Descendentes 3 ganha primeiro teaser oficial do Disney Channel
O Disney Channel divulgou fotos dos personagens e o teaser oficial do terceiro filme da saga “Descendentes”. A prévia é repleta de ação, com muitas lutas de espadas, magia negra e até corridas de motocicletas. Como novidade, desta vez a trama se passa na ilha dos vilões, em vez do reino encantado dos príncipes e princesas Disney. Na trama, os filhos adolescentes dos vilões mais célebres da Disney – Mal (filha de Malévola), Evie (filha da Rainha Má), Carlos (filho da Cruella de Vil) e Jay (filho do Jafar) – retornam à Ilha dos Perdidos, uma ilha proibida habitada pelos vilões e cercada por uma barreira mágica que inibe a magia e escape, com a intenção de recrutar um novo grupo de descendentes para se juntar a eles em Auradon. Quando uma brecha na barreira coloca em perigo a segurança de Auradon, Mal decide fechá-la permanentemente, temendo que seus arqui-inimigos, Uma (filha de Úrsula) e Hades, busquem vingança no reino. Apesar da sua decisão, uma inexplicável força maligna ameaça os habitantes de Auradon e dependerá de Mal e dos filhos dos vilões salvá-los, mas isso significará lutar na batalha mais épica de suas vidas. “Descendentes 3” vai voltar a trazer Dove Cameron como Mal e ainda revelar o pai misterioso da personagem. Novamente dirigido por Kenny Ortega, a estreia vai acontecer no segundo semestre de 2019.
Zombies 2: Disney Channel vai produzir continuação de seu musical zumbi
O “high school musical zumbi” da Disney vai ganhar continuação. Sucesso do Disney Channel, “Zombies” foi o programa mais assistido entre crianças de 6 a 14 anos em 2018 nos Estados Unidos. E logicamente os produtores foram encarregados de realizar um segundo filme. Na produção, os zumbis não assustam. Eles tem cabelo verde e pele branca, como um certo vilão da DC Comics e como nenhum outro zumbi já visto na TV ou no cinema – e olha que os zumbis de “iZombie” são loiros! Também não são adeptos ao canibalismo, já que o programa é para crianças. Aliás, a moral de sua história é sobre superação de preconceitos, tendo como mote o dilema do time de futebol da escola, que se divide em aceitar um zumbi na equipe. O roteiro foi escrito por David Light e Joseph Raso originalmente para uma série de TV do mesmo canal, intitulada “Zombies and Cheerleaders”. O piloto chegou a ser produzido e recusado em 2011. Assim, a Disney foi buscar a trama literalmente no lixo, contratando o roteirista Josh Cagan (“High School Band” e “Duff”) para reciclá-la como telefilme. As crianças adoraram e o casal formado por Milo Manheim (série “Ghost Whisperer”) e Meg Donnelly (série “American Housewife”), respectivamente o zumbie atleta e a cheerleader loira, vão voltar a seus papéis em “Zombie 2”. E desta vez terão que lidar com outro grupo de criaturas sobrenaturais: os personagens de “Teen Wolf”, ops, lobisomens adolescentes. A direção estará novamente a cargo de Jeffrey Hornaday, que assim emplaca sua segunda continuação na Disney, após “Teen Beach Movie” (2013) e a sequência de 2015. “Zombies 2” ainda não tem previsão de estreia.
Yesterday: Trailer legendado de comédia imagina um mundo que nunca ouviu os Beatles
A Universal divulgou o pôster e dois trailers diferentes de “Yesterday” – um deles para o mercado americano e outro internacional, legendado em português para o lançamento no Brasil. Por sinal, o filme não terá seu título traduzido por aqui, porque até os brasileiros mais desligados conhecem a música dos Beatles que inspirou seu nome. Quem são os Beatles? A prévia faz esta pergunta inusitada, ao imaginar um mundo em que ninguém nunca ouviu falar da maior banda de rock de todos os tempos, exceto um músico aspirante, que sofreu um acidente no momento do apagão musical sem precedentes, conseguindo reter na memória os grandes hits de Paul, John, George e até de Ringo. Ao tocar “Yesterday” ao vilão para os amigos, ele se surpreende quando todos acreditam que ele compôs a canção. E logo se torna o artista mais popular do mundo, tocando apenas covers dos Beatles, que ninguém mais consegue lembrar. Essa premissa de realidade alternativa foi roteirizada pelo rei das comédias românticas britânicas, Richard Curtis (de “Quatro Casamentos e um Funeral”, “Um Lugar Chamado Notting Hill” e “Simplesmente Amor”), e dirigida por Danny Boyle (de “Trainspotting” e “Quem Quer Ser um Milionário?”). Estrelado por Himesh Patel (da série “Damned”) em seu primeiro papel no cinema, o filme também destaca em seu elenco Lily James (“Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo”), Ana de Armas (“Blade Runner 2049”), Kate McKinnon (“Caça-Fantasmas”), Lamorne Morris (“New Girl”), Joel Fry (“Requiem”) e o cantor Ed Sheeran (“The Bastard Executioner”) como ele mesmo. A estreia está marcada para 28 de junho no Reino Unido e nos Estados Unidos, mas ainda não há previsão de lançamento para o Brasil.
Novo trailer da animação UglyDolls resume a moral da história
A STX disponibilizou o segundo trailer de “UglyDolls”, animação baseada nos bichinhos de pelúcia de mesmo nome. O material colorido e musical evoca outro longa animado recente, “Trolls” (2016), que também tinha vários cantores famosos em seu elenco de dubladores originais. Mas a moral da história é diferente, como demonstra a nova prévia, focada na valorização das diferenças e na luta contra o bullying. Na trama, um grupo de bonecos descartados por serem defeituosos resolve entrar no mundo das crianças perfeitas e enfrentar a rejeição de frente, mostrando que suas diferenças é que lhes dão personalidade e os tornam atraentes. O filme original traz as vozes de Kelly Clarkson, Blake Shelton, Nick Jonas, Pitbull, Janelle Monáe, Lizzo, Bebe Rexha, Charli XCX e Wang Leehom, além dos atores Emma Roberts (“American Horror Story”), Wanda Sykes (“Black-ish”) e Gabriel Iglesias (“Cristela”). Para quem não sabe, a linha UglyDolls de brinquedos de pelúcia foi criada por Sun-Min Kim e David Horvath no início dos anos 2000, e os “bichinhos” são conhecidos por serem supostamente “feios”, valorizando as diferenças que tornam cada personagem único. Esta premissa virou animação com direção de Kelly Asbury (“Gnomeu e Julieta”) e estreia em 16 de maio no Brasil, uma semana após o lançamento nos Estados Unidos. Além do filme, também existe o projeto de uma série animada das UglyDolls em desenvolvimento na plataforma de streaming Hulu.
Filho de David Bowie nega autorização para usar músicas do pai em cinebiografia indie
O cineasta Duncan Jones (“Warcraft”), filho de David Bowie, repercutiu no Twitter a notícia sobre a produção de “Stardust”, filme inspirado na juventude de seu pai. Jones disse que o projeto, que será estrelado por Johnny Flynn (o jovem Einstein de “Genius”) não tem a bênção da família nem autorização para usar nenhuma das músicas do cantor. Rebatendo informação em contrário da revista The Hollywood Reporter, ele escreveu: “Este jornalista precisa fazer uma investigação um pouco mais aprofundada. Estou certo que ninguém recebeu autorização para usar as músicas em uma biografia… Eu saberia se isso tivesse acontecido”. “Eu não estou dizendo que o filme não vai acontecer. Estou dizendo que, da forma como está agora, ele não terá nenhuma das músicas do meu pai, e não imagino isso mudando tão cedo”, continuou. “Se os fãs querem ver um filme biográfico sem as músicas dele, e sem a bênção da família, é uma escolha deles”, completou. Jones também deu a entender que a aprovação de um filme sobre Bowie dependeria muito dos envolvidos. Um seguidor quis se ele estaria aberto a uma abordagem menos convencional, como “Não Estou Lá”, sobre Bob Dylan. “Se Neil Gaiman quiser escrever algo usando os muitos personagens do meu pai, e o time de Peter Ramsey quiser transformar isso em um filme animado, eu faria todos da família prestarem atenção na proposta e considerá-la seriamente”, respondeu Jones. Gaiman é o escritor de obras como “American Gods”, “Coraline” e outros elogiados livros de fantasia, vários deles adaptados para o cinema e séries, enquanto Ramsey é um dos diretores de “Homem-Aranha no Aranhaverso”. Já os responsáveis por “Stardust”, que vai acompanhar uma viagem de Bowie aos EUA em 1971, são o obscuro roteirista Christopher Bell (“The Last Czar”) e o diretor indie Gabriel Range (“A Morte de George W. Bush”). O plano deles é começar as filmagens em junho para um lançamento em 2020. Im not saying this movie is not happening. I honestly wouldn't know.Im saying that as it stands, this movie won't have any of dads music in it, & I can't imagine that changing. If you want to see a biopic without his music or the families blessing, thats up to the audience. — Duncan Jones (@ManMadeMoon) January 31, 2019 If @neilhimself wanted to write something using dad's characters, and @pramsey342 and his team wanted to make it as an animated film, I would urge everyone on my end to pay attention and give the pitch serious consideration. 😉 https://t.co/WdpuL1o7z7 — Duncan Jones (@ManMadeMoon) January 31, 2019
Ator da série Genius será David Bowie no cinema
Uma época marcante da vida de David Bowie vai virar filme indie. Intitulado “Stardust”, o longa vai narrar uma viagem do cantor para os Estados Unidos em 1971. Bowie foi duas vezes para os Estados Unidos naquele ano. A primeira foi em janeiro e inspirou a criação do álbum “Hunky Dory”, que reflete seu contato com a cultura americana em faixas de títulos auto-explicativos, como “Andy Warhol” e “Song for Bob Dylan”, além de “Queen Bitch”, influenciada por Lou Reed. A experiência também rendeu uma das músicas mais icônicas do cantor, “Changes”, que marcou sua fama como camaleão do rock, além de “Life on Mars?”, a semente do que se tornaria o disco conceitual “The Rise and Fall of Ziggy Stardust and the Spiders From Mars” em 1972, com temática de ficção cientifica. O título do filme, curiosamente, cita nominalmente o disco de 1972 e não o que Bowie gravou seis meses após voltar da primeira viagem. Mas Bowie fez uma segunda viagem em setembro, para assinar com a gravadora RCA. E foi quanto finalmente conheceu Lou Reed e Iggy Pop, inspirando-se neles para criar a persona de Ziggy Stardust – logo em seguida, também produziria discos dos dois. O roteiro é de Christopher Bell (“The Last Czar”), a direção está a cargo de Gabriel Range (“A Morte de George W. Bush”) e o elenco já começou a ser escalado. O ator sul-africano Johnny Flynn, que viveu o jovem Einstein em “Genius”, vai interpretar o jovem Bowie. Além dele, Jena Malone (“Jogos Vorazes”) será Angie, a primeira mulher do cantor, e Marc Maron (“GLOW”) viverá um executivo de gravadora. Flynn não é só ator. Ele também é músico e cantor – e compôs a trilha da série “Detectorists”, da BBC. O plano é começar as filmagens em junho para um lançamento em 2020.
Michel Legrand (1932 – 2019)
O compositor francês Michel Legrand, vencedor de três estatuetas do Oscar por suas trilhas sonoras, e que trabalhou com mitos da música como Frank Sinatra, Ray Charles, Miles Davis, Edith Piaf e Elis Regina, faleceu neste sábado (26/1) em Paris aos 86 anos. Sua carreira teve quase 70 anos, marcando tanto a história do jazz quanto a do cinema. Músico e arranjador, Legrand começou a compor música para filmes com o surgimento da Nouvelle Vague francesa, trabalhando para Agnès Varda no clássico “Cléo das 5 às 7” (1962), no qual também estrelou, com Jean-Luc Godard em “Uma Mulher É Uma Mulher” (1961), “Viver a Vida” (1962) e “Bando à Parte” (1964), mas sobretudo com Jacques Demy, para quem quem compôs dois musicais cultuadíssimos, “Os Guarda-Chuvas do Amor” (1964) e “Duas Garotas Românticas” (1967). Com o impacto causado pelos longas de Demy, Legrand chamou atenção do colega Henry Mancini, grande compositor de Hollywood, que lhe convidou a trabalhar em seu primeiro filme americano, assinando a trilha sonora de “Crown, o Magnífico” (1968). E a principal canção do longa, “The Windmills of Your Mind”, rendeu a primeira estatueta do Oscar ao compositor em 1969. Seguiram-se uma coleção de trilhas clássicas, 13 indicações ao Oscar e duas vitórias na Academia, pelas melodias inesquecíveis dos filmes “Houve uma vez um Verão” (1972) e “Yentl” (1984). Mas apesar do sucesso em Hollywood, Legrand não abandonou o cinema francês, trabalhando em obras nos dois continentes, e ainda manteve uma carreira paralela e igualmente premiada na música. Suas composições receberam 17 indicações ao Grammy, vencendo cinco troféus da indústria fonográfica. Entre as muitas trilhas famosas de sua carreira, também merecem citação os trabalhos de “Lola, a Flor Proibida” (1961), “Quem é Polly Maggoo?” (1966), “A Piscina” (1969), “Tempo para Amar, Tempo para Esquecer” (1969), “Mosaico de Sonhos” (1970), “A Garota no Automóvel – Com Óculos e um Rifle” (1970), “As 24 Horas de Le Mans” (1971), “Interlúdio de Amor” (1973), “Os Três Mosqueteiros” (1973), “Verdades e Mentiras” (1973), “Retratos da Vida” (1981), “Amigos Muito Íntimos” (1982), “007 – Nunca Mais Outra Vez” (1983), “Prêt-à-Porter” (1994), “Os Miseráveis” (1995) e o filme recém-resgatado de Orson Welles “O Outro Lado do Vento” (2018). Relembre abaixo seis trabalhos famosos de Legrand no cinema. Na cena de “Cléo das 5 às 7”, é ele quem aparece cantando ao piano.
Vidro abre em 1º lugar nos EUA, mas a surpresa é Dragon Ball Super: Broly
“Vidro” estreou em 1º lugar nas bilheterias da América do Norte, mas um pouco estilhaçado por conta das elevadas expectativas sobre seu lançamento. Algumas projeções para a continuação/crossover de “Corpo Fechado” (2000) e “Fragmentado” (2016) tratavam o novo longa de M. Night Shyamalan como um blockbuster em potencial, com abertura na casa dos US$ 100M (milhões). Em menos de uma semana, os otimistas cortaram as estimativas pela metade. E mesmo assim a estreia ficou abaixo delas. O lançamento também foi acompanhada por pedradas da imprensa, que quebraram expectativas com apenas 36% de aprovação no Rotten Tomatoes. Entretanto, ao atingir US$ 40,5M de faturamento, tornou-se a terceira maior estreia do diretor, atrás de “A Vila” (2004) e “Sinais” (2002). Também ficou com o posto de terceira maior abertura de cinema durante o feriadão dedicado a Martin Luther King nos Estados Unidos. E teve um bom começo internacional, ajudando o total a chegar a US$ 89M em todo o mundo. O baixo orçamento, na casa dos US$ 23M, garante que a produção será lucrativa. O que é uma boa notícia para Shyamalan, pois todo o filme foi financiado pelo próprio diretor. Já a surpresa positiva do fim de semana ficou para o desempenho de “Dragon Ball Super: Broly”, que abriu em 3º lugar nos EUA, um pouco atrás do faturamento de “Amigos para Sempre” (em 2º lugar). Lançado em 1,2 mil salas (contra mais de 3 mil da concorrência), o longa animado rendeu US$ 10,6M, celebrando a maior abertura de toda a franquia “Dragon Ball” (já são 20 filmes) nos Estados Unidos e no Canadá. Outros filmes em cartaz atingiram marcas expressivas por seus desempenhos contínuos. “Aquaman”, por exemplo, ultrapassou US$ 300M de arrecadação no mercado doméstico, “Bumblebee” superou US$ 400M mundiais (graças à China), e “O Retorno de Mary Poppins” e “Homem-Aranha no Aranhaverso” passaram dos US$ 300M mundialmente. Confira abaixo os rendimentos dos 10 filmes mais vistos no final de semana nos Estados Unidos e no Canadá, e clique em seus títulos para ler mais sobre cada produção. BILHETERIAS: TOP 10 América do Norte 1. Vidro Fim de semana: US$ 40,5M Total EUA e Canadá: US$ 40,5M Total Mundo: US$ 89M 2. Amigos para Sempre Fim de semana: US$ 15,6M Total EUA e Canadá: US$ 43,9M Total Mundo: US$ 48M 3. Dragon Ball Super: Broly Fim de semana: US$ 10,6M Total EUA e Canadá: US$ 21M Total Mundo: US$ 86,9M 4. Aquaman Fim de semana: US$ 10,3M Total EUA e Canadá: US$ 304,3M Total Mundo: US$ 1B 5. Homem-Aranha no Aranhaverso Fim de semana: US$ 7,2M Total EUA e Canadá: US$ 158,2M Total Mundo: US$ 322,8M 6. A Caminho de Casa Fim de semana: US$ 7,1M Total EUA e Canadá: US$ 21,2M Total Mundo: US$ 26,3M 7. Escape Room Fim de semana: US$ 5,2M Total EUA e Canadá: US$ 40,7M Total Mundo: US$ 53,7M 8. O Retorno de Mary Poppins Fim de semana: US$ 5,2M Total EUA e Canadá: US$ 158,7M Total Mundo: US$ 306M 9. Bumblebee Fim de semana: US$ 4,6M Total EUA e Canadá: US$ 115,9M Total Mundo: US$ US$ 412,3M 10. Suprema Fim de semana: US$ 3,9M Total EUA e Canadá: US$ 16,8M Total Mundo: US$ 17,5M
O Retorno de Mary Poppins leva o espectador à era de ouro de Hollywood
Se atualmente a Disney quer transformar suas animações em filmes live-action, o próprio Walt pensou ao contrário quando decidiu adaptar o livro de P.L. Travers em live-action com cara de animação. “Mary Poppins” ainda é a maior referência em termos de mistura de atores e desenhos da Disney. Não há nada igual com tamanha qualidade. E independentemente de qualquer coisa, o clássico de 1964 e Julie Andrews permanecem eternos, irretocáveis e encantadores até hoje. Por isso mesmo, sua primeira continuação não poderia arriscar nada muito diferente, exceto uma homenagem emocionante ao original e, consequentemente, uma viagem ao tempo dos musicais de outra era de Hollywood. Ou seja, trilhando o caminho da nostalgia sem deixar de dar sequência aos eventos narrados no original. Por isso, “O Retorno de Mary Poppins” parece o mesmo filme de antigamente. Lembra sua estrutura de roteiro e um cinema “classudo” que não volta mais, porém alguns pontos técnicos e narrativos foram devidamente atualizados. A transição foi muito bem feita (com amor) e continua uma história mágica como deve ser, mas com uma Emily Blunt maravilhosa, uma deusa como a Mary Poppins deste século, que só pode ter deixado Julie Andrews orgulhosa. Esse filme é sua consagração definitiva como atriz e estrela de cinema. Isso não quer dizer que “O Retorno de Mary Poppins” não tenha novidades em relação ao longa de 1964. No longa original de Robert Stevenson, a babá vivida por Julie Andrews faz as crianças agirem como crianças e não como pequenos adultos, enquanto mostra a um homem a importância de ser pai. No filme de Rob Marshall, a babá, agora interpretada por Emily Blunt, volta a fazer o mesmo com as crianças, mas o principal foco é mostrar que ser adulto não significa necessariamente matar a criança que existe dentro de você. Se a estrutura é praticamente a mesma, além dos cenários reproduzidos com o máximo de fidelidade, deixando a impressão proposital de que o tempo não passou, até as músicas de “O Retorno de Mary Poppins” são boas, assim como os números musicais. Destaque para “A Cover is Not the Book” e “Trip a Little Light Fantastic”, que provam o quanto Emily Blunt e Lin-Manuel Miranda nasceram para cantar e dançar juntos e com figurinos exuberantes, da mesma forma que Julie Andrews e Dick Van Dyke. O veterano ator e dançarino, por sinal, tem uma breve e emocionante participação na sequência, sapateando, claro, aos 93 anos de idade. Os mais velhos podem ir às lágrimas devido ao saudosismo e, embora o público infantil de hoje seja muito diferente da época de “Mary Poppins”, as crianças também podem embarcar na magia só pela grandiosidade em cena, embora tanta dança e cantoria possa parecer um tanto cansativo para a geração mais acostumada com explosões de games e de filmes de super-heróis. De todo modo, é possível reparar que, ao contrário do lançamento de 1964, um filme infantil para espectadores de todas as idades, o novo “Mary Poppins” mirou mesmo os adultos que amam o clássico, levando em consideração a mensagem para que ele não esqueça que foi criança um dia. É claro que “O Retorno de Mary Poppins” está longe de ser perfeito. O filme não precisava de um vilão e toda a sequência com Meryl Streep parece ter sido concebida só para contar com… a participação de Meryl Streep. Mas o diretor dos musicais “Chicago” (2002), “Nine” (2009) e “Caminhos da Floresta” (2014) conseguiu entregar seu melhor filme ao relembrar que o cinema ainda pode reviver sua era de ouro sem trair sua evolução natural – como unir animação tradicional com CGI, musicais à moda antiga com uma narrativa moderna e efeitos práticos com digitais.
Spielberg escala estudante de 17 anos como protagonista do remake de Amor, Sublime Amor
O cineasta Steven Spielberg encontrou a protagonista de seu remake de “Amor, Sublime Amor” (West Side Story). E é uma completa desconhecida, a estudante do colegial Rachel Zegler, que superou mais de 30 mil candidatas em testes para o papel de Maria. A jovem de apenas 17 anos é descendente de colombianos e entrou na disputa após enviar e-mails de vídeos em que cantava “Tonight” e “Me Siento Hermosa”. Ela viverá a personagem anteriormente interpretada por Natalie Wood (“Juventude Transviada”) no cinema, contracenando com Ansel Elgort (“Em Ritmo de Fuga”), que vive o protagonista masculino, Tony. “Estou muito feliz por termos reunido um elenco que reflete a incrível o talento na comunidade hispânica multifacetada dos Estados Unidos”, disse o diretor em comunicado. “Eu admiro a força do talento desses jovens artistas, e acredito que eles trarão uma energia nova e eletrizante para um musical magnífico que é mais relevante do que nunca”. “Amor, Sublime Amor” é uma versão contemporânea de “Romeu e Julieta”, passada em Nova York no final dos anos 1950, que acrescenta à história de amor proibido elementos de delinquência juvenil e preconceito racial. A obra estreou na Broadway em 1957 com canções de Leonard Bernstein e letras de Stephen Sondheim, e já foi levada ao cinema em 1961, com direção de Robert Wise (“A Noviça Rebelde”) e do coreógrafo Jerome Robbins (“O Rei e Eu”). Considerado um dos melhores musicais de todos os tempos, o longa original venceu 10 Oscars, incluindo Melhor Filme. A nova versão foi escrita por Tony Kushner, colaborador frequente de Spielberg, tendo trabalhado com o diretor em “Munique” (2005) e “Lincoln” (2012). Os dois também estavam desenvolvendo “The Kidnapping of Edgardo Mortara”, que foi preterido por “The Post” e acabou abandonado. As filmagens começam em junho, mas ainda não há previsão para o lançamento do longa-metragem.
Riverdale terá episódio musical inspirado no filme Atração Mortal
A série “Riverdale” terá um novo episódio musical. E como aconteceu com “Carrie, a Estranha” na temporada passada, será inspirado por um filme clássico. Roberto Aguirre-Sacasa, criador e showrunner da série, revelou no Twitter que os estudantes da Riverdale High School vão encenar “Heathers: The Musical”, a versão com música e dança da cultuada comédia que foi lançada no Brasil com o título infeliz de “Atração Mortal” em 1988. O post traz a escalação do elenco para a adaptação e foi acompanhado por um comunicado oficial. “No ano passado, nos divertimos muito fazendo Carrie”, disse Aguirre-Sacasa no comunicado. “Este ano, quisemos homenagear outro filme adolescente icônico. ‘Heathers: O Musical’ é muito divertido, com grandes papéis para os garotos de ‘Riverdale’. E todo mundo está cantando…” O episódio trará Josie (Ashleigh Murray) no papel principal de Veronica Sawyer (Winona Ryder no cinema), Veronica (Camila Mendes) interpretando Heather McNamara (Lisanne Falk), Betty (Lili Reinhart) como Heather Duke (Shannen Doherty no filme original), Cheryl (Madelaine Petsch) como Heather Chandler (a já falecida Kim Walker) e Bad Pea (Jordan Connor) como JD (Christian Slater). Como aconteceu com o musical de “Carrie, a Estranha”, Kevin Keller (Casey Cott) será o diretor da montagem escolar, mas desta vez também terá um papel na encenação, como Peter Dawson (Jeremy Applegate). E também como “Carrie: The Musical”, uma adaptação teatral de ”Heathers” chegou a ser apresentada por curta temporada em circuito off-Broadway em 2014. Os produtores provavelmente aproveitarão as músicas daquela montagem. Ainda não há previsão para a exibição do novo episódio musical, que acontecerá no mesmo dia tanto nos EUA quanto no Brasil, já que “Riverdale” é exibido sem atrasos pelo canal pago Warner. Here we go…..❤️????????#Riverdale #heathersmusical pic.twitter.com/lXZX8XKNZ8 — RobertoAguirreSacasa (@WriterRAS) 17 de janeiro de 2019
Carol Channing (1921 – 2019)
A atriz Carol Channing, ícone do teatro e do cinema norte-americanos, morreu nesta terça-feira (15/1). Conhecida por originar o papel principal de “Hello Dolly!” no teatro e pela performance indicada ao Oscar no filme “Positivamente Millie”, ela tinha 97 anos de idade e morreu de causas naturais em sua casa no interior da Califórnia, nos EUA. Channing nasceu em Seattle em 31 de janeiro de 1921, filha de um editor de jornal, e fez sua estréia na Broadway aos 20 anos, em outubro de 1941, durante uma montagem de “Let’s Face It!” como substituta de Eve Arden. Seu talento logo ficou evidente e ela começou a aparecer também em programas de variedades, sitcoms e especiais televisivos, começando pelo “The Milton Berle Show” em 1948. Em 1949, ela viveu seu primeiro papel principal na Broadway, como Lorelei Lee na estreia teatral de “Os Homens Preferem as Loiras”, onde colocou sua marca na canção “Diamonds Are a Girl’s Best Friend”. Interpretação que depois seria reprisada por Marilyn Monroe no cinema. Assim como ocorreria mais tarde com “Hello Dolly!” (apresentado pela primeira vez em 1964), Channing não foi chamada para estrelar a versão cinematográfica do musical. Se “Os Homens Preferem as Loiras” eternizou Marilyn Monroe, a adaptação para o cinema de “Dolly” impulsionou a carreira cinematográfica de Barbra Streisand. Por causa de seu estilo exagerado, Channing nunca foi uma grande estrela do cinema, mas impressionou nas poucas aparições que fez na tela grande. Conseguiu, por exemplo, roubar a cena de Julie Andrews e Mary Tyler Moore em “Positivamente Millie” (1967), que lhe rendeu sua única indicação ao Oscar. Apesar desse reconhecimento da Academia, foi mesmo no teatro que se consagrou, vencendo três prêmios Tony. Mas seus troféus ainda incluíram um prêmio Emmy pelo especial televisivo “An Evening With Carol Channing”, exibido em 1966. No cinema, Channing participou também de “Sgt. Peppers Lonely Hearts Club Band” (1978), musical inspirado pelos Beatles e estrelado por Bee Gees e Peter Frampton. Também interpretou a Rainha Branca em uma versão de “Alice no País das Maravilhas” para a TV, lançada em 1985. Sua última aparição para câmeras foi na série “Style & Substance”, em 1998, num episódio em que interpretou a si mesma. Por fim, em 2006, voltou às telinhas apenas com a voz, para uma participação especial em “Uma Família da Pesada” (Family Guy).







