Quentin Tarantino dirige animação inédita de “Kill Bill”
Diretor resgatou trecho do roteiro original que foi cortado por ser "louco demais" e chamou Uma Thurman para dublar a Noiva em curta para o game "Fortnite"
Michael Madsen, astro dos filmes de Quentin Tarantino, morre aos 67 anos
Ator foi encontrado sem vida em casa após sofrer uma parada cardíaca, segundo representantes
Shakira canta indireta para Piqué e vira meme: “Nunca pegou numa vassoura”
A cantora Shakira compartilhou na terça-feira (14/2) um vídeo polêmico de Dia dos Namorados. Na cena, a artista aparece cantando “Kill Bill”, de SZA, enquanto varre o tapete de casa com um esfregão. A letra da música, que é bastante sugestiva, deixa evidente que Shakira deseja atormentar ainda mais a vida do atleta Gerard Piqué, que segue namorando com a modelo pivô da separação. “Talvez eu mate meu ex, não é a melhor ideia. A nova namorada dele é a próxima. Como eu vim parar aqui? Talvez eu mate meu ex, mas ainda o amo. Prefiro estar na cadeia do que sozinho”, diz a tradução do novo hit de SZA. Como de costume, a colombiana recebeu o apoio dos seguidores, que também se indignaram com a história do pote de geleia. No entanto, parte dos fãs ficaram chocados com a artista “tentando” limpar a própria casa. “Se eu fosse a Shakira jamais tocaria numa vassoura também”, brincou uma usuária do Twitter. “Acho que ela quis fazer uma linhagem de ‘matei meu namorado e estou limpando a cena do crime’, só que de um jeitinho Shakira”, acrescentou outro. analisando como ela tá manejando esse instrumento eu posso afirmar que cheguei a conclusão de que Shakira nunca usou uma vassoura ou passou um pano na casa https://t.co/rpUpfaIewp — ✠ sapphire ✠ ❟❛❟青 🪐🐍 MODO BBB (@LuizSapphire) February 15, 2023 Toda vez que alguém me vê varrendo um lugar, pergunta se eu já peguei numa vassoura alguma vez na vida pq eu simplesmente sou péssima nisso, mesmo varrendo a casa várias vezes. 😅Te entendo, Shakira (ou não, talvez vc nunca tenha varrido mesmo, sei lá) https://t.co/jnd4jWbwh1 — Ai Que Inferno (@indig_nanda) February 15, 2023 Shakira faz tempo que não manuseia um mop ou vassoura né? Good for her to com inveja https://t.co/IQg3G4L4Se — heitor (@_heithor) February 14, 2023 Oh shakira é vassoura e não a esfregona q se passa no tapete filha https://t.co/s5FnBdMKnQ — 𝔩𝔦𝔩𝔦 🚀 (@lilast0xic) February 14, 2023 se eu fosse a Shakira jamais tocaria em uma vassoura tambem — yasmintira (@PaivYasmin) February 15, 2023 pra limpar carpete e tapete principalmente pra quem tem bicho como a Shakira (ela postou vídeo com coelho e cachorro) a dica é: passa o rodo ou uma vassoura de piaçava que os pêlos saem todos https://t.co/NnUeMtBjcM — letícia (@leleandrade_bs) February 15, 2023 Acho que ela quis fazer uma linhagem de matei meu namorado e estou limpando a cena do crime, só que de um jeitinho Shakira kkkkkk pic.twitter.com/lsFZ6UxjrL — Nat Moreira (@nateinteressa) February 14, 2023
SZA lança clipe inspirado em “Kill Bill”
A cantora americana SZA lançou o clipe da música de “Kill Bill”, uma das principais faixas de seu segundo álbum, “SOS”. E com esse nome, é óbvio que o clipe é inspirado no filme de Quentin Tarantino. Não faltam lutas de espada samurai, trecho animado e nem mesmo a atriz Vivica A. Fox. A intérprete de Vernita Green faz uma pequena participação, dando carona a SZA após ela ser traída por seu Bill. A direção é de Christian Breslauer, que assinou o clipe de “Boys Don’t Cry”, de Anitta – além do famoso “Industry Baby”, de Lil Nas X & Jack Harlow. Lançado em 9 de dezembro, o disco “SOS” passou um mês no topo da parada de álbuns Billboard 200 num desempenho impressionante. Em sua semana de estreia, o disco vendeu mais de 318 mil cópias nos Estados Unidos e rendeu mais de 405 milhões de streams nas plataformas musicais, o que lhe rendeu o posto da segunda maior semana de streaming de um álbum de artista feminina em todos os tempos.
Quentin Tarantino detona Hollywood: “A pior era da história”
O cineasta Quentin Tarantino (de “Kill Bill”) afirmou, durante seu podcast The Video Archives, que a indústria cinematográfica americana está passando pela “pior era da história”. “Apesar de os anos 1980 serem o período em que eu mais assisti filmes – ou, pelo menos, que mais fui ao cinema –, sinto que [àquela década], junto com os anos 1950, foi a pior era de Hollywood. Empatado apenas com agora, com a era atual”, afirmou. Tarantino tem sido um grande crítico dos filmes de Hollywood ao longo dos anos. No entanto, em agosto de 2022, o cineasta rompeu a tradição e não poupou elogios a “Top Gun: Maverick”, em uma entrevista ao podcast ReelBlend. “Normalmente, eu não falo muito sobre filmes novos, porque aí sou forçado a elogiar, senão acabo esculachando alguém. Mas nesse caso, eu amei ‘Top Gun: Maverick’ pra c*****o. O filme é fantástico. Assisti no cinema. Esse filme e o ‘Amor, Sublime Amor’, do [Steven] Spielberg, foram verdadeiros espetáculos cinematográficos. Do tipo que eu achei que nunca mais veria”, disse na época. Em outro momento de críticas, o diretor afirmou que não trabalharia para a Marvel Studios por não ser uma “mão de obra contratada”. Tarantino também afirmou que tampouco está em busca de emprego. Por enquanto, Quentin Tarantino não tem nenhum projeto cinematográfico em desenvolvimento. Em vez disso, tem se dedicado ao podcast The Video Archives, dedicado a filmes obscuros, que apresenta ao lado do cineasta Roger Avary (de “Regras da Atração”).
Meghan Markle critica “Kill Bill” por estereótipo asiático. Lucy Liu diz que isso é racismo
Meghan Markle voltou a seu podcast para criticar os filmes “Kill Bill – Volume 1” (2003) e “Austin Powers em o Homem do Membro de Ouro” (2002) pela sua representação negativa e estereotipada das mulheres asiáticas. No episódio mais recente do podcast “Archetypes”, Markle acusou esses e outros filmes de representarem aquilo que ficou conhecido como a “Dama Dragão” (Dragon Lady), um estereótipo usado para definir mulheres asiaticas como fortes, dominadoras, misteriosas e sexualmente atraentes. Entretanto, a atriz Lucy Liu, que estrelou “Kill Bill”, já desbancou essa acusação, chamando a própria afirmação de racista. “Filmes como ‘Austin Powers’ e ‘Kill Bill’ apresentaram essas personagens de mulheres asiáticas como sexualizadas ou agressivas”, disse Markle. “E não são apenas esses dois exemplos, há muitos outros. Isso se infiltrou no nosso entretenimento. Mas esse estereótipo tóxico de mulheres de ascendência asiática não termina após a exibição dos créditos dos filmes.” A convidada de Markle no podcast foi Nancy Wang Yuen, que escreveu sobre o estereótipo da “Dama Dragão” no seu livro “Reel Inequality: Hollywood Actors and Racism”. Yeun contou o caso de um homem que gritou para ela a frase “me so horny” (eu tão excitada), originalmente dita por uma prostituta vietnamita no filme “Nascido para Matar” (1987). “Eu mesma fui abordada em um aeroporto em Atlanta por um estranho que disse: ‘me so horny’. Ele apenas gritou isso para mim”, contou Yeun. “Eu sabia o motivo porque olhei em volta e vi que eu era a única mulher asiática naquele local. Eu sabia que ele estava falando comigo, embora eu nem saiba se ele tinha visto ‘Nascido para Matar.’” Vale apontar que a frase foi sampleada num hit do grupo de rap 2 Live Crew, que fez muito mais sucesso que o filme na época. De todo modo, Lucy Liu, a suposta dama dragão de “Kill Bill – Volume 1″, já foi categórica sobre esse tipo de interpretação. Em 2021, a Teen Vogue publicou um ensaio intitulado “Hollywood desempenhou um papel na hipersexualização das mulheres asiáticas”. Nesse ensaio, a autora India Roby definiu a Dragon Lady como uma personagem que “usa sua sexualidade como uma poderosa ferramenta de manipulação, mas muitas vezes é emocional e sexualmente fria e ameaça a masculinidade”. Roby, assim como Markle, citou a personagem O-Ren Ishii (interpretada por Liu) como um exemplo contemporâneo do estereótipo. Porém, Liu contestou essa alegação. Em uma publicação no Washington Post, ela afirmou que a acusação não faz sentido, já que Quentin Tarantino, roteirista e diretor de “Kill Bill”, criou outras personagens femininas semelhantes para o filme. “‘Kill Bill’ apresenta três outras mulheres assassinas profissionais além de Ishii. Por que não chamar Uma Thurman, Vivica A. Fox ou Daryl Hannah de dama dragão?” Liu questionou. “Só posso concluir que é porque elas não são asiáticas”, continuou ela, explicitando o racismo da acusação. “Eu poderia estar vestindo um smoking e uma peruca loira, mas ainda assim teria sido rotulada como uma dama dragão por causa da minha etnia”, acrescentou. “Se eu não posso interpretar certos papéis porque os americanos convencionais ainda me veem como Outro, e eu não quero ser escalada apenas em papéis ‘tipicamente asiáticos’ porque eles reforçam estereótipos, eu começo a sentir as paredes da caixa metafórica onde nós, as mulheres asiáticas, somos colocadas”, concluiu.
Sonny Chiba (1939-2021)
O icônico ator japonês Sonny Chiba, que o público ocidental conhecmais pela participação em “Kill Bill”, de Quentin Tarantino, morreu nesta quinta (19/8) aos 82 anos, por complicações da covid-19. Ele estava internado num hospital desde o dia 8 de agosto, desenvolveu pneumonia e acabou não resistindo. Com meio século de carreira, Sonny Chiba apareceu em inúmeros filmes japoneses populares e até blockbusters americanos, exibindo sua técnica exuberante em artes marciais, que o levou a interpretar grandes mestres em sua carreira. O jovem Sadaho Maeda começou a estudar artes marciais na Nippon Sport Science University em 1957 com o mestre de caratê Masutatsu “Mas” Oyama e ganhou a faixa preta de primeiro grau em 1965. Mais tarde, ele interpretou o próprio Oyama em uma trilogia de filmes, “Combate Mortal”, “Karate Bearfighter” e “Karate for Life”, no final dos anos 1970. Em 1984, ele recebeu a faixa preta de quarto grau. Também foi faixa-preta em ninjutsu, shoreinji kempo, judô, kendo e goju-ryu karate. Ele começou a atuar em 1959, quando finalmente assumiu o nome de Sonny Chiba e eventualmente Shin’ichi Chiba. Seus primeiros papéis foram como dublê em programas de tokusatsu (super-heróis mascarados japoneses), onde substituía o ator principal, mas logo se destacou em uma série de thrillers do diretor japonês Kinji Fukasaku, com quem colaborou frequentemente, e na ficção científica “Invasion of the Neptune Men” em 1961. Chiba estrelou sua primeira franquia em 1970, graças ao sucesso do thriller criminal “Yakuza Cop”, onde viveu um policial infiltrado na máfia japonesa. A produção rendeu três continuações no espaço de dois anos. Seu primeiro filme de artes marciais veio depois, “Karate Kiba”, em 1973. Já o reconhecimento internacional foi consequência da repercussão de “Street Fighter” de 1974, que foi lançado nos Estados Unidos pela New Line Cinema com uma classificação X (mais usada para a pornografia) por sua violência extrema. Para aproveitar o impacto, a trama virou uma trilogia e até ganhou spin-off, “Sister Street Fighter”, tudo no mesmo ano! A popularidade de “Street Fighter” transformou Chiba num astro de ação e o levou a estrelar adaptações de mangás populares, como “Lobisomem Enfurecido” (1975) e o cultuado “Golgo 13 – A Missão Kowloon” (1977), além de muitos filmes de samurais e ninjas, incluindo os clássicos “A Conspiração do Clã Yagyu” (1978), “Portal do Inferno” (1981) e “A Guerra dos Ninja” (1982), em que expandiu suas atividades para virar coreógrafo de cenas de ação. Sua estreia em Hollywood aconteceu em 1992, no filme de ação “Águia de Aço III: Ases do Céu”, que o levou a ser contratado para outras produções B lançadas diretamente em vídeo. Sem receber o devido reconhecimento nos EUA, acabou consagrado pelo cinema de Hong Kong com o papel de vilão num dos maiores clássicos modernos do gênero wuxia (artes marciais e fantasia), “Os Cavaleiros da Tempestade” (1998), de Andrew Lau, em que viveu o terrível Lorde Conquistador da humanidade. Ao decidir homenagear o cinema de ação asiático em “Kill Bill”, Tarantino reservou para Chiba o papel de Hattori Hanzo, um espadachim lendário transformado em dono de restaurante de sushi que no “Volume 1” (2003) da saga de vingança fabrica uma espada samurai para a Noiva (Uma Thurman). Ele também apareceu em “Velozes e Furiosos: Desafio em Tóquio” como Kamata, um chefe da Yakuza e tio do principal antagonista, Takashi (Brian Tee), numa homenagem a seus thrillers criminais dos anos 1970. Seus últimos trabalhos foram “Outbreak Z”, um filme B americano de zumbis estrelado por Wesley Snipes, e “Bond of Justice: Kizuna”, uma história de vingança contra a Yakuza. Ambos ainda estão inéditos.
Quentin Tarantino revela planos de “Kill Bill – Volume 3”
Apesar de declarar aos quatro ventos que pretende fazer só mais um filme para encerrar a carreira, Quentin Tarantino também, vira e mexe, explora a possibilidade de realizar uma sequência de “Kill Bill”. No passado, ele chegou a dizer que o “Volume 3” não contaria como último filme, porque seria uma expansão. Agora, ele deu detalhes do projeto. Em entrevista ao podcast “The Joe Rogan Experience”, o diretor de 58 anos compartilhou seus planos para a continuação de “Kill Bill”. A ideia “é revisitar os personagens 20 anos depois, imaginar a Noiva e sua filha tendo 20 anos de paz. E então essa paz é destruída”, contou Tarantino, que também adiantou os planos de escalar Uma Thurman e sua filha, Maya Hawke, no elenco. “Seria empolgante para c*ralho!”, declarou. Vale lembrar que Tarantino já escalou Maya Hawke em seu último filme, “Era uma vez… em Hollywood”. Como o diretor tem dito desde o lançamento de “Kill Bill – Volume 2″, a continuação mostraria a filha de Vernita Green (Vivica A. Fox) tentando se vingar da Noiva por ter matado a mãe dela. Só que ela não seria a única em busca de vingança. Em 2004, ele explicou: “Eu já tenho toda a mitologia: Sofie Fatale [Julie Dreyfus] receberá a herança de Bill. Ela criará Nikki, que irá atrás da Noiva. Nikki merece sua vingança tanto quanto a Noiva mereceu a dela”. Mas agora ele acrescentou outros personagens na trama de vingança. “Sabe, Elle Driver [personagem de Daryl Hannah] ainda está por aí. Sofie Fatale [Julie Dreyfus] teve seu braço cortado, mas ainda está viva. Todas elas receberam dinheiro da herança de Bill. E, inclusive, Gogo [Chiaki Kuriyama] tinha uma irmã gêmea que podia aparecer”, apontou o cineasta, bastante animado, na nova entrevista. “Kill Bill – Volume 1” completa 20 anos em 2023.
Shunsuke Kikuchi (1931-2021)
O compositor japonês Shunsuke Kikuchi, conhecido por ter criado os temas de “Kamen Rider” e da franquia “Dragon Ball”, faleceu de pneumonia no último sábado (24/4) aos 89 anos. Kikuchi começou sua carreira de compositor de trilhas em 1961 e trabalhou em cerca de 70 filmes antes de se dedicar às produções de televisão na década seguinte. Entre seus primeiros trabalhos estão clássicos do cinema japonês, como o filme de samurais “Sangue de Vingança” (1965), a icônica produção de gângsteres “Contos Brutais de Honra” (1965) e a cultuada franquia de garotas malvadas “Female Prisioner Scorpion” (inaugurada em 1972) – cujo tema acabou incorporado por Quentin Tarantino à trilha de “Kill Bill”. Dez anos depois de sua primeira composição para o cinema, Kikuchi assinou seu primeiro sucesso televisivo, a abertura da série “Kamen Rider”, exibida originalmente de 1971 a 1973. O tema do tokusatsu continuou a ser utilizado durante as várias reencarnações da franquia. Ele também trabalhou na popular série animada “Doraemon” desde 1979. Mas foi só a partir da década de 1980 que sua música virou febre mundial, após conceber a composição total de “Dragon Ball” (1986-1989) e suas continuações, “Dragon Ball Z” (1989-1996) e “Dragon Ball Z Kai” (2009-2015), além das várias adaptações da série para o cinema. Com longa carreira, o compositor só foi se aposentar em 2017 por conta de sua saúde, deixando um legado de várias trilhas de cinema e animes.
Clark Middleton (1957 – 2020)
O ator Clark Middleton, que estrelou as séries “Twin Peaks” e “The Blacklist”, morreu no domingo (4/5) por infecção do vírus do Nilo Ocidental, aos 63 anos. “Com o coração pesado, anunciamos a passagem de uma vida eminentemente digna de comemoração: Clark Tinsley Middleton, 63 – amado ator, escritor, diretor, professor, herói, marido, farol, amigo”, escreveu sua esposa Elissa nas redes sociais. “Clark fez a transição em 4 de outubro como resultado do vírus do Nilo Ocidental, para o qual não há cura conhecida. Clark era uma bela alma que passou a vida desafiando limites e defendendo as pessoas com deficiência”. Middleton começou a trabalhar como ator em Nova York em 1983, fazendo sua estreia teatral ao lado da estrela da Broadway Geraldine Page. Nos últimos 30 anos, sua extensa experiência no palco o levou por todo o país, onde se apresentou nos principais teatros das cidades de Nova York e Los Angeles, incluindo a montagem de sua peça individual aclamada pela crítica “Miracle Mile”. Na televisão, Middleton se destacou em papéis recorrentes em “Law & Order”, “Fringe”, no revival de “Twin Peaks” (como o marido de Aubrey/Sherilyn Fenn) e, mais recentemente, em “The Blacklist”, onde interpretou um parceiro profundamente irritante de Raymond “Red” Reddington (James Spader). Sua última participação na série foi exibida em abril passado. Ao longo de sua carreira, Middleton trabalhou com vários diretores proeminentes, como Quentin Tarantino em “Kill Bill Vol. 2” (2004), Robert Rodriguez em “Sin City” (2005), Ang Lee em “Aconteceu em Woodstock” (2009), Bong Joon Ho em “Expresso do Amanhã” (2009) e Alejandro G. Iñárritu em “Birdman” (2014). Membro vitalício do Actors Studio, ele também ensinou atuação por mais de 20 anos na cidade de Nova York. Paralelamente ao trabalho artístico, ainda foi um porta-voz da Fundação de Artrite, após conviver com a artrite reumatóide juvenil por mais de 50 anos. Em comunicado, o criador de “The Blacklist”, Jon Bokenkamp, lamentou a morte do ator. “Estou com o coração partido. Além de ser um ator verdadeiramente único e talentoso, Clark era simplesmente um cara incrível em todos os sentidos. Ele era um louco por filmes. Ele amava seu trabalho com paixão. E ele era incrivelmente generoso de espírito… Eu sei que sua família inteira em ‘The Blacklist’ está arrasada com essa notícia. Clark era um dos bons, e nós o perdemos cedo demais.”
Desafio junta Scarlett Johansson, Margot Robbie, Zoe Saldana e dublês em vídeo de lutas virtuais
A dublê e atriz Zoë Bell, que protagonizou “À Prova de Morte” (2007), de Quentin Tarantino, lançou um desafio para as colegas de filmes de ação, envolvendo-as numa briga virtual coletiva. A brincadeira começou no TikTok, primeiro entre dublês, e acabou chegando às outras redes sociais com a participação de estrelas famosas, numa distribuição de chutes, socos e golpes de todos os tipos contra as câmeras. O resultado, muito bem editado e produzido pela própria Bell, pode ser visto abaixo. Além de estrelas como Florence Pugh (“Midsommar”), Scarlett Johansson (“Viúva Negra”), Rosario Dawson (“Demolidor”), Halle Berry (“X-Men”), Zoe Saldana (“Guardiões da Galáxia”), Drew Barrymore, Cameron Dias (ambas de “As Panteras”) e suas dublês, o vídeo também mostra atrizes incorporando personagens de seus filmes, como Daryl Hannah, voltando a viver Ellie Driver, de “Kill Bill” (2004), Lucy Lawless com o chakram de “Xena: A Princesa Guerreira” e Margot Robbie, apelando ao taco de beisebol da Arlequina. Confira abaixo a corrente da porrada à distância, que monstra como as profissionais do cinema de ação estão matando o tédio e mantendo a forma durante o isolamento social preventivo contra a pandemia de coronavírus.
Sid Haig (1939 – 2019)
O ator Sid Haig, lenda do cinema B americano, morreu no sábado (21/9), aos 80 anos. A morte foi anunciada por sua esposa, Susan L. Oberg, no Instagram: “Isto veio como um choque para todos nós. Como família, nós pedimos privacidade e tempo para que nosso luto seja respeitado”. Segundo a Variety, Haig faleceu de uma infecção pulmonar, após complicações respiratórias causadas por uma queda, sofrida semanas atrás. A vasta filmografia do ator tem quase 150 títulos, a maioria de temática violenta. Mas antes de encarar as telas, ele tentou a música. Na adolescência, foi baterista da banda T-Birds e chegou a gravar um hit, “Full House”, que atingiu o 4º lugar na parada de sucessos em 1958. Graças a essa experiência, conseguiu um de seus primeiros papéis no cinema, aparecendo como baterista dos Righteous Brothers no filme “Farra Musical” (1965). A tendência de viver monstros, psicopatas, assassinos e degenerados teve início no mesmo ano num episódio da sitcom “The Lucy Show”, de Lucille Ball, em que encarnou uma múmia. Mas foi por diversão, assim como sua passagem pelos quadrinhos, como capanga do Rei Tut (Victor Buono) na série clássica “Batman” (em 1966), e pela sci-fi, como alienígena na 1ª temporada de “Jornada nas Estrelas” (em 1967). Os primeiros papéis aproveitavam-se de seu visual exótico. Descendente de armênios, ele tinha um ar de estrangeiro perigoso. Ao decidir raspar a cabeça, também adquiriu uma aparência demente. Mas sua transformação definitiva em astro de filmes sanguinários se deu pelas mãos do cineasta Jack Hill. O primeiríssimo trabalho de Haig como ator foi num curta universitário de Hill, feito em 1960 como parte do currículo da UCLA. Assim, quando conseguiu financiamento do rei dos filmes B, Roger Corman, o diretor o convocou para participar de seu primeiro longa oficial, “O Rastro do Vampiro” (1966), cujo título original era mais explícito em relação ao tom da produção – “Blood Bath”, literalmente “banho de sangue”. De todo modo, foi o filme seguinte de Hill, “Spider Baby” (1967), que transformou ambos, diretor e ator, em ícones do cinema B americano. Lançado sem fanfarra, “Spider Baby” saiu da obscuridade para se tornar um dos filmes mais cultuados dos anos 1960, ao ser redescoberto pelas novas gerações. A história girava em torno do personagem vivido pelo veterano astro de terror Lon Chaney (“O Lobisomem”), um cuidador de três irmãos mentalmente perturbados, que tenta proteger os jovens de primos gananciosos. De olho na velha mansão da família em que eles vivem, os parentes resolvem trazer advogados para despejá-los da propriedade. Mas a situação sai do controle, com violência generalizada, culminando na explosão da residência por parte do cuidador, numa mistura de ato de desespero, misericórdia e suicídio. Haig viveu o único irmão homem, incapaz de falar, mas capaz de atos terríveis, como o estupro de sua prima. Ator e diretor continuaram a pareceria em outros gêneros de filmes B, como o cultuado filme de prisão feminina “As Condenadas da Prisão do Inferno” (1971) e dois dos maiores clássicos da era blaxploitation “Coffy: Em Busca da Vingança” (1973) e “Foxy Brown” (1974), todos estrelados por Pam Grier. Essa conexão, por sinal, fez com que Haig fosse lembrado por Quentin Tarantino em sua homenagem ao gênero, “Jackie Brown” (1997), protagonizado pela mesma atriz. Sem abandonar violência, Haig também apareceu em clássicos do cinemão classe A, como “À Queima-Roupa” (1967), de John Boorman, “007 – Os Diamantes São Eternos” (1971), de Guy Hamilton, “O Imperador do Norte” (1973), de Robert Aldritch, e até “THX 1138” (1971), primeira sci-fi de um jovem visionário chamado George Lucas (sim, o criador de “Star Wars”). Mas as produções que costumavam escalá-lo com frequência eram mesmo de baixo orçamento, e elas entraram em crise com o fim das sessões duplas noturnas e dos drive-ins na metade final dos anos 1970. Por conta disso, o ator passou boa parte desse período fazendo séries. Chegou a viver nove vilões diferentes em “Missão Impossível”, quatro em “Duro na Queda”, três em “A Ilha da Fantasia”, dois em “MacGyver”, além de enfrentar “As Panteras”, “Police Woman”, “Buck Rogers”, “Os Gatões”, “Esquadrão Classe A”, “O Casal 20″m etc. Ele anunciou oficialmente sua aposentadoria em 1992, dizendo-se cansado de viver sempre o vilão que morria no episódio da semana. Assim, quando Tarantino o procurou para viver Marcellus Wallace em “Pulp Fiction” (1994), ele se recusou. O papel acabou consagrando Ving Rhames. Mas Tarantino não desistiu de tirar Haig da aposentadoria. Ele escreveu o personagem do juiz de “Jackie Brown” pensando especificamente no ator. E ao insistir foi bem-sucedido em convencê-lo a atuar novamente. Após aparecer em “Jackie Brown”, Haig foi convidado a participar de um clipe do roqueiro Rob Zombie, “Feel So Numb” (2001). E a colaboração deu início a uma nova fase na carreira de ambos. Zombie resolveu virar diretor de cinema e escalou Haig em seu papel mais lembrado, como o Capitão Spaulding, guia turístico de “A Casa dos 1000 Corpos” (2003), filme francamente inspirado em “Spider Baby”, entre outras referências de terror ultraviolento. O nome Capitão Spaulding também era citação a outro personagem famoso, o grande contador de “lorotas” vivido por Groucho Marx na célebre comédia “Os Galhofeiros” (1930). Spaulding voltou a matar, acompanhado por seus parentes dementes, na continuação “Rejeitados pelo Diabo” (2005), melhor filme da carreira de Rob Zombie. E Haig seguiu participando dos filmes do roqueiro cineasta, como “Halloween: O Início” (2007), “The Haunted World of El Superbeasto” (2009) e “As Senhoras de Salem” (2012). Ele ainda trabalhou em “Kill Bill: Volume 2” (2004), de Tarantino, no cultuado western de terror “Rastro de Maldade” (2015), de S. Craig Zahler, e em dezenas de títulos de horror lançados diretamente em vídeo na fase final de sua carreira. Para completar sua prodigiosa filmografia, vai se despedir das telas com o personagem que mais viveu, retomando o Capitão Spaulding em “Os 3 Infernais”, final da trilogia de Rob Zombie, que tem estreia prevista para outubro.











