Johnny Marr reclama de música dos Smiths em comício de Trump
O guitarrista Johnny Marr, membro do famoso grupo inglês The Smiths, expressou descontentamento com o uso não autorizado de uma canção da banda em um evento de campanha do ex-presidente Donald Trump. O episódio ocorreu antes das primárias de New Hampshire, quando a faixa “Please, Please Let Me Get What I Want”, lançada em 1984, foi tocada em um comício em Lacondia, na segunda-feira. O verso inicial da música, “good times for a change”, ganhou destaque durante o evento. Na terça (23/1), o músico se manifestou no X (antigo Twitter) sobre o incidente. “Nunca, em um milhão de anos, teria pensado que isso poderia acontecer. Considere essa m*rda encerrada agora mesmo”, escreveu. Os demais integrantes vivos da banda, o vocalista Morrissey e o baterista Mike Joyce, não se pronunciaram sobre o fato. Relevância contínua dos Smiths Conhecidos como um fenômeno cult, os Smiths se separaram em 1987 e rejeitaram diversas propostas lucrativas para retomar as apresentações ao vivo. Com a morte do baixista Andy Rourke, em maio do ano passado, devido a câncer, as esperanças de uma reunião da formação original foram encerradas. Mesmo assim, as músicas da banda seguem na mídia. No ano passado, várias faixas dos Smiths foram destaque no filme “O Assassino”, de David Fincher, marcando a preferência do personagem interpretado por Michael Fassbender. Sobre a canção “Please, Please Let Me Get What I Want”, vale lembrar que ela também alcançou notoriedade ao integrar uma trilha sonora: da comédia romântica “A Garota de Rosa-Shocking” em 1986. Artistas contra Trump Johnny Marr se junta a uma lista crescente de artistas que criticaram Donald Trump pelo uso não autorizado de suas obras. Nomes como Aerosmith, Rolling Stones, Queen, Neil Young, Pharrell, Elton John e Adele já expressaram insatisfação semelhante. Em 2016, durante a campanha presidencial de Trump, Elton John deu um motivo singelo para proibir o uso de suas canções “Tiny Dancer” e “Rocket Man” em comícios do então candidato. “Eu realmente não quero que minha música esteja envolvida em nada que tenha a ver com uma campanha eleitoral americana. Sou britânico”, declarou o cantor. Ahh…right…OK. I never in a million years would’ve thought this could come to pass. Consider this shit shut right down right now. https://t.co/M6eYROedOy — Johnny Marr (@Johnny_Marr) January 23, 2024
Mickey cai em domínio público e deixa de ser exclusivo da Disney
A partir desta segunda (1/1), o maior símbolo da Disney deixa de ser exclusivo da empresa. O camundongo Mickey caiu em domínio público junto com sua parceira Minnie Mouse, ao completarem 95 anos de sua criação. Isto significa que Disney não tem mais direitos autorais exclusivos sobre o personagem, permitindo que qualquer um faça o que bem entender com ele. Para se ter ideia do que pode acontecer a partir de agora, vale lembrar como o Ursinho Pooh virou personagem de terror no ano passado, após entrar em domínio público. A Disney fez lobby agressivo para alterar as leis que desprotegiam seu legado, conseguindo influenciar uma mudança significativa em 1998, que lhe deu mais duas décadas de controle. A mudança, que ficou conhecida como “lei Mickey Mouse”, estendeu o limite de proteção, que originalmente era de 75 anos, para 95 anos após a publicação, antes de uma obra cair em domínio público. Além de Mickey e de Minnie, a empresa também perdeu os direitos do Tigrão, parceiro do Ursinho Pooh. Todos foram criados em 1928. Um detalhe curioso é que, no caso de Mickey, o que ficou desprotegido foi apenas a primeira versão do personagem, vista em curtas de 1928 como “Steamboat Willie”, “Plane Crazy” e “The Gallopin’ Gaucho”. Qualquer um pode lançar esses filmes a partir de agora e usar o visual do personagem de acordo com os desenhos da época, em que o Mickey era apresentado em preto e branco e com calça curtas. Outras versões do Mickey, como os desenhos coloridos em que ele usa roupas, ainda estão protegidas. “É claro que continuaremos a proteger nossos direitos nas versões mais modernas do Mickey Mouse e em outras obras que permanecem sujeitas a direitos autorais”, disse a Disney à agência de notícias Associated Press. “As versões mais modernas do Mickey permanecerão inalteradas e Mickey continuará desempenhando um papel de destaque como embaixador global para a Walt Disney Company em nossas narrativas, atrações de parques temáticos e produtos”, completou a empresa. Veja abaixo os desenhos que todo mundo pode agora replicar. No ano que vem, a lista será acrescida por mais uma dezena de produções.
Rapper americano pagará indenização após uso indevido de música de Gilberto Gil
O rapper americano Tyler, the Creator assumiu a iniciativa de pagar uma indenização após uso indevido da música “Duplo Sentido” (1973), de Gilberto Gil. A informação foi revelada nesta sexta-feira (15/12) pela colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo. Segundo as informações, Tyler fechou um acordo com o artista brasileiro em que deverá pagar US$ 50 mil (cerca de R$ 245 mil) pelos direitos da cançã. Vale lembrar que o rapper já havia se desculpado com Gil nesta semana, quando ele também contatou pessoas em Los Angeles (EUA) para resolver rapidamente o imbróglio. Entenda o caso A situação ocorreu no início deste mês, quando Tyler, the Creator lançou uma campanha de sua marca Golf Le Fleur com a faixa composta por Gilberto Gil. A peça publicitária tem pouco mais de quatro minutos com detalhes da nova coleção da grife, porém não traz qualquer menção a Gil ou para a cantora Tetê da Bahia. Na terça-feira (12/12), a assessoria de Gilberto Gil afirmou ao g1 que editora Sony Publishing exigiria “uma reparação financeira”, já que a campanha estava há muitos dias no ar. O perfil do cantor também compartilhou uma publicação feita por Fioti, que questionava sobre “diálogo prévio e negociação de direitos autorais”. Confira a campanha abaixo. le FLEUR* season 2: directed and designed by TYLER OKONMA instore: dec 9th, online dec 13thhttps://t.co/vOFABBe1kZ pic.twitter.com/QYMOwSm5Lt — T (@tylerthecreator) December 6, 2023
Rapper americano pede desculpas a Gilberto Gil por uso indevido de música
O rapper americano Tyler, The Creator pediu desculpas para Gilberto Gil durante uma ligação após uso indevido da música “Duplo Sentido” (1973). A conversa entre os artistas teria acontecido na terça-feira (12/12), segundo informações da colunista Mônica Bergamo, do jornal Folha de S. Paulo. A situação ocorreu no início deste mês, quando o rapper lançou uma campanha da marca Golf Le Fleur com a faixa composta pelo cantor brasileiro. A peça publicitária tem pouco mais de quatro minutos com detalhes da nova coleção da grife, porém não traz qualquer menção a Gil ou para a cantora Tetê da Bahia. A assessoria de Gilberto Gil afirmou ao g1 que editora Sony Publishing “vai exigir uma reparação financeira”, já que a campanha está há muitos dias no ar. Já Tyler reconheceu o erro, se declarou fã de Gil e garantiu que contatou pessoas em Los Angeles (EUA) para tentar resolver o imbróglio. Nas redes sociais, o perfil de Gil compartilhou uma publicação feita por Fioti sobre o assunto: “Amo o querido [Tyler, The Creator]. Mas ele usou uma música inteira do Gilberto Gil sem qualquer diálogo prévio e negociação de direitos autorais? Não dá pra alegar desconhecimento. Custo acreditar que, se fosse o contrário, a resolução seria amistosa. Isso não é valorizar o Brasil. Nem os criadores. Espero que tudo se resolva de forma justa e equilibrada. Mas que vacilo.”
Hora do Faro | Melody explora o ato de cantar versão de Anitta sem autorização
Cada vez mais conhecida por lançar versões de músicas sem autorização, a cantora Melody causou um momento de preocupação em Rodrigo Faro ao participar do programa “Hora do Faro” da Record TV neste domingo (5/11). Ela foi convidada para apresentar seu novo sucesso, “Cara de Anjo”. No entanto, a revelação de que a música é uma reinterpretação de “Meiga e Abusada”, um dos primeiros hits de Anitta, desencadeou uma sequência de questionamentos por parte do apresentador. Melody admitiu a inspiração, mas ressaltou: “Na verdade, quando me mandaram, eu nem lembrava que era da Anitta”. Ela ainda criticou o clipe original de Anitta, sugerindo que a versão “anterior” estava “meio ultrapassada”, por isso deu um toque pessoal na sua interpretação. Corre risco? Rodrigo Faro, então, questionou a autorização legal para a reinterpretação. “Só uma pergunta: você ligou pra Anitta pra pedir [autorização]?”. Diante da negativa de Melody, Faro expôs sua preocupação: “Corre o risco de você cantar aqui e assim, de repente, o programa sair do ar?”. A jovem cantora respondeu com humor, fingindo sair do palco antes de retornar para a performance. A situação ganhou um tom mais leve com as intervenções humorísticas de Faro, que brincou: “Corre pra baixar a música logo antes que cancele de novo. Anitta, não tenho nada a ver com isso, tá?”. A discussão se estendeu mesmo após a apresentação, com Faro insistindo sobre a reação de Anitta: “É a primeira vez que você canta essa música, né?”. Melody confirmou, e ao ser questionada sobre a autorização de Anitta, retrucou: “Eu soltei na internet, ela viu e falou: ‘Será que eu vou autorizar?’. E é isso”. Faro deu um sorriso amarelo e brincou com o público: “Se você tá ouvindo ela cantar é porque a Anitta autorizou”. Melody lança sua música nova no palco do #HoraDoFaro 🎤 Escuta só esse hit! pic.twitter.com/0eiBIaI0DF — Hora do Faro (@horadofaro) November 5, 2023
Pet Shop Boys acusam Drake de plágio no novo disco
A dupla Pet Shop Boys emitiu uma declaração nesta sexta-feira (6/10) acusando o rapper canadense Drake de plágio, por não ter dado crédito ao grupo pela utilização do famoso refrão de seu single de 1984, “West End Girls”, na faixa “All the Parties”, que também conta com versos de Chief Keef. A acusação foi feita através da plataforma X, anteriormente conhecida como Twitter. “É surpreendente ouvir Drake cantando o refrão de ‘West End Girls’ na faixa ‘All the Parties’ em seu novo álbum. Nenhum crédito dado ou permissão solicitada”, escreveram Neil Tennant e Chris Lowe, do Pet Shop Boys. Eles também incluíram a hashtag “#kobaltmusic”, com quem assinaram em 2013. Até o momento, os únicos produtores creditados na faixa são BNYX®, Boi-1da, Fierce, Coleman, Maneesh, Harley Arsenault e JDolla, e o único autor de letra creditado é Drake. Contexto e impacto “West End Girls” foi o primeiro single lançado pelo duo Pet Shop Boys e tornou-se um sucesso instantâneo nos Estados Unidos e no Reino Unido após seu lançamento como parte de seu álbum de 1986, “Please”. A faixa é uma das mais icônicas da dupla e tem um lugar consolidado na história da música pop. Outra acusação contra Drake Esta não é a primeira acusação de plágio contra Drake. Uma artista de Baltimore chamada Rye Rye também denunciou, no ano passado, que ele não pediu permissão para usar seus vocais em “Currents”, faixa do disto anterior do rapper canadense, “Honestly Nevermind”. Da mesma forma que os Pet Shop Boys, Rye Rye disse no Twitter (hoje X) que Drake não pediu permissão nem lhe deu créditos pelo uso de sua música. O novo álbum de Drake, “For All the Dogs”, foi lançado nesta sexta. No começo do dia, o rapper também anunciou uma pausa na carreira para se concentrar em sua saúde, citando problemas gastrointestinais. Surprising to hear @Drake singing the chorus of “West End girls” in the track “All the Parties” on his new album. No credit given or permission requested.#PetText #kobaltmusic #WestEndgirls #Drake #PetShopBoys pic.twitter.com/P5siIccTw9 — Pet Shop Boys (@petshopboys) October 6, 2023
Globo aciona justiça contra “maior pirata de novela” do Brasil
A rede Globo entrou com uma ação judicial contra Leandro da Silva Evangelista, proprietário do site Carol Novelas, que comercializa cerca de 500 novelas brasileiras completas. Os advogados da emissora o classificam como “o maior pirata de novela” do país, devido à extensão do conteúdo oferecido, que inclui muitas tramas raras não disponíveis em plataformas de streaming. Novelas raras e esquecidas No site Carol Novelas, Evangelista afirma possuir um acervo que vai além das produções da Globo, incluindo novelas de outras emissoras como SBT, Record, Band e até das extintas Rede Manchete. O acervo conta até com uma novela da pioneira Tupi, “Gaivotas” (1979). O que chamou a atenção da Globo foi a presença de novelas que atualmente só existem em seus próprios arquivos, como “Olho no Olho” (1993) e “O Amor Está no Ar” (1996), nunca reexibidas na TV ou disponibilizadas em streaming. Além dessas, o catálogo inclui “De Corpo e Alma” (1992), marcada pelo assassinato da atriz Daniella Perez, e a primeira versão de “Ti Ti Ti” (1985). Ação judicial A ação foi movida na semana passada e corre na 8ª Vara Cível e na 1ª Vara Empresarial do TJ-SP. A Globo pede a retirada imediata do site do ar e uma indenização de R$ 100 mil por danos morais. Até o momento, a emissora não comentou o caso publicamente.
Melody tem nova música removida das plataformas digitais: “Nunca aprende”
A música “Barbie de Chapéu”, lançada na sexta (21/7) pela cantora Melody em parceria com Paula Guilherme, foi removida do YouTube e de outras plataformas digitais nesta terça-feira (25/7). A faixa, que havia se tornado viral e acumulado mais de 2,8 milhões de visualizações no YouTube, foi retirada devido a uma reivindicação de direitos autorais da Universal Music. A canção utiliza a melodia de “Barbie Girl”, faixa lançada pelo grupo Aqua em 1997. A remoção ocorreu após a Universal Music reivindicar seus direitos autorais sobre a música original. Ao tentar acessar o clipe no YouTube, os usuários encontram um aviso informando que a parceria com a cantora sertaneja Paula Guilherme foi removida por conta dessa reivindicação. A situação rendeu vários comentários nas redes sociais, porque Melody é reincidente em ter música censurada por problemas autorais. “Nunca aprende”, disse uma seguidora. “Toda música é essa pataquada”, reclamou outro. “Já é marca registrada da Melody ter clipe retirado do YouTube por direitos autorais”, zombou mais um. “Ela tem talento só que vive usando coisas sem permissão”, ponderou outro. Histórico de problemas com direitos autorais No ano passado, a cantora precisou fazer um acordo com os compositores de “Positions”, faixa da Ariana Grande, após usar a música como base de “Assalto Perigoso”. Ela também teve problemas com “Love Love”, mas a música voltou após uma negociação entre Naldo Benny, seu parceiro na gravação, e o americano Chris Brown. Sucesso no TikTok Antes da remoção, “Barbie de Chapéu” estava prestes a superar Dua Lipa no TikTok. A versão abrasileirada para o clássico da Barbie havia gerado 143 mil vídeos de coreografias em quatro dias, enquanto “Dance The Night” de Dua Lipa levou dois meses para conseguir 148 mil criações. A música de Melody se tornou trilha de dancinhas, desafios e conteúdos associados ao filme “Barbie”, que já levou mais de 5 milhões de espectadores aos cinemas no Brasil. Até o momento, Melody ou sua equipe não se manifestaram sobre a remoção da música das plataformas digitais. Veja abaixo um trecho do clipe removido. #BarbieDeChapeu Assistir: https://t.co/ooLRYG8VV1 pic.twitter.com/YhVk4Cn4Nr — Melody 🍬 (@McMeIody) July 21, 2023
Gravadora e YouTube são condenados por exibição de grafite em clipe de Anitta
Anitta está envolvida em um processo na Justiça por exibir um grafite sem autorização no clipe da música “Bola e Rebola”, sua colaboração com J. Balvin e o grupo Tropkillaz. A gravação do video aconteceu em 2019 e usou como cenário a comunidade do Solar do Unhão, em Salvador. A obra em questão é o grafite chamado de “O Anjo”, feito pelo artista Wark da Rocinha. O processo aponta que o desenho aparece em quase 25% do tempo total do clipe, mas que a Universal Music e os produtores do projeto não pagaram os direitos autorais pela exibição da obra. “A utilização da obra foi feita de forma intencional para valorizar o clipe”, afirmou o Wark, que busca um valor de R$ 100 mil pela indenização. O Tribunal da Justiça de São Paulo deu razão ao artista e condenou a gravadora Universal Music, a Reis Leite Produções e Eventos, a SPA Produções Artísticas e o Google (responsável pela exibição no YouTube) – mas não Anitta, que não era parte na ação, focada em pessoas jurídicas. As empresas terão que pagar uma indenização equivalente a 5% dos custos de produção do clipe, além de mais 5% do valor total obtido pelas empresas com sua exibição. Atualmente, o clipe soma 189 milhões de visualizações. Resposta dos acusados ao processo Em sua defesa apresentada ao TJ-SP, a Universal Music afirmou que tomou todas as precauções necessárias para a realização do clipe, obtendo autorização da Prefeitura de Salvador e da Associação dos Moradores da Comunidade Solar do Unhão. A empresa ainda apontou que o cenário foi escolhido para impulsionar o turismo no local. “Não havia qualquer relação com o grafite”, declarou a gravadora. Em contraponto ao argumento de Wark, a Universal Music também alegou que o artista se beneficiou da gravação e que os cantores envolvidos no clipe “não necessitam da imagem que casualmente apareceu em segundo plano em algumas cenas”. Já na resposta de defesa do Google, a empresa argumentou que o YouTube não exerce controle editorial prévio sobre os vídeos compartilhados na plataforma. Alegou também que o objetivo da gravação era mostrar um logradouro público simbólico da região (a Bica da Gamboa de Baixo), com o grafite exibido sem protagonismo e desfocado. “Não é admissível que alguém que decida criar uma obra de arte na rua, como um grafite em local público, acredite que possa, com base nisso, impedir ou condicionar a realização de filmagens ou fotos nesse local”, relatou a empresa. A sentença mostra que é, sim, admissível processar quem usar paredes grafitadas nas ruas como cenários audiovisuais. Cuidado com os selfies no Beco do Batman.
Gravadoras abrem processo milionário contra Twitter por violação de direitos autorais
Um consórcio de editores de música e gravadoras iniciou uma ação judicial contra o Twitter nesta quarta-feira (14/6), alegando que a plataforma de mídia social violou repetidamente a lei de direitos autorais ao hospedar música sem permissão e deixar de policiar os infratores por usos ilegais. A ação foi apresentada no tribunal federal de Nashville pelo National Music Publishers’ Association (NMPA), que representam os três maiores conglomerados musicais – Universal, Sony e Warner – juntamente com uma série de outras editoras. A ação cita o uso indevido de 1.700 músicas, entre elas “What a Wonderful World” de Louis Armstrong, “Heat Waves” de Glass Animals e “Umbrella” de Rihanna. O consórcio busca até US$ 150 mil por cada caso de violação, além de danos adicionais por violação direta de direitos autorais, alegando que enviou centenas de milhares de avisos de remoção. O caso pode gerar uma indenização estimada em pelo menos US$ 250 milhões. “Vídeos com música, incluindo cópias infratoras das músicas dos editores, atraem e retêm titulares de contas e espectadores, e aumentam o corpo de tuítes envolventes na plataforma do Twitter”, diz a ação, que incluiu exemplos de declarações do Twitter sobre a importância da música para a plataforma e seus usuários. “O Twitter, então, monetiza esses tuítes e usuários por meio de publicidade, assinaturas e licenciamento de dados. Tudo isso serve para aumentar a avaliação e as receitas do Twitter”. Twitter piorou com Elon Musk O Twitter é uma das últimas das principais plataformas de mídia social que ainda não fechou acordos de licenciamento com os editores de música, após acordos lucrativos com plataformas como YouTube, TikTok, Facebook, Instagram e Snapchat. Relatos indicam que o Twitter estava em negociações para um acordo semelhante antes de Elon Musk comprar a plataforma por US$ 44 bilhões no ano passado. Mas que as conversas não só foram encerradas desde então, como a situação desandou de vez. Segundo a ação, dois executivos que lideravam a divisão de “confiança e segurança” do Twitter renunciaram após a aquisição por Musk, sendo estas as áreas “envolvidas na revisão de conteúdo e no policiamento de violações dos termos de serviço, incluindo as equipes jurídicas”. Acusações de violação reiterada de direitos A ação também afirma que o Twitter “rotineiramente ignora infratores reincidentes conhecidos e violações conhecidas”, apesar de ter a capacidade de policiar tal atividade. Como prova, a NMPA começou a enviar ao Twitter notificações formais de violação semanalmente a partir de dezembro de 2021. Os editores afirmam que identificaram 300 mil tuítes violadores desde então. “Com as políticas do Twitter e sua resposta às Notificações da NMPA, fica claro que o Twitter não leva a sério suas obrigações legais no que se refere à violação de direitos autorais”, afirmou a ação, acrescentando que a empresa “não adotou, implementou razoavelmente, nem informou aos assinantes ou titulares de contas sobre uma política para encerrar usuários que se envolvem em atos repetidos de violação de direitos autorais”. A NMPA moveu uma ação semelhante contra a empresa Peloton, que foi resolvida em 2020 com um acordo para otimizar os sistemas e processos de licenciamento da plataforma de fitness.
Taylor Swift anuncia nova versão de “Speak Now” com Hayley Williams e Fall Out Boy
Taylor Swift divulgou em suas redes sociais a tracklist do “Speak Now (Taylor’s Version)”, regravação do álbum lançado originalmente em 2010. Com 22 faixas e seguindo o modelo dos últimos discos regravados da cantora, a lista de faixas inclui músicas originais e inéditas. As 6 novas apresentam a etiqueta “From The Vault” (do baú), e incluem parcerias roqueiras com a cantora Hayley Williams, da banda Paramore, e com a banda Fall Out Boy, que esteve no Rock in Rio do ano passado. “Já que ‘Speak Now’ tinha tudo a ver com minhas composições, decidi ir até os artistas que sinto que mais me influenciaram fortemente como compositora naquela época e pedir a eles para cantar no álbum”, explicou a cantora na legenda do anúncio. “Eles são tão legais e generosos por concordarem em apoiar minha versão do ‘Speak Now’. Gravei este álbum quando tinha 32 anos (e ainda estou crescendo, agora) e mal posso esperar para revelar tudo a vocês no dia 7 de julho”. A faixa “Castles Crumbling” terá a participação de Hayley, que tem uma amizade de anos com Taylor. A cantora já apareceu no clipe da música “Bad Blood”, lançado em 2015, e também foi anunciada com a sua banda, Paramore, como show de abertura em parte da The Eras Tour, nos Estados Unidos. Já a banda Fall Out Boy participa na música “Electric Touch”. O grupo também já se apresentou com Taylor durante um desfile da marca Victoria’s Secret, em 2013. “Speak Now (Taylor’s Version)” foi anunciado como a terceira regravação da cantora no mês passado. A divulgação foi feita pela cantora no palco da The Eras Tour, que recentemente teve sua passagem pelo Brasil confirmada, enlouquecendo a plateia lotada de fãs. Ele segue os álbuns “Fearless” e “Red”, que ganharam regravações como “Taylor’s Version” com participações inéditas. Dentre os convidados dos discos anteriores, estavam a cantora Phoebe Bridgers e o cantor Ed Sheeran – que já coleciona uma lista de parcerias com Taylor ao longo dos anos. É importante ressaltar que as regravações fazem parte de uma estratégia da cantora para readquirir os direitos sobre suas próprias gravações, após o empresário de Justin Bieber, Scooter Braun, adquirir as masters (as fitas originais) em 2019. O “Speak Now (Taylor’s Version)” será lançado no dia 7 de julho nas plataformas digitais. Confira a tracklist completa: 1 Mine (Taylor’s Version) 2 Sparks Fly (Taylor’s Version) 3 Back to December (Taylor’s Version) 4 Speak Now (Taylor’s Version) 5 Dear John (Taylor’s Version) 6 Mean (Taylor’s Version) 7 The Story of Us (Taylor’s Version) 8 Never Grow Up (Taylor’s Version) 9 Enchanted (Taylor’s Version) 10 Better Than Revenge (Taylor’s Version) 11 Innocent (Taylor’s Version) 12 Haunted (Taylor’s Version) 13 Last Kiss (Taylor’s Version) 14 Long Live (Taylor’s Version) 15 Ours (Taylor’s Version) 16 Superman (Taylor’s Version) 17 Electric Touch (Taylor’s Version) (From the Vault) [ft. Fall Out Boy] 18 When Emma Falls in Love (Taylor’s Version) (From the Vault) 19 I Can See You (Taylor’s Version) (From the Vault) 20 Castles Crumbling (Taylor’s Version) (From the Vault) [ft. Hayley Williams] 21 Foolish One (Taylor’s Version) (From the Vault) 22 Timeless (Taylor’s Version) (From the Vault) Ver essa foto no Instagram Uma publicação compartilhada por Taylor Swift (@taylorswift)
PL das Fake News é adiada e artistas defendem projeto alternativo
O Projeto de Lei das Fake News, que estava previsto para ser votado nesta terça-feira (2/5) na Câmara dos Deputados, foi adiado pelo presidente da Câmara Arthur Lira (PP-AL). Contudo, representantes da comunidade artística se reuniram na tarde com a liderança do governo e congressistas do União Brasil para defender alternativas caso isso acontecesse. No encontro, artistas como Paula Lavigne, Vanessa da Mata, Glória Pires, Seu Jorge, Nando Reis e Zélia Duncan discutiram a possibilidade de um novo projeto que atendesse suas reinvindicações de direitos autorais – previstas no PL das Fake News. A reunião ocorreu em duas partes, sendo a primeira com o governo, que se mostrou favorável à votação da proposta, e a segunda com os deputados do partido, por volta das 15h. Após a segunda reunião com os congressistas, a atriz e empresária Paula Lavigne afirmou que, “caso não haja a votação, será pensado um projeto a parte que se refira apenas aos direitos autorais no ambiente digital”. “Eu acho que o jornalismo, o audiovisual e a música é uma coisa que está em lei. Nós não estamos pedindo nada. Só que seja executado o que é de lei de direito autoral, a qual fala que tem de ser remunerado, e as big techs não entendem assim. Então, essa é uma maneira de pressionar as big techs para que paguem pelo que a classe artística merece”, continuou Lavigne. A PL das Fake News é um projeto de lei cujo objetivo é combater a disseminação de notícias falsas e desinformação na internet, mas também prevê remuneração de direitos autorais por artigos jornalísticos e produções de entretenimento que sejam utilizadas pela internet. A proposta tramita na Câmara desde 2020. Entre as medidas previstas na PL estão a obrigatoriedade de plataformas como Facebook, Twitter e WhatsApp de identificar os usuários que criam e disseminam conteúdo, além da criação de mecanismos de checagem de informações por parte das empresas. Também está prevista a responsabilização civil e criminal de quem produzir e divulgar fake news. No entanto, a PL das Fake News tem gerado controvérsia, com ação do próprio Google contra a legislação, alegando que a proposta pode limitar a liberdade de expressão na internet e abrir espaço para censura. Por outro lado, defensores da proposta argumentam que ela é necessária para coibir a disseminação de informações falsas que podem prejudicar a sociedade e a democracia.










