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    “Minions 2” é a principal estreia de cinema

    30 de junho de 2022 /

    Os cinemas destacam a estreia de “Minions 2 – A Origem de Gru”, que chega às telas após vários adiamentos. A animação era originalmente esperada em julho de 2020 e seu lançamento após dois anos também encerra a lista das produções que foram atrasadas pela pandemia. Cercada de expectativas pelo sucesso dos filmes anteriores da franquia – o primeiro “Minions” e três “Meu Malvado Favorito” – a produção da Universal tem a maior distribuição desta quinta (30/6) e vai se tornar a principal opção infantil dos shoppings centers após a dificuldade enfrentada por “Lightyear” para emplacar. A programação se completa com quatro filmes nacionais. Confira os títulos, os trailers e mais detalhes a seguir.       | MINIONS 2 – A ORIGEM DE GRU |   A continuação de “Minions” conta o início da saga de Gru, que desde criança sonhava entrar num time de supervilões. Ao ser ridicularizado, ele decide provar que é criminoso ao roubar os próprios bandidos, o que dá início a uma perseguição e introduz a ajuda atrapalhada dos minions. A direção é Kyle Balda, que assinou os dois últimos filmes da franquia (“Minions” e “Meu Malvado Favorito 3”), e Brad Ableson (animador de “Os Simpsons”), que estreia no estúdio Illumination. Mas mesmo cedendo seu lugar atrás das câmeras, o diretor Pierre Coffin segue fazendo as vozes macarrônicas dos Minions. A propósito, o dublador nacional de Gru é ninguém menos que Leandro Hassum – enquanto Steve Carell (“The Office”) continua como a voz da versão original.   | AS VERDADES |   O novo suspense criminal estrelado por Lázaro Ramos (“O Silêncio da Chuva”) explora o chamado “efeito Rashômon” (de conflitos de versões). Ramos interpreta um policial que investiga o assassinato de um político (ZéCarlos Machado), candidato a prefeito de uma cidadezinha do sertão, que é encontrado atropelado numa região isolada. Mas cada suspeito tem uma versão diferente sobre quem matou, porque morreu e como aconteceu o assassinato. O elenco destaca Bianca Bin (“O Outro Lado do Paraíso”), Drica Moraes (“Sob Pressão”) e Thomás Aquino (“Curral”) como os suspeitos, além de Edvana Carvalho (“Irmãos Freitas”). O roteiro é de Pedro Furtado (“Boa Sorte”) e a direção é assinada por José Eduardo Belmonte (“Alemão 2”), um dos maiores especialistas brasileiros em filmes criminais.   | CARRO REI |   Vencedor do último festival de Gramado, o filme de Renata Pinheiro combina fantasia e realismo para contar a história de Uno (o novato Luciano Pedro Jr), que tem esse nome em referência ao carro em que nasceu, a caminho da maternidade. O automóvel é considerado como um melhor amigo pelo jovem, e quando uma nova lei proíbe a circulação de carros antigos, Uno busca uma solução com seu tio, um mecânico com ideias mirabolantes, vivido por Matheus Nachtergaele (“Trinta”). Juntos, os dois transformam o antigo automóvel num carro novo, o Carro Rei, tão avançado que interage com humanos, comunicando-se e demonstrando sentimentos, além de fazer seus próprios planos. Além de levar o Kikito de Melhor Filme, “Carro Rei” também foi contemplado em Gramado com as estatuetas de Melhor Trilha Musical (DJ Dolores), Melhor Direção de Arte (Karen Araujo) e Melhor Desenho de Som (Guile Martins), além de render um Prêmio Especial do Júri para Matheus Nachtergaele.   | A COLMEIA |   O suspense psicológico acompanha um grupo de imigrantes alemães, que vive isolado numa casa no interior do Rio Grande do Sul durante a 2ª Guerra Mundial. Proibidos de falarem em sua língua natal, eles tentam ser invisíveis, mas a paranoia os fragiliza, a fome os atormenta e os piolhos forçam um corte de cabelos coletivo, brutal e indiscriminado entre homens e mulheres. O clima desesperançado leva dois jovens gêmeos a imaginarem a vida distante daquele lugar, cuja ambientação lembra histórias de terror de floresta, como “A Vila” e “A Bruxa”. A direção é de Gilson Vargas (“Dromedário no Asfalto”) e a belíssima fotografia foi premiada no Festival de Gramado.   | SEGUINDO TODOS OS PROTOCOLOS |   Filme LGBTQIAP+ brasileiro sobre sexo na era da covid-19. A trama gira em torno de um homem gay que, após ficar 10 meses sozinho em quarentena, busca maneiras seguras de voltar a transar. Escrito, dirigido e estrelado por Fábio Leal, foi premiado no Festival de Tiradentes.

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    Confira as estreias de cinema da semana

    23 de junho de 2022 /

    Fenômeno nos EUA, a sci-fi independente de ação “Tudo em Todo o Lugar ao Mesmo Tempo” é o principal destaque desta quinta (23/6) nos cinemas. O filme vem de pré-estreias pagas desde a semana passada, mas seu lançamento oficial vai chegar em pouco mais de 100 salas de exibição. É um alcance bastante limitado, que reflete o domínio atual do circuito pelos blockbusters “Lightyear”, “Jurassic World: Domínio” e “Top Gun: Maverick”. A falta de espaço limita até a distribuição da comédia musical brasileira “Dissonantes”, que em outros tempos ganharia mais atenção ao entrar em cartaz. Confira abaixo todos os títulos, os trailers e informações sobre cada um dos sete lançamentos da semana.     | TUDO EM TODO O LUGAR AO MESMO TEMPO |   Maior sucesso da História do estúdio indie A24 (de filmes como “Midsommar” e “Ex Machina”), a sci-fi com 95% de aprovação da crítica americana no Rotten Tomatoes conta a história de uma mãe de família exaurida pela dificuldade de pagar seus impostos, quando descobre a existência do multiverso e de muitas versões dela mesma em diferentes realidades. Não só isso: um de seus maridos de outro mundo lhe revela que o destino do multiverso está em suas mãos. E para impedir o fim de todos os mundos, a personagem vivida por Michelle Yeoh (“Star Trek: Discovery”) precisará incorporar as habilidades da totalidade de suas versões para enfrentar Jamie Lee Curtis (“Halloween”) e outras ameaças perigosas que a aguardam em sua missão. O elenco ainda destaca Ke Huy Quan (que foi o menino Short Round de “Indiana no Templo da Perdição”) como o marido de Yeoh, Stephanie Hsu (“Shang-Chi e a Lenda dos Dez Anéis”) como sua filha e o veterano James Hong (“Aventureiros do Bairro Proibido”), entre outros. Roteiro e direção são dos Daniels, pseudônimo da dupla Daniel Kwan e Daniel Scheinert (ambos de “Um Cadáver Para Sobreviver”). | DISSONANTES |   A comédia brasileira traz Marcelo Serrado (“Crô em Família”) como um ex-roqueiro grunge frustrado, que vê os ex-colegas dos anos 1990 seguindo outros caminhos, enquanto se afunda em dívidas para não comprometer sua integridade. A chance de uma virada chega a contragosto, quando um jurado de calouros da TV, ex-músico de sua antiga banda, propõe alugar seu estúdio para a gravação de uma artista do programa musical. Thati Lopes (“Diários de Intercâmbio”) vive a cantora em início de carreira, que convence o grunge aposentado a colocar guitarra no seu pop. Mais que isso, ela quer que ele se apresente com ela na disputa ao prêmio televisivo, que pode alavancar suas carreiras. “Dissonantes” tem roteiro de Mariana Trench Bascos (criadora de “Pico da Neblina”) e Pedro Riera (“Clube da Anittinha”), direção de Pedro Amorim (“Divórcio”) e produção da Querosene Filmes. | UM DIA QUALQUER |   A série do canal pago Space virou filme, condensando seus cinco episódios numa projeção de 88 minutos. A trama aborda a violência das milícias do Rio por meio de histórias de diferentes moradores de um subúrbio carioca. A direção é de Pedro von Krüger, que trabalhou na equipe de câmera dos dois “Tropa de Elite” e foi diretor de fotografia da série da Amazon “Tudo ou Nada: Seleção Brasileira”. Ele também assina a história com outros roteiristas, incluindo Leonardo Gudel, que já trabalhou em duas séries criminais: “A Lei e o Crime” e “Acerto de Contas”. O elenco destaca Mariana Nunes (“Alemão”), Augusto Madeira (“Bingo, o Rei das Manhãs”), Jefferson Brasil (“Ilha de Ferro”), Tainá Medina (“O Doutrinador”), André Ramiro (“Tropa de Elite”) e Vinícius de Oliveira (o menino já crescido de “Central do Brasil”). | O TRUQUE DA GALINHA |   A comédia fantasiosa do egípcio Omar El Zohairy venceu 22 prêmios internacionais, inclusive o troféu da Semana da Crítica no Festival de Cannes retrasado. O título se refere a um truque de mágica que dá errado na festa de aniversário de uma criança e transforma o autoritário pai da família numa galinha. A partir daí, a mãe precisa assumir o papel de chefe da família e arrumar emprego para sustentar a casa e os filhos, enquanto faz de tudo para trazer seu marido de volta, antes que vire almoço. | SUJEITO OCULTO |   A estreia de Leo Falcão é um terror com elementos conhecidos. Na trama, um escritor tenta superar o bloqueio criativo mudando-se para uma vila afastada. Enquanto tem ideias estranhas, páginas escritas por um antigo morador aparecem na escrivaninha. O papel principal é de Gustavo Falcão (“Cine Holliúdy”), irmão do diretor, e o elenco ainda destaca Heloísa Jorge (“Sob Pressão”) e Marcos Breda (“Se Eu Fechar Os Olhos Agora”). | VEJA POR MIM |   O suspense canadense acompanha uma esquiadora cega que decide se mudar para uma casa de inverno isolada. Quando a casa é invadida por três assaltantes, sua única ajuda é um aplicativo que conecta cegos a pessoas encarregadas de descrever o ambiente em que se encontram. A produção barata é estrelada por Skyler Davenport, uma conhecida dubladora de animes, em seu primeiro filme. | A JANGADA DE WELLES |   Documentário sobre as filmagens de “It’s All True” (É Tudo Verdade) de Orson Welles sobre o carnaval carioca e os jangadeiros cearenses. O líder desses pescadores, Manuel “Jacaré”, morreu acidentalmente nas filmagens e este fato evoca memórias da atribulada passagem de Welles pelo Brasil e da luta dos jangadeiros por direitos trabalhistas.

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    “Lightyear” é a principal estreia de cinema da semana

    16 de junho de 2022 /

    A animação “Lightyear”, que destaca um personagem da franquia “Toy Story”, é o principal lançamento dos cinemas nesta quinta (16/6) com uma distribuição em cerca de 1,4 mil salas. Apesar desse domínio, a programação oferece outras estreias em circuito mais restrito, incluindo duas biografias musicais: uma produção francesa inspirada na vida de Céline Dion e um drama de época brasileiro sobre Celly Campello, pioneira do rock nacional. Há também um suspense francês e um policial brasileiro bastante tensos. “A Suspeita”, por sinal, rendeu o prêmio mais recente da carreira de Glória Pirez. A lista ainda contempla dois documentários: sobre o cantor George Michael, co-dirigido pelo próprio, e sobre a cobertura política da “Vaza Jato”. Confira abaixo os trailers e mais detalhes dos sete filmes que entram em cartaz.       | LIGHTYEAR |   Em seu filme solo, o famoso personagem de “Toy Story” não é um brinquedo, mas um astronauta de verdade. Na trama, ele embarca numa aventura sci-fi legítima – e bem convencional – com direito a viagem espacial e no tempo ao “infinito e além”, à origem do conflito com o vilão Zurg e principalmente ao primeiro beijo lésbico da história da Disney – que ocasionou o banimento do filme em países conservadores. Para diferenciar a produção, o personagem mudou de design e até de voz. Dublador oficial de Buzz Lightyear em “Toy Story”, Tim Allen deu lugar a Chris Evans, o Capitão América do MCU (Universo Cinematográfico da Marvel). No Brasil, também houve mudança, com o apresentador Marcos Mion assumindo a dublagem de Guilherme Briggs. A direção é de Angus MacLane, animador da Pixar que co-dirigiu “Procurando Dory” e também já trabalhou com “Toy Story” – assinou dois curtas da franquia e animou “Toy Story 3”.   | ALINE – A VOZ DO AMOR |   O drama musical francês é inspirado na vida de Céline Dion. Escrito, dirigido e estrelado pela francesa Valerie Lemercier (“50 São os Novos 30”), acompanha “Aline Dieu”, uma cantora fictícia que tem uma vida bastante parecida com a da intérprete da música-tema de “Titanic”. A trama narra a trajetória da artista desde a infância no Canadá, na região do Quebec durante a década de 1960, passa por sua transformação em cantora nos anos 1980 e segue até atingir seu estrelato mundial, enfatizando seu romance e seu casamento com o empresário bem mais velho que a descobriu. Na vida real, Céline se casou com o homem que a descobriu e apostou tudo no seu sucesso, René Angélil, falecido em 2016. Lemercier venceu o César (o Oscar francês) de Melhor Atriz por sua interpretação.   | UM BROTO LEGAL |   O filme conta a história da primeira estrela do rock brasileiro: Celly Campello, responsável por hits como “Banho de Lua” e “Estúpido Cupido” em 1959. O papel da jovem Célia, que começou a cantar na adolescência em Taubaté, interior de São Paulo, à sombra do irmão Tony, antes de ter seu próprio programa na TV Record, marca a estreia no cinema da atriz Marianna Alexandre, de trajetória no teatro musical. Ela está ótima, mas o filme dirigido por Luís Alberto Pereira (“Tapete Vermelho”) não aprofunda as dificuldades enfrentadas por Celly ao cantar rock num período muito conservador – e tão bem retratado por figurinos e cenografia – , dando à cinebiografia a aparência de uma novela de época juvenil.   | A SUSPEITA |   Glória Pires foi premiada no último Festival de Gramado como Melhor Atriz pelo desempenho neste filme, em que interpreta uma policial diagnosticada com Alzheimer. Enquanto se conforma com sua aposentadoria, a investigação de seu último caso aponta um esquema que pode torná-la suspeita de assassinato. Logo, ela percebe que precisará encontrar o verdadeiro culpado, enquanto luta contra os lapsos de memória e recusa os conselhos de pegar leve. Diretor de novelas da Globo, Pedro Peregrino fez sua estreia no cinema à frente deste thriller policial, que foi escrito por dois roteiristas experientes, Newton Cannito (“Bróder”, “Reza a Lenda”) e Thiago Dottori (“VIPs” e “Turma da Mônica: Laços”), em parceria com a produtora Fernanda De Capua (“Domingo”).   | ARMADILHA EXPLOSIVA |   O thriller francês de confinamento se passa quase totalmente em torno de um carro no interior de um estacionamento. Sentada no assento do motorista, a protagonista, vivida por Nora Arnezeder (“Zoo”), percebe a contagem regressiva de uma bomba no painel do veículo. Ela é uma especialista em descarte de bombas, que trabalha para uma ONG com o namorado, mas desta vez qualquer erro pode custar não apenas sua vida, mas de seu filho e a filha do namorado, sentados no banco traseiro. Com apenas 30 minutos para impedir a explosão, ela convoca a equipe com quem trabalha para desativar a armadilha. Roteiro e direção são de Vanya Peirani-Vignes, que assina seu primeiro longa após trabalhar como assistente do mestre Claude Lelouch em cinco filmes.   | GEORGE MICHAEL FREEDOM UNCUT |   Descrito como “profundamente autobiográfico”, o documentário é ancorado em depoimentos inéditos de George Michael, gravados antes de sua morte em 2016. O cantor esteve bastante envolvido com a produção, a ponto de ser creditado como co-diretor. Na obra, ele pondera o período “turbulento” a partir do lançamento de seu álbum mais bem-sucedido, “Faith”, vencedor do Grammy em 1987, e seu disco de 1990, “Listen Without Prejudice: Vol. 1”, de onde saiu “Freedom 90”, música que batiza o filme. Durante o lançamento desse álbum, Michael entrou em conflito com a Sony e, em consequência, a divulgação foi prejudicada pela gravadora e pelo próprio cantor. Para completar, ele teve uma grande perda pessoal logo em seguida: a morte precoce de seu primeiro amor, o estilista brasileiro Anselmo Feleppa, por Aids em 1993.   | O AMIGO SECRETO |   O documentário aborda o vazamento de mensagens de integrantes da Operação Lava-Jato, crime que ficou conhecido como “Vaza-Jato”. Dirigido por Maria Augusta Ramos, que fez “O Processo”, sobre o impeachment de Dilma Rousseff, o filme traz depoimento de alguns dos jornalistas que trabalharam na cobertura e publicações das mensagens em 2019, entre eles Leandro Demori, do site The Intercept Brasil, e Marina Rosse, do El País Brasil. Trabalho de hackers que foram presos pela Polícia Federal, o vazamento ajudou a livrar Luis Inácio Lula da Silva da condenação por corrupção e jogou dúvidas sobre os julgamentos do juiz Sergio Moro, considerado suspeito pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

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    Confira as 12 estreias de cinema da semana

    9 de junho de 2022 /

    Com o circuito praticamente dominado por blockbusters, as distribuidoras decidiram lançar mais 12 títulos nesta quinta (9/6). Trata-se da maior quantidade de estreias simultâneas deste ano. Quem tiver acesso às salas especializadas pode comemorar a chegada de um dos maiores destaques recentes do cinema francês, que mantém a qualidade elevada da programação “de arte”. Já os multiplexes recebem em torno de 300 cópias de thrillers americanos medianos, que tendem a ser ignorados entre “Jurassic World: Domínio”, “Top Gun: Maverick” e “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”. Veja abaixo todos os títulos, os trailers e os comentários que separam os melhores do resto.     | ILUSÕES PERDIDAS |   Maior destaque da semana e grande vencedor do César (o Oscar francês) de 2022, o filme de Xavier Giannoli (“Marguerite”) é uma adaptação do famoso romance homônimo de Honoré de Balzac. O personagem central é Lucien, um jovem na França do século 19 que sonha virar poeta, mas acaba como jornalista, perdendo as ilusões do título ao se ver num mundo condenado à lei do lucro e das falsidades, onde tudo se compra e se vende, da literatura à imprensa, da política aos sentimentos, das reputações às almas. Mas também é um mundo de amores balsaquianos. Além do troféu de Melhor Filme, conquistou mais cinco categorias no César 2022, incluindo Roteiro e Ator mais Promissor para Benjamin Voisin (“Verão 85”), intérprete de Lucien. O elenco ainda inclui Cécile de France (“A Crônica Francesa”), Vincent Lacoste (“Amanda”), Xavier Dolan (“It – Capítulo 2”), Jeanne Balibar (“Guerra Fria”), André Marcon (“O Oficial e o Espião”) e o veterano Gérard Depardieu (“Bem-Vindo a Nova York”).     | JESUS KID |   O novo filme escrito e dirigido por Aly Muritiba (premiado no Festival de Veneza por “Deserto Particular”) também é uma adaptação literária. Baseado no romance homônimo de Lourenço Mutarelli (“O Cheiro do Ralo”), registra o surto de um escritor de westerns de bolso, confinado num hotel e pressionado a criar rapidamente um roteiro cinematográfico sobre sua carreira frustrada. O roqueiro Paulo Miklos (“Manhãs de Setembro”) vive o protagonista, que, em crise de ansiedade, desenvolve paranoia aguda e passa a ver bandidos por toda a parte, além do herói de seus livros, o Jesus Kid vivido por Sergio Marone (“Os Dez Mandamentos”). “Jesus Kid” teve sua première virtual no Festival de Gramado do ano passado, quando venceu os troféus de Melhor Direção, Roteiro e Ator Coadjuvante (Leandro Daniel, de “Sentença”).     | AMADO |   O cinema e a TV já mostraram muitas histórias de policial incorruptível enfrentando colegas que são bandidos de farda. Esta se diferencia pela pegada mais realista, resultante das locações em Ceilândia, Brasília, onde a história verdadeira supostamente aconteceu, além de uma estética semi-documental vibrante. Sérgio Menezes (“Hard”) vive o Amado do título, um PM que pode ser taxado de truculento, mas nunca de corrupto. Quando se recusa a repartir dinheiro de traficantes apreendido numa batida, ele se torna alvo dos colegas da corporação. A direção é compartilhada por Edu Felistoque (“Cracolândia”) e Erik De Castro (“Cano Serrado”).     | ATÉ A MORTE – SOBREVIVER É A MELHOR VINGANÇA |   O suspense com clima de terror já começa com Megan Fox (“As Tartarugas Ninja”) acordando algemada ao cadáver do marido, como parte de uma vingança doentia, enquanto dois assassinos se preparam para matá-la. O melhor dessa premissa típica de produção B é que se trata apenas do ponto de partida, conduzindo a muitas reviravoltas e tensão, que valorizam o filme a ponto de torná-lo o melhor da atriz em dez anos, desde que ela coadjuvou a comédia “Bem-vindo aos 40” em 2012. O primeiro longa de Scott Dale também traz em seu elenco Eoin Macken (“Game of Thrones”), Aml Ameen (“Sense8”), Callan Mulvey (“300: A Ascensão do Império”) e Jack Roth (“Bohemian Rhapsody”). A produção é de David Leslie Johnson-McGoldrick, roteirista da franquia “Invocação do Mal”.     | ASSASSINO SEM RASTRO |   O novo filme de Liam Neeson é, inevitavelmente, mais um thriller de ação. Não importa que tenha completado 70 anos na terça passada (7/6), o ator segue dando tiros e correndo sem parar – com ajuda de dublês – desde que se aposentou da CIA – ou seja, desde que “Busca Implacável” (2008) estourou nas bilheterias. Desta vez, Neeson vive um assassino experiente na mira do FBI. Quando se recusa a concluir um trabalho para uma organização criminosa, vira êmulo de John Wick para caçar e matar as pessoas que o contrataram, antes que eles – ou o FBI – o encontrem primeiro. Para complicar, sua memória começa a vacilar e ele é forçado a questionar todas as suas ações, inclusive em quem pode confiar. A direção é de outro veterano: Martin Campbell, que assinou dois filmes de “007”. Isto ajuda “Assassino sem Rastro” a ser melhor que “Agente das Sombras”, “Missão Resgate”, “Na Mira do Perigo”, “Legado Explosivo” e outras bombas recentes da carreira do ator.     | UM DIA PARA SEMPRE! |   Convidada para o casamento de seu melhor amigo, a jovem Zazie (Alicia von Rittberg, de “Corações de Ferro”) acha que ele vai cometer um erro e decide impedi-lo de se casar. Mas ao decidir agir, se ver presa numa repetição infinita da cerimônia e incapaz de mudar o desfecho do dia. A comédia que junta confusão em casamento e looping temporal foi escrita e dirigida por Maggie Peren, do sucesso “Uma Amizade Inesperada” (2017).     | ENQUANTO VIVO |   Atriz e cineasta premiada, Emmanuelle Bercot (“De Cabeça Erguida”) aborda um tema difícil. Um filho em negação de uma doença grave e uma mãe enfrentando o insuportável. Eles têm um ano para não perder tempo e entender o que significa morrer enquanto vivem. Benoît Magimel (“A Prima Sofia”) venceu o César de Melhor Ator do ano pelo papel do filho. A mãe é interpretada pela diva Catherine Deneuve, em seu terceiro trabalho com a diretora após “Ela Vai” e “De Cabeça Erguida”, e o elenco ainda inclui Cécile de France (“A Crônica Francesa”).     | A HORA DO DESESPERO |   “A Hora do Desespero” é um exemplo típico das produções realizadas no auge da pandemia, com a atriz Naomi Watts (“Diana”) sozinha na tela em quase toda a totalidade da projeção. Na trama, a protagonista descobre, em meio de sua corrida diária, que há um atirador na escola de se filho. A pé e isolada numa estrada rural distante, tudo o que ela pode fazer é correr e usar o telefone para tentar falar com o filho, a polícia e até o atirador. A produção minimalista, que usa vozes como personagens, chega a lembrar “Culpa” – tanto o original dinamarquês quanto o remake “O Culpado” da Netflix – , mas nem um diretor veterano como Philip Noyce (“Salt”) foi capaz de superar os obstáculos dessa limitação narrativa, resultando num distanciamento social do filme.     | AMOR DE REDENÇÃO |   Mais conhecido por filmes de ação, o diretor D.J. Caruso (“xXx: Reativado”) assina seu primeiro romance. A história cheia de clichês é baseada num best-seller, por sua vez inspirado pela história bíblica de Oseias e sua esposa infiel. O anjo caído dessa novela – ou melhor, Angel – é uma jovem belíssima, que foi vendida e cresceu na prostituição, na metade do século 19, mas ganha a chance de se “redimir” ao conhecer um cliente disposto a se casar com ela. A protagonista é vivida por Abigail Cowen (a Dorcas de “O Mundo Sombrio de Sabrina”), o seu Oséias é Tom Lewis (“Gentleman Jack”) e o resto do elenco reforça a impressão de telefilme – de Nina Dobrev (“The Vampire Diaries”) a Eric Dane (“Grey’s Anatomy”).     | BRASILEIRÍSSIMA – A HISTÓRIA DA TELENOVELA |   O documentário de André Bushatsky (“A História do Homem Henry Sobel”) é uma jornada pela história das novelas, desde os primórdios até os dias atuais, mostrando momentos marcantes do gênero entremeados por depoimentos de produtores, escritores, diretores, especialistas e artistas – gente como Lima Duarte, Taís Araújo, Tony Ramos, Silvio de Abreu, Dennis Carvalho, Jorge Fernando, Glória Perez, Aguinaldo Silva, Jayme Monjardin, Pedro Bial, Ana Maria Braga e Boni, entre tantos outros.     | ESPERO QUE ESTA TE ENCONTRE E QUE ESTEJAS BEM |   Esta produção tem uma premissa parecida com a do filme “A Última Carta de Amor”, disponível na Netflix. Mas em seu primeiro longa como diretora, Natara Ney não filmou ficção. Tudo começou em janeiro de 2011, quando um lote com 180 cartas de amor foi encontrado em uma Feira de Antiguidades, todas escritas nos anos 1950 por uma moradora de Campo Grande/MS para o seu noivo no Rio de Janeiro. A partir desta descoberta, a editora de “Mato Sem Cachorro”, “Divinas Divas”, “Minha Fama de Mal” e mais de 20 filmes embarca numa investigação para localizar o antigo casal apaixonado e descobrir o desfecho do romance.     | ESCRITA ÍNTIMA |   O filme do português João Mário Grilo (“Longe da Vista”) também segue pistas deixadas por cartas, além de pinturas, fotografias e memórias, em busca da história de um casal. Entretanto, seu tema não é apresentar um romance de desconhecidos. Trata-se da trajetória dos celebrados pintores Maria Helena Vieira da Silva e Arpad Szenes, que abandonaram Paris durante a 2ª Guerra Mundial em busca de um refúgio no Rio de Janeiro. No exílio carioca, a pintora portuguesa começou a refletir nas suas obras sentimentos como a tristeza, a dor e a saudade, mas também se mostrou mais prolífica e atingiu um dos maiores reconhecimentos da carreira, com sua primeira exposição em Nova York.

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    “Jurassic World: Domínio” retoma era dos blockbusters nos cinemas brasileiros

    2 de junho de 2022 /

    O lançamento de “Jurassic World – Domínio” em mais de mil salas faz os cinemas brasileiros retornarem à era dos blockbusters. Não foi num tempo jurássico, mas desde a pandemia não se via tantos filmes de apelo popular dominando a programação. Os dinossauros da Universal vão lutar com os super-heróis da Marvel (“Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”) e Tom Cruise (“Top Gun: Maverick”) pelos ingressos do público. Vale lembrar que os filmes anteriores da franquia “Jurassic” levaram 11,7 milhões de espectadores aos cinemas no Brasil. A lista de estreias também inclui o vencedor do Festival de Berlim de 2021 e mais três lançamentos que se destacaram com prêmios em Cannes, além de um documentário de ONG nacional, destinados ao circuito de arte. Confira abaixo todos os títulos que chegam às telas nesta quinta (2/6).     | JURASSIC WORLD – DOMÍNIO |   A conclusão da franquia reúne as estrelas da trilogia atual (Chris Pratt, Bryce Dallas Howard e a jovem Isabella Sermon) com os astros originais de “Jurassic Park” (Sam Neill, Jeff Goldblum e Laura Dern), além de introduzir novos intérpretes para mostrar o que acontece após os dinossauros serem soltos em meio à civilização contemporânea – situação do final do filme anterior, “Jurassic World: Reino Ameaçado”. E o que acontece é muito pouco. Os bichos são impressionantes, mas praticamente irrelevantes na trama, já que a verdadeira ameaça é uma corporação sinistra, que faz experimentos responsáveis por desastres ecológicos. Neste sentido, a trama abraça o espírito do primeiro “Jurassic Park” (1993), colocando as consequências brutais das ambições humanas no centro da história. Dirigido por Colin Trevorrow (do primeiro “Jurassic World”), “Domínio” também envolve numa missão de resgate – a neta (ou clone da filha) do fundador do Jurassic Park é sequestrada pelos vilões. Com essa premissa, a aventura também mistura um pouco de “Indiana Jones” e “Missão: Impossível”, providenciando picos de adrenalina a cada 15 minutos, no lugar de uma narrativa focada nos dinossauros. Ao menos, o clímax é reservado para a primeira aparição do Giganotossauro, o maior carnívoro que já existiu.     | MÁ SORTE NO SEXO OU PORNÔ ACIDENTAL |   Vencedor do Urso de Ouro no Festival de Berlim de 2021, a comédia ácida romena com 91% de aprovação no Rotten Tomatoes gira acompanha uma professora (Katia Pascariu) que precisa lidar com o vazamento de sua sex tape na internet. Assediada em seu dia-a-dia, ela ainda tem que enfrentar o assédio corporativo numa reunião de pais e mestres que exibe o infame vídeo para decidir sua punição. Além de usar humor insólito para denunciar a hipocrisia dos defensores da moral e dos bons costumes, o diretor Radu Jude também incorporou a pandemia em sua trama, gravando os atores com máscaras para refletir a situação do mundo real, em vez de adotar o negacionismo da maioria dos filmes realizados no auge da contaminação por covid-19. Ao anunciar o prêmio, o júri de Berlim tentou definir a obra da seguinte forma: “É um filme elaborado, mas também selvagem. Inteligente, mas infantil. Geométrico, mas vibrante. Impreciso, mas da melhor forma possível. Ataca o espectador, evoca a discordância, mas não deixa que ninguém o ignore.” O longa foi segundo Urso de Ouro de Radu Jude, que já tinha vencido o Festival de Berlim em 2015 com a aventura “Aferim!”.     | ESTÁ TUDO BEM |   O cineasta francês François Ozon (“Verão de 85”) volta a filmar um tema polêmico: a eutanásia. Após sofrer um derrame e ficar paralisado, o pai de Emmanuèle pede à sua filha para ajudá-lo a morrer. Isto dá início a um dilema ético e uma jornada para a Suiça, país onde a morte assistida é legal. Lançado no Festival de Cannes do ano passado, o drama é baseada no livro da romancista Emmanuèle Bernheim, que ajudou Ozon a escrever quatro filmes. Eles eram grandes amigos, mas este projeto só começou a ser produzido após a morte dela, em 2017. Elogiadíssimo, tem 95% de aprovação no Rotten Tomatoes. O elenco destaca Sophie Marceau (“007 – O Mundo Não é o Bastante”) como a escritora e o veterano André Dussollier (“Três Lembranças da Minha Juventude”) como seu pai, mais a alemã Hanna Schygulla (“Lili Marlene”), a inglesa Charlotte Rampling (“45 Anos”) e Géraldine Pailhas (“Jovem e Bela”).     | 1982 |   O ano do título se refere à época da invasão do Líbano por Israel. O diretor libanês Oualid Mouaness aborda o período pelos olhos de crianças pré-adolescentes, evocando sua própria experiência como um estudante do primário no último dia de aula de 1982. A trama segue um menino de 11 que tenta encontrar um jeito de expressar sua paixão por uma coleguinha de aula, enquanto seus professores, entre eles Nadine Labaki (atriz e diretora de “Cafarnaum”), tentam mascarar seus medos ao prenunciarem a guerra, esperando os pais pegarem as crianças nas escolas – se conseguirem passar pelos tanques nas ruas. Produtor de clipes de David Bowie e Rihanna, Mouannes levou oito anos para finalizar esta sua estreia na direção, que venceu 12 prêmios internacionais, inclusive nos festivais de Cannes e Toronto. Tem 92% de aprovação no Rotten Tomatoes.     | A BOA MÃE |       A personagem do título é uma mulher que trabalha como faxineira e cuida de sua pequena família em um conjunto habitacional no norte de Marselha. Ela está preocupada com seu neto, preso há vários meses por roubo, e aguarda seu julgamento com um misto de esperança e ansiedade, enquanto toca seu cotidiano e arruma dinheiro para pagar o advogado. Premiado no Festival de Cannes do ano passado, o segundo longa dirigido pela atriz francesa Hafsia Herzi (“A Fonte das Mulheres”) concentra-se na interpretação de Halima Benhamed, que nunca tinha atuado antes na vida – ela foi acompanhar a filha no teste de elenco e acabou escalada pela diretora no papel principal. E todos na trama dependem dela, que faz tudo pelos filhos, desde conseguir drogas até manter a casa em ordem e com comida, enquanto cada vez mais pessoas se aproveitam de sua boa vontade – numa representação da maternidade.     | MEIO ABERTO |   O documentário de Daniel Reis traz relatos de jovens infratores e especialistas, para mostrar a importância das medidas socioeducativas em meio aberto. A produção foi realizada pela ONG Visão Mundial, o Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente e a Bonita Produções para destacar o Sistema Socioeducativo em Meio Aberto do Brasil, destinado a ressocializar crianças e adolescentes infratores.    

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    “Top Gun: Maverick” tem uma das maiores estreias do ano nos cinemas

    26 de maio de 2022 /

    “Top Gun: Maverick” é a maior estreia deste fim de semana. Com Tom Cruise à frente de caças velozes e um grandioso espetáculo visual, o filme aterrissa em mais de 1,6 mil salas nesta quinta (26/5), num dos maiores lançamentos do ano nos cinemas brasileiros. A programação se completa com mais três títulos, que podem ser conferidos abaixo com maiores informações e seus trailers.     | TOP GUN: MAVERICK |   Um dos últimos grandes astros de Hollywood, Tom Cruise chega aos 60 anos no auge. É impressionante que, a esta altura da carreira, seus dois filmes mais recentes sejam considerados os melhores de toda a sua trajetória. Aplaudidíssimo no Festival de Cannes, “Top Gun: Maverick” voa alto com 97% de aprovação da crítica contabilizada no Rotten Tomatoes, tornando-se o filme mais bem avaliado de sua filmografia, empatado com “Missão: Impossível – Efeito Fallout”, o lançamento anterior. O mais interessante é que “Top Gun: Maverick” é um filme-fetiche de Tom Cruise, idolatrando-o sem pudor. Toda a trama gira em torno dele, ao retomar o papel que o projetou no cinema de ação. O longa chega a repetir vários elementos do lançamento original – recriações de cenas e até de música-tema – , mas se prova muito melhor que a velha propaganda de recrutamento militar, lançada em 1986 com rock da MTV. Principalmente porque os tempos mudaram. Pilotos de caça viraram uma espécie em extinção nos conflitos modernos de drones. Não há glamour nos jogos de guerra à distância, e nesse sentido o patriotismo da antiga produção virou um espetáculo anacrônico. Este contexto é explorado na continuação, que reencontra o personagem Maverick mais humilde e tendo uma última chance, após um percurso sem promoções, como instrutor da escola de pilotos em que se graduou. Nesta nova situação, ele vai precisar lidar com alunos que o acham ultrapassado, entre eles o filho amargurado de Goose (Anthony Edwards), falecido no filme de 1986. O desafio se torna ainda maior quando tem que liderar os pilotos numa situação de batalha real. O filho de Goose é vivido por Miles Teller (“Whiplash”) e os demais intérpretes de pilotos são Monica Barbaro (“Chicago Justice”), Glen Powell (“Estrelas Além do Tempo”), Danny Ramirez (“Falcão e o Soldado Invernal”), Jay Ellis (“Insecure”) e Lewis Pullman (filho de Bill Pullman, visto em “A Guerra dos Sexos”). Além deles, o elenco ainda inclui Jennifer Connelly (“Expresso do Amanhã”), Ed Harris (“Westworld”), Jon Hamm (“Mad Men”) e Val Kilmer, que também reprisa seu papel do primeiro “Top Gun” como Iceman. A direção está a cargo de Joseph Kosinski, que já tinha dirigido Cruise na sci-fi “Oblivion” (2013) e se consagra de vez no comando das cenas aéreas. Quem ver em tela IMAX deve se preparar para a vertigem.     | LUTA PELA FÉ – A HISTÓRIA DO PADRE STU |   O astro Mark Wahlberg (“Uncharted”) investiu seu próprio dinheiro para produzir esse drama religioso baseado em história real, que mostra a transformação de um bad boy num padre adorado. O filme mostra toda a trajetória do protagonista, vivido pelo próprio Wahlberg, desde seu passado como boxeador, sua mudança para Los Angeles com o sonho de virar ator e o emprego de balconista que o fez encontrar a religião – na verdade, uma bela latina que só namorava homens batizados. Mas é só após um grave acidente de moto, responsável por sequelas, que Stu encontra sua vocação, usando o que lhe restou de capacidade física para seguir o sacerdócio. E seu exemplo acaba inspirando multidões. A produção também destaca Mel Gibson (“A Força da Natureza”) e Jacki Weaver (“O Grito”) como os pais de Stu, além de Teresa Ruiz (“Luis Miguel: A Série”) e Malcolm McDowell (“Gossip Girl”). Roteiro e direção são de Rosalind Ross, que é namorada de Gibson e estreia nas duas funções no cinema, após escrever um curta e um episódio da serie “Matador” em 2014. A crítica americana não aprovou (43% no Rotten Tomatoes) e o público não se importou, rendendo uma bilheteria abaixo das expectativas (R$ 20 milhões, metade do orçamento de US$ 40 milhões). Wahlberg perdeu dinheiro.     | TANTAS ALMAS |   O diretor colombiano Nicolás Rincón Gille usou sua experiência como documentarista nesta estreia na ficção, filmada com atores não profissionais e em locações reais, numa intersecção com seus documentários. Na trama, o pescador José atravessa o rio Magdalena, o maior da Colômbia, em busca dos corpos de seus dois filhos, assassinados por paramilitares. Apesar de sua dor, José está determinado a encontrá-los para dar o enterro que merecem e, assim, impedir que permaneçam como almas errantes. Em sua jornada, encontra a magia de um país despedaçado. Gille já tinha filmado a violência rural, o rio e as superstições colombianas em três longas documentais. Ao reunir essas referências numa única narrativa, atingiu uma síntese tão imersiva quanto realista: um retrato da Colômbia profunda não visto em postais, que impressionou a crítica internacional e venceu o Festival de Marrakech.     | SUZANNE DAVEAU |   O documentário português é dedicado à geógrafa Suzanne Daveau, com material de arquivo e depoimentos para a câmera, cobrindo desde seus anos estudantis durante a 2ª Guerra Mundial e pesquisas de campo na África e Portugal. Dirigido por Luísa Homem (“No Trilho dos Naturalistas: São Tomé e Príncipe”), o filme traça o esboço de uma mulher aventureira, que atravessa o século 20 até aos dias de hoje, guiada pela paixão da investigação geográfica – que rendeu uma extensa coleção de obras publicadas.

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    Com destaque para “Pureza”, cinemas exibem 10 estreias na semana

    19 de maio de 2022 /

    Os cinemas brasileiros recebem 10 filmes novos nesta quinta (19/5). E como se não fosse bastante, “Top Gun: Maverick” tem “pré-estreias” em sessões concorridas no sábado e no domingo (22/5). Os dois lançamentos americanos da programação oficial têm distribuição mais ampla, mas é um drama brasileiro que desperta maior atenção. “Pureza” rendeu até matéria no “Fantástico” no domingo passado (15/5), relembrando a história real que o inspirou. Continue lendo abaixo para saber mais sobre esta e as demais estreias da semana.     | PUREZA |   Inspirado na história real de uma mãe, “Pureza” é um filme-denúncia sobre a situação de trabalho escravo que ainda persiste no Brasil. Dira Paes (“Pantanal”) interpreta a personagem do título, Dona Pureza, uma mulher sem notícias do filho, que foi para um garimpo na Amazônia e sumiu. Ao partir em sua busca, ela acaba testemunhando o aliciamento e cárcere privado de trabalhadores rurais, que, após serem enganados com ofertas de emprego, são forçados a trabalhar como escravos numa fazenda sob a mira de armas. Dona Pureza vira cozinheira dessa gente e, enquanto recolhe provas dos crimes, descobre que o filho foi vítima do mesmo esquema, preso em outra fazenda do grupo de criminosos. O que acontece a seguir é spoiler do desfecho, mas foi fundamental para a história de combate ao trabalho análogo à escravidão no território brasileiro. Em 1997, a Dona Pureza, que inspirou o filme, recebeu em Londres o prêmio anti-escravidão da mais antiga organização de combate a esse tipo de exploração no mundo. “Pureza” é o segundo longa de ficção de Renato Barbieri, especializada em documentários sobre o Brasil profundo, que em 2019 fez um registro documental da escravidão atual na Amazônia, no filme “Servidão”. Mas se o tema arrancou elogios unânimes, a realização dividiu a crítica. Foi chamado de “filme de Oscar” e também de narrativa convencional.     | DOG – A AVENTURA DE UMA VIDA |   Primeiro filme dirigido por Channing Tatum (“Kingsman: O Círculo Dourado”), a comédia “Dog” traz o ator contracenando com um cachorro. O aspecto mais curioso é que os dois interpretam veteranos de guerra, em viagem para o funeral de um colega soldado. O projeto foi concebido pela entourage do ator. A história partiu de Brett Rodriguez, um assistente, dublê e consultor militar dos filmes de Tatum. E o roteiro final foi assinado por Reid Carolin (produtor-roteirista de “Magic Mike”), que é sócio e parceiro do astro há mais de uma década, e também dividiu a direção do filme com o amigão. O enredo é de um road movie rumo à superação, com um soldado que reluta em aceitar a vida civil e um cachorro que não aceita nenhum substituto para seu dono querido – o militar morto cujo funeral eles pretendem atender. Embora previsível como todo filme de jornada, gera empatia e conquistou a crítica americana – 76% de aprovação no Rotten Tomatoes.     | CHAMAS DA VINGANÇA |   O livro “A Incendiária” (1980) de Stephen King, é uma das principais influências de “Stranger Things” e foi filmado pela primeira vez em 1984 com ninguém menos que Drew Barrymore, então com 9 anos de idade, no papel principal. A protagonista é uma garotinha superpoderosa, capaz de incendiar objetos – e pessoas! – com a força do pensamento, que passa a ser perseguida por uma agência governamental secreta com o objetivo de transformar seu dom numa arma. Inspiração clara para a personagem Eleven, a menina é agora interpretada por Ryan Kiera Armstrong, de 11 anos – que coadjuvou na série infantil “Anne with an E” e na sci-fi “A Guerra do Amanhã”. E o elenco ainda inclui Zac Efron (“Vizinhos”) como seu pai e Sydney Lemmon (“Helstrom”) como sua mãe, além de Gloria Reuben (“Mr. Robot”) como a vilã principal. Vale apontar que o público americano ignorou o remake (abriu em 4º lugar na semana passada nos EUA), e a crítica lamentou ter precisado vê-lo – míseros 12% de aprovação no Rotten Tomatoes.     | A MEDIUM |   Longe de ser um terror hollywoodiano, “A Médium” é uma história assustadora baseada na espiritualidade tailandesa. O diretor Banjong Pisanthanakun é especialista no gênero, responsável pelo sucesso “Espíritos” (2004), que virou franquia, e vários outros horrores made in Thailand. Sua abordagem segue de perto a escola “found footage” (mais “Holocausto Canibal” que “A Bruxa de Blair”), com equipe de (falsos) documentaristas mobilizada para acompanhar um exorcismo com rituais muito diferentes dos apresentados nos terrores católicos. Na trama, Nim, uma importante médium que mora ao norte da Tailândia, percebe comportamentos cada vez mais sinistros em sua jovem sobrinha Mink, indicando que talvez ela esteja sendo possuída por uma entidade maligna ancestral. A médium logo descobre que a jovem é vítima de algo que aconteceu em sua família, muitos anos atrás. E a câmera tremida deixa tudo muito mais realista e arrepiante.     | O PAI DA RITA |   Este é apenas o segundo longa de ficção de Joel Zito Araújo, o diretor do premiado “Filhas do Vento”, vencedor de nada menos que oito kikitos no Festival de Gramado de 2005. Desde então, ele fez alguns curtas e documentários, mas a demora em retornar ao cinema autoral não deixa de ser significativa para ilustrar as dificuldades que enfrentam os cineastas negros no Brasil, especialmente quando decidem filmar histórias negras com atores negros. “O Pai da Rita” é uma comédia, de premissa até bem comercial, não muito diferente do novo sucesso de Maisa na Netflix, “Pai em Dobro”, mas com um ponto de vista inverso e tendo como pano de fundo a celebração do samba. Ailton Graça (“Galeria Futuro”) e Wilson Rabelo (“Dom”) vivem dois compositores da velha guarda da Vai-Vai, que compartilham uma kitnet, décadas de amizade, o amor por sua escola de samba e uma dúvida do passado: o que aconteceu com a passista Rita, paixão de ambos. O surgimento da Ritinha (Jéssica Barbosa, de “Mormaço”), filha da passista, traz uma nova dúvida e ameaça desmoronar essa grande amizade. O detalhe é que há um terceiro possível pai nesta história: o cantor e compositor Chico Buarque, que compôs uma música sobre sua paixão por Rita no começo da carreira. A música existe mesmo: “A Rita”. E este é apenas um dos muitos elementos que enriquecem a produção, que ainda comenta a situação do samba, a crise econômica, a especulação imobiliária e muito mais.     | QUATRO AMIGAS NUMA FRIA |   A nova comédia de Roberto Santucci, diretor dos blockbusters “De Pernas pro Ar” e “Até que a Sorte nos Separe”, é um filme de turismo passado em Barriloche. Maria Flor (“Irmãos Freitas”), Fernanda Paes Leme (“Cinderela Pop”), Micheli Machado (“Auto Posto”) e Priscila Assum (“Reality Z”) são as quatro amigas do título, brasileiras que resolvem passar as férias no sul da Argentina e sentem o choque térmico – e cultural. Achando que vão se dar bem, começam a se dar cada vez mais mal. Mas só até a reviravolta romântica, é claro.     | A FELICIDADE DAS COISAS |   A coisa que a protagonista (Patrícia Saravy, de “Tentei”) do drama nacional imagina que possa lhe trazer felicidade é uma piscina, que ela sonha em construir para os filhos na modesta casa de praia em que mora com a mãe. Ela está grávida do terceiro filho e os problemas financeiros tornam cada vez mais difícil ser feliz, mas ela insiste, lutando por seu objeto de desejo, contra tudo e todos, com um símbolo de resistência por suas crianças. A diretora Thais Fujinaga (“A Cidade onde Envelheço”) se inspirou em sua infância para conceber seu segundo longa, que foi filmado na região em que passava os verões na adolescência. Os críticos de carteirinha gostaram. “A Felicidade das Coisas” venceu o prêmio de Melhor Estreia Brasileira, entregue pela Abraccine na Mostra de São Paulo do ano passado.     | MENTES EXTRAORDINÁRIAS |   A comédia dramática francesa escrita, dirigida e estrelada por Bernard Campan (“Les Trois Frères”) mostra como um encontro fortuito com um rapaz com deficiência física e intelectual muda a vida de um agente funerário. Após quase atropelar o deficiente rejeitado, o personagem de Campan tenta ajudá-lo. Mas logo cria um vínculo e acaba levando-o numa viagem rumo a um funeral, dando início a uma amizade inesperada.     | MISS FRANÇA |   A comédia francesa de Ruben Alves (“A Gaiola Dourada”) trata de identidade de gênero. Alexandre Wetter (visto em “Emily in Paris”) é um jovem que, desde a infância sonha virar Miss França. E quando começa a assumir cada vez mais características femininas, resolve se inscrever no disputado concurso beleza, surpreendendo muitos ao conseguir ser aprovado. Apoiado por sua excêntrica família, Alex vai enfrentando as fases do concurso e descobrindo um mundo de beleza, exigência e sofisticação, no qual o maior prêmio será a felicidade de ser ele mesmo – mesmo que esta sinopse, baseada no roteiro, insista em lhe chamar pelo pronome errado.     | TWENTY ONE PILOTS CINEMA EXPERIENCE |   O documentário musical acompanha uma apresentação em estúdio do Twenty One Pilots, feita durante a pandemia, em celebração ao lançamento do álbum “Scaled and Icy”, de 2021. A produção traz áudio e imagem remasterizados para a tela grande, acompanhado por conteúdo inédito para os fãs da dupla.

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    Épico viking e o “Talento” de Nicolas Cage marcam estreias de cinema

    12 de maio de 2022 /

    A programação de cinema recebe cinco novos filmes nesta quinta (12/5), mas apenas dois chegam no circuito mais amplo: “O Homem do Norte”, um épico viking do diretor de “A Bruxa”, e “O Peso do Talento”, comédia em que Nicolas Cage interpreta Nick Cage, uma versão exagerada dele mesmo. Ambos tiveram boa recepção da imprensa internacional, atingindo respectivamente 89% e 86% de aprovação no Rotten Tomatoes, que contabiliza a nota média das críticas em inglês. Os demais títulos são restritos ao circuito limitado. Mas até os dois maiores lançamentos terão dificuldades de distribuição, devido à concentração de telas com “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura”. O filme da Disney/Marvel ocupou 70% de todo o parque exibidor nacional na semana passada e permanece como o título com mais cópias em cartaz. Conheça abaixo as estrelas e seus trailers.     | O HOMEM DO NORTE |   O épico viking estrelado por Alexander Skarsgård (“Big Little Lies”) e Anya Taylor-Joy (“O Gambito da Rainha”) é um filme de vingança sangrento, com cenas de batalha apresentadas com violência extrema pelo diretor Robert Eggers, responsável pelos terrores “A Bruxa” (2015) e “O Farol” (2019) Em sua produção de maior orçamento e ambição, ele conta com um elenco grandioso, que ainda destaca Nicole Kidman (“Aquaman”), Ethan Hawke (“Cavaleiro da Lua”), Willem Dafoe (“O Farol”), Claes Bang (“Drácula”), Ralph Ineson (“A Bruxa”) e a cantora Bjork. Ambientada na Islândia na virada do século 10, a trama acompanha o filho de um rei, que na infância testemunha o assassinato do pai e passa anos esperando acertar as contas com o usurpador. Esse resumo sintetiza uma história presente em várias sagas nórdicas e que, como apurou Eggers, inspirou Shakespeare a escrever nada menos que a peça “Hamlet”.     | O PESO DO TALENTO |   A comédia de ação é uma sátira à carreira do astro Nicolas Cage. O filme mostra o ator falido e sem ofertas de trabalho, o que o leva a aceitar o convite para uma aparição paga na festa de um fã milionário espanhol. Na verdade, o personagem interpretado por Pedro Pascal (“The Mandalorian”) comanda um cartel de drogas e a ida à festa se torna uma oportunidade para a CIA fazer Cage virar espião. A situação se complica por o ator começar a demonstrar sintomas de esquizofrenia, ao se ver humilhado por uma versão de si mesmo dos anos 1990, e pela chegada surpresa de sua ex-mulher e a filha, trazidas pelo milionário para uma reconciliação. Com as vidas de quem ama em risco, Cage decide assumir sua própria lenda, canalizando seus personagens mais icônicos para salvar a si mesmo e seus entes queridos. Dirigido por Tom Gormican, que também escreveu o roteiro com Kevin Ettan, seu parceiro criativo na série “Ghosted”, o longa ainda inclui Neil Patrick Harris (“How I Met Your Mother”) como empresário de Cage e Tiffany Haddish (“Rainhas do Crime”) como uma agente da CIA.     | @ARTHUR.RAMBO – ÓDIO NAS REDES |   O novo drama do cineasta francês Laurent Cantet, vencedor da Palma de Ouro por “Entre os Muros da Escola”, aborda a cultura do cancelamento. A produção traz o ator Rabah Nait Oufella, revelado por Cantet em seu filme premiado de 2008, como Karim D., um escritor jovem que é o frisson do momento. Até vir à tona que ele também já foi Arthur Rambo, pseudônimo que usava na adolescência para trollar as redes sociais, espalhando mensagens de ódio que agora voltam para assombrá-lo. A premissa não pode ser mais atual e é comandada por um diretor acostumado com temas provocativos. Mas assim como a polarização das redes sociais, o resultado divide opiniões.     | ÁGUAS SELVAGENS |   O suspense do argentino Roly Santos (“Manos Unidas”) mistura espanhol e português para acompanhar um ex-policial (o uruguaio Roberto Birindelli, de “Dom”) contratado como detetive para investigar um crime na Tríplice Fronteira. Atormentado por seus próprios problemas pessoais, ele acaba tropeçando numa organização criminosa envolvida com assassinatos, prostituição, pedofilia e tráfico de crianças. O elenco inclui as brasileiras Mayana Neiva (“Rotas do Ódio”), Allana Lopes (“O Cemitério das Almas Perdidas”) e Leona Cavalli (“Órfãos da Terra”).     | CROCODILOS – A MORTE TE ESPERA |   O trash australiano é uma espécie de “Predadores Assassinos” de baixo orçamento, que transforma o furacão do filme americano numa enchente de caverna e o ataque de dezenas de jacarés num único crocodilo faminto. Cinco amigos decidem explorar um sistema de cavernas no norte da Austrália e após uma forte tempestade ficam presos numa gruta, com a água subindo e um predador aproveitando a cheia para mastigá-los um por um. Por incrível que pareça, o lançamento faz parte de uma franquia e foi dirigido por um especialista em “terrores da natureza”. É continuação de “Medo Profundo”, feito pelo mesmo diretor, Andrew Traucki, em 2007. Entre um e outro, o australiano ainda fez filmes de tubarão e leopardo assassinos, “Perigo em Alto Mar” (2010) e “The Jungle” (2013).     | MEU AMIGÃOZÃO – O FILME |   A animação brasileira é baseada na série infantil de mesmo nome e conta com direção de um dos criadores da atração original, Andrés Lieban. A história gira em torno de três crianças com problemas de socialização que criam amigos imaginários para enfrentar os problemas da infância. No filme, Yuri, Lili e Matt precisam encarar seu maior terror: seus pais vão mandá-los para uma colônia de férias, onde, pela primeira vez, eles terão que passar dias inteiros longe de casa. Diante deste medo, ele se juntam a seus Amigãozões para se refugiar num mundo de fantasia que parece ter sido feito especialmente para eles, repleto de ambientes e criaturas incríveis. O problema é que o lugar também é habitado por Duvi Dudum, uma criatura sombria, capaz de assumir diferentes formas muito sedutoras para conseguir o que quer: separar as crianças dos seus Amigãozões.

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    “Doutor Estranho” estreia em mais de 2 mil cinemas

    5 de maio de 2022 /

    Novo filme da Marvel, “Doutor Estranho no Multiverso da Loucura” chega em mais de duas mil telas nesta quinta (5/5), numa distribuição massiva que reproduz de forma ambiciosa o tom excessivo de sua trama, com múltiplos universos, versões de personagens e efeitos visuais. É uma produção tão cheia de informações que beira o kitsch. Também é um dos poucos lançamentos recentes que realmente foi concebido para aproveitar ao máximo a projeção em 3D – olha a dica. Apesar do monopólio de salas, o circuito de arte também recebe três novos títulos, inclusive um longa ucraniano sobre a guerra no país. Confira abaixo os títulos, os detalhes e os trailers das quatro estreias que entram em cartaz nesta semana.     DOUTOR ESTRANHO NO MULTIVERSO DA LOUCURA O Universo Marvel vira Multiverso no filme mais esperado do ano. Continuação direta do fenômeno “Homem-Aranha: Sem Volta para Casa”, a produção conta o que acontece após o Doutor Estranho quebrar os limites entre as dimensões, resultando numa multiplicação de personagens e versões de personagens. Se antes eles vinham do catálogo da Sony, agora os heróis brotam de lugares ainda mais improváveis, como séries animadas da Disney+ e filmes supostamente enterrados da 20th Century Fox. E com dois detalhes contrastantes: o dobro de efeitos de “Homem-Aranha” e nem metade da emoção gerada por aquele filme. Os trailers já entregaram demais e os fãs mais obcecados irão ao cinema já sabendo o que e quem esperar. Mas vale destacar que, além do Doutor Estranho (Benedict Cumberbatch) e sua (spoiler) inimiga Wanda Maximoff (Elizabeth Olsen), a participação de America Chavez, uma heroína de outro universo vivida por Xochitl Gomez (“O Clube das Babás”), é bastante importante. O roteiro é de Michael Waldron, criador de “Loki”, que plantou as sementes do multiverso naquela série e aqui se perde entre as dimensões, demonstrando falta de concisão. Felizmente, o longa conta com direção de Sam Raimi, que em seu retorno aos personagens da Marvel, após comandar a trilogia original do Homem-Aranha, consegue fazer com que o multiexcesso vire diversão – mesmo aumentando as referências com ecos de sua própria franquia “Evil Dead”.     KLONDIKE – A GUERRA NA UCRÂNIA A diretora Marina Er Gorbach concebeu seu filme, exibido sob elogios no Festival de Sundance em janeiro e premiado em Berlim em fevereiro, como um alerta ao mundo sobre a situação da Ucrânia. Mas após a invasão do país pela Rússia, quatro dias após a Berlinale, “Klondike” acabou se tornando ainda mais relevante, um retrato da população submetida ao que o título no Brasil chama de “Guerra na Ucrânia”. A trama, na verdade, aborda o conflito civil do leste do país de 2014, época em que começaram os bombardeios de separatistas apoiados por Moscou. A personagem principal é Irka, jovem grávida que vive com o marido num vilarejo sob a sombra da violência, até tudo virar destroços. A destruição de seu lar é refletida pelo esfacelamento de famílias, com irmãos se dividindo entre “russos” e ucranianos. Com o teto caindo sob suas cabeças, o casal grávido também representa a luta pelo direito à vida em meio ao caos. Por todo o contexto, o filme atingiu 95% de aprovação no Rotten Tomatoes.     A FRATURA     Premiado com a Palma Queer do Festival de Cannes, o novo drama da cineasta francesa Catherine Corsini (“Um Belo Verão”) registra o impacto de protestos políticos violentos em Paris no atendimento de emergência de um pronto-socorro. As protagonistas são um casal lésbico prestes a se separar, que está no hospital por conta de um acidente e logo se vê em meio a vários feridos, sendo atendidas por uma equipe sobrecarregada e presas num confinamento que atravessa a noite. Com tanta tragédia, o mais incrível é que a trama é uma comédia. As atrizes Valeria Bruni Tedeschi (“Loucas de Alegria”) e Marina Foïs (“Polissia”) interpretam o casal central, e o elenco ainda destaca Pio Marmaï (“Como Virei Super-Herói”) e principalmente Aïssatou Diallo Sagna, que antes deste filme era uma agente de saúde e nesta estreia no cinema acabou premiada com o César (o Oscar francês) de Melhor Atriz Coadjuvante do ano.     MIRADOR Premiado no Festival Ibero-Americano de Miami, o filme de estreia de Bruno Costa acompanha um boxeador amador (Edilson Silva, de “Bacurau”), que treina para retornar aos ringues enquanto divide seu tempo com dois subempregos em Curitiba. Pai de uma menina pequena, fruto de uma relação casual, ele vê sua vida colocada de cabeça para baixo quando precisa cuidar sozinho de sua filha. A obra chama atenção por elementos autorais, como a opção de Bruno Costa em transformar as dificuldades em problemas físicos – a rotina exaustiva de treinos e bicos para sobreviver, que rendem cansaço e transpiração. A captação de sons externos bastante limitada ainda reflete a falta de amigos, lazer e expectativas do personagem central, servindo para ampliar sua solidão. E o fato de ser uma obra aberta, sem desfechos para os problemas, acaba simbolizando a falta de controle do protagonista sobre a própria existência. Muito intertexto e um diretor para acompanhar com atenção.    

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    Confira as estreias de cinema da semana

    28 de abril de 2022 /

    Os cinemas recebem sete lançamentos nesta quinta (28/4), mas a maioria visa o circuito limitado das “salas de arte”. O filme com maior distribuição é uma animação japonesa para público bastante específico, enquanto as alternativas mais populares incluem um novo longa derivado da série “Downton Abbey” e uma comédia romântica brasileira. Vale destacar que a programação também recebe filmes premiados e com até 100% de aprovação do site Rotten Tomatoes (que contabiliza as críticas da imprensa em inglês), disponibilizados num número bastante reduzido de salas (num punhado de capitais). Confira abaixo as sete estreias da semana com seus respectivos trailers.   DOWNTON ABBEY – UMA NOVA ERA O segundo filme baseado na série britânica volta a trazer a maioria do elenco original numa trama que é literalmente cinematográfica, ao mostrar a produção de um filme na propriedade da família Crawley. Em sua volta às telas, os personagens também embarcam numa viagem de veraneio, após a Condessa de Grantham (Maggie Smith) herdar uma villa na Riviera Francesa – e deixar todos curiosos para descobrir o mistério por trás dessa herança. E além da paisagem esplendorosa do litoral francês, ainda há um casamento. O roteiro é de Julian Fellowes, que conduziu a série de época entre 2010 e 2015, e a direção está a cargo do cineasta Simon Curtis (“Sete Dias com Marilyn”).   JUJUTSU KAISEN 0 Originalmente um mangá criado por Gege Akutami em 2018 e transformado em série anime há menos de dois anos, “Jujutsu Kaisen” pode ser considerado um fenômeno. Sua popularidade é tanta que já ganhou versões romanceadas, um spin-off em quadrinhos, games, podcast e até uma série de reação aos episódios do desenho. Agora chega a seu primeiro filme. A trama do longa-metragem é um prólogo inspirado por um mangá homônimo (o spin-off criado por Akutami há 16 meses) e se foca em Yuta Okkotsu, personagem apenas mencionado no anime original. Ele é um jovem amaldiçoado por uma amiga de infância morta, que entra na escola de um xamã para aprender a controlar a maldição e transformá-la em poder.   INCOMPATÍVEL A comédia de Johnny Araujo (“Legalize Já: Amizade Nunca Morre”) segue a conhecida linha dos romances que começam como guerra de sexos. A produção nacional traz Gabriel Louchard (“Teocracia em Vertigem”) como um homem prestes a se casar com a garota dos seus sonhos, quando vê seu relacionamento acabar por causa de um teste de compatibilidade proposto por uma famosa influencer (Nathalia Dill, de “Talvez uma História de Amor”). Enfurecido, ele assume o pseudônimo de “Incompatível” para travar uma guerra com a Youtuber com o objetivo de se vingar. Só que quando seu plano começa a dar certo, ele percebe que a rival não é tão ruim assim. De fato, pode até ser, quem sabe, apaixonante.   PARIS, 13º DISTRITO Filmado em preto e branco pelo premiado Jacques Audiard (Palma de Ouro em Cannes por “Dheepan: O Refúgio”), o drama passado no bairro parisiense de Les Olympiades (a maior “Chinatown” da Europa) é uma história de encontros românticos. Emilie (Lucie Zhang) encontra Camille (Makita Samba), que se sente atraído por Nora (Noémie Merlant, de “Retrato de uma Jovem em Chamas”), que acaba cruzando com Amber (Jehnny Beth, de “Um Amor Impossível”). Três garotas e um garoto do novo milênio, que são amigos e às vezes amantes, e frequentemente as duas coisas. Os dois atores iniciantes do elenco, Zhang e Samba, foram indicados ao César (o Oscar francês) como Revelações do ano, e a trilha sonora do músico eletrônico Rone foi premiada no Festival de Cannes.   UM CONTO DE AMOR E DESEJO Versos eróticos da antiga poesia árabe arrebatam um jovem dolorosamente reprimido no drama de amadurecimento da diretora tunisiana Leyla Bouzid (“Assim Que Abro Meus Olhos”), com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes. Na trama, o personagem de Sami Outalbali (“Sex Education”), um francês de origem argelina criado nos subúrbios parisienses, compartilha aulas de literatura com uma jovem tunisiana (a estreante Zbeida Belhajamor) cheia de energia que acaba de chegar de Túnis. Surpreso com o ensino de poesia sensual árabe na faculdade, ele encontra dificuldades para superar sua barreiras enquanto lida com o fato de estar cada vez mais apaixonado pela colega desinibida.   COMO MATAR A BESTA O horror gótico da América do Sul, com 100% de aprovação no Rotten Tomatoes, passa-se na fronteira entre Argentina e Brasil, e acompanha a busca de uma jovem (a estreante Tamara Rocca) pelo irmão desaparecido. Ela se hospeda na casa de sua estranha Tia Inés (Ana Brun, de “As Herdeiras”), próxima da floresta onde, de acordo com rumores, uma perigosa besta surgiu uma semana antes – que dizem ser o espírito de um homem mau capaz de tomar a forma de diferentes animais. Longa de estreia da argentina Agustina San Martín, o filme foi bastante elogiado pela narrativa atmosférica e o simbolismo presente em sua história, que vagueia entre ideias abstratas de medo e empoderamento feminino.   A CRIANÇA DO DIABO Outro terror sul-americano. A principal diferença é que aqui o ritmo lento está mais para característica de filme trash que de cinema de arte. Uma jovem enfermeira americana é assombrada por um trauma de infância ao ir trabalhar em uma casa remota para cuidar de um velho. Quando coisas sinistras e estranhas começam a acontecer, ela decide querer saber mais sobre a família que a contratou. O colombiano David Bohorquez já fez os terrores “Demental” (2014) e “Caliban” (2019), mas é mais conhecido como diretor de clipes de música pop latina (Maite Perroni, Sebastián Yatra, etc).  

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    “Cidade Perdida” é a maior estreia de cinema

    21 de abril de 2022 /

    A programação de cinema vai levar dois grandes lançamentos aos multiplexes, enquanto o circuito de arte contará com mais três opções a partir desta quinta (21/4). Com lançamento em 600 salas, “Cidade Perdida” tem a maior distribuição da semana, mas o nacional “Detetives do Prédio Azul 3: Uma Aventura no Fim do Mundo” deve atrair mais crianças. Já o destaque entre os lançamentos limitados pertence a “Flee”, uma animação para adultos que também é documentário animado, vencedor de nada menos que 82 prêmios internacionais. Confira abaixo os cinco títulos que chegam aos cinemas nesta semana, com seus respectivos trailers e mais informações.   CIDADE PERDIDA A comédia estrelada por Sandra Bullock (“Imperdoável”) e Channing Tatum (“Magic Mike”) segue uma escritora de romances de aventura que se vê forçada a fazer uma turnê literária com o modelo de capa de seu novo livro. Irritada com a companhia do bonitão sem conteúdo, ela se vê numa situação ainda mais indesejável ao ser sequestrada. Mas até isso piora, quando o tal modelo sem noção resolve tentar salvá-la, fazendo com que os dois acabem perdidos na selva. No meio dessa confusão, ainda há uma trama de tesouro perdido e o desenvolvimento de uma comédia romântica. O roteiro é de Dana Fox (“Megarrromântico”) e Oren Uziel (“Mortal Kombat”), a direção dos irmãos Adam e Aaron Nee (“The Last Romantic”), e o elenco ainda conta com o ator Daniel Radcliffe (o “Harry Potter”) no papel de vilão e participação especial de Brad Pitt (“Era uma Vez… em Hollywood”).   DETETIVES DO PRÉDIO AZUL 3: UMA AVENTURA NO FIM DO MUNDO Demorou, mas o terceiro filme derivado da série infantil finalmente chegou aos cinemas. O atraso de dois anos no planejamento original, devido à pandemia, transformou o longa dirigido por Mauro Lima (“Tim Maia”) numa despedida tardia do trio de protagonistas, Bento (Anderson Lima), Sol (Leticia Braga) e Pippo (Pedro Motta), substituídos desde 2021 por um novo time de detetives mirins nos episódios da atração exibida no Gloob. Produção para crianças pequenas, a aventura ao estilo “Harry Potter brasileiro” acompanha o trio e a feiticeira-mirim Berenice (Nicole Orsini) numa viagem até o Fim do Mundo – também chamado de Argentina – para salvar o porteiro Severino (Ronaldo Reis) da influência de um objeto místico maligno. Mas, para isso, eles precisam vencer também a bruxa Duvíbora (vivida por Alexandra Richter, de “Minha Mãe é uma Peça”) e sua filha Dunhoca (Klara Castanho, de “De Volta aos 15”), que farão de tudo para colocar as mãos na relíquia. Entre outras participações, o elenco ainda inclui Lázaro Ramos (“O Silêncio da Chuva”), Alinne Moraes (“Tim Maia”) e Rafael Cardoso (“Salve-se quem Puder”).   FLEE – NENHUM LUGAR PARA CHAMAR DE LAR O criativo documentário do dinamarquês Jonas Poher Rasmussen (“Searching for Bill”) narra, via animação, a história real de um refugiado chamado Amin. Na véspera de seu casamento gay, ele revela o seu passado oculto pela primeira vez, contando como chegou ainda menor na Dinamarca, fugindo sozinho do Afeganistão. O relato ganha vida via desenho animado, num resultado tão impressionante que fez História no Oscar 2022, como o primeiro longa indicado simultaneamente nas categorias de Melhor Filme Internacional, Animação e Documentário. “Flee” não conquistou o Oscar, mas venceu 82 outros prêmios internacionais desde sua première como Melhor Documentário do Festival de Sundance em janeiro de 2021, incluindo os troféus de Melhor Documentário e Animação entregues pela Academia Europeia de Cinema. div>  A NOITE DO TRIUNFO Premiada como Melhor Comédia da Europa (pela Academia Europeia de Cinema) em 2020, a produção francesa gira em torno de um ator decadente (Kad Merad, de “Um Amante Francês”) que começa a dar aulas de teatro num presídio na tentativa de encenar “Esperando Godot” com os encarcerados. Mesmo feito para divertir, o filme de Emmanuel Courcol (“Cessar Fogo”) apresenta momentos tocantes, especialmente na forma como busca identificar a situação dos presidiários com o drama existencial de Vladimir e Estragon, os personagens que esperam Godot.   NUNCA FOMOS TÃO MODERNOS Apesar do título, a comédia brasileira tem premissa bem antiguinha: mulher tenta despertar ciúmes no marido e acaba criando diversas confusões. Incontáveis comédias italianas foram produzidas com este tema entre os anos de 1960 e 1970. Letícia Spiller vive a mulher e a direção é de Guga Moretzsohn, mais conhecido como o ator Guga Coelho – que trabalhou com Spiller nas novelas “Esplendor” e “Sabor da Paixão”. div> 

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    Faladíssimo, “Medida Provisória” é o filme pra ver no cinema nesta semana

    14 de abril de 2022 /

    Repercutindo durante toda a semana, graças à cobertura ampla da mídia e divulgação espontânea de perfis bolsonaristas contrariados, “Medida Provisória” chega aos cinemas com um dos filmes mais falados do Brasil nos últimos tempos. Nem parece que vai enfrentar um lançamento do universo de “Harry Potter”, tamanha a diferença de expectativa gerada por sua estreia, ainda que “Animais Fantásticos: Os Segredos de Dumbledore” chegue em mais telas. A programação se completa com um documentário de K-pop e três títulos europeus de 2019, que aguardaram três anos por vaga no circuito limitado, além de sessões de pré-estreia de “DPA 3 – Uma Aventura no Fim no Mundo”, que vai disputar o público infantil de sexta (15) a domingo (17/4), antes do lançamento oficial.   MEDIDA PROVISÓRIA A estreia de Lázaro Ramos como diretor de cinema produziu o filme mais falado do Brasil em 2022, da repercussão causada por sua exibição no “BBB” às redes sociais de políticos da extrema direita em busca de views. Prenúncio do que viraria o Brasil, foi planejado em 2017 e adapta uma peça teatral de 2011, mas bolsonaristas veem claramente o governo de seu mito retratado no pesadelo descrito na tela. Podia ser irônico, mas é mesmo infernal, para usar uma palavra da atriz Taís Araújo. A trama distópica se passa num futuro não muito distante, em que uma nova lei do governo federal de direita manda deportar todos os brasileiros de “melanina acentuada” para o continente africano. Com a desculpa de se tratar de uma reparação histórica, a iniciativa também visa acabar de vez com o racismo no Brasil, deixando o país só com brancos. Aplaudido pela crítica mundial, o filme foi comparado a “Corra!” e “The Handmaid’s Tale” nos EUA, atingindo 92% de aprovação no site americano Rotten Tomatoes. Tem sido exibido e premiado em festivais internacionais desde 2020, mas levou dois anos para chegar ao Brasil por enfrentar dificuldades envolvendo a Ancine, a Agência Nacional do Cinema, problema semelhante ao que também atrasou “Marighella”, de Wagner Moura, outro filme politizado com protagonista negro. Seu elenco destaca o inglês Alfred Enoch (de “Harry Potter” e “How to Get Away with Murder”), Seu Jorge (o “Marighella”), Taís Araújo (“Mister Brau”), Mariana Xavier (“Minha Mãe É uma Peça”), Adriana Esteves (“Benzinho”), Luís Miranda (“Crô em Família”), Renata Sorrah (“Árido Movie”), Jéssica Ellen (“Três Verões”) e o rapper Emicida.   ANIMAIS FANTÁSTICOS: OS SEGREDOS DE DUMBLEDORE O terceiro prólogo de “Harry Potter” levanta a questão do quanto a nova franquia é realmente relevante para os fãs do bruxinho e qual a necessidade de estender sua narrativa de nota de rodapé por mais dois filmes, conforme planos da escritora/roteirista J.K. Rowling e do diretor David Yates, responsáveis por todos os capítulos lançados. Considerado medíocre pela crítica americana (56% de aprovação no Rotten Tomatoes), o filme “revela” os segredos de Dumbledore (Jude Law na versão mais jovem) já conhecidos pelos fãs da franquia: sua paixão pelo maior rival, Grindelwald (Madds Mikkelsen na versão politicamente correta). Representando a emergência do fascismo nos anos 1930, época em que o filme se passa, o vilão tenta transformar seus planos de extermínio em plataforma político-eleitoral, ao mesmo tempo em que o suposto protagonista Newt Scamander (Eddie Redmayne) embarca numa nova missão para justificar a quantidade absurda de coadjuvantes sem função na história, incluindo desta vez uma bruxa vivida pela brasileira Maria Fernanda Cândido (quase sem diálogos).   O TRAIDOR O lançamento tardio do vencedor do David Di Donatello (o Oscar italiano) de 2020 coloca dois filmes com Maria Fernanda Cândido simultaneamente nos cinemas. Coprodução com o Brasil parcialmente bancado pela produtora nacional Gullane, o longa de Marco Bellocchio (“A Bela Que Dorme”) é uma cinebiografia de Tommaso Buscetta (vivido por Pierfrancesco Favino, da série “Marco Polo”), o o primeiro chefe de alto escalão da máfia a se transformar em informante da justiça – o traidor do título. Buscetta viveu o Brasil por um período e a produção tem cenas rodadas no Rio de Janeiro. Em seu primeiro papel internacional, Maria Fernanda interpreta a mulher do mafioso, que o convence a tomar a decisão de cooperar com a justiça italiana em 1984. A repercussão positiva da produção, que conquistou 21 prêmios importantes, abriu as portas para a atriz atuar no exterior. Depois do hollywoodiano “Animais Fantásticos 3”, ela já tem engatilhado o novo filme da francesa Lisa Azuelos (“Rindo à Toa”).   VITALINA VARELA Mistura de documentário e ficção, o filme do premiado diretor português Pedro Costa (“Cavalo Dinheiro”) conta a história da mulher do título, nascida em Cabo Verde, que viu o marido ir embora para Lisboa em 1977, quando arranjou trabalho como pedreiro, e só foi conhecer Portugal recentemente quando ele morreu, para participar do enterro – que perdeu por chegar atrasada. O retrato de sua amargura chama atenção por ser lindamente fotografado, com cada frame assumindo aparência de pintura – visual reforçado pela predileção de filmagens noturnas e em ambientes internos de pouca luz, que conferem às cenas um visual expressionista. Venceu nada menos que 23 prêmios internacionais, inclusive o Sophia (o Oscar português) de 2020 nas categorias de Melhor Filme, Diretor, Atriz (a própria Vitalina Varela), Roteiro, Fotografia e Som (importante por ser um filme quase sem diálogos).   LOLA E O MAR Indicado ao César (o Oscar francês) de 2020, o drama belga conta a história de Lola, uma adolescente trans que conta com o apoio de sua mãe para fazer a transição e mudar de vida. Só que a mãe morre repentinamente, o que leva Lola a bater de frente com seu pai distante e homofóbico, embarcando com ele numa jornada rumo ao mar para cumprir o último desejo da pessoa mais querida de sua vida. A estreante Mya Bollaers, que interpreta Lola, é um grande achado do diretor Laurent Micheli e sua performance valoriza muito a produção.   SEVENTEEN POWER OF LOVE – THE MOVIE A banda de K-pop Seventeen ganha seu primeiro documentário depois de cinco álbuns de platina na Coreia do Sul, trazendo performances musicais e depoimentos de cada um de seus 13 (e não seventeen) integrantes.  

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