Orgulho e Preconceito pode virar série passada nos dias de hoje
A rede The CW deu sinal verdade para um projeto de série de antologia que recria os romances de Jane Austen nos dias de hoje. Intitulada “Modern Austen”, a proposta vem da roteirista Eleanor Burgess (“Perry Mason”), com produção da Homegrown Pictures e da Warner Bros TV. A ideia é contar histórias modernas inspiradas nos livros da célebre romancista britânica do século 18. Desta forma, a 1ª temporada faria uma versão de “Orgulho e Preconceito” passada na São Francisco contemporânea. Em etapa inicial, o projeto está em fase de desenvolvimento de roteiro e ainda não recebeu encomenda de piloto, mas parece sob medida para o público-alvo do canal. Vale considerar que “Orgulho e Preconceito”, um dos livros mais adaptados para as telas, já ganhou diversas versões “modernizadas”. Veja abaixo o trailer de uma das muitas conversões modernas do clássico literário.
Skyplay estreia Emma e anuncia A Caçada para este mês
A plataforma Skyplay, da provedora de TV por assinatura Sky, está promovendo estreias de filmes antes do cinema e de serviços on demand rivais. Neste fim de semana, lançou “Emma”, nova adaptação da obra clássica de Jane Austen, e anunciou ainda para este mês “A Caçada”, que ganhou repercussão ao ser atacado por Donald Trump. A nova versão de “Emma”, que foi grafada no exterior como “Emma.”, com ponto final, traz a atriz Anya Taylor-Joy (“A Bruxa”) no papel-título. A personagem, também vivida por Gwyneth Paltrow em 1996, é uma jovem do começo do século 19 que adora arranjar namoros e casamentos para seus amigos, causando mil confusões, mas se vê totalmente perdida quando o assunto é sua própria vida amorosa. O Sr. Knightley, pretendente de Emma, é vivido pelo ator britânico Johnny Flynn (“Genius”) e o elenco ainda inclui Bill Nighy (“Questão de Tempo”), Gemma Whelan (“Game of Thrones”), Mia Goth (“Suspiria”), Josh O’Connor (“The Crown”) e Callum Turner (“Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald”). A direção é de Autumn de Wilde, que estreia em longas-metragens após dirigir vários clipes do músico Beck, e o lançamento nos cinemas estava marcado para 23 de abril no Brasil. Ele chegou a ser exibido brevemente nos cinemas americanos, em fevereiro passado. Mas o atraso do calendário nacional coincidiu com a chegada da pandemia de coronavírus no pais, fazendo a estreia ser cancelada e o filme remanejado para VOD. Já “A Caçada” (The Hunt) chegaria em 28 de maio, após estrear em março nos EUA. O lançamento em VOD deve seguir de perto a data original no lançamento no país. O filme mostra uma dúzia de militantes da extrema direita americana que acordam em uma clareira e percebem que estão sendo caçados por milionários da esquerda liberal. Os alvos se consideram “pessoas comuns”, vítimas da “elite” na trama, numa metáfora pouco sutil, que transforma o discurso de coitadismo dos heterossexuais brancos americanos em sátira de terror. Isto incomodou Trump que foi ao Twitter tachar o filme de “racista”, termo que ele usa para se referir a ataques contra pessoas brancas. Ele chamou Spike Lee de “racista” após o cineasta fazer um discurso político no Oscar 2019, e chegou a se referir à série “Black-ish”, sobre uma família negra, como “racismo no maior nível”. Por outro lado, quando precisou se manifestar a respeito do ataque de supremacistas brancos contra ativistas negros, que resultou numa morte, Trump preferiu dizer que havia pessoas de bem dos dois lados. “A Caçada” foi escrita por Nick Cuse e Damon Lindelof, que estabeleceram sua parceria criativa na série “The Leftovers”, onde o primeiro atuou como roteirista da equipe comandada pelo segundo – um episódio escrito pelos dois foi indicado a prêmio do Sindicato dos Roteiristas. Lindelof ainda trabalhou famosamente com o pai de Nick, Carlton Cuse, na série “Lost”. A direção é de Craig Zobel, que também dirigiu episódios de “The Leftovers”, além dos filmes “Obediência” (2012) e “Os Últimos na Terra” (2015). A produção é de Jason Blum, que ainda produziu o “racista” (no sentido trumpiano da palavra) “Corra!” (2017), indicado ao Oscar de Melhor Filme. Já o elenco traz vários astros de séries, como Betty Gilpin (“GLOW”), Emma Roberts (“American Horror Story”), Justin Hartley (“This Is Us”), Ike Barinholtz (“The Mindy Project”), Glenn Howerton (“It’s Always Sunny in Philadelphia”) e Hilary Swank (“Trust”). Todos brancos. Tanto “A Caçada” quanto “Emma” são produções da Universal, que os liberou para VOD no fim de março nos EUA. Veja os trailers oficiais legendados dos dois filmes abaixo.
Emma: Novo trailer e pôsteres de personagens destacam elogios e figurinos de época
A Universal divulgou uma coleção de pôsteres e um novo trailer de sua adaptação de “Emma”, comédia romântica baseada na obra clássica de Jane Austen. A prévia destaca os elogios da crítica, após a estreia nesta sexta (14/2) no Reino Unido, bem como o tom bem-humorado. Já os cartazes apresentam individualmente um dos maiores destaques da produção. Os atores são bons, mas o que chama realmente atenção é o figurino de época dos personagens, criado por Alexandra Byrne, vencedora do Oscar por “Elizabeth: A Era de Ouro” (2007). A nova versão de “Emma”, que está sendo grafada no exterior como “Emma.”, traz a atriz Anya Taylor-Joy (“A Bruxa”) no papel-título, vivido por Gwyneth Paltrow em 1996, uma jovem do começo do século 19 que adora arranjar namoros e casamentos para seus amigos, causando mil confusões, mas se vê totalmente perdida quando o assunto é sua própria vida amorosa. O Sr. Knightley, pretendente de Emma, é vivido pelo ator britânico Johnny Flynn (“Genius”) e o elenco ainda inclui Bill Nighy (“Questão de Tempo”), Gemma Whelan (“Game of Thrones”), Mia Goth (“Suspiria”), Josh O’Connor (“The Crown”) e Callum Turner (“Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald”). A direção é de Autumn de Wilde, que estreia em longas-metragens após dirigir vários clipes do músico Beck, e o lançamento está marcado para 23 de abril no Brasil, dois meses após a chegada nos cinemas dos Estados Unidos.
Emma: Nova versão do clássico de Jane Austen ganha segundo trailer
A Universal divulgou o segundo trailer de sua nova adaptação de “Emma”, comédia romântica baseada na obra clássica de Jane Austen. Desta vez, a atriz Anya Taylor-Joy (“A Bruxa”) tem o papel vivido por Gwyneth Paltrow em 1996, e o tom parece mais cômico (histérico) que versões passadas. Também chama atenção a forma como uma das cenas, vista de relance, evoca o visual das aias de “The Handmaid’s Tale”. Coincidência? Mensagem oculta? Confira abaixo. A trama, um dos romances mais populares da escritora Jane Austen, gira em torno de uma jovem do começo do século 19 que adora arranjar namoros e casamentos para seus amigos, causando mil confusões, mas se vê totalmente perdida quando o assunto é sua própria vida amorosa. O Sr. Knightley, pretendente de Emma, é vivido pelo ator britânico Johnny Flynn (“Genius”) e o elenco ainda inclui Bill Nighy (“Questão de Tempo”), Gemma Whelan (“Game of Thrones”), Mia Goth (“Suspiria”), Josh O’Connor (“The Crown”) e Callum Turner (“Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald”). A direção é de Autumn de Wilde, que vai estrear em longas-metragens após dirigir vários clipes do músico Beck, e a estreia está marcada para 23 de abril no Brasil, dois meses após o lançamento nos Estados Unidos.
Emma: Nova versão do clássico de Jane Austen ganha trailer legendado com a atriz de A Bruxa
A Universal divulgou a versão legendada do trailer de uma nova adaptação de “Emma”, comédia romântica baseada na obra clássica de Jane Austen. Desta vez, a atriz Anya Taylor-Joy (“A Bruxa”) tem o papel vivido por Gwyneth Paltrow em 1996. A trama, um dos romances mais populares da escritora Jane Austen, gira em torno de uma jovem do começo do século 19 que adora arranjar namoros e casamentos para seus amigos, causando mil confusões, mas se vê totalmente perdida quando o assunto é sua própria vida amorosa. O Sr. Knightley, pretendente de Emma, é vivido desta vez pelo ator britânico Johnny Flynn (“Genius”). O elenco ainda inclui Bill Nighy (“Questão de Tempo”), Gemma Whelan (“Game of Thrones”), Mia Goth (“Suspiria”), Josh O’Connor (“The Crown”) e Callum Turner (“Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald”). A direção é de Autumn de Wilde, que vai estrear em longas-metragens após dirigir vários clipes do músico Beck. A estreia está marcada para 23 de abril no Brasil, dois meses após o lançamento nos Estados Unidos.
Emma: Trailer da nova adaptação de Jane Austen traz atriz de A Bruxa
A Focus Features divulgou o pôster e o trailer de uma nova adaptação de “Emma”, comédia romântica baseada na obra clássica de Jane Austen. Desta vez, a atriz Anya Taylor-Joy (“A Bruxa”) tem o papel vivido por Gwyneth Paltrow em 1996. A trama, um dos romances mais populares da escritora Jane Austen, gira em torno de uma jovem do começo do século 19 que adora arranjar namoros e casamentos para seus amigos, causando mil confusões, mas se vê totalmente perdida quando o assunto é sua própria vida amorosa. O Sr. Knightley, pretendente de Emma, é vivido desta vez pelo ator britânico Johnny Flynn (“Genius”). O elenco ainda inclui Bill Nighy (“Questão de Tempo”), Gemma Whelan (“Game of Thrones”), Mia Goth (“Suspiria”) e Callum Turner (“Animais Fantásticos: Os Crimes de Grindelwald”). A direção é de Autumn de Wilde, que vai estrear em longas-metragens após dirigir vários clipes do músico Beck. A estreia está marcada para 23 de abril no Brasil, dois meses após o lançamento nos Estados Unidos.
Anya Taylor-Joy vai estrelar nova versão do romance clássico Emma, de Jane Austen
O famoso romance “Emma”, escrito em 1815 por Jane Austen, vai ganhar mais uma adaptação cinematográfica, desta vez com Anya Taylor-Joy (“A Bruxa”) no papel principal. “Emma” conta a história da jovem personagem-título, que se intromete na vida dos outros e tenta brincar de cupido com quem conhece, mas apesar disso tem seus próprios problemas afetivos. A nova versão tem roteiro de Eleanor Catton (“The Luminaries”) e será o primeiro longa do diretor de clipes Autumn de Wilde (Beck, Rilo Kiley), além de representar uma grande mudança de perfil para Taylor-Joy, especialista em filmes de terror como “A Bruxa” (2015), “Fragmentado” (2016) e “O Segredo de Marrowbone” (2017). A história já foi adaptada para as telas inúmeras vezes. A versão mais antiga foi lançada na Inglaterra em 1948, com Judy Campbell no papel de Emma Woodhouse, a mais lembrada é de 1996, estrelada por Gwyneth Paltrow, e a mais recente é uma minissérie da BBC de 2009, com Romola Garai. Além disso, há também variações modernas da história, como “Aisha” (2010) e até “As Patricinhas de Beverly Hills” (1995), que, por sinal, também vai ganhar remake. Ainda não há previsão de estreia para a nova “Emma”.
Último livro de Jane Austen, que ficou inacabado, ganhará “versão completa” em minissérie britânica
Um romance não finalizado da popular escritora britânica Jane Austen (1775—1817), “Sanditon”, vai virar minissérie coproduzida pelos canais ITV, do Reino Unido, e PBS, dos EUA. Austen escreveu os 11 primeiros capítulos de “Sanditon” meses antes de sua morte, em 1817. A história retrata Charlotte Heywood, uma mulher espirituosa e impulsiva que se muda de sua fazenda para Sanditon, uma sonolenta vila de pescadores que está tentando se reinventar como um resort à beira-mar. A difícil relação espinhosa de Charlotte com o bem-humorado e charmoso Sidney Parker é uma parte fundamental da trama. A história inacabada já ganhou várias versões literárias, finalizadas por diferentes escritores – e até uma sobrinha de Austen. Para a TV, o roteirista Andrew Davies vai adaptar e completar a história a seu próprio modo, em oito episódios. Ele foi o responsável pela versão da BBC de “Guerra e Paz”, minissérie inspirada no livro homônimo de Tolstói. As filmagens da produção começarão no primeiro semestre do ano que vem. A BBC irá distribuir a série internacionalmente.
Amor & Amizade faz leitura avançada e pouco convencional de Jane Austen
No primeiro ato de “Metropolitan” (1990), Tom, personagem principal vivido por Edward Clements, tem uma discussão literária com Audrey (Carolyn Farina), no qual ele desdenha de “Mansfield Park”, considerando o livro de Jane Austen ridículo dentro de um contexto contemporâneo. Inconformada, Audrey retruca: “Já te ocorreu que o mundo contemporâneo, pela perspectiva de Austen, ficaria ainda pior?”. Com 26 anos de carreira, Whit Stillman continua fiel a um sentimento de deslocamento vivido por seus personagens nos ambientes em que transitam, como se estivessem despreparados para um novo rito de passagem. É um conflito que aproxima “Metropolitan” ou qualquer um dos seus três filmes seguintes de “Amor & Amizade”, este justamente inspirado em um romance de Jane Austen. Assumidamente comercial, o título pode fazer os fãs da escritora pensarem que “Amor & Amizade” é uma adaptação homônima do romance escrito em 1790, quando Austen ainda era uma adolescente. No entanto, o roteiro de Stillman tem como base “Lady Susan”, publicado postumamente em 1871. Kate Beckinsale (“Anjos da Noite”) é quem interpreta Lady Susan Vernon, uma quase quarentona que enviuvou sem uma herança generosa. Exatamente por isso, aproveita a ocasião do retorno de sua filha Frederica (Morfydd Clark, de “Orgulho e Preconceito e Zumbis”) após a expulsão do colégio em que estudava para aproximá-la do afortunado Sir James Martin (o hilário Tom Bennett, mais conhecido por suas participações em seriados britânicos), que vive de cometer gafes durante as tentativas frustradas de conquistá-la. Sem muito sucesso na tentativa em sofisticar o seu nome por meio de sua própria filha, Lady Susan parece ter outras cartas na manga, como conquistar Reginald DeCourcy (Xavier Samuel, de “A Saga Crepúsculo: Eclipse”), jovem irmão de Catherine DeCourcy (Emma Greenwell, da série “Shameless”), esposa de seu ex-cunhado, Charles Vernon (Justin Edwards, de “A Duquesa”). Durante os flertes, surgem os boatos de que Lady Susan também estaria atraída por Lord Manwaring (Lochlann O’Mearáin, da série “Vikings”), este em um casamento aos frangalhos com Lady Lucy (Jenn Murray, de “Brooklyn”). Mais do que respeitar os elementos de uma boa comédia de costumes, Whit Stillman persegue uma aproximação entre os valores antiquados e modernos. Não à toa, ele traz Chloë Sevigny (série “Bloodline”) fazendo a melhor amiga americana de Beckinsale: as duas atrizes foram também protagonistas de “Os Últimos Embalos do Disco”, vivendo garotas que parecem as encarnações futuras de Lady Susan e sua confidente Alicia Johnson em plena era da conversão de hippies em yuppies. O resultado está longe de ser uma adaptação convencional de Austen, especialmente pela ênfase na ardilosidade que move Lady Susan. Os homens até pensam que estão resolvendo os seus assuntos amorosos com uma impunidade que não favorece as mulheres. Mal sabem que as razões contidas no coração de Lady Susan a fazem estar muito avançada no jogo de aparências que articula.
Comédias americanas dominam as estreias da semana
Duas comédias americanas e uma animação mexicana são os lançamentos amplos da semana. As primeiras entregam o que prometem, com bastante previsibilidade, enquanto a última não oferece reembolso. Tanto “Um Espião e Meio” quanto “Perfeita É a Mãe!” seguem fórmulas prontas e evitam grandes surpresas, tendo na desenvoltura de seu elenco o principal atrativo. A primeira coloca os atores Dwayne Johnson (“Terremoto: A Falha de San Andreas”) e Kevin Hart (“Policial em Apuros”) numa trama de espionagem atrapalhada, de humor besteirol para crianças, enquanto a segunda reúne Mila Kunis (“O Destino de Júpiter”), Kristen Bell (“A Chefa”) e Kathryn Hahn (“A Vida Secreta de Walter Mitty”) como mães estressadas, que se cansam de tentar fazer tudo perfeito e passam a relaxar e se divertir, contrariando um grupo de mães exemplares (Christina Applegate, de “Férias Frustradas”, e Jada Pinkett Smith, da série “Gotham”, entre elas). A maior diferença entre o apelo das duas comédias é que o humor feminino, além de adulto e mais engraçado, contém uma mensagem subversiva e permite uma bem-vinda reflexão sobre a maternidade no mundo atual. Todas as atrizes do elenco são mães, mas curiosamente o filme foi escrito e dirigido por dois homens: Jon Lucas e Scott Moore, a dupla que criou a franquia “Se Beber, Não Case!”. Mas “Um Espião e Meio” estará no dobro de salas (360) que “Perfeita É a Mãe! (186). Entre uma e outra fica “Cantando de Galo”, animação de galinheiro mexicano, que chega sem explicação a 243 salas. Afinal, trata-se de sequência de dois outros longas que nem sequer entraram em cartaz no país, e seu uso de computação gráfica dá vergonha de tão “televisivo”, 16 anos depois de “Fuga das Galinhas” (2000) ter encantado com a simplicidade do stop-motion. Se há comédias no shopping centers, o circuito limitado ri melhor. Afinal, a melhor comédia da semana chega em apenas 32 telas. Trata-se de “Amor & Amizade”, adaptação de um romance menos conhecido de Jane Austen, intitulado originalmente “Lady Susan”. A comédia de época tem direção de Whit Stillman (“Os Últimos Embalos da Disco”), que faz poucos filmes e todos cults, e traz Kate Beckinsale (“Anjos da Noite”) como a Lady Susan, uma viúva que precisa lidar com as fofocas da aristocracia rural britânica, enquanto tenta casar a filha e encontrar um novo marido para si mesma. O site Rotten Tomatoes registra simplesmente 99% de aprovação da crítica. Mas não é para todo público, basta ver o IMDb, o que se reflete também na restrição de telas em seu lançamento. Os lançamentos franceses da semana também se mostram acima da média e, no caso do thriller criminal “A Conexão Francesa”, até capazes de entreter quem busca apenas um passatempo. O título nacional evidencia a reverência ao clássico “Conexão Francesa” (1971). Além da encenação nos anos 1970, o tema se repete, com Jean Dujardin (“O Artista”) no papel de um magistrado que tenta desarticular uma quadrilha de traficantes em Marselha. Bastante estilizada, a produção chega com uma boa distribuição em 61 salas. Melhor roteiro do Festival de Veneza do ano passado, o drama “A Corte” é igualmente sobre a aplicação da lei, acompanhando um rígido e temido juiz do tribunal criminal que vive o impasse de reencontrar uma antiga paixão em um caso que deve julgar. O roteiro e a direção são de Christian Vincent (“Os Sabores do Palácio”) e o destaque do elenco pertence à dinamarquesa Sidse Babett Knudsen (“Negócio das Arábias”), que venceu o Cesar (o Oscar francês) de Melhor Atriz Coadjuvante. O terceiro filme francês é a comédia dramática “A Viagem de Meu Pai”, que vale a pena pela performance do veterano Jean Rochefort (“Uma Passagem para a Vida”). Aos 85 anos, ele vive um velhinho que se encaminha para a senilidade, mas insiste em achar que não há nada errado, convencendo sua filha a levá-lo para uma viagem à Flórida, nos EUA, para visitar sua outra filha – que já morreu há muitos anos. A programação de inéditos se encerra com o inventivo longa “Brasil S/A”, de Marcelo Pedroso, vencedor de três Candangos no Festival de Brasília de 2014, incluindo Melhor Direção. O filme não tem diálogos, apenas coreografias protagonizadas por tratores, navios, caminhões e pessoas sujeitas às forças da “natureza econômica”, como um pescador engolido por empreendimentos portuários e um cortador de cana que se vê transformado em astronauta. O diretor pode ter mirado o capitalismo e o culto ao mercado, numa crítica de esquerda, mas acabou acertando o modelo econômico equivocado que quebrou o país – de um dito governo de esquerda. Feito sob o impacto da propaganda progressista dos governos Lula-Dilma, apresenta uma imagem do Brasil que, nos dois anos em que levou para estrear, deteriorou-se completamente. Ou seja, seu viés distópico provou-se premonitório. O atraso do lançamento acabou por tornar o filme mais relevante. Por fim, 15 salas vão receber a versão restaurada de “Rebecca, A Mulher Inesquecível”, suspense clássico do mestre Alfred Hitchcock, que venceu o Oscar de Melhor Filme de 1941.
Love & Friendship: Kate Beckinsale e Chloë Sevigny aparecem nas fotos da nova adaptação de Jane Austen
A Westerly Films divulgou as primeiras fotos de “Love & Friendship”, adaptação de “Lady Susan”, uma das obras menos conhecidas da escritora Jane Austen (“Orgulho & Preconceito”), com direção do cultuado cineasta indie Whit Stillman (“Descobrindo o Amor”). As fotos destacam Kate Beckinsale (franquia “Anjos da Noite”) e Chloë Sevigny (série “American Horror Story”) em trajes de época. As duas atrizes trabalharam anteriormente com o diretor em “Os últimos Embalos da Disco” (1998). Ambientado no final do século 18, o filme acompanha a bela viúva Lady Susan Vernon (Beckinsale), que decide visitar os parentes de seu falecido marido para se distanciar dos rumores sobre seus relacionamentos coloridos. Mas ao chegar na opulenta propriedade decide garantir um novo marido para si mesmo e também para sua filha relutante, Frederica (Morfydd Clark, da série “New Worlds”). O elenco também inclui Stephen Fry (trilogia “O Hobbit”), Xavier Samuel (“Corações de Ferro”), Jemma Redgrave (série “Doctor Who”) e Emma Greenwell (série “Shameless”). “Love & Friendship” terá sua première mundial em 23 de janeiro, dentro da programação do Festival de Sundance.







