâneo com os cinemas, “Judas e o Messias Negro” (estreia em 12 de fevereiro), entre os filmes celebrados. Para completar, a respeitada organização angelena também concedeu um Prêmio Especial para a adaptação do musical vencedor do Tony, “Hamilton”, que estreou em julho na Disney+. Veja abaixo a lista completa divulgada pelo AFI. AFI Awards 2020 | TOP 10 Filmes “Destacamento Blood” “Judas e o Messias Negro” “A Voz Suprema do Blues” “Mank” “Minari” “Nomadland” “Uma Noite em Miami” “Soul” “Sound of Metal” “Os 7 de Chicago” AFI Awards 2020 | TOP 10 Séries “Better Call Saul” “Bridgerton” “The Crown” “The Good Lord Bird” “Lovecraft Country” “The Mandalorian” “Mrs. America” “O Gambito da Rainha” (The Queen’s Gambit) “Ted Lasso” “Nada Ortodoxa” (Unorthodox) AFI Special Award “Hamilton”
Lupin supera audiência de Bridgerton e O Gambito da Rainha na Netflix
A Netflix anunciou que “Lupin” se tornou o maior sucesso de língua francesa em sua programação. Na verdade, o sucesso de “Lupin” é maior, inclusive, que qualquer outra série recente da língua inglesa da plataforma. Segunda a empresa, superou até “Bridgerton” e “O Gambito da Rainha”, ao ser vista por 70 milhões de assinantes. Mas será que 70 milhões viram mesmo a série? A resposta curta e direta é não. Nem metade disso viu “Lupin”. Esses números não são factuais, assim como outros que a Netflix começou a soltar de forma aleatória ultimamente. Disponibilizada em 8 de janeiro – ou seja, há 11 dias – , a série teria 70 milhões de visualizações entre os assinantes do serviço em seus primeiros 28 dias. Reparem que a Netflix agora celebra a audiência mensal que uma série ainda não atingiu. Isso só é possível porque a empresa criou sua própria forma de calcular visualizações – que não é auditada – e ainda resolveu inovar mais, utilizando uma máquina secreta do tempo para incluir na soma os resultados futuros. Brincadeira à parte, a matemática permite essa façanha, graças aos cálculos de “projeções”, que costumam ser bastante usados em planos de negócios. Mas na prática os números que servem de base para o cálculo são tão irreais quanto o resultado. Além da “adivinhação” com base supostamente científica, a Netflix considera que uma temporada de série foi totalmente vista quando um assinante dá play por dois minutos num episódio qualquer. O que os números divulgados dizem de fato é que a Netflix espera que 70 milhões de assinantes vejam dois minutos de “Lupin” até o dia 5 de fevereiro. Apesar de demonstrar como o serviço infla artificialmente seus números de streaming, a divulgação aleatória de audiência ilusória estabelece ao menos algum parâmetro de comparação entre os conteúdos diferentes da plataforma. Em outras palavras, serve para indicar quais produções estão atingindo maior sucesso dentro dos critérios específicos da empresa. Por exemplo: poucos dias após a estreia, a Netflix anunciou que “Bridgerton” seria visualizada por 63 milhões de famílias em 28 dias. Pelos mesmos critérios, “O Gambito da Rainha” atingiria 62 milhões. Ambas teriam sido superadas por “Lupin”. De forma impressionante, os números mágicos ainda sugerem que os cinco episódios de “Lupin” foram quase tão vistos quanto as três temporadas completas de “Cobra Kai”, supostamente assistidas por pelo menos 73 milhões de contas da Netflix… A aventura criada por George Kay (roteirista de “Killing Eve”) em colaboração com François Uzan (“Family Business”) homenageia Arsène Lupin, famoso criminoso literário dos romances de 100 anos atrás do escritor Maurice LeBlanc, conhecido como “ladrão de casaca” por sua elegância e estilo. Na trama, o personagem do astro Omar Sy (de “Intocáveis”) se inspira no personagem para realizar um grande assalto, utilizando o mesmo talento de Lupin para se disfarçar e mudar de identidade em seus delitos. Cheia de reviravoltas, a atração tem direção de Louis Leterrier, o cineasta do thriller “Truque de Mestre” – filme que, inclusive, serve de parâmetro para o clima da série. Independente de ter sido vista ou não (na verdade não) por 70 milhões de “famílias”, o sucesso de “Lupin” é de fato inegável e pode ser medido também por seu impacto cultural. Desde o lançamento da série, os livros originais de LeBlanc tiveram impulso de vendas em muitos mercados – na França, Itália, Espanha, Estados Unidos, Reino Unido, Coréia do Sul e outros. E, nesta semana, a rádio nacional francesa, FranceInfo, dedicou um episódio do programa FranceInfo Junior sobre o personagem, para ensinar a seus jovens ouvintes sobre suas origens literárias.










