Marlene Mattos ameniza acusações de assédio moral: “Meu jeito de ser”
A diretora Marlene Mattos voltou a mandar indiretas em meio as acusações de assédio moral no ambiente de trabalho. Nos últimos dias, a ex-empresária foi alvo de relatos polêmicos sobre a época em que trabalhou com a cantora e apresentadora Xuxa Meneghel. No Instagram, Marlene reforçou seu jeito “bruto” de ser com uma publicação reflexiva: “Você pode ter resultados ou desculpas, não os dois”, dizia o texto na imagem. A postagem da diretora teria sido vista como alfinetada à Xuxa, já que a artista fez revelações contudentes sobre Marlene em seu documentário no Globoplay. “Eu vou continuar na luta por resultados. É do meu jeito de ser”, ela sustentou. Acusações e práticas abusivas Marlene Mattos foi diretora dos programas infantis de Xuxa Meneghel por 18 anos. As duas trabalharam juntas na extinta TV Manchete e na TV Globo. A dupla rompeu parceria profissional (e pessoal) em 2002. Contudo, Marlene se viu numa fase turbulenta neste mês, desde que a apresentadora expôs seu relacionamento abusivo com a ex-empresária em “Xuxa – O Documentário”, lançado no streaming Globoplay. Em depoimentos, Xuxa e seus funcionários contaram práticas abusivas e situações controversas promovidas pela diretora. “A Marlene me apavorada um pouco. Ela falava: ‘você tem que fazer o trabalho, isso, isso e isso’. […] Eu ficava perdida lá atrás”, lembrou Letícia Spiller, a paquita Pastel. Já em entrevistas externas, há relatos intensos sobre o comportamento tóxico da diretora, como quando ela desejou a morte precoce da apresentadora do “Xou da Xuxa”. “[Ela] já chegou de um jeito assim: ‘Se vocês acham que vou pedir desculpas, não vou’. Ela não mudou nada. Isso me deixou chocada, eu mudo quase diariamente”, pontuou Xuxa ao jornal O Globo.
Rafa Kalimann expõe depressão após fracasso de “Casa Kalimann”
Rafa Kalimann revelou que teve um quadro depressivo após fracassar como apresentadora do “Casa Kalimann”, programa exibido na Globoplay. Na ocasião, a atração de entretenimento recebeu críticas intensas por falta de naturalidade. No videocast “PocCast”, Rafa explicou que a proposta inicial seria para trabalhar como atriz da Globo com termos de contrato previamente assinados. Contudo, a ex-BBB recebeu uma oportunidade inédita para trabalhar de apresentadora, da qual ela não pensou duas vezes antes de aceitar. “Tiveram uma reunião e eles apresentaram [o projeto e disseram]: ‘você vai apresentar’. Falei: ‘tá bom. Sei [apresentar]? Não sei. Vou? Vou, porque não sou boba’. Acho assim, tem essa oportunidade na sua frente, você acha que isso vai te agregar de alguma maneira, vai te dar experiência… se vai dar certo ou não, você só vai saber se fizer”, ela disse. “A condição que eu tinha de entregar naquele momento era aquela, e eu dei o meu máximo. Então foi muito bom viver essa experiência. Mas o pós-programa foi muito traumático. Eu buguei, entrei em depressão, foi muito ruim, porque eu virei motivo de chacota. Eu levei [toda a culpa] sozinha, e doeu muito”, acrescentou. Apesar das críticas, Rafa Kalimann destacou que não se arrependeu de ter participado do projeto. “Se eu tivesse recusado, teria me arrependido muito. Eu aprendi muito ali, descobri novos caminhos, conheci várias pessoas que são incríveis e me ajudam muito nesse processo [como atriz]”, ela pontou. “O ‘Casa’ foi desafiador. Tinham coisas que eu fazia e eu também não entendia, mas falava vou fazer porque a gente tem que ter a humildade de falar ‘essas pessoas [a produção] sabem o que estão fazendo’. Tenho certeza que dei tudo o que pude, dedicação, disciplina, o que me cabia”, completou. Críticas do “Casa Kalimann” O programa “Casa Kalimann” estreou em abril de 2021, porém teve curta duração no streaming do Globoplay por não passar credibilidade. Na época, os internautas apontaram que a atração feita por Boninho não era “natural” e que o excesso de roteirização atrapalhava a qualidade do entretenimento. “Já sabia que isso ia acontecer, porque a gente não agrada todo mundo” disse Rafa, na ocasião. “E a gente está vivendo um momento da nossa sociedade em que as pessoas buscam, cavucam, precisam encontrar motivos para criticar.”
Alice Wegmann revela abuso sexual ao final de “Justiça 2”
Alice Wegmann, protagonista na 2ª temporada da série “Justiça”, produzida para o Globoplay, compartilhou uma despedida emocionada de sua personagem e fez a revelação de um desafio pessoal particularmente intenso, ao celebrar o final das gravações. Na trama escrita por Manuela Dias, Wegmann interpreta Carolina, uma jovem que sofre abuso sexual do próprio tio, Jayme (Murilo Benício), durante sua adolescência. Durante o fim de semana, em seu perfil no Instagram, a atriz compartilhou que também foi vítima de abuso. “Me despedir das personagens é sempre mais difícil do que entrar nelas. Talvez porque dentro eu esteja desde sempre, ou elas dentro de mim. O adeus é sempre um luto. É como se uma amiga próxima morresse, ou como se a gente tivesse que aniquilar uma parte de si mesma, o que também é bem difícil”, escreveu a atriz. Identificação e denúncia Em um desabafo corajoso, Wegmann revelou que o papel lhe trouxe muita reflexão, contando sobre seu caso de abuso sexual. “Carolina me trouxe desafios e enfrentamentos muito íntimos. A história dela cruza com a minha e com a de milhares de meninas e mulheres do nosso país. A maioria esmagadora de nós já sofreu abusos, dentre eles estupros, assédios e outros tipos de violência. Eu já sofri”, confessou. Segundo a atriz, mesmo diante do teor difícil da trama, foi um privilégio poder contar essa história e fazer um alerta importante para os telespectadores. “Não teve um dia que eu chegasse desanimada ou triste, porque contar essa história que a Manuela Dias botou no papel é contar a história de um Brasil real, que existe, e que a gente mesmo escreve. Dar vida a Carolina foi como dar também um tanto mais de vida a mim mesma. Essa série é para mim uma denúncia”, declarou. Justiça e trauma Wegmann usou o momento para refletir sobre as questões de justiça no Brasil e a necessidade de não permitir que uma vida seja resumida a um acontecimento traumático. “É muito difícil falar de justiça num país tão desigual quanto o Brasil. E também para lembrar que a vida não pode e não deve se resumir a um acontecimento, a um trauma, e que o horizonte é logo ali”, avaliou. A atriz concluiu agradecendo à equipe e expressou esperança de que a série chegue ao coração dos espectadores para promover questionamentos e mudanças. “Que ‘Justiça 2’ chegue no coração de vocês para questionar, transformar, e mudar o curso da história. Obrigada a toda equipe que fez com que eu passasse esses meses tão densos do melhor e único jeito possível: rindo muito. Eu sou muito grata a cada um de vocês”, finalizou. Junto do texto, ela publicou duas fotos da produção, que foram complementadas em seguida por um vídeo com vários momentos dos bastidores. Veja abaixo. Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Alice Wegmann (@alicewegmann) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Alice Wegmann (@alicewegmann)
10 Séries: Novidades incluem documentários de Xuxa e Balão Mágico
A lista de séries estreantes da semana é tomada pelo clima de nostalgia, com produções documentais de Xuxa e Balão Mágico, que revivem memórias da infância dos anos 1980, resgatando histórias da TV e da cultura pop brasileiras. Entre as produções estrangeiras, os destaques são novas temporadas de “The Great”, “A Fundação” e “O Verão que Mudou Minha Vida”, além do lançamento da minissérie de suspense “Círculo Fechado”, dirigida pelo cineasta Steven Soderbergh (“Contágio”). O Top 10 também inclui duas animações adultas com enorme potencial cult. Confira a relação completa. A SUPERFANTÁSTICA HISTÓRIA DO BALÃO | STAR+ A série documental conta a história do “Balão Mágico”, fenômeno infantil dos anos 1980, voltando a reunir Simony, Tob, Mike e Jairzinho para uma conversa franca, que passa a limpo a história do grupo, enquanto cenas históricas são recordadas e exibidas. Mas nem todas as memórias são douradas. Os depoimentos também revivem os momentos de polêmica em torno do grupo. “Balão Mágico” foi um programa infantil de grande sucesso, exibido pela TV Globo entre 1983 a 1986. Originalmente, o projeto surgiu como um grupo musical formado por um casal de crianças, Tob e Simony (que iniciou a carreira aos 3 anos, quando começou a cantar no programa de Raul Gil), mas logo recebeu reforço de dois filhos de celebridades: Jairzinho, filho do cantor Jair Rodriguez, e Mike, filho de Ronald Biggs, ladrão foragido do Reino Unido que gravou punk rock com os Sex Pistols no Rio de Janeiro. Além do sucesso televisivo, a Turma emplacou hits como “Superfantástico” e “Amigos do Peito”, lembrados até hoje. Da origem despretensiosa na música à explosão televisiva, o quarteto recorda tudo: os ginásios lotados, os hits emblemáticos e como a pressão da fama começou a afetá-los, deixando traumas que perduraram até hoje. Com roteiro de Fernando Ceylão (“Zorra Total”) e Beatriz Monteiro (“Caso Evandro”), a série tem direção-geral de Tatiana Issa (de “Pacto Brutal: O Assassinato de Daniela Perez”). XUXA – O DOCUMENTÁRIO | GLOBOPLAY Sem filtros, a série documental recorda a carreira de Xuxa com imagens clássicas e depoimentos de pessoas importantes na trajetória de mais de quatro décadas da eterna rainha dos baixinhos. A produção traz à tona fatos desconhecidos do público e que nem mesmo Xuxa sabia ou lembrava, num trabalho de pesquisa profundo, que contou com a direção geral de Pedro Bial (“Linha Direta”) e que destaca participação das Paquitas, de Marlene Mattos, de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, e até de Marcelo Ribeiro, ex-ator mirim que atuou com a famosa em “Amor Estranho Amor” (1982), filme polêmico que causou até processo judicial. Entre seus próprios depoimentos para o programa, Xuxa relata ter sido vítima de diversos tipos de abusos, desde o moral por Marlene, sua empresária por quase duas décadas, até sexuais – na infância e na carreira de modelo. Ela também fala de seus relacionamentos famosos com Pelé e Ayrton Senna, além do impacto do nascimento da filha Sasha em sua vida. THE GREAT 3 | LIONSGATE+ Ao contrário de outras produções de época, “The Great” é uma comédia, marcada pelo humor ácido de seu criador, Tony McNamara – indicado ao Oscar pelo Roteiro de “A Favorita” (2018), também focado numa monarca do século 18. A série traz Elle Fanning (“Mulheres do Século 20”) como a imperatriz russa Catarina, que trava uma guerra íntima pelo trono com o marido, o czar Pedro III, vivido por Nicholas Hoult (“X-Men: Fênix Negra”). Os protagonistas retornam com disputas e tensões renovadas, após Catarina inadvertidamente assassinar o sósia de Pedro, Pugachev (também interpretado por Hoult). Este incidente coloca um dilema no casamento de Catarina e Pedro e resulta em momentos cômicos e absurdos de aconselhamento matrimonial do século XVIII. As tramas secundárias apresentam duelos até a morte entre meninos de 11 anos e cavalos que se recusam a copular e produzir um “super cavalo europeu”. Além disso, a 3ª temporada explora novas narrativas, com mudanças de poder intrigantes e conflitos interpessoais intensos. Destaca-se o conflito entre Georgina (Charity Wakefield) e Marial (Phoebe Fox) numa reprodução da dinâmica de “A Favorita”, para definir qual delas é a conselheira mais próxima da imperatriz, causando disputas físicas entre as duas mulheres. A chegada do Rei Hugo (Freddie Fox) e da Rainha Agnes (Grace Molony) à corte, fugindo de uma tentativa bem-sucedida de derrubar seu reinado na Suécia, também agita o reino. Mas é a morte inesperada de um personagem relevante que finalmente envia todos os personagens ao caos. FUNDAÇÃO 2 | APPLE TV+ A ambiciosa série sci-fi baseada na franquia literária de Isaac Asimov retorna para encenar a guerra com o Império Galáctico. A trama clássica dos livros “Fundação” (1951), “Fundação e Império” (1952) e “Segunda Fundação” (1953) são considerados a mais importante trilogia literária da sci-fi. Na trama, o matemático Hari Seldon desenvolve uma fórmula que prevê que os dias do Império estão contatos. Ele descobre que a atual forma de governo vai entrar em colapso e mergulhar a humanidade numa era de trevas, na qual todo o conhecimento será perdido e o homem voltará à barbárie. A descoberta o transforma em inimigo do Império e também origina um grupo conhecido como A Fundação, criado para preservar o conhecimento humano do inevitável apocalipse. Ao se distanciar do material fonte no final da 1ª temporada, os roteiristas David S. Goyer (de “Batman: O Cavaleiro das Trevas”) e Josh Friedman (de “Avatar: O Caminho da Água”) prepararam uma trama original e complexa para o segundo ano, que se passa mais de um século após os eventos anteriores, com a tensão se espalhando por toda a galáxia. A trama acompanha Hari (Jared Harris), Gaal (Lou Llobell), Salvor (Leah Harvey), e os Cleons (interpretados por Lee Pace, Terrence Mann, e Cassian Bilton), que enfrentam a reviravolta de serem clones geneticamente únicos – e não idênticos a Cleon I, como se pensava. Com esta descoberta, a rainha Sareth (Ella-Rae Smith) busca vingança e planeja destruir o Império por dentro. Enquanto isso, a Fundação entra em sua fase religiosa, disseminando a Igreja de Seldon em todo o Alcance Exterior e incitando a Segunda Crise: a guerra com o Império. Para completar, a série deverá abordar o desenvolvimento da “Segunda Fundação”, com a Fundação agora se expandindo para sete ou oito mundos e enfrentando a ameaça total do Império. O elenco destaca Jared Harris (“Chernobyl”) como Hari Seldon, Lee Pace (“Capitã Marvel”) como o imperador Brother Day e Lou Llobell (“Voyagers”) no papel da pioneira da Fundação Gaal Dornick – além de Terrence Mann (“Sense8”), Alfred Enoch (“How to Get Away with Murder”), Leah Harvey (minissérie “Les Misérables”), Laura Birn (“Caçada Mortal”), Mido Hamada (“Counterpart”), Geoffrey Cantor (“Demolidor”), Ella-Rae Smith (“Into the Badlands”) e Daniel MacPherson (“Strike Back”). CÍRCULO FECHADO | HBO MAX Dirigida pelo cineasta Steven Soderbergh e escrita por Ed Solomon, que anteriormente colaboraram em “Mosaic”, a minissérie de suspense envolve uma história de conflito de classes e de famílias, imigração e segredos longamente guardados, todos vistos de três pontos de vista distintos e interconectados por um sequestro. O primeiro desses pontos de vista é da misteriosa e supersticiosa chefona do crime Sra. Mahabir (CCH Pounder, de “Avatar: O Caminho da Água”), que acredita que um crime deve ser cometido para restaurar o equilíbrio em sua família após a perda de um ente querido. Seu sobrinho audacioso e ambicioso, Aked (Jharrel Jerome, de “Moonlight”), é encarregado de realizar o ato, com a ajuda dos adolescentes Louis (Gerald Jones) e Xavier (Sheyi Cole, de Um Natal Entre Nós”), recém-chegados da Guiana. No outro extremo do espectro, estão Derek (Timothy Olyphant, de “Justified”) e Sam (Claire Danes, de “Homeland”), um casal rico que mora em um apartamento espaçoso em Nova York e trabalha no império midiático do pai de Sam, o famoso chef de cozinha “Chef Jeff” (Dennis Quaid, de Quatro Vidas de um Cachorro”). O último elemento do triângulo é representado por uma inspetora chamada Melody Harmony (Zazie Beetz, de “Coringa”), uma detetive extremamente inteligente com transtorno de personalidade limítrofe, e seu chefe desleixado e cínico, Manny Broward (Jim Gaffigan, de “Peter Pan”). Quando o sequestro dá errado e desencadeia uma série de eventos, incluindo revelações de crimes cometidos há 20 anos, é a dupla de inspetores que assume a liderança na investigação. Com uma narrativa rica e performances estelares, a série é uma grata surpresa, que junta pontas aparentemente desconexas numa trama complexa e envolvente. O VERÃO QUE MUDOU MINHA VIDA 2 | AMAZON PRIME VIDEO Depois de acompanhar Belly (Lola Tung) e seus dilemas amorosos entre os irmãos Conrad (Christopher Briney) e Jeremiah (Gavin Casalegno), em meio às mudanças da puberdade aos 15 anos, os novos episódios lidam com as consequências de sua dúvida. Ao final dos episódios passados, apesar de estar aparentemente comprometida com Jeremiah, ela acaba beijando Conrad. Agora, com os irmãos brigando por sua causa e o retorno do câncer de Susannah (Rachel Blanchard), a volta de Belly a Cousins Beach encontra um verão mais sombrio. E quando até o futuro da amada casa de Susannah é colocado em jogo, ela busca convencer a todos a deixarem as picuinhas de lado para reunir a gangue e salvar suas amizades. Vale lembrar que a história de “O Verão que Mudou Minha Vida” faz parte de uma trilogia literária de Jenny Han – que é mais conhecida como autora de outra trilogia: “Para Todos os Garotos”, adaptada com sucesso na Netflix. Os novos episódios sãos baseados em “Sem Você Não É Verão”, o segundo livro da saga. O novo ano segue com Jenny Han como showrunner ao lado de Sarah Kucserka (“Alta Fidelidade”). | OS PROTETORES | STAR+ A comédia argentina acompanha um trio de empresários que resolvem se unir para agenciar a carreira de grandes craques de futebol, como Lionel Messi, que faz sua estreia como ator na produção. O problema é que o negócio dá tão certo que gera inimigos no ramo. E logo eles são vítimas de uma ataque hacker que faz com que percam todos os seus clientes. Assim, os personagens vividos por Adrián Suar (“O Futebol ou Eu”), Andrés Parra (“El Presidente”) e Gustavo Bermúdez (“El Host”) precisam correr para limpar seus nomes, recuperar os clientes e até evitar atentados fatais. A série é uma criação do cineasta Marcos Carnevale (“Inseparáveis”) e já se encontra renovada para a 2ª temporada. EAST NEW YORK | HBO MAX A série policial criada pelos especialistas William Finkelstein (“Law & Order”) e Mike Flynn (“Power Book III: Raising Kanan”) traz Amanda Warren (“The Purge”) como a inspetora negra Regina Haywood. Promovida a nova chefe do 74º Distrito do Leste de Nova York, ela resolve promover mudanças na polícia para enfrentar a agitação social e os primeiros sinais de gentrificação no local, um bairro de classe trabalhadora na periferia do Brooklyn. Com laços familiares com a área, Haywood pretende implantar métodos criativos para proteger sua amada comunidade com a ajuda de seus oficiais e detetives. Mas, antes disso, ela tem o desafio de conquistar os policiais, tanto os céticos em relação à sua promoção quando os que resistem às mudanças que ela está desesperada para fazer. Apesar de críticas positivas, a atração foi cancelada em maio, ao final da 1ª temporada, mas deixou sua história completa. Além de Warren, o elenco inclui Jimmy Smits (“Sons of Anarchy”), Ruben Santiago-Hudson (“Relações Perigosas”), Kevin Rankin (“Unforgettable”), Richard Kind (“Big Mouth”), Elizabeth Rodriguez (“Shameless”), Lavel Schley (“O Pior Vizinho do Mundo”) e Olivia Luccardi (“Candy Land”). ZUM 100: BUCKET LIST OF THE DEAD | NETFLIX Adaptação do popular mangá de Haro Asô, autor de “Alice in Borderland”, a história segue Akira Tendō, um jovem de 24 anos que, preso em um emprego corporativo desgastante no Japão, se vê subitamente imerso no apocalipse zumbi. A perspectiva aterrorizante, no entanto, traz um alívio surpreendente para Akira – ele nunca mais precisará trabalhar novamente. Este evento cataclísmico acaba se tornando o catalisador para Akira voltar a...
10 Filmes: O novo Bird Box e as principais estreias do streaming
Filmes de terror marcam a programação de estreias para ver em casa nesta semana, com o lançamento do derivado espanhol de “Bird Box” na Netflix e mais dois títulos elogiados – e inéditos – nas locadoras digitais. A relação de destaques ainda inclui a superprodução “Babilônia”, dramas indies e europeus, além de dois documentários – um de rock e outro brasileiro. Confira abaixo a curadoria do Top 10. BIRD BOX BARCELONA | NETFLIX Derivado do sucesso apocalíptico “Bird Box”, estrelado por Sandra Bullock em 2018, o filme é uma história paralela, passada em Barcelona e com um elenco espanhol. A trama acompanha a proliferação de casos de loucura e suicídio pela Europa, concentrando-se num grupo de sobreviventes na cidade do título, que tentam escapar ao caos cobrindo os olhos com vendas, para não ser influenciado pela ameaça que ninguém pode ver. O detalhe é que um grupo de fanáticos faz questão que todos vejam as criaturas enlouquecedoras. O elenco conta com alguns astros conhecidos dos filmes de Pedro Almodóvar, como Lola Dueñas (“Abraços Partidos”), Michelle Jenner (“Julieta”) e o argentino Leonardo Sbaraglia (“Dor e Gloria”), além de Diego Calva (“Aceleradas”), Mario Casas (“As Bruxas de Zugarramurdi”), Alejandra Howard (“Fátima: A História de um Milagre”), Patrick Criado (“Antidisturbios”), Celia Freijeiro (“Uma Visão Diferente”), Gonzalo de Castro (“Sob Suspeita”), a inglesa Georgina Campbell (“Krypton”) e a menina alemã Naila Schuberth (“Blackout”). Roteiro e direção estão a cargo dos irmãos Álex e David Pastor, responsáveis pelo bom thriller apocalíptico “Virus”, pelas séries “Incorporated” e “The Head: Mistério na Antártida”, além do suspense “A Casa” na própria Netflix. Mas a crítica internacional achou o trabalho apenas mediano. PISCINA INFINITA | VOD* O novo horror de Brandon Cronenberg (“Possessor”), filho do mestre David Cronenberg (“Crimes of the Future”), passa-se num resort tropical de luxo, onde James, um escritor com bloqueio criativo (Alexander Skarsgård, de “Succession”), e sua esposa rica (Cleopatra Coleman, de “Dopesick”) tiram férias ao estilo “The White Lotus”. No entanto, a suposta tranquilidade do paraíso rapidamente desmorona quando eles são convidados por outro casal, que inclui a fã sedutora do escritor, Gabi (Mia Goth, de “Pearl”), para explorar o lado mais sombrio do país tropical. Enquanto Skarsgård apresenta uma performance cativante ao revelar instintos ferais e masoquistas, é Goth quem mantém o público na ponta dos pés com sua energia arrebatadora, alternando entre sutileza e histeria de maneira espetacular. Um acidente de carro resultante de uma noite de bebedeira coloca o protagonista em um dilema de vida ou morte, levando a trama a um rumo bizarro, com a revelação de um sistema de justiça peculiar que permite aos turistas ricos testemunhar e experimentar a sua própria morte por meio de clones. Cronenberg, seguindo os passos de seu pai, constrói uma trama que vai além do simples terror, com uma narrativa marcada pela paranoia e a sátira da elite, inspirado nos clássicos surrealistas do mestre Luis Buñuel. A visão distorcida de luxo, orgias e hedonismo, bem como o conflito entre a riqueza e a pobreza, são capturados de forma habilidosa e visceral, dando ao filme um toque de humor negro. A despeito do clima pesado e das situações perturbadoras, a narrativa é frequentemente permeada por momentos de comédia e mudanças súbitas de tom. Embora o filme seja instigante e assustador em sua maneira macabra e provocativa, também oferece uma profundidade de caracterização raramente encontrada em filmes de horror mais convencionais. EIGHT FOR SILVER | VOD* O terror gótico estrelado por Boyd Holbrook (“Logan”) e Kelly Reilly (“Yellowstone”) faz uma releitura da lenda do lobisomem. A trama se passa numa propriedade rural remota do final do século 19, que começa a sofrer ataques sobrenaturais. Após aldeões espalharem rumores sobre uma maldição, o patologista John McBride (Holbrook), que perdeu a família para um surto semelhante anos antes, chega para investigar o caso que envolve a aristocrática família Laurent. A narrativa envolve um grupo de capangas contratado pela família Laurent para exterminar um acampamento de ciganos em suas terras, o que provoca uma maldição que se manifesta através de transformações em lobisomens. Paralelamente, a comunidade enfrenta uma epidemia de cólera e desafios criados pela separação das classes. Com isso, a trama oferece uma visão única das lendas de lobisomens, misturando momentos de horror com contexto social e cultural. Também conhecido como “The Cursed”, o filme escrito e dirigido por Sean Ellis (“Operação Anthropoid”) foi exibido nos festivais de Sundance e Sitges, e atingiu 76% de aprovação no site Rotten Tomatoes (alta para terror). BABILÔNIA | PARAMOUNT+ Grande extravagância do diretor Damien Chazelle (“La La Land”), o filme é uma recriação da Era de Ouro da indústria cinematográfica americana, durante a transição do cinema mudo para o falado, como muito sexo, drogas e jazz. A maioria dos personagens é fictícia, mas inspirada em pessoas reais. Depois de viver Sharon Tate em “Era uma Vez… em Hollywood”, Margot Robbie interpreta uma versão cocainômana de Clara Bow, símbolo sexual dos anos 1920, Já o personagem de Brad Pitt (que venceu o Oscar por “Era uma Vez em… Hollywood”) é baseado em grandes atores do período, como John Gilbert, que teve dificuldades de se adaptar às mudanças tecnológicas trazidas pela sonorização. A encenação é exageradíssima, tudo é histérico, mas não faltam os que adoram justamente esse aspecto da produção. Por sinal, mesmo com críticas negativas (56% de aprovação no Rotten Tomatoes), o filme venceu 40 prêmios por sua realização técnica e foi indicado a três Oscars. Além de Pitt e Robbie, o elenco estelar inclui Diego Calva (“Narcos: México”), Tobey Maguire (“Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”), Samara Weaving (“Casamento Sangrento”), Olivia Wilde (“O Caso Richard Jewell”), Jovan Adepo (“Watchmen”), Li Jun Li (“Evil”), Jean Smart (“Hacks”), P.J. Byrne (“The Boys”), Lukas Haas (“O Regresso”), Olivia Hamilton (“La La Land”), Max Minghella (“The Handmaid’s Tale”), Rory Scovel (“Physical”), Katherine Waterston (“Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore”), Eric Roberts (“Vício Inerente”), Ethan Suplee (“Dog – A Aventura de Uma Vida”), Phoebe Tonkin (“The Originals”), Jeff Garlin (“Curb Your Enthusiasm”) e o baixista Flea (“Queen & Slim”), da banda Red Hot Chili Peppers. SEM ALTERNATIVA | VOD* O drama de William Dickerson (“Detour”) é uma adaptação do romance de estreia do próprio diretor, lançado em 2012 e inspirado em sua própria vida, incluindo a luta de sua irmã contra a doença mental e o vício, que culminou em seu suicídio em 2014. Ambientada num subúrbio de classe alta de Nova York, a obra retrata a adolescência de dois irmãos durante o auge do grunge, pouco depois da morte de Kurt Cobain em 1994. Thomas e Bridget Harrison, interpretados pelos novatos Conor Proft e Michaela Cavazos, são filhos de um juiz conservador envolvido em escândalos (Harry Hamlin, de “As Bruxas Mayfair”). Thomas é o baterista de uma banda pop punk e Bridget usa o rap para expressar sua insatisfação com o mundo. Ao mesmo tempo em que Thomas se concentra em sua banda e na ansiedade pela resposta de sua candidatura à universidade, Bridget lida com o equilíbrio delicado entre antidepressivos e um crescente alcoolismo. Ambos encontram na música um meio de expressão e uma fuga de suas realidades. Bridget logo adota o nome artístico de Bri Da B e começa a ganhar destaque no cenário do hip-hop local, enquanto Thomas aspira transformar sua banda no “novo Nirvana”. A obra se destaca por sua abordagem autêntica e profundamente sentida da adolescência, trazendo uma perspectiva sincera sobre as dificuldades de crescer em meio à turbulência da doença mental e as mudanças na cena musical da época. STARS AT NOON | VOD* Dirigido pela aclamada cineasta francesa Claire Denis (“High Life”), o drama ambientado na Nicarágua contemporânea acompanha a história de Trish, uma jornalista americana interpretada por Margaret Qualley (“Maid”). Chegando ao país com grandes ambições profissionais, ela rapidamente se vê em um modo de sobrevivência, tendo suas esperanças e recursos financeiros desgastados ao longo do tempo. Inicialmente movida por um idealismo juvenil, ela agora flutua entre bares e camas aleatórias, buscando manter-se em um país turbulento. Sua vida toma um rumo diferente quando conhece Daniel (interpretado por Joe Alwyn, de “Duas Rainhas”), um inglês misterioso que afirma trabalhar para uma empresa de petróleo. O que se inicia como uma atração superficial pela disponibilidade financeira de Daniel, rapidamente se transforma em uma intensa paixão, conduzindo a trama por uma paisagem de motéis baratos e paredes suadas, em meio ao tumulto social da Nicarágua. Mas as tensões políticas e conflitos que se desenrolam ao redor do casal são ofuscados por seus encontros intensos. Com uma performance mercurial de Qualley e Alwyn, “Stars at Noon” oferece uma representação poderosa de corpos entrelaçados, desconforto cultural e lutas por sobrevivência. Baseada no romance homônimo de 1986 de Denis Johnson, a narrativa não convencional apresenta uma abordagem honesta à experiência do expatriado, que é, ao mesmo tempo, fascinante e inquietante. TRÊS MULHERES – UMA ESPERANÇA| VOD* Inspirado em eventos reais, o drama europeu é ambientado nos últimos dias da 2ª Guerra Mundial, após um trem carregado de prisioneiros judeus ser abandonado por soldados nazistas em fuga das tropas soviéticas. Interceptados pelos comunistas, os passageiros famintos e doentes encontram refúgio numa pequena aldeia alemã sob controle do Exército Vermelho. A protagonista do filme, Simone (Hanna van Vliet, de “Anne+: O Filme”), é instruída pela líder comunista Vera (Eugénie Anselin, de “Nós Duas”) a morar na casa de uma órfã chamada Winnie (Anna Bachmann, de “Loverboy”), que teve os pais assassinados durante a invasão. A situação é complicada pela epidemia de tifo que os soviéticos tentam controlar. Enfrentando circunstâncias difíceis, as três mulheres acabam unindo seus destinos, enquanto cada uma enfrenta suas próprias injustiças e tormentos. Roteiro e direção são da holandesa Saskia Diesing (“Nena”). A SALA DOS PROFESSORES | FILMICCA O longa-metragem de estreia da diretora croata Sonja Tarokić centra-se na vida de Anamarija, uma conselheira escolar trintona interpretada por Marina Redžepović (“Batalha dos Zumbis”) em seu primeiro papel principal num grande filme. Ao começar seu trabalho numa escola primária de Zagreb, ela enfrenta uma série de desafios enquanto tenta ajudar seus alunos e lida com a dinâmica complicada da instituição. Anamarija confronta inúmeros problemas, desde um aluno problemático que luta contra a dinâmica familiar até a oposição que enfrenta de Vedrana (Nives Ivanković), a diretora da escola. No entanto, o conflito central se dá com Siniša (Stojan Matavulj), um professor de História excêntrico e paranoico que prefere evitar o convívio com os demais colegas de trabalho. Este insistente clima de caos e tensão na escola leva Anamarija a perceber que, para sobreviver neste ambiente, precisará sacrificar sua própria integridade. Apesar das múltiplas tramas e subtramas, o longa se concentra em grande parte na escola, com apenas alguns desvios para um passeio e algumas cenas na casa de Anamarija. Tarokić adota uma abordagem à la Robert Altman, criando uma mise-en-scène complexa, executada com excelência, que se desenvolve em um murmúrio incessante de vozes de adultos e crianças. A estratégia é de proporcionar, com atraso, informações sobre eventos chave que ocorrem frequentemente fora de cena, reforçando a sensação de caos mal controlado. Embora a obra seja dominada por vermelhos e brancos, a performance arrebatadora de Matavulj como o professor de História e a manipulação deliciosa de Ivanković como a diretora aparentemente ignorante são as características que adicionam tensão e tempero ao filme. SIRENS | FILMICCA A obra da diretora marroquino-americana Rita Baghdadi mergulha na vida das integrantes da banda de thrash metal Slave to Sirens, formada nos arredores de Beirute, Líbano. A banda, composta por cinco mulheres, é conduzida por suas fundadoras, Lilas Mayassi e Shery Bechara, que além de serem musicistas talentosas, enfrentam o desafio de se expressarem através de um gênero musical que não é exatamente popular em sua região. A narrativa é centrada em Lilas, uma guitarrista obstinada e apaixonada que mantém em segredo seu interesse por garotas. Lilas e Shery não apenas compartilham uma química musical intensa, mas também um passado complicado....
Xuxa expõe abuso psicológico de Marlene Mattos: “Tem que morrer”
Xuxa revelou nesta quinta-feira (13/7) que sofreu abuso psicológico da ex-empresária Marlene Mattos. No programa “Mais Você”, a apresentadora lamentou ter que expor os bastidores de sua história. Em conversa com Ana Maria Braga, a artista disse ter sido vítima de “abuso psicológico, de poder e de confiança” por parte de Marlene. “As pessoas gostam de falar de um abusador bacana”, ela pontuou. “Eu vendo ela falando, eu reencontrando, eu reafirmei isso. A minha história é muito mais do que isso. Eu não queria que as pessoas vissem só isso, só esse olhar”, afirmou Xuxa. Desejo de morte A artista também contou outros casos de abuso durante a época em que trabalhou com a produtora, incluindo ofensas e cárcere privado. “Até hoje ela fala que os ídolos tinham que morrer cedo”, detalhou. “Lembro que a gente ia viajar e eu pegava uma maçã. Quando eu ia morder a maçã, ela falava: ‘Esse negocio de você ser saudável… Isso é tão ruim… Me dá um negócio’. ‘Você tem que morrer cedo, Xuxa. Você não bebe, não fuma, não quer se drogar. Um ídolo tem que morrer cedo, não pode envelhecer, e você está ficando velha’”, relatou a loira. Segundo Xuxa, Marlene Mattos chegava a citar outros grandes artistas que morreram cedo para tentar convencê-la. “Ela dava exemplo, Marilyn Monroe, Elvis Presley… Ela ficava muito chateada com isso, de eu ser saudável”, completou. Abuso psicológico A eterna Rainha dos Baixinhos contou que Marlene a manipulava para conseguir audiência para o programa. Um dos momentos em que sofreu maior abuso psicológico foi quando a empresária trouxe seu pai, sem avisar, ao “Xou da Xuxa”. “A Marlene fez de tudo para dar muito ibope. Ela chamou meu pai e fazia seis ou sete anos que eu estava sem falar com ele. Ela fez isso para dar ibope. Tive a dor de rever meu pai sem querer. Foi uma forçação de barra tão grande. Eu me senti invadida. Parece que tinha sido violentada”, contou. Xuxa explicou que se afastou do pai por conta da separação entre ele e Dona Alda, mãe da apresentadora. “Meu pai mentiu para a minha mãe e para mim descaradamente. Ele mentiu. Minha mãe sofreu muito, perdeu cabelo, pensou em se matar. E eu culpava meu pai por tudo, mas, depois, voltei a falar com ele”, disse. Luiz Floriano morreu em 2017 aos 85 anos. Relatos intensos Xuxa também destacou que os tempos na TV Globo eram diferentes e que teve seu nome envolvido em outros tipos de situações obscuras: “A televisão nos anos 1980 era completamente diferente do que é agora, eu era totalmente politicamente incorreta”, lembrou. “Até cortou essa parte do documentário, mas eu não sabia o motivo porque as paquitas eram todas brancas e loiras. Algumas, inclusive, nem eram loiras, mas depois que entravam pintavam o cabelo. Eu fiquei sabendo depois, que a Marlene mandava elas pintarem e não me contar. As paquitas sofreram muito, era uma pressão estar ao meu lado.” Ela ainda contou que o enceramento do “Xou da Xuxa” não foi por vontade dela, mas sim de Marlene: “Não queria parar o ‘Xou da Xuxa’, foi uma vontade da Marlene. Ela me disse que tinha muita gente copiando”. A entrevista de Xuxa tem como objetivo divulgar seu mais novo projeto: “Xuxa, o Documentário”, que chegou na Globoplay nesta quinta-feira (13/7).
Xuxa antecipa polêmicas de documentário: “Virei símbolo sexual sem nem ter transado”
A apresentadora Xuxa Meneghel deu uma entrevista ao programa “Fantástico”, na noite de domingo (9/7), em que abriu o coração sobre os episódios que marcaram sua vida e carreira, incluindo os momentos de assédio sofridos, em antecipação à nova série “Xuxa – O Documentário”, com produção artística de Pedro Bial, que será disponibilizado na Globoplay a partir da próxima quinta-feira (13/7). Comentando a polêmica do filme “Amor, Estranho Amor”, que ela estrelou aos 18 anos, Xuxa disse: “Eu virei símbolo sexual sem nem ter transado”. Ao mesmo tempo, lembrou os abusos que sofreu durante sua adolescência e que arcaram fortemente seu início de carreira. “Na época, eles [os homens do meio] falavam [que modelos eram] garotas de programa. Eles vinham com um bolo de dinheiro. O assédio era uma coisa normal, como modelo e mulher eu estava me descobrindo. Minha cabeça deu um nó”, contou. Ela também recordou outros episódios traumáticos de sua infância. A exibição de uma cena do documentário mostrou Xuxa visitando com a filha Sasha a casa onde foi abusada aos 13 anos de idade. Na entrevista, ela disse que foi o nascimento da filha que a levou a denunciar o abuso pela primeira vez em 2012. “O fato dessa pessoa estar viva desencadeou eu dizer: ‘Basta, chega’. É importante que eu fale. Eu quero que essa pessoa não faça com mais ninguém”. Reencontro com Marlene Mattos Outro destaque do documentário é o reencontro com Marlene Mattos, empresária com quem Xuxa trabalhou durante 14 anos e com quem rompeu em 2002 por conta de divergências profissionais. Desde então, Xuxa tem feito acusações contra a ex-empresária, que a teria humilhado e causado danos psicológicos. Durante a entrevista, a loira admitiu que reviver este episódio foi muito doloroso. “Mexeu em uma caixinha que não é que eu não queria mexer, mas eu tive que passar por isso. Isso me chocou, ela dizer que faria tudo de novo, é uma frase que marcou o documentário demais”, disse Xuxa. Romances e maternidade No documentário, Xuxa também relembra seus amores, incluindo Pelé e Ayrton Senna, e fala sobre o seu atual relacionamento com Junno Andrade. Ela comenta que a produção ajudará a “esclarecer muita coisa na cabeça das pessoas”. Além disso, o programa traz reflexões sobre a relação dela com a filha, Sasha Meneghel Szafir. “Eu queria tanto ser mãe. Essa coisa de trabalhar com criança e voltar para casa sem ninguém era desesperador. Como pessoa, eu melhorei muito depois do nascimento dela. Vocês entendem porque eu sou uma pessoa tão feliz, eu tenho essa joia rara, esse presente de Deus comigo”, contou. “Vão me descobrir como eu me descobri” “Muita coisa aconteceu comigo de bom e de ruim para colocar nessas caixas. Muitas pessoas fizeram coisas que eu guardei nessas caixinhas, revirar isso no doc foi muito importante”, refletiu Xuxa. Segundo a apresentadora, o documentário é um convite para que o público a descubra, assim como ela se descobriu durante o processo de gravação. “Não é para me reverenciar, é para mostrar o que eu passei”, ressaltou. “Claro que as pessoas não vão poder ver tudo que eu vivi, tudo que eu vi. Mas vai ser muito importante até para as pessoas me verem diferente, sabe? Porque eu me vi diferente. Depois que eu vi o documentário todo, eu olhei e falei: ‘Caramba! Eu vivi tudo isso’, sabe? Eu conquistei tudo isso. Eu sou tudo isso! É forte, é muito forte”, completou.
10 Séries: Produções brasileiras dominam programação da semana
Metade da lista de séries da primeira semana de julho é formada por produções brasileiras, voltadas ao público adolescente e infantil, com destaque para “De Volta aos 15”, a atração de Maisa na Netflix. Entre as opções para adultos, contam-se a volta de “O Poder e a Lei”, também na Netflix, e a estreia de “Os Horrores de Dolores Rouch”, na Prime Video. Confira abaixo a seleção com os 10 títulos novos que mais chamam atenção na programação semanal de streaming. | DE VOLTA AOS 15 | NETFLIX A série estrelada por Maisa e Camila Queiroz é uma espécie de “De Repente 30” às avessas. Adaptação do livro homônimo de Bruna Vieira, a trama gira em torno de Anita, que num momento de crise com a vida adulta deseja poder mudar várias decisões do passado para ter uma vida melhor. Assim, de uma hora para outra, ela se vê de volta à época em que tinha 15 anos de idade. E rapidamente decide mudar algumas coisas do passado para melhorar sua vida e de seus amigos, geralmente com resultados desastrosos no presente. A 2ª temporada introduz uma reviravolta: um novo viajante no tempo. Além de Anita (Camila Queiroz/Maisa), agora Joel (Antonio Carrara/Gabriel Stauffer) também consegue voltar ao passado. Tudo acontece aquando Anita de 30 anos resolve voltar novamente aos 15 para tentar consertar a vida da irmã, Luiza (Amanda Azevedo/Mariana Rios). Contudo, Joel consegue acessar a conta da amiga no Floguinho e, assim, também se torna um viajante no tempo. Só que sua presença altera os fatos do passado e acaba com todas as mudanças positivas feitas por Anita. | A VIDA PELA FRENTE – PARTE 2 | GLOBOPLAY A Globoplay estreia a Parte 2, com os episódios finais dessa representação intensa da adolescência no final dos anos 1990 no Rio de Janeiro. A nova série brasileira acompanha a jornada de Liz (interpretada por Nina Tomsic), uma estudante do ensino médio que se muda para uma escola de elite e é absorvida por um grupo diversificado de amigos. Tal como em “Elite”, a história é impulsionada por uma tragédia – a morte de uma das amigas do grupo, Beta (Flora Camolese) – e a incerteza sobre se foi um acidente ou suicídio. O enredo mistura flashbacks e momentos atuais para explorar as circunstâncias em torno da morte de Beta e o impacto em todos os envolvidos, um dispositivo narrativo também usado em “Elite”. A série também não foge de cenas fortes e sem censura, apresentando o consumo de drogas e a energia sexual dos jovens de forma bastante direta. Mas tem sua própria identidade, graças ao fato de ser inspirada pelas vivências das criadoras e amigas de infância Leandra Leal, Rita Toledo e Carol Benjamin, que narram as angústias que experimentaram às vésperas do bug do milênio. A trilha sonora, composta por sucessos das décadas de 1990 e 2000, contribui para o tom nostálgico. A produção combina um misto de jovens talentos e veteranos consagrados, como Ângelo Antônio, Stella Rabello, Gustavo Vaz, e a própria Leandra Leal, e foi lançada em dois blocos de cinco episódios, com o segundo lançado na quinta (6/7). | O PODER E A LEI 2 | NETFLIX Baseada na franquia literária “The Lincoln Lawyer” de Michael Connelly, a série acompanha o advogado Mickey Haller (Manuel Garcia-Rulfo), que nos novos episódios vai misturar sua vida romântica com o trabalho para defender um interesse amoroso na Justiça. A atriz Lana Parilla, conhecida por viver a Rainha Má na série de fantasia “Once Upon A Time”, é quem rouba o coração do protagonista. No trama, ela interpreta Lisa Trammell, uma chef de cozinha querida pela comunidade que ajuda os necessitados, mas que acaba sendo presa e acusada de assassinar um banqueiro explorador. Esta não é a primeira vez que o personagem de Connelly chega às telas. Anteriormente, a obra foi adaptada no filme “O Poder e a Lei” (2011), estrelado por Matthew McConaughey. Para não repetir a história apresentada no longa, a série teve como ponto de partida o segundo livro da franquia literária, “O Veredicto de Chumbo”. Já a 2ª temporada vai pular o terceiro volume para adaptar o quarto livro, “A Quinta Testemunha”. A produção é de David E. Kelley, o prolífico produtor-roteirista que criou “Big Little Lies”, “The Undoing”, “Big Sky” e “Nove Desconhecidos”, entre muitas outras séries. Seu parceiro no projeto é o co-roteirista e showrunner Ted Humphrey (“The Good Wife”). Além de Manuel Garcia-Rulfo (“O Pior Vizinho do Mundo”) no papel principal, o elenco destaca Neve Campbell (“Pânico”) como a primeira ex-esposa de Mickey, Krista Warner (“Priorities”) como a filha adolescente do ex-casal e Becki Newton (“Ugly Betty”) como a segundo ex-esposa. Um detalhe interessante é que as ex-mulheres também trabalham com Direito e acabam se envolvendo nos casos do advogado, tanto para auxiliar em relação à defesa quanto para enfrentá-lo nas acusações contra seus clientes. | OS HORRORES DE DOLORES ROACH | AMAZON PRIME VIDEO A comédia de terror traz Justina Machado (“One Day at a Time”) como a personagem do título, uma mulher recém-liberada da prisão que, após ficar presa injustamente por 16 anos, precisa recomeçar a vida do zero. Ao retornar ao seu bairro, Dolores reencontra um antigo amigo, Luis (Alejandro Hernández), que a acolhe permitindo que trabalhe como massagista no porão de sua loja de empanadas. No entanto, quando Dolores tem sua renda ameaçada, ela é levada a extremos para sobreviver. Criação de Dara Resnik (produtora executiva em “Demolidor”) e Aaron Mark (produziu episódio em “Into the Dark”), a série é baseada num podcast homônimo de sucesso do Spotify, e sua história grotesca envolve até canibalismo. | CELEBRITY | NETFLIX O K-drama gira em torno de Seo Ah-ri (interpretada por Park Gyu-young, de “Sweet Home”), uma influenciadora que conquista a fama de maneira quase acidental. Ex-rica, que ficou arruinada devido à falência do negócio do pai, ela ganha a vida vendendo cosméticos baratos de porta em porta. A necessidade de escapar das circunstâncias em que ela e a mãe se encontram a conduz por uma jornada de traição e fama através das redes sociais. No entanto, ao final do primeiro episódio, o verdadeiro gancho da série é revelado e, de repente, todos na abastada rede de influenciadores sociais se revelam como potenciais assassinos. Mesmo que parte dos episódios seja focado em frivolidades, “Celebrity” combina um bom mistério em sua crítica à atual cultura de influencers, obcecada pela fama a qualquer preço. | VEJO VOCÊ NA PRÓXIMA VIDA | NETFLIX A comédia romântica sul-coreana é centrada em Ban Ji-eum (interpretada por Shin Hye-sun, de “Inocência”), uma mulher que se lembra de suas vidas passadas e está atualmente vivendo sua 19ª vida. Em sua vida anterior, ela prometeu nunca abandonar Mun Seo-ha (interpretado na versão adulta por Ahn Bo-hyun, de “Undercover”), um amigo próximo que acabou se envolvendo em um trágico acidente. Em sua vida atual, ela está determinada a encontrar Seo-ha e, após muitos anos de busca, finalmente descobre seu paradeiro. A trama se desenrola quando Ban Ji-eum se infiltra na vida de Seo-ha, entrando para trabalhar na mesma empresa que ele e tentando, aos poucos, convencê-lo de sua promessa passada e do vínculo inquebrável que compartilharam. A série, adaptada de uma webtoon de mesmo nome, destaca-se por não complicar sua premissa de reencarnação, tornando-a acessível aos espectadores. A equipe técnica conta com a direção de Lee Na-jeong, que trabalhou em séries conhecidas como “Fight For My Way” e “Love Alarm”, e embora possa cair em território familiar dos dramas românticos coreanos, também tem a oportunidade de explorar novos caminhos enquanto Ji-eum tenta convencer Seo-ha de sua verdadeira identidade. | USE SUA VOZ | HBO MAX Projetada para o público infanto-juvenil, a atração é protagonizada pelo grupo musical BFF Girls, formado por Bia Torres, Laura Castro e Giu Nassa na 1ª temporada do “The Voice Kids”. A trama acontece no Colégio Use Sua Voz, onde, após um misterioso apagão nas vésperas das audições do Núcleo Musical da escola, alunos e professores unem-se para descobrir quem está sabotando as apresentações. Apesar do mistério, a série é imbuída de humor e leveza infantil. As personagens interpretadas pelas integrantes do BFF Girls foram inspiradas diretamente nas personalidades das próprias artistas, trazendo autenticidade e proximidade com o público-alvo. Além disso, Bia, Laura e Giu foram essenciais na roteirização da série, contribuindo com suas perspectivas e ideias, principalmente em questões musicais. Este envolvimento na criação reflete na trilha sonora de “Use Sua Voz”, composta por músicas inéditas do grupo, que abordam temas como empoderamento feminino, amizade, diversidade e amor, explorando gêneros como pop, rock, R&B e música eletrônica. Além das protagonistas, o elenco conta com nomes reconhecidos como Robson Nunes (“Auto Posto”), Sérgio Loroza (“Barba, Cabelo e Bigode”), Fafy Siqueira (“Juntos e Enrolados”) e Marianna Armellini (“El Presidente”), além de participações das cantoras MC Soffia e Karin Hils (do Rouge). A direção é de Adolpho Knauth (“O Melhor Verão das Nossas Vidas”). | MARCELO, MARMELO, MARTELO | PARAMOUNT+ A série infantil é baseada na obra homônima de Ruth Rocha sobre um menino criativo que defende seu jeito próprio de falar, pensar e se vestir. Dirigida por Eduardo Vaisman (“Nada Suspeitos”), a produção acompanha Marcelo e seu estilo peculiar para inventar palavras ao lado de seus três melhores amigos no bairro do Caramelo: Catapimba, o mais rápido jogador de futebol; Teresinha, menina muito organizada; e Gabriela, que é superinteligente e tem o chute mais poderoso do bairro. Vale mencionar que esta é a primeira vez que Ruth Rocha concordou que seus personagens clássicos, criados em 1976, fossem retratados nas telas. Com roteiro de Alice Gomes (“A Última Abolição”) e Thamires S. Gomes (“Tô de Graça”), a série conta com elenco mirim liderado por Enzo Rosetti, Davi Martins, Lara Capuzzo e Rihanna Barbosa. Ao lado deles, atores experientes como Antoniela Canto (“A Pedra da Serpente”), Billy Saga (“The Prisoner’s Dilemma”), Karin Hils (“A Infância de Romeu e Julieta”), Oscar Filho (“Carrossel 2”), Priscila Sol (“Carinha de Anjo”) e Theo Werneck (“O Homem Cordial) dão vida aos personagens adultos. “Marcelo, Marmelo, Martelo” também foi um dos últimos trabalhos da atriz Marcia Manfredini (“A Grande Família”), que faleceu em dezembro de 2022, aos 62 anos. | ACORDA, CARLO! | NETFLIX A nova animação do criador do “Irmão do Jorel” acompanha Carlo, garotinho de sete anos que cai em um feitiço e dorme por 22 anos. Quando ele acorda, percebe que tudo mudou, inclusive seus melhores amigos. Enquanto ele continua criança, eles viraram adultos sérios. São também um monstro e uma passarinha. Sem desistir de reconquistar os amigos, ele usa sua positividade, inocência e total desconhecimento dos instintos básicos da vida para inspirá-los a retomar sua juventude e se divertirem junto com ele. A série tem 13 episódios, é dirigida por Juliano Enrico (o criador do “Irmão do Jorel”) e produzida pelo Copa Studio, com Zé Brandão e Vivian Amadio na produção. Os episódios contam com direção de voz de Melissa Garcia e produção musical de Zé Ruivo, que também fazem parte do mesmo time criativo de “Irmão do Jorel”. | MINHAS AVENTURAS COM SUPERMAN | HBO MAX A série animada apresenta uma nova abordagem para o personagem icônico da DC. O enredo segue as aventuras do jovem Clark Kent (dublado por Jack Quaid, de “The Boys”) e seus amigos Lois Lane (Alice Lee, de “Zoey e a Sua Fantástica Playlist”) e Jimmy Olsen (Ishmel Sahid, de “Cousins for Life”), enquanto navegam pelo começo de suas carreiras e desafios pessoais. Ao mesmo tempo, Clark também está no início de sua jornada para se tornar o Superman, ainda descobrindo a extensão de seus poderes e como equilibrá-los com sua identidade humana. Na narrativa, Clark acabou de conseguir um estágio no Daily Planet, junto com seu melhor amigo e colega de quarto, Jimmy, onde conhecem a ligeiramente mais experiente estagiária Lois e formam um trio próximo, diferente da dinâmica tradicional de herói/ajudante/interesse...
As 10 melhores séries lançadas em junho
Com tantos lançamentos de séries em streaming, é muito fácil deixar passar títulos que não ganham tanta promoção. Por isso, toda virada de mês a gente faz um Top 10 para destacar os sucessos e as descobertas do período. Confira abaixo para ver se está em dia com as melhores séries lançadas em junho. | OS OUTROS | GLOBOPLAY O novo drama brasileiro aborda de forma contundente a escalada do ódio e intolerância entre vizinhos de um condomínio. Protagonizada por Adriana Esteves (“Medida Provisória”), Thomás Aquino (“Bacurau”), Maeve Jinkings (“Aquarius”), Milhem Cortaz (“O Lobo Atrás da Porta”), Eduardo Sterblitch (“Os Parças”) e Drica Moraes (“Sob Pressão”), a série apresenta a história de duas famílias que entram em conflito após uma briga entre seus filhos adolescentes. A história escrita por Lucas Paraizo, responsável também pelos roteiros de “Sob Pressão”, gira em torno de Cibele (Adriana Esteves), uma mãe superprotetora, e Amâncio (Thomas Aquino), um pai zeloso, cujo filho Marcinho (Antonio Haddad) é espancado por Rogério (Paulo Mendes), o filho de outro morador do condomínio, Wando (Milhem Cortaz). O enredo evolui de maneira surpreendentemente realista, transformando o espectador em um morador do condomínio Barra Diamond, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, enquanto as tensões se intensificam entre as duas famílias. A construção dessas tensões é tão crua e imersiva que a série se torna um espelho da sociedade, obrigando o espectador a se questionar: “Como eu agiria nessa situação?” Por trás das portas do condomínio, há ainda vários outros dramas se desenrolando, incluindo situações com a síndica Dona Lúcia (Drica Moraes), o porteiro Elvis (Rodrigo Garcia) e o vizinho Sérgio (Eduardo Sterblitch), um ex-policial. Essas histórias se cruzam a medida que o conflito central se desenrola e toma proporções absurdas, alimentando uma crescente sensação de tragédia iminente. Além de superenvolvente, a série também é um convite à reflexão. | JACK RYAN 4 | AMAZON PRIME VIDEO A série de ação estrelada por John Krasinski (“Um Lugar Silencioso”) chega ao fim com uma última aventura do personagem criado pelo escritor Tom Clancy. Na história, Jack Ryan é encarregado de desenterrar a corrupção da CIA como novo vice-diretor interino da agência. E ao fazê-lo, descobre uma série de operações suspeitas que expõem a convergência de um cartel de drogas com uma organização terrorista. A temporada volta a contar com o elenco de apoio tradicional, que inclui Wendell Pierce (“The Wire”), Michael Kelly (“House of Cards”), Betty Gabriel (“Corra!”) e Abbie Cornish (“Segredo Entre Amigas”), mas também traz novos rostos, principalmente Michael Peña (“Homem-Formiga”) como um aliado pouco usual de Ryan no submundo sul-americano das drogas. O título completo da atração é “Tom Clancy’s Jack Ryan”, mas ironicamente a série não é uma adaptação literal dos livros do escritor Tom Clancy, como foram os primeiros filmes do personagem nos anos 1990. As histórias acompanham o começo da carreira de Ryan na CIA em situações originais concebidas pelo primeiro showrunner, Carlton Cuse (séries “Lost”, “Bates Motel”), em parceria com o ex-marine Graham Roland (roteirista das séries “Lost” e “Fringe”). A produção é da Platinum Dunes, empresa de Michael Bay (o diretor de “Transformers”), e a realização dos seis episódios finais é comandada por Vaun Wilmott (criador de “Dominion”). | JOE PICKETT | PARAMOUNT+ O neo-western contemporâneo é baseado na obra literária de C.J. Box, que também inspirou a série “Big Sky”. A trama policial rural se passa em Wyoming, nos EUA, e acompanha um guarda florestal – vivido de forma convincente por Michael Dorman (“Patriota”) – que se encontra no meio de uma série de homicídios. Na trama, Joe Pickett, um homem modesto e de princípios inabaláveis, se muda com sua esposa Marybeth (Julianna Guill, de “The Resident”) e suas duas filhas para a pequena cidade de Saddlestring. Ao começar seu novo trabalho como guarda florestal, ele imediatamente enfrenta a resistência da comunidade quando multa o governador por pescar sem licença. O clima piora quando um caçador local aparece morto em sua propriedade, levando Joe e Marybeth a um emaranhado de mistérios e perigos. | SWIMMING WITH SHARKS | AMAZON PRIME VIDEO Kiernan Shipka, que protagonizou “O Mundo Sombrio de Sabrina”, volta às séries nessa atração baseada no filme “O Preço da Ambição” (Swimming with Sharks). Com seis episódios, a minissérie é uma versão feminina do longa de 1995, em que Frank Whaley vivia um jovem e ingênuo assistente de estúdio de Hollywood, que virava o jogo contra seu chefe produtor incrivelmente abusivo, interpretado por Kevin Spacey. Na nova versão, Shipka interpreta uma estagiária da Fountain Pictures, que parece uma ingênua recém-chegada a Hollywood, impressionada com a notória CEO do estúdio. Mas, na verdade, ela fez uma extensa pesquisa sobre sua chefe e não foi por acidente que conseguiu o estágio. À medida que sua obsessão cresce, ela demonstra ser capaz de tudo para se aproximar da produtora poderosa. O papel da chefe do estúdio é vivido pela alemã Diane Kruger (“As Agentes 355”) e o bom elenco também inclui Donald Sutherland (“Jogos Vorazes”), Thomas Dekker (“O Círculo Secreto”), Finn Jones (“Punho de Ferro”), Erica Alexander (“Raio Negro/Black Lightning”), Ross Butler (“Shazam!”) e Gerardo Celasco (“Next”). | SOU DE VIRGEM | AMAZON PRIME VIDEO A comédia surreal traz Jharrel Jerome (premiado com o Emmy por “Olhos que Condenam”) como Cootie, um adolescente negro gigante de 4 metros. A série acompanha suas experiências enquanto ele lida com restrições físicas, busca amizade e amor, e enfrenta os desafios de crescer em uma sociedade marcada pelo preconceito e pelo impacto da cultura comercial. Embora seja uma comédia, a atração criada pelo cineasta Boots Riley (“Desculpe te Incomodar”) é apresentada como parábola com questões profundas sobre identidade, justiça e sobrevivência em um mundo que nem sempre é acolhedor para pessoas negras que queiram fazer coisas grandes na vida. Aplaudida pela crítica dos EUA, tem 95% de aprovação no Rotten Tomatoes. | EU NUNCA… 4 | NETFLIX Criada por Mindy Kaling e Lang Fisher (ambos de “Projeto Mindy”), a série é uma comédia de amadurecimento que acompanha a adolescente indiana-americana Devi (Maitreyi Ramakrishnan). A jovem é uma estudante superdotada do Ensino Médio que frequentemente encara algumas situações complicadas, muitas delas envolvendo suas paixões, como Paxton Hall-Yoshida (Darren Barnet) e Ben Gross (Jaren Lewison), e conflitos com sua família imigrante. Na 4ª e última temporada, Devi vai se formar, perder a virgindade e desenvolver uma nova paixão: Ethan, personagem de Michael Cimino (“Love, Victor”), que chega logo após a saída de Paxton para a faculdade. A expectativa para o final é descobrir com quem ela decide ficar. Além disso, a derradeira leva de episódios traz um casamento surpresa. | STAR TREK: STRANGE NEW WORLDS 2 | PARAMOUNT+ A série que serve de prólogo para a franquia “Star Trek” retorna com novas aventuras espaciais e muitas curiosidades, como o primeiro encontro entre as versões jovens do Capitão Kirk e Uhura, o relacionamento romântico entre Spock e a enfermeira Chapel, e o crossover mais inusitado da franquia, com a série animada “Star Trek: Lower Decks” – via versões live-action dos personagens da animação, interpretados por seus dubladores originais. A atração acompanha as viagens especais do Capitão Pike (Anson Mount), ao lado de Spock (Ethan Peck) e da Número 1 (Rebecca Romijn) a bordo da nave Enterprise. E se originou como um spin-off, após o trio ter grande destaque na 2ª temporada de “Star Trek: Discovery”. Só que os personagens são muito mais antigos que qualquer série da franquia. Eles protagonizavam o piloto original de 1964, que foi reprovado e quase impediu o surgimento do fenômeno “Star Trek” – ou “Jornada nas Estrelas” no Brasil. Apenas Spock foi mantido quando a série foi reformulada, com Pike substituído pelo Capitão Kirk num novo piloto, finalmente aprovado em 1966. Apesar do descarte, os espectadores puderam ver uma prévia da tripulação original num episódio de flashback de duas partes que marcou época em 1966, com cenas recicladas do piloto rejeitado. Até que, em 2019, os produtores de “Star Trek: Discovery” resolveram resgatar aqueles personagens, levando os trekkers à loucura. Em pouco tempo, uma campanha tomou as redes sociais pedindo uma nova série focado nas aventuras perdidas da espaçonave Enterprise, apresentando o Capitão Pike (e não Kirk) na ponte de comando. Um detalhe curioso é que a série também introduz versões mais jovens de Uhura (personagem clássica de Nichelle Nichols na “Jornada nas Estrelas” de 1966), da enfermeira Christine Chapel (originalmente vivida por Majel Barrett Roddenberry, esposa do criador de “Star Trek”, em 1966) e do próprio Capitão Kirk (eternizado por William Shatner nos anos 1960), interpretados respectivamente por Celia Rose Gooding (da montagem da Broadway “Jagged Little Pill”), Jess Bush (“Playing for Keeps”) e Paul Wesley (“The Vampire Diaries”). Ainda há Babs Olusanmokun (“Black Mirror”) no papel do Dr. M’Benga, oficial médico que apareceu em dois episódios de “Jornada nas Estrelas”, e uma novidade curiosa: Christina Chong (“Tom & Jerry – O Filme”) como uma descendente do famoso vilão Khan entre as personagens inéditas da produção. A série foi desenvolvida por Akiva Goldsman (criador de “Titãs”), Alex Kurtzman (roteirista do reboot de “Star Trek”, de 2009) e Jenny Lumet (criadora de “Clarice”). | INVASÃO SECRETA | DISNEY+ Mais lenta que os fanboys podiam esperar, e sem os famosos super-heróis do estúdio, a nova série da Marvel chega em clima de thriller de espionagem ao streaming. A trama dá continuidade ao gancho de “Capitã Marvel” (2019), que apresentou os skrulls – alienígenas que podem mudar de forma, assumindo a aparência de qualquer pessoa. Baseado nos quadrinhos homônimos publicados em 2008, a história mostra uma facção maligna dos alienígenas que planeja se infiltrar nos governos da Terra, usando sua capacidade metamorfas para dominar o planeta sem que ninguém saiba. Diante da ameaça, Nick Fury (Samuel L. Jakcson) retorna do exílio para impedir que isso aconteça. O personagem conta com a ajuda do skrull Talos (Ben Mendelsohn) e Maria Hill (Cobie Smulders), e logo no primeiro episódio vê um importante aliado morrer em seus braços. Essa surpresa dá um tom mais sério à produção, que ainda inclui entre seus personagens o agente Everett Ross (Martin Freeman) e James “Rhodey” Rhodes (Don Cheadle), também conhecido como Máquina de Combate, além de marcar a estreia das atrizes Olivia Colman (“A Filha Perdida”) e Emilia Clarke (“Game of Thrones”) no Universo Compartilhado Marvel (MCU). Colman interpreta a agente do serviço secreto britânico Sonya Falsworth, que tem uma história de longa data com Fury, enquanto Clarke dá vida a G’iah, a filha rebelde de Talos. A atração foi escrita por Kyle Bradstreet (“Mr. Robot”) e tem direção de Thomas Bezucha, que fez sucesso durante a pandemia com o thriller “Deixe-o Partir” (estrelado por Kevin Costner). | BLACK MIRROR 6 | NETFLIX Após um hiato de quatro anos, a série antológica de sci-fi está de volta. E desta vez nem a Netflix escapa de sua abordagem ácida – no melhor episódio, uma mulher comum descobre que uma plataforma de streaming lançou um drama baseado em sua vida, estrelado pela famosa atriz Salma Hayek Pinault (“Casa Gucci”). Criada e co-dirigida por Charlie Brooker, “Black Mirror” estreou em dezembro de 2011 no Channel 4 do Reino Unido e foi adquirida pela Netflix a partir da 3ª temporada em 2016. Ao virar exclusiva do streaming, a série venceu oito Emmys, incluindo o prêmio de Melhor Filme para TV pelos episódios “San Junipero” (2017), “USS Callister” (2018) e “Bandersnatch” (2019). Em seu sexto ano, a série se reinventa ao trocar o futuro pelo passado. Três dos cinco episódios são ambientados em décadas anteriores, enquanto um quarto se desenrola no presente, mas se concentra principalmente em eventos antigos. Tem ansiedade diante da ascensão da IA (inteligência artificial), mas também personagens obcecados por fitas VHS. E, para completar, o último capítulo nem é sci-fi, mas um terror sobrenatural com direito até à aparição de um demônio. Repleto de famosos, o elenco da 6ª temporada conta com Annie Murphy (“Schitt’s Creek”),...
“Origem” é renovada para 3ª temporada
O canal pago americano MGM+ anunciou a renovação de “Origem” (From), estrelada por Harold Perrineau (“Lost”), para a 3ª temporada. A séria encerrou a exibição de seu segundo ano de produção no domingo passado (25/6) nos EUA. No comunicado, o MGM+ revelou que “Origem” é a segunda série mais vista em sua história, ficando atrás apenas do drama “Godfather of Harlem”, protagonizada por Forest Whitaker. Vale lembrar que MGM+ é o novo nome nos EUA do canal anteriormente conhecido como Epix. A série de terror explora um tema recorrente no gênero: a cidadezinha da qual, uma vez que se entra, não se consegue mais sair. Alguns exemplos deste nicho incluem “Under the Dome”, adaptação de Stephen King, e “Wayward Pines”, produzida por M. Night Shyamalan. Criada por John Griffin, que antes disso só tinha escrito um episódio da nova versão de “Além da Imaginação” (The Twilight Zone), a trama acompanha uma família de férias que, ao optar por um atalho na estrada, vê-se presa num looping que a leva sempre à mesma cidadezinha em ruínas. Logo, fica claro que todos os moradores do local encontram-se presos naquele local. Enquanto os residentes mais antigos, liderados pelo xerife vivido por Harold Perrineau, lutam para manter o senso de normalidade e buscar uma saída, eles também enfrentam ameaças que vem da floresta circundante à noite. A direção é do premiado Jack Bender (também de “Lost”), que também divide a produção com os irmãos Russo (diretores de “Vingadores: Ultimato”). Já o elenco ainda destaca Catalina Sandino Moreno (“The Affair”), Eion Bailey (“Band of Brothers”) e Hannah Cheramy (“Van Helsing”). Segundo Michael Wright, chefe da MGM+, as duas primeiras temporadas cativaram críticos e aterrorizaram e envolveram os fãs, que formaram uma comunidade online vibrante. “Estamos ansiosos para que os fãs vejam as surpresas que a 3ª temporada trará, prometendo mais sustos e mistérios, mas também mais respostas”, disse ele. O produtor executivo Jack Bender também expressou gratidão pelo apoio dos fãs e garantiu mais surpresas para a próxima temporada. “Temos muito mais histórias para contar… e estradas chocantes e estranhas para levar você, com muitas respostas ao longo do caminho”, disse ele. Os novos capítulos devem chegar em 2024. No Brasil, “Origem” teve apenas a 1ª temporada disponibilizada até o momento pela Globoplay. Veja abaixo o trailer nacional.
Marjorie Estiano estará em três novas produções de streaming
Com o fim de “Sob Pressão”, Marjorie Estiano já está com novos projetos encaminhados. Ela está sendo considerada para um dos papéis principais de “Precisamos Falar Sobre Nossos Filhos”, um filme do Globoplay que também pode ser transformado em série. A produção será dirigida por Pedro Waddington e Rebeca Diniz (ambos também de “Sob Pressão”). Além do longa, a atriz também irá aparecer na série “Fim”, outro produto da plataforma de streaming da Globo. Baseada em obra da atriz Fernanda Torres (criadora de “Os Outros”), a série já foi inteiramente gravada, mas ainda não há uma data definida para a estreia. Para completar, ela ainda estará em uma nova série biográfica da Amazon Prime Video. Ela interpretará Ângela Diniz, uma socialite que foi assassinada na década de 1970. O projeto, liderado por Andrucha Waddington (criador de “Sob Pressão”), ainda está em fase de desenvolvimento. Trajetória na Globo Depois de quase 20 anos com a Globo, a atriz encerrou seu contrato fixo com a emissora em setembro de 2022. Desde sua estreia no canal como Natasha em “Malhação” (2003), Marjorie participou de mais de 15 novelas e se destacou em produções como “Páginas da Vida” (2006) e “A Vida da Gente” (2011). As datas de lançamento dos novos projetos ainda não foram anunciadas.
É 10: As melhores estreias de filmes para ver em casa
A lista de filmes novos para ver em casa vai do terror sangrento à comédia rasgada. Depois de passar nos cinemas e nas locadoras digitais (VOD), “A Morte do Demônio – A Ascenção” é o destaque entre os lançamentos de streaming, entre outros longas lançados recentemente nas salas de exibição. Uma curiosidade dos títulos é que quatro são obras brasileiras. O Top 10 da semana pode ser conferido abaixo com mais detalhes. | A MORTE DO DEMÔNIO – A ASCENSÃO | HBO MAX O resgate da franquia dos anos 1980 surpreende ao se mostrar um dos melhores filmes de toda a saga. Visceral e sangrento, o longa mostra a assustadora possessão demoníaca de uma mulher, que tenta matar a irmã e os próprios filhos. A trama tira em torno de duas irmãs distantes, vividas por Alyssa Sutherland (“Vikings”) e Lily Sullivan (“Mental”), que decidem reatar após longo afastamento, apenas para ter sua reunião atrapalhada por uma possessão, que coloca a vida de seus entes queridos em risco. Além de novos personagens, o filme também inova em relação à premissa original. Em vez de se passar numa cabana no meio da floresta, desta vez os ataques demoníacos acontecem num apartamento comum. Rodado na Nova Zelândia, o terrorzão é o segundo longa do diretor irlandês Lee Cronin, selecionado pessoalmente por Sam Raimi, produtor e criador da franquia, após sua estreia com o horror indie “The Hole in the Ground” – premiado em 2019 no Fant, festival de cinema fantástico de Bilbao, na Espanha. E atingiu nada menos que 96% de aprovação no Rotten Tomatoes. | 65 – AMEAÇA PRÉ-HISTÓRICA | HBO MAX A ficção científica traz Adam Driver (“Star Wars: O Despertar da Força”) como um astronauta que sofre um acidente espacial e cai na Terra de 65 milhões de anos atrás, dominada por dinossauros. Lá, ele e a única outra sobrevivente da nave (a menina Ariana Greenblatt, de “Awake”) precisam atravessar um terreno desconhecido e repleto de criaturas pré-históricas para conseguir sobreviver. Só que, com menos dinossauros que a premissa sugere, o filme acaba não entregando o que sua premissa promete. Produzido pelo cineasta Sam Raimi (“Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”), o longa tem roteiro e direção da dupla Scott Beck e Bryan Woods (roteiristas do primeiro “Um Lugar Silencioso”). | ANÔNIMO | STAR+ O thriller de ação do criador de “John Wick” traz Bob Odenkirk (“Better Call Saul”) como um pai de família que, ao ter a casa invadida por assaltantes, começa um processo de transformação, até finalmente revelar suas habilidades secretas como matador profissional. Por 12 anos, o aparente homem comum trabalhou para pessoas perigosas, mas deixou tudo para trás ao se casar. Entretanto, inimigos à espreita aguardavam apenas um sinal de seu paradeiro para cobrar uma antiga pendência. Com a família ameaçada, ele demonstra porque era melhor que o deixassem permanecer anônimo. A história do personagem chega a lembrar a trajetória original de John Wick nos filmes estrelados por Keanu Reeves. Não por acaso, o roteirista de “Anônimo” é justamente o responsável pela trilogia de “John Wick”, Derek Kolstad. A direção, por sua vez, está a cargo do russo Ilya Naishuller (“Hardcore: Missão Extrema”) e o elenco ainda inclui Connie Nielsen (“Mulher-Maravilha”), Gage Munroe (“A Cabana”), Aleksey Serebryakov (“Leviatã”), RZA (“Os Mortos Não Morrem”) e Christopher Lloyd (“De Volta para o Futuro”). | BEAU TEM MEDO | VOD* O novo filme do cineasta Ari Aster (diretor dos terrores “Hereditário” e “Midsommar: O Mal Não Espera a Noite”) é uma odisseia neurótica de três horas estrelada por Joaquin Phoenix (“Coringa”). Longe de ser um lançamento acessível como as obras anteriores do diretor, é puro surrealismo, apesar da premissa enganosamente simples. Na trama, Beau (Phoenix) precisa viajar para o funeral de sua mãe, mas memórias da infância, encontros bizarros, invasões de mendigos, um serial killer em sua casa, um veterano traumatizado de guerra na floresta e pesadelos sobre um futuro distópico surgem em seu caminho. Tudo ao som de “Goodbye Stranger”, sucesso de 1979 da banda Supertramp. O filme se assume como um grande surto psicótico com referências freudianas e mais cenas inesperadas/inusitadas que a expectativa mais louca de qualquer espectador. O elenco também conta com Parker Posey (“Perdidos no Espaço”), Amy Ryan (“Medo da Verdade”), Nathan Lane (“Only Murders in the Building”), Michael Gandolfini (“Os Muitos Santos de Newark”) e Kylie Rogers (“Yellowstone”). | THE PAINTED BIRD | MUBI Inédito nos cinemas brasileiros, o drama em preto e branco da República Tcheca foi classificado pela revista americana Variety como a “experiência mais excruciante” de 2020. Filme de jornada, a obra do cineasta Václav Marhoul (“Tobruk”) segue um menino judeu que busca refúgio durante a perseguição nazista na 2ª Guerra Mundial e acaba encontrando muitos personagens diferentes ao longo do caminho, além de abuso e dificuldades extremas. Venceu 18 prêmios internacionais, inclusive o Czech Lion de Melhor Filme (o Oscar tcheco) e um prêmio da UNICEF no Festival de Veneza, e ainda foi indicado ao troféu de Melhor Filme Europeu do ano. O elenco multinacional inclui o alemão Udo Kier (“Bacurau”), o dinamarquês Stellan Skarsgård (“Duna”), o americano Harvey Keitel (“O Irlandês”) e o inglês recentemente desaparecido Julian Sands (“Warlock: O Demônio”). | UM ANO INESQUECÍVEL – PRIMAVERA | AMAZON PRIME VIDEO O quarto e último filme da quadrilogia romântica “Um Ano Inesquecível” acompanha Jasmine, uma garota sonhadora que está concluindo o Ensino Médio. Ela tem alma de artista, mas sofre com matemática. Para não repetir de ano, passa a estudar com o melhor aluno da classe, Davi, que acaba se revelando mais que um bom colega ao apoiar seu sonho de estudar belas artes e não administração como quer sua família. Os filmes de “Um Ano Inesquecível” adaptam uma antologia de contos com o mesmo nome, escritos por Thalita Rebouças, Paula Pimenta, Bruna Vieira e Babi Dewet. A adaptação da história de Bruna Vieira tem direção de Bruno Garotti (“Confissões de uma Garota Excluída”) e Jamile Marinho (assistente de Garotti em “Ricos de Amor 2”), e é estrelada por Lívia Silva (“Todos os Mortos”) e Ronald Sotto (“Tudo Igual… SQN”). | ATRAVÉS DA MINHA JANELA: ALÉM-MAR | NETFLIX A continuação do romance espanhol acompanha o casal Raquel e Ares na expectativa de um reencontro quente de verão, depois de um longo período namorando à distância. Os protagonistas Clara Galle e Julio Peña retornam às telas nos papéis principais e ainda são acompanhados por uma nova dupla, interpretado por Andrea Chaparro e Ivan Lapadula, numa tentativa de apimentar o enredo ou, no mínimo, criar situações de ciúmes. A franquia é baseada nos livros da autora Ariana Godoy. | O RIO DO DESEJO | GLOBOPLAY O diretor Sergio Machado retoma os temas de “Cidade Baixa” (2005), filme que o projetou, com essa nova história de ribeirinhos apaixonados pela mesma mulher. A diferença é que, agora, trata-se de um triângulo/quadrilátero entre irmãos. Na trama, Dalberto abandona seu trabalho na polícia e se torna comandante de um barco ao se apaixonar pela bela e misteriosa Anaíra. Mas quando o casal passa a viver na casa que Dalberto divide com os dois irmãos, às margens do Rio Negro, desejos proibidos vêm à tona. Enquanto o irmão mais velho luta para controlar a atração que sente pela cunhada, o caçula se lança perigosamente, criando uma situação insustentável. O elenco destaca Sophie Charlotte (“Todas as Flores”) como a desejada e Daniel de Oliveira (“Daniel de Oliveira”), Gabriel Leone (“Dom”) e Rômulo Braga (“Rota 66: A Polícia que Mata”) como os irmãos. A estreia em streaming vai acontecer no sábado (24/6). | MATO SECO EM CHAMAS | VOD* Passada na Ceilândia, em Brasília, o filme de Adirley Queirós (“Branco Sai, Preto Fica”) e Joana Pimenta acompanha três mulheres que recolhem petróleo de oleodutos subterrâneos e o refinam para transformá-lo em gasolina no mercado negro. A ação é um ato de resistência para sua comunidade em Sol Nascente, uma das maiores favelas da América do Sul. A filmagem combina ficção e documentário, imersão e observação, para fornecer uma personificação multifacetada da feminilidade marginalizada no Brasil contemporâneo. O filme venceu o Festival de Cinema de Vanguarda de Atenas, na Grécia, foi o mais premiado no último Festival de Brasília, com sete Troféus Candangos, incluindo Melhor Direção e Atriz (um empate entre Lea Alves e Joana Darc), e ainda levou o Troféu Redentor de Melhor Fotografia e o Prêmio Especial do Júri do Festival do Rio passado. | BARRACO DE FAMÍLIA | VOD* A comédia traz Cacau Protásio como mãe de fukeira, que junta a vizinhança para salvar a filha de um cancelamento, após a jovem ser gravada maltratando fãs. A disposição para o melodrama e a determinação da matriarca de fazer tudo pela filha chega a lembrar a Dona Hermínia do saudoso Paulo Gustavo. A direção é de Maurício Eça (“A Menina que Matou os Pais”) e o elenco majoritariamente negro é formado também por Lellê (“Malhação”), Jeniffer Nascimento (“Cara e Coragem”), Robson Nunes (“Quatro Amigas numa Fria”), Yuri Marçal (“Barga, Cabelo e Bigode”), Nany People (“Quem Vai Ficar com Mário”) e os cantores Sandra de Sá (“Antônia”) e Péricles. * Os lançamentos em VOD (video on demand) podem ser alugados individualmente em plataformas como Apple TV, Claro TV+, Google Play, Loja Prime, Microsoft Store, Vivo Play e YouTube, entre outras, que funcionam como locadoras digitais sem a necessidade de assinatura mensal.











