Novo filme do diretor de O Som ao Redor vai disputar a Palma de Ouro em Cannes

O filme “Aquarius”, segundo longa-metragem do diretor Kleber Mendonça Filho (“O Som ao Redor”), foi selecionado para a competição principal do Festival de Cannes. A organização do festival anunciou a seleção dos […]

O filme “Aquarius”, segundo longa-metragem do diretor Kleber Mendonça Filho (“O Som ao Redor”), foi selecionado para a competição principal do Festival de Cannes. A organização do festival anunciou a seleção dos candidatos à Palma de Ouro na manhã desta quinta (14/4).

Rodado em Recife, a trama é estrelada por Sonia Braga, no papel de uma viúva rica em guerra contra uma construtora que quer desaloja-la do apartamento onde vive.

A seleção de “Aquarius” se segue à enorme repercussão alcançada pela estreia em longa-metragem do cineasta, “O Som ao Redor”, que correu o mundo, teve bom desempenho nas bilheterias nacionais, conquistou diversos prêmios e terminou por ser o candidato brasileiro ao Oscar de Melhor Filme em Língua Estrangeira.

O Brasil levou a Palma de Ouro apenas uma vez na história, com “O Pagador de Promessas”, em 1962. E o cinema nacional estava meio esquecido no festival. “Aquarius” interrompe um hiato de oito anos desde que um filme brasileiro competiu pela Palma de Ouro pela última vez – o anterior havia sido “Linha de Passe”, de Walter Salles e Daniela Thomas em 2008.

“Aquarius” vai concorrer, como não poderia deixar de ser, com diversos “pesos pesados” do cinema mundial, como novos longas de Jim Jarmusch, Paul Verhoeven, Jeff Nichols, Ken Loach, Xavier Dolan, Olivier Assayas, Pedro Almodóvar, Bruno Dumont e os irmão Dardenne, entre outros.

O festival de Cannes começa em 11 de maio com a première mundial de “Café Society”, novo filme de Woody Allen”, e vai até o dia 22. Entre as estreias mundiais fora de competição, os destaques são para os novos trabalhos de Steven Spielberg, “O Bom Gigante Amigo”, e de Jodie Foster, “Jogo do Dinheiro”.

O Brasil ainda marca presença em Cannes com o curta-metragem “A Moça que Dançou com o Diabo”, de João Paulo Miranda Maria.