Clark Middleton (1957 – 2020)

O ator Clark Middleton, que estrelou as séries “Twin Peaks” e “The Blacklist”, morreu no domingo (4/5) por infecção do vírus do Nilo Ocidental, aos 63 anos. “Com o coração pesado, anunciamos […]

Twitter/Clark Middleton

O ator Clark Middleton, que estrelou as séries “Twin Peaks” e “The Blacklist”, morreu no domingo (4/5) por infecção do vírus do Nilo Ocidental, aos 63 anos.

“Com o coração pesado, anunciamos a passagem de uma vida eminentemente digna de comemoração: Clark Tinsley Middleton, 63 – amado ator, escritor, diretor, professor, herói, marido, farol, amigo”, escreveu sua esposa Elissa nas redes sociais. “Clark fez a transição em 4 de outubro como resultado do vírus do Nilo Ocidental, para o qual não há cura conhecida. Clark era uma bela alma que passou a vida desafiando limites e defendendo as pessoas com deficiência”.

Middleton começou a trabalhar como ator em Nova York em 1983, fazendo sua estreia teatral ao lado da estrela da Broadway Geraldine Page.

Nos últimos 30 anos, sua extensa experiência no palco o levou por todo o país, onde se apresentou nos principais teatros das cidades de Nova York e Los Angeles, incluindo a montagem de sua peça individual aclamada pela crítica “Miracle Mile”.

Na televisão, Middleton se destacou em papéis recorrentes em “Law & Order”, “Fringe”, no revival de “Twin Peaks” (como o marido de Aubrey/Sherilyn Fenn) e, mais recentemente, em “The Blacklist”, onde interpretou um parceiro profundamente irritante de Raymond “Red” Reddington (James Spader). Sua última participação na série foi exibida em abril passado.

Ao longo de sua carreira, Middleton trabalhou com vários diretores proeminentes, como Quentin Tarantino em “Kill Bill Vol. 2” (2004), Robert Rodriguez em “Sin City” (2005), Ang Lee em “Aconteceu em Woodstock” (2009), Bong Joon Ho em “Expresso do Amanhã” (2009) e Alejandro G. Iñárritu em “Birdman” (2014).

Membro vitalício do Actors Studio, ele também ensinou atuação por mais de 20 anos na cidade de Nova York. Paralelamente ao trabalho artístico, ainda foi um porta-voz da Fundação de Artrite, após conviver com a artrite reumatóide juvenil por mais de 50 anos.

Em comunicado, o criador de “The Blacklist”, Jon Bokenkamp, lamentou a morte do ator. “Estou com o coração partido. Além de ser um ator verdadeiramente único e talentoso, Clark era simplesmente um cara incrível em todos os sentidos. Ele era um louco por filmes. Ele amava seu trabalho com paixão. E ele era incrivelmente generoso de espírito… Eu sei que sua família inteira em ‘The Blacklist’ está arrasada com essa notícia. Clark era um dos bons, e nós o perdemos cedo demais.”