Patricio Bisso (1957 – 2019)
O artista argentino Patricio Bisso morreu no domingo passado (13/10) em Buenos Aires, após sofrer um ataque cardíaco, aos 62 anos. Natural da capital argentina, Bisso mudou-se para a cidade de São Paulo aos 17 anos, no fim dos anos 1970, e teve a maior parte de sua carreira no Brasil. Ele se projetou inicialmente como ilustrador, publicando seus trabalhos no jornal Folha de S. Paulo, mas logo se tornou um ícone na noite LGBTQIA+ paulistana por suas performances de humor, na maioria das vezes travestido. Uma das personagens que criou nesses shows foi até parar na Globo, a russa Olga del Volga, sexóloga e conselheira sentimental. Além de personagens próprios, ele recriava nos shows o visual de divas da música internacional dos anos 1950 e 1960, como Connie Francis e Gigliola Cinquetti. Acompanhado pela banda Os Boko Mokos e pelo trio vocal As Notas Pretas, seu show “Louca Pelo Saxofone” estreou em 1985 e ficou anos em cartaz. No ano passado, o selo Discobertas relançou pela primeira vez em CD o álbum “Louca pelo Saxofone”, derivado do show, que serve como testamento de sua genialidade. Bisso quase materializou uma carreira musical, participando do movimento de músicos Vanguarda Paulista, mas foi mais consistente como ator de cinema, atividade iniciada em “Maldita Coincidência” (1979), de Sergio Bianchi. Ele participou de clássicos da filmografia nacional, como “Das Tripas Coração” (1982), de Ana Carolina, “O Homem do Pau-Brasil” (1982), de Joaquim Pedro de Andrade, “Onda Nova” (1983) e “A Estrela Nua” (1984), ambos da dupla José Antonio Garcia e Ícaro Martins, antes de levar Olga del Volga para a Globo, na novela “Um Sonho a Mais” (1985). A versão Olga de Patricio também foi uma convidada frequente do programa de Hebe Camargo, o que acabou lembrado no longa “Hebe – A Estrela do Brasil”, atualmente em cartaz. Bisso também atuou e foi figurinista do filme “O Beijo da Mulher-Aranha” (1985), de Hector Babenco, e seguiu trabalhando com os figurões do cinema brasileiro, como Bruno Barreto, em “Além da Paixão” (1986), e Cacá Diegues em “Dias Melhores Virão” (1989), até sair do Brasil. Na época, dizia que tinha se cansado, por não conseguir dinheiro para projetos mais ambiciosos, como um longa-metragem focado em Olga Del Volga. Mas a gota d’água pode ter sido sua prisão em flagrante na noite de 3 de dezembro de 1994. Ele acabava de terminar a temporada do show “Bissolândia”, o mais elaborado de sua carreira, em que recriava canções dos personagens da Disney, quando foi preso por sexo com dois outros homens em plena praça Roosevelt, no centro de São Paulo. Passou a noite em cana, pagou fiança e saiu dizendo ter apanhado na delegacia. Em seguida, voltou a morar em sua Buenos Aires natal, no mesmo prédio de sua mãe, praticamente sumindo do mundo pop. Mesmo assim, voltou a trabalhar com o conterrâneo Babenco em 2007, desenhando figurinos do filme “O Passado”, em que o cineasta também voltou (provisoriamente) à Argentina em que nasceu. E chegou a ensaiar uma volta por cima com o musical satírico “Castronauts”, que ele concebeu. Após ser exibido em um festival em Nova York, Bisso planejava em transformá-lo em filme. Mas foi outro projeto frustrado. Nos últimos anos, ele passou a compartilhar seu humor ácido, acompanhado por ilustrações sessentista e referências à iconografia das pin-ups, com os seguidores de seu perfil no Facebook, onde, de forma significativa, sempre escrevia em português. Seu último post foi publicado no sábado (12/10).
Idina Menzel, a Elza de Frozen, negocia viver a madrasta malvada da versão musical de Cinderela
A atriz e cantora Idina Menzel, que atuou em “Glee” e dá voz à Elsa na franquia animada “Frozen”, está negociando atuar na nova versão de “Cinderela”, que será estrelada por Camila Cabello. A Sony quer a estrela da Broadway no papel de Evelyn, a maldosa madrasta da princesa. Além dela, Billy Porter (da série “Pose”) também está em negociações para integrar o elenco, como a Fada Madrinha. A nova “Cinderela” vai ser uma versão musical. Além de fazer sua estreia como atriz de cinema, Camila Cabello também vai compor e cantar a trilha sonora do filme, que é baseado em uma ideia original do ator e apresentador James Corden (“Caminhos da Floresta”). A trama está sendo mantida em segredo, mas, convenhamos, quem não conhece a história de Cinderela? Para não dizer que há diferenças em relação ao conto de fadas tradicional, além de ser um musical, a atualização da fantasia feminina vai se passar nos dias atuais. Roteiro e direção estão a cargo de Kay Cannon, criadora da franquia “A Escolha Perfeita”, que estreou como diretora no ano passado com a comédia “Não Vai Dar”. A produção é da Sony Pictures e expectativa é que comece a ser filmada em Londres, na Inglaterra, a partir de fevereiro.
Billy Porter negocia virar a Fada Madrinha do novo filme de Cinderela
A categoria é: Fadinha de luxo. A Sony estaria negociando com o ator Billy Porter, que venceu o Emmy por sua performance como o MC dos bailes gays da série “Pose”, para encarnar a Fada Madrinha de uma nova versão de Cinderela, estrelada pela cantora Camila Cabello. O anúncio não é oficial, mas não foi desmentido e várias fontes da imprensa americana dão como negócio fechado. A nova “Cinderela” vai ser uma versão musical. Além de fazer sua estreia como atriz de cinema, Camila Cabello também vai compor e cantar a trilha sonora do filme, que é baseado em uma ideia original do ator e apresentador James Corden (“Caminhos da Floresta”). A trama está sendo mantida em segredo, mas, convenhamos, quem não conhece a história de Cinderela? Para não dizer que há diferenças em relação ao conto de fadas tradicional, além de ser um musical, a atualização da fantasia feminina vai se passar nos dias atuais. Roteiro e direção estão a cargo de Kay Cannon, criadora da franquia “A Escolha Perfeita”, que estreou como diretora no ano passado com a comédia “Não Vai Dar”. A produção é da Sony Pictures. Nascida em Cuba, Cabello será a primeira Cinderela latina do cinema americano. Mas outras estrelas latinas já apareceram no papel na telinha: Selena Gomez no telefilme “Outro Conto da Nova Cinderela”, em 2008, e Dania Ramirez na série “Once Upon a Time”, entre 2017 e 2018. Esta história já teve realmente muitas versões ao longo dos anos, com interpretações tão variadas quanto Leslie Caron (“O Sapatinho de Cristal”), Drew Barrymore (“Para Sempre Cinderela”) e Lucy Hale (“A Nova Cinderela: Era Uma Vez Uma Canção”), mas as mais famosas são mesmo as produções da Disney: a animação clássica “Cinderela”, de 1950, e seu remake live-action, em que Lily James (“Mamma Mia! Lá Vamos Nós de Novo”) interpretou a princesa.
Estrela de Moana vira a Pequena Sereia em primeiro comercial da versão musical
A rede ABC divulgou o primeiro comercial do musical ao vivo de “A Pequena Sereia”, que vai trazer Auli’i Cravalho, a voz original de Moana no desenho animado de 2016, como outra princesa da Disney, Ariel. O resto do elenco inclui Queen Latifah (“Star”) como a vilã Ursula, o sumido rapper Shaggy (“Perda Total”) no papel de Sabastião, Graham Phillips (“The Good Wife”) como o Príncipe Eric e John Stamos (“Fuller House”) como o bigodudo Chef Louis. O especial vai misturar elementos do desenho clássico de 1989 com a adaptação feita para a Broadway em 2007. A versão da ABC será um musical live-action com exibição ao vivo – um teleteatro, ao estilo das adaptações de “Noviça Rebelde”, “Peter Pan”, “Grease” e “Hairspray”, que viraram febre recente. E a exibição está marcada para o dia 5 de novembro nos Estados Unidos.
Um Conto de Natal vai virar musical com Will Ferrell e Ryan Reynolds
O clássico “Um Conto de Natal” de Charles Dickens, adaptado diversas vezes para o cinema e a TV, vai ganhar mais uma versão. Desta vez, será um musical produzido e estrelado por Will Ferrell (“Pai em Dose Dupla”) e Ryan Reynolds (o “Deadpool”). O filme tem roteiro e direção de Sean Anders e John Morris, responsáveis pela comédia “Pai em Dose Dupla” e sua continuação, ambas estreladas por Ferrell. Escrito por Dickens em 1843, “Um Conto de Natal” conta a conhecidíssima história de Ebenezer Scrooge, um homem avarento e solitário, que odeia o Natal e tudo o que a festa representa, até que recebe a visita de três fantasmas que o fazem repensar seu comportamento, despertando sentimentos aparentemente adormecidos. Trata-se de uma das histórias mais filmadas de todos os tempos, cujas primeiras adaptações datam da década de 1920. Mais recentemente, “Um Conto de Natal” também virou comédia com Bill Murray, romance com Matthew McConaughey, animação computadorizada com Jim Carrey e foi até encenada pelos Muppets. Por enquanto, a versão musical segue sem previsão de estreia.
Richard Linklater vai filmar um musical pelos próximos 20 anos
O diretor Richard Linklater vai repetir a experiência de “Boyhood” de forma ainda mais radical. Ele vai filmar uma adaptação do musical “Merrily We Roll Along” ao longo dos próximos 20 anos. Vale lembrar que “Boyhood” (2014), indicado ao Oscar de Melhor Filme, foi filmado durante 12 anos. A produção está a cargo da Blumhouse, produtora mais conhecida por filmes de terror, e será estrelada por Blake Jenner (“Quase 18”). A peça de autoria de George S. Kaufman e Moss Hart foi exibido pela primeira vez em 1934, mas só foi ganhar sua versão musical, bem mais famosa, em 1981, concebida pelo mestre Stephen Sondheim. A trama segue Franklin Shepard, um talentoso compositor de musicais da Broadway que abandona seus amigos e sua carreira para se tornar um produtor de filmes de Hollywood. A história começa no auge de seu sucesso em Hollywood e retrocede no tempo, mostrando momentos importantes de sua vida. Jenner, que trabalhou com Linklater em “Jovens, Loucos e Mais Rebeldes” (2016), interpretará Shepard. O elenco também inclui Ben Platt (“A Escolha Perfeita”) e Beanie Feldstein (“Fora de Série”). “Vi pela primeira vez e me apaixonei por ‘Merrilly We Roll Along’ nos anos 1980, e não consigo pensar em um lugar melhor para passar os próximos 20 anos do que no mundo de um musical de Sondheim. Não embarco nessa experiência plurianual de forma leviana, mas parece a melhor, talvez a única maneira, de fazer justiça a essa história no cinema”, afirmou Linklater em comunicado. A produção começou a ser filmada nesta semana, mas não há garantias de que seja concluída, já que 20 anos permitem o surgimento de muitas variáveis – um acidente ou uma falência podem colocar todo o projeto em risco.
Série baseada em High School Musical ganha primeiro trailer e imagens
A Disney divulgou o pôster, as fotos e o trailer da série baseada na franquia “High School Musical”, desenvolvida para a plataforma Disney+ (Disney Plus) (Disney Plus). A prévia apresenta a premissa, como um drama teen que se passa nos bastidores da produção de uma versão escolar do telefilme do Disney Channel. Assim, além de mostrar novos protagonistas e trama, cada capítulo também trará um número musical com as canções conhecidas dos filmes, durante os ensaios para a estreia de peça. Também serão incluídas canções inéditas na atração, que terá ao todo 10 episódios. O elenco é encabeçado por um ator já conhecido do Disney Channel. Joshua Bassett, que participou da série “A Irmã do Meio” (Stuck in the Middle) vive Ricky, que tem um plano ousado para reconquistar sua namorada Nini (Olivia Rodrigo, de “Bizaardvark”, também do Disney Channel), fazendo o teste para ser seu par na produção de “High School Musical” da escola – nos papéis que consagraram Zac Efron e Vanessa Hudgens em 2006. Dá certo. E assim se inicia a trama. O resto do elenco inclui Kate Reinders (“Work It”) como professora e os jovens Sofia Wylie (“Andi Mack”), Matt Cornett (“Life in Pieces”), Dara Renee (“Black-ish”), Julia Lester (“Mom”), Frankie Rodriguez (“Modern Family”), Larry Saperstein (“Porno”) e Mark St. Cyr (“Marshall: Igualdade e Justiça”). Com o título de “High School Musical: The Musical: The Series”, a série vai estrear junto da plataforma Disney+ (Disney Plus), que será lançada em 12 de novembro nos Estados Unidos, Canadá, Holanda, Austrália e Nova Zelândia. A expectativa é que o serviço de streaming chegue ao Brasil em 2020.
Demi Lovato entra em comédia de Will Ferrell para a Netflix
O ator e produtor Will Ferrell (“Pai em Dose Dupla”) anunciou que Demi Lovato está no elenco de sua nova comédia, “Eurovision”, atualmente em produção. Ele fez o anúncio num vídeo disponibilizado pela Netflix, em que aproveitou para comemorar o aniversário da cantora. “Oi, pessoal, Will Ferrell aqui. Estou no set do meu novo filme, ‘Eurovision’. Nós estamos nos divertindo muito, acabamos de começar a filmar. Quero fazer um anúncio sobre uma nova integrante do nosso elenco: por acaso, é o aniversário dela hoje. Eu fiz esse bolo, então feliz aniversário!”, disse ele no vídeo, que termina com Demi assoprando as velas do presente. A cantora completou 27 anos de idade na terça (26/8). Além de estrelar e produzir, Ferrell também escreveu o roteiro de “Eurovision” em parceria com Andrew Steele, com quem já trabalhou na minissérie “The Spoils of Babylon” (2014) e na comédia em espanhol “Casa de mi Padre” (2012). A comédia vai girar em torno do famoso festival musical que lhe dá nome, uma competição anual de músicas inéditas da Europa, que foi realizado pela primeira vez na Suíça em 1956 e já teve entre seus participantes astros célebres, como a cantora Céline Dion (em 1988), o grupo ABBA (em 1974) e até Madonna (agora, em 2019). Primeiro filme de Ferrell para a Netflix, “Eurovision” tem direção de David Dobkin (“Penetras Bons de Bico”) e seu elenco também inclui Rachel McAdams (“Doutor Estranho”), Dan Stevens (“Legion”) e Pierce Brosnan (“The Son”). Ainda não há previsão de estreia. ? Happy Birthday #DemiLovato !!! ? Famous baker and star of Netflix's Eurovision, Will Ferrell, made you a cake. pic.twitter.com/l7qPdCO5pX — Netflix Is A Joke (@NetflixIsAJoke) August 21, 2019
Filme sobre a juventude de David Bowie ganha primeira foto
A produtora Salon Pictures divulgou primeira foto do ator Johnny Flynn (o jovem Einstein de “Genius”) caracterizado como David Bowie em “Stardust”, filme sobre a juventude do cantor lendário. Flynn não é só ator. Ele também é músico e cantor – e compôs a trilha da série “Detectorists”, da BBC. Produção independente, “Stardust” não tem a bênção da família de Bowie nem autorização para usar nenhuma das músicas do cantor. A trama se concentra numa viagem de Bowie aos EUA em 1971, ocasião em que ele conheceu Lou Reed. O projeto foi desenvolvido pelo obscuro roteirista Christopher Bell (“Os Últimos Czares”) e o diretor indie Gabriel Range (“A Morte de George W. Bush”). Ainda não há previsão para a estreia.
Estrela de Moana vai virar A Pequena Sereia em versão televisiva da Disney
A Disney resolveu concorrer com a Disney. O estúdio anunciou a produção de uma versão live-action de “A Pequena Sereia” para sua rede de televisão, a ABC. A produção foi oficializada um mês depois de a atriz Halle Bailey (da série “Grown-ish”) ser escolhida para estrelar a adaptação cinematográfica da obra, produzida pela mesma Disney. A versão da ABC será um musical live-action com exibição ao vivo – um teleteatro, ao estilo das adaptações de “Noviça Rebelde”, “Peter Pan”, “Grease” e “Hairspray”, que viraram febre recente. E a intérprete da princesa Ariel será ninguém menos que Auli’i Cravalho, a voz original de Moana no desenho animado de 2016. O resto do elenco inclui Queen Latifah (“Star”) como a vilã Ursula e o sumido rapper Shaggy (“Perda Total”) no papel de Sabastião. O especial vai misturar elementos do desenho clássico de 1989 com a adaptação feita para a Broadway em 2007. A exibição foi marcada para o dia 5 de novembro.
Animação Mundo Bita ganha clipe com música de Pitty
A animação “Mundo Bita” ganhou um clipe exclusivo. Com imagens ambientadas no mundo circense da atração, que surgiu em aplicativos e DVDs, antes de fazer sucesso no YouTube, na Netflix e no Discovery Kids, o clipe destaca a música “Coragem”, cantada por Pitty especialmente para a série. “Coragem” foi composta por Chaps Melo, criador dos personagens e responsável pelas músicas de “Mundo Bita”. Desenvolvida pela produtora pernambucana Mr. Plot, a série é uma animação essencialmente musical, ensinando as crianças a lidarem com o mundo por meio de canções que abordam desde a preservação da natureza e criação dos filhos até questões atualíssimas, como igualdade de direitos para meninos e meninas e inclusão de deficientes físicos. A músicas também são lançadas em discos. E um desses discos, “Bita e a Natureza”, foi indicado ao Grammy Latino como Melhor Álbum Infantil no ano passado.
Enterro musical da série Transparent ganha novo trailer
A Amazon divulgou um novo poster e trailer do final da série “Transparent”, que vai acabar com um episódio especial, o primeiro e único sem o protagonista Jeffrey Tambor, demitido após denúncias de assédio sexual. O destino de seu personagem, um pai de família que inicia a transição de gênero na Terceira Idade, assumindo a identidade social de Maura Pfefferman, é revelado logo no começo do vídeo. “Maura morreu”, revela Davina (Alexandra Billings) num telefonema para Shelly (Judith Light), a esposa do falecido. E qual a reação da viúva – e de todo o elenco da produção? Cantar e dançar. E fazer o enterro – em mais de um sentido. A criadora da série, Jill Soloway, decidiu encerrar “Transparent” com um episódio musical em vez de produzir uma 5ª temporada completa – ou uma versão encurtada dela. Tambor foi demitido em fevereiro do ano passado, após uma investigação interna, que apurou denúncia de uma ex-assistente pessoal, Van Barnes, feita em uma publicação no seu perfil privado do Facebook, na qual relatava comportamento inadequado por parte do ator. Logo em seguida, a colega de elenco Trace Lysette acusou o ator de ter feito comentários sexuais e tentado abusar dela em ocasiões diferentes. Ambas são transexuais. Após a primeira acusação, o ator de 73 anos, que venceu dois prêmios Emmy de Melhor Ator de Série de Comédia por “Transparent”, chegou a vir a público negar “de maneira contundente e veemente” qualquer tipo de comportamento inadequado. Mas, diante da segunda denúncia, disse que sua permanência na série tinha se tornado insustentável. “Por conta da atmosfera politizada que parece ter afetado nosso set, eu não vejo como posso voltar a ‘Transparent'”, ele chegou a desabafar, em comunicado. Ao ser informado por mensagem de texto que tinha sido demitido, ele ainda se declarou “profundamente desapontado” pelas acusações “injustas”. E logo depois foi arranjar confusão no set de “Arrested Development”, que também chegou ao fim na Netflix. Jeffrey Tambor venceu dois Emmys e um Globo de Ouro como Melhor Ator em Série de Comédia por “Transparent”. Mas o zeitgeist cultural evoluiu muito desde então. Após a série pioneira, mais produções passaram a incluir personagens transexuais em suas tramas, e todos elas são, ao contrário de Tambor, interpretadas por atores transexuais. Há atualmente um entendimento de que heterossexuais não devem viver personagens trans – o que levou até Scarlett Johanssen a abandonar um papel no cinema, num filme sobre uma gângster transexual que, sem ela, como queriam politicamente corretos, não será mais feito. O final musical da série “Transparent” será disponibilizado em 27 de setembro no serviço Prime Video da Amazon.





