Xuxa antecipa polêmicas de documentário: “Virei símbolo sexual sem nem ter transado”

A apresentadora Xuxa Meneghel deu uma entrevista ao programa “Fantástico”, na noite de domingo (9/7), em que abriu o coração sobre os episódios que marcaram sua vida e carreira, incluindo os momentos […]

Divulgação/Globo

A apresentadora Xuxa Meneghel deu uma entrevista ao programa “Fantástico”, na noite de domingo (9/7), em que abriu o coração sobre os episódios que marcaram sua vida e carreira, incluindo os momentos de assédio sofridos, em antecipação à nova série “Xuxa – O Documentário”, com produção artística de Pedro Bial, que será disponibilizado na Globoplay a partir da próxima quinta-feira (13/7).

Comentando a polêmica do filme “Amor, Estranho Amor”, que ela estrelou aos 18 anos, Xuxa disse: “Eu virei símbolo sexual sem nem ter transado”. Ao mesmo tempo, lembrou os abusos que sofreu durante sua adolescência e que arcaram fortemente seu início de carreira. “Na época, eles [os homens do meio] falavam [que modelos eram] garotas de programa. Eles vinham com um bolo de dinheiro. O assédio era uma coisa normal, como modelo e mulher eu estava me descobrindo. Minha cabeça deu um nó”, contou.

Ela também recordou outros episódios traumáticos de sua infância. A exibição de uma cena do documentário mostrou Xuxa visitando com a filha Sasha a casa onde foi abusada aos 13 anos de idade. Na entrevista, ela disse que foi o nascimento da filha que a levou a denunciar o abuso pela primeira vez em 2012. “O fato dessa pessoa estar viva desencadeou eu dizer: ‘Basta, chega’. É importante que eu fale. Eu quero que essa pessoa não faça com mais ninguém”.

 
Reencontro com Marlene Mattos

Outro destaque do documentário é o reencontro com Marlene Mattos, empresária com quem Xuxa trabalhou durante 14 anos e com quem rompeu em 2002 por conta de divergências profissionais. Desde então, Xuxa tem feito acusações contra a ex-empresária, que a teria humilhado e causado danos psicológicos. Durante a entrevista, a loira admitiu que reviver este episódio foi muito doloroso.

“Mexeu em uma caixinha que não é que eu não queria mexer, mas eu tive que passar por isso. Isso me chocou, ela dizer que faria tudo de novo, é uma frase que marcou o documentário demais”, disse Xuxa.

 
Romances e maternidade

No documentário, Xuxa também relembra seus amores, incluindo Pelé e Ayrton Senna, e fala sobre o seu atual relacionamento com Junno Andrade. Ela comenta que a produção ajudará a “esclarecer muita coisa na cabeça das pessoas”. Além disso, o programa traz reflexões sobre a relação dela com a filha, Sasha Meneghel Szafir.

“Eu queria tanto ser mãe. Essa coisa de trabalhar com criança e voltar para casa sem ninguém era desesperador. Como pessoa, eu melhorei muito depois do nascimento dela. Vocês entendem porque eu sou uma pessoa tão feliz, eu tenho essa joia rara, esse presente de Deus comigo”, contou.

 
“Vão me descobrir como eu me descobri”

“Muita coisa aconteceu comigo de bom e de ruim para colocar nessas caixas. Muitas pessoas fizeram coisas que eu guardei nessas caixinhas, revirar isso no doc foi muito importante”, refletiu Xuxa. Segundo a apresentadora, o documentário é um convite para que o público a descubra, assim como ela se descobriu durante o processo de gravação. “Não é para me reverenciar, é para mostrar o que eu passei”, ressaltou.

“Claro que as pessoas não vão poder ver tudo que eu vivi, tudo que eu vi. Mas vai ser muito importante até para as pessoas me verem diferente, sabe? Porque eu me vi diferente. Depois que eu vi o documentário todo, eu olhei e falei: ‘Caramba! Eu vivi tudo isso’, sabe? Eu conquistei tudo isso. Eu sou tudo isso! É forte, é muito forte”, completou.