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    Kevin Spacey chora no tribunal ao ser absolvido de crimes sexuais

    26 de julho de 2023 /

    O ator Kevin Spacey (“House of Cards”) não conteve as lágrimas no tribunal após ser inocentado das acusações de crimes sexuais contra quatro homens. O veredito saiu nesta quarta-feira (26/7) num julgamento realizado em Londres. As supostas vítimas acusavam Spacey por 12 episódios de atentado ao pudor e agressão sexual que teriam acontecido entre 2004 e 2013, quando ele era diretor artístico do teatro Old Vic, em Londres. Um dos crimes apontados teria sido, segundo a lei britânica, “fazer com que uma pessoa se envolva em atividade sexual com penetração”, o que renderia prisão perpétua. Durante o julgamento, foram ouvidos amigos e familiares do ator, entre eles Elton John e o marido, David Furnish, além da sobrinha de Spacey. Os acusadores também deram depoimentos detalhados de abusos supostamente cometidos pelo ator. E, depois de cinco semanas desde a primeira audiência no Tribunal da Coroa de Southwark, no dia 28 de junho, os 12 jurados decidiram pela inocência do réu.   Dupla inocência Foi a segunda vitória de Spacey nos tribunais. Em outubro de 2022, um júri de Nova York também inocentou Spacey de um processo civil de US$ 40 milhões, concluindo que ele não molestou o ator Anthony Rapp (“Star Trek: Discovery”) quando o denunciante era adolescente. O caso veio à tona em 2017, depois que o site BuzzFeed revelou uma entrevista polêmica de Rapp em que ele sugeria ataques de Spacey durante uma festa do elenco de uma peça. Segundo o ator, Spacey estava bêbado e o agarrou, colocou-o em cima de uma cama, subiu em cima dele e fez avanços sexuais. “Quando uma investigação é realizada, essas coisas se desmoronam”, declarou Spacey na entrevista a ZEITmagazin. “Isso é o que aconteceu no caso do [Anthony] Rapp, e é isso que vai acontecer neste caso”, previu.   Escândalo e sorte Apesar de ter sido inocentado nesse caso, o ator foi acusado por mais de 20 homens de má conduta sexual, um volume tão expressivo que acabou com sua carreira. Desde a acusação inicial de Rapp em 2017, ele foi retirado da série “House of Cards” (uma vez que os integrantes da equipe fizeram suas próprias denúncias contra ele) e também perdeu o papel no filme “Todo o Dinheiro do Mundo” (2017), tendo sido substituído por Christopher Plummer depois que o filme já estava pronto – as refilmagens ocorrem de forma acelerada para o longa não perder sua data de estreia. Spacey também já foi condenado a pagar US$ 31 milhões de indenização à produtora MCR pelo cancelamento da série “House of Cards”, após o juiz do caso considerar que seu comportamento foi responsável pela decisão da Netflix de encerrar a série premiada. Mas outras acusações feitas contra ele acabaram não indo adiante por diferentes motivos. Dois acusadores que o processaram morreram antes de seus casos chegarem nos tribunais. O escritor norueguês Ari Behn, ex-marido da princesa da Noruega, cometeu suicídio no Natal de 2019, três meses após um massagista que acusava o ator falecer subitamente. Para completar, Spacey teve outro processo, movido por um rapaz que tinha 18 anos na época do assédio, retirado abruptamente na véspera de ir a julgamento.   Retomada da carreira Graças à falta de condenações, ele conseguiu voltar a atuar em um filme italiano, “L’Uomo che Disegnò Diò”, dirigido e estrelado pelo astro Franco Nero. Ele também interpretou um vilão no filme de baixo orçamento “Peter Five Eight”. Além disso, Spacey foi confirmado no próximo filme independente de Gene Fallaize (“Superman: Requiem”) e recebeu uma homenagem ao ministrar uma masterclass no Museu Nacional de Cinema da Itália, em Turim. No mês passado, Spacey deu entrevista afirmando que pretendia retomar a carreira e que sabia de colegas que esperavam apenas o final do julgamento para apoia-lo.

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    Gwyneth Paltrow é inocentada pela Justiça em caso de acidente de esqui

    30 de março de 2023 /

    A Justiça definiu que Gwyneth Paltrow não causou a colisão de esqui que supostamente deixou o optometrista aposentado Terry Sanderson com uma lesão cerebral traumática. O júri em Park City, Utah, concluiu que Sanderson foi o responsável pela colisão e ele teve que pagar o valor simbólico de US$ 1, solicitado pela atriz, para cobrir os danos do acidente. Terry Sanderson, um optometrista aposentado, processou Paltrow por causa da colisão, que aconteceu em 2016, no Deer Valley Resort em Park City, em Utah. Sanderson pediu cerca de US$ 300 mil (R$ 1,5 milhão) em danos alegando que a atriz causou a colisão que resultou em quatro costelas quebradas e danos cerebrais devido a uma concussão. Paltrow testemunhou na semana passada dizendo que Sanderson se chocou contra ela com o esqui. Seus advogados sugeriram fortemente que Sanderson via Paltrow como uma espécie de caixa eletrônico em potencial e que a estrela se recusou a resolver o caso por medo de dar um mau exemplo para seus filhos. Nas alegações finais, o advogado de Sanderson, Robert Sykes, rejeitou as alegações de que ele está buscando fama e atenção. Desde o acidente, disse o defensor, Sanderson “nunca mais voltou para casa”. “Parte dele sempre estará naquela montanha”, disse ele. O advogado de Paltrow, Steve Owens, por sua vez, afirmou ao encerrar que, para Paltrow, é uma questão de certo e errado e que seria “fácil” para ela “preencher um cheque e acabar com isso”, mas disse que seria “errado” e ela não queria dar um mau exemplo para o seus filhos. “É realmente errado que ele a machuque e ele queira dinheiro dela”, disse o advogado ao júri. E acrescentou: “Ele tem o direito de estar aqui hoje, mas não tem o direito de ser recompensado por machucá-la”. Outro advogado da atriz, James Egan, em sua parte final, referiu-se aos comentários do lado oposto, dizendo: “A Sra. Paltrow também o quer fora da montanha, mas ela não deve ser responsável pelo custo disso”. Paltrow disse ao júri que a colisão aconteceu no primeiro dia de uma viagem a Deer Valley em que ela estava com seus dois filhos, o então namorado [e hoje marido] Brad Falchuck e dois filhos dele. Ela testemunhou que dois esquis dele entraram entre seus esquis, forçando suas pernas a se separarem e que ela ouviu um “ruído de grunhido” quando sentiu um corpo pressionando suas costas antes que os dois caíssem juntos. Paltrow disse que não perguntou sobre a condição de Sanderson depois que eles colidiram, mas afirmou que ela ficou na montanha “tempo suficiente para ele dizer que estava bem” e se levantar. Durante seu depoimento, Sanderson reiterou as alegações de que foi Paltrow quem esquiou contra ele. “Fui atingido nas costas com muita força, bem nas omoplatas… Nunca fui atingido tão duramente”, testemunhou Sanderson. “Tudo o que vi foi muita neve.” Sanderson contestou as sugestões de que processou Paltrow para explorar sua fama e riqueza. “Pensei: ‘Não gosto de adoração a celebridades’”, disse Sanderson ao júri sobre saber quem era a outra esquiadora envolvida na colisão. Os jurados também ouviram várias testemunhas especializadas, as filhas de Sanderson e depoimentos de funcionários do resort de esqui. O testemunho dos dois filhos de Paltrow, Apple e Moses Martin, também foi lido ao júri durante o julgamento. No final, a estrela de “Shakespeare Apaixonado” levou a melhor e foi inocentada pelo júri.

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    Kristen Stewart desabafa sobre presidir Festival de Berlim: “Tremendo toda”

    16 de fevereiro de 2023 /

    Kristen Stewart (“As Panteras”), presidente do júri no Festival de Cinema de Berlim deste ano, desabafou sobre a responsabilidade do cargo que está ocupando: “Estou tremendo toda”, relatou a estrela. Em entrevista coletiva para a imprensa, realizada nesta quinta-feira (16/2) para celebrar o início do festival, a atriz foi bem sincera ao compartilhar com os repórteres a experiência. “É um peso, mas não é um peso que eu não compreenda ou não sinta totalmente. Agradeço por estar amparada por um júri realmente bonito e talentoso”, relatou a artista. No palco, Kristen estava acompanhada pelos membros do júri: a atriz franco-iraniana Golshifteh Farahani (“Filhas do Sol”), a diretora alemã Valeska Grisebach (“Western), o diretor romeno Radu Jude (“Má Sorte No Sexo Ou Pornô Acidental”), a diretora de elenco e produtora americana Francine Maisler (“Babilônia”), a diretora espanhola Carla Simón (“Verão 1993”) e o diretor e produtor de Hong Kong Johnnie To (“Guerra Ás Drogas”). “Estou pronta para ser mudada por todos os filmes e pelas pessoas que estão ao nosso redor. É por isso que estamos aqui”, declarou a atriz. Na coletiva, Stewart foi questionada sobre seus critérios para a premiação e resolveu refletir sobre a pergunta: “É uma coisa muito interessante estar encarregada de decidir qual é o melhor filme. É algo tão efêmero e bastante subjetivo. Podemos odiar um filme, mas sua realização ser impressionante”, disse ela. Segundo a presidente do júri, para avaliação dos filmes, o importante é estar “aberto ao novo” e “diminuir preconceitos”. “Acho muito importante estarmos totalmente abertos à novidade. Acho que a diversidade e a amplitude de ideias vão nos fornecer algum material novo que pode ser desafiador e estranho de se adaptar, mas acho que o ponto é escolher aquele que mais se destaca. Você sabe, se todos nós não concordarmos com algo, provavelmente é porque é muito bom. Entendeu o que eu quero dizer?”, indagou a atriz. A estrela ficou momentaneamente confusa quando um dos repórteres perguntou se ela tinha algum filme ou diretor contemporâneo preferido. Nesse momento, Stewart foi bem sincera e se descreveu como uma “perdedora”: “Vão falar que não assisto filmes, mas, para ser bem honesta, não quero perder tempo sentada aqui procurando títulos e cineastas para mencionar. Eu sinto muito. Não tenho a melhor resposta para a sua pergunta, mas quero desvendar os trabalhos de todos que estão sentados aqui comigo. Isso é algo que vai ser bastante divertido de fazer, mas me desculpe. Eu sou uma perdedora. Não tenho uma lista de cineastas para lhe oferecer”, respondeu a atriz. Kristen esteve pela primeira vez na Berlinale em 2010, com a produção independente “Corações Partidos”, do diretor Jake Scott. Com o convite da organização do evento para presidir o júri, ela se tornou a pessoa mais jovem a assumir a presidência do Festival de Berlim. Recentemente, ela terminou de dirigir seu primeiro longa “The Chronology of Water”, e foi anunciada como a protagonista do filme “Sontag”, que conta a história da escritora Susan Sontag.

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    Festival de Cannes começa sob pressão do streaming e do empoderamento feminino

    8 de maio de 2018 /

    O Festival de Cannes 2018, que inicia nesta terça-feira (8/5), busca um equilíbrio impossível em meio a abalos tectônicos de velhos paradigmas, num período agitado de mudanças para o cinema mundial. Saudado por sua importância na revelação de grandes obras, que pautarão o olhar cinematográfico pelo resto do ano, o evento francês também enfrenta críticas por seu conservadorismo, ignorando demandas femininas e o avanço do streaming. Mas sua aposta para manter-se relevante é a mesma de sempre: a politização do evento. Os carros-chefes do festival desde ano não são obras de diretores hollywoodianos, mas de cineastas considerados prisioneiros políticos, o iraniano Jafar Panahi e o russo Kirill Serebrennikov, que estão em prisão domiciliar em seus países. Ambos vão disputar a Palma de Ouro. O caso de Panahi é um fenômeno. Desde que foi preso e proibido de filmar, já rodou quatro longas, contando o atual “Three Faces”. Do mesmo modo, o evento se apresenta como aliado de um cineasta que enfrenta dificuldades legais para exibir seu filme, programando “The Man Who Killed Don Quixote” (O Homem que Matou Dom Quixote, em tradução literal), de Terry Gilliam, apesar da disputa jurídica que impede sua projeção – um conflito entre o diretor e o produtor, Paulo Branco, que exige o cancelamento da exibição. O mérito da questão está atualmente em análise pelos tribunais franceses. Em comunicado, o presidente do festival Pierre Lescure e o delegado geral Thierry Frémaux afirmaram que Cannes “respeitará a decisão” que será tomada pela Justiça “seja ela qual for”. Mas ressaltaram no texto seu compromisso com o cinema. Após citar que os advogados de Branco prometeram uma “derrota desonrosa” ao festival, afirmaram que a única derrota “seria ceder à ameaça”, reiterando que “os artistas necessitam mais que nunca que sejam defendidos, não atacados”. Para completar esse quadro, digamos, quixotesco, Cannes também decidiu suspender o veto ao cineasta dinamarquês Lars von Trier, que tinha sido considerado “persona non grata” no evento em 2011, após uma entrevista coletiva desastrosa, em que afirmou sentir simpatias por Hitler – num caso de dificuldade de expressão numa língua estrangeira, o inglês. A mensagem do evento é bastante clara. Mas sua defesa da luta de homens contra a opressão e a censura segue ignorando a luta das mulheres. Como já é praxe e nem inúmeros protestos e manifestos parecem modificar, filmes dirigidos por mulheres continuam a ser minoria absoluta no evento francês. Apenas três diretoras estão na disputa pelo principal prêmio: a francesa Eva Husson, a libanesa Nadine Labaki e a italiana Alice Rohrwacher. Diante desse quadro, os organizadores buscaram uma solução curiosa, aumentando a presença feminina no juri do evento – com a inclusão da diretora americana Ava DuVernay (“Uma Dobra no Tempo”), a cantora e compositora Khadja Nin, do Burundi, e as atrizes Kristen Stewart (“Personal Shopper”) e a francesa Léa Seydoux (“Azul É a Cor Mais Quente”), D sob a presidência da australiana Cate Blanchett (“Thor: Ragnarok”). Assim, mulheres poderão votar nos melhores candidatos homens, mais ou menos como acontece na política eleitoral. Obviamente, não se trata de solução alguma. E para adicionar injúria à falta de igualdade, o “perdão” a Lars Von Trier representa um tapa na cara do movimento #MeToo. Seu retorno acontece em meio a escândalos sexuais cometidos em seu estúdio e graves acusações de abusos, reveladas numa reportagem da revista The New Yorker e por uma denúncia da cantora Bjork, que contou detalhes das filmagens de “Dançando no Escuro”, musical que rendeu justamente a Palma de Ouro ao diretor no festival de 2000. Bjork relatou nas redes sociais algumas das propostas indecentes que ouviu e as explosões de raiva do “dinarmaquês” (que ela não nomeia) por se recusar a ceder, enquanto a reportagem da New Yorker descortinou o “lado negro” da companhia de produção Zentropa, criada pelo diretor. Segundo a denúncia, Von Trier obrigava todos os empregados da Zentropa a se despirem na sua frente e nadar nus com ele e seu sócio, Peter Aalbaek Jensen, na piscina do estúdio. Em novembro, a polícia da Dinamarca iniciou uma investigação sobre denúncias de assédio na Zentropa. Entrevistadas pelo jornal dinamarquês Politiken, nove ex-funcionárias revelaram que pediram demissão por não aguentarem se submeter ao assédio sexual e bullying diários. Considerando que o próprio festival francês estabeleceu um “disque denúncia sexual” este ano, como reação tardia à denúncias de abusos cometidos durante eventos passados em Cannes, a decisão de “perdoar” Lars Von Trier sofre, no mínimo, de mau timing. Também há um componente de inadequação na disputa do festival com a Netflix. Afinal, não é a definição de “cinema” que está em jogo – filme é filme, independente de onde seja visto, a menos que se considere que a exibição do vencedor de uma Palma de Ouro na TV o transforme magicamente em algo diferente, como um telefilme. Trata-se, no fundo, na velha discussão da regulamentação/intervencionismo estatal. O parque exibidor francês conta com o apoio das leis mais protecionistas do mundo, que estabelecem que um filme só pode ser exibido em vídeo ou streaming na França três anos após passar nas salas de cinema do país – a chamada janela de exibição. Trata-se do modelo mais extremo da reserva de mercado – como comparação, a janela é de três meses nos Estados Unidos – , e ele entrou em choque com o outro extremo representado pela Netflix, que defende a janela zero, na qual um filme não precisa esperar nenhum dia de diferença entre a exibição no cinema e a disponibilização em streaming. No ano passado, Cannes ousou incluir dois filmes produzidos pela Netflix na disputa da Palma de Ouro, “Okja”, de Bong Joon-ho, e “Os Meyerowitz: Família Não Se Escolhe”, de Noah Baumbach. E sofreu enorme pressão dos exibidores, a ponto de ceder aos protestos, de forma oposta à valentia que demonstra para defender cineastas com problemas em outros países. Em entrevista coletiva do evento deste ano, Thierry Fremaux afirmou que a participação dos filmes da Netflix “causou enorme controvérsia ao redor do mundo”. Um grande exagero, já que a polêmica foi toda local. “No ano passado, quando selecionamos dois de seus filmes, achei que poderia convencer a Netflix a lançá-los nos cinemas. Eu fui presunçoso: eles se recusaram”, disse Fremaux. “As pessoas da Netflix adoraram o tapete vermelho e gostariam de nos mostrar mais filmes. Mas eles entenderam que sua intransigência em relação ao modelo (de negócios) colide com a nossa”. A Netflix poderia, no entanto, exibir filmes em sessões especiais do festival, fora da competição oficial, disse Fremaux. Ao que Ted Sarandos, diretor de conteúdo da Netflix, retrucou: “Há um risco se seguirmos por esse caminho, de nossos cineastas serem tratados desrespeitosamente no festival. Eles definiram o tom. Não acho que será bom para nós participarmos”. Em jogo de cena, os organizadores de Cannes lamentaram a decisão da plataforma de streaming. E, ao fazer isso, assumiram considerar que os filmes da Netflix não são apenas filmes, mas filmes que poderiam fazer falta na programação do próprio festival. Ao mesmo tempo, a Netflix pretende adquirir as obras que se destacarem no evento. Já fez isso no passado, quando comprou “Divines”, vencedor da Câmera de Ouro, como melhor filme de diretor estreante no Festival de Cannes de 2016. E estaria atualmente negociando os direitos, simplesmente, do longa programado para abrir o evento deste ano, “Todos lo Saben”, novo drama do iraniano Asghar Farhadi, vencedor de dois Oscars de Melhor Filme em Língua Estrangeira, que é estrelado pelo casal espanhol Penélope Cruz e Javier Bardem, além do argentino Ricardo Darín. O resultado dessa disputa deixa claro que um festival internacional está sujeito a descobrir que o mundo ao seu redor é vastamente maior que interesses nacionais possam fazer supor. Mas não é necessariamente um bom resultado. Afinal, a política de aquisições da Netflix já corrói de forma irreversível o Festival de Sundance, com repercussões no próprio Oscar. Considere que o filme vencedor de Sundance no ano passado simplesmente sumiu na programação da Netflix, sem maiores consequências. E a concorrência com a plataforma fez a HBO tirar do Oscar 2019 o filme mais falado de Sundance neste ano, programando-o para a televisão. Assim, a recusa “pro forma” de Cannes apenas demonstra seu descompasso com o mundo atual. Não é fechando a porta à Netflix que o streaming vai deixar de avançar. O cinema está numa encruzilhada. Enquanto se discute a defesa da arte e o pacto com o diabo, um trem avança contra os que estão parados. Fingir-se de morto não é mais tática aceitável. Olhar para trás é importante, como nos pôsteres do festival, que celebram a nostalgia, assim como olhar para os lados e, principalmente, para a frente. Este barulho ensurdecedor são os freios do trem. É bom que todos abram os olhos, se quiserem sobreviver.

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    Kristen Stewart, Denis Villeneuve e Léa Seydoux integram o júri do Festival de Cannes 2018

    18 de abril de 2018 /

    A organização do Festival de Cannes 2018 divulgou o júri que irá eleger a Palma de Ouro e premiar os filmes da mostra competitiva. Além da presidente, a atriz Cate Blanchett (“Thor: Ragnarok”), previamente anunciada, o corpo de jurados inclui mais quatro mulheres e quatro homens, de sete nacionalidades diferentes. O júri inclui a atriz americana Kristen Stewart (“Personal Shopper”), a francesa Léa Seydoux (“Azul É a Cor Mais Quente”), a diretora americana Ava DuVernay (“Uma Dobra no Tempo”), o diretor canadense Denis Villeneuve (“Blade Runner 2049”), o diretor russo Andrei Zvyagintsev (“Sem Amor”), o diretor francês Robert Guédiguian (“Uma História de Loucura”), o ator taiwanês Chang Chen (“A Assassina”) e a cantora e compositora Khadja Nin, do Burundi. Uma das principais críticas à seleção deste ano foi a baixa representatividade de cineastas mulheres na mostra competitiva. Por conta disso, o diretor artístico do festival, Thierry Fremaux, disse à revista Variety ter conversado com mulheres da indústria do audiovisual para ouvir conselhos de como resolver esse problema. Uma das sugestões foi aplicada na diversificação do júri, mas também será estendida para as comissões que escolhem os filmes, a partir da próxima edição. “Nós começamos a prestar mais atenção à proporção de gênero nas nossas comissões de seleção, por exemplo. Agora, duas de cada três comissões têm tantas mulheres quanto homens”, disse ele à publicação. O Festival de Cannes 2018 acontece de 8 a 19 de maio, quando serão anunciados os vencedores.

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    Guillermo del Toro vai presidir o Festival de Veneza 2018

    12 de fevereiro de 2018 /

    Guillermo del Toro vai voltar ao Festival de Veneza em 2018, após vencer a edição do ano passado com seu filme “A Forma da Água”. Mas desta vez não será para competir. Ele foi convidado a presidir o júri da competição do Leão de Ouro deste ano. “Servir de presidente em Veneza é uma honra e responsabilidade imensa que aceito com respeito e gratidão”, o cineasta declarou, em comunicado. “Veneza é uma janela para o cinema mundial e a oportunidade de celebrar seu poder e relevância cultural”, completou. O diretor do Festival de Veneza, Alberto Barbera, elogiou o escolhido. “Guillermo del Toro personifica a generosidade, o amor pelo cinema passado ou futuro e a paixão pelo tipo de cinema que pode desencadear emoções, afetar as pessoas e, ao mesmo tempo, fazê-las refletir. Em virtude de sua imaginação viva, sensibilidade incomum e sua confiança no poder das imagens, ele trouxe à vida um universo fantástico no qual o amor e o medo podem coexistir, e valorizar a diversidade é um valor fundamental”. No ano passado, o júri que deu o Leão de Ouro para “A Forma da Água” foi presidido pela atriz Annette Bening. A 75ª edição do evento vai acontecer de 29 de agosto a 8 de setembro na cidade italiana.

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    Festival de Berlim 2018 anuncia júri e homenagem a Willem Dafoe

    7 de fevereiro de 2018 /

    A organização do Festival de Berlim 2018 divulgou os nomes dos integrantes do júri de sua mostra competitiva e anunciou uma homenagem ao ator Willem Dafoe, que receberá um Urso de Ouro Honorário por sua carreira no cinema. Indicado aos Oscar 2018 como Melhor Coadjuvante por “Projeto Flórida”, o ator de 62 anos tem uma carreira marcada por dramas clássicos, blockbusters e produções internacionais. Ele já foi Jesus Cristo em “A Última Tentação de Cristo” (1988) e Duende Verde em “Homem-Aranha” (2002), além de alter-ego de Hector Babenco no filme brasileiro “Meu Amigo Hindu” (2015). Já o júri da mostra competitiva será formado pela produtora indie Adele Romanski (“Moonlight”), o compositor japonês Ryuichi Sakamoto (“Furyo – Em Nome da Honra”), a atriz francesa Cecile de France (“O Enigma Chinês”), a diretora da Cinemateca da Espanha Chema Prado e da crítica Stephanie Zacharek (da revista Times). Anteriormente anunciado, o presidente do júri será o cineasta Tom Tykwer (“Corra, Lola, Corra” e “A Viagem”). O Festival de Berlim 2018 será aberto na próxima quinta-feira (15/2) com a exibição de “Ilha de Cachorros”, nova animação de Wes Anderson, e se estende até o dia 25 de fevereiro na capital alemã.

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    Cate Blanchett vai presidir o júri do Festival de Cannes 2018

    4 de janeiro de 2018 /

    A atriz australiana Cate Blanchett, vencedora de dois Oscars, por “O Aviador” (2004) e “Blue Jasmine” (2013), será a presidente do júri do 71º Festival de Cannes. Blanchett é a 12ª atriz a presidir o júri do festival, e assume a função quatro anos após a última mulher, a cineasta neozelandesa Jane Campion. No ano passado, o júri foi presidido pelo diretor espanhol Pedro Almodóvar, ocasião em que a Palma de Ouro foi para a comédia sueca “The Square”, que por coincidência estreia nos cinemas brasileiros nesta quinta (4/1). “Vou a Cannes há anos como atriz, produtora e para as festas de gala e sessões de competição, inclusive pelo mercado. Mas ainda não fui pelo mero prazer de aproveitar a abundânica de filmes deste grande festival”, afirmou a atriz em um comunicado. “Estamos muito felizes de acolher uma artista rara e singular, cujo talento e convicções preenchem as telas de cinema e os palcos de teatro. Nossas conversas com ela nos prometem que será uma presidente comprometida, uma mulher apaixonada e uma espectadora generosa”, afirmaram Pierre Lescure, presidente do Festival de Cannes, e Thierry Frémaux, diretor-geral. Além de seu trabalho nos cinemas, Blanchett acaba de criar a fundação Time’s Up, junto a outras estrelas como Natalie Portman e Meryl Streep, para ajudar as vítimas de assédio sexual. O Festival de Cannes 2018 vai acontecer entre os dias 8 e 19 de maio, na Riviera francesa.

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    Diretor de Corra, Lola, Corra vai presidir o Festival de Berlim 2018

    8 de novembro de 2017 /

    Diretor do cultuado “Corra, Lola, Corra” (1998) e “A Viagem” (2012), Tom Tykwer será o presidente do júri do Festival de Berlim 2018. “Tom Tykwer é uma dos mais importantes diretores alemães da atualidade e se estabeleceu mundialmente como um grande cineasta. O brilhante talento e capacidade de inovar viraram suas marcas em vários filmes de diversos gêneros”, declarou o diretor do evento, Dieter Kosslick, em comunicado. O artista agradeceu a escolha do festival. “A Berlinale sempre foi o meu evento favorito de cinema e me apoiou desde o início da minha carreira. Temos uma incrível história juntos. Agora, posso focar nestas duas semanas divertidas que terei com o júri”, afirmou Tykwer. Os trabalhos mais recentes do cineasta incluem o filme “Negócio das Arábias”, estrelado por Tom Hanks, a direção de episódios da série “Sense8” e a criação da série alemã “Babylon Berlin”, atualmente renovada para sua 3ª temporada – e que deve estrear na Netflix em janeiro. O presidente do juri do festival do ano passado foi o holandês Paul Verhoeven (“Elle”), ocasião em que o romance húngaro “On Body and Soul” venceu o Urso de Ouro. O Festival de Berlim 2018 acontece entre os dias 15 e 25 de fevereiro.

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    Filmes da Netflix fazem Pedro Almodóvar e Will Smith dividirem o júri do Festival de Cannes

    17 de maio de 2017 /

    A polêmica sobre a inclusão de filmes da Netflix no Festival de Cannes 2017 dividiu os responsáveis pela escolha do vencedor da Palma de Ouro. De um lado, o cineasta espanhol Pedro Almodóvar (“Julieta”), que preside o juri, manifestou-se contra premiar um filme que não seja exibido no cinema. Do outro, o ator americano Will Smith (“Esquadrão Suicida”), que estrela um lançamento exclusivo da Netflix, disse estar pronto a bater o pé e discordar. A disputa da Palma de Ouro terá este ano dois filmes que não serão exibidos nos cinemas: “The Meyerowitz Stories”, de Noah Baumbach, e “Okja”, de Bong Joon-Ho. Ambos serão disponibilizados apenas via streaming na França, o que levou os exibidores franceses a protestarem contra sua inclusão do evento. Por conta da controvérsia, o festival acabou se comprometendo a não selecionar mais filmes com distribuição exclusiva em streaming. Para Almodóvar, seria um paradoxo que um filme premiado em Cannes não pudesse ser visto nos cinemas. Durante a entrevista coletiva do juri, ele partiu com ímpeto contra o streaming. “Eu pessoalmente entendo que a Palma de Ouro não deve ser entregue para um filme que não seja visto nos cinemas”, afirmou. “Tudo isso não significa que eu não esteja aberto para celebrar novas tecnologias e oportunidades, mas enquanto eu estiver vivo, vou defender a capacidade de hipnose que uma tela grande tem sobre o espectador, algo que as novas gerações não conhecem”. A imprensa internacional resolveu provocar, questionando se ele preferia vencer a Palma de Ouro ou ser assistido nos 190 países nos quais os serviços da Netflix são oferecidos. Almodóvar reagiu de forma exaltada. “Mais do que ser visto em 190 países, para mim um filme meu precisa sempre ser assistido em uma tela grande”. Em seguida, o cineasta leu um comunicado em que esclarece sobre sua opinião do assunto. “Plataformas digitais são uma nova maneira de oferecer imagens e palavras, o que, por si só é enriquecedor. Mas estas plataformas não deveriam tomar o lugar de plataformas pré-existentes, como cinemas”, afirmou. “Elas não deveriam, sob nenhuma circunstância, mudar a oferta para os espectadores. A única solução que vejo seria que as novas plataformas aceitassem e obedecessem as regras que já foram adotadas e respeitadas por meios mais antigos.” A declaração de Almodóvar levantou a suspeita de que as produções da Netflix não seriam consideradas para os prêmios do festival. Mas Will Smith promete lutar contra o preconceito cinéfilo. Ele afirmou que discorda de Almodóvar e que não se furtaria de realizar um belo “escândalo”, em suas palavras. “Eu tenho filhos de 16, 18 e 24 anos em casa”, disse o ator, usando Willow, Jaden e Trey Smith como exemplos. “Eles vão aos cinemas duas vezes por semana e assistem Netflix. Uma coisa não atrapalha a outra”, comentou o astro, que estrela a sci-fi “Bright”, com lançamento exclusivo por streaming. “Em casa, a Netflix é absolutamente benéfica — meus filmes assistem filmes que não teriam acesso de outra maneira. Ela tem expandido a compreensão global dos meus filhos sobre cinema”, afirmou o ator, observado por um Almodóvar contrariado. Também parte do júri, a diretora francesa Agnès Jaoui (“Além do Arco-Íris”) se aliou a Will Smith ao defender as produções da Netflix que concorrem à Palma de Ouro. “Não podemos fingir que a tecnologia não existe. Mas seria um absurdo penalizar esses diretores apenas por causa disso.” Os demais integrantes do júri da Palma de Ouro são a atriz americana Jessica Chastain (“A Colina Escarlate”), a atriz chinesa Fan Bingbing (“X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”), o diretor italiano Paolo Sorrentino (“Juventude”), a cineasta alemã Maren Ade (“Toni Erdmann”), o diretor sul-coreano Park Chan-woo (“A Criada”) e o compositor libanês Gabriel Yared (“É Apenas o Fim do Mundo”). Vale observar que “Okja” será lançado nos cinemas na Coreia do Sul. E os dois filmes da Netflix só não serão exibidos nas salas francesas porque as redes se valem de uma regulamentação que estabelece uma janela de 36 meses entre a distribuição em cinema e a disponibilização em streaming de uma produção. “Estamos certos de que os amantes franceses de cinema não vão querer ver esses filmes três anos depois do resto do mundo”, rebateu a Netflix em um comunicado.

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    Júri do Festival de Cannes terá Will Smith, Jessica Chastain, Paolo Sorrentino e Park Chan-woo

    25 de abril de 2017 /

    A organização do Festival de Cannes anunciou os integrantes do júri responsável por entregar a Palma de Ouro ao vencedor da mostra competitiva de sua próxima edição. Além dos nomes conhecidos do cinema americano e internacional, também foi revelado que o troféu será enfeitado por diamantes para comemorar os 70 anos do festival. O júri eclético será formado pelos atores americanos Will Smith (“Esquadrão Suicida”) e Jessica Chastain (“A Colina Escarlate”), a chinesa Fan Bingbing (“X-Men: Dias de um Futuro Esquecido”), a atriz e diretora francesa Agnes Jaoui (“Além do Arco-Íris”), o diretor italiano Paolo Sorrentino (“Juventude”), a cineasta alemã Maren Ade (“Toni Erdmann”), o diretor sul-coreano Park Chan-woo (“A Criada”) e o compositor libanês Gabriel Yared (“É Apenas o Fim do Mundo”). Anteriormente anunciado, o presidente do júri é o cineasta espanhol Pedro Almodovar (“Julieta”). O vencedor da mostra competitiva levará para casa um troféu confeccionado com 118 gramas de ouro puro, no qual estarão incrustados de 167 diamantes de 0,694 quilate, de acordo com a empresa Chopard, fornecedora oficial do festival. Confira neste link a lista completa dos candidatos ao prêmio. O evento, que terá a atriz italiana Monica Bellucci (“007 Contra Spectre”) como mestre de cerimônia, acontecerá de 17 a 28 de maio, na Riviera Francesa.

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    Pedro Almodóvar vai presidir o júri do Festival de Cannes

    31 de janeiro de 2017 /

    O cineasta espanhol Pedro Almodóvar será o presidente do júri do Festival de Cannes de 2017, anunciaram nesta terça-feira (31/1) os organizadores do evento. O diretor e roteirista, que venceu o Oscar por “Fale com Ela” (2002) e foi premiado em Cannes por “Tudo Sobre Minha Mãe” (1999) e “Volver” (2006), lançou seu filme mais recente, “Julieta” (2016), na edição do festival do ano passado. Em comunicado, o diretor de 67 anos disse estar “grato, honrado e um pouco surpreso” pelo convite para presidir o festival, enquanto os organizadores destacaram o motivo da escolha. “Seus trabalhos já se consolidaram no nicho eterno da história do cinema”, disseram, em resumo. Os demais membros do júri que definirão o vencedor da Palma de Ouro serão anunciados apenas em abril. No ano passado, o júri presidido pelo cineasta australiano George Miller (“Mad Max: Estrada da Fúria”) tomou decisões controversas e dividiu a crítica, ao ignorar “Elle”, “A Criada”, “Toni Erdmann”, “Aquarius” e o próprio “Julieta” em favor de “Eu, Daniel Blake” e filmes vaiados como “Personal Shopper” e “É Apenas o Fim do Mundo”. Pela lista, dá para ver como o festival é importante. A próxima edição marcará os 70 anos do Festival Cannes e vai acontecer entre os dias 17 e 28 de maio.

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