Julieta: Novo filme de Pedro Almodóvar ganha trailer legendado
A Universal Pictures divulgou o pôster e o primeiro trailer legendado de “Julieta”, novo filme do espanhol Pedro Almodóvar, que terá sua première na competição do Festival de Cannes. A prévia equilibra a estética brega e de apelo sexual que caracteriza o cinema do diretor com uma trama melodramática, que se mantém vaga ao longo do vídeo, iniciado por um reencontro casual e encerrado com uma carta de confissão. A narrativa se desenrola ao longo de três décadas, entre 1985 e 2015, e mostra a personagem-título – interpretada por duas atrizes diferentes, Emma Suarez (“Buscando a Eimish”) e Adriana Ugarte (“Combustión”) – , lidando com o mistério que leva uma pessoa a abandonar quem ama e seguir vivendo sem que a outra nunca tivessem existido ou deixado alguma lembrança. O elenco ainda conta com Michelle Jenner (“Extraterrestre”), Rossy de Palma (“Ata-me”) e Darío Grandinetti (“Relatos Selvagens”). Apesar da divulgação do trailer oficial nacional, ainda não há previsão para o lançamento de “Julieta” nos cinemas brasileiros.
Kirsten Dunst e Mads Mikkelsen vão integrar o juri do Festival de Cannes
A organização do Festival de Cannes divulgou o júri oficial da competição pela Palma de Ouro de 2016, que será presidido por George Miller (“Mad Max: Estrada da Fúria”). A lista inclui dois atores premiados no próprio festival: a americana Kirsten Dunst, melhor atriz em 2011 por “Melancolia”, e o dinamarquês Mads Mikkelsen, melhor ator em 2012 por “A Caça”. Além deles, também ajudarão a eleger os trabalhos premiados de 2016 o ator americano Donald Sutherland (“Jogos Vorazes”), o diretor húngaro Laszlo Nemes (“O Filho de Saul”), o cineasta francês Arnaud Desplechin (“Três Lembranças da Minha Juventude”), a atriz e diretora italiana Valeria Golino (“Como o Vento”), o produtor iraniano de documentários Katayoon Shahabi (“Nessa”) e a cantora e atriz francesa Vanessa Paradis (“O Que as Mulheres Querem”). Ao todo, 21 filmes disputam a Palma de Ouro, incluindo o novo longa do diretor brasileiro Kleber Mendonça Filho, “Aquarius”. Ele enfrentará uma seleção impressionante de pesos pesados do cinema mundial, entre as quais se incluem as novas obras dos cineastas Pedro Almodóvar, irmãos Dardenne, Ken Loach, Xavier Dolan, Jim Jarmusch, Paul Verhoeven, Sean Penn, Nicolas Winding Refn, Olivier Assayas, Bruno Dumont, Jeff Nichols, Andrea Arnold, Nicole Garcia, Cristian Mungiu, Brillante Mendoza, Park Chan-wook e o incluído de última hora Asghar Farhadi. O Festival de Cannes 2016 vai acontecer na Riviera Francesa entre os dias 11 e 21 de maio.
Festival de Cannes anuncia novo filme do diretor de A Separação e homenagem a Prince
A organização do Festival de Cannes anunciou a inclusão de “The Salesman”, novo filme do diretor iraniano Asghar Farhadi (vencedor do Oscar por “A Separação”) na disputa da Palma de Ouro de 2016, além de uma homenagem em sua programação ao cantor Prince, morto na quinta-feira (21/4). Ainda não há detalhes sobre como se dará o tributo. “Faremos uma homenagem a Prince, mas não temos mais informações neste momento”, disse um representante do evento. O artista tem um Oscar e dois Globos de Ouro por músicas criadas para o cinema. Ele também dirigiu dois longas de ficção e um documentário. Também não há muitas informações sobre o novo filme de Farhadi, embora ele continue a lidar com os temas favoritos do diretor, relacionamentos e separações. Outros filmes foram acrescentados às mostras paralelas, entre eles “Hell or High Water”, do inglês David Mackenzie (“Encarcerado”), incluído na seção Um Certo Olhar, e “Herança de Sangue”, do francês Jean-François Richet (“Inimigo Público nº 1”), que marca a volta de Mel Gibson (“Os Mercenários 3”) como protagonista de ação. No filme, com exibição na seção da Meia-Noite, Gibson interpreta um pai capaz de tudo em defesa da filha caçada por traficantes. O Festival de Cannes de 2016 acontece entre os dias 11 e 22 de maio, na Riviera francesa. ANTERIOR
Cannes seleciona documentário de Eryk Rocha sobre o Cinema Novo
A organização do Festival de Cannes 2016 anunciou a seleção do documentário “Cinema Novo”, de Eryk Rocha (“Campo de Jogo”) para a mostra Cannes Classics, dedicada a filmes clássicos e à preservação da memória e do patrimônio cinematográfico mundial. O filme vai concorrer ao prêmio L’Oeil d’Or (Olho de Ouro), entregue ao melhor documentário do festival, em disputa que se estende a todas as mostras. O júri deste ano conta com a participação do crítico brasileiro Amir Labaki, diretor do Festival É Tudo Verdade. Eryk é filho de Glauber Rocha, um dos principais expoentes do movimento cinematográfico que dá nome a “Cinema Novo”, concebido nos anos 1950 sob influência do neo-realismo italiano e da nouvelle vague francesa. O documentário se debruça sobre o movimento por meio do pensamento de alguns de seus principais autores, como o próprio Gláuber, além de Nelson Pereira do Santos, Leon Hirszman, Joaquim Pedro de Andrade, Ruy Guerra, Cacá Diegues, Walter Lima Jr e Paulo César Saraceni, entre outros. Além do filme de Eryk Rocha, há ainda outros nove documentários sobre cinema na programação. Em comunicado, o diretor comemorou a seleção. “Em 2004, apresentei em Cannes o curta ‘Quimera’, que participou da Competição Oficial. É uma grande alegria voltar a Cannes 12 anos depois para apresentar o documentário ‘Cinema Novo’. Acredito que esse é um momento pertinente para o nascimento desse filme, que traz a força, a poesia e a política desse movimento que fecundou e inventou uma nova forma de fazer cinema no Brasil. Uma geração que imaginou o cinema inserido num projeto maior de país. O desejo do filme foi mergulhar na aventura da criação dos seus autores e suas poéticas. Lançar o ‘Cinema Novo’ no presente, em pleno movimento, e perceber como esses filmes seguem ecoando e dialogando visceralmente com o Brasil contemporâneo”. Ele também aproveitou para fazer política, reproduzindo o discurso do PT no qual se engaja boa parte da comunidade artística do país, sobre um suposto golpe em curso. “Uma das matrizes que o filme quer revelar é a interrupção que o movimento sofreu a partir do golpe civil-militar de 1964, e o trágico desdobramento do Ato 5, em 1968. Nesse momento, estamos vivenciando um iminente risco de golpe institucional e novamente, uma interrupção. Apesar de serem contextos históricos distintos, há graves semelhanças entre esses dois processos”. Com seu primeiro longa de ficção, “Transeunte”, lançado em 2011, Eryk recebeu mais de 25 prêmios nacionais e internacionais, incluindo o prêmio de Melhor Primeiro Filme no Festival de Guadalajara, no México. Em 2013, venceu o prêmio de Melhor Diretor no Festival do Rio com o documentário “Jards”. A Cannes Classic contará ainda com a exibição de cópias restauradas de diversos filmes, incluindo os vencedores do festival há 50 anos, “Confusões à Italiana”, de Pietro Germi, e “Um Homem, Uma Mulher”, de Claude Lelouch. O Festival de Cannes 2016 acontece de 11 a 22 de maio e contará com outras quatro produções brasileiras: “Aquarius”, de Kléber Mendonça Filho, que concorre à Palma de Ouro na seleção oficial, e três curtas “A Moça que Dançou com o Diabo” (também na mostra competitiva), “Abigail” (Quinzena dos Realizadores) e “Delírio é a Redenção dos Aflitos” (Semana da Crítica).
Documentário sobre Futebol vence festival É Tudo Verdade
O festival de documentários É Tudo Verdade anunciou os vencedores de sua 21ª edição. Na competição nacional, o escolhido foi “O Futebol”, de Sergio Oksman. O diretor tem uma longa lista de prêmios no currículo. Já tinha vencido até o Goya (o Oscar espanhol) e o prêmio de Melhor Documentário do festival Karlovy Vary com o curta “A Story for the Modlins” (2012). “O Futebol”, por sua vez, foi exibido também nos festivais de Locarno e Mar Del Plata. Apesar do título, o futebol é apenas pano de fundo para a história do filme, que registra o encontro entre um pai e um filho que não se viam a 20 anos, e que marcam de se reencontrar e passar um mês juntos para acompanhar os jogos da Copa do Mundo de 2014. Os planos, porém, não se realizam como previsto. Na competição internacional de médias e longas-metragens, o escolhido foi “Um Caso de família”, coprodução de Holanda, Bélgica e Dinamarca dirigida por Tom Fassaert, que já tinha vencido o prêmio especial do júri do Festival de Documentários de Amsterdam. Por fim, na disputa entre os curtas-metragens, venceram “Abissal”, de Arthur Leite, entre os nacionais, e “A Visita”, de Pippo Delbono, entre os internacionais. Ambos estão automaticamente qualificados para tentar uma vaga no Oscar de Melhor Curta Documental, já que, desde o ano passado, o festival É Tudo Verdade é evento qualificatório para a premiação da Academia. O júri internacional foi composto pela consultora de documentário e produtora Catherine Olsen, a jornalista e documentarista brasileira Dorrit Harazim e o cineasta russo Sergey Miroshnichenko. Já o júri nacional tinha o cineasta e professor José Mariani, a montadora e documentarista Karen Harley, e o cineasta e crítico Ricardo Calil. VENCEDORES DO FESTIVAL É TUDO VERDADE 2016 Competição brasileira: longas ou médias-metragens “O futebol”, de Sergio Oksman Competição internacional: longas ou médias-metragens “Um caso de família”, de Tom Fassaert (Holanda/Bélgica/Dinamarca) Competição brasileira: curtas-metragens “Abissal”, de Arthur Leite Competição internacional: curtas metragens “A Visita”, de Pippo Delbono (França)
The Birth of a Nation: Veja o trailer do vencedor de Sundance que já é favorito ao Oscar 2017
A Fox Searchlight divulgou o primeiro trailer de “The Birth of a Nation”, drama escravagista que venceu o Grande Prêmio do Júri e o Prêmio do Público no Festival de Sundance de 2016. O filme sobre a rebelião de escravos americanos de 1831 teve seus direitos de distribuição comprados pelo estúdio por um valor recorde para o festival: US$ 17,5 milhões. A prévia mostra cenas de submissão e revolta, ao som do clássico blues “Strange Fruit”, em gravação arrepiante de Nina Simone. O filme foi escrito, dirigido, produzido e estrelado por Nate Parker e já é cotado como forte candidato ao Oscar do ano que vem. Na entrevista coletiva do festival, Parker contou que lutou para tirar a obra do papel por sete anos, mas encontrou muitas dificuldades para levar o projeto adiante. Alguns investidores lhe disseram que “não havia público para essa história” e que “as pessoas fora do país não querem ver gente de cor”. Por isso, precisou investir de seu próprio bolso e sacrificar algumas prioridades de sua vida. “The Birth of a Nation” tem tudo para gerar discussões, a começar pelo título, que é o mesmo de um marco cinematográfico, o clássico do cinema mudo “Nascimento de uma Nação”, dirigido em 1915 por D.W. Griffith. O “Nascimento” original descrevia os negros de forma estereotipada, com brancos pintados de preto, e apresentava os integrantes da organização racista Ku Klux Klan como heróis. O novo é seu oposto, girando em torno de Nat Turner (vivido por Nate Parker), escravo que liderou uma rebelião de 48 horas contra fazendeiros no estado da Virgínia em 1831, provocando uma retaliação violenta dos brancos. O elenco também inclui Armie Hammer (“O Agente da UNCLE”), Jackie Earle Haley (“A Hora do Pesadelo”), Penelope Ann Miller (“O Artista”), Aja Naomi King (série “How to Get Away with Murder”) e Mark Boone Jr. (série “Sons of Anarchy”). A estreia está marcada para 7 de outubro nos EUA e ainda não há previsão de lançamento no Brasil.
Kristen Stewart vira “Rainha de Cannes”
Ao apresentar a programação do Festival de Cannes nesta quinta-feira (14/4), o diretor do evento, Thierry Fremaux, surpreendeu ao distinguir uma atriz entre as dezenas que participarão do tapete vermelho. Não foi Juliete Binoche, que estrela “Ma Loute”, de Bruno Dumont, e já estampou um pôster do festival. Nem Julia Roberts, que participará pela primeira vez de Cannes, como integrante do elenco de “O Jogo do Dinheiro”. Fremaux chamou atenção para a presença de Kristen Stewart, a quem definiu como a “Rainha de Cannes”. “Ela é de certa forma a Rainha de Cannes”, disse Fremaux, ao lembrar que a atriz estará presente em dois filmes do festival: em “Café Society”, de Woody Allen, selecionado como longa de abertura, e “Personal Shopper”, do francês Olivier Assayas, na disputa da Palma de Ouro. Kristen Stewart já esteve em Cannes como integrante do elenco de “Na Estrada”, de Walter Salles, filme que disputou a Palma de Ouro em 2012. Mas se tornou especialmente querida pela crítica francesa ao se tornar a primeira americana da História a disputar e vencer o prêmio Cesar, o Oscar francês. Ela foi premiada como Melhor Atriz Coadjuvante por seu papel em “Acima das Nuvens”, de Assayas. Mas a jovem americana de 26 anos não é a única atriz com dois filmes no festival deste ano. A francesa Marion Cotillard também aparece em duas produções. Mais que isso, seus dois longas fazem parte da mostra competitiva: “Juste la Fin du Monde”, de Xavier Dolan, e “Mal de Pierres”, de Nicole Garcia. A propósito, Marion Cotillard foi a segunda francesa da História premiada com o Oscar (que é o Oscar de verdade) de Melhor Atriz.
Novo filme do diretor de O Som ao Redor vai disputar a Palma de Ouro em Cannes
O filme “Aquarius”, segundo longa-metragem do diretor Kleber Mendonça Filho (“O Som ao Redor”), foi selecionado para a competição principal do Festival de Cannes. A organização do festival anunciou a seleção dos candidatos à Palma de Ouro na manhã desta quinta (14/4). Rodado em Recife, a trama é estrelada por Sonia Braga, no papel de uma viúva rica em guerra contra uma construtora que quer desaloja-la do apartamento onde vive. A seleção de “Aquarius” se segue à enorme repercussão alcançada pela estreia em longa-metragem do cineasta, “O Som ao Redor”, que correu o mundo, teve bom desempenho nas bilheterias nacionais, conquistou diversos prêmios e terminou por ser o candidato brasileiro ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira. O Brasil levou a Palma de Ouro apenas uma vez na história, com “O Pagador de Promessas”, em 1962. E o cinema nacional estava meio esquecido no festival. “Aquarius” interrompe um hiato de oito anos desde que um filme brasileiro competiu pela Palma de Ouro pela última vez – o anterior havia sido “Linha de Passe”, de Walter Salles e Daniela Thomas em 2008. “Aquarius” vai concorrer, como não poderia deixar de ser, com diversos “pesos pesados” do cinema mundial, como novos longas de Jim Jarmusch, Paul Verhoeven, Jeff Nichols, Ken Loach, Xavier Dolan, Olivier Assayas, Pedro Almodóvar, Bruno Dumont e os irmão Dardenne, entre outros. O festival de Cannes começa em 11 de maio com a première mundial de “Café Society”, novo filme de Woody Allen”, e vai até o dia 22. Entre as estreias mundiais fora de competição, os destaques são para os novos trabalhos de Steven Spielberg, “O Bom Gigante Amigo”, e de Jodie Foster, “Jogo do Dinheiro”. O Brasil ainda marca presença em Cannes com o curta-metragem “A Moça que Dançou com o Diabo”, de João Paulo Miranda Maria.
Curta brasileiro é selecionado para o Festival de Cannes
A organização do Festival de Cannes 2016 divulgou sua seleção oficial de curtas. E o filme brasileiro “A Moça que Dançou com o Diabo”, do diretor João Paulo Miranda Maria, é um dos selecionados para concorrer à Palma de Ouro da categoria. O filme foi finalizado com o dinheiro arrecadado em uma rifa e representa a volta do cineasta paulista ao festival, após ter se destacado na mostra Semana da Crítica no ano passado, com o curta “Command Action”. Dos dez filmes selecionados, a maioria vem de países europeus. Há apenas outro representante da América Latina: “Madre”, do colombiano Simón Mesa Soto. Segundo a organização, foram inscritos mais de 5 mil títulos. A cineasta japonesa Naomi Kawase (“Sabor da Vida”) preside o júri responsável pela premiação dos curtas. A 69ª edição do Festival de Cannes acontece entre os dias 11 e 22 de maio.
Amir Labaki, criador do É Tudo Verdade, será jurado do Festival de Cannes 2016
Amir Labaki, o crítico de cinema que criou o Festival É Tudo Verdade, principal evento dedicado ao cinema documental na América Latina, será um dos jurados do Festival de Cannes 2016. Ele vai integrar a comissão que premiará o melhor documentário do festival com o troféu L’Oeil d’Or (Olho de Ouro). O troféu L’Oeil d’Or foi criado no ano passado para premiar produções não ficcionais exibidas em mostras competitivas do evento francês. O primeiro vencedor foi “Allende, Meu Avô Allende”, de Marcia Tambutti Allende, e “Eu Sou Ingrid Bergman”, de Stig Björkman, ganhou uma menção especial. “É uma grande honra e uma grande responsabilidade participar do júri do L’Oeil d’Or”, disse Labaki, em entrevista ao jornal O Globo. “Este ano faz um quarto de século que estive pela primeira vez em Cannes, como jornalista, e estou nestes dias em pleno É Tudo Verdade da maioridade, em seu 21º ano. O convite é, para mim, um símbolo desta dupla celebração. O Festival de Cannes 2016 acontece entre 11 e 22 de maio. Por sua vez, o festival É Tudo Verdade 2016 encontra-se atualmente em sua reta inicial, exibindo filmes no Rio e em São Paulo até o dia 17 de abril.
É Tudo Verdade exibe o vencedor do Festival de Berlim e 22 estreias mundiais
O festival É Tudo Verdade abre ao público sua 21ª edição com a exibição de 85 títulos, dentre os quais 22 são estreias mundiais. Os filmes serão exibidos até o dia 17 de abril em São Paulo e no Rio de Janeiro, com entrada gratuita. O primeiro documentário a vencer o Festival de Berlim, “Fogo no Mar” (“Fuocoammare”, no original), de Gianfranco Rosi, inaugurou o festival em São Paulo, abordando o impacto da onda de refugiados sobre o cotidiano da pequena ilha mediterrânea de Lampedusa. O cineasta italiano já havia vencido o Festival em Veneza em 2013 com outro documentário, “Sacro GRA”. Já a abertura carioca do É Tudo Verdade marca a estreia mundial de “As Incríveis Artimanhas da Nuvem Cigana”, de Paola Ribeiro e Cláudio Lobato. O longa resgata o movimento de “poesia marginal” do coletivo de poetas Nuvem Cigada, da Zona Sul do Rio nos anos 1970, em plena ditadura militar. Por meio de livros mimeografados e encontros híbridos, entre “happenings” e saraus, batizados de “Artimanhas”, uma nova geração lançou-se na literatura nacional: Bernardo Vilhena, Chacal, Charles, Ronaldo Santos, além do próprio diretor Cláudio Lobato, entre outros. Após as sessões de abertura para convidados, os dois filmes começam agora a ser exibidos para o público dentro da programação do festival, que fará ainda uma retrospectiva da obra do diretor Carlos Nader. Haverá também uma mostra especial com documentários sobre Olimpíadas e sessões dedicadas aos cineastas Chantal Akerman, Ruy Guerra, Claude Lanzmann e Haskell Wexler. Em nota, o fundador e diretor do festival, Amir Labaki, afirmou ser “um privilégio apresentarmos uma safra tão excepcional, tanto da produção brasileira, quanto internacional, com a marca muito expressiva de 22 estreias mundiais”. “Foi um processo de seleção particularmente difícil, devido à alta qualidade e ao recorde de inscrições, superando 1,7 mil títulos dos cinco continentes”, completou. Confira, abaixo, a lista dos filmes selecionados para o festival. FESTIVAL É TUDO VERDADE 2016 Competição brasileira: longas ou médias-metragens “Cacaso na corda bamba”, de José Joaquim Salles e Ph Souza Cícero Dias, o compadre de Picasso”, de Vladimir Carvalho “Galeria F”, de Emília Silveira “Imagens do Estado Novo 1937-45”, de Eduardo Escorel “Jonas e o circo sem lona”, de Paula Gomes “Manter a linha da cordilheira sem o desmaio da planície”, de Walter Carvalho “O futebol”, de Sergio Oksman Competição internacional: longas ou médias-metragens “327 cadernos”, de Andrés Di Tella (Argentina/Chile) “Anos claros, de Frédéric Guillaume (Bélgica) “Catástrofe”, de Alina Rudnitskaya (Rússia) “Chicago boys”, de Carola Fuentes e Rafael Valdeavellano (Chile) “Gigante”, de Zhao Liang (França) “Kate interpreta Christine”, de Robert Greene (EUA) “No limbo”, de Antoine Viviani (França) “Nuts!”, de Penny Lane (EUA) “Paciente”, de Jorge Caballero Ramos (Colômbia) “Sob o sol”, de Vitaly Mansky (Rússia/Letônia/Alemanha/República Checa/Coreia do Norte) “Tudo começou pelo fim”, de Luis Ospina (Colômbia) “Um caso de família”, de Tom Fassaert (Holanda/Bélgica/Dinamarca) Competição brasileira: curtas-metragens “A culpa é da foto”, de Eraldo Peres, André Dusek e Joédson Alves “Abissal”, de Arthur Leite “Aqueles anos em dezembro”, de Felipe Arrojo Poroger “Buscando Helena”, de Roberto Berliner e Ana Amélia Macedo “Fora de quadro”, de Txai Ferraz “O oco da fala”, de Miriam Chnaiderman “Praça de guerra”, de Edi Junior “Sem título # 3 : E para que poetas em tempo de pobreza?”, de Carlos Adriano “Vida como rizoma”, de Lisi Kieling Competição internacional: curtas metragens “A visita”, de Pippo Delbono (França) “Caracóis”, de Grzegorz Szczepaniak (Polônia) “Carmen”, de Mariano Samengo (Argentina) “Cosmopolitanismo”, de Erik Gandini (Suécia) “Eu tenho uma arma”, de Ahmad Shawar (Palestina) “Fatima”, de Nina Khada (Alemanha) “Munique 72 e além”, de Stephen Crisman (EUA) “O atirador de elite de Kobani”, de Reber Dosky (Holanda) Programas especiais “Cidadão rebelde”, de Pamela Yates (EUA) “Claude Lanzmann: Espectros do Shoah”, de Adam Benzine (Canadá/Reino Unido/EUA) “Não pertenço a lugar algum – O cinema de Chantal Akerman”, de Marianne Lambert (Bélgica) “O homem que matou John Wayne”, de Diogo Oliveira e Bruno Laet (Brasil) O estado das coisas “Atentados: As faces do terror”, de Stéphane Bentura (França) “Danado de bom”, de Deby Brennand (Brasil) “Faraóis do Egito Moderno (Mubarak/Nasser/Sadat)”, de Jihan El Tahri (França) “Lampião da esquina”, de Lívia Perez (Brasil) “O deserto do deserto”, de Samir Abujamra e Tito Gonzalez Garcia (Brasil) “Overgames”, de Lutz Dammbeck (Alemanha) “Vida ativa – O espírito de Hannah Arendt, de Ada Ushpiz (Israel/Canadá) Foco latino-americano “Allende meu avô Allende”, de Marcia Tambutti Allende (Chile/México) “Favio, a estética da ternura”, de Luis Rodríguez e Andrés Rodríguez (Venezuela) “Gabo: A criação de Gabriel García Márquez”, de Justin Webster (Espanha/Colômbia) “Toponímia”, de Jonathan Perel (Argentina) Retrospectiva brasileira – Carlos Nader “A paixão de JL” “Carlos Nader” “Chelpa Ferro” “Concepção” “Eduardo Coutinho, 7 de outubro” “Homem comum” “O beijoqueiro: Portrait of a serial kisser” “O fim da viagem” “Pan-cinema permanente” “Preto e branco” “Tela” “Trovoada” Mostra especial: Cinema Olympia “Anéis do mundo”, de Sergey Miroshnichenko (Rússia) “Espírito em movimento”, de Sofia Geveyler,Yulia Byvsheva e Sofia Kucher (Rússia) “Olympia 52”, de Chris Marker (Finlândia/França) “Os campeões de Hitler”, de Jean-Christophe Rosé (França) “Um novo olhar sobre Olympia 52”, de Julien Faraut (França) É tudo verdade no Itaú Cultural “Mataram meu irmão”, de Cristiano Burlan (Brasil) “O longo amanhecer – Cinebiografia de Celso Furtado”, de José Mariani (Brasil) “Rocha que voa”, de Eryk Rocha (Brasil) É tudo verdade no Circuito de Cinema: Cine Olido – Documentários olímpicos brasileiros “As incríveis histórias de um navio fantasma”, de André Bomfim “Bete do peso”, de Kiko Mollica “João do voo – A história de uma medalha roubada”, de Sergio Miranda e Pedro Simão “Maria Lenk, a essência do espírito olímpico”, de Iberê Carvalho “Meninas”, de Carla Gallo “México 1968 – A última Olimpíada livre”, de Ugo Giorgetti “Ouro, suor e lágrimas”, de Helena Sroulevich “Se essa vila não fosse minha”, de Felipe Pena “Reinado Conrad – A origem do iatismo vencedor”, de Murilo Salles É tudo verdade no Circuito SPCine de cinema: CEUS Butantã, Jaçaná, Meninos e Quinta do Sol “Cidade cinza”, de Marcelo Mesquita e Guilherme Valiengo (Brasil) “Premê – Quase lindo”, de Alexandre Sorriso e Danilo Moraes (Brasil)
Swiss Army Man: Daniel Radcliffe é um morto muito louco em trailer de comédia bizarra
A A24 divulgou o trailer e o pôster de “Swiss Army Man”, um dos filmes mais comentados do último Festival de Sundance, vencedor do prêmio de Melhor Direção. A prévia dá uma boa ideia do absurdo, bizarria e surrealismo do filme, destacando a performance de Daniel Radcliffe (“A Mulher de Preto”) como um morto que peida, cospe, conversa e vira barco. A trama gira em torno de um náufrago solitário numa ilha, cujo desespero o impulsiona para o suicídio, mas que reencontra forças ao se deparar com outro homem na praia, um cadáver que se torna seu melhor amigo. O morto não só lhe faz companhia, mas também demonstra mil e uma utilidades, como uma ferramenta que pode ajudá-lo a sobreviver e até sair da ilha. Além de Radcliffe, o elenco traz Paul Dano (“The Beach Boys: Uma História de Sucesso”) como o náufrago e Mary Elizabeth Winstead (“Rua Cloverfield, 10”) como a garota com quem ele sonha. Primeiro longa escrito e dirigido pela dupla Dan Kwan e Daniel Scheinert, “Swiss Army Man” estréia em 17 de junho nos EUA e não tem previsão de lançamento no Brasil.
Veja o primeiro trailer da cinebiografia americana de Pelé
A produtora americana IFC Films divulgou o primeiro trailer de “Pelé: O Nascimento de uma Lenda”, que mostra o jovem Edson Arantes do Nascimento, desde as primeiras peladas até a consagração internacional, aos 17 anos de idade, na Copa do Mundo de 1958, na Suécia. A prévia chama atenção por ser falada em inglês, apesar de ser estrelada majoritariamente por brasileiros, como Seu Jorge (“E Aí… Comeu?”), Milton Gonçalves (“Giovanni Improtta”), André Mattos (“Tropa de Elite 2”) e Rodrigo Santoro (“Golpe Duplo”). O detalhe é que a luta com o sotaque parece se estender à performance do americano Vincent D’Onofrio (“Jurassic World”), que fala de forma pausada e hesitante em todas as suas aparições como o técnico Feola. O filme foi escrito e dirigido pelos irmãos Michael e Jeff Zimbalist (ambos do documentário “The Two Escobars”) e ainda tem no elenco Diego Boneta (“Rock of Ages”) e Colm Meaney (série “Hell on Wheels”). Na pele do vencedor de três Copas do Mundo estão os estreantes Leonardo Carvalho e Kevin de Paula, vivendo as versões criança e adolescente de Pelé. Concebido para chegar aos cinemas junto da Copa do Brasil, o filme atrasou como as obras de mobilidade previstas para 2014 – e que ainda não saíram do papel. Ele será apresentado pela primeira vez ao público mundial em 23 de abril, durante o Festival de Tribeca, em Nova York, aproveitando a popularidade de Pelé na cidade, onde defendeu o time de futebol New York Cosmos nos anos 1970. A estreia comercial está marcada para 6 de maio nos EUA, mas ainda não há previsão de lançamento no Brasil.












